LAÍS BIM ROMERO O SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS E SEMENTES E O FOMENTO À ARBORIZAÇÃO URBANA DO ESTADO DE SÃO PAULO NO INÍCIO DO SÉCULO XX BAURU 2019 LAÍS BIM ROMERO O SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS E SEMENTES E O FOMENTO À ARBORIZAÇÃO URBANA DO ESTADO DE SÃO PAULO NO INÍCIO DO SÉCULO XX Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Campus de Bauru, como requisito final para a obtenção do título de Mestre. Orientadora: Profa. Dra. Marta Enokibara BAURU 2019 RESUMO A presente pesquisa insere-se no campo da história do paisagismo, enfocando a arborização, e pretende contribuir para o entendimento da inserção das espécies vegetais empregadas na arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX. Seu objetivo é analisar o papel do Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes (SDMS) da Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (SACOP), tendo como referência de análise os Relatórios Anuais da Secretaria, entre os anos de 1892, quando a SACOP é criada, até 1916, quando a distribuição de mudas e sementes a particulares deixa de ser feita de forma gratuita pelo governo. Nesse contexto, a pesquisa analisa a estrutura física e organizacional criada ou direcionada para atender as demandas de produção e distribuição de espécies através do SDMS. O enfoque recai sobre a distribuição realizada pelo Instituto Agronômico do Estado (IAE), no período de 1909 a 1912, por meio do levantamento e análise das “Cartas de Envio”, documentos da Instituição onde eram registradas todas as espécies, quantidades, requerentes e as cidades de destino das solicitações. Paralelamente, a pesquisa analisa, por meio de registros fotográficos da época, a inserção das espécies solicitadas no meio urbano, ratificando a importância do SDMS para a configuração de um repertório vegetal arbóreo pelo Estado de São Paulo. Palavras-chave: Repertório Vegetal. Arborização Urbana. Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes. Instituto Agronômico de Campinas. ABSTRACT This research is inserted in the field of landscaping history, focusing on afforestation, and aims to contribute to the understanding of the insertion of plant species used in the urban afforestation of the State of São Paulo in the early twentieth century. Its objective is to analyze the role of the Seedling and Seed Distribution Service (SDMS) of the Secretariat of Agriculture, Trade and Public Works (SACOP), taking as its reference for analysis the Annual Reports of the Secretariat, between 1892, when SACOP It was created until 1916, when the distribution of seedlings and seeds to privates ceased to be free of charge by the government. In this context, the research analyzes the physical and organizational structure created or directed to meet the demands of species production and distribution through SDMS. The focus is on the distribution made by the State Agronomic Institute (IAE), from 1909 to 1912, through the survey and analysis of the “Letters of Shipment”, documents of the Institution where all species, quantities, applicants and the destination cities of the requests. At the same time, the research analyzes, through photographic records of the time, the insertion of the requested species in the urban environment, confirming the importance of SDMS for the configuration of an arboreal plant repertoire by the State of São Paulo. Key words: Vegetation repertoire. Urban Arborization. Secretariat of Agriculture, Commerce and Public Works. Seedlings and Seed Distribution Service. Agronomic Institute of Campinas. Aos meus pais, com todo o amor que houver nessa vida! AGRADECIMENTOS “E de repente, num dia qualquer, acordamos e percebemos que já podemos lidar com aquilo que julgávamos maior que nós mesmos. Não foram os abismos que diminuíram, mas nós que crescemos” (autor desconhecido). Por diminuir os meus abismos e pelas infinitas maravilhas que proporciona em minha vida, agradeço primeiramente a Deus, por me abençoar em todos os momentos e por investir-me da força e da inteligência necessária para concluir a árdua tarefa que foi a escrita dessa dissertação. Agradeço também aos meus pais, Mauro e Aidê, por toda a paciência que tiveram comigo ao longo do período de elaboração desse trabalho. Pelo apoio em todos os momentos de desespero e cansaço. Por todos os conselhos. Por tudo que fizeram e abdicaram por mim. Vocês são tudo na minha vida. A toda a minha família, por estarem sempre presente e compreenderem os meus diversos momentos de ausência para o termino desse trabalho. À Associação Alphaville Bauru pela compreensão e flexibilidade que possibilitaram que, mesmo trabalhando, eu pudesse dar andamento aos meus estudos. Ao também pesquisador, doutor em história, Amilson Barbosa Henriques, que muito gentilmente me disponibilizou o seu acervo digital dos Relatórios da Secretaria da Agricultura. Por mais pesquisadores com a sua bondade e com seu altruísmo. A todos os professores e funcionários do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGARQ) da FAAC-Bauru. A todos os companheiros de jornada do PPGARQ, em especial, a Rafaella pelos diversos materiais coletados, ao Murilo pelos “auxílios botânicos” e ao Pedro (in memoriam) pelos “abstracts”. As Professoras Norma Reginal Truppel Constantino e Karin Schawabe Meneguetti por aceitarem compor a banca de qualificação e defesa desta dissertação e pelas valorosas contribuições para este trabalho. E por fim, meu especial agradecimento a minha “sempre orientadora” Profa. Dra. Marta Enokibara, pela parceria que se estende desde a graduação (lá se vão mais de 10 anos de trabalho em conjunto!). Obrigada pelo auxilio constante e pelo direcionamento nos momentos incertos. Meus mais sinceros agradecimentos a todos vocês! Viajando há alguns anos atrás pelo nosso interior, logo após o meu regresso da Europa, tive ocasião de constatar largamente o quanto somos indiferentes, o quanto desprezamos essas belas criações terrenas, ora esguias e frondosas, murmurantes e protetoras e que, irrompendo o solo aqui e acolá, parecem entoar surdamente o vivo e tranquilo poema da natureza. E eu contemplava contristado os nossos campos devastados, as nossas fazendas nuas de paisagens, o velho e clássico casarão branco surgindo de um terreiro amarelo ou vermelho, onde não se vê um arbusto, uma flor, nem mesmo um palmo dessa relva farta, que é a imensa e serena esmeralda dos campos... O meu espírito recordando, então, cenas de além-mar, voltava-se para as cultivadas e ridentes farms da Inglaterra, para os deliciosos parterres e lindos bosques da França, onde o homem procura harmonizar o duro labor diário da vida com o suave conforto que dá a natureza, ora criando uma paisagem que sorri e eleva, ora formando uma sombra que descansa e acaricia e ora fazendo brotar as flores que perfumam o lar. Mario Sampaio Ferraz, Revista O Fazendeiro, 1910, p. 357. O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Capa do volume onde constam as Cartas de Envio do período de 22/02/1909 a 29/05/1909....................................................................................................................28 Figura 2 - Índice alfabético com os nomes dos solicitantes e páginas das Cartas de Envio correspondentes aos seus pedidos (volume relativo ao período de 07/06/1911 a 05/07/1911)......................................................................................................................28 Figura 3- Carta de Envio do Tipo A...................................................................................29 Figura 4 – Carta de Envio do Tipo B.................................................................................29 Figura 5 – Imagem do arquivo digital - Carta número (1149)A_14.OUTa_09................30 Figura 6 – Trecho da tabela de transcrição localizando a Carta número (1149)A_14.OUTa_09.......................................................................................................30 Figura 7 - Nomenclatura adotada para a numeração das Cartas de Envio.....................30 Figura 8 - Capa do Relatório de 1892, apresentado ao Secretário da Agricultura Alfredo Maia, pela Superintendência de Obras Públicas..............................................................32 Figura 9 - Capa do Relatório da SACOP do ano de 1900.................................................32 Figura 10 - Exemplos da configuração gráfica dos Relatórios da SACOP........................33 Figura 11 - Demarcação dos itens dos Relatórios da SACOP, que possuíam relação com o SDMS..............................................................................................................................34 Figura 12 – Recorte da Seção “Diretoria de Agricultura” do Relatório da SACOP de 1908..................................................................................................................................34 Figura 13 – Mapas de estudo sobre a localização dos centros produtores de mudas e sementes, conforme informações extraídas dos Relatórios da SACOP..........................35 Figura 14 – Prudente José de Moraes Barros, o 1° governador paulista do período Republicano (administração como governador provisório de 1899 a 1890)..................38 Figura 15 – Jorge Tibiriçá Piratininga, o 2° governador paulista do período Republicano (administração como governador provisório de 1890 a 1891 e presidente do Estado de 1904 a 1908).....................................................................................................................38 Figura 16 - Américo Brasiliense de Almeida Mello, redator da Constituição do Estado de São Paulo de 1890 e 1° presidente do Estado de São Paulo......................................39 Figura 17 - José Alves de Cerqueira Cesar, 1° vice-presidente do Estado e presidente interino entre 1891 e 1892..............................................................................................39 Figura 18 – Alfredo Maia – 1° Secretário da Agricultura da SACOP................................40 Figura 19 – Primeira sede da SACOP, onde a Secretaria funcionou de 1896 a 1931.....40 Figura 20 - Manoel Ferraz de Campos Salles...................................................................43 Figura 21- Francisco de Paula Rodrigues Alves................................................................45 Figura 22 - Carlos Botelho................................................................................................46 Figura 23 - Membros da Seção Agronômica da Diretoria de Agricultura da SACOP no ano de 1910......................................................................................................................47 Figura 24 - Antônio de Pádua Sales..................................................................................50 Figura 25 - Paulo de Morais Barros..................................................................................51 Figura 26 – Exemplo do quadro de distribuição do IAE, no ano de 1899, destacando as mudas de espécies arbóreas............................................................................................78 Figura 27 – Exemplo do quadro de mudas distribuídas pelo IAE, no ano de 1900, destacando as arbóreas....................................................................................................78 Figura 28 – Propaganda do SDMS no Jornal Correio Paulistano de 08/07/1910, onde se convidavam os interessados a realizar os pedidos das mudas e bacelos disponíveis para o período...........................................................................................................................83 