Privacidade do usuário na atividade de busca: o caso do
Arquivo Público do Estado de São Paulo
Paula Regina Ventura Amorim Gonçalez;
Ricardo César Gonçalves Santana;
Maria José Vicentini Jorente
Perspectivas em Ciência da Informação, v.20, n.3, p.137-151, jul./set. 2015 137
Privacidade do usuário na atividade de
busca: o caso do Arquivo Público do
Estado de São Paulo
Paula Regina Ventura Amorim Gonçalez
Bacharel em Biblioteconomia e mestre em Ciência
da Informação pela UNESP Doutoranda do
Programa de Pós-Graduação em Ciência da
Informação da Faculdade de Filosofia e Ciência –
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus
Marília
Ricardo César Gonçalves Santana
Doutor em Ciência da Informação pela UNESP.
Professor do Programa de Pós Graduação em
Ciência da Informação da Faculdade de Filosofia e
Ciência – Universidade Estadual Paulista –
UNESP, Campus Marília
Maria José Vicentini Jorente
Doutora em Ciência da Informação pela UNESP.
Professora do Programa de Pós Graduação em
Ciência da Informação da Faculdade de Filosofia e
Ciência – Universidade Estadual Paulista –
UNESP, Campus Marília
http://dx.doi.org/10.1590/1981-5344/2372
Com o advento da Internet tornou-se possível superar os
espaços temporais, havendo um ganho no conhecimento
ao identificarmos que dificilmente as informações
disponíveis seriam acessadas por um número de usuários
potencialmente ampliado pelo uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação. A partir do ano de 2003,
diante dessas novas possibilidades o Arquivo Público do
Estado de São Paulo, ampliou sua forma de atuação ao
disponibilizar parte de seu acervo documental no
ambiente Web, disseminando informações arquivísticas e
tornando-as acessíveis. A popularização da Internet e as
políticas públicas de acesso à informação que garantem a
todo cidadão tal direito por meio da Lei de Acesso à
Informação nortearam este estudo que objetivou a
aplicação do Framework para análise de privacidade,
apresentado por Rubel e Biava (2014) no acesso à
informação nos ambientes do Arquivo Público do Estado
de São Paulo. A metodologia consistiu em uma
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investigação teórica baseada nos princípios de privacidade
na ambiência física e digital e exploratório a partir da
visita e da observação do referido arquivo em seus
ambientes físicos e digitais. Verificou-se como resultado
que o uso do framework possibilita conhecer problemas
de complexidade variada quanto ao grau de privacidade
dos usuários nos diferentes ambientes.
Palavras-chave: Arquivos Permanentes; Web;
Informação e Tecnologia; Privacidade
User privacy in search activity: the
case of the Public Archives of the State
of São Paulo
With the advent of the Internet, it has become possible to
overcome timelines with a gain in knowledge by
identifying that information available were seldomly
accessed by a number of potentially expanded users
through the use of Information and Communication
Technologies. From the year 2003, before these new
possibilities, the Public Archives of the State of São Paulo
magnified the way it operates to provide part of its
collection of documents on the Web environment,
disseminating archival information and making them
accessible. The popularization of the Internet and the
public policies that guarantee access to information for all
citizens through the Access to Information Act. Guided
this study, aimed towards the application of Framework
for privacy analysis, presented by Rubel and Biava (2014)
on access to information in the environments of Public
Archives of the state of São Paulo. The methodology
consisted of a theoretical investigation based on the
principles of privacy in the physical, exploratory and
digital environment, and from the visit and observation of
said file in its physical and digital environments. As a
result, it was found that the use of framework allows
understanding of varying complexity problems in the
degree of privacy of users in different environments.
Keywords: Permanent Archives; Web; Information
Technology; Privacy.
