UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO JAQUELINE NAOMI SHIMA LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DO PARQUE GEOLÓGICO DE ASSISTÊNCIA, RIO CLARO (SP) Rio Claro 2018 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Jaqueline Naomi Shima LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DO PARQUE GEOLÓGICO DE ASSISTÊNCIA, RIO CLARO (SP) Orientador: Prof. Dr. Julio Antonio Lombardi Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Câmpus de Rio Claro, para obtenção do grau de bacharela e licenciada em Ciências Biológicas. Rio Claro 2018 S556l Shima, Jaqueline Naomi Levantamento Florístico do Parque Geológico de Assistência, Rio Claro (SP) / Jaqueline Naomi Shima. -- Rio Claro, 2018 35 p. : tabs., fotos + 1 CD-ROM Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado e licenciatura - Ciências Biológicas) - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Biociências, Rio Claro Orientador: Julio Antonio Lombardi 1. Fragmento florestal. 2. Mineração. 3. Conservação. 4. Calcário. 5. Mata Atlântica. I. Título. Sistema de geração automática de fichas catalográficas da Unesp. Biblioteca do Instituto de Biociências, Rio Claro. Dados fornecidos pelo autor(a). Essa ficha não pode ser modificada. Dedico este trabalho a todos os animais. AGRADECIMENTOS Agradeço ao Universo e a todas as forças que regem ele pela oportunidade de viver. Agradeço ao meu orientador, Julio Antonio Lombardi, pela orientação e pela oportunidade de realizar esse trabalho. Agradeço a FAPESP pelo apoio financeiro que fez possível o desenvolvimento desse trabalho. Agradeço ao pessoal do herbário pelo auxílio nas saídas de campo e pelo ambiente divertido, principalmente ao Gabriel Sabino e Gabriel Marcusso pela ajuda nas identificações das plantas. Em especial, agradeço ao Pablo Hendrigo Alves de Melo pelo apoio nessa jornada, por ajudar na minha formação e pelas piadas e risadas constantes, sem você esse trabalho não seria possível. Agradeço ao André Menini, Beatriz Ferreira, Guilherme Rampazzo, Hugo Edagi, Kauan Martins e Mayara Aniquiarico que me acompanharam nas saídas de campo, acordaram cedo, se sujaram, se cansaram e fizeram os campos ficarem mais divertidos. Agradeço a Professora Dalva Maria Bianchini Bonotto por ser a grande educadora que é e por me possibilitar conhecer e aprender um pouco sobre a Educação Ambiental. Agradeço a Naiara, querida amiga e vizinha, por sempre me ajudar em tudo, estar sempre disposta e pelas longas conversas e muitas risadas na porta de casa. Agradeço ao nosso querido grupo de amigos chamado Gangue do Marrocos pela amizade nessa jornada de cinco anos na faculdade. Um grupo composto por amigos muito queridos ( Beatriz Ferreira, Cardime Banadas Todsclan, Felipe Calderan, Francielli Vieira, Isabela Assugeni, Jéssica Costa, grande amigo João Pedro Broday, Letícia Scarinci, Marcela Nogueira, Mayara Aniquiarico e Raquel Destro). Obrigada pelo apoio, pelas risadas, companhia, festas à fantasia e karaokês, sem vocês a graduação não teria sentido. Agradeço especialmente as minhas grandes amigas Beatriz Ferreira e Mayara Aniquiarico. A Bea por sempre me acompanhar e ser louca comigo e a Ma por ser uma parceira nas maluquices da licenciatura e me acompanhar nas viagens de carro. Obrigada as duas por se tornarem tão especiais, me ajudarem em qualquer coisa e me ensinarem tanto, seja sobre aves até questões de gênero. Agradeço ao meu namorado, Guilherme Caloni Rampazzo, por ser, antes de tudo, meu amigo. Obrigada por sempre me apoiar, me ajudar e me aguentar. Você foi imprescindível no meu amadurecimento. Agradeço imensamente aos meus pais por tudo que já fizeram por mim e continuam fazendo, por todas as oportunidades que me foram possíveis devido ao esforço de ambos, sem vocês não seria quem eu sou hoje. Agradeço também a minha irmã pela parceria, companhia e maratonas de séries e filmes assistidas. Agradeço ao veganismo por me ensinar tanto e me permitir uma consciência sobre o planeta e os seres vivos. Por fim, agradeço a todos os animais que já passaram pela minha vida, principalmente os que pude conviver, seja por pouco ou muito tempo. Agradeço ao Skip, July, Minami, Miruko, Pitucha, Penélope, Zack, Cody, Jack, Stacy, Cristal, Meg, Frederico e Doguinho. Com vocês pude aprender o significado do amor, sou extremamente grata pela presença de vocês em minha vida, por sempre me oferecerem conforto e me darem forças para sempre continuar. RESUMO No município de Rio Claro, São Paulo, trabalhos de levantamento florístico que abranjam coletas de material botânico fértil dos diversos hábitos de vida vegetal são escassos. A criação de um Parque Geológico no distrito de Assistência é de grande relevância para a geoconservação, para o desenvolvimento do geoturismo, educação ambiental e preservação da fauna e flora local. Como na área a presença das formações geológicas Irati e Corumbataí são de interesse para as indústrias de calcário e cerâmica, que retiram a vegetação ou que impedem sua regeneração, o levantamento florístico da área do Parque Geológico irá subsidiar informações para a conservação e manejo da unidade de conservação. O trabalho tem como objetivo principal conhecer a riqueza de espécies vegetais presentes no local de implantação do Parque Geológico de Assistência, por meio da coleta de material botânico fértil. Foram realizadas no total 15 saídas de campo ao local de estudo, amostrando um total de 177 espécimes distribuídos em 51 famílias, 99 gêneros e 120 espécies. As espécies identificadas foram classificadas quanto ao hábito, origem (exótica ou nativa), endemismo no Brasil, daninha ou