Figura 29 - Propaganda do SDMS em exemplar da Revista O Fazendeiro do ano de 1912, onde se convidavam os interessados a realizar os pedidos de sementes de algodão, que, por sua vez, seriam remetidas em período oportuno..............................83 Figura 30 - Quadro de sementes distribuídas pela SACOP no ano de 1906, destacando as procedências externas ao IAE (Parte 1).......................................................................85 Figura 31- Quadro de sementes distribuídas pela SACOP no ano de 1906, destacando as procedências externas ao IAE (Parte 2).......................................................................86 Figura 32 - Caixotes de madeira onde eram acondicionadas as mudas a serem distribuídas pelo Serviço Florestal....................................................................................90 Figura 33 – Relação de espécies distribuídas pelo Horto e suas quantidades (anos de 1912 e 1913).....................................................................................................................92 Figura 34 - Gastos com a produção das mudas distribuídas pelo Serviço Florestal entre 1911 e 1914......................................................................................................................92 Figura 35 – Quantidade total de mudas, quantidade de eucaliptos e suas porcentagens, distribuídos pelo Serviço Florestal entre 1911 e 1914....................................................93 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) Figura 36 – Regulamento para o fornecimento de mudas pelo Serviço Florestal (Parte 1).......................................................................................................................................95 Figura 37 - Regulamento para o fornecimento de mudas pelo Serviço Florestal (Parte 2).......................................................................................................................................96 Figura 38 – Vista panorâmica do Jardim de Guanabara..................................................98 Figura 39 – Entrada do edifício sede do IAE....................................................................99 Figura 40 - Parque Arboretum na entrada do Jardim de Guanabara..............................99 Figura 41 – Canteiros de experiência de café e policulturas no Jardim de Guanabara........................................................................................................................99 Figura 42 – Vista panorâmica do vinhedo, parque de arbóreas e pomar no Campo de Guanabara......................................................................................................................101 Figura 43 – Canteiro de arbóreas, ornamentais e frutíferas do Campo de Guanabara......................................................................................................................101 Figura 44 - Exterior da estufa do Campo de Guanabara e área de canteiros...............102 Figura 45 - Interior da Estufa do Campo de Guanabara................................................102 Figura 46 - Experiências em vasos sobre o tipo de solo do Estado no Campo de Guanabara......................................................................................................................102 Figura 47 – Vista do parque do Instituto.......................................................................103 Figura 48 – Vista do vinhedo em Guanabara.................................................................103 Figura 49 – Vista panorâmica do Campo de Santa Elisa................................................104 Figura 50 - Viveiro na mata no Campo de Santa Elisa...................................................105 Figura 51 – Vista panorâmica do Campo de Santa Elisa após a reativação de 1908 (Parte 1)..........................................................................................................................107 Figura 52 - Vista panorâmica do Campo de Santa Elisa após a reativação de 1908 (Parte 2).....................................................................................................................................107 Figura 53 – Plantação de Casuarinas iniciada em 1911 no Horto Florestal da Fazenda Santa Elisa.......................................................................................................................108 Figura 54 – Campo central de criação, seleção e aclimação de sementes de pequenas, médias e grandes culturas em Santa Elisa.....................................................................108 Figura 55 – Localização do Campo de Santa Elisa, Cafezal e Fazenda de criação de Monjolinho em seu entorno..........................................................................................109 Figura 56 – Trabalhos mecânicos de adubação, aração e capinação realizados no Cafezal de Experiências e Demonstrações de Monjolinho............................................109 Figura 57 – Panorama do Campo de Experiência e Demonstração do Núcleo Colonial de Nova Odessa..............................................................................................................112 Figura 58 – Vista das culturas do Campo de Demonstração do Núcleo Colonial de Nova Odessa............................................................................................................................112 Figura 59 - Cultura de trigo no Campo de Demonstração do Núcleo Colonial de Nova Odessa............................................................................................................................113 Figura 60 – Plantação de Mucuna utilis no Campo de Demonstração do Núcleo Colonial de Nova Odessa..............................................................................................................113 Figura 61 – Vista geral da Fazenda – Modelo da Escola Luiz de Queiroz em Piracicaba........................................................................................................................114 Figura 62 – Vista do Campo de Experiências da Fazenda-Modelo da Escola Agrícola Prática de Piracicaba no ano de 1904............................................................................115 Figura 63 – Perspectiva contendo o Edifício sede, o Parque e os Campos de Experiência e Demonstração da Escola Agrícola Luiz de Queiroz em Piracicaba.............................116 Figura 64 – Vista do Parque e da Edificação principal da Escola Agrícola Luiz de Queiroz em Piracicaba..................................................................................................................116 Figura 65 – Trecho de viveiros do parque da Escola Agrícola Luiz de Queiroz em Piracicaba........................................................................................................................116 Figura 66 – Vista de um trecho do Parque da Escola Agrícola Luiz de Queiroz em Piracicaba........................................................................................................................117 Figura 67 – Grupo de alunos do Aprendizado de Iguape, providos de seus “herbários” durante excursão botânica.............................................................................................117 Figura 68 – Viveiros de cacaueiros no Campo de Experiência e Demonstração de Iguape.............................................................................................................................117 Figura 69 – Vista do Aprendizado Agrícola Dr. Bernardino de Campos em Iguape, tendo a esquerda os Campos de Experiência e Demonstração de culturas............................118 Figura 70 – Cultura de arroz irrigado por infiltração no Campo de Moreira Cezar...............................................................................................................................120 Figura 71 – Abertura de regos com o arado de disco no Campo de Moreira Cezar...............................................................................................................................120 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) Figura 72 – Atividades de cultivo de arroz utilizando-se o arado de disco...................120 Figura 73 – Área de Serra da Cantareira desapropriada pelo governo e terreno adquirido para instalação do Horto Botânico de São Paulo..........................................123 Figura 74 – Terreno adquirido pelo Estado para a instalação do Horto Botânico de São Paulo...............................................................................................................................123 Figura 75 - Horto Florestal da Cantareira na década de 1930......................................124 Figura 76 – Reservatório da Cantareira na década de 1930.........................................124 Figura 77 – Reflorestamento da Fazenda da Chapada na Serra da Cantareira, mostrando uma parte do plantio de 120.000 pinheiros em 1917................................127 Figura 78 – Estação do Tramway da Cantareira interna ao Horto Florestal (sem data)................................................................................................................................128 Figura 79 – Bosque de Araucárias no Horto Botânico de São Paulo.............................128 Figura 80 – Entrada do Horto Botânico e Florestal.......................................................129 Figura 81 – Vista exterior do ripado cercando o viveiro................................................129 Figura 82 – Ripado para abrigar eucaliptos...................................................................129 Figura 83 – Viveiro de essências florestais e árvores ornamentais do Serviço Florestal no Horto Botânico da Cantareira...................................................................................131 Figura 84 - Vista parcial dos viveiros de essências florestais e árvores ornamentais do Serviço Florestal no Horto Botânico da Cantareira.......................................................133 Figura 85 – Vista geral do Horto Agrário de Cubatão....................................................134 Figura 86 – Vista geral do Horto Agrário Tropical de Cubatão......................................134 Figura 87 – Plantação de coco da Bahia no Horto Agrário Tropical de Cubatão..........134 Figura 88 – O Tramway da Cantareira passando pelo Horto, vendo-se as plantações de Eucalyptus ao fundo (sem data).....................................................................................135 Figura 89 – Vista do Campo de Guanabara com e Estação Guanabara e o entroncamento ferroviário ao fundo (sem data)..........................................................140 Figura 90- Campos de Santa Elisa e Monjolinho com demarcação da Linha Férrea Funilense e a Estação “Instituto”...................................................................................140 Figura 91 – Um dos vagões do Tramway da Cantareira construído especialmente para o transporte de mudas......................................................................................................141 Figura 92 –Tramway partindo do Horto de São Paulo carregando 42.000 mudas de árvores de utilidade, ornamentação e frutíferas...........................................................141 Figura 93 – Franz Wilhelm Dafert, 1° diretor do IAE.....................................................146 Figura 94 – Adolpho Barbalho Uchôa Cavalcanti, 2° diretor do IAE. (1890-1892 e 1897- 1898)...............................................................................................................................146 Figura 