UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CAMPUS DE JABOTICABAL MORFOLOGIA MUSCULAR E ADIPOSIDADE DE AVES DE CORTE DE DIFERENTES PADRÕES CORPORAIS MILENA CAMILLO SILVA Orientadora: Prof.ª. DRª. LIZANDRA AMOROSO Co-orientadora: Ma. FRANCINE DE CAMPOS SILVÉRIO Jaboticabal 2024 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CAMPUS DE JABOTICABAL MORFOLOGIA MUSCULAR E ADIPOSIDADE DE AVES DE CORTE DE DIFERENTES PADRÕES CORPORAIS MILENA CAMILLO SILVA Orientadora: Prof.ª. Drª. Lizandra Amoroso Co-orientadora: Ma. Francine de Campos Silvério Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, Câmpus de Jaboticabal, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas. Jaboticabal - SP 1º Semestre/2024 Sistema de geração automática de fichas catalográficas da Unesp. Biblioteca da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal. Dados fornecidos pelo autor(a). Essa ficha não pode ser modificada. S586m Silva, Milena Camillo Morfologia muscular e adiposidade de aves de corte de diferentes padrões corporais / Milena Camillo Silva. -- Jaboticabal, 2024 30 p. : tabs., fotos Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado - Ciências Biológicas) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal Orientadora: Lizandra Amoroso Coorientador: Francine de Campos Silvério 1. Anatomia. 2. Composição corporal. 3. Morfologia muscular. 4. Adiposidade. 5. Frangos de corte. I. Título. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a minha família pelo amor e apoio para cursar uma universidade pública. Em especial, agradeço ao meu pai, Márcio, por sua paciência ao esperar por mim tantas noites na rodoviária. Certamente, não seria possível sem o apoio incondicional de vocês. Ao Eduardo Banzatto, meu namorado, meu sincero agradecimento por sempre acreditar em mim, aumentar minha confiança e por todos os ensinamentos, apoio e carinho durante essa jornada, sua presença foi fundamental. Também agradeço imensamente aos seus pais, Paulo e Ângela por me acolherem tão bem ao longo desses anos. Agradeço ao meu amigo Leonardo, por ter sido o meu melhor amigo, me escutar por longas horas as várias bobagens e lamentos e por ser uma inspiração para mim, eu tenho muito orgulho de você. A minha amiga Mariane, velha de guerra, agradeço por nunca desistir de mim e por me permitir participar de momentos tão significativos em sua vida, em especial ao Lucca que é o bebê mais lindo desse mundo e que nos traz tanta alegria. Agradeço a todos os meus amigos de graduação, em especial ao meu grupo de trabalhos acadêmicos e conversas Duda e Ripilica. Vocês são sensacionais e nossa parceria será para sempre. Madre, Mia, Painho, Puri, Valdir, vocês também têm um lugar especial no meu coração e me fizeram muito feliz nesses anos. Aos meus amigos de departamento, Arthur, Daniel, Fabiana, Guilherme, Jhenifer, Luísa, agradeço imensamente pela oportunidade de trabalhar ao lado de vocês. A Francine meus agradecimentos especiais por toda a parceria, nossos dias de trabalho e amizade foram leves, descontraídos e muito colaborativos. Tenho um carinho imenso por todos. À Professora Doutora Lizandra Amoroso, agradeço a confiança em mim depositada para desenvolvimento deste e de outros trabalhos dentro do laboratório. Obrigada por sua paciência, doçura, gentileza e respeito. Você é um exemplo profissional e pessoal para mim, e minha gratidão é eterna pelo privilégio de aprender tantos valores com a senhora. Meu sincero obrigada aos funcionários Marilda e Seu Zé, vocês são fundamentais nessa instituição. Agradeço o carinho, as conversas jogadas fora e comidinhas que tornaram nossos dias muito melhores. Agradeço ao CNPq pelo financiamento e apoio à pesquisa. Sem isso, não teria sido possível dedicar-me a este trabalho tão importante para meu crescimento acadêmico. À Unesp – FCAV, Câmpus de Jaboticabal, minha segunda, ou às vezes, até minha primeira casa, agradeço por sua grandiosidade. De fato, uma universidade pública não apenas forma profissionais, mas também nos prepara para a vida. Vivi intensamente esses cincos anos de faculdade, me senti parte dessa engrenagem e aprendi na prática o quanto devemos lutar para defender e proteger o ensino público. Vida longa à Unesp! vii SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................10 1.1 MORFOFISIOLOGIA MUSCULOESQUELÉTICA DAS AVES ....................12 1.2 DINÂMICA DO TECIDO ADIPOSO EM FRANGOS DE CORTE .................15 1.3 LINHAGENS COMERCIAIS E OS PADRÕES CORPORAIS .....................16 2. OBJETIVO ........................................................................................................18 3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................18 3.