1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS – CAMPUS DE MARÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO ANDRÉ YNADA DOS SANTOS REFERENTES E TENDÊNCIAS TEÓRICAS SOBRE ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DE IMAGEM NA ISKO: UMA ANÁLISE DE DOMÍNIO Marília 2018 2 ANDRÉ YNADA DOS SANTOS REFERENTES E TENDÊNCIAS TEÓRICAS SOBRE ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DE IMAGEM NA ISKO: UMA ANÁLISE DE DOMÍNIO Dissertação apresentada ao Programa de Pós - Graduação em Ciência da Informação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – UNESP, como requisito finall para obtenção do título de Mestre em Ciência da Informação. Área de Concentração: Informação, Tecnologia e Conhecimento. Linha de Pesquisa: Produção e Organização da Informação. Orientador: Daniel Martínez-Ávila Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Marília 2018 3 Santos, André Ynada dos. S237r Referentes e tendências teóricas sobre análise e representação de imagem na ISKO: uma análise de domínio / André Ynada dos Santos. – Marília, 2018. 171 f. ; 30 cm. Orientador: Daniel Martínez-Ávila. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, 2018. Bibliografia: f. 47-52 Financiamento: CAPES, CNPq 1. International Society for Knowledge Organization. 2. Bibliometria. 3. Imagens. I. Título. CDD 020.182 Elaboração André Sávio Craveiro Bueno CRB 8/8211 Unesp – Faculdade de Filosofia e Ciências 4 ANDRÉ YNADA DOS SANTOS REFERENTES E TENDÊNCIAS TEÓRICAS SOBRE ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DE IMAGEM NA ISKO: UMA ANÁLISE DE DOMÍNIO Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – UNESP, como requisito final para obtenção do título de Mestre em Ciência da Informação. BANCA EXAMINADORA Orientador: ______________________________________________________ Prof. Dr. Daniel Martínez Ávila Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Filosofia e Ciência – UNESP – Marília/SP. 2º Examinador: ___________________________________________________ Profa. Dra. Maria Claúdia Cabrini Gracio Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Filosofia e Ciência – UNESP – Marília/SP. 3º Examinador: ___________________________________________________ Prof. Dr. Antonio Eleazar Serrano López Universidad Carlos III de Madrid Marília, 18 de maio de 2018. 5 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais, a minha irmã e aos meus avos, Vô Jerson, Vó Joana e o vô Teruo (In memoriam) que sempre me fornecem força e apoio para alcançar meus sonhos, já aproveito para agradecer a Deus pela existência de vocês na minha vida, sem vocês não teria força para ir até o fim. 6 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, por estar na minha vida. Agradeço ao meu professor orientador Daniel Martinez-Ávila, por estar comigo desda minha banca de TCC. Muito obrigado por ter paciência comigo, mesmo eu ficando perdido no trabalho, agradeço pela amizade, ensinamentos e pelos conheselhos me que deu. Não sendo somente um orientador no meio acadêmico, mas sim para a vida. Meus agradecimentos a todos membros do grupo FAPOI, e o José Agusto Chavesd Guimarães a agradeço também a todos membros do grupo Estudos Métricos da Informação, e as professoras Dr. Maria Cláudia Cabrini Grácioe a Ely Francina Tannuri de Oliveira por fazerem parte da minha formação e ajudaram no desenvolvimento deste trabalho. Agradeço aos membros da minha banca, por aceitarem o convite e pelas contribuições, muito obridado Dr. Antonio Eleazar Serrano López e Prof. Dr. Maria Cláudia Cabrini Grácioe. Seria ingrato se não agradecesse aos meus amigos e familiares que deram força e apoio. Aos professores, ao programa de PPGCI e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo fomento das bolsas cedido para o desenvolvimento desta pesquisa. 7 RESUMO Considerando a crescente importância da imagem como elemento de informação, o que pressupõe o desenvolvimento de abordagens cada vez mais acuradas de organização e de representação, no presente trabalho busca-se identificar as formas pelas quais a organização e representação da informação imagética tem sido discutida no âmbito da International Society for Knowledge Organization (ISKO) com o objetivo de verificar quais são os referenciais e as tendências teóricas da análise e da representação da imagem no universo da organização do conhecimento em nível internacional. Para tanto, será analisada a literatura científica oficial da ISKO por meio dos anais dos congressos internacionais e da revista Knowledge Organization, entre os anos de 1990 a 2015. Nesse sentido, serão selecionados os artigos que apresentem o(s) termo(s) image*, picture*, photo*, film*, movie* no título e/ou no resumo, a partir do que se procederá à análise de domínio, a partir das abordagens bibliométrica e epistemológica propostas por Hjørland (2002). Palavras-Chave: Análise e representação de imagem. ISKO. Análise de domínio. Estudos bibliométricos. 8 ABSTRACT Considering the increasing importance of image as an element of information, which presuposes the development of increasingly accurate approaches to organization and representation, the present work aims to identify the ways in which the organization and representation of imagery information has been discussed in the International Society for Knowledge Organization (ISKO) with the objective of verifying the theoretical references and trends of image analysis and representation in the universe of knowledge organization at the international level. In order to achieve this, the official scientific literature of the ISKO is analyzed including the proceedings of the international conferences and the Knowledge Organization journal, from 1990 to 2015. In this sense, I analyzed the articles that present the term (s) image *, picture *, photo *, film *, movie * in the title and/or abstract using domain analysis in the bibliometric and epistemological approaches proposed by Hjørland (2002). Keywords: Analysis and representation of images. ISKO. Domain analysis. Bibliometrics 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 10 1.1Objetivos.......................................................................................................... 12 1.2 Justificativa..................................................................................................... 13 1.3 Metodologia.................................................................................................... 13 2 REFERENTES TEORICOS E CONCEITUAIS.................................................. 17 2.1 Análise e representação de imagem.............................................................. 17 2.2 Análise de domíno.......................................................................................... 20 2.3 Análise bibliométrica....................................................................................... 27 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS................................................... 32 4 CONCLUSÃO................................................................................................... 46 REFERENCIAS..................................................................................................... 48 APÊNDICE A - Ficha dos artigos selecionados da AIKO..................................... 54 APÊNDICE B - Ficha dos artigos selecionados da K.O........................................ 121 10 1 INTRODUÇÃO A Ciência da Informação é um campo voltado para questões ligadas à produção, organização, disseminação e uso da informação. Seu objeto de estudo é a informação em seus atributos; atributos esses que contemplam a natureza, a gênese e os efeitos informacionais (LE COADIC, 1996). Trata-se, em última análise, de uma ciência que estuda e aplica os processos de organização e representação da informação. A organização do conhecimento e da informação, no âmbito dos fazeres da Ciência da Informação, tem como um de seus processos o Tratamento Temático da Informação (T.T.I.), cujos objetivos se constituim a organização, recuperação e disseminação para o uso da informação, gerando com isso, um novo conhecimento (GUIMARÃES, 2003; GUIMARÃES; SALES, 2010). Os objetivos do T.T.I. são a organização, a representação, a disseminação e o uso da informação. De acordo com Fujita, Sousa e Gracioso (2014), o Tratamento Temático da Informação tem como processos a análise documental, a classificação, a catalogação de assuntos e a indexação. Sendo assim, a análise do documento é requisito básico para a organização, representação, disseminação e para atingir o efetivo uso da informação. Hoje em dia, utilizam-se diversos tipos de imagens em todos os campos de conhecimento e esse uso é muito bem aceito pela sociedade, pois através da imagem é possível transmitir informações visuais do mundo, tornando estas um instrumento de pesquisa e conhecimento (AZEVEDO NETTO; FREIRE; PEREIRA, 2004). Dessa forma, a imagem é um documento, uma fonte e um veículo de informação que precisa de tratamento, organização e representação para que possa ser acessado e recuperado, gerando assim, novos conhecimentos (BOTÃO; SOUZA, 2013; MAIMONE, TÁLAMO, 2008; SMIT, 1996;). As imagens são amplamente utilizadas em vários tipos de projetos, tais como publicidade, ilustração de livros e material de impressão, decoração, criação de uma estética adequada com uma variedade de imagens, por exemplo: slides, desenhos etc. (KONKOVA; MACFARLANE, GÖKER, 2016). Com o crescimento da importância da imagem como fonte de informação, verificou-se um desenvolvimento teórico e metodológico relativo à análise documentária de imagens (MANINI, 2002). 