Recebido em 29.03.2015 Aceito em 16.08.2015
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1 Introdução
A ampliação e a intensificação do uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação e da globalização favoreceram o crescimento
do acesso e uso de informações disponíveis. Assim, além do tratamento
adequado das informações registradas para que seu acesso, recuperação,
uso preservação e reuso se tornem facilitados, surge a preocupação com a
privacidade dos dados de quem as acessa, ao mesmo tempo em que é
requerida a transparência no formato das informações disponibilizadas.
Grande parte dos documentos está armazenada também na
ambiência digital e na Web para uma disseminação de forma extensiva.
Nesse contexto, aumentam-se as indagações quando são levantadas
questões sobre o direito à privacidade a partir dos avanços tecnológicos,
da possibilidade de acesso às informações pessoais, bem como a
utilização de tais informações.
É indiscutível o papel da informação na sociedade contemporânea,
visto que, a sociedade da informação se configura como principal traço
dos debates públicos sejam eles locais ou globais.
Para Werthein (2000, p. 71) a expressão Sociedade da Informação,
[...] passou a ser utilizada, nos últimos anos desse século,
como substituto para o conceito complexo de ‘sociedade pós-
industrial’ e como forma de transmitir o conteúdo específico do
‘novo paradigma técnico-econômico’.
Nesse contexto, a sociedade da informação tem se consolidado a
partir das inúmeras possibilidades de acesso à informação propiciada pela
evolução tecnológica, que teve início com a diversificação dos suportes da
informação e passam a fazer parte dos acervos outros tipos de registros
informacionais como fotos, gravações de áudio/vídeo e programa de
computadores entre outras, culminando com a revolução dos
computadores e das tecnologias de rede e telecomunicações, pois,
coleções totalmente digitais passaram a serem construídas e digitalizadas.
Alvarenga (2003, p. 2), pontua que, quando refletimos sobre o
advento das tecnologias e seu uso intensivo na perspectiva da ciência da
informação,
[...] constata-se positiva turbulência no campo de
conhecimento, especialmente no que tange à representação, à
armazenagem e a recuperação de informações, áreas
intensamente relacionadas a cognição humana. As
peculiaridades da organização do conhecimento nas vertentes
que costumam ser identificadas como integrantes do escopo
da ciência da informação – a arquivologia, a biblioteconomia e
a museologia.
Com o aumento da capacidade dos computadores, surge a Word
Wide Web e com a velocidade das redes, repositórios de informação são
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construídos possibilitando o acesso e compartilhamento do conteúdo dos
documentos que estão em formato digital.
Para Castells (1999, p. 375)
[...] a tecnologia digital permitiu a compactação de todos os
tipos de mensagens, inclusive sons, imagens e dados, formou-
se uma rede capaz de comunicar todas as espécies de
símbolos... A universalidade da linguagem digital e a lógica
pura de sistema de comunicação em rede criaram as
condições tecnológicas para a comunicação horizontal global.
As Tecnologias de Informação e Comunicação estão se
desenvolvendo e determinando transformações no universo informacional
em todas as áreas do conhecimento humano, a informação vem
alcançando status cada dia mais importante.
Assim, ela se torna insumo para viabilização das atividades nos
processos: culturais, de ensino e aprendizagem, na aquisição e construção
do conhecimento para a pesquisa científica e tecnológica e em outros
setores ou atividades onde é necessário o conhecimento humano
(MARCONDES, 2001) e no mundo dos negócios, quando empresários
percebem que problemas de negócio são na verdade, problemas de
informação (ROSENFELD, 2002).
Nesse momento nosso contexto social é evidenciado pela rapidez da
evolução das TIC, potencializam-se as discussões concernentes à
privacidade, ao direito ao esquecimento e a transparência com que as
informações são tratadas e disponibilizadas tanto no meio físico como no
meio virtual.
Este estudo objetivou analisar e comparar os estados de privacidade
dos usuários do Arquivo Público do Estado de São Paulo, que fazem suas
pesquisas indo ao seu local físico ou acessando seu site através de um
terminal de computador. Para tanto foi considerado o Framework para
análise de privacidade, apresentado por Rubel e Biava (2014).