não, síndrome de dispersão e polinização. Das 120 espécies identificadas, foi possível identificar as síndromes de dispersão de 115, sendo 51 zoocóricas, 35 autocóricas, 28 anemocóricas e 1 barocórica. Já para síndrome de polinização, foram identificadas 103 espécies, a síndrome mais frequente foi a entomofilia (87), seguida de ornitofilia (6), anemofilia (6), quiropterofilia (2) e autopolinização (2). A entomofilia é um termo generalizado para a polinização por insetos, 42 das 87 espécies foram classificadas em síndromes mais especializadas, entre as quais, melitofilia (28), psicofilia (7), miofilia (5) e falenofilia (2). Foram revisados 9 trabalhos de florística na região de Rio Claro, onde foram identificadas 37 espécies amostradas no presente estudo, representando 31% das coletas das 120 espécies coletadas. Dessa forma, o presente trabalho adiciona 81 espécies a lista florística da cidade de Rio Claro. O local do estudo pode ser considerado como um fragmento florestal de pequeno porte se comparado com outros da região, entretanto, autores ressaltam a importância de fragmentos pequenos para conservação da biodiversidade. Por fim, os resultados permitiram entender a importância do estudo como forma de subsidiar o reflorestamento da área lavrada e o manejo de plantas invasoras, bem como a importância de estudos florísticos que abranjam todos os hábitos de vida para um maior entendimento dos fragmentos e sua dinâmica. Palavras-chave: Fragmento florestal. Mineração. Conservação. Calcário. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 9 2.1 Objetivos específicos ........................................................................................................... 9 3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 10 3.1 Área de estudo ................................................................................................................... 10 3.2 Coleta de dados ................................................................................................................. 11 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................... 14 4.1 Caracterização da área .................................................................................................... 14 4.2 Levantamento florístico ................................................................................................... 17 4. 3 Síndrome de dispersão e polinização ............................................................................. 19 4. 4 Similaridade florística ..................................................................................................... 22 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 23 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 24 APÊNDICE A ........................................................................................................................ 28 APÊNDICE B .........................................................................................................................34 7 1 INTRODUÇÃO Apesar da existência na cidade de Rio Claro (São Paulo), de uma universidade (UNESP) e da presença de uma Unidade de Conservação, a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, trabalhos de levantamento florístico que abranjam coletas de material botânico fértil dos diversos hábitos de vida vegetal são escassos no município (REIS- JÚNIOR, 2009). Os levantamentos da vegetação nessa região se limitaram ao hábito arbóreo (CARDOSO-LEITE et al., 2004; DINIZ; MONTEIRO, 2008; PRATA; PINTO; ASSIS, 2011; ROSA, 2011), arbustivo-arbóreo (MANZATTO, 2005; TEIXEIRA; ASSIS, 2005; AGUIAR, 2011), e trepador (UDULUTSCH; ASSIS; PICCHI, 2004). As florísticas contemplam, principalmente, vegetações de Floresta Estacional Semidecídua e Mata Ciliar, mas também de Floresta paludosa e Cerrado. A criação de um Parque Geológico no distrito de Assistência em Rio Claro está sendo proposta, e é de grande relevância para a geoconservação, para o desenvolvimento do geoturismo, educação ambiental e para a preservação da fauna e flora local (KOLYA, 2015). No local de implantação do Parque, a vegetação presente é de Floresta Ciliar e Floresta Estacional Semidecídua Secundária. A Floresta Ciliar tem papel fundamental como corredor biológico e proteção do solo das margens dos rios (FARIA; SÉRIO; GARRIDO, 2001). O fragmento florestal é de pequeno tamanho, mas Viana, Tabanez e Martinez (1992) ressaltam a importância de pequenos fragmentos como últimos depositários de biodiversidade nativa das florestas, mostrando a importância da conservação do local. Além disso, no local, as Formações geológicas Irati e Corumbataí, do Grupo Passa Dois, apresentam alta riqueza de fósseis. Dessa forma, as frentes de lavra da atividade mineradora da região se mostram interessantes para o aprendizado de estudantes, principalmente, de geologia. Na Formação Irati há ainda a presença de folhelhos pirobetuminosos, que exibem conteúdo orgânico significante para acumular petróleo na área (KOLYA, 2015). Para retirar o calcário dolomítico da Formação Irati, Formação inferior do Grupo Passa Dois, as indústrias mineradoras removem a camada superior, a Formação Corumbataí, que é utilizada para a indústria de cerâmica (BERNARDES, 2005), muito frequente nas minas da região de Rio Claro e Santa Gertrudes. O Polo Cerâmico de Santa Gertrudes é considerado o maior polo produtor de revestimento das Américas, sendo de devida importância para a 8 região (CHRISTOFOLETTI; MORENO, 2011), sendo que praticamente toda a matéria prima utilizada é retirada da Formação Corumbataí (ROVERI, 2010). Diante do exposto, em meio a alta atividade de mineração na região de Rio Claro que implica na retirada da vegetação ou que impede sua regeneração (MECHI; SANCHES, 2010), o levantamento florístico da área destinada a criação do Parque Geológico irá subsidiar informações para a conservação e manejo da unidade de conservação, bem como para o detalhamento da riqueza das espécies vegetais na região de Rio Claro. Além disso, a determinação de síndromes de polinização e dispersão das espécies coletadas auxiliará em um maior entendimento da dinâmica do fragmento, bem como fornecerá dados para a conservação da fauna, uma vez que os animais são importantes na manutenção da flora nos ecossistemas (KAGEYAMA; COSTA, 1993). 