11 Contudo, o tratamento temático da informação, especialmente a análise documentária, foi a princípio desenvolvido para documentos textuais. Porém, com o tempo, a análise do documento não se restringiu a documentos textuais, utilizou-se dela também para documentos sonoros, imagéticos etc. Contudo, é reconhecido que deve- se respeitar as características de cada tipologia documental (FUJITA, SOUZA, GRACIOSO, 2014). Nesse sentido, Guimarães (2003, p. 102) destaca que “análise documentária tem como objetivos estabelecer uma ponte entre o usuário e o documento, fornecer subsídios aos processos de disseminação da informação e gerar produtos documentários (resumos e índices)”. Cunha (1989), Maimone e Tálamo (2008) por sua vez, defendem que a análise documentária envolve vários procedimentos para representar o conteúdo do documento, para melhorar e facilitar a recuperação da informação, sempre recorrendo às necessidades dos usuários que geralmente se compõem por uma diversidade de públicos. As atuais técnicas de tratamento de documentos escritos não são apropriadas para analisar imagens (MENARD, 2006), levando em conta também que o comportamento do usuário que busca imagem é totalmente diferente daquele que busca livro ou qualquer outro suporte de documentos escritos (SMIT, 1989). O processo da análise documental no T.T.I. visa a identificação e a descrição do documento (PINTO; GALVEZ, 1996). A descrição do documento é frequentemente assistida e realizada por meio de linguagens documentais, não acrescenta nada ao original ou não altera, essencialmente, o teor do original e sempre estabelece uma relação entre a linguagem do sistema e a linguagem do usuário (MAIMONE; TÁLAMO, 2008). Sendo assim, torna-se comum que os profissionais da informação (bibliotecários, arquivistas, etc.) ainda possuam muitas dúvidas sobre o tratamento de imagens, tendo em vista que em sua formação há uma prioridade para os documentos textuais (SMIT, 2011). No entanto, a análise da imagem tem um conjunto de características que transita entre o discurso visual e verbal, assim é preciso que o profissional da informação tenha competência entre as duas esferas discursivas, nas quais ele tem a função de representar os documentos, facilitando a organização, recuperação, disseminação e o uso da imagem (MAIMONE; TÁLAMO, 2008). 12 Dessa forma, como o tratamento temático da informação documental bibliográfica necessita da análise documental para o tratamento da informação imagética, a fase analítica é essencial. A análise de imagens consiste em passar as linguagens imagéticas para a linguagem verbal. As imagens “transmitem significados, sejam eles explícitos ou não” (MAIMONE; GRACIOSO, 2007, p. 3). Desse modo, são necessários estudos da linguagem documental também para a representação de imagens, no qual o profissional da informação deve ter habilidade e competência para fazer descrição (MAIMONE; GRACIOSO, 2007). O profissional da informação necessita buscar conhecimento para melhorar a análise e a representação da informação imagética. Assim, torna-se importante a criação e uso de metodologias e técnicas específicas de acordo com cada tipologia documental, pois diferentes materiais precisam receber distintos tratamentos. Neste cenário, destataca-se que na representação da informação documental, o referencial teórico está bem consolidado em comparação com a representação de imagens que está defasada devido ao fato de ser um tema com exploração incipiente e restrita (MAIMONE; GRACIOSO, 2007; MAIMONE; TÁLAMO, 2008, 2009). A partir das considerações apresentadas, tem-se como definição do problema a seguinte questão: quais os principais referentes teóricos e tendências consolidadas na análise e representação da imagem no âmbito internacional da organização do conhecimento na ISKO (International Society for Knowledge Organization)? Uma vez que a ISKO é a sociedade científica que constitui o fórum que agrega o que existe de mais significativo em termos de produção de conhecimento nesse vasto campo relativo ao tratamento do conteúdo informacional e organizacional do conhecimento. 1.1 OBJETIVOS A pesquisa tem como objetivo geral identificar o dialógo da questão da organização e representação da informação imagética no universo da ISKO a partir da produção científica oficial, em âmbito internacional, por meio dos congressos internacionais da ISKO e da revista Knowledge Organization (KO) dos anos 1990 a 2016. Em termos específicos, objetiva-se: a) Identificar os fundamentos e os métodos presentes na literatura internacional da ISKO para análise e representação de imagem; b) Identificar aos referentes teóricos de análise e representação da 13 imagem; c) Estabelecer os diálogos e fluxos existentes dessa produção científica em termos de autoria, instituição e contexto geográfico; d) Identificar e analisar os autores mais citados; e) Relacionar tematicamente como se apresenta essa produção. 1.2 JUSTIFICATIVA A presente pesquisa se justifica por fornecer elementos para a consolidação teórica na temática de Análise e Representação da imagem e Sistematização, que se adapta às tendências para o contexto brasileiro. Ressalta-se que esta pesquisa se insere na linha de pesquisa Produção e Organização da Informação do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da UNESP, pois busca também contribuir para o desenvolvimento de referenciais teóricos e aplicados em organização da informação e do conhecimento, em especial, no que se refere à análise e representação da imagem. 1.3. METODOLOGIA O universo desta pesquisa é a International Society of Knowledge Organization – ISKO, sociedade científica que tem como objetivo o desenvolvimento de pesquisas teóricas e conceituais na organização do conhecimento, com a missão de gerar avanço na pesquisa em organização do conhecimento, considerada no âmbito mundial. Portanto, é o âmbito mais significativo para intercâmbio de produção científica em organização do conhecimento. A sociedade foi estabelecida em 1989 por Ingetraut Dahlberg e Daobert Soegel na cidade de Frankfur, Alemanht. A ISKO é uma organização interdisciplinar constituída por pesquisadores da Ciência da Informação, Ciência da Computação, Filosofia, Linguística e outras áreas do conhecimento. Nos congressos da ISKO, os pesquisadores se reúnem para discutir e apresentar as pesquisas que estão realizando ou que realizaram, podendo exercer o intercâmbio de conhecimento. Os congressos da ISKO são divididos em dois: Congresso Internacional e Congressos Regionais. O Congresso Internacional é realizado a cada dois anos, nos anos pares, em países diferentes. Desde a criação, em 1989, até 2016, já foram realizados 14 encontros. Conforme quadro abaixo: 14 Quadro 1 - Congressos internacionais na ISKO. Ano Local Tema 1990 Darmstadt, Alemanha Ferramentas para a organização do conhecimento e a interface humana 1992 Madras, India Paradigmas cognitivos na organização do conhecimento 1994 Copenhagen, Dinamarca Organização do conhecimento e gestão da qualidade 1996 Washington, EUA Organização e mudança de conhecimento 1998 Lille, França Estruturas e relações na organização do conhecimento 2000 Toronto, Canadá Dinamismo e estabilidade na organização do conhecimento 2002 Granada, Espanha Desafios na representação e organização do conhecimento para o século XXI: integração do conhecimento através das fronteiras 2004 Londres, Inglaterra Organização do conhecimento e sociedade global da informação 2006 Viena , Áustria Organização do conhecimento para uma sociedade de aprendizagem global 2008 Montréal, Canadá Cultura e identidade na organização do conhecimento 2010 Roma, Itália Paradigmas e sistemas conceituais na organização do conhecimento 15 2012 Mysore, India. Categories, contexts and relations in knowledge organization 2014 2016 Krakow, Poland Rio de Janeiro, Brasil Organização do conhecimento no século 21: entre padrões históricos e perspectivas futuras Organização do Conhecimento para um mundo sustentável: desafios e perspectivas para o compartilhamento cultural, científico e tecnológico em uma sociedade conectada Fonte: http://www.isko.org/events.html acesso em 24/10/2017 Os Congressos Regionais são eventos nacionais de cada país integrante da ISKO. Atualmente, são 12 ISKO Regionais. Os congressos são realizados a cada dois anos, nos anos ímpares, em seus países de origem. Os países que fazem parte da ISKO são: Brasil, Estados Unidos, Canadá, China, França, Índia, Itália, Espanha, Portugal, Reino Unido, Polônia, Alemanha, Áustria, Suíça, Turquia com Algeria e Marrocos. Estes países entraram na ISKO em anos diferentes. Os trabalhos que são apresentados nos congressos internacionais são publicados nos anais da própria ISKO Internacional. Os anais internacionais têm 13 publicações dos seus respectivos 14 eventos realizados, como apresentados anteriormente. Justifica-se ter uma publicação a menos se compararmos com o número de eventos, pela fato de o volume 1 e 2 estarem em conjunto. Os anais internacionais possuem como título: Advances in knowledge Organization. A Internacional Society of Knowledge Organization disponibiliza esses anais nos suportes físicos ou digitais. Além dos anais da ISKO, a organização tem sua própria revista Knowledge Organization. O periódico Knowledge Organization possui suporte físico e digital. Até no momento da coleta dos dados no ano 2016, foram publicados 43 volumes. Fundada em 1973, pela mesma criadora da ISKO, Ingetraut Dahlberg, a revista iniciou sua publicação em 1974 com o título International Classification. Somente em http://www.isko.org/events.html 16 1989, foi agregada como revista oficial da ISKO. Em 1993 foi alterado o título para Knowledge Organization, no qual permanece até os dias atuais. O tema da revista segue os objetivos da ISKO e somente são publicados nesse periódico artigos originais no tema da organização do conhecimento. A partir da delimitação do corpo de pesquisa, foram recuperados e analisados os artigos com os termos image*, Picture*, photo*, film*, movie* no título e no resumo dos papers de AKO e do periodico Knowledge Organization dos anos de 1994 a 2016, para identificar a temática que pesquisam sobre imagem dentro do universo da organização da informação, mais especificamente, análise e representação de imagem. Uma vez identificados os artigos, estes foram objetos de análise de domínio no que se refere à abordagem bibliométrica e epistemológica. Na segunda fase da pesquisa, foi realizada a leitura de todos os artigos identificados com os termos e foram selecionados os artigos que, no conteúdo, abordam a análise e representação de imagem. Assim, foram agrupados os conteúdos em comum sobre análise de imagem, para identificar os assuntos mais abordados dentro dessa temática. Em seguida, na etapa de que concerne à caracterização do domínio, realizou-se uma análise bibliométrica, mais especificamente, no que se refere à análise des citações a partir dos artigos que abordam, no conteúdo, a análise e representação de imagem, de modo a identificar dialógos, correntes teóricas, entre outros. Para melhor visualização das redes das análises de citações, utilizou-se o software PAJEK, que permite visualizar e discutir os referentes teóricos identificados. 