A investigação teórica foi baseada nos princípios de privacidade na
ambiência física e digital a exploratória foi realizada a partir da visita e da
observação do referido arquivo em seus ambientes físicos e digitais e na
aplicação do Framework para análise e comparação da privacidade
(RUBEL; BIAVA, 1014).
2 Privacidade, arquivos públicos e as tecnologias de
informação e comunicação
O acesso e a divulgação das informações relacionadas à vida privada
das pessoas, a partir do uso das novas tecnologias e dos instrumentos
tecnológicos que passam a fazer parte do cotidiano do indivíduo
intensificam os debates sobre o direito à privacidade.
O início dessa preocupação foi sentida em 1890 quando, Warrem e
Bradeis, publicam o primeiro artigo sobre privacidade na Harvard Law
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Review “The Right to Privacy”, em que os autores apontavam a maneira
na qual a fotografia, os jornais e os aparatos móveis invadiam a vida
doméstica e privada das pessoas.
Em dias atuais discussões sobre o direito à privacidade tanto dos
dados como do sujeito que os buscam, tem se tornado recorrente. O
conceito de privacidade devido a sua complexidade é de difícil definição,
por esse motivo, tem sido discutido como um problema social na era da
informação, visto que, envolve questões subjetivas e está relacionado ao
indivíduo e à dignidade humana.
Como Instituição responsável pela organização, pelo tratamento,
pela custódia, pela preservação e disseminação dos acervos, os arquivos
públicos se configuram como espaços ou lugares de memória coletiva, que
mantem e conservam documentos e propiciam meios para o acesso e
recuperação dos documentos e/ou informações.
O Arquivo sendo compreendido como um espaço público de
construção da cidadania, e a ideia de acesso à informação, foi
regulamentada por intermédio da Lei nº 8.159 – de 08 de Janeiro de 1991
(BRASIL. Presidência da República, 1991).
Art.1º É dever do poder público a gestão documental e a
proteção especial a documentos de arquivos, como apoio à
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como
elementos de prova e informação.
Art.2º Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os
conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos
públicos, instituições de caráter público e entidades privadas,
em decorrência do exercício de atividades informação ou a
natureza dos documentos.
Para o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ, 2009, p. 164),
arquivo pode ser definido como:
1 Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma
entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no
desempenho de suas atividades, independentemente da
natureza dos suportes.
2 Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o
processamento técnico, a conservação e o acesso a
documentos arquivísticos.
Segundo Bellotto (2005, p. 20), o arquivo é formado por um
conjunto indivisível de documentos, desta forma, o princípio da
indivisibilidade ou integridade arquivística, propõe a “preservação dos
fundos de arquivo sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não
autorizada ou adição indevida”.
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O Conarq é o órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional do
Ministério da Justiça no Brasil e que define a política nacional de arquivos
públicos e privados exercendo orientação normativa visando a gestão
documental e a proteção especial aos documentos de arquivo.
As Tecnologias de Informação e Comunicação impactaram as ações
humanas, inovaram os canais e os instrumentos de comunicação e a partir
do uso das novas tecnologias da informação, os meios de comunicação e
também as novas formas de produção documental nortearam a
arquivologia a repensar em seus conceitos e princípios, e também no
papel dos arquivistas e dos arquivos na sociedade da informação.
2.1 Arquivo Público do Estado de São Paulo
O Arquivo Público do Estado de São Paulo, uma das repartições
públicas mais antigas da cidade de São Paulo, tem suas origens por volta
de 1721 e vem se consolidando como uma importante fonte para as
pesquisas documentais do Brasil e referência na historiografia brasileira.
Abrigam aproximadamente 26 mil metros lineares de documentação
textual, em seu acervo iconográfico têm por volta de um milhão e meio de
imagens e milhares de rolos de microfilmes, uma biblioteca com 45 mil
volumes, mapoteca e hemeroteca.