95 – Gustavo R. P. D’Ultra, 3° diretor do IAE (1898-1906).................................148 Figura 96 – Lourenço Granato, 4° diretor do IAE (1908-1909).....................................148 Figura 97 – J. J. Arthaud Berthet, 5° diretor do IAE (1909-1924)..................................149 Figura 98 - Texto padrão impresso nas Cartas do Tipo A – Carta de Despacho Geral................................................................................................................................151 Figura 99 – Exemplo de Carta Tipo A – Carta de Despacho Geral destacando as informações descritas manualmente.............................................................................152 Figura 100 - Texto padrão impresso nas Cartas do Tipo B – Carta de Solicitação de Despacho........................................................................................................................153 Figura 101 - Exemplo de Carta Tipo B – Carta de Solicitação de Despacho destacando as informações descritas manualmente........................................................................154 Figura 102 – Exemplo de Carta Ilegível..........................................................................193 Figura 103 – Exemplo de Carta “Sem Efeito”................................................................193 Figura 104 - Notícia do Jornal O Atalaia de 24 de junho de 1909 informando sobre os serviços de ajardinamento da Praça Sr. Jorge Tibiriçá..................................................195 Figura 105 – Nota do Jornal O Atalaia de 11 de julho de 1909 informando sobre os serviços de melhoramentos da Praça Sr. Jorge Tibiriçá................................................196 Figura 106 - Nota do Jornal O Democrata de 10/10/1912 informando sobre a abertura da Avenida General Ozorio em Jaboticabal...................................................................196 Figura 107 – Vista da Casa de Herman Müller na Vila Operária de Carioba, com as diversas espécies arbóreas e arbustivas presentes no ano de 1938, em destaque prováveis exemplares de Castanheiros Europeus.........................................................196 Figura 108 - Vista da Vila de Carioba no início da década de 1930, destacando um exemplar de carvalho.....................................................................................................197 Figura 109 - Carta n° (1258)A_15.OUTb_09 com mudas solicitadas pelo nome popular e científico......................................................................................................................198 Figura 110 - Carta n° (5743)A_65.DEZ_12 com sementes solicitadas apenas pelo nome científico.........................................................................................................................198 Figura 111 - Carta n° (4019)A_47.SETb_11 com item “não classificado”....................199 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) Figura 112 – Exemplo de “jacaré” (tuia jacaré) espécie ornamental mais solicitada pelo nome popular.................................................................................................................200 Figura 113 - Exemplo da espécie Dracaena draco Linné...............................................200 Figura 114 - Exemplo de Pandanus utilis Bory...............................................................203 Figura 115 - Exemplo da planta conhecida popularmente como “palmeira imperial”.........................................................................................................................205 Figura 116 - Exemplo da planta conhecida popularmente como “areca bambu”...........................................................................................................................205 Figura 117 - Exemplo da palmeira Caryota urens Linné................................................205 Figura 118 - Exemplo da palmeira Latania borbonica Lam. atualmente Latania lontaroides (Gaertn) H.E. Moore....................................................................................206 Figura 119 - Exemplo de Ligustrum japonicum Thunberg, popularmente conhecido como “alfeneiro do japão”, segundo Löfgren (1906)....................................................209 Figura 120 - Exemplo do Eucalyptus robusta Smith......................................................210 Figura 121 – Exemplo de Cedrela fissilis Vellozo...........................................................210 Figura 122 – Exemplo de planta Casuarina glauca Sieber, uma das espécies do gênero Casuarina........................................................................................................................211 Figura 123 – Páginas iniciais (n° 48 e 49) do tópico do Relatório da SACOP relativo ao Instituto Agronômico......................................................................................................252 Figura 124 – Sequência de páginas do Relatório da SACOP relativas ao IAE, estando na página n° 51 as informações sobre a sua distribuição de mudas e sementes..............252 Figura 125 – Exemplo do cabeçalho adotado no Quadro relativo ao cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos Centros Produtores........................256 Figura 126 - Vista de uma das ruas de São Sebastião em 1913 onde nota-se a presença de espécies arbóreas no meio urbano (1913)...............................................................286 Figura 127 – Vista de um coreto em São Sebastião com a arborização no entorno (1921)..............................................................................................................................287 Figura 128 – Vista do Jardim do entorno da Igreja Matriz de São Sebastião [19- ].......................................................................................................................................287 Figura 129 - Vista geral de Cubatão onde nota-se a presença de espécies arbóreas no meio urbano (1935)........................................................................................................288 Figura 130 - Vista a partir da caixa d’água de uma vila de operário em Cubatão [19- ].......................................................................................................................................289 Figura 131 - Vista do Armazém do Sr. Alberto Costa no Bairro Cortume em Cubatão [1949]..............................................................................................................................289 Figura 132 - Vista geral de Iguape onde nota-se a presença de espécies arbóreas no meio urbano [19-]...........................................................................................................290 Figura 133 – Vistas do Largo da Matriz do Bom Jesus em Iguape em diferentes décadas, mostrando a evolução de sua arborização....................................................................292 Figura 134 – Vistas da Praça São Benedito em Iguape em diferentes décadas...........292 Figura 135 - Vista geral da povoação do Núcleo Colonial Campos Salles onde nota-se a presença de espécies arbóreas [19-].............................................................................293 Figura 136 – Vista n° 1 de residência e quintal no Núcleo Colonial Campos Salles (início século XX)........................................................................................................................295 Figura 137 – Vista n°2 de residência e quintal no Núcleo Colonial Campos Salles (início século XX)........................................................................................................................295 Figura 138 - Vista de uma região do Núcleo Colonial Campos Salles (início século XX)...................................................................................................................................296 Figura 139 - Vista n°3 de residência e quintal no Núcleo Colonial Campos Salles (início século XX)........................................................................................................................296 Figura 140 – Vista geral da cidade de Piracicaba onde nota-se a presença de arborização no meio urbano (1900 a 1920)..................................................................297 Figura 141 – Vista do parque nas proximidades do Pavilhão de Química da Escola Prática de Agricultura de Piracicaba (sem data)............................................................298 Figura 142 - Vista do Engenho Central de Piracicaba (1900 a 1920)............................301 Figura 143 - Vista da Avenida Luiz de Queiroz tendo ao fundo o Engenho Central de Piracicaba (1900-1920)...................................................................................................301 Figura 144 – Vista do Parque Barão de Rezende (1900—1920)...................................302 Figura 145 – Vista da Fonte do Jardim da Praça da Igreja Matriz de Piracicaba (1900 – 1920)...............................................................................................................................302 Figura 146 - Vista n° 1 da Rua do Porto em Piracicaba (1900 – 1920)..........................303 Figura 147 - Vista n° 2 da Rua do Porto em Piracicaba (1900 – 1920)..........................303 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) Figura 148 – Vista da fachada e do jardim frontal da Igreja Methodista de Piracicaba (1900 – 1920).................................................................................................................304 Figura 149 – Vista da Rua Boa Morte em Piracicaba (1900 – 1920).............................304 Figura 150 - Vista do Largo do Teatro Municipal São Estevão de Piracicaba (1900 – 1920)...............................................................................................................................305 Figura 151 - Vista do Teatro Municipal São Estevão de Piracicaba (1900 – 1920).......305 Figura 152 - Vista da Praça José Bonifácio em Piracicaba (1900 – 1920).....................306 Figura 153 - Vista da Igreja São Benedito em Piracicaba (1900 – 1920).......................306 Figura 154 - Vista geral da povoação do Núcleo Colonial de Nova Odessa onde nota-se a presença de arborização em meio às residências (início do século XX).....................307 Figura 155 – Carta n° (1043)A_12.AGOc_09 com a solicitação do colono Guilherme Petterlewitz do Núcleo Colonial de Nova Odessa..........................................................309 Figura 156 – Vista da residência e quintal do colono Guilherme Petterlewitz no Núcleo Colonial de Nova Odessa (início século XX)...................................................................310 Figura 157 - Vista de residência e quintal no Núcleo Colonial de Nova Odessa tendo o eucaliptal ao fundo (início século XX)............................................................................311 Figura 158 - Vista de residência e do armazém da máquina de beneficiar algodão no Núcleo Colonial de Nova Odessa (início século XX).......................................................311 Figura 159 - Vista da pastagem com gado holandês no Núcleo Colonial de Nova Odessa (início século XX).............................................................................................................312 Figura 160 - Vista de residência e quintal no Núcleo Colonial de Nova Odessa tendo o eucaliptal ao fundo (início século XX)............................................................................312 Figura 161 – Vista da cidade de Pindamonhangaba onde nota-se a presença de exemplares arbóreos