17 2 Referente Teóricos e Conceituais 2.1 Análise e Representação da Imagem As imagens têm uma grande importância na humanidade. Começou na pré- história com desenhos feitos nas paredes, evoluindo até chegar as imagens de 4 dimensões. Hoje, a imagem é utilizada por todos e em todos campos, tais como áreas de história, medicina, pesquisa, jornalismo entre outras ou somente para registro de memória. “É banal falar de civilização da imagem, mas essa expressão revela bem o sentimento generalizado de se viver em um mundo onde as imagens são cada vez mais numerosas, mas também cada vez mais diversificadas e mais intercambiáveis” (AUMONT, 2002, p.13). A imagem é um instrumento de expressão e comunicação. É considerada como uma linguagem, por ela traz uma mensagem para outro, esse outro pode ser até o próprio autor (JOLY, 2007). A linguagem da imagem é visual, por meios de signos. Joly (2007) afirma que a imagem representa algo, que não seja sempre o visível, tornando visível algumas características ao visual, mas tudo depende da produção de um sujeito: imaginária ou concreta, a imagem passa por alguém, que a produz ou a reconhece. Já a imagem materializada é vista como representações visuais planas que envolvem desde pintura, fotografia, cinema, desenho, gravuras televisões entre outras que surgiram com o avanço da tecnologia, todavia para estudar a temática imagem não se pode deixar de considerar a essência da imagem (AUMONT, 2002). Aumont (2002) afirma que: A imagem tem inúmeras atualizações potenciais, algumas se dirigem aos sentidos, outras unicamente ao intelecto, como quando se fala do poder que certas palavras têm de “produzir imagem”, por uso metafórico, por exemplo (p.13). A imagem gera uma informação visual que pode ser interpretada e gerar outras informações. Sendo assim, para que Ciência da Informação possa realizar seu papel de organização, recuperação e disseminação para o uso da informação, gerando um novo conhecimento, é necessário realizar o tratamento temático da imagem, que utiliza outras metodologias diferentes daquela para o objeto bibliográfico. 18 A representação da imagem tem como objetivo promover a organização, recuperação e disseminação, assim como qualquer outro documento. Sua representação é realizada por meio de análise documental para a identificação e seleção de termosque descrevam o conteúdo informacional. A análise documental é divida em três etapas: a primeira é a compreensão do conteúdo do documento, a segunda identificação dos conceitos que representam o conteúdo informacional do documento e por último a seleção de palavras de conceitos (FUJITA, 2003). Para realizar a primeira etapa da análise documental é necessário realizar uma leitura, a partir da qual se compreende o conteúdo e identifica os conceitos que irá melhor representá-la. Porém, a leitura documental de uma imagem não é a mesma que se realiza em um documento em suporte livro, pois na imagem a informação está intrínseca. Sendo assim, Shatford (1986) propõe que a imagem seja analisada através das perguntas: “de que trata a imagem” e “sobre o que trata a imagem?” Por meios dessas perguntas metodológicas é possível extrair o conteúdo da imagem. De acordo com Smit (1996), a pergunta que tem que ser feita “sobre o que é?” é mais ampla, subjetiva e cultural. Já a pergunta de “que é?” é mais pragmática, objetiva. Dentro dessa categoria existem duas subdivisões a específica e a genérica. Smit (1996) detalha as categorias desenvolvidas por Ginette Blery. As categorias são Quem?, Onde?, Quando? e Como?. Essas categorias são formadas por meios de perguntas e as informações extraídas para respondê-las ajudarão na formação de palavras-chave para a recuperação da imagem. A categoria “Quem?” destina-se a identificar coisas animadas, seres vivos e substantivos concretos e abstratos. A categoria “onde” busca extrair informações de lugares onde a imagem está representada. A categoria “quando?” tem a finalidade de indicar o período, tempo e datas. Essas categorias formadas por perguntas devem atingir o objetivo da análise documental, que é representar o documento para que possa ser recuperada pelos usuários, sem ter a necessidade de o usuário ter o documento na mão para tomar uma decisão sobre ele. Sendo assim, a análise documental deve ser realizada por meio de métodos de estudos na Ciência da Informação e por meio de análise documental de documentos bibliográficos que já está bem consolidada, comparando-o com a representação de imagens que está defasada devido ao fato 19 de ser um tema com exploração incipiente e restrita (MAIMONE; TÁLAMO, 2008, 2009), como anteriormente mencionado. Destaca-se, todavia, que Jorgensen (1996) considera que à indexação de imagem é inferior a indexação de material bibliográfico, pois com a imagem é possível realizar várias interpretações, não exististindo, assim, uma interpretação correta da imagem. Desse modo, indexá-las baseando-se em suporte de material bibliográfico é algo muito difícil e insuperável. Arastoopoor (2012) afirma que, realmente, é difícil indexar adequadamente uma imagem por meios de termos. 20 2.2 Análise de domínio A análise de domínio proporciona a caracterização e avaliação da ciência, pois permite encontrar as condições pelas quais o conhecimento científico se constrói e socializa. Entres autores que trabalham com análise de domínio, destacam-se são Hjørland & Albrachtsen (1995), Hjørland (2002, 2004, 2017), Moya Anegón & Herrero Solana (2002), Tennis (2003), Smiraglia (2011, 2012, 2015). Birger Hjørland junto com Hanne Albrechtsen foram os primeiros pesquisadores a utilizar a Análise de Domínio na área da Ciência da Informação em 1995, no artigo Toward a new horizon in Information Science: domain-analysis, no periódico Journal of the American Society for Information Science. Segundo Smiraglia (2011), a análise de domínio é um estudo da evolução dos discursos apresentados em um período por uma comunidade que partilha a divisão do trabalho. Com a análise de domínio, é possível ver como determinado domínio do conhecimento vem evoluindo nos aspectos teóricos e como interagem em diferentes comunidades discursivas em diferentes lugares gerando novos conhecimentos. Danuello afirma que essa análise é “a melhor maneira de se entender a informação na Ciência da Informação. [...]” (DANUELLO, 2007, p.50). Avaliar a evolução nos aspectos teóricos e como interagem em diferentes comunidades discursivas é importante, pois a produção científica traz a confirmação de teorias que já estão consolidadas ou problemas de outros pesquisadores que, ao discordam ou concordam um com outro, geram novas teorias e nova visão, proporcionando uma nova abordagem (SANTAREM, 2010). Desse modo, consideram que a análise de domínio revela a interação das comunidades discursivas por meio das observações pragmáticas de seus membros e a interação social entre eles, bem como a interpretação do contexto que estão inseridos e seu uso. Com isso, a análise de domínio identifica as categorias fundamentais do domínio e, também, aspectos relevantes para a área, pois é fundamental para construir um sistema de organização do conhecimento (GUIMARÃES; TOGNOLI, 2015) Guimarães e Tognoli (2015) mostram a importância do estudo realizado com a metodologia que da análise de domínio: Análise de domínio é especialmente importante para pesquisas sobre organização do conhecimento, particularmente no que diz respeito a estudos sobre a configuração epistemológica da área, o social processos que permeiam a construção da área (por exemplo, 21 produção e comunicação científica) e também ao desenvolvimento de sistemas de organização do conhecimento (como linguagens de indexação, por exemplo) porque este aspecto proporcionará uma abordagem cada vez mais contextual, de acordo com os valores inerentes à sua produção e uso sem desconsiderar os elementos idiossincráticos que permeiam todo o processo de organização propriamente dito (GUIMARÃES; TOGNOLI, 2015, p. 563). Para melhor entender um determinado domínio, é necessário compreender o seu funcionamento, como que ele interage no universo científico, sua epistemologia, avaliar o seu meio de produção, organização e o uso do conhecimento. É necessário analisar todo o contexto que está inserido, pois cada área do conhecimento se desenvolve diferentemente e não tem como ignorar esses aspectos para que seja estudado e compreendido. Danuello (2007; 2014) destaca que a análise de domínio permite identificar o grau da importância e significância em um campo do conhecimento humano, revelando elementos que analisam um contexto científico, assim como “tendências, padrões, objetos (pessoas), processos e relacionamentos existentes” (DANUELLO, 2007, p. 50). O mapeamento da evolução e transformação da ciência ao longo do tempo é realizado por meio da análise de domínio, que é um método eficiente para visualizar a grande quantidade de temas e subtemas de pesquisa e auxiliar na identificação das tendências e as direções na pesquisa (RAGHAVAN; APOORVA; JIVRAJANI, 2015). Já vimos as características e os conceitos de análise de domínio, mas afinal o que é um domínio? Para Oliveira (2013, p.26) “um domínio pode ser uma disciplina científica, uma área do conhecimento científico ou uma comunidade discursiva que pode estar relacionada a um partido político, a uma religião ou a um grupo qualquer”. Em um trabalho mais recente, Lima (2015) define domínio como uma característica dada a uma comunidade de discurso vinculada a um âmbito qualquer em que se desenvolve uma