Buscando propiciar o acesso à informação agora garantido a todo
cidadão pela Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso
(BRASIL. Presidência da República, 2011), o Arquivo Público do Estado de
São Paulo, desde setembro 2003, se faz presente na ambiência digital por
meio de seu site http://www.arquivoestado.sp.gov.br/, passando a
atender os usuários não somente de maneira presencial como também de
forma remota.
3 Comparação de estados de privacidade
Frente às discussões sobre o direito e proteção à privacidade de
dados e informações, para que pudéssemos conhecer e comparar a
privacidade e a proteção da privacidade dos usuários que procuram o
arquivo público do Estado de São Paulo de maneira presencial ou remota
utilizou-se o framework, proposto pelos autores Rubel e Biava (2014): A
Framework for analyzing and comparing privacy states.
Para Rubel e Biava (2014, p. 1, tradução nossa), essa é: “uma linha
de investigação que se refere a fatores contextuais que afetam as
proteções de privacidade e direitos de privacidade”. Dessa maneira, os
autores propõem um quadro e a base conceitual, para que possa ser
definido e identificado os aspectos de privacidade e de seu contexto, e
analisada a privacidade, a proteção à privacidade e os direitos à
privacidade.
Com a utilização da estrutura de tal framework, tem se a
possibilidade não somente de identificar e descrever com precisão os
aspectos particulares de privacidade e os contextos da privacidade,
comparando a privacidade em diferentes situações, considerando variáveis
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como o tempo, a localização e a política, como também, nos oferece um
vocabulário flexível e notação para facilitar as descrições e comparações.
Baseando-se em considerações particulares e concepções de
privacidade, o quadro pode acomodar de maneira coerente uma grande
variedade de concepções e critérios de delimitações para a privacidade.
Porém, a privacidade deve ser entendida como uma relação de três
partes, em que ele articula as partes relevantes de forma diferente
(RUBEL, 2011).
Sob este ponto de vista, Rubel (2011, p. 278-79, tradução nossa)
pontuam que:
[...] qualquer instância de privacidade deve envolver: alguma
pessoa ou pessoas P, algum domínio de informações O, e
qualquer outra pessoa ou pessoas Q. Sendo que: para P
(pessoa ou pessoas) ter privacidade em relação a O (Domínio
de informação) em relação a Q (qualquer outra pessoa ou
pessoas) e para que Q (qualquer outra pessoa ou pessoas)
não tenha capacidade de fazer julgamentos particularizados
razoáveis sobre P (pessoa ou pessoas), o O (domínio da
informação) deve ser limitado.
A partir da expressão POQ, pode-se denotar qualquer instância de
privacidade ou estado de intimidade. Conforme mencionado anteriormente
ainda não há um consenso sobre como definir privacidade, porém do
ponto de vista predominante na literatura é de que a privacidade é
fundamental sobre o acesso e ao controle da informação. Para as contas
de acesso, a privacidade baseia-se em saber se outras pessoas tem
acesso de maneira física ou cognitiva, ou se o acesso acontece das duas
maneiras.
Para facilitar a representação dos diferentes tipos de privacidade,
Rubel e Biava (2014, p.4) propõem a Tabela 1, pois entendem que
Privacidade é normalmente entendida como a capacidade de um indivíduo
para restringir os fluxos de informação sobre elas para outras pessoas.
Tabela 1 - Representação de diferentes tipos de privacidade
Concepção de privacidade Símbolo associado
Acesso α
Controle κ
Julgamento particularizado π
Conhecimento ν
Fonte: RUBEL; BIAVA (2014, p. 4, tradução nossa).
Desta forma, α representam uma conta de acesso de privacidade.
E, α POQ representam as três partes da privacidade (P alguma
pessoa ou pessoas, O algum domínio de informações e Q qualquer outra
pessoa).
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Os autores apontam que, apesar da variação entre as concepções de
privacidade, cada tipo pode ser entendido como um termo de uma relação
de três partes. Deve-se apenas especificar o que as três partes POQ da
relação denota (controle, acesso, conhecimento, julgamentos
particularizados e assim por diante).