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA ..............................................................................20 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................20 5. CONCLUSÃO ...................................................................................................24 6. REFERÊNCIAS .................................................................................................24 viii RESUMO A seleção genética artificial promoveu aumento na taxa de crescimento da massa muscular e do consumo de ração, e consequente acúmulo de gordura corporal de frangos de corte. Com isso, a avaliação morfológica do perfil muscular e adiposo de diferentes linhagens de aves comerciais pode auxiliar na compreensão do perfil da carcaça no frango. Portanto, foram utilizados 48 frangos de corte depenados, machos e fêmeas, linhagens Ross e Cobb, 42 dias de idade, classificados no abatedouro em 3 grupos: padrão (n =16) (peso corporal e cobertura muscular ideais), desuniforme (n=16) (peso corporal médio inferior ao grupo padrão e menor cobertura muscular peitoral) e caquético (n=16) (tamanho e peso reduzidos, atrofia muscular e proeminência do esterno). As aves depenadas foram refrigeradas e encaminhadas ao Morpholab, FCAV, fotografadas, pesadas, dissecadas. Após a dissecação, a gordura corporal e o músculo (m.) peitoral, m. gastrocnêmio e o m. sartório foram retirados, pesados e medidos para obtenção do peso relativo e o comprimento e diâmetro dos músculos. Observou-se que o peso do músculo peitoral, o comprimento do músculo sartório e a adiposidade foram superiores no grupo padrão em comparação com os outros grupos (P≤0,05). Entretanto, o comprimento e diâmetro do músculo gastrocnêmio e o diâmetro do sartório não diferiram entre as aves padrão e desuniformes (P≥0,05). A atrofia dos tecidos muscular e adiposo afetou a composição corporal de aves caquéticas e desuniformes, desta forma, a caquexia como síndrome sistêmica, ocasiona significativa redução na qualidade musculoesquelética em aves. Sugerimos um possível aproveitamento condicional com aves do grupo desuniforme pela sua aproximação em algumas características morfológicas com aves classificadas no grupo padrão. Palavras-chave: adiposidade, composição corporal, frangos de corte. ix ABSTRACT Artificial genetic selection promotes an increase in the growth rate of muscle mass and feed consumption, and consequent fat accumulation in broilers. As a result, the morphological assessment of muscle and fat distribution of different commercial poultry lines could elucidate the anatomical changings in modern broilers. In this way, we used 48 plucked male and female broilers, Ross and Cobb breeds, 42 days old, classified at the slaughterhouse into three groups: standard (n =16) (ideal body weight and muscle coverage), uneven (n=16) (average body weight lower than the standard group and less pectoral muscle coverage) and cachectic (n=16) (reduced size and weight, muscle atrophy and sternal prominence). The plucked broilers were refrigerated and sent to the Morpholab, FCAV, photographed, weighed and dissected. After dissection, the abdominal fat and the pectoral muscle, gastrocnemius muscle and sartorius muscle were removed, weighed and measured were taken to obtain the relative weight and the length and diameter of muscles of interest. It was observed that the weight of the pectoral muscle, the length of the sartorius muscle and adiposity were higher in the standard group compared to the other groups (P≤0.05). The atrophy of muscular and adipose tissues affected the body composition of cachectic and uneven birds, thus cachexia as a systemic syndrome causes a significant reduction in musculoskeletal quality in birds. We suggest a possible conditional use with birds from the uneven group due to their proximity in some morphological characteristics to birds in the standard group. Keywords: adiposity, body composition, broiler chickens. 10 1. INTRODUÇÃO No cenário global, a carne de frango é amplamente produzida. O desenvolvimento da avicultura ocorreu na década de 40, sobretudo em decorrência da Segunda Guerra Mundial, quando as nações envolvidas precisaram buscar carnes alternativas para atender à demanda da população (Costa; Garcia; Brene, 2015). Na América do Sul, a história da avicultura teve seu início na década de 50 como atividade de subsistência (Rodrigues et al., 2014). O Brasil se destaca nesse cenário, ocupando o primeiro lugar de maior exportador do mundo de carne de frango, e o segundo lugar em produção, conforme indicado pelo relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA, 2023). Em 2022, a produção brasileira atingiu marco histórico de 14,524 milhões de toneladas e 33% deste total foram destinados a exportações, principalmente para a China, o maior importador do produto. A progressão da produtividade foi evidenciada a partir das alterações no índice de conversão alimentar, aumento do peso médio do lote e redução de idade de abate das aves, resultantes das inovações tecnológicas que possibilitaram essa melhoria. Adicionalmente, a alteração nos padrões de vida e hábitos alimentares da população global constituiu em um elemento crucial para o incremento no consumo desse tipo de carne (Costa; Garcia; Brene, 2015). Ao longo das últimas décadas, a indústria avícola testemunhou as mudanças substanciais no campo da genética aplicada às aves, incorporando linhagens de elevado desempenho como Ross e Cobb. Essa evolução tem sido complementada por avanços no manejo e na infraestrutura das instalações, resultando em melhorias nos índices zootécnicos. Esses esforços convergem para a redução dos custos de produção e para utilização mais eficiente dos recursos produtivos, mas não engloba o bem-estar animal e a expressão de seu comportamento natural (Sousa, 2022). Na contramão, a preocupação com práticas adequadas de