9 2 OBJETIVOS O trabalho tem como objetivo principal realizar o levantamento florístico do local de implantação do Parque Geológico de Assistência, a fim de se conhecer a riqueza de espécies presentes na Floresta Ciliar e Floresta Estacional Semidecídua Secundária. 2.1 Objetivos específicos 1. Qual a riqueza de espécies e hábitos do Parque Geológico de Assistência? 2. Quais espécies da área de estudo já foram coletadas em outras áreas de Rio Claro? 3. Qual o percentual de espécies exóticas e nativas? 4. Quais as formas de polinização e dispersão? 10 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Área de estudo O estudo foi realizado na área projetada para a implantação do Parque Geológico de Assistência, localizada no Distrito de Assistência, cidade de Rio Claro (SP). A área se localiza à margem da Rodovia Fausto Santomauro (SP-127), entre Rio Claro e Piracicaba, na área de uma pedreira abandonada pertencente a empresa Partecal Partezani Calcários Ltda. A área compreende um total de 100.000 m2 , sendo 40.000 m2 de área útil, 50.000 m2 de Área de Reserva Legal e 10.000 m2 de Área de Preservação Permanente (Figura 1) (KOLYA, 2015). Na Área de Reserva Legal, a vegetação é de Floresta Estacional Semidecídua secundária, enquanto na Área de Preservação Permanente, de Floresta Ciliar. O clima é do tipo Cwa de Köppen, tropical com estação chuvosa (outubro a março) e estação seca (abril a setembro). O mês mais quente apresenta temperatura média de 24,9º C e o mês mais frio de 17,2º C. A temperatura média anual é de 20º C e a precipitação média anual é de 1.482 mm (PRATA; PINTO; ASSIS, 2007; 2011) O limite sudeste da área é delimitado pelo Córrego Assistência (KOLYA, 2015), o nordeste pelo Córrego Santa Cruz e o oeste pelo local da implementação da estrutura do Parque. Figura 1 - Imagem aérea da área de estudo e sua configuração. Fonte: Kolya, 2015. 11 O trabalho foi realizado na área compreendendo a Formação Irati, no Membro Taquaral e Assistência (P2it e P2ia), Formação Tatuí (P1tt), Formação Corumbataí (P3T1c) e depósitos aluvionares (Q2a), como mostrado na Figura 2. A região amarela e rosa (Q2a e P1tt) compreende a vegetação de Floresta Ciliar, a região azul claro e azul escuro (P2it e P2ia) compreendem a Floresta Estacional Semidecídua Secundária e a região em verde (P3T1c), uma área de pastagem. Figura 2 - Mapa geológico de detalhe e seção geológica da área de estudo. Fonte: Kolya, 2015. 3.2 Coleta de dados Para a amostragem, foram realizadas caminhadas aleatórias, coletando os espécimes férteis representando todos as formas de vida das plantas (ervas, arbustos, sub-arbustos e árvores). Os hábitos dos espécimes coletados foram classificados de acordo com Vidal e Vidal (2000). As saídas de campo à área de implementação do Parque Geológico de Assistência foram realizadas mensalmente. Abaixo estão listadas as datas de ocorrência dos saídas de 12 campo e correspondentes números de espécimes coletados. A figura 3 mostra as coordenadas retiradas em cada data de campo. Tabela 1 - Saídas de campos e suas correspondentes datas e número de coletas. Campos Datas Número de coletas C1 18/11/2016 42 C2 13/12/2016 28 C3 03/03/2017 12 C4 31/03/2017 15 C5 26/05/2017 9 C6 30/06/2017 11 C7 25/07/2017 26 C8 25/08/2017 4 C9 22/09/2017 4 C10 20/10/2017 4 C11 25/11/2017 7 C12 11/12/2017 4 C13 16/01/2018 3 C14 27/02/2018 7 C15 06/04/2018 5 Fonte: elaborado pela autora. Figura 3 - Pontos das coordenadas retiradas em cada saída de campo. Fonte: adaptado do Google Earth pela autora. 13 Os espécimes coletados foram prensados em campo e o processo de herborização seguiu as técnicas descritas em Fidalgo e Bononi (1984). Todos foram fotografados no ambiente natural ou durante a prensagem para auxiliar na realização de um catálogo. A identificação dos materiais foi realizada por meio de consulta à bibliografia taxonômica especializada e por comparação com o acervo do Herbário Rioclarense (HRCB), onde um exemplar de cada espécime coletado foi incorporado. Para as angiospermas, a identificação foi realizada por consulta a Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e consulta a especialistas. Para a classificação das coletas em famílias, foram utilizados os seguintes sistemas: APG III (SOUZA; LORENZI, 2012) para as angiospermas; sistema proposto por Smith et al. (2006, 2008) para as monilófitas, e o de Kramer e Tryon (1990) para as licófitas. Os nomes das espécies foram atualizados quanto à sinonímia por meio de consulta a Lista de Espécies da Flora do Brasil (http://floradobrasil.jbrj.gov.br), conforme critérios de (FORZZA et al., 2013; PRADO; SYLVESTRE, 2013). Para realizar a classificação das espécies em exóticas, nativas, cultivadas e naturalizadas, foi consultado a Flora do Brasil (http://floradobrasil.jbrj.gov.br). Para a determinação de plantas daninhas, foi consultado Plantas daninhas do Brasil (LORENZI, 2008), caracterizadas como plantas nativas ou exóticas que