Descrevem ainda, sobre a natureza da privacidade e fixam um meio
de denotar as relações de privacidade POQ. Dessa maneira nos é
permitido descrever um estado de privacidade de forma isolada.
A representação das concepções particulares de privacidade poderá
ser obtida em qualquer relação POQ.
Para analisar e comparar a privacidade dos usuários do Arquivo
Público do Estado São Paulo que fazem suas buscas no acervo de maneira
presencial ou remota, utilizou-se a representação de acesso α do
Framework proposto por Rubel e Biava (2014).
Tendo em vista que em dias atuais o acesso à informação pública se
tornou regra, e o sigilo é a exceção, procura-se diminuir e até mesmo
superar a cultura do sigilo e, por conseguinte, criar a cultura do acesso,
ampliando a disponibilização informações documentais e propiciando o
acesso aos documentos através da Web, salvo as exceções já previstas
em lei (GONÇALEZ, 2013) e busca-se o ponto entre o acesso e o respeito
à privacidade de quem necessite da informação.
Pautados na Lei federal nº 12.527de 18 de novembro de 2011, que
regulamenta o direito constitucional de acesso à informação pública, que
em seu capítulo III, do procedimento de acesso à informação, seção I, Do
Pedido de Acesso em seu Art. 10, está estabelecido o seguinte
apontamento:
Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a
informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta
Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a
identificação do requerente e a especificação da informação
requerida.
§ 1o Para o acesso a informações de interesse público, a
identificação do requerente não pode conter exigências que
inviabilizem a solicitação.
Devido à pesquisa ser realizada no Arquivo Público do Estado de São
Paulo, buscou-se o Decreto nº 58.052, de 16 de maio de 2012 (BRASIL.
Presidência da República, 2012), que regulamenta a Lei Federal nº
12.527, de 18 de novembro de 2011 (BRASIL. Presidência da República,
2011), pelo então Governador Geraldo Alckmin, que em sua Seção IV, Do
Pedido, em seu Artigo 14, trás o seguinte texto:
O pedido de informação deverá ser apresentado ao Serviço de
Informação ao Cidadão – SIC do órgão ou entidade, por
qualquer meio legítimo que contenha a identificação do
interessado (nome, número de documento e endereço) e a
especificação da informação requerida.
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Nesses dois apontamentos da lei, entende-se que esta contempla o
pedido formal, que se dá por intermédio de um órgão governamental, que
em São Paulo é o SIC.
Já quando se trata especificamente do acesso à informação de
maneira remota o Conarq, ao proporem as Diretrizes Gerais para a
Construção de Websites de Instituições Arquivísticas (2000, p. 6-7), em
seu item 4.3 Desenho e Estrutura, afirmam que: “Acessibilidade e
facilidade de navegação no website devem ser privilegiadas, oferecendo-
se ao usuário informações”. E entre outros apontamentos recomendam
que os sites das instituições arquivísticas, devem oferecer “Garantias de
segurança no acesso quando da tramitação de dados, especialmente os de
caráter sigiloso ou aqueles relativos à privacidade do usuário”.
Diante do exposto, procura-se analisar se ao ser feita a mediação e
a comunicação do conhecimento ao usuário que procura o Arquivo Público
do Estado de São Paulo de maneira presencial ou remota podemos aplicar
o framework para análise e comparação de estados de privacidade
proposto por Rubel e Biava (2014).
4 Narrativa de acesso
A partir de visita presencial às dependências do Arquivo Público do
Estado de São Paulo e também da visita remota em sua página na Web,
pudemos verificar como se dá o acesso aos dados e às informações
arquivísticas, bem como, de que maneira é tratada a privacidade do
usuário que faz suas buscas no ambiente físico ou digital.
O Arquivo Público do Estado de São Paulo se localiza a Rua
Voluntários da Pátria, 596 no bairro de Santana na cidade de São Paulo
com atendimento ao público de segunda à sexta-feira, das 9 às 17 h,
porém, os pedidos deverão ser feitos até às 16h.