atividade. Um domínio é um conjunto de atores que compartilham a a divisão do trablho, comum. No ramo da ciência, desde uma disciplina ou especialidade científica corresponde um domínio temático. O domínio é um conjunto de discursos, pressupostos teóricos, consenso epistemológicos em comum que conversam entre si sobre abordagens metodológicas e semânticas sociais (SMIRAGLIA, 2012; SMIRAGLIA; LÓPES- 22 HUERTAS, 2015). Hjørland e Hartel (2003) afirmam que os domínios são constituídos por dimensões ontológicas e conceitos epistemológicos e sociológicos. Em 2018, Oliveira define o domínio como: uma área de conhecimento, atividade, interesse, em que se demarca algum conhecimento com limites definidos, com profissionais ou grupos articulados em pensamento e em linguagem. Dentro da Análise de Domínio, procura-se uma integração do indivíduo, extrapolando as abordagens cognitivistas para o contexto social das comunidades nas quais aquele indivíduo se insere. Assim, os conceitos de informação passam a ter sentido dentro no compartilhamento das diversas comunidades e seus membros (OLIVEIRA, 2018, p.49) Vários pesquisadores definiram o conceito de domínio, podemos afirmar que um domínio dentro da ciência da informação é um conjunto de atividades em comum que relacionam, tais como uma disciplina de uma área, um discurso de um tema, que os pesquisadores que têm os mesmos objetivos e compartilham algo em comum. Existem vários domínios e dentro de um domínio pode existir outros domínios menores no qual vai se ramificando. Sendo assim tem a possibilidade de existirem vários domínios. Em Tennis (2003) no seu artigo Two axes of Domains for Domain Analysis, propôs a utilização de dois eixos para definir o domínio. O motivo para o domínio ser bem definido é pelo fato que ele pode ser usado por mais de um pesquisador, sendo assim, tem a necessidade de deixar bem claro a compreensão do objeto de análise de domínio. Os dois eixos são Área de modulação e Grau de Especialidade. Área de modulação define a extensão da abrangência do domínio, é o alcance do domínio, é neste eixo que é determinado o início e o fim do domínio analisado, é determinado o que estão excluídos e define o nome do domínio. Já o eixo de Grau de Especialidade define a intenção de um domínio, é a profundidade do campo do domínio, isto é, o grau de especificação, quanto mais profundo mais específico é o domínio. Esse eixo de Grau de Especialidade determina o foco e posicionamento entre outros domínios. Por meio da interseção é gerado um novo domínio (TENNIS, 2003). Tennis (2003) propôs uma maneira de delinear e definir um domínio usando dois eixos e um total de quatro parâmetros: extensão, nomeação, foco e interseção. Podemos perceber a importância dos eixos para definir o domínio, pois com eles será bem determinado o escopo total, a amplitude, o nome, a qualificação e a 23 especificidade através do foco; para assim, quando outro pesquisador for analisar o mesmo domínio, estará bem específico e claro qual foi o domínio analisado. Porém Hjørland (2017, p. 446) considera que a difivisão de em dois eixos em Tennis (2003), “sugere uma determinação a priori de um domínio que é simplesmente impossível do ponto de vista hermenêutico”, combora seja é necessário determinar com clareza o objetivo da análise, que é importante. Ainda Hjørland (2017) afirma seleção do domínio deve ser justificada, mesmo que a maoria é implícita, inconsciente e influenciada pelas fontes ou também pela cultura do pesquisador que irá fazer a análise de domínio, ele deixa claro também que a justificação não é uma teoria da análise. Para realizar a análise de domínio, é necessário que o pesquisador tenha conhecimento profundo e amplo sobre o domínio que irá analisar, isso implica que não existe neutralidade na análise de domínio, pois suportará algumas visões à custa de outras. É por esta razão que se faz necessário tomar a visão dominante para o ponto de partida e examinar suas implicações e suposições filosóficas (Hjørland, 2017). Para realizar a análise de Domínio, Hjørland (2002) apresentou 11 abordagens: 1) Produção de guias de literatura; Os guias de literatura são documentos que descrevem e listam de forma organizada as fontes de informações de acordo com os tipos e funções de cada área. A função da guia de literatura é orientar o usuário e até o próprio bibliotecário na busca de informações por meio das entradas bibliográficas, pois ele fornece os pontos fortes e fracos das bibliografias, assim como as descrições dos trabalhos. Fornecer entradas bibliográficas, recuper e selecionar os melhores trabalhos de um determinado domínio que cumpre sua necessidade informacional. A abordagem produção de Guias de Literatura deve trabalhar em conjunto com outras abordagens para realizar a análise de domínio; tais como: Construção e elaboração de classificações especiais e tesauros, Estudo epistemológico e crítico e Estrutura e instituições em comunicação científica. 2) Elaboração de classificação especial e tesauro; Com a classificação e tesouro é possível identificar categorias e conceitos de uma forma organizada em estrutura lógica de um determinado domínio, assim como as relações semânticas entre os conceitos, relações genéricas e as sinonímias. 24 Os tesauros são instrumentos de vocabulários controlados e específicos de domínio. A estrutura e a organização do tesauro podem ser consideradas como uma forma de análise de domínio. A abordagem Construção e elaboração de classificação e tesauro trabalham em conjunto com outras abordagens tais como: Indexação e recuperação da informação, Estudos bibliométricos, Estudos históricos, Estudos epistemológicos e críticos e Estudos terminológicos, línguas para fins especiais. 3) Indexação e recuperação da informação; Pesquisas sobre indexação, representação de documentos e a recuperação, são capaz de avaliar práticas e melhorá-las. Se isso não for feito, torna-se difícil argumentar para pesquisas futuras nesta área. Muitas vezes, especialistas em bibliotecas sentem falta de assunto adequado para uma área. Para reivindicar a existência do campo como um campo de estudo sério, no entanto, é necessário desenvolver conhecimento de assunto suficiente. 4) Estudo empírico dos usuários; Como estudos empíricos de usuários é possível extrair informações importantes sobre o comportamento informacional de diferentes grupos, facilitando a análise de domínio. Assim como outras abordagens anteriores que trabalham em conjunto com outras, o Estudo empírico dos usuários também pode trabalhar com outras abordagens como Estudo bibliométrico; Estudo epistemológico e crítico; e Estudo de estrutura e instituições em comunicação científica. 5) Estudo bibliométrico; O estudo bibliométrico permite mapear a ciência e identificar pesquisadores, instituições, correntes teóricas de diferentes áreas por meio das análises de citação e colaboração científica. Possibilita também identificar os anos que mais produziram ciência, indicadores. O estudo bibliométrico pode ser combinado com outras abordagens como Estudo histórico e Estudo epistemológico e crítico. Por ser a abordagem utilizada nesta pesquisa, o próximo capítulo traz mais características e detalhes dessa abordagem do Estudo Bibliométrico. 6) Estudo histórico; Com o estudo histórico, busca-se mostrar o desenvolvimento das terminologias, categorias, literaturas, gênero do documento, estrutura dos diversos 25 tipos de documentos de um determinado domínio estudado. Esse estudo pode ser realizado juntamente com o Estudo de documentos e gêneros. 7) Estudo de documentos e gêneros; Existem vários tipos de documentos para diferentes informações tais como na música utilizam-se folhas de músicas, na geografia, os mapa e atlas, no direito, os códigos, doutrina, legislação, na astronomia utilizam-se os almanaques e na psicologia os testes, assim por adiante. Por isso, a importância de estudar os diferentes tipos de documentos e estilos, pois a forma dos documentos reflete a especificidade dos diferentes domínios. Como uma abordagem para análise de domínio, ela deve ser combinada com outras abordagens, por exemplo: Pesquisa sobre indexação e recuperação de especialidades; Estudos históricos; e Estudos epistemológicos e críticos. 8) Estudo epistemológico e crítico; Com o estudo epistemológico e crítico, tem-se a finalidade de organizar as abordagens do conhecimento e teorias. A epistemologia é a uma disciplina da filosofia, porém, não só se limita à filosofia. Na ciência da informação, a epistemologia é vista como geração e interpretação da experiência científica e seus pressupostos. Estudos epistemológicos analisam os pressupostos explícitos ou implícitos das tradições de pesquisa, classificados em cinco categorias, segundo Hjørland (2002): (1) empirismo / positivismo; (2) racionalismo; (3) historiologia / hermenêutica / fenomenologia; (4) pragmatismo / funcionalismo / marxismo / feminismo; (5) eclecticismo, pós-modernismo e ceticismo. Essas categorias fornecem conhecimentos para orientação, seleção, organização e recuperação da informação. Estudos Epistemológicos e críticos geralmente são combinados com estudo histórico. 9) Estudo terminológico, linguagem para propósitos específicos (LSP), semântica de bases de dados e estudos de discursos; Terminologia e linguagem são elementos importantes dentro da Ciência da Informação para desenvolver instrumentos e processos de organização e recuperação da informação. O estudo terminológico e de linguagem para propósitos 26 específicos fornece conhecimento da linguagem e da terminologia de um determinado domínio. Esses estudos podem ser realizados com estudo bibliométrico, estudo histórico e estudo epistemológico e crítico. 10) Estruturas e instituições da comunicação científica; Com o estudo das estruturas e instituições da comunicação científica é organizado os atores e instituições, conforme a divisão do trabalho no domínio e realizado o compartilhamento de informações importantes para a compreensão das funções dos tipos de documentos, ajudando assim na construção de guias de literatura. É um estudo que pode enriquecido quando associado com o estudo bibliométrico. 