no meio urbano [19-]..................................................................313 Figura 162 – Vista da Avenida Tibiriçá em Pindamonhangaba [19-].............................316 Figura 163 - Vista do Jardim público localizado nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso em Pindamonhangaba [19-].................................................317 Figura 164 - Vista do Mercado Municiapl de Pindamonhangaba [19-]........................317 Figura 165 - Vista geral da da cidade de Amparo onde nota-se a presença de espécies arbóreas no meio urbano (1900)...................................................................................318 Figura 166 – Vista n° 1 do Liceu de Artes e Ofício de Amparo [19-].............................321 Figura 167 – Vista n° 2 do Liceu de Artes e Ofício de Amparo [19-].............................321 Figura 168 – Vista da Estrada de Ferro paralela à Rua José Fontana em Amparo [19- ].......................................................................................................................................322 Figura 169 – Vista do Parque Dr. Arruda – Caixa D’Água em Amparo (1915)..............322 Figura 170 – Vista do Largo da Matriz em Amparo (1915)...........................................323 Figura 171 – Vista da Rua XV de Novembro em Amparo [19-].....................................323 Figura 172 – Vista n°1 do Jardim Público de Amparo no século XX [19-].....................324 Figura 173 – Vista n° 2 do Jardim Público de Amparo no século XX [19-]....................324 Figura 174 – Vista da Avenida Bernardino de Campos em Amparo [19-].....................325 Figura 175 – Vista da Rua Prudente de Moraes em Amparo [19-]...............................325 Figura 176 – Vista parcial da cidade de Campinas, tendo no centro o Mercado Municipal, à frente dele a Estação Carlos Botelho e, ao fundo, a plataforma da Cia. Carril Funilense (1910)...................................................................................................326 Figura 177 – Vista da fachada principal do 1° Grupo Escola de Campinas (1911)........330 Figura 178 – Vista da fachada principal do 2° Grupo Escola de Campinas [19-]..........330 Figura 179 – Vistas do Liceu de Artes e Ofícios de Campinas em diferentes décadas do século XX.........................................................................................................................331 Figura 180 - Vistas do Jardim do Largo do Rosário ou Largo Visconde de Indaiatuba no início do século XX..........................................................................................................333 Figura 181 – Vista do Largo do Rosário ou Largo Visconte de Indaiatuba em Campinas [19-].................................................................................................................................334 Figura 182 – Vistas da Praça Carlos Gomes em Campinas [190-].................................335 Figura 183 – Vistas da Praça Carlos Gomes em Campinas, no século XIX e XX............336 Figura 184 – Vistas da Praça Bento Quirino em Campinas em diferentes décadas do início do século XX..........................................................................................................337 Figura 185 – Vista da fachada e jardim do Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas [19-]................................................................................................................338 Figura 186 – Vista do Asilo dos Inválidos de Campinas [19-]........................................338 Figura 187 – Vistas da Avenida Andrade Neves em diferentes décadas do século XX em Campinas........................................................................................................................339 Figura 188 – Vista do Mercado das Andorinhas em Campinas [19-]............................340 Figura 189 – Vista da Escola Norma Carlos Gomes em Campinas [19-].......................340 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) Figura 190 - Vista da fachada e acesso frontal da Catedral da Matriz de Campinas em diferentes décadas do início do do século XX................................................................341 Figura 191 – Vista da Região da Luz em São Paulo no ano de 1910, tendo em primeiro plano os Campos Elíseos, destacando-se as residências da elite cafeeira do Estado, à esquerda, os pátios ferroviários do Bom Retiro e, atrás, as árvores do Jardim da Estação da Luz................................................................................................................342 Figura 192 - Vista do Museu Paulista com seus jardins à frente e pequeno Bosque ao fundo (1930)...................................................................................................................348 Figura 193 – Vista do Jardim frontal do Museu Paulista (1920)...................................348 Figura 194 – Vistas da Villa Virgínia de propriedade de André Matarazzo na Avenida Paulista em São Paulo [19-]............................................................................................350 Figura 195 - Vista do Lago do Jardim da Luz [19-].........................................................351 Figura 196 – Vista da Estação da Luz a partir do Jardim da Luz [1900-1920]...............351 Figura 197 - Vista n° 1 do Jardim da Praça da República em São Paulo [1910]............352 Figura 198 - Vista externa da Praça da República em São Paulo, tendo como predominância a arborização de plátanos (1912)..............................................................................................................................352 Figura 199 - Vista do Jardim da Praça da República em São Paulo (1910)...................353 Figura 200 - Vista do Jardim da Praça da República em São Paulo (1910)...................353 Figura 201 – Vista n° 1 da arborização do Largo do Arouche com exemplares de Platanus occidentalis (1920)..........................................................................................354 Figura 202 - Vista n° 2 da arborização do Largo do Arouche com exemplares de Platanos orientalis (1920)..............................................................................................354 Figura 203 - Vista de trecho da Rua Consolação arborizada com Grevíleas (1911)..............................................................................................................................355 Figura 204 – Vista da Estação da Luz destacando-se a arborização de Alfeneiros do Japão [1900 – 1920].......................................................................................................355 Figura 205 – Vista da fachada e jardim frontal do Grupo Escolar do Bráz [1900 – 1920]...............................................................................................................................356 Figura 206 – Vista da fachada e jardim frontal da Escola Politécnica [1900 - 1920]...............................................................................................................................356 Figura 207 – Vista da Hospedaria de Imigrantes em São Paulo [1900 – 1920]............357 Figura 208 - Imigrantes europeus posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos Imigrantes de São Paulo [1890 – 19-]..................................................357 Figura 209 – Vista de uma residência particular em São Paulo [19-]............................358 Figura 210 - Vista da residência de Francisco Matarazzo na Avenida Paulista [19-]....358 Figura 211 – Vista panorâmica do Bairro Santa Cecília em São Paulo [1900 – 1920]...............................................................................................................................359 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Exemplo do quadro de organização das Cartas de Envio do ano de 1909, contendo os números de referência da primeira e da última Carta presente em cada pasta..................................................................................................................................29 Quadro 2 – Relação de tabelas e mapas temáticos desenvolvidos a partir do cruzamento de dados das Cartas de Envio......................................................................31 Quadro 3 – Relação de Relatórios da SACOP existentes nos acervos consultados........33 Quadro 4 - Relação de tabelas e mapas produzidos a partir do levantamento dos dados contidos nos Relatórios da SACOP...................................................................................34 Quadro 5 - 1ª divisão dos Distritos Agronômicos do Estado de São Paulo – Decreto n° 752 de 15/03/1900...........................................................................................................61 Quadro 6 – 2ª divisão dos Distritos Agronômicos do Estado de São Paulo – Decreto n° 1.188 de 19/01/1904........................................................................................................65 Quadro 7 - 3ª divisão dos Distritos Agronômicos do Estado de São Paulo – Decreto n° 1.459 de 10/04/1907........................................................................................................67 Quadro 8- Campos de Experiência e Demonstração criados pelo “Ensino Agrícola Ambulante” – Decreto n° 1.992-A de 31 de janeiro de 1911..........................................69 Quadro 9 – Relação de Campos de Experiência e Demonstração do Estado de São Paulo (1899-1916)............................................................................................................72 Quadro 10 – Nomes das seções dos Relatórios da SACOP relativas ao SDMS...............76 Quadro 11 – Relação de espécies arbóreas em cultivo no Campo de Guanabara entre 1899 e 1916....................................................................................................................102 Quadro 12 – Relação de espécies cultivadas no Horto Botânico (1896-1909), no Horto Botânico e Florestal (1909-1911) e no Serviço Florestal (1911-1916)..........................132 Quadro 13 – Relação de arbóreas existentes nos centros produtores do SDMS entre 1899 e 1916....................................................................................................................141 Quadro 14 – Relação de diretores do Instituto Agronômico no período em estudo...147 Quadro 15 – Relação de NOMES dos SOLICITANTES PÚBLICOS e quantidade de pedidos realizados por cada um no período de 1909 a 1912.....................................................155 Quadro 16 - Relação de NOMES dos SOLICITANTES PRIVADOS e quantidade de pedidos realizados por cada um no período de 1909 a 1912.....................................................160 Quadro 17 - Relação de NOMES dos SOLICITANTES classificados na categoria COM INFORMAÇÕES INCOMPLETAS e quantidade de pedidos realizados por cada um no período de 1909 a 1912.................................................................................................194 Quadro 18 – Relação de ESPÉCIES ORNAMENTAIS requeridas nas Cartas de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912) pelo nome popular...........................................................201 Quadro 19 - Relação de ESPÉCIES ORNAMENTAIS requeridas nas Cartas de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912) pelo nome em latim (gênero e gênero + espécie)..........202 Quadro 20 - Relação de PALMEIRAS requeridas nas Cartas de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912) pelo nome popular................................................................................204 Quadro 