manejo e preocupação com a saúde e bem-estar animal, é uma forte tendência do mercado, 11 impulsionado tanto pela demanda dos consumidores por produtos de qualidade comprovada, obtidos através de processos éticos desde a origem, quanto pelas normativas específicas presentes no mercado internacional. Assim, é notório a necessidade de considerar a interação entre os animais e o ambiente em que estão inseridos quanto aos princípios de sustentabilidade ao desenvolver e aplicar tais práticas (Sousa, 2022; De Oliveira et al., 2014). No Brasil, a legislação vigente determina a criação e o abate de animais em boas condições, a qualidade higiênico-sanitária é fiscalizada pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) responsável por trazer a garantia dos produtos alimentícios brasileiros e baseado em regulamentações da Portaria nº 210 de 10 de novembro de 1998. A inspeção da carne de aves é feita por meio de técnicos nos frigoríficos que julgam as ocorrências e condenam as carcaças que possuem lesões, tumores, inflamações, abscessos, aerossaculite, repugnância visual, contusão e fraturas, dermatoses, escaldagem excessiva, retardo de evisceração, sangria inadequada, magreza, septicemia, síndrome ascite e caquexia (Brasil, 1998). De acordo com a regulamentação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), as carcaças ou partes de carcaças devem ser condenadas quando contaminadas por excretas e/ou bile durante a evisceração ou qualquer outra forma, se não for possível limpeza completa; como também parte de carcaças, órgãos ou qualquer outra parte comestível que esteja contaminada por contato com os pisos ou equipamentos, caso não seja possível a limpeza total e que não garanta a inocuidade do produto de modo a preservar a saúde dos consumidores (Insp Aves, 2021). No regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal (RIISPOA, 2020), as aves também devem ser rejeitadas se a condição for resultante de processo patológico, quando este é relacionado a doenças que refletem em falhas sanitárias ou manejo inadequado como as carcaças e os órgãos de animais magros, este pode ser destinado ao aproveitamento condicional como a produção de linguiças, salsicharia, nuggets em que se utiliza apenas partes da carne do frango livres de doenças (Brasil, 2020). 12 Estudos, por Albuquerque e Batista (2016), enfatizaram que, a densidade na criação é um elemento crucial na produção de aves. A densidade excessiva pode desencadear situações de estresse, resultando não apenas em desempenho inferior, mas também em diversas complicações na saúde das aves. As práticas inadequadas no manejo pré-abate, podem causar estresse térmico, identificadas como responsáveis por consideráveis índices de mortalidade e perdas na qualidade da carne. Aspectos como linhagens e sexagem têm influência na qualidade e na produtividade desses animais. De acordo com Nery (2017), as aves caquéticas que são caracterizadas por malformação muscular e redução da massa muscular, coloração arroxeada da carne, protusão da quilha do esterno e ausência de gordura na carcaça devem ser retiradas na fase de pré-inspeção e destinadas ao processamento, portanto, não chegam a serem submetidas a exame macroscópico o que não permite determinar se a etiologia da caquexia é infecciosa ou não. Contudo, esse critério suscita dúvidas em relação à condição das carcaças. Entre os nutricionistas clínicos, há um debate sobre a desnutrição e caquexia, uma vez que o baixo consumo crônico provoca adaptações fisiológicas, enquanto a caquexia é um transtorno metabólico sinérgico decorrente de doenças ou condições inflamatórias crônicas. 1.1 MORFOFISIOLOGIA MUSCULOESQUELÉTICA DAS AVES A musculatura esquelética é controlada voluntariamente pelo organismo, e as diferenças entre os músculos resultam da variação no número, tipo e tamanho das fibras presentes. Nas aves, a disposição das fibras sofre pouca ou nenhuma alteração após a eclosão, pois os mecanismos do tecido muscular são regulados pela frequência de expressão dos genes. As linhagens comerciais, por sua vez, apresentam aproximadamente 25% mais fibras em comparação com as linhagens caipiras, sendo essa diferença na deposição e precocidade da deposição de proteína no músculo responsável pelas distinções entre as raças Ross e Cobb (Silva, 2018). 13 O crescimento muscular ocorre, entre outros fatores, pelo aumento na quantidade de proteína, sendo importante considerar fatores que possam impactam esse crescimento, como influências intrínsecas, processos fisiológicos, e influências extrínsecas, relacionadas ao ambiente em que se vive (Madeira, 2005). Em frangos de corte, os músculos associados à quilha (esterno) estão diretamente envolvidos com a capacidade de voo, o que proporciona estabilidade aerodinâmica e sustentação de órgãos da cavidade abdominal. A seleção genética nesses animais direcionou as características para o aumento dos músculos peitorais e coracoides, devido ao seu valor comercial quando transformados em carne, com isso, as aves perderam a habilidade de voo devido ao peso excessivo (Da Silva, 2020). Nas aves que não voam bem os músculos possuem um alto teor de fibras anaeróbias glicolíticas esbranquiçadas que são pobres em mioglobinas. O músculo peitoral é o mais volumoso formado por grande parte da massa carnosa