11) Cognição científica, conhecimento especializado e inteligência artificial. O estudo da Cognição científica, conhecimento especializado e inteligência artificial teve origem na ciência da computação. Porém, também pode se aplicar na ciência da informação, pois esse estudo estabelece modelos mentais de um domínio ou métodos para obter conhecimento para a produção de sistemas especializados. Em 2017, Hjørland (2017) concorda com Smiraglia (2015) que acrescenta mais duas abordagens semânticas de banco de dados e abordagem análise de discurso, Concorda também com Guimarãe e Tognoli (2015) que sugere a abordagem princípio da proveniência. A abordagem da proveniência assegura que o contexto de criação dos documentos seja mantido na ordem que foi criado pela instituição, analisando os documentos pela ordem original e no conjunto e não somento individualizado (GUIMARÃES; TOGNOLI, 2015). Hjørland (2002) destaca que as 11 abordagens podem ser combinadas a fim de fortalecer entre a pesquisa e a prática e identificar conhecimento mais aprofundado e mais satisfatório. Dentre as abordagens apresentadas, esta pesquisa utiliza o aporte dos, estudos bibliométricos, tema da pesquisa ora apresentada e, que muitas vezes, confunde-se com a análise de domínio que, como pudemos verificar, é um estudo mais amplo e complexo. 27 2.3 Análise bibliométrica Estudo Bibliométrico é uma abordagem com grande importância para a análise de domínio, pois possui a competência de organizar padrões sociológicos de reconhecimento explícito em documentos individuais (DANUELLO, 2007; HJØRLAND; ALBRECHTESEN, 1995; GUIMARÃES; PINHO; FERREIRA, 2012). É por meio do estudo métrico que se permite evidenciar o comportamento científico seja nacional ou internacional (NORANH; MARICATO, 2008). Esse estudo é fundamentado na sociologia da ciência, ciência da informação, matemática, estatística e computação, com os métodos de análises e fundamentados em recusos quantitativos (GRÁCIO; OLIVEIRA, 2017). De acordo com Araújo (2006), os estudos bibliométricos só se difundiram na década de 70 no Brasil. O Instituto Brasileiro de Informação Científica e Tecnológica – IBCIT foi o principal instituto que realizou estudos bibliométricos que, naquela época, tinha nome de Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação – IBBD. Com o estudo bibliométrico é possível definir os maiores produtores da informação, identificando os países, instituições e pesquisadores (OLIVEIRA, 1996). Com esse estudo, identificam-se os temas mais pesquisados em determinada época em determinadas comunidades científicas, verificam-se os anos mais produtivos, o comportamento e também analisa-se a qualidade das publicações (FERREIRA, 2010). Para melhor consolidar as considerações anteriores, Oliveira e Grácio afirmam que: as análises bibliométricas têm se mostrado procedimentos tangíveis e confiáveis, que utilizam indicadores de produções, ligação e citação, explicando, além da produtividade, a relevância e impacto de autores, periódicos, instituições, grupos ou países nas diferentes áreas do conhecimento. (OLIVEIRA; GRÁCIO, 2011, p. 18) O termo Bibliometria surgiu em 1934 no tratado da Documentação pelo Paul Otlet (FERREIRA, 2010). O estudo bibliométrico nem sempre foi voltado para o universo de pesquisa acadêmica. Surgiu com o objetivo voltado para a medida de livros, quantificar as edições e exemplares, a quantidade de palavras, espaços tomados pelos livros nas bibliotecas. Porém, foi passando para o rumo da produção bibliográfica, como artigos de periódicos, entre outras produções bibliográficas. Por fim, a atenção do estudo bibliométrico foi para produtividade de autores e de estudos de citação (ARAÚJO, 2006). 28 Freitas (2017) afirma que entender o comportamento da literatura científica, em relação a temáticas, autores, instituições, colaborações têm sido relevante para o entendimento do domínio e construção de políticas de informações. Ainda sobre o conceito de bibliometria, Spinak (1998, p.143) afirma que “a bibliometria estuda a organização dos setores científico e tecnológico a partir das fontes bibliográficas e patenteadas para identificar os atores, seus relacionamentos e suas tendências” [...] “a bibliometria está preocupada com a produção científica e utilidade”. Nsse mesmo trabalho, Spinak (1998) identifica as aplicações da bibliometria, cienciométricas e informétricas: • Identificar tendências e crescimento do conhecimento em um domínio; • Identificar os periódicos principais de um domínio; • Identificar os usuários de uma área específica; • Identificar os autores do domínio estudado; • Prever tendências de pesquisa; • Medir a utilização da disseminação seletiva de informações; • Formular políticas de compras para desenvolvimento de coleções; • Adaptar as políticas de eliminação de resíduos para publicações; • Estudar a dispersão e obsolescência da literatura científica; • Preditar a produtividade dos editores, autores individuais, organizações e países. Os estudos bibliométricos permitem idenficar os pesquisadores e temas que são mais valorizados e de melhor qualidade de uma área científica por meio da análise da intensidade da produção e da contagem de citação em derminado período (GRÁCIO; OLIVEIRA, 2017). Vanti (2002) também mostra algumas possibilidades de aplicação da bibliometria, cienciometria e informetria. Entre elas, as aplicáveis a esta pesquisa científica são: • Análise de citação e cocitação; • Mensurar o grau e padrões de colaboração entre autores; • Determinar o desempenho de sistemas de recuperação da informação; • Medir o crescimento de determinadas áreas e o surgimento de novos temas. Aos procedimentos quantitativos, e estatísticos que avaliam e medem os índices de produção e também a disseminação do conhecimento científico denominam-se a bibliometria, portanto para conseguir esse estudo utiliza-se da análise de citação, no qual é a área mais importante dentro da bibliometria (ARAÚJO, 2006). 29 Como podemos perceber, a análise de citação é uma área do estudo bibliométricos utilizada para alcançar os objetivos propostos, visto que: Os estudos de citação são uma importante ferramenta para o entendimento dos processos de comunicação científica nas diferentes áreas do conhecimento humano. Eles nos permitem mapear um campo emergente ou consolidado, identificar seus principais atores e as relações que se estabelecem entre eles e identificar uma série de características do comportamento de uso da informação recuperada. Assim, os estudos de citação constituem um importante indicador da atividade científica, pois contribuem para entender a estrutura e o desenvolvimento da ciência e também identificam as regularidades básicas de seu funcionamento (VANZ; CAREGNATO, 2003, p. 255). Segundo Araújo (2006) e Vanz e Caregnato (2003), A análise de citação permite identificar e descrever os padrões em uma litaratura científica e para medir o seu impacto na produção científica, tais como: autores, periódicos mais citados, mais produtivos, fator de impacto de periódicos e autores, bem como identifica os países, instituições dos autores mais influentes; a idade média da literatura utilizada, obsolescência da leitura que compõe um campo, área, um domínio do conhecimento. O conjunto de referências nos trabalhos científicos pode ser visto como reflexo de uma comunidade discursiva “na medida em que explicita os autores reconhecidos e reconhecidos por uma comunidade, retratando característica do domínio”, através da análise das frequências de citações podendo ser autores ou documentos e das frequências de cocitação (GRÁCIO; OLIVEIRA. 2014, p.5). Além disso, permite idenficar conjuntos de cientistas e suas publicações, para evidenciar os pesquisadores de maior impacto de uma determinada área cientifica, mostrando as teorias e metodologias utilizadas (GLÄNZEL, 2003). Já vimos a importância da análise de citação para entender um domínio. Porém o que leva um pesquisador a citar outro trabalho? Qual a razão para um autor escolher um determinado trabalho e não outro? Como é realizada a seleção das referências no trabalho? Cesar A. Macias-Chapula realizou um trabalho, publicado em 1998, no periódico Ciência da Informação com o título: O papel da informetria e da cienciometria e sua perspectiva nacional e internacional, que pretendeu responder estas perguntas relacionadas à citação, com as 15 funções específicas associadas ao ato de citar um trabalho: 30 1. prestar homenagem aos pioneiros; 2. dar crédito para trabalhos relacionados; 3. identificar metodologia, equipamento etc.; 4. oferecer leitura básica; 5. retificar o próprio trabalho; 6. retificar o trabalho de outros; 7. analisar trabalhos anteriores; 8. sustentar declarações; 9. informar aos pesquisadores de trabalhos futuros; 10. dar destaque a trabalhos pouco disseminados, inadequadamente indexados ou desconhecidos (não citados); 11. validar dados e categorias de constantes físicas e de fatos etc.; 12. identificar publicações originais nas quais uma idéia ou um conceito são discutidos; 13. identificar publicações originais que descrevem conceitos ou termos epônimos, por exemplo, Mal de Hodgkin; 14. contestar trabalhos ou idéias de outros; 15. debater a primazia das declarações de outros. (MACIAS-CHAPULA, 1998, p.136) Perceber se que ato de citar envolve muitos aspectos desde psicológicos, sociológicos, políticos. Nesse contexto, a literatura das referências de um trabalho científico, permite conhecer características do autor e do ambiente em que atua. Além disso, é nas referências que irá encontrar outros trabalhos importantes, no qual poderá buscar mais informações para entender o tema estudado. Percebe-se que a “análise de citação contribui para o entendimento de uma comunidade científica e contribui para a construção da rede de associações de significados, explicitando a comunicação e o relacionamento entre seus pesquisadores” (GRÁCIO; OLIVEIRA, 2012, p.102). Utiliza-se a análise de citação e de redes sociais como “subsídio à identificação, visualização e maior compreensão do universo de marcos teóricos e escolas teóricas que permeiam em um