21 - Relação de PALMEIRAS requeridas nas Cartas de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912) pelo nome me latim (gênero e gênero + espécie)................................204 Quadro 22 - Relação de ARBÓREAS requeridas nas Cartas de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912) pelo nome popular................................................................................206 Quadro 23 - Relação de ARBÓREAS requeridas nas Cartas de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912) pelo nome em latim (gênero + espécie)...............................................208 Quadro 24 - Relação de ARBÓREAS requeridas nas Cartas de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912) pelo nome em latim (gênero)................................................................209 Quadro 25 - Relação de CIDADES com solicitações públicas entre os anos de 1909 e 1912................................................................................................................................212 Quadro 26 - Relação de ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS com solicitações PÚBLICAS entre 1909 e 1912 e as cidades as quais correspondem atualmente....................................214 Quadro 27 - Relação de NÚCLEOS COLONIAIS com solicitações públicas entre 1909 e 1912 e as cidades as quais correspondem atualmente.................................................216 Quadro 28 - Localidades que não puderam ser identificadas com solicitações públicas entre 1909 e 1912..........................................................................................................216 Quadro 29 - Relação de CIDADES com solicitações privadas entre os anos de 1909 e 1912................................................................................................................................217 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) Quadro 30 – Relação de ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS com solicitações privadas entre 1909 e 1912 e as cidades as quais correspondem atualmente....................................221 Quadro 31 - Relação de NÚCLEOS COLONIAIS com solicitações privadas entre 1909 e 1912 e as cidades as quais correspondem atualmente.................................................225 Quadro 32 – Localidades que não puderam ser identificadas com solicitações privadas entre 1909 e 1912..........................................................................................................226 Quadro 33 – Estações Ferroviárias contidas em solicitações privadas (1909 – 1912) cuja localização não pode ser definida com precisão...........................................................227 Quadro 34 - Relação de CIDADES com solicitações tipo “com informações incompletas” entre os anos de 1909 e 1912........................................................................................228 Quadro 35 - Relação de ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS com solicitações tipo “com informações incompletas” entre 1909 e 1912 e as cidades as quais correspondem atualmente.....................................................................................................................229 Quadro 36 – Relação de cidades e estações ferroviárias de outros estados do país com solicitações PÚBLICAS ao SDMS entre 1909 e 1912......................................................240 Quadro 37 - Relação de cidades e estações ferroviárias de outros estados do país com solicitações PARTICULARES ao SDMS entre 1909 e 1912.............................................242 Quadro 38 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra A...........................258 Quadro 39 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra B...........................260 Quadro 40 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra C...........................261 Quadro 41 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra D...........................263 Quadro 42 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra E...........................264 Quadro 43 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra F...........................265 Quadro 44 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra G...........................266 Quadro 45 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com as letras H e I...................267 Quadro 46 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra J............................268 Quadro 47 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra L............................269 Quadro 48 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra M..........................270 Quadro 49 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra N...........................271 Quadro 50 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra O...........................272 Quadro 51 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra P...........................272 Quadro 52 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra Q e R.....................275 Quadro 53 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra S...........................275 Quadro 54 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra T...........................277 Quadro 55 - Quadro de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos centros produtores (Relatórios SACOP), arbóreas com a letra U, V e W...............278 Quadro 56 - Quadro com a relação de espécies arbóreas constantes nas Cartas de Envio e nos Relatórios da SACOP...................................................................................279 Quadro 57 - Relação e quantidade de mudas de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas ao SDMS do IAE pelo município de Iguape entre 1909 e 1912, por solicitantes particulares..................................................................................................291 Quadro 58 - Relação e quantidade de mudas de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas ao SDMS do IAE pelo Núcleo Colonial Campos Salles entre 1909 e 1912, por solicitantes particulares.................................................................................294 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) Quadro 59 – Relação e quantidade de mudas de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas ao SDMS do IAE pelo município de Piracicaba entre 1909 e 1912, por solicitantes particulares...........................................................................................299 Quadro 60 - Relação e quantidade de mudas de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas ao SDMS do IAE pelo Núcleo Colonial de Nova Odessa entre 1909 e 1912, por solicitantes particulares..............................................................................308 Quadro 61 - Relação e quantidade de mudas de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas ao SDMS do IAE pelo município de Pindamonhangaba entre 1909 e 1912, por solicitantes particulares e públicos............................................................314 Quadro 62 - Relação e quantidade de mudas de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas ao SDMS do IAE pelo município de Amparo entre 1909 e 1912, por solicitantes particulares e públicos.........................................................................319 Quadro 63 - Relação e quantidade de mudas de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas ao SDMS do IAE pelo município de Campinas entre 1909 e 1912, por solicitantes particulares e públicos.........................................................................327 Quadro 64 - Relação e quantidade de mudas de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas ao SDMS do IAE pelo município de São Paulo entre 1909 e 1912, por solicitantes particulares, públicos e com “informações incompletas”...................343 Quadro 65 – Relação de espécies arbóreas, ornamentais e palmeiras solicitadas por André Matarazzo ao SDMS do IAE.................................................................................349 Quadro 66 – Relação das espécies arbóreas solicitadas pelo município de São Paulo, que também são requeridas por outros municípios do Estado no período (1909- 1912)...............................................................................................................................360 Quadro 67 – Relação de arbóreas utilizadas na capital paulista segundo os Relatórios Municipais estudados por Guaraldo (2002)..................................................................366 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Modelo da tabela adotada para a transcrição das Cartas do Tipo A, com o formato resultante da revisão realizada..........................................................................30 Tabela 2 - Quantidade de Cartas de Envio (1909 a 1912) conforme categorias de solicitantes......................................................................................................................197 Tabela 3 – Quantidade de mudas solicitadas ao SDMS do IAE (1909-1912) conforme seus grupos.....................................................................................................................200 Tabela 4 – Quantificação de pedidos destinados às diferentes localidades (cidades, estações ferroviárias, núcleos coloniais, localidades não identificadas e de outros estados) que foram atendidas pelo SDMS (1909 – 1912).............................................230 Tabela 5 – Quantificação de mudas distribuídas pelo SDMS do IAE, registradas nos Relatórios da SACOP (1909-1912)..................................................................................254 Tabela 6 – Quantidade de solicitações das Cartas de Envio (1909-1912) relativas às localidades que apresentavam centros produtores e distribuidores de mudas e sementes do SDMS (1899-1916)....................................................................................283 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) LISTA DE MAPAS Mapa 1 - Primeira divisão do Estado de São Paulo em Distritos Agronômicos (1900)................................................................................................................................62 Mapa 2 - Segunda divisão do Estado de São Paulo em Distritos Agronômicos (1904)................................................................................................................................66 Mapa 3 - Mapa do Jardim de Guanabara com a espacialização de seus canteiros de produção e experiências................................................................................................100 Mapa 4 – Mapa do Campo de Santa Elisa, destacando a Estrada de Ferro Funilense, os canteiros de experiência locados à beira da linha; o Horto Florestal e a mata existente.........................................................................................................................109 Mapa 5 – Mapa do Cafezal de Experiência e Demonstração de Monjolinho com a demarcação das quadras de experiências em curso no ano de 1913..........................111 Mapa 6 – Mapa do Campo de Demonstração do Núcleo Colonial de Nova Odessa com a delimitação dos canteiros de cultivo...........................................................................113 Mapa 7 – Mapa do Núcleo Colonial Campos Salles, destacando a gleba destinada a instalação o Campo de Experiência e Demonstração....................................................122 Mapa 8 – Mapa com a divisão política dos municípios do Estado de São Paulo no ano de 1900 com a demarcação