crescem espontaneamente e são indesejáveis em solos agrícolas e áreas de interesse do homem. As síndromes de dispersão foram determinadas por consulta bibliográfica (JACOBI; CARMO, 2011; KINOSHITA et al., 2006; LUZ et al., 2008; PERES, 2016; PIJL, 1982; STEFANELLO; FERNANDES-BULHÃO; MARTINS, 2009; YAMAMOTO; KINOSHITA; MARTINS, 2006), bem como as síndromes de polinização (ARAUJO, 2001; FAEGRI; PIJL, 1979; GUERTA; LUCON; FIGUEIREDO, 2015; KINOSHITA et al., 2006; SANTOS; QUEIROZ; PIGOZZO, 2009; YAMAMOTO; KINOSHITA; MARTINS, 2006). A lista florística obtida neste trabalho foi comparada com listas florísticas de nove inventários de Rio Claro (AGUIAR, 2011; CARDOSO-LEITE et al., 2004; DINIZ; MONTEIRO, 2008; MANZATTO, 2005; PRATA; PINTO; ASSIS, 2011; ROSA, 2011; REIS JÚNIOR, 2009; TEIXEIRA; ASSIS, 2005; UDULUTSCH; ASSIS; PICCHI, 2004). De forma a se obter um resultado mais preciso, as listas de todos os trabalhos foram atualizadas quanto a sinonímia na Flora do Brasil (http://floradobrasil.jbrj.gov.br) e os espécimes indeterminados ou determinados até gênero foram excluídos para a comparação ser realizada a nível de espécie apenas. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ 14 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Caracterização da área O entorno da área de estudo é caracterizada pela presença de ruas não pavimentadas, plantações de cana-de-açúcar, área urbanizada com terrenos residenciais, e a norte/nordeste da área há um local de brejo com predominância de uma macrófita aquática emergente, a Typha domingensis Pers., conhecida como taboa (SOUZA; LORENZI, 2012). Figura 4 - À esquerda terreno destinado a plantação de cana-de-açúcar e à direita brejo com Typha domingensis. Fonte: elaborada pela autora. O local de estudo abrangeu a área de pastagem, floresta ciliar, interior de mata secundária e borda de mata. A área de pastagem é o local destinado a construção da infraestrutura do Parque Geológico de Assistência. A empresa Partecal Partezani Calcários Ltda. ainda irá lavrar o local, e após o descomissionamento da lavra de calcário ocorrerá o início da implementação do Parque. A terraplanagem e o reflorestamento da área de Reserva Legal deverão ser realizados pela própria empresa (KOLYA, 2015). A empresa começou algumas atividades no local no ano de 2018, modificando a paisagem, como pode ser visto na figura 5. 15 Figura 5 - Escavação realizada pela empresa. Fonte: elaborada pela autora. A empresa proprietária do local atuava na área antigamente, e próximo à área de pastagem se encontra uma região de declive que aparenta ser uma área de regeneração sobre a área onde a empresa lavrava. A borda de mata é caracterizada pela presença de espécies arbustivas e arbóreas, entre essas a Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth (Figura 6) e Piper sp. Na região próxima a pastagem há ocorrência de Cecropia pachystachya Trécul (Figura 6) e Eucalyptus sp. Figura 6 - À esquerda Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth, à direita Cecropia pachystachya Trécul. Fonte: elaborada pela autora. O interior de mata secundária apresenta regiões com clareiras caracterizadas com a presença de Asclepias curassavica L. Em determinados locais, existem partes de construções antigas como mostra a Figura 7. 16 Figura 7 - Partes de construção antiga. Fonte: elaborada pela autora. O córrego Santa Cruz é margeado por uma floresta ciliar pertencente à APP (Área de Proteção Permanente), possui solo úmido e, em épocas chuvosas, há áreas de alagamento próximas ao córrego (Figura 8). Figura 8 - Área alagada próximo ao Córrego Santa Cruz. Fonte: elaborada pela autora. A composição predominante dessa área é de espécies arbóreas, herbáceas, epífitas, e em menor abundância, trepadeiras. Espécies de presença significativa no local são Tillandsia pohliana Mez, Lantana camara L., Ruellia brevifolia (Pohl) C.Ezcurra e Morus nigra L. 17 Figura 9 - Córrego Santa Cruz. Fonte: elaborada pela autora. Ambientes de mata ciliar evitam o assoreamento dos rios e são importantes no equilíbrio da região, uma vez que representam um ecossistema com alta diversidade de fauna e flora (SANTOS, 1997). Apesar da importância, a área do córrego é negligenciada e utilizada para atividades recreativas e descarte indevido de lixo pela população local. 4.2 Levantamento florístico Foram coletados um total de 177 espécimes distribuídos em 51 famílias, 99 gêneros e 120 espécies (Apêndice A). Todos os espécimes foram classificados em famílias, entretanto 20 não foram identificados a nível de espécie, sendo 6 identificados até gênero. As famílias com maior número de espécies foram Asteraceae (11), Malvaceae (10), Fabaceae (9), Solanaceae (8) e Verbenaceae (7). Dos 177 espécimes coletados, 168 são angiospermas e apenas 9 pteridófitas, as últimas representadas pelas famílias Anemiaceae, Gleicheniaceae, Polypodiaceae, Pteridaceae e Thelypteridaceae. Os espécimes coletados que apresentaram maior representatividade foram de hábito herbáceo (71), seguido de arbóreo (33), arbustivo (24), trepador (18) e sub-arbustivo (4) (Figura 10). A alta porcentagem (~50%) de espécimes herbáceos pode ser resultado da dificuldade de acesso a ramos férteis das árvores durante as coletas. 