Para que pudéssemos fazer a consulta de maneira presencial
escolhemos os documentos Ostensivos, isto é, aqueles que não lhe foi
atribuído nenhum grau de sigilo, o acesso ao seu conteúdo não põe em
riscos direitos individuais ou coletivos e o acesso a esses documentos é
um direito constitucional atribuído por lei.
Já no acesso remoto, para que pudéssemos conhecer as
informações referentes à privacidade do usuário, visto que, quando é
acessada pelo usuário uma informação disponível no site, não se faz
necessário sua identificação, utilizou-se para o levantamento dos dados o
Sistema desenvolvido pela Companhia de Processamento de Dados do
Estado de São Paulo (PRODESP), em conformidade com o Sistema Informatizado
Unificado de Gestão Arquivística de Documentos e Informação (SPDOC).
4.1 Acessos aos documentos de maneira presencial
Para que pudéssemos entrar no Arquivo Público do Estado de São
Paulo, primeiro tivemos que passar pela recepção, local em que foi feito o
cadastro de usuário com apresentação de um documento com foto,
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responder a um formulário no qual, o funcionário anotou em um sistema
interno informações pessoais e então fez a entrega de crachá.
Para que tivesse acesso ao elevador, foi apresentado o crachá a
uma funcionária e a catraca de acesso à área do elevador foi liberada,
desta forma me encaminhei para o primeiro andar do prédio principal,
para fazer a consulta que aconteceria no salão de consultas da torre
principal do 1º andar, onde se encontra o acervo Textual Permanente,
composto de Fundos Públicos e Privado.
Ao chegar à sala de consultas, novamente uma catraca foi liberada
com a apresentação do crachá, então, foi solicitado ao funcionário
documentos referente ao Dossiê de Rubens Paiva e uma pesquisa no
Fundo Júlio Prestes.
O funcionário me encaminhou a um terminal de computador onde
pessoalmente preenchi novo formulário com meus dados pessoais (Nome,
nacionalidade, data de nascimento, RG, órgão emissor, CPF, telefone, end.
residencial, bairro, CEP, cidade, estado, país, e-mail e perfil que constava
três alternativas: aluno, pesquisador ou professor).
Depois de tudo devidamente respondido, uma senha foi gerada que
no meu caso foi PA 2015011030 (Ano, mês e horário da consulta).
Após encontrar no sistema o que procurava e solicitar ao funcionário
tais documentos, fui informada de que Dossiê de Rubens Paiva, pertence
ao Departamento de Ordem Social e Política (DEOPS), por essa razão, se
fez necessário que eu assinasse um termo de responsabilidade de uso de
informações.
Para qualquer outra pesquisa, ao acessar qualquer terminal de
computadores, ao colocar a senha de acesso, aparecia no canto superior
esquerdo meu nome como identificador de usuário.
Vale ressaltar que no salão de consulta há a presença de duas ou
três pessoas fardadas entre ou usuários que fazem a segurança do
material que está sendo consultado.
4.2 Acessos aos documentos de maneira remota
Como nosso intuito é verificar a privacidade do usuário com a
aplicação do Framework para análise e comparação de estados de
privacidade, também fizemos nossa pesquisa no site do Arquivo Público do
Estado de São Paulo1.
Para a pesquisa de forma remota do material disponibilizado no site,
não se faz necessário à identificação do usuário com seus dados pessoais,
o que somente acontece quando este solicita uma informação através do
menu Fale Conosco, nessa situação o usuário preenche uma ficha
informando seu nome, seu e-mail, seu telefone, e o assunto (em que lhe é
oferecido um menu com os assuntos determinados) e espaço para que
escreva uma mensagem.
1 Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2015.
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Após a pesquisa, como não encontramos nenhuma identificação
aparente, recorremos ao sistema de levantamento de dados desenvolvido
pela PRODESP.