dos centros produtores de mudas e sementes do SDMS (1899-1916) e as linhas ferroviárias que os serviam.....................................................137 Mapa 9 – Planta da cidade de Campinas com a localização dos Campos de Experiência e Demonstração administrados pelo IAE e as linhas ferroviárias que os serviam........122 Mapa 10 - Localidades do Estado de São Paulo que receberam pedidos PÚBLICOS entre 1909 e 1912 através do SDMS do IAE..................................................................232 Mapa 11 – Localidades do Estado de São Paulo que receberam pedidos PARTICULARES entre 1909 e 1912 através do SDMS do IAE..................................................................234 Mapa 12 – Localidades do Estado de São Paulo que receberam pedidos de solicitantes classificados na categoria “com informações incompletas” entre 1909 e 1912 através do SDMS do IAE..............................................................................................................236 Mapa 13 – Demarcação de todas as localidades do Estado de São Paulo que receberam pedidos de solicitantes públicos, privados e da categoria “falta informação” entre 1909 e 1912 através do SDMS do IAE.....................................................................................238 Mapa 14 – Detalhe da abrangência do município de Iguape no ano de 1900.............239 Mapa 15 – Mapa do Brasil tendo em destaque o Estado de São Paulo e os demais Estados que figuram como solicitantes do SDMS do IAE entre 1909 e 1912...............242 Mapa 16 – Mapa das localidades do Estado de São Paulo que aparecem como destino das Cartas de Envio do SDMS (1909 – 1912) e inserção das principais linhas férreas existentes no território paulista no período..................................................................244 Mapa 17 – Detalhe do mapa do Estado de São Paulo com o percurso realizado pela E.F. Noroeste do Brasil e as localidades nas imediações de seus trilhos que receberam mudas e semente do SDMS no IAE (1909-1912)...........................................................246 Mapa 18 - Mapa do Brasil com o “Plano Viário Federal” de 1890 sobreposto aos Estados que figuram como solicitantes do SDMS do IAE entre 1909 e 1912................................................................................................................................247 Mapa 19 - Mapa das localidades do Estado de São Paulo que aparecem como destino das Cartas de Envio (1909 – 1912) destacando-se as cidades que constam nos Relatórios da SACOP (1988 – 1916) como centros de produção do SDMS..................285 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) LISTA DE ABREVIAÇÕES IAE – Instituto Agronômico do Estado IAC- Instituto Agronômico de Campinas SACOP – Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas SDMS – Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes APESP – Arquivo Público do Estado de São Paulo ESALQ – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz CGG-SP – Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo DSMM – Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................23 1.1 Objetivos.....................................................................................................................26 1.2 Relevância e justificativa da pesquisa........................................................................26 1.3 Materiais e métodos...................................................................................................27 CAPÍTULO I – SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS E SEMENTES: CRIAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA................................................................................37 2.1 A Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (SACOP): criação e reformas............................................................................................................................38 2.2 O Serviço Agronômico e a regulamentação da produção e distribuição de mudas e sementes...........................................................................................................................52 2.2.1 A produção e distribuição anterior à implantação do Serviço Agronômico..........53 2.2.2 A Lei de criação do Serviço Agronômico.................................................................55 2.2.3 A implantação da infraestrutura do Serviço Agronômico......................................60 2.2.4 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes regulamentado pelo Serviço Agronômico (1899 -1916)................................................................................................75 2.3 Os centros produtores de mudas e sementes e a rede ferroviária...........................97 2.3.1 Campo do Jardim de Guanabara.............................................................................98 2.3.2 Campo de Taquaral...............................................................................................103 2.3.3 Campo de Santa Elisa............................................................................................104 2.3.4 Cafezal de Experiências e Demonstração de Monjolinho....................................110 2.3.5 Campo de Demonstração do Núcleo Colonial de Nova Odessa...........................112 2.3.6 Fazenda-Modelo da Escola Prática de Agricultura Luiz de Queiroz de Piracicaba........................................................................................................................114 2.3.7 Campo de Experiência e Demonstração do Aprendizado Agrícola Dr. Bernardino de Campos em Iguape....................................................................................................116 2.3.8 Campo de Experiência e Demonstração do Aprendizado Agrícola João Tibiriçá em São Sebastião..................................................................................................................118 2.3.9 Fazenda-Modelo de Amparo.................................................................................119 2.3.10 Campo de Demonstração de cultura de arroz de Moreira Cezar em Pindamonhangaba..........................................................................................................120 2.3.11 Campo de Experiência e Demonstração do Núcleo Colonial Campos Salles.....121 2.3.12 O Horto Botânico de São Paulo...........................................................................123 2.3.13 O Horto Agrário Tropical de Cubatão/ Ubatuba.................................................133 2.4 Rede ferroviária, o meio para a distribuição de mudas e sementes.......................135 2.5 Conclusão - Capítulo I...............................................................................................140 CAPÍTULO II – O SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS E SEMENTES DO INSTITUTO AGRONÔMICO DO ESTADO (IAE)...................................................................................144 3.1 Breve histórico do Instituto Agronômico do Estado (IAE).......................................145 3.2 As Cartas de Envio: o registro da distribuição do IAE entre os anos de 1909 e 1912................................................................................................................................149 3.2.1 Os solicitantes públicos, privados e outros...........................................................155 3.2.1.1 Quantificação das Cartas de Envio (1909 a 1912) conforme os solicitantes....197 3.2.2 As espécies vegetais distribuídas.........................................................................198 3.2.3 As localidades atendidas.......................................................................................211 3.2.3.1 Quantificação de localidades atendidas pelo SDMS entre 1909 e 1912 - requerentes públicos, privados e “com informações incompletas”.............................230 3.2.3.2 Localidades fora do Estado de São Paulo atendidas pelo SDMS entre 1909 e 1912 - requerentes públicos, privados e “com informações incompletas”..................240 3.2.5 A rede ferroviária envolvida na distribuição do SDMS do IAE..............................243 3.3 Conclusão – Capítulo II.............................................................................................248 CAPÍTULO III – O REPERTÓRIO VEGETAL ARBÓREO DISTRIBUÍDO PELO GOVERNO DO ESTADO...........................................................................................................................251 4.1 Comparativo entre as quantidades de mudas distribuídas por meio das Cartas de Envio do IAE e o descrito nos Relatórios da SACOP entre 1909 e 1912.......................252 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 4.2 A verificação do repertório vegetal arbóreo produzido nos Centros Produtores (Campos de Experiência e Demonstração do IAE e nos demais Campos) e o discriminado nas “Cartas de Envio”...............................................................................255 4.3 A relação entre as localidades atendidas pelas Cartas do IAE e a localização dos Centros Produtores do SMDS.........................................................................................282 4.4 A verificação do repertório vegetal solicitado pelas localidades que apresentavam Centros Produtores do SDMS.........................................................................................286 4.4.1 São Sebastião.........................................................................................................286 4.4.2 Cubatão..................................................................................................................288 4.4.3 Iguape....................................................................................................................290 4.4.4 Núcleo Colonial Campos Salles.............................................................................293 4.4.5 Piracicaba...............................................................................................................297 4.4.6 Núcleo Colonial Nova Odessa...............................................................................307 4.4.7 Pindamonhangaba.................................................................................................313 4.4.8 Amparo..................................................................................................................318 4.4.9 Campinas...............................................................................................................326 4.4.10 São Paulo.............................................................................................................342 4.5 Capital e interior: reflexos de um repertório vegetal arbóreo comum..................360 4.6 Conclusão – Capítulo III............................................................................................367 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................368 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................370 Fontes primárias.............................................................................................................370 Fontes secundárias – Revista e Jornais..........................................................................370 Fontes secundárias – Teses, dissertações e artigos.......................................................371 Sites consultados............................................................................................................375 APÊNDICES......................................................................................................................376 