18 Figura 10 - Hábitos dos espécimes coletados. Fonte: elaborada pela autora. Dentre as 120 espécies identificadas, 98 são nativas, 14 naturalizadas, 4 exóticas e 3 cultivadas. Aproximadamente 20% das espécies encontradas não são nativas, sendo algumas consideradas invasoras, como Citrus x limon (L.), Hedychium coronarium J.Koenig, Mangifera indica L., Morus nigra L., Psidium guajava L., Osbeck; Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth e Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (SAMPAIO; SCHMIDT, 2013), a última sendo muito utilizada no reflorestamento de áreas degradadas (PIRES, 2001). Espécies invasoras podem causar impactos bióticos e abióticos que intervém na conservação da biodiversidade (SAMPAIO; SCHMIDT, 2013), uma vez que por repressão ou exclusão de espécies nativas podem mudar a estrutura e a composição de espécies do local (GIPS, 2005). No local de estudo, durante as saídas de campo, foi possível observar que as espécies invasoras se encontram, principalmente, na região da borda da mata secundária, não representando, ainda, a dominância dessas espécies na floresta. Mas, ressalta-se a importância do manejo e preferência a espécies nativas para o reflorestamento. Foram encontradas 12 espécies endêmicas do Brasil (Acalypha villosa Jacq.; Desmodium subsecundum Vogel; Lundia obliqua Sond.; Mollinedia uleana Perkins; Paullinia rhomboidea Radlk.; Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston; Psychotria carthagenensis Jacq.; Ruellia splendidula (Ness) Lindau; Stigmaphyllon arenicola C.E.Anderson; Trichilia clausseni C.DC.; Trichilia elegans A.Juss.; Xanthosoma maximilianii Schott (http://floradobrasil.jbrj.gov.br) e 46 espécies consideradas como plantas daninhas (Asclepias 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Herbáceo Arbóreo Arbustivo Trepador Sub-arbustivo http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ 19 curassavica L., Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth, Mimosa pudica L. e Buddleja stachyoides Cham. & Schltdl...) (LORENZI, 2008). O presente trabalho destaca a coleta da espécie Ruellia splendidula, considerada endêmica do Brasil e com ocorrência conhecida apenas nos estados de Minas Gerais e São Paulo (FLORA DO BRASIL 2020), sendo que há poucos registros da planta e a maioria ocorrente na região de Rio Claro 1 . O dado mostra a importância da conservação de fragmentos florestais, principalmente, da área de estudo. 4. 3 Síndrome de dispersão e polinização Das 120 espécies identificadas, foi possível identificar as síndromes de 115, sendo 51 zoocóricas, 35 autocóricas, 28 anemocóricas e 1 barocórica (Figura 11). Figura 11 - Síndromes de dispersão e respectivas porcentagens encontradas nas espécies de plantas do Parque Geológico de Assistência, Rio Claro/ SP. Fonte: elaborada pela autora. Com relação aos hábitos amostrados, o hábito herbáceo apresentou as seguintes síndromes de dispersão: anemocoria (13), autocoria (28) e zoocoria (13); hábito arbustivo: anemocoria (1), autocoria (5) e zoocoria (16); hábito arbóreo: anemocoria (9), autocoria (2), zoocoria (18) e barocoria (1); hábito sub-arbustivo: zoocoria (4); hábito trepador: anemocoria 1 Comunicação pessoal de Ulisses Gonçalves Fernandes, em 6 de junho de 2018, recebida por correio eletrônico. Zoocoria 51% Autocoria 35% Anemocoria 28% Barocoria 1% 20 (6), autocoria (2) e zoocoria (5). Figura 12 - Distribuição das síndromes de dispersão por hábito amostrado. Fonte: elaborada pela autora. Uma maior porcentagem de dispersão por zoocoria é encontrada também em Spina, Ferreira e Leitão-Filho 2001, Kinoshita et al., 2006 e Luz et al., 2008, uma vez que a síndrome tem maior representação em ambientes florestais (PERES, 2016). Segundo Howe e Smallwood (1982), o ambiente úmido, como a presença do Córrego Santa Cruz na área, interfere nessa alta porcentagem de dispersores animais. As espécies classificadas como invasoras apresentaram as seguintes síndromes de dispersão: zoocoria (Citrus x limon, Hedychium coronarium, Mangifera indica, Morus nigra e Psidium guajava), anemocoria (Tecoma stans) e barocoria (Leucaena leucocephala), sendo necessário um plano de manejo dessas espécies invasoras. Devido ao pequeno número de referências bibliográficas disponível, apenas 103 espécies foram classificadas quanto à síndrome de polinização. A síndrome de polinização mais frequente foi a entomofilia (87), seguida de ornitofilia (6), anemofilia (6), quiropterofilia (2) e autopolinização (2) (Figura 13). 0 5 10 15 20 25 30 herbáceo arbustivo arbóreo sub-arbustivo trepador zoocoria anemocoria autocoria barocoria 21 Figura 13 - Síndromes de polinização e respectivas porcentagens encontradas nas espécies de plantas do Parque Geológico de Assistência, Rio Claro/ SP. Fonte: elaborada pela autora. A entomofilia é um termo generalizado para a polinização por insetos, a busca bibliográfica permitiu classificar 42 das 87 espécies em síndromes mais especializadas, entre as quais, melitofilia (28), psicofilia (7), miofilia (5) e falenofilia (2) (Figura 14). A melitofilia se destaca e é a polinização realizada por abelhas, se mostra frequente pois esses insetos são visitantes florais mais adaptados e abrangem uma grande gama de padrões de comportamento, de abelhas solitárias a sociais (FAEGRI; PIJL, 1979). Figura 14 - Síndromes de polinização por insetos. Fonte: elaborada pela autora. Entomofilia 84% Anemofilia 6% Ornitofilia 6% Quiroptefilia 2% Autopolinização 2% Melitofilia 32% Psicofilia 8% Miofilia 6% Falenofilia 2% Não determinado 52% 22 4. 