associada ao peito (Floriano, 2013). Ele possui origem na carina do esterno, clavícula e costelas esternais e se insere na superfície ventral e proximal do úmero (Figura 1). O músculo iliotibial ou sartório (Figura 2) é dividido em parte cranial proximamente do tibiotarso e flexiona a articulação do quadril e estende a articulação do joelho, a face lateral está em conjunto com o ligamento patelar no tibiotársico proximal e auxilia na flexão e extensão do quadril, flexão e extensão da articulação do joelho e é formado por fibras paralelas, delgadas e estreitas (Getty, 1986; König, 2016). O músculo gastrocnêmio (Figura 2) é o maior músculo da coxa e realiza a extensão da articulação intertarsal em Gallus domesticus e possui três cabeças: a lateral, intermediária e medial (Baumel, 1993). A parte lateral é próxima ao côndilo femoral lateral e a parte medial da patela e ao ligamento patelar, combinado ao tendão de Aquiles essas estruturas passam sobre a cartilagem tibial para alcançar as cristas hipotársicas e a superfície plantar do corpo do tarsometatarso (König, 2016). 14 Figura 1. Vista lateral dos músculos superficiais da cintura peitoral esquerda da asa do frango (König, 2016). Figura 2. Vista lateral dos músculos superficiais do membro pélvico (König, 2016). 15 1.2 DINÂMICA DO TECIDO ADIPOSO EM FRANGOS DE CORTE O tecido adiposo é o principal órgão especializado no armazenamento e liberação de energia, ajustando-se de acordo com a disponibilidade de nutrientes e necessidades do organismo. A deposição da gordura é realizada por adipócitos e hepatócitos, enquanto a absorção, metabolismo e armazenamento são coordenados pelo sistema digestório, cardiovascular e pelo próprio tecido adiposo. Este último pode ser caracterizado como branco ou marrom, mas, nos frangos comerciais, prevalece o tecido adiposo branco, que se acumula em gotículas lipídicas de triglicerídeos, principalmente pelos adipócitos (Ulian, 2023). O tecido adiposo pode ser influenciado por fatores como a temperatura de incubação e criação. Estudos indicaram que frangos de corte mantidos a 32ºC apresentaram maior acúmulo de gordura em comparação à termoneutralidade. Esses depósitos de gordura localizados, principalmente, na cavidade abdominal, são decorrentes da seleção que reduziu o tamanho de órgãos metabolicamente ativos e aumentou a deposição de proteína no peito, resultando em uma maior disponibilidade de energia para ser armazenada como gordura em ambientes quentes. Entretanto, o aumento na proporção e quantidade de gordura, cujo aumento de estoque reduz a eficiência alimentar das aves e seu rendimento, gera perdas para a cadeia de produção e processamento da carne. Um frango com 2,44kg possui cerca de 422,12g de lipídio total, correspondente a 17,3% do total de ração consumida pela ave (Almeida, 2013). Madeira (2010) constatou que o acesso ao piquete diminui a gordura abdominal em aves de criação no sistema de semiconfinamento. Para Gaya (2004) o acúmulo excessivo de gordura é um dos principais problemas na indústria, os consumidores buscam produtos cárneos magros e, o excesso desse componente é considerado indesejável do ponto de vista nutricional. O aumento de peso nos frangos está associado a diversas desordens metabólicas, incluindo ascite, síndrome da morte súbita e alterações no tamanho, forma e funcionalidade do coração, fígado e componentes do trato gastrintestinal. 16 Estudos de Cruz (2011) com frangos de corte relacionados ao peso corporal, a gordura abdominal e o peso das peles de uma linha pura paterna indicaram que seleção artificial para aumentar o peso corporal de frangos aos 42 dias de idade tem relação direta com o aumento da gordura abdominal e do peso da pele, especialmente na região do peito. Além do impacto na produtividade, a presença excessiva de gordura afeta negativamente o meio ambiente. O descarte de penas, intestinos, pé, cabeça, pele e sangue representa 30% da massa total, enquanto a gordura corresponde aproximadamente 2 a 2,5% do peso total do frango abatido gerada através da hipertrofia e hiperplasia das células adiposas. O material gorduroso descartado contêm propriedades bioquímicas vantajosas nutricionalmente que podem ser aproveitadas para novos produtos da alimentação humana e como combustível alternativo (Centenaro; Furlan; Soares- Souza, 2008). 1.3 LINHAGENS COMERCIAIS E OS PADRÕES CORPORAIS Atualmente, há uma variedade de linhagens disponíveis, e a empresa escolhe a que melhor se adapta ao seu sistema e ao mercado, destacamos as linhagens Cobb e Ross (Tauchert, 2013). A linhagem Ross é reconhecida por seus excelentes resultados no Brasil, exibindo conversão alimentar otimizada que culmina em carcaças de alto rendimento muscular. Especialmente, destaca-se pela qualidade do penado e do peito. A linhagem Cobb é conhecida por seu peso médio, oferecendo cortes de peito de qualidade superior, ótima conversão alimentar com bom rendimento muscular (Flemming; Janzen, Endo, 1999). Marcato (2009) destacou que a linhagem Cobb possui crescimento das penas mais prolongado e deposição de gordura muscular mais tardia. Porém é mais precoce na deposição de proteína muscular em comparação com a Ross. Além disso, Rosero, Guzman e Lopes (2012) observaram desempenho produtivo superior nos machos da linhagem Cobb no estágio