dado domínio científico (GUIMARÃES; PINHO; FERREIRA, 2012, p. 35). Portanto, torna- se um procedimento importante a partir da análise quali-quantitativa, para fins de melhor compreender o universo epistemológico em uma determinada área de um domínio do conhecimento. Segundo Smiraglia (2011), as citações definem o domínio. Mueller afirma que as citações são componentes de indicadores diversos tais como a comparação entre autores, texto, mensurar vários aspectos da atividade cientifíca. Quando realiza – se uma análise de citação é identificar possivel elite ou 31 padrões de uso e impacto, grupos de autores, revista centrais de uma área ou até caracterizar a literatura estudada em termos de idade e uso. A Análise de citações tem técnicas simples de contagem e porcentagem a estudo de correlção, regressão e outras técnicas mais elaboradas (MUELLER, 2012). Oliveira afima que os indicadores básicos de produção são contituídos por meio da contagem do número de publicações do pesquisador, grupo de pesquisa, instuição de pesquisa ou país que pertencem os autores e instituições no qual objetivam a medir seu impacto junto à comunidade científica que pertecem, permitindo a visibilidade dos pesquisadores que mais produzem e as temáticas mais destacadas de uma área do conhecimento. Já os indicadores de ligação, baseados em trabalhos em coautoria em citações pareadas, são utilizados para mapear e construir redes de colaboração científica e citação entre os pesquisadores, instituições ou países. Mediante os indicadores de ligações são formadas as redes sociais de comunicação científica, assim, pode-se aplicar a metodologia de análise de redes sociais para identificar e analisar as estruturas sociais, cognitivas e o comportamento de um determinado domínio. (OLIVEIRA, 2018). 32 3 Apresentação e Análise dos resultados As comunicações e conferências dos eventos realizados pela ISKO- Internacional totalizaram 726 trabalhos. Destes, 33 artigos na AKO foram recuperados com os termos definidos nos procedimentos da pesquisa, e na revista KO foram recuperados 21 artigos, totalizando 54 artigos com os termos. As tabelas 1 e 2 apresentam a totalidade destes resultados, por ano. TABELA 1- Corpus de análise da pesquisa dos papers de AIKO Ano Total de artigos publicados Quantidade de artigos com os termos Quantidade de artigos selecionados 1994 53 1 1 1996 47 3 3 1998 53 3 3 2000 59 2 1 2002 80 2 1 2004 55 4 2 2006 51 4 1 2008 57 4 1 2010 60 3 1 2012 64 5 2 2014 76 2 2 2016 71 2 1 Total 726 33 19 Fonte: elaborado pelo autor 33 TABELA 2 - Corpus de análise da pesquisa do Periódico Knowledge Organization Ano Quantidade de todos os artigos Quantidade de artigos com os termos Quantidade de artigos selecionados 1993 17 4 1 1994 15 1 0 1996 18 1 0 1998 9 1 0 2004 15 1 0 2006 13 1 0 2007 13 2 1 2010 24 1 1 2011 23 2 2 2013 25 3 1 2014 21 2 2 2016 55 2 2 Total 248 21 10 Fonte: elaborado pelo autor Após a recuperação dos 54 artigos com os termos, foi realizada uma leitura para identificar o assunto abordado nos artigos, excluir os artigos que no assunto não abordaram a análise e representação da imagem, resultando 19 artigos na AIKO e no KO foram selecionados semente 10 artigos, totalizando 29 artigos que foram analisados. 34 A partir dos 29 artigos analisados, identificaram os 34 autores responsáveis pelas pesquisas na temática de imagem dentro da organização do conhecimento que publicaram na ISKO. Desses 34 autores, somente 8 pesquisadores tiveram mais que um trabalho publicado, conforme mostra a Figura 1: Figura1: Rede de coautoria nos 29 artigos por autores dos papers de AIKO e da KO Fonte: elaborado pelo autor Na Figura 1, os círculos são proporcionais à produção dos respectivos autores, ou seja, os pesquisadores com círculos maiores são os que mais produziram e os segmentos de reta identificam as coautorias entre eles. Os autores que mais produziram foram Elaine Ménard com cinco trabalhos, seguida de Andrew Macfarlane e Pauline Rafferty com três trabalhos publicados e na sequência, os autores com dois trabalhos publicados, a saber: Widad Mustafa El Hadi, Ayşe Göker, Rob Hidderley, Elin. K. Jacob and Elena Konkova. Ainda, a partir da figura 1, podemos ver 24 autores que têm ligação entre eles, isso significa que esses autores trabalham em coautoria. Os autores Ayse Göker; Rob Hidderley; Elin K. Jacob e Elena Konkova publicaram dois trabalhos em parceria, e um desses trabalhos tem a participação de Richard Butterworth. Outros autores que publicaram mais que um trabalho em conjunto são Pauline Rafferty e Rob Hidderley. 35 A pesquisadora francesa Widad Mustafa El Hadi e Elin K. Jacob tiveram mais de um trabalho publicado em coautoria, porém com pesquisadores diferentes, como podemos ver na Figura 1, Widad Mustafa El Hadi publicou com Maja Žumer e com os dois únicos pesquisadores brasileiros: Marcilio Brito e Simone Bastos Vieira. Outro trabalho realizado da Widad Mustafa El Hadi foi com Laurence Favier. Já Elin K. Jacob realizou a pesquisa com Debora Shaw e Caroline Beebe com trabalhos separados um do outro. Já os restantes dos trabalhos em coautoria foram realizados em dupla, tais como Francisco Javier Garia-Marco com Carmem Agustin; Antonio Garcia Jiménez; com Felix del Valle Gastaminza; Hemalata Iyer; Amber D'ambrosio; e Elaine Ménard e Jonathan Dorey. A Tabela 3 apresenta a tipo de autoria nos artigos analisados, em que se observa que a maioria (61%), sendo assim há muitos pesquisadores que realizam trabalhos sem colaboração. TABELA 3 – Distribuição dos artigos por autoria Autoria Artigos Frequência relativa (%) Individual 16 61% Dupla 10 33% Tripla 2 3% Quadupla 1 3% Total: 27 100% Fonte: elaborado pelo autor Os 34 autores do universo de pesquisa dos artigos pertencem a 13 países distintos, entre eles estão Alemanha, Brasil, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Irã, México e Suécia. Destes 11 países os mais produtivos foram 7 países diferentes. Como podemos ver na tabela 4: TABELA 4 – Distribuição geográfica dos pesquisadores Países Quantidade de pesquisadores 36 Alemanha 1 Brasil 2 Canadá 2 Dinamarca 1 Escócia 1 Eslovênia 1 Espanha 4 Estados Unidos 10 França 3 Inglaterra 5 Iran 2 México 1 Suécia 1 Total 34 Fonte: elaborado pelo autor Na Tabela 4 podemos observar que o Estados Unidos é o país que tem mais pesquisadores escrevendo sobre análise e representação de imagem e logo em seguida Inglaterra, França e Canadá. Os 29 artigos foram reunidos em grupos de acordo com as metodologias comuns entre eles. Os 4 grupos foram: artigos que abordam sobre recuperação de imagem baseado em conteúdo (CBIR); os artigos sobre recuperação de imagem baseado em conceitos; os artigos que abordam sobre a metodologia iconográfica de Erwin Panofasky e por fim aqueles que descreverem sentimentos e emoções da imagem. Vale destacar que a classificação dos artigos nesses assuntos não significa que o texto trate integralmente sobre aquele assunto. A seguir, o Quadro 1 com os assuntos e a relação dos autores: QUADRO 1 - Assuntos e os autores dos trabalhos 37 Assunto TRABALHOS ANALISADOS Recuperação de imagem baseado em conteúdo (CBIR) BENSON, A. C. (2011) OERNAGER, S. (1994) KONKOVA, E.; GÖKER, A.; BUTTERWORTH, R.; MACFARLANE, A. (2014) KONKOVA, E.; MACFARLANE, A.; AND GÖKER, A. (2016) MACFARLANE, A. (2016) MENARD, E. (2006, 2007, 2008) Recuperação de imagem baseado em conceitos (TBIR ) FROST, O. C. (1996) JORGENSEN, C. (1996) JACOB, E. K.; SHAW, D. (1996) GOODRUM, A. (1998) GARIA-MARCO, F. J.; AGUSTIN, C. (1998) KONKOVA, E.; MACFARLANE, A.; GÖKER, A. PENA, C. N. (2002) MENARD, E. (2006, 2008, 2010) HIDDERLY, R.; RAFFERTY, R. (2006) HUVILA, I. (2010) RAFFERTY, P. (2011) FAVIER, L.; EL HADI, W. M. (2012) YEJUN WU. (2013) KONKOVA, E.; GÖKER, A.; BUTTERWORTH, R.; MACFARLANE, A. (2014) SAHBI S. (2014) MACFAARLANE, A. (2016) BRITO, M.; EL HADI, W.s; ZUMER, M.; VIERA, S. B. (2016) Análise Iconográfica de imagem de E. Panofsky ARASTOOPOOR, S.; RAHMOTOLLAH F. (2012) GRAUND, A. (1993) MÉNARD, E.; DOREY, J. (2014) PENA, C. N. (2002) RAFFERTY, P.; HIDDWELEY, R. (2011) Descrever sentimentos e emoções da imagem. FROST, O. C. (1996) JACOB, E. K.; SHAW, D. JIMÉNEZ, A. G.; GASTAMINZA, F. del V (2004) MENARD, E. (2006) Fonte: Elaborado pelo autor. 38 Após os agrupamentos dos assuntos, foi realizada uma síntese explicando as abordagens da análise e representação de imagem, como podemos ver a seguir: • Recuperação de imagem baseado em conteúdo (CBIR) A recuperação de imagem baseado em conteúdo (CBIR) é um método de busca a imagem através do desenho que o usuário desenha. Ainda que seja mais simples e crua o desenho do usuário, o sistema de busca é usado por semelhança entre a imagem desenhada com a imagem de banco de dados. As semelhanças dos atributos do esboço dos usuários com as imagens no banco de dados são avaliadas automaticamente. As características como cor, textura, forma e outras características visuais são importantes para a representação de imagem, porém ainda é difícil implementar esses atributos para recuperação. (KONKOVA; GÖKER; BUTTERWORTH; MACFARLANE, 2014; MENARD, 2006; OERNAGER, 1994) O método CBIR não tem a necessidade de que as imagens estejam vinculadas a qualquer forma de legendas, os sistemas CBIR são difíceis de ser executados pelos usuários que não são especializados, tornando um método de recuperação de imagem difícil, por isso as pessoas ainda preferem recuperar imagens usando palavras. Porém, estão limitados às imagens digitais. (BENSON, 2011) MacFarlane (2016) afirma que a maior dificuldade do CBRIR é a interpretação que os humanos possam colocar sobre o objeto. • Recuperação de imagem baseado em conceitos (TBIR) A recuperação de imagem baseado em conceitos (TBIR) é algo muito comum, pois utiliza-se de palavras, conceitos indexados para descrever a imagem para que possa ser recuperada, igualmente em livros e monografias. A indexação de imagens visuais por descritores é muito demorada e intensa pelo fato que uma imagem poder transmitir diferentes significados e interpretações. Além disso, as estratégias textuais são muitas vezes incapazes de aproveitar as modalidades de busca