4 Similaridade florística A lista florística do presente trabalho foi comparada com listas florísticas obtidas em nove inventários realizados na região de Rio Claro. Devido aos critérios dos trabalhos analisados diferirem do foco dado ao trabalho, se preferiu realizar uma comparação de espécies por trabalho. A tabela 2 mostra o hábito que cada trabalho amostrou, o número de espécies coletadas e o número de espécies comuns com o presente trabalho. Tabela 2 - Dados de similaridade florística do presente trabalho com 9 trabalhos analisados, os hábitos amostrados e número de espécies amostradas no total. Trabalho Hábito amostrado Número espécies amostradas Número espécies comuns Reis Júnior, 2009 todos 81 11 Manzatto, 2005 arbustivo-arbóreo 75 13 Rosa, 2011 arbustivo-arbóreo 74 11 Diniz; Monteiro, 2008 arbustivo-arbóreo 75 6 Teixeira; Assis, 2005 arbustivo-arbóreo 44 7 Aguiar, 2011 arbustivo-arbóreo 70 2 Cardoso-Leite et al., 2004 arbóreo 35 4 Prata; Pinto; Assis, 2011 arbóreo 21 3 Udulutsch, Assis; Picchi, 2004 trepador 132 7 Fonte: elaborado pela autora. O apêndice B mostra as espécies comuns em cada referência com presente trabalho, e suas respectivas quantidades amostradas. É possível notar que Casearia sylvestris e Cecropia pachystachya aparecem em cinco dos nove inventários analisados, seguidas de Bauhinia forficata (4), Chrysophyllum gonocarpum, Croton urucurana, Piper amalago, Psidium guajava , Psychotria carthagenensis e Trichilia clausseni (3). Em comum com as nove referências revisadas, foram encontradas 37 espécies já amostradas na região de Rio Claro, representando apenas 31% das 120 espécies coletadas. Dessa forma, o presente trabalho contribui adicionando 83 espécies a lista florística da cidade de Rio Claro. 23 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A fragmentação e degradação de florestas, rios e outros ecossistemas levam a perda da biodiversidade e reduzem a capacidade de espécies de se adaptar às mudanças climáticas, limitando o seu deslocamento para áreas com condições mais adequadas (SECRETARIAT OF THE CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY, 2010). A vegetação se encontra em condições de ilhas, de diferentes formas e tamanhos, e a paisagem passa a ser predominantemente agropecuária, de núcleos urbanos, hidrelétricas e áreas de mineração (VIANA; TABANEZ; MARTINEZ, 1992). A predominância de tais atividades descritas ocorrem na área de estudo, com exceção de hidrelétricas. Apesar da pouca importância dada a pequenos fragmentos florestais, geralmente localizados em propriedades particulares, abandonados e sujeitos a perturbações, são esses os últimos depositários de biodiversidade nativa das florestas (VIANA; TABANEZ; MARTINEZ, 1992). Na região, o fragmento estudado não se mostra o de maior tamanho porém é de grande importância para conservação local, sendo o estudo uma contribuição para ações que preservem a área localizada no parque municipal, uma vez que inventários proporcionam maior conhecimento da estrutura e dinâmica da floresta, essenciais para uma efetiva conservação de remanescentes (PEDRONI, 2001). A presença de espécies polinizadas e dispersas por animais ressalta a importância da interação na manutenção do ecossistema (KINOSHITA et al., 2008), bem como a presença dos córregos Santa Cruz e Assistência presentes no fragmento, que atuam como corredores ecológicos naturais, possibilitando o trânsito de animais e o fluxo gênico entre os remanescentes (VOGEL; ZAWADZKI; METRI, 2009). Com os resultados obtidos foi possível constatar a importância de estudos desse tipo como forma de subsidiar reflorestamentos de áreas lavradas, a partir de listagens florísticas e do manejo das espécies exóticas amostradas nos locais. Este levantamento florístico forneceu um maior conhecimento das espécies ocorrentes na cidade de Rio Claro, ressaltando a relevância de estudos que abranjam todos as formas de vida. 24 REFERÊNCIAS AGUIAR, F.L. Composição florística e estrutura fitossociológica em área de regeneração natural de cerrado na Floresta Estadual “Edmundo Navarro de Andrade”, Rio Claro, SP. 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Hábito (Her= erva, Arv= árvore, Arb= arbusto, sub-Arb= sub-arbusto, Trep= trepadeira, esc= escandente, pro=prostrada); O = Origem (Nat= nativa, Cult= cultivada, Natur= naturalizada, Exo= exótica); EB=Endêmica do Brasil (N= não endêmica, S= endêmica); D= planta daninha; SD= síndrome de dispersão (AUT= autocoria, ZOO= zoocoria, ANE= anemocoria, BAR= barocoria); SP= síndrome de polinização (Ent= entomofilia, Orn=ornitofilia, Aut= autofilia, Ane= anemofilia, Quir= quiropterofilia, mel= melitofilia, psi= psicofilia, mio=miofilia, fal= falenofilia); HRCB = número de tombo no Herbário Rioclarense; Coletor = número de coletor J.N. Shima. (Continua) Família Espécie Hábito O EB D SD SP HRCB Coletor Acanthaceae Hygrophila costata Nees Her Nat N AUT Ent (mel) 72712, 72720 121, 129 Acanthaceae Justicia brasiliana Roth Arb Nat N AUT Orn 72594 2 Acanthaceae Ruellia brevifolia (Pohl) C.Ezcurra Arb Nat N AUT Orn/ Ent (psi) 72609 17 Acanthaceae Ruellia jussieuoides Schltdl. & Cham. Her Nat N AUT - 72687, 72697 96, 106 Acanthaceae Ruellia splendidula (Ness) Lindau Her Nat S - - 72698 107 Amaranthaceae Alternanthera tenella Colla Her Nat N x AUT Ent (mel) 72699 108 Anacardiaceae Mangifera indica L. Arv esc Cult N ZOO Ent 72736 145 Anacardiaceae Schinus terebinthifolia Raddi Arv Nat N ZOO Ane/ Ent 72636, 72679 44, 88 Anemiaceae Anemia phyllitidis (L.) Sw. Her Nat N ANE - 72613 21 Apocynaceae Asclepias curassavica L. Her Nat N x ANE Ent (mel)/(psi) 72624, 72689 32, 98 Apocynaceae Prestonia riedelii (Müll.Arg.) Markgr. Trep Nat N ANE Ent 72630 38 Araceae Xanthosoma maximilianii Schott Her Nat S ZOO - 72642 50 Araliaceae Hydrocotyle callicephala (Cham.) Urb. Her pro Nat N AUT Ent 72658 66 Araliaceae Hydrocotyle leucocephala Cham. & Schltdl. Her pro, Her Nat N x AUT - 72600, 72656 8, 64 Asteraceae Asteraceae sp1 Arb - - - - 72704 113 Asteraceae Asteraceae sp2 Her - - - - 72706 115 Asteraceae Asteraceae sp3 Trep - - - - 72724 133 Asteraceae