final de produção. Tauchert 17 (2013) concluiu que as frangas da linhagem Cobb têm taxa de mortalidade maior, porém com Índice de Eficiência Produtiva (IFP) superior em comparação à Ross. Madeira (2010) comparou linhagens de frangos de corte para avaliação de desempenho e rendimento, e seus dados indicaram que a linhagem deve ser escolhida de acordo com o interesse de cada mercado. Santos (2005) demonstrou que a Cobb possuiu rendimento de crescimento, desempenho zootécnico e rendimento de partes nobres superiores a outras linhagens consideradas no estudo. Dentre os principais tipos de carcaças que sofrem condenação, destacam- se as provenientes de frangos de corte que são caracterizadas pela diminuição do tamanho e força dos músculos, protuberância do esterno e escassez de gordura corporal e aspecto arroxeado do tecido muscular na carcaça caquéticos (Ferreira; Sesterhenn; Kindlein, 2012). O maior número de condenações registradas em 2023 foi de 107.988, no mês de junho, no estado do Paraná (Brasil, 2023). Diversas condições podem desencadear a caquexia, porém as causas mais comuns estão relacionadas à nutrição e à presença de infecções. Apesar de carcaças caquéticas apresentarem cor escurecida, Qiao et al. (2001) citaram que o manejo pré-abate e a predisposição genética são os principais fatores que influenciam nesse aspecto. A desuniformidade de lotes pode causar rejeições no abatedouro. É um desafio enfrentado na avicultura e na indústria e acontece especialmente, quando a densidade de alojamento é superior a 30 kg/m² (6.2 lb/ft²) em galpões abertos com ventiladores e 42 kg/m² (8.6 lb/ft²) em galpões fechados com ventilação tipo túnel (Cobb-vantres, 2018). Essa situação resulta em competição entre as aves por espaço na cama, comedouros e bebedouros, favorecendo os frangos dominantes que têm mais acessibilidade a esses recursos, resultando em maior ganho de peso em comparação com as demais aves. Esse cenário acarreta a desuniformidade no crescimento das aves, o que influencia negativamente o desempenho final e o rendimento de carcaça (Luchesi, 1998). 18 2. OBJETIVO Avaliar a morfologia e a morfometria muscular e a adiposidade de frangos de corte de duas linhagens comerciais (Cobb® e Ross 308®) para verificar possível aproveitamento de aves desuniformes provenientes de abatedouro. 3. MATERIAIS E MÉTODOS O protocolo deste estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no uso de Animais (CEUA), protocolo nº3689/21, de 16 de dezembro de 2021. Foram utilizadas 48 carcaças de frangos, abatidos aos 42 dias de idade adquiridos de um abatedouro comercial no estado de São Paulo, Brasil, de ambos os sexos e linhagens. Após o abate, as aves foram classificadas visualmente pelas referências de RIISPOA (2020) (Figura 3), em relação ao seu perfil muscular e pesagem, após passarem pelo processo de depenagem. Os três grupos utilizados pela empresa foram: padrão (n=16) (peso corporal e cobertura muscular ideais), desuniforme (n=16) (peso corporal médio inferior ao grupo padrão e menor cobertura muscular peitoral), e caquético (n=16) (tamanho e peso reduzidos, atrofia muscular e proeminência do esterno). Figura 3. Carcaças de frangos adultos abatidos e depenados. A: carcaça padrão (1); B: carcaça desuniforme (2); C: carcaça caquética (3). Fonte: Morpholab, 2022. 19 Posteriormente, as carcaças foram acondicionadas em caixas térmicas refrigeradas e transportadas até o Laboratório de Morfologia Animal (Morpholab), localizado no Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal. As aves foram fotografadas, pesadas e dissecadas, após, foi feito a dissecação da gordura corporal (tecido adiposo da cavidade celomática e tecido adiposo perirrenal e visceral ao redor da moela) (Figura 4) e os músculos peitorais (Figura 5), músculo gastrocnêmio e o músculo sartório foram retirados, pesados em balança analítica e mensurados com fita métrica comum milimetrada para obtenção do peso relativo e o comprimento e diâmetro muscular. Figura 4. Gordura corporal de frango de corte padrão demonstrando o tecido adiposo da cavidade celomática e visceral ao redor da moela (A) e tecido adiposo perirrenal (B). Fonte: Morpholab, 2022. 20 Figura 5. Imagens fotográficas do músculo peitoral da carcaça de frango de corte adulto depenada classificadas como ave padrão (A) e ave desuniforme (B). Fonte: Morpholab, 2022. 3.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA Os dados obtidos foram tabulados em planilha e a análise de variância (ANOVA) e consistência dos dados foram realizados com o software R para computação estatística. Com a análise de variância testamos a hipótese nula de que não há diferença significativa entre as médias dos grupos. Rejeitada esta hipótese, foi utilizado o teste de Tukey para identificar diferenças entre as médias dos resultados dos grupos analisados identificando quais pares de grupos têm as diferenças significativas (P<0,05). Com isso, obtivemos visão detalhada das diferenças significativas entre os grupos identificando quais pares de grupos são significativamente diferentes e quais não são. Os valores finais foram expressos em médias aritméticas com seus respectivos desvios-padrão (Sousa, 2012). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O estado de saúde dos frangos está relacionado à composição corporal, no estudo, a adiposidade variou entre os grupos, sendo maior no grupo padrão (P≤ 0,05) (Tabela 1). O grupo caquético apresentou a menor quantidade de tecido adiposo. Este resultado pode estar associado à perda de gordura, conjuntamente A B 21 com a atrofia muscular e perda de peso corporal, observada na síndrome da caquexia (Tsoli, 2014). A deposição de gordura abdominal e subcutânea em frangos selecionados para crescimento rápido está associada a mudanças nas concentrações hormonais e mecanismos de controle neural (mecanismos de controle de fome-saciedade) que regulam a ingestão. Portanto, o frango moderno consome mais alimentos do que necessita para o crescimento e manutenção muscular. A ingestão excessiva de energia aumenta a deposição de gordura no corpo, o que explica o resultado do presente experimento de maior quantidade de gordura corporal para o grupo padrão (Smith; Pesti, 1998). Quanto à análise macroscópica dos músculos (Tabela 1), destaca-se que o grupo padrão apresentou o maior valor de peso relativo do músculo peitoral (P≤0,05) em comparação ao grupo desuniforme e caquético. Em relação ao peso do músculo gastrocnêmio, novamente, o grupo padrão se sobressaiu, principalmente em relação ao grupo caquético (P≤0,05), porém não houve diferença significativa com relação ao grupo desuniforme (P≥0,05). Para Oliveira et al. (2006) o ganho de peso e peso absoluto de peito, coxa e carcaça são influenciados negativamente caso a temperatura do ambiente seja abaixo de 24ºC ou acima de 26,3ºC. De Oliveira et al. (2014) também destacou que as temperaturas inadequadas podem prejudicar o desempenho de frangos de corte contribuindo ou causando caquexia e desuniformidade nos lotes. Quanto ao músculo sartório não houve diferença nos pesos relativos entre todos os padrões corporais (P≥0,05). O comprimento e diâmetro do m. gastrocnêmio e o diâmetro do m. sartório não diferiram entre os grupos padrão e o desuniforme (P≥0,05), mas diferiram do grupo caquético (P≤0,05). O comprimento do m. sartório foi maior no grupo padrão (P≤0,05) e similar nos outros grupos (Tabela 1). Em sua investigação sobre alterações histopatológicas em músculos e nervos de frangos de corte, Mazzucatto et al. (2009) observou que o músculo mais impactado por lesões foi o sartório. Na seleção artificial das linhagens Ross e Cobb, o tipo de fibra muscular não foi modificado, porém devido ao aumento do tamanho da fibra muscular o suprimento capilar é inadequado devido à grande distância para 22 difusão do oxigênio, metabólitos e eliminação de resíduos incidindo no diâmetro e comprimento das fibras causando estresse metabólico intermediário (Fonseca, 2019). Tabela 1. Peso absoluto da gordura corporal e peso relativo do músculo peitoral, músculo gastrocnêmio e músculo sartório, comprimento e diâmetro do músculo gastrocnêmio e músculo sartório de aves depenadas do tipo padrão, desuniforme e caquético. Peso (%) Comprimento (cm) Diâmetro (cm) Grupos GC MP MG MS MG MS MG MS Padrão 0,21a 0,32a 0,47 0,41 8,06a 9,55a 7,44a 6,59a Desuniforme 0,17b 0,28b 0,41 0,39 7,31a 8,19b 7,00a 5,97a Caquético 0,16c 0,25c 0,39 0,38 6,30b 7,69b 5,45b 4,96b Valor de P 1.18e -06*** 2,776e- 0,5*** 0,099 0,864 0.01* * 0.01** 4.39e- 06 *** 0.01** CV 42,12 44,69 26,01 47,38 47,38 18,25 15,57 22,16 Médias com letras distintas nas colunas são significativas no nível de P ≤ 0,05 pelo teste de Tukey. Gordura corporal (GC), músculo peitoral (MP), músculo sartório (MS), músculo gastrocnêmio (MG), coeficiente de variância (CV). De acordo com Salines et al. (2017) as três principais causas de condenação de frangos de corte são: caquexia (42%), congestão generalizada (29%) e lesões cutâneas não purulentas (14%). A caquexia é marcada pela perda de peso corporal, atrofia tanto muscular quanto adiposa, e inflamação, frequentemente associada à anorexia. Vários tecidos são afetados por essa síndrome, mas principalmente, o tecido muscular é um dos mais impactados pela atrofia. Segundo Argile et al. (2015), cerca de 40% do peso corporal é composto por tecido muscular esquelético, e a perda degenerativa de massa, qualidade e força desse músculo é conhecida como sarcopenia. 23 A sarcopenia não é tão bem definida quanto a caquexia, mas refere-se à perda de massa associada a redução de células nervosas, e a diminuição na capacidade de sintetizar proteínas aliado a uma ingestão inadequada de calorias que contribuem para a formação do quadro. A perda de massa muscular é o resultado do desequilibro das vias proteicas sintéticas e degradativas e o aumento de apoptose dos miócitos associadas à diminuição da capacidade regenerativa (Argile; et al., 2015). Rodrigues (2020) em seu trabalho apresenta que o abate das aves é dividido pela idade, os frangos de 28 dias são abatidos com a classificação de galetos pesando em média 1,6kg, porém, aves mais velhas que apresentarem peso médio de 1,8kg também podem ser abatidas e utilizadas com a mesma classificação. Com base nas nossas análises, é possível sugerir que as aves depenadas do grupo desuniforme possam ser utilizadas em abatedouros para aproveitamento condicional pela sua aproximação do grupo padrão, em especial no que diz respeito a morfologia muscular do músculo gastrocnêmio e ao músculo sartório. As aves caquéticas apresentaram diferenças