A partir dos dados analisados verificamos nos históricos mensais,
quais os dados referentes à identificação dos usuários eram levantadas
pelo sistema e obtivemos as seguintes informações: número de visitas;
número de páginas visitadas; porcentagens a partir do tempo que o
usuário permanece no site; quais os três sistemas operacionais mais
utilizados pelos usuários; qual Browser mais utilizado; qual a origem de
conecção do usuário quando este está em um link buscador ou em um link
de página externa, quais frases ou palavras que os usuários buscam na
tentativa de encontrar respostas para suas necessidades informacionais.
Após a análise dos dados, verificou-se que, o site do Arquivo Público
do Estado de São Paulo, em suas estatísticas não descreve a procedência
do Protocolo de Internet – IP, que é o protocolo responsável pela a
identificação das máquinas que utilizam o site, portanto não se sabe a
procedência dos aparelhos que acessam o arquivo, isto é, o usuário tem
sua privacidade preservada ao satisfazer suas necessidades informacionais
quando seu acesso é feito de maneira remota.
5 Aplicação do framework proposto por Rubel e Biava
(2014)
O framework para análise e comparação dos estados de privacidade,
foi utilizado para que pudéssemos configurar a privacidade, que neste
caso, foi analisada e comparada a privacidade dos usuários que procuram
o arquivo Público do Estado de São Paulo, para satisfazer suas
necessidades informacionais.
Assim, fizemos a seguinte representação.
P representa um usuário do Arquivo Público do Estado de São Paulo;
O representam as informações sobre o usuário (seus dados pessoais,
histórico familiar, tipo de consulta). Q representa Outras Pessoas.
Dessa maneira, tem se a relação de privacidade de acesso como: α
POQ.
Assim, podemos usar as variáveis de alteração na tecnologia, e
desta maneira, analisá-la com a diferença entre os registros em papel e
registros digitalizados ou registros online.
Papel Digital
α
POQ <
α
POQ
Nesse caso, ao analisá-lo a partir da diferença no tipo de registro,
podemos obter diferentes resultados dependendo das variáveis feitas
como, por exemplo:
a) Presencial Digital Solicitada
α
POQ =
α
POQ
b) Presencial Digital Disponível
α
POQ <
α
POQ
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Na equação a, tanto o usuário que faz sua consulta de forma
presencial como o que faz de maneira remota vão ter o mesmo grau de
privacidade, visto que, ao fazer uma solicitação de acesso é necessária
sua identificação, mesmo que seja solicitado o acesso aos documentos
ostensivos, mas, por alguma razão tais documentos não estejam
disponíveis no site.
Já na equação b, o usuário que optou para a consulta presencial,
terá menor privacidade em relação ao usuário que faz a mesma consulta
no mesmo documento, porém que está em formato digital e
disponibilizado no site, pois, ao estar disponível a informação não vai ser
preciso a identificação do usuário
Se alterarmos a variável tecnologia para a variável tempo, supondo
que na era pré Internet (T1), o Arquivo Público do Estado de São Paulo,
mantinha seus documentos em suportes de papel, estes só podiam ser
solicitados e acessados pessoalmente, em seu espaço físico durante seu
horário de atendimento. A partir de 2003 (T2) com a criação de seu site o
Arquivo passou a disponibilizar seu acervo na ambiência digital e os
documentos disponíveis puderam ser acessados e copiados gratuitamente
por qualquer pessoa da comunidade.
Nesse cenário, acrescentar a variável de tempo (T1 e T2)
representando a relação geral de privacidade do usuário do arquivo à sua
necessidade informacional com relação a outras pessoas:
T1 T2
α
POQ <
α
POQ
A equação acima compara a privacidade dos usuários no período pré
Internet, com o período posterior a 2003. Considerando-se que o usuário
sempre que procura o arquivo em questão preenche uma ficha com seus
dados pessoais, para que a informação possa lhe ser entregue, concluímos
que quando ele faz a busca no site e suas necessidades informacionais
está disponível ele tem maior privacidade, visto que, o IP de sua máquina
não é rastreado e não há identificação do usuário.