Asteraceae sp4 Her - - - - 72753 162 Asteraceae Asteraceae sp5 Her - - - - 72759 168 Asteraceae Asteraceae sp6 Her - - - - 72762 171 Asteraceae Chromolaena maximilianii (Schrad. ex DC.) R.M.King & H.Rob. Her Nat N x ANE Ent 72677 86 29 (Continuação) Família Espécie Hábito O EB D SD SP HRCB Coletor Asteraceae Eclipta prostrata (L.) L. Her Nat N x AUT Ent 72650 58 Asteraceae Melampodium L. Her Nat N - - 72629 37 Asteraceae Vernonanthura H.Rob. Her Nat N - - 72715 124 Asteraceae Vernonanthura H.Rob. Her Nat N - - 72733 142 Asteraceae Vernonanthura H.Rob. Trep Nat N - - 72735 144 Asteraceae Vernonia Schreb. Her Nat N - - 72755 164 Asteraceae Vernonia Schreb. Her Nat N - - 72756 165 Begoniaceae Begonia cucullata Willd. Her Nat N x AUT Ent 72654 62 Bignoniaceae Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann Arv Nat N ANE Ent 72732 141 Bignoniaceae Lundia obliqua Sond. Arv, Trep Nat S - - 72665, 72722, 72757 74, 131, 166 Bignoniaceae Spathodea campanulata P. Beauv. Arv Cult N ANE Ent/Orn 72688 97 Bignoniaceae Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Arv Natur N x ANE Ent 72691, 72701, 72729 100, 110, 138 Brassicaceae Lepidium virginicum L. Her Natur N x AUT Ent 72633 41 Bromeliaceae Tillandsia pohliana Mez Her Nat N ANE Aut 72631, 72662 39, 70 Bromeliaceae Tillandsia tricholepis Baker Her Nat N ANE Aut 72635 43 Cactaceae Epiphyllum phyllanthus (L.) Haw. Her Nat N ZOO Ent (fal) 72661 69 Commelinaceae Commelina diffusa Burm.f. Her pro Natur N x AUT Ent 72622 30 Commelinaceae Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos Her Nat N x AUT Ent 72675, 72767 84, 176 Convovulaceae Ipomoea cairica (L.) Sweet Trep Nat N x AUT Ent (mel) 72671 80 Convovulaceae Ipomoea indica (Burm.) Merr. Trep Nat N AUT Ent 72667 76 Cyperaceae Cyperaceae sp1 Her - - - - 72649 57 Cyperaceae Pycreus polystachyos (Rottb.) P.Beauv. Her Nat N x AUT Ane 72659, 72765 67, 174 Euphorbiaceae Acalypha villosa Jacq. Arb Nat S ZOO - 72596 4 Euphorbiaceae Croton triqueter Lam. Arb Nat N ZOO Ent 72657 65 Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Arv Nat N ZOO Ent 72646 54 Fabaceae Bauhinia forficata Link Arv Nat N x AUT Ent (fal)/ Quir 72637 45 Fabaceae Crotalaria lanceolata E.Mey. Her Natur N x AUT Ent 72750 159 Fabaceae Desmodium affine Schltdl. Her Nat N ZOO Ent (mel) 72695 104 Fabaceae Desmodium incanum (Sw.) DC. Her Natur N x ZOO Ent (mel) 72748 157 30 (Continuação) Família Espécie Hábito O EB D SD SP HRCB Coletor Fabaceae Desmodium cf. subsecundum Vogel Her Nat S ZOO - 72666 75 Fabaceae Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Arv Natur N x BAR Ent (mel) 72683 92 Fabaceae Machaerium scleroxylon Tul. Arv Nat N ANE Ent (mel) 72721 130 Fabaceae Macroptilium atropurpureum (Sessé & Moc. ex DC.) Urb. Her esc Natur N x AUT Ent 72758 167 Fabaceae Mimosa pudica L. Her Nat N x AUT Ent 72663, 72761 71, 170 Gleicheniaceae Sticherus lanuginosus (Fée) Nakai Her Nat N ANE - 72734 143 Heliconiaceae Heliconia rostrata Ruiz & Pav. Her Nat N ZOO Orn 72648 56 Lamiaceae Cantinoa mutabilis (Rich.) Harley & J.F.B.Pastore Her Nat N x AUT Ent (mel) 72678, 72760 87, 169 Lamiaceae Leonurus L. Her Natur N - - 72619 27 Lamiaceae Ocimum campechianum Mill. Her Nat N x AUT - 72655 63 Lamiaceae Salvia cf. coccinea Buc'hoz ex Etl. Her Cult N AUT Ent/ Orn 72623 31 Loganiaceae Strychnos brasiliensis Mart. Trep Nat N ZOO Ent 72606 14 Lythraceae Cuphea cf. ingrata Cham. & Schltdl. sub-Arb Nat N ZOO - 72593, 72647 1, 55 Lythraceae Cuphea linarioides Cham. & Schltdl. Her Nat N AUT Ent (mel) 72749 158 Lythraceae Lagerstroemia speciosa (L.) Pers. Arv Exo N ANE Ent 72708, 72743 117, 152 Malpighiaceae Banisteriopsis muricata (Cav.) Cuatrec. Arv Nat N ANE Ent (mel) 72682 91 Malpighiaceae Mascagnia cordifolia (A.Juss.) Griseb. Trep Nat N ANE Ent 72740 149 Malpighiaceae Stigmaphyllon arenicola C.E.Anderson Trep Nat S ANE Ent 72739, 72747 148, 156 Malvaceae Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna Arv Nat N ANE Ent (psi) 72764 173 Malvaceae Guazuma ulmifolia Lam. Arv Nat N ZOO Ent (mel) 72741 150 Malvaceae Luehea divaricata Mart. & Zucc. Arv Nat N ANE Ent (mel) 72768 177 Malvaceae Malvaviscus arboreus Cav. Arv Exo N - Orn 72690 99 Malvaceae Melochia pyramidata L. Her Nat N x AUT Ent 72763 172 Malvaceae Pavonia communis A.St.-Hil. Arb Nat N x ZOO - 72625 33 Malvaceae Sida acuta Burm.f. Arb Nat N x ZOO Ent (mel) 72670 79 Malvaceae Sida L. Arb Nat N - - 72616 24 Malvaceae Sida L. Her Nat N - - 72693 102 Malvaceae Sida rhombifolia L. Arb Nat N x AUT Ent (mel) 72626 34 31 (Continuação) Família Espécie Hábito O EB D SD SP HRCB Coletor Malvaceae Triumfetta althaeoides Lam. Arb Nat N ZOO Ent 72692 101 Melastomataceae Tibouchina herbacea (DC.) Cogn. Her Nat N AUT - 72696, 72725 105, 134 Meliaceae Trichilia clausseni C.DC. Arv Nat S ZOO Ent 72752 161 Meliaceae Trichilia elegans A.Juss. Arv Nat S ZOO Ent (mel) 72608 16 Monimiaceae Mollinedia uleana Perkins Arv Nat S ZOO - 72603 11 Moraceae Ficus citrifolia Mill. Arv Nat N ZOO Ent (mel) 72611 19 Moraceae Ficus obtusiuscula (Miq.) Miq. Arv Nat N ZOO Ent 72738 147 Moraceae Morus nigra L. Arv Exo N ZOO Ane 72717 126 Myrtaceae Psidium guajava L. Arv Natur N ZOO Ent (mel) 72620 28 Orchidaceae Ionopsis utricularioides (Sw.) Lindl. Her Nat N ANE - 72716 125 Passifloraceae Passiflora edulis Sims Trep Nat N - - 72707 116 Piperaceae Peperomia arifolia Miq. Her Nat N ZOO - 72597 5 Piperaceae Piper aduncum L. Her Nat N x ZOO Ane/ Ent (mio) 72664 73 Piperaceae Piper amalago L. Arb Nat N ZOO Ent (mel)/(mio) 72612, 72674 20, 83 Piperaceae Piper cuyabanum C.DC. Arb Nat N ZOO - 72599 7 Piperaceae Piper umbellatum L. Arb Nat N x