APÊNDICE A – Quadro de organização das Cartas de Envio dos anos de 1909 a 1912, contendo os números de referência da primeira e da última Carta presente em cada pasta do arquivo fotográfico digital...............................................................................377 APÊNDICE B – Quadro com a variedade e quantidade de sementes solicitadas nas Cartas de Envio do SDMS do IAE (1909 e 1912)............................................................381 APÊNDICE C – Quadro com a relação de itens contidos nas Carta de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912) que não puderam ser classificados no que se relaciona a espécies vegetais...........................................................................................................................389 APÊNDICE D – Quadro com a relação de mudas de espécies FRUTÍFERAS DIVERSAS solicitadas nas Carta de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912).....................................391 APÊNDICE E – Quadro com a relação de mudas de espécies FRUTÍFERAS DE VIDEIRAS solicitadas nas Carta de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912).....................................396 APÊNDICE F – Quadro com a relação de mudas de espécies AGRÍCOLAS solicitadas nas Carta de Envio do SDMS do IAE (1909 a 1912)..............................................................400 APÊNDICE G – Quadro geral de cruzamento das espécies apresentadas nas Cartas de Envio e nos Centros Produtores (Relatórios SACOP).....................................................403 O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 22 INTRODUÇÃO O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 23 1. INTRODUÇÃO O período entre o final do século XIX e início do século XX configura-se como um momento de grandes transformações na história nacional, tanto pelo início do regime republicano quanto pela ideia de que seria por meio da atividade científica atrelada à agricultura que se alcançaria a expansão econômica. No Estado de São Paulo, os lucros advindos da cultura cafeeira possibilitaram não só a “ascensão do nível de vida, a intensificação do processo de industrialização, as grandes atividades mercantis e financeiras, [e] o trabalho assalariado” (FIGUEIRÔA, 1997, p. 185), mas também a expansão das linhas ferroviárias e o melhoramento da infraestrutura das cidades. Porém, tornava-se cada vez mais evidente que a produção única e excessiva do grão tangia a uma crise que não tardaria a acontecer, demandando uma ação governamental estratégica para atenuar seus impactos (FIGUEIRÔA, 1997). Nesse contexto, em 1892 o governo estadual paulista criou uma de suas secretarias mais profícuas e importantes, a Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (SACOP). Desde a sua criação, a Secretaria posicionou-se de forma a incorporar a ciência à produção agrícola, considerando que apenas dessa forma seria possível solucionar problemas que se estendiam há muito tempo, como: a exploração da mão-de-obra (quer pela escravidão, quer pelo processo inicial da imigração, considerado por muitos como uma semiescravidão); a expansão predatória do solo; e a monocultura (HENRIQUES, 2015). Assim, o Estado de São Paulo “investiu muito em infraestrutura de pesquisa e extensão, bem como educação rural, tendo como prova a dotação de verbas orçamentárias da Secretaria da Agricultura com a mesma magnitude dos orçamentos ministeriais” (HENRIQUES, 2015, p. 16). A alta verba destinada à Secretaria devia-se em muito a sua posição estratégica dentro do cenário administrativo paulista, uma vez que, sob a sua pasta estavam concentradas as principais atividades motrizes para a modernização do Estado - a agricultura, a indústria, o comércio e as obras públicas. Assim, era por meio de “sua administração que se realizavam os investimentos em ferrovias, trabalho (imigração), pesquisas agronômicas, serviços de águas, saneamento da capital e interior, indústria e comércio, dentre outros” (HENRIQUES, 2015, p. 16). Nota-se que o “processo modernizador” foi árduo, o que pode ser representado pelas diversas reorganizações e reformas pelas quais a SACOP passou em seus primeiros anos. Destas, destaca-se a Reforma ocorrida em 1900 (durante a administração estadual de Rodrigues Alves), que colocou em prática a “Grande Lei da Agricultura de São Paulo, que deveria implementar o projeto da modernidade na política agrícola do governo” (PERECIN, 2004, p. 184), a Lei n° 678, datada de 13 de setembro de 1899. O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 24 Funcionalmente, a Lei implantava o Serviço Agronômico do Estado, que era pautado em quatro eixos principais: a diversificação agrícola, o ensino, a pesquisa e a criação de uma infraestrutura suficientemente adequada para apoiar as demais atividades. Alçava, assim, por todo e qualquer segmento com implicação na agricultura. No intuito de incentivar a diversificação da produção agrícola, a Lei regulamentava a distribuição de sementes e plantas que se julgasse conveniente generalizar em terras paulistas, regulamentando um serviço que já vinha sendo realizado pela SACOP de forma modesta e desorganizada, porém, que mostrava-se promissor e necessário no âmbito da modernização pretendida. Verifica-se que a grande sagacidade da Lei residia em integrar todos os seus eixos e consequentemente os setores e atividades a eles vinculados. Nesse contexto, o serviço executado para a distribuição de mudas e sementes não se apresentava como um órgão ou um departamento isolado, mas sim como uma “atividade” realizada pela própria Secretaria e por diversos estabelecimentos subvencionados a ela e que, por sua vez, atuavam também sob o ensino e a pesquisa agrícola. Esse era o caso do Instituto Agronômico do Estado (IAE), do Horto Botânico de São Paulo e dos Campos de Experiência e Demonstração regulamentados pela Lei do Serviço Agronômico, que além de realizarem ensaios, pesquisas e disseminarem o aprendizado agrícola por meio da prática, eram responsáveis pela produção das mudas e das sementes que seriam distribuídas pelo Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes (SDMS), como esclarecem os Relatórios da Secretária da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, doravante denominados Relatórios da SACOP. De publicação anual (ou, em alguns casos, a cada dois anos), esses Relatórios apresentam informações a cerca de todos os trabalhos realizados pelo secretariado, tornando-se, por isso, a fonte primária de análise desta dissertação de mestrado. Assim, as informações relativas a estutura e organização do SDMS foram obtidas avaliando essa extensa e complexa documentação. O recorte temporal a ser abordado tem início em 1899, com a regulamentação do SDMS por meio da Lei do Serviço Agronômico (LEI n°678 de 13 de setembro de 1899), estendendo-se até 1916, quando o governo passa a cobrar de particulares uma módica remuneração pelas mudas, tendo em vista que muitas eram perdidas por serem abandonadas nas estações ferroviárias de destino ou solicitadas em quantidades muito superiores a que a área disponível para plantio suportaria. Dessa forma, sem a pretensão de esgotar o assunto, a presente dissertação busca contribuir para preencher a lacuna existente na bibliografia acerca da modernização da agricultura paulista no início do século XX, O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 25 tendo em vista que muitos autores1 já trataram desse tema tendo como fonte de análise os Relatórios da SACOP, porém, sem o enfoque quanto ao Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes. Assim, no primeiro capítulo desta pesquisa, será analisado como foi formado o SDMS, a infraestrutura criada ou deslocada para subsidiá-lo e as plantas por ele produzidas. Posteriormente, no segundo capítulo, será tratado especificamente das espécies produzidas e distribuídas pelo SDMS através do Instituto Agronômico do Estado (IAE), tendo como material de análise outra documentação primária, as Cartas de Envio, nas quais constam dados importantes sobre a distribuição realizada pela instituição, tais como: quais as espécies e quantidades solicitadas, quem as requeria, para qual localidade seriam despachadas e em qual data. Para isso, foi realizada a revisão da transcrição e sistematização de 5.830 Cartas correspondentes aos despachos realizados pelo SDMS do IAE entre os anos de 1909 a 1912, trabalho que, inicialmente, havia sido realizado por bolsistas de Iniciação Científica FAPESP, entre as quais: ZECHINATO (2008), YENDO (2012), MODESTO (2012) e a presente autora (ROMERO, 2012). Ressalta-se que essa documentação, localizada na Biblioteca do Instituito Agronômico de Campinas (IAC), estendia-se pelo período de 1905 a 1914, porém, com grandes falhas cronológicas, o que levou ao estreitamento do período de análise, para quatro anos, de 1909 a 1912, conforme citado acima. O terceiro capítulo enfoca as espécies arbóreas distribuídas pelo IAE, comparando-as com a produção dos Campos de Experiências e Demonstração (centros produtores), averiguando a influência desses centros sobre as cidades onde se localizavam. 1 Tratando sobre a modernização da agricultura paulista entre o final do século XIX e início do século XX, foram consultados os seguintes autores: HENRIQUES (2015), que realiza uma abordagem política da estratégia utilizada pela SACOP para alcançar a modernização no período que se estende de 1892, ano de criação da Secretaria, até 1926, quando se transforma em Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio, face ao desmembramento dos serviços relativos às Obras Públicas; BERNARDINI (2008), que utiliza-se do mesmo recorte temporal tendo com enfoque as políticas de organização da infraestrutura territorial e urbana do Estado de São Paulo; FERRARO (2005), que averigua a gênese da agricultura moderna e da silvicultura paulista, permeando de forma bastante sucinta sobre a maioria dos serviços implantados pela SACOP, entre eles a distribuição de mudas e sementes e a inserção dos Campos de Experiência e Demonstração, porém empenha-se na contextualização do sistema implantado como um todo, sem focar a origem desses serviços, a história e a estrutura física e organizacional individualizada pertinente a cada um, isso em um recorte temporal reduzido, que compreende exclusivamente o secretariado de Jorge Tibiriçá entre 1905 e 1908. Somam-se a esses SCHIMIDT; REIS (1942) e MARTINS (1991) que, como funcionários da Secretaria, foram responsáveis, respectivamente, pela elaboração dos livros comemorativos do cinquentenário e do centenário de fundação da SACOP, elaborando um relatório geral das atividades realizadas pelo órgão no período, tendo como enfoque principal sua evolução administrativa. O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 26 Desse modo, será possível averiguar os impactos provados pelo SDMS na arborização dessas cidades, buscando contribuir para o entendimento do processo de inserção dessas espécies no território paulista no início do século XX. 1.1 Objetivos A pesquisa objetiva analisar o papel do Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes (SDMS) da Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (SACOP), na difusão de um repertório vegetal arbóreo pelo território paulista no início do século XX. Para isso, tem como referência de análise os Relatórios Anuais da SACOP do período de 1982, ano de criação da Secretaria, até 1916, quando a distribuição de mudas e sementes deixa de ser feita de forma gratuita a particulares. Nesse contexto, resgata toda a infraestrutura física e organizacional criada ou direcionada para atender às demandas de produção e distribuição de mudas e sementes pelo Serviço. O enfoque recai sobre a distribuição realizada pelo Instituto Agronômico do Estado (IAE), no período de 1909 a 1912, por meio da análise das Cartas de Envio, documentos da instituição nos quais eram registradas todas as espécies e respectivas quantidades, os requerentes e as cidades de destino das solicitações. A pesquisa objetiva, ainda, elucidar a inserção das espécies solicitadas no meio urbano por meio de registros fotográficos da época traçando um comparativo com o repertório utilizado nas diferentes cidades do Estado e, em especial, na capital em comparação com o interior. 