Nesse momento, devemos ressaltar que segundo informações em
seu site, já são mais de quatrocentas mil imagens de documentos
digitalizados disponíveis para consulta no site.
5 Considerações finais
O Arquivo Público do Estado de São Paulo ao disponibilizar uma
parte de seu patrimônio documental em seu site está se adaptando ao
ritmo das mudanças ocorridas, criando formas para que a busca, o
acesso, o uso e o reuso do conteúdo digital suscite em um crescente
interesse por parte dos usuários em se envolver com o patrimônio
documental e facilitando a construção do conhecimento.
Norteados pela Lei de Acesso à Informação e pelo direito à
privacidade, buscou-se através da proposição do Rubel e Biava (2014) do
Framework para análise e comparação dos estados de privacidade,
analisar o grau de privacidade dos usuários que procuram o Arquivo
Privacidade do usuário na atividade de busca: o caso do
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Maria José Vicentini Jorente
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Público do Estado de São Paulo em seu espaço físico ou na ambiência
digital para satisfazer suas necessidades informacionais.
Em concordância com os autores, verifica-se que a aplicação do
framework, poderá contribuir para a construção de uma descrição
quantificável de medidas de privacidade, pois, ainda que qualquer relação
de privacidade possa ser descrita de maneira narrativa, ao optarmos por
fazê-la somente dessa forma, corremos o risco de ignorar aspectos
importantes nas relações de privacidade.
E ainda, que a formalização das relações de privacidade nos conduz
a sermos mais precisos, desta maneira, tem-se a clareza sobre quem tem
ou não privacidade; no domínio da informação se as pessoas têm ou não
tem privacidade; qual relação entre pessoa ou pessoas a quem tem ou
não tem privacidade e qual o tipo de privacidade que ela tem ou não tem,
evitando desta forma ambiguidades. (RUBEL; BIAVA, 2014).
Verificamos que o Arquivo Público do Estado de São Paulo, faz o
controle de acesso conforme recomendações da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (2005, p. 56), que sugere: “convém que as regras de
controle de acesso e direitos para cada usuário ou grupos de usuários
sejam expressas claramente na política de controle de acesso” para tanto,
elaborou uma política de acesso que de acordo com a sugestão da
Associação Brasileira de Normas Técnicas como pudemos perceber em
nossa visita presencial, porém nosso objeto de estudo não é a segurança
dos documentos arquivísticos custodiados pelo arquivo público e sim a
análise e comparação da privacidade e dos estados de privacidade do
usuário.
Como resultado da aplicação do Framework, sobre a análise e
comparação de privacidade do usuário do Arquivo Público do Estado de
São Paulo que o procura de maneira presencial ou remota para satisfazer
suas necessidades informacionais o framework nos aponta que o usuário
no momento posterior à 2003, em função da adoção de recursos digitais
tem mais privacidade em seus acessos.
O Arquivo Público do Estado de São Paulo ao se fazer presente na
ambiência digital e ao disponibilizar seu acervo na Web, não só amplia o
conceito de custódia, como possibilita o acesso à informação a muitos
cidadãos, que não teriam como fazer suas buscas e satisfazer suas
necessidades informacionais de maneira presencial, devido às dificuldades
de acesso, distância, custo e tempo, e ainda garante ao usuário de seu
site o direito a preservação de sua privacidade.
Destaca-se que há um longo caminho a ser percorrido e o Arquivo
Público do Estado de São Paulo inicia esse percurso disponibilizando o seu
acervo documental e informacional na Web, a partir de uma prática que
está considerando as possibilidades oferecidas pelas inúmeras formas de
se fazer a mediação cultural e de promover o acesso ampliado às
informações sem deixar de lado questões relevantes sobre a preservação
da privacidade do seu usuário potencial.
Privacidade do usuário na atividade de busca: o caso do
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Ricardo César Gonçalves Santana;
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