ZOO - 72601 9 Poaceae Coix lacryma-jobi L. Her Natur N x - - 72686 95 Poaceae Poaceae sp1 Her - - - - 72598 6 Poaceae Poaceae sp2 Her - - - - 72639 47 Poaceae Poaceae sp3 Her - - - - 72641 49 Poaceae Poaceae sp4 Her - - - - 72681 90 Polygonaceae Polygonum hydropiperoides Michx. Her Nat N x AUT - 72653 61 Polypodiaceae Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota Her Nat N ANE - 72614 22 Polypodiaceae Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston Her Nat S ANE - 72610, 72643 18, 51 Pteridaceae Doryopteris concolor (Langsd. & Fisch.) Kuhn Her Nat N ANE - 72640, 72718 48, 127 Pteridaceae Pteris vittata L. Her Natur N x ANE - 72617 25 Rhamnaceae Gouania latifolia Reissek Trep Nat N ANE - 72680 89 32 (Continuação) Família Espécie Hábito O EB D SD SP HRCB Coletor Rhamnaceae Rhamnaceae sp1 Trep - - - - 72705 114 Rubiaceae Psychotria carthagenensis Jacq. Arb, sub- Arb Nat S ZOO Ent 72634, 72746 42, 155 Rubiaceae Randia armata (Sw.) DC. Arv Nat N ZOO Ent 72713, 72766 122, 175 Rutaceae Citrus x limon (L.) Osbeck Arv Natur N ZOO Ent 72673 82 Rutaceae Esenbeckia febrifuga (A.St.-Hil.) A. Juss. ex Mart. Arv Nat N AUT Ent (mel) 72632 40 Rutaceae Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. Arv Nat N ZOO Ent 72730 139 Salicaceae Casearia sylvestris Sw. Arv Nat N ZOO Ent (mel)/ Ane 72726 135 Sapindaceae Paullinia elegans Cambess. Trep, Arv Nat N ZOO Ent (mel) 72702, 72728 111, 137 Sapindaceae Paullinia rhomboidea Radlk. Trep Nat S ZOO Ent (mel)/(mio) 72645, 72694, 72711, 72714 53, 103, 120, 123 Sapindaceae Serjania multiflora Cambess. Trep Nat N ANE Ent (mel) 72719 128 Sapindaceae Urvillea laevis Radlk. Trep Nat N ANE Ent 72723, 72737 132,146 Sapotaceae Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl. Arv Nat N ZOO Quir 72605 13 Scrophulariaceae Buddleja stachyoides Cham. & Schltdl. Her Nat N x AUT - 72703 112 Solanaceae Capsicum cf. baccatum L. Arb Nat N x ZOO Ent 72644, 72672 52, 81 Solanaceae Cestrum cf. mariquitense Kunth Arb Nat N ZOO - 72618 26 Solanaceae Cestrum strigilatum Ruiz & Pav. Arb, sub- Arb Nat N ZOO - 72700, 72710 109, 119 Solanaceae Solanum americanum Mill. Arb, Her Nat N x ZOO Ent (mel) 72621, 72709 29, 118 Solanaceae Solanum cf. capsicoides All. Arb Nat N x ZOO Ent 72627, 72668 35, 77 Solanaceae Solanum palinacanthum Dunal sub-Arb Nat N x ZOO Ent 72744 153 Solanaceae Solanum seaforthianum Andr. Trep Natur N ZOO Ent 72684 93 Solanaceae Solanum viarum Dunal Arb Nat N x ZOO Ent 72676 85 Talinaceae Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. Her Nat N x AUT Ent 72628 36 Thelypteridaceae Steiropteris leprieurii (Hook.) Pic.Serm. Her Nat N ANE - 72638 46 Thelypteridaceae Thelypteris Schmidel Her Nat N - - 72754 163 Urticaceae Boehmeria caudata Sw. Arb Nat N ANE Ane 72602 10 33 (Conclusão) Família Espécie Hábito O EB D SD SP HRCB Coletor Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul Arv Exo N x ZOO Ent (mio)/Ane 72731 140 Urticaceae Phenax sonneratii (Poir.) Wedd. Arb Nat N x AUT - 72652 60 Verbenaceae Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss. Arv Nat N ANE Ent (mel) 72742 151 Verbenaceae Lantana camara L. Arb Natur N x ZOO Ent (mel)/(psi) 72595 3 Verbenaceae Lantana cf. canescens Kunth Her Nat N x ZOO Ent (psi) 72685 94 Verbenaceae Lantana cf. fucata Lindl. Her, Trep Nat N x ZOO Ent (psi) 72727, 72745 136, 154 Verbenaceae Lantana trifolia L. Her Nat N x ZOO Ent 72751 160 Verbenaceae Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl Her Nat N x AUT Ent (psi) 72607 15 Verbenaceae Verbena bonariensis L. Her Nat N x AUT Ent 72615 23 Violaceae Pombalia bigibbosa (A.St.Hil.) Paula-Souza Arb Nat N AUT - 72604 12 Violaceae Pombalia communis (A.St.-Hil.) Paula-Souza Her Nat N x AUT Ent (mel) 72669 78 Zingiberaceae Hedychium coronarium J.Koenig Her Natur N x ZOO Ent 72651 59 34 APÊNDICE B Espécies coletadas e encontradas nos trabalhos florísticos analisados (A= Reis Júnior, 2009; B= Manzatto, 2005; C= Rosa, 2011; D= Diniz e Monteiro, 2008; E= Teixeira e Assis, 2005; F= Aguiar, 2011; G= Cardoso-Leite et al., 2004; H= Prata, Pinto e Assis, 2011; I= Udulutsch, Assis e Picchi, 2004). (Continua) Espécie/Trabalho A B C D E F G H I Total Alternanthera tenella Colla x 1 Acalypha villosa Jacq. x 1 Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss. x 1 Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann x 1 Asclepias curassavica L. x 1 Bauhinia forficata Link x x x x 4 Cantinoa mutabilis (Rich.) Harley & J.F.B.Pastore x 1 Casearia sylvestris Sw. x x x x x 5 Cecropia pachystachya Trécul x x x x x 5 Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna x 1 Cestrum mariquitense Kunth x 1 Chromolaena maximilianii (Schrad. ex DC.) R.M.King & H.Rob. x x 2 Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl. x x x 3 Citrus x limon (L.) Osbeck x 1 Croton urucurana Baill. x x x 3 Desmodium incanum (Sw.) DC. x 1 Esenbeckia febrifuga (A.St.-Hil.) A. Juss. ex Mart. x x 2 Ficus citrifolia Mill. x 1 Ficus obtusiuscula (Miq.) Miq. x 1 Gouania latifolia Reissek x 1 Guazuma ulmifolia Lam. x 1 Hedychium coronarium J.Koenig x 1 Ipomoea cairica (L.) Sweet x 1 Luehea divaricata Mart. & Zucc. x x 2 Mangifera indica L. x 1 Mascagnia cordifolia (A.Juss.) Griseb. x 1 Paullinia elegans Cambess. x 1 Piper amalago L. x x x 3 Psidium guajava L. x x x 3 35 (Conclusão) Espécie/Trabalho A B C D E F G H I Total Psychotria carthagenensis Jacq. x x x 3 Schinus terebinthifolia Raddi x 1 Sida rhombifolia L. x 1 Solanum americanum Mill. x 1 Strychnos brasiliensis Mart. x 1 Trichilia clausseni C.DC. x x x 3 Trichilia elegans A.Juss. x x 2 Urvillea laevis Radlk. x 1 Total 11 13 11 6 7 2 4 3 7 64