e processamento de informações de imagem, tornando uma tarefa desafiadora. (FROST, 1996; JORGENSEN, 1996; KONKOVA.; GÖKER; BUTTERWORTH; MACFARLANE, 2011). Elaine Ménard (2006) afirma que a recuperação da imagem fica limitada a imagens associadas, as legendas ou anotações semânticas. Pois nem todas as imagens têm acesso a legendas e é difícil reconhecer todos os significados. A mesma autora ainda afirma que tem dois tipos de representação de imagem, a 39 saber: a representação por indexação com vocabulário controlado e a indexação de imagem gratuita. A indexação de vocabulário controlado usa os mesmos princípios de indexação de livros, seguida uma política de indexação com tesauro. Já a de indexação gratuita não segue uma política, as pessoas ficam livres para representar com qualquer termo. Esse tipo de indexação é utilizado bastante em site de imagens como Flickr e Instagram. • Análise Iconográfica de imagem de E. Panofsky Ervim Panofsky estudou na Universidade de Friburgo na Alemanha nos anos de 1920. Panofsky trabalhou como professor em várias universidades, como a Universidade de Novo York, Universidade de Princeton e de Harvard. Panofsky tinha interesse na área da história da arte, por isso que desenvolveu o método iconológico para analisar e compreender a arte independente dos momentos históricos da época. De acordo com Panofsky (2011), a iconografia é a descrição e a classificação das imagens para auxiliar na identificação de temas específicos. Com a iconografia é possível estabelecer datas, origens e até autenticidade. Como podemos conferir: “Iconografia é o ramo da história da arte que trata do tema ou mensagem das obras de arte em contraposição à sua forma” (PANOFSKY, 2011, p. 47). A realização de uma análise iconográfica é dividida em 3 etapas: pré- iconográfico, iconográfico e iconológia. Pré-iconográfico é o tema primário ou natural que pode ser classificado como fatual e expressional no qual se identificam as linhas e as cores das formas puras tais como “objetos, seres humanos, animais, plantas e ferramentas e assim por diante” (PANOFSKY, 2011, p. 50). Panofsky define o mundo dos motivos artístico como os significados primários e naturais das formas puras. Nessa análise pré- iconográfica, utiliza-se da experiência para reconhecer as formas puras. Caso a experiência não seja suficiente para reconhecer algum objeto, é necessário recorrer a outros recursos tais como livros. Todavia nunca se abandona a experiência prática vivida (PANOFSKY, 2011, p.55). O nível iconográfico identifica o assunto secundário na obra, no qual está a interpretação das formas puras, isto é, os motivos artísticos com seus assuntos e conceitos (PANOFSKY, 2011, p.50) Um exemplo citado por Panofsky é a imagem de 40 um grupo de figuras de homens sentados a uma mesa de jantar numa ordem e pose, tornando assim a representação da Última Ceia. Para realizar essa análise é necessário ter “familiaridade com termos específicos ou conceitos, tais como são transmitidos por meios de fontes literárias, quer obtidos por leitura deliberada ou tradicional oral” (PANOFSKY, 2011, p.58). O nível iconológia é o “Significado intrínseco ou conteúdo, constituindo o mundo dos valores “simbólicos” - Ato da interpretação: Interpretação iconológica” (PANOFSKY, 2011, p. 64). Desse modo, é a etapa que expõe os significados observáveis culturalmente, socialmente e ideologicamente. A análise iconográfica de Panofsky não está preocupada com a recuperação da imagem, mas sim com o entendimento dos significados em uma obra de arte, com a interpretação dos valores simbólicos, por meio da cultura das pessoas da época, o modo de composição do artista e com o tema da obra. Porém, para uma imagem ser recuperada, deve-se entender também os significados da obra, para assim realizar o tratamento temático. Alguns pesquisadores como Shatford e Smit, utilizaram as categorias da análise iconográfica de Panofsky (nivel pré-iconográfico, iconográfico e iconológico) a fim de desenvolver uma metodologia para realizar o tratamento temático (MANINI, 2002). • Descrever sentimentos e emoções da imagem Outro aspecto abordado nos artigos é a descrição na imagem, o que descrever na imagem? Quando é realizada a indexação da imagem, os profissionais procuram informações de fundo, elementos que é mostrado na imagem, eventos específicos e elementos visuais. Porém, e os elementos de sentimentos e emoções que a imagem causa? Eles também são essenciais para descrever a imagem. Konkova, MacFarlane e Göker (2014) definem os atributos encontrados nas imagens. Atributo genérico mostra os objetos e cenas, atributos específicos são os que descrevem objetos e cenas identificáveis e nomeados e por fim os atributos abstratos são os que representam as emoções, sentimentos, e elementos subjetivos. Frost (1996) e Ménard (2006) afirmam que os atributos abstratos são difíceis de descrever em palavras e conceitos. Ménard (2006) denomina a indexação de atributos abstratos como indexação “suave”. A decisão de realizar a indexação suave deve ser analisada de acordo com a natureza da coleção e as necessidades dos usuários. 41 Para fins de análise das citações presentes nos trabalhos pesquisados, foram excluídas as autocitações e as entidades coletivas, chegou-se aos resultados apresentados a seguir. Foram realizadas seis redes de citação: uma rede para cada categoria e uma rede com todos os artigos selecionados. Na Figura 2 apresenta-se a rede de citação da categoria recuperação de imagem baseado em conteúdo, em que pode-se ver que o autor mais citado foi Fahlman, porém ele foi citado somente pelo pesquisador Benson. Os únicos autores que receberam citações de mais de uma pesquisa foi Enser, Jörgense e Hollink. O restante está na lista dos mais citados, porém citados em um artigo. Como podemos ver na figura a baixo: Figura 2 - Rede de citação da categoria recuperação de imagem baseado em conteúdo Fonte: Elaborado pelo autor Legenda: Verde: autores citantes; Vermelho: autores citados Na Figura 3, há a rede de citação da categoria recuperação de imagem baseado em conceitos. Nessa rede, se repetem os autores da rede da categoria de recuperação de imagem baseado em conceitos, por isso alguns autores citantes se repetem também, porém alguns autores citados em comum são mais citados que na rede 2, como podemos ver no caso Enser, Jörgense, Clough. O pesquisador mais citado foi Jörgensen, com 10 citações, logo em seguida, vireram Claugh e Hidderley 42 com sete citações. Os que receberam seis citações foram Panofsky, Rafferty e Spink. Como podemos ver com mais detalhes na figura 3. Figura 3 - Rede de citação da categoria recuperação de imagem baseado em conceitos Fonte: Elaborado pelo autor Legenda: Verde: autores citantes; Vermelho: autores citados Nas duas últimas categorias, formaram-se redes de citações menores, porém ainda com os mesmos autores mais citados, podemos ver na figura 5, rede de citação da categoria Análise Iconográfica de imagem de Panofsky, os autores mais citados foram Enser, Panofsky e Shatford. Como podemos a seguir na Figuira 5: 43 Figura 5 - Rede de citação da categoria: Análise Iconográfica de imagem de Panofsky Fonte: Elaborado pelo autor Legenda: Verde: autores citantes; Vermelho: autores citados Na rede de citação da categoria descrever sentimentos e emoções da figura, o pesquisador mais citado foi Jörgensen. 44 Figura 6 - Rede de citação da categoria: Descrever sentimentos e emoções da imagem Fonte: Elaborado pelo autor Legenda: Verde: autores citantes; Vermelho: autores citados Para fins de critério de inclusão na análise de redes de citação, aplicou-se a Teoria do Elitismo de Price, segundo a qual: A distribuição da produtividade dos autores numa coordenada cartesiana é uma distribuição tão inclinada, que inspirou Price (1963) a propor a Lei do Elitismo. Segundo esta lei, se k representa o número total de contribuintes numa disciplina, representaria a elite da área estudada, assim como o número de contribuintes que gera a metade de todas as contribuições (URBIZAGÁSTEGUI ALVARADO, 2008, p. 1). Desse modo, foram analisados 28 autores citados, cujos resultados são apresentam nas redes de citação apresente na Figura 7, em que se tem um círculo composto pelos autores citantes e, dentro, o conjunto de autores citados. 45 Figura 7 - Rede de citação Fonte: Elaborado pelo autor Na Figura 7, os círculos pretos na rede de citação são os autores citados, já os círculos coloridos são autores citantes. Os círculos que têm as mesmas cores significam que fizeram trabalhos em coautoria, como os círculos laranja, azul, verde, amarelo, vermelho e marrom. Já os círculos rosa-claro são autores que fizeram trabalhos individuais. Quanto maior for o círculo preto significa que recebeu mais citação. Podemos ver que Enser, P.G.B. foi que o autor que recebeu mais citações (17), logo em seguida foi Jôrgensen, C. com 15 citações, Panofsky, E. com 11 citações, Fahlman, S. E. teve 9 citações porém de um autor só, Clough, P.; Shatford Layne, S. e Spink, A. tiveram 7 citações, e os demais foram citados menos de 7 vezes. Podemos identificar que Jôrgensen, C. é o único autor que está na lista de autores citantes e citados, e ele foi o segundo mais citado, e os autores que Jôrgensen citou estão na lista dos autores que mais receberam citações. Elaine Ménard foi a autora que mais citou, pois ela também foi o autora que mais produziu sobre o tema, porém não apareceu na lista dos autores mais citados. 