1.2 Relevância e justificativa da pesquisa Apesar das diversas pesquisas que apresentam como enfoque a estrutura e a organização da Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (SACOP) do Estado de São Paulo no início do século XX2, verifica-se que, nenhuma delas tinha como objeto de estudo o Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes (SDMS), uma importante atividades realizada pela SACOP. Na literatura existente, tratando especificamente sobre o SDMS, há uma pequena menção, seguida de uma imagem ilustrativa de uma Carta de Envio do SDMS do Instituto Agronômico do Estado (IAE), no livro de Carmo e Alvim (1987)3 em comemoração ao centenário da Instituição. Além desse há um estudo na área de Paisagismo, 2 Citadas na nota 1, p. 20. 3 CARMO, V.; ALVIM, Z. Chão Fecundo: 100 anos de História do Instituto Agronômico de Campinas. S/Ed, 1987. O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 27 dividido em quatro projetos de Iniciação Científica4, onde foram transcritas e sistematizadas as Cartas de Envio, abarcando o período de 1909 a 1912 e tendo como enfoque a distribuição realizada para o Oeste do Estado de São Paulo, bem como o artigo resultante dos dados apurados nestas pesquisas5. Esses estudos vislumbraram as espécies distribuídas pelo IAE e as localidades, em especial do Oeste Paulista, que as receberam. Porém, até então, não foram estudados os aspectos relativos ao SDMS como um todo: o período no qual a atividade fora iniciada; as espécies distribuídas para todo Estado; a estrutura organizacional; a infraestrutura; os campos e hortos que subsidiaram a produção de mudas e sementes e as linhas ferroviárias responsáveis pelo despacho da produção até os solicitantes. Através do estudo das fontes documentais primárias verificou-se que o SDMS possuía uma estrutura bastante sólida e muito abrangente e constatou-se que este Serviço foi o responsável pela divulgação de uma produção agrícola diversificada pelo Estado e de um repertório vegetal arbóreo adotado pelas nossas cidades. 1.3 Materiais e métodos Para alcançar os objetivos propostos, a pesquisa utilizou-se de duas fontes primárias - as Cartas de Envio do Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes (SMDS) do Instituto Agronômico do Estado (IAE) e os Relatórios da Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Estado de São Paulo (SACOP). Nos tópicos a seguir, serão expostos esses materiais e a forma como foram trabalhados em cada etapa da pesquisa. Primeira etapa – Revisão da forma de organização e dos parâmetros de classificação dos dados contidos nas Cartas de Envio do Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes do IAE 4 ZECHINATO (2008), YENDO (2011), MODESTO (2012) e a presente autora (ROMERO, 2012). 5 ENOKIBARA, M.; MODESTO, A.P.S.; ROMERO, L.B.; YENDO, J.. O papel do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo na divulgação de um repertório vegetal no Oeste Paulista. In: SALCEDO, R.F.B.; BENINCASA, V.; CHAMA, P.V.C.; FARIA, O.B.. (Org.). Reabilitação do patrimônio arquitetônico e edificado e sua dimensão cotidiana. 1ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016, p. 91- 100. O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 28 As Cartas de Envio do Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes (SDMS) do IAE, doravante denominadas Cartas, que serão apresentadas de forma detalhada no Capítulo II dessa dissertação, foram localizadas na Biblioteca do Instituto Agronômico de Campinas (IAC, antigo IAE). O material está contido em 48 volumes, que abarcam as distribuições realizadas pela Instituição entre os anos de 1905 a 1914. Os volumes encadernados são compostos por capa (Figura 1) e índice (Figura 2), seguidos da relação das Cartas do período. As Cartas configuram-se como documentos timbrados em papel manteiga ou sulfite, com campos pré-definidos, destinados a serem preenchidos à mão. Já o índice corresponde a uma identificação também manuscrita (Figura 2), em papel sulfite pautado, com os nomes das pessoas que realizaram as solicitações e os números das páginas onde se localizam os seus pedidos. Na capa, em papel um pouco mais rígido, consta a identificação manuscrita do período (dia, mês e ano) ao qual o volume corresponde, sendo que, algumas capas apresentam ainda o selo da tipografia responsável por sua fabricação (Figura 1). O estado avançado de deterioração de parte do material e a incompletude dos dados restringiu a análise aos anos de 1909 a 1912, compreendendo 21 volumes com periodicidade praticamente ininterrupta, salvo o período entre 14 de abril e 14 de julho de 1912, cujas solicitações não foram localizadas. Nesses 21 volumes foram levantadas 11.182 Cartas que, fotografadas, passaram a compor um arquivo digital. Observou-se a existência de dois tipos diferentes de Cartas, que foram denominadas, em função das informações que apresentavam, como: Cartas Tipo A (Figura 3) e Cartas Tipo B (Figura 4), sendo que 5.830 Cartas caracterizam-se como Tipo A e 5.352 como Tipo B. Enquanto a última [Carta Tipo B] foi intitulada “Carta de Solicitação de Despacho”, pois era comumente destinada ao chefe da estação por onde o pedido seria encaminhado; a primeira [Carta Tipo A] foi nomeada “Carta de Despacho Geral”, pois trazia informações sobre a data da solicitação, o nome do requerente, a localidade de destino (cidade, estação ou núcleo colonial), a data de despacho, as espécies solicitadas e suas quantidades, tornando-se, por isso, o documento de interesse para esse estudo (ROMERO; ENOKIBARA, 2018a). Figura 1 - Capa do volume onde constam as Cartas de Envio do período de 22/02/1909 a 29/05/1909. Fonte: Biblioteca do IAC. Foto: YENDO (2011). Figura 2 - Índice alfabético com os nomes dos solicitantes e páginas das Cartas de Envio correspondentes aos seus pedidos (volume relativo ao período de 07/06/1911 a 05/07/1911). Fonte: Biblioteca do IAC. Foto: YENDO (2011). O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 29 O registro visual (foto), a organização e a transcrição das Cartas Tipo A foram incialmente realizados por bolsistas de Iniciação Científica FAPESP6 - dentre eles a presente autora - entre os anos de 2007 e 2012. Na presente pesquisa, agora em nível de mestrado, foi realizada a revisão dos parâmetros de organização e transcrição dessas Cartas. Com isso, as Cartas foram numeradas e organizadas por ano e mês (Quadro 1), a fim de facilitar a interlocução entre as imagens do arquivo digital (Figura 5) e as transcrições (Figura 6), realizadas em planilhas do programa MICROSOFT EXCEL 2010. Quadro 1 – Exemplo do quadro de organização das Cartas de Envio do ano de 1909, contendo os números de referência da primeira e da última Carta presente em cada pasta. Pasta CARTA TIPO A CARTA TIPO B Carta inicial da Pasta Carta final da Pasta Carta inicial da Pasta Carta final da Pasta 1 9 0 9 1. Janeiro_1909 (1)A_1.JAN_09 (97)A_1.JAN_09 (1)B_1.JAN_09 (107)B_1.JAN_09 2. Fevereiro_1909a (98)A_2.FEVa_09 (161)A_2.FEVa_09 (108)B_2.FEVa_09 (176)B_2.FEVa_09 3. Fevereiro_1909b (162)A_3.FEVb_09 (178)A_3.FEVb_09 (177)B_3.FEVb_09 (191)B_3.FEVb_09 4. Março_1909 (179)A_4.MAR_09 (295)A_4.MAR_09 (192)B_4.MAR_09 (298)B_4.MAR_09 5. Abril_1909 (296)A_5.ABR_09 (374)A_5.ABR_09 (299)B_5.ABR_09 (373)B_5.ABR_09 6. Maio_1909a (375)A_6.MAIa_09 (417)A_6.MAIa_09 (374)B_6.MAIa_09 (419)B_6.MAIa_09 7. Maio_1909b (418)A_7.MAIb_09 (426)A_7.MAIb_09 (420)B_7.MAIb_09 (429)B_7.MAIb_09 8. Junho_1909 (427)A_8.JUN_09 (483)A_8.JUN_09 (430)B_8.JUN_09 (487)B_8.JUN_09 Fonte: Elaborado pela autora (2019). A nomenclatura adotada para a numeração das Cartas (Figura 7) seguiu a ordem indo-arábica, compondo-se de um “número de ordem”, seguido da letra maiúscula A ou B (em função do Tipo de Carta), o número de referência da pasta, mês e ano da solicitação. Optou-se por manter a divisão original dos volumes. Assim quando um mês abarca mais de um volume, foi adicionada a nomenclatura uma letra minúscula (a, b, c), de forma a distingui-los. Assim, as planilhas inicialmente elaboradas nas ICs foram revistas e reorganizadas e, conforme demonstra a Tabela 1 abaixo, passaram a apresentar a seguinte estrutura: 6 As Iniciações Científicas FAPESP responsáveis pela transcrição dos dados contidos nas Cartas de Envio do IAE foram realizadas sob a orientação da Profa. Dra. Marta Enokibara, por quatro bolsistas: ZECHINATO (2008), YENDO (2012), ROMERO (2012) e MODESTO (2012). Figura 3- Carta de Envio do Tipo A. Fonte: Biblioteca do IAC. Foto: YENDO (2011). Figura 4 – Carta de Envio do Tipo B. Fonte: Biblioteca do IAC. Foto: YENDO (2011). O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 30 1ª coluna: mês e ano da Carta transcrita. 2ª coluna: nome da pasta onde a Carta encontra-se arquivada. 3ª coluna: identificação da Carta conforme nomenclatura adotada. 4ª coluna: dia da solicitação. 5ª coluna: nome do requerente. 6ª coluna: cidade, estação ferroviária ou núcleo colonial de destino da Carta. 7ª coluna: espécies vegetais requeridas. 8ª coluna: quantidade solicitada de cada espécie. Tabela 1 – Modelo da tabela adotada para a transcrição das Cartas do Tipo A, com o formato resultante da revisão realizada. Fonte: Elaborado pela autora (2019). Segunda etapa – Produção de material gráfico e cartográfico a partir da sistematização dos dados contidos nas Cartas de Envio As informações extraídas das tabelas de transcrição e o manuseio dos dados subsidiou a segunda etapa da pesquisa, na qual foram desenvolvidas diversas tabelas e mapas temáticos (Quadro 2). Figura 5 – Imagem do arquivo digital - Carta número (1149)A_14.OUTa_09. Fonte: Biblioteca do IAC. Foto: YENDO (2011). Figura 6 – Trecho da tabela de transcrição localizando a Carta número (1149)A_14.OUTa_09. Fonte: Elaborado pela autora (2019). Figura 7 - Nomenclatura adotada para a numeração das Cartas de Envio. Fonte: Elaborado pela autora (2019). O Serviço de Distribuição de Mudas e Sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX (ROMERO, 2019) 31 Quadro 2 – Relação de tabelas e mapas temáticos desenvolvidos a partir do cruzamento de dados das Cartas de Envio7. TABELAS MAPAS TEMÁTICOS Cidades do Oeste Paulista que realizaram solicitações ao IAE por meio do SDMS entre os anos de 1909 e 1912. Mapa dos municípios do Estado de São Paulo e demarcação das cidades, núcleos coloniais e estações ferroviárias do Oeste que aparecem como destino nas Cartas de envio do IAE entre os ano de 1909 e 1912. Estações ferroviárias que aparecem como destino das solicitações e cidade atual correspondente. Quantidade de mudas solicitadas por cidades do Oeste paulista do SDMS (1909-1912) e, dentre essas, a quantidade e as espécies arbóreas mais solicitadas. Mapa do Estado de São Paulo com a sobreposição das ferrovias que distribuíram mudas e sementes pelo SDMS para o Oeste paulista no período de 1909 a 1912, com a demarcação das cidades que mais realizaram solicitações e as cidades de Campinas e São Paulo. Quantidade de solicitações de mudas de Eucalypto