estatísticas significativas em relação ao peso e medida dos músculos, com exceção do músculo sartório (Tabela 1). Em seu estudo, Nery (2017) propõe que as carcaças caquéticas que não apresentem lesões sugestivas de desordem infecciosa possam ser utilizadas. A pesquisa indica que, com base em padrões microbiológicos, físico-químicos e histológicos, essas carcaças possibilitam um aproveitamento condicional. Para Mendes e Komiyana (2011) a caquexia está relacionada com a qualidade dos pintos, manejo inadequado, temperatura, salinidade, nutrição e taxa de lotação, enquanto a desuniformidade das aves está relacionada com o incubatório, transporte dos pintos, aquecimento e manejo ruins. Oliveira, Sampaio e Pereira (2021) enfatizaram que a condenação de carcaças no abatedouro gera perdas significativas, a caquexia foi a sexta causa mais comum de condenações resultando em 891.215 aves condenadas no período de estudo. 24 5. CONCLUSÃO A atrofia dos tecidos muscular e adiposo afeta a composição corporal de aves caquéticas e desuniformes, desta forma, a caquexia como síndrome sistêmica, ocasiona significativa redução na qualidade musculoesquelética em aves. 6. REFERÊNCIAS ABPA. Associação Brasileira de Proteína Animal. Relatório Anual 2023. Disponível em:. Acesso em: 06 jan. 2024. ALMEIDA, V. R. DE. Efeito da temperatura de incubação e de criação sobre o tecido adiposo e desempenho de frangos de corte. 2013. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2013. ALVES, M. G. M.; ALBUQUERQUE, L. DE F.; BATISTA, A. S. M. Qualidade da carne de frangos de corte. Essentia – Revista de Cultura, Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, v.17. n.12, 2016. ARGILES, J. M. et al. Cachexia and sarcopenia: mechanisms and potential targets for invention. Current Opinion in pharmacology, v.22, p.100-106, 2015. 25 BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento - MAPA. Portaria nº 210 de 10 de novembro de 1998: Aprova sobre o regulamento técnico da inspeção tecnológica e higiênico-sanitária de carne de aves. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília. Disponível em: < https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/legislacoes/portaria-sda-210-de-10-11- 1998,689.html>. Acesso em: 06 jan. 2024. BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Usuário: PGA - Sistema de Informações Gerenciais do SIF. Condenação de Animais por Espécie, 2023. BRASIL. Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017 – atualizado pelo decreto 10.468 de 18 de agosto de 2020. Regulamento de Inspeção. Industrial e Sanitária de Produtos de. Origem Animal – RIISPOA. Brasília, SDA, 2020. CENTENARO, S. G.; FURLAN, V. J. M.; SOARES-SOUZA, L.A. Chicken fat: technological and nutrition alternativas. Semina: Ciências Agrárias, v.29, n.3, p. 619-630. Londrina, 2008 COBB-VANTRESS. Manual de manejo de frango de corte. Disponível em: . Acesso em: 04 jun. 2024. COSTA, L. S.; GARCIA, L. A. F.; BRENE, P. R. A. A indústria de frango de corte no mundo e no brasil e a participação da indústria avícola paranaense neste complexo. Revista Ciências Sociais em Perspectiva, v.14, n.27, p.319-314, 2015. CRUZ, V. et al. Estimativas de parâmetros genéticos para peso corporal, gordura abdominal e peso de peles em linhagem pura de frangos de corte. In: Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas. Anais do Prêmio Lamas. Santos, 2011. DA SILVA, E. I. C. Anatomia e Fisiologia das Aves Domésticas - Anatomia da galinha. Philpapers, 2020. Disponível em: . Acesso em: 09 jan. 2024 26 DE OLIVEIRA, D. L. et al. Performance and quality of egg laying hens raised in furnished cages and controlled environment/Desempenho e qualidade de ovos de galinhas poedeiras criadas em gaiolas enriquecidas e ambiente controlado. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.18, n.11, p-1186-1192, 2014. FARIA FILHO, D.E.; et al. Dietas de baixa proteína no desempenho de frangos criados em diferentes temperaturas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.41, p.101-106, 2006. FERREIRA, T. Z.; SESTERHENN, R.; KINDLEIN, L. Perdas econômicas das principais causas de condenações de carcaças de frangos de corte em Matadouros-Frigoríficos sob Inspeção Federal no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Scientiae Veterinaries, v. 40, n.1, p.1-6, 2012. FLEMMING, S. J.; JANZEN, A. S.; ENDO, A. M. Teste com linhagens comerciais de frangos de corte – Avaliação dos parâmetros zootécnicos. Archives Veterinary Science, v.4, 2019. FLORIANO, S. L. Anatomia e fisiologia das aves domésticas. Rede E-Tec Brasil, 2013. Disponível em: < https://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1470/An_Fi_Av_Do_Livro_WEB .pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 9 jan. 2024. FONSECA, C. A. Efeito de diferentes estratégias nutricionais e da genética sobre a incidência de miopatias peitorais de frangos de corte. 2019. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2019. GAYA, L. DE G. Estudo genético da deposição de gordura abdominal e de características de desempenho, carcaça e composição corporal em linhagem macho de frangos de corte, 2004. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2004. 27 GETTY, R. Anatomia dos animais domésticos de Sisson e Grossman. 5ª ed. v.2. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1986. INSP AVES: Manual de procedimentos de inspeção e fiscalização de aves e derivados em estabelecimentos sob inspeção federal (SIF). 2021. Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2024. KÖNIG, H. E.; et al. Avian Anatomy: Textbook and Color Atlas. 2ª ed. 5m Publishing, Chicago, 2016. LEE, N. K. et al. Endocrine regulation of energy metabolism by the skeleton. Cell, v.130, n.3, p.456-469, 2007. LUCHESI, JB. Impacto do ambiente na produtividade avícola/ Custo e benefício da criação de frangos/ Efeitos da ambiência na Performance. Anais da Conferência. Apinco, Facta; p.241-248, Campinas,1988. MADEIRA, L. A. et al. Avaliação do desempenho e do rendimento de carcaça de quatro linhagens de frangos de corte em dois sistemas de criação. Revista Brasileira de Zootecnia, v.39, p.2214-2221, 2010. MADEIRA, L. A. Morfologia das fibras musculares esqueléticas de frangos de corte criados nos sistemas confinado e semiconfinado. 2005. Dissertação (Mestrado de Zootecnia) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2005 MARCATO, S. M. Características do crescimento corporal, dos órgãos e tecidos de duas linhagens comerciais de frangos de corte. 2007. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, 2007. MARCATO, S. M. et al. Crescimento e deposição de nutrientes nas penas, músculo, ossos e pele de frangos de corte de duas linhagens comerciais. Ciência e Agrotecnologia, v.33, p.1159-1168, ago.2009. 28 MAZZUCATTO, B. C. et al. Microscopic changes in muscles and peripheral nerves of broiler chickens caused by monensin and roxarsone. Ars Veterinaria, v. 25, n.2, p.079-083, 2009. MENDES, A.; KOMIYANA, C. M. Estratégias de manejo de frangos de corte visando qualidade de carcaça e carne. Brazilian Journal of Animal Science, v.40, p.352- 357, 2011. Disponível em: . Acesso em: 08 jan.2024 NERY, L. C. Microbiological, physicochemical, and histological analysis of broiler carcasses with cachexia. Brazilian Journal of Poultry Science, v.19, p.595-600, 2017. OLIVEIRA, C. D.; SAMPAIO, A. N. C. E.; PEREIRA, J. G. Principais causas de condenação de carcaças de frangos de corte em abatedouros sob inspeção federal no estado do Paraná, Brasil. Higiene Alimentar, 2021. OLIVEIRA, G. A. DE. et al. Effect of environmental temperature on performance and carcass characteristics of broilers from 22 to 42 days old. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, p.1398-1405, 2006. RODRIGUES, B. N. Estágio supervisionado em avicultura e bovinocultura de leite. 2020. (Título de bacharel em Zootecnia) – Universidade Federal Rural do Semi- Árido, Mossoró, 2020. RODRIGUES, W. O. et al. Evolução da avicultura de corte no brasil. Enciclopédia biosfera, [S. l.], v. 10, n.18, 2014. ROSERO, J. P.; GUZMAN, E. F.; LOPEZ, F. J. Evaluación del comportamiento productivo de las líneas de polos de engorde Cobb 500 y Ross 308. Biotecnología en el Sector Agropecuario y Agroindustrial, v.10, n.1, p.8-15, jun. 2012. PASCHOAL, E. C.; OTUTUMI, L. K.; SILVEIRA, A. P. Principais causas de condenações no abate de frangos de corte de um abatedouro localizado na região 29 noroeste do Paraná, Brasil. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da Unipar, v.15, n.2, p.93-97, 2012. PEREIRA, P. C. et al. Production performance and carcass yield from broiler chickens of different strains. Veterinária Notícias, v.25, n.2, p.161-171, 2019. QIAO, M. et al. The effect of broiler breast meat color on pH, moisture, water-Holding capacity, and emulsification capacity. Poultry Science, v.80, n.5, p.676-680, 2001. SALINES, M. et al. Rates of and reasons for condemnation of poultry carcasses: harmonised methodology at the slaughterhouse. Veterinary Record, v.180, n.21, 2017. SANTOS, A. L. DOS. et al. Growth, performance, carcass yield and meat quality of three broiler chickens strains. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, p.1589-1598, 2005. SILVA, L. A. et al. Desenvolvimento muscular em frangos de corte. Anais da XI Mostra Científica Famez/UFMS. Campo Grande, 2018. SMITH, E. R.; PESTI, G.M. Influence of broiler strain cross and dietary protein on the performance of broilers. Poultry Science, v.77, n.2, p-276-281, 1998. SOUSA, C. A. DE.; LIRA JUNIOR, M. A.; FERREIRA, R. L. C. Evaluation of multiple mean comparison tests. Revista Ceres, v.59, p.350-354, 2012. SOUSA, D. M. Comportamento dos consumidores em relação ao bem-estar de frangos de corte. 2022. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas, Universidade Estadual Paulista, Dracena, 2022. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos/NEPA – Unicamp. 4ªed. Campinas, 2011. Disponível em: https://www.cfn.org.br/wp- content/uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf. Acesso em: 9 jan. 2024. 30 TAUCHERT, A. Estudo exploratório do desempenho zootécnico de duas linhagens de frangos de corte à campo. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Zootecnia) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, 2013. TSOLI, M. et al. Depletion of White Adipose Tissue in Cancer Cachexia Syndrome Is Associated with Inflammatory Signaling and Disrupted Circadian Regulation. Plos One, v.9, n.3, p. e93966, 2014. ULIAN, G. L. Fotoperíodo na incubação sobre o tecido adiposo subcutâneo de pintos de corte. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. 2023.