46 7 CONCLUSÃO Com a pesquisa, pode-se concluir que análise e representação da imagem é um tema importante, pois cada vez mais se utiliza imagem no dia-a-dia e na ciência, porém é um tema que tem pouca publicação no universo da ISKO, uma vez que foram somente 29 de 974 artigos que trabalharam esta temática. Dos 34 autores desses 29 artigos, somente 6 foram resposavéis por mais que um trabalho publicado. Os mais produtivos foram Elaine Ménard logo em seguida Andrew Macfarlane e Pauline Rafferty. Os Estados Unidos é país que tem mais pesquisadores que trabalharam com análise e representação da imagem, logo em seguida ficaram os países Inglaterra, França e Canadá. Com a análise dos artigos, foram identificadas quatro metodologias mais discutidas entre os autores, a saber: a recuperação de imagem baseado em conteúdo (CBIR), os artigos sobre recuperação de imagem baseado em conceito, os artigos que abordam sobre a metodologia iconográfica de Erwin Panofasky e for fim a descrição sentimentos e emoções da imagem. Com a análise de citação, foram identificados os autores mais citados, sendo o Enser, P. G. B e logo seguida Panofsky, E, Fahalman, S. E. e Jôrgensen, C. Os autores que foram mais citados em mais de uma categoria foram: Jörgensen, Corinne, que foi citado nas quatro metodologias, Shatford, Sara; Enser, P. G. B.; Panofsky, e apareceram nas redes dos mais citados da categoria Recuperação de imagem baseado em conceitos e na categoria Análise iconográfica de imagem de E. Panofsky. J. Já o pesquisador Lohser, Gerald está nas redes de citação da categoria Recuperação de imagem baseado em conceitos e também na categoria descrever sentimentos e emoções da imagem. E Turner, James M. aparece nas redes dos autores mais citados da categoria Recuperação de imagem baseado em conteúdo e também na rede da categoria Recuperação de imagem em conceitos. Podemos identificar que Jôrgensen, C. foi o único pesquisador da lista dos mais citados e também está na lista dos autores citantes, isso significa que o trabalho está sendo discutido dentro do domínio de análise e representação da imagem, além disso, apareceu nas quatro redes das categorias. 47 A partir dessa pesquisa, pode-se aprofundar mais sobre as 4 metodologias mais discutidas na análise e representação da imagem, também identificar os autores mais citados e analisar as vertentes deles. Nos apêndices, encontram-se as fichas com as referências dos artigos selecionados, juntamente com os trechos sobre análise e representação de imagem e as referências dos próprios artigos que foram usadas na análise de citação. Com os apêndices, acredita-se que é mais fácil para o leitor ler os trechos dos artigos que abordam sobre análise e representação de imagem. 48 REFERÊNCIAS ARASTOOPOOR, S. Users' percepiton of aboutnees and ofness in images: na approach to subject indexing based on ervin Panofsk's theory and Users' view. In: A. Neelameghan; K. S. Raghavan. Categories, Contexts and Relations in Knowledge Organization. India: Ergon Verlag, 2012. P. 345- 351. (Advances in Knowledge Organization, 13). ARAUJO, C. A. Bibliometria: evolução e questões atuais. Em Questão: Revista da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS, v.12, n.1, p.11-32, jan./jun. 2006. AUMONT, J. A imagem. 7ªed. Campinas: Papirus, 2002. AZEVEDO NETTO, C. X.; FREIRE, B. M. J.; PEREIRA, P.E.L. 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Fields o f application discussed include the messages in an image, linking between information running from text, image to object, user group requirements, and development of user interfaces. Palavra - chaves : banco de imagem ; imagem digitalizada; indexação IMAGE: Images have been collected, stored and retrieved for centuries, but images have been associated with what could be called “special collections” i.e. collections for users with special interests, As the images have belonged to “collection minorities” they have not technically been considered as interesting as document collections. The research carried out in the information area has focused on functions such as database description, data models, retrieval methods etc. for printed material. (p. 208) It may be asserted that what characterizes such photos is that they show reality in the form of events or objects which may be verbalized. Furthermore, such photographs are a subjective interpretation of reality and a very small part at that. It may present some difficulty verbalizing the space surrounding the photograph. A simplified definition is that the photograph has a literal message and a symbolic message, and whereas the literal message has a descriptive function - and may be described - the symbolic message is partly subjective (Ornager, 1992). (pag. 212) Analise e representação de imagem: INDEXAÇÃO: 55 Talking about indexing we talk about two types of subject information: - The information which is explicit i.e. information which is expressed in the terminology applied by the author of the document. - The information which is implicit i.e. information which is not directly expressed by the author, but which is readily understood by a (human) reader of a document (pag.209) The true image database (Tamura, 1984) contains a visual representation o f the image in connection with a text. The primary purpose of a the supplementary verbal description is to retrieve a number of pictures - on the basis o f different subject criteria - from the total volume o f images in the base. The description must include more elements than those offered by the descriptive cataloguing. The elements to be emphasized must be determined by means o f a subject analysis o f the material. When indexing the photos many archives focus on background information, specific names and/or events. The story associated with the photo actually label the surface found in the image. Although the supporting story is important for the content analysis the survey also showed that elements such as feelings and emotions arc essential for describing the photo. (pag. 211) Not a great deal is known about the kind of questions that users are likely to put to an image collection (pag. 211) The user interprets the picture through his individual (subjective) and cultural (objective to a certain degree) experience and knowledge. The symbolic message is conveyed through the photograph “itself’ on the visual level. (pag. 212) If the above statement is true the indexing of images is necessary in order to separate them in connection with a subject query, the subject demarcation must be expanded by taking into account the intended use of the image. The selection = the indexing should be made on the basis of the explicit information i.e. the descriptive cataloguing and the picture itself, the implicit information i.e. the assigned keywords from a thesaurus and keywords expressing the intended use of the image. (pag. 212) In addition to the thesaurus terms, the persons are confronted with a number of photographs. The persons state an x number of single words or brief phrases to describe each photograph. The words derived from the picture are compared with the thesaurus words applied for the indexing of the picture. A picture-associative cluster of terms is assigned to each thesaurus word. The cluster of terms comprises the words derived from the picture that can be annexed to the thesaurus term. The two types of clusters - response words and picture-derived words are merged providing 56 the thesaurus terms with associative clusters o f terms consisting of both response words and picture-derived terms. It should be noted that the cluster words may be words which also occur as descriptors in the thesaurus. (pag.213) If the thumbnail pictures are used a number o f 25 to 30 can be accommodated on a screen and still contain sufficient legible detail to represent parent pictures unambiguously. If it is true that a human can discriminate between pictures in this manner, the need to improve an elaborated indexing scheme for discrimination purposes is reduced. However, to start the browsing one needs a template or a picture thesaurus to find the pattern to begin the retrieval - such a pattern search will probably need words (pag.214) New advances in image-query systems are shown in the edge-sketch method developed by Niblack & Barber (Niblack, 1993) and in the sketch method developed by Hirata & Kato (Hirata, 1993). In the edge-sketch query method, the user draws a shape, however crude, on the screen, and the machine obliges by presenting those thumbnails which most nearly resemble the sketch in an attempt to reduce the noise retrieved by reason of the sketch’s inadequacy. The system is used for approximate matching between an input query-picture and a database picture. The inventors of the sketch method claim that the user has only to draw a rough sketch to retrieve similar images from a picture database. Similarities between the sketch and images in the database are automatically evaluated and the most similar candidates are shown to the user. The system was tested using a database of 205 paintings of full colour landscapes and portraits. (pag.214) We do assert that there will never be a wordless society, however, the future will head towards an integrated image information system, where one can browse through pictures or words, select an image and either via this as a pattern, or a cluster of words based on the indexing terms of the picture navigate through the system. The image database can be enhanced with a knowledge system, where the clusters o f words can be organized in a semantic network, this again could be linked with information about users - a user model built during the navigation, or through an interviewing session. (pag. 215) This contradicts the authors view which is that searchers will continue to access databases, even image databases, by means of words. The focus in research must change from mainly technological aspects to that of building interfaces for browsing and searching. Traditional subject indexing paired with an associative term clustering system was suggested as the basic for a search vocabulary for the image database.(p.215) Artificial intelligence and knowledge based systems are central to image management developments. In the future we will probably see more of these technologies as well as the involvement of neural networks in the development and 57 use o f image databases. However tempting it is to be innovative one must not forget that we still need rules to be established for the description of images. (pag.215) References Art and Architecture Thesaurus (1990). New York, Oxford University Press, 3 vol. Cawkell, A.E. (1993). Picture-queries and picture databases. 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