TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Bacharelado em Design Gráfico Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação Bauru, 2019 ORIENTAÇÃO: Cassia Leticia Carrara Domiciano TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Dedico este projeto com muito carinho à minha família – especialmente Sílvia, Marcos e Marquinhos, que estiveram ao meu lado ao longo desta graduação – e aos meus gatos-filhos, Suppi e Buffy. Agradeço muito ao Vinicius, que me ajudou durante todo o traba- lho, e à Marici e à Beth, que leram o meu conto e deram suas opiniões e sugestões valiosas. Conto da Lua é um conto autoral escrito aos moldes dos contos de fadas e ilustrado buscando inspiração na Era de Ouro da Ilustração para, no fim, ser editado em um pequeno livro que lembre os antigos livros da Era de Ouro da Literatura Infantil. Este relatório apresentará o processo criativo do texto, dos dese- nhos e do projeto gráfico deste livro que criei do começo ao fim, in- cluindo todas as inspirações e referências que me levaram a criá-lo. PALAVRAS-CHAVES: Contos de Fadas. Livro ilustrado. Era de Ouro da Literatura Infantil. Era de Ouro da Ilustração. Art Deco. Sumário DeDicatória & agraDecimentoS reSumo ERA UMA VEZ... ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ 7 A primeira imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Contos de Fadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Eras de Ouro da Literatura Infantil e da Ilustração . . . . . . . . . . . . 12 Art Deco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 A AVENTURA ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ 17 História e texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Ilustrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Projeto gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ ✴ 55 Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 6 7 ERA UMA VEZ... 8 9 a primeira imagem Imagens belas sempre me inspiram e, instantane- amente, já penso em novas imagens. Tudo que vemos ou ouvimos nos conta uma história, e histórias são feitas de imagens. Essas imagens são sempre carregadas de significados para nós – algumas coletivamente e outras, indi- vidualmente. Grande parte dessas imagens que surgem na minha cabeça nem chegam ao ponto de se desenvol- verem muito e, muito menos, de se materializarem (seja na forma de um texto ou de um desenho). Mas a imagem da Lua antropomorfizada que pensei e sua história precisavam se concretizar de algum modo (e ainda virar TCC)! A Lua sempre foi o meu astro favorito e eu sempre me senti atraída por contos de fadas e pelas obras das Eras de Ouro da Literatura Infantil e da Ilustração (meados do século XIX ao começo do século XX). E essa minha ideia precisou de apenas um pontapé para nascer e se fixar na minha mente, que foi uma bela e inspiradora ilustração de uma “fada da lua” da ilustradora vitoriana Amelia Jane Ilustração em aquarela da “ fada da lua” de Amelia Jane Murray Ilustração de Dorothy Hope Smith Moon of My Delight, pintura a óleo de Henry Clive (1934) A Garota e a Lua, pintura a óleo que fiz em inspirada no tema (2017) Spring Scattering Stars, pintura a óleo de Edwin Blashfield (1927) Murray (1800–1896). Me emocionei muito com a imagem e, na mesma hora, já surgiu na minha cabeça uma nova imagem da própria Lua antropo- mórfica e todo o clima que ela transmite com seu brilho suave flutuando no céu escuro. Na época em que a ideia surgiu (por volta de 2017), eu estava em uma “fase” Art Deco e anos 20, o que acabou por influenciar todo o clima do meu projeto. E claro que muitas outras imagens me inspiraram também, como a pintura Moon of My Delight (1934), de Henry Clave, e as inúmeras ilustrações de fadas da Era Vitoriana até o começo do século XX. Também fiz uma pintura de mesmo tema, que contribuiu no desenvolvimento da personagem. A Lua, logo que criou vida em minha cabeça, já falou com tristeza: “eu não tenho brilho, só reflito a luz do Sol”. E assim, uma história começou... 10 11 Estamos acostumados com a ideia de que contos de fadas é um gênero literário da infância, mas eles vivem em nós durante nossa vida inteira. Dentro de todo humano existem os argumentos dos contos de fadas, mesmo que nunca se tenha ouvido um, pois os contos são uma expressão pura do inconsciente coletivo. Derivados de uma diluição de antigos mitos, os contos carregam os mesmos argumentos arquetípicos deles, que são sobre a trajetória da consciência humana. Estes contos, outrora contados e repassados oralmente, eram uma forma de entretenimento en- tre adultos e crianças, pois suas imagens são car- regadas de valores que não são para uma idade es- pecífica, mas para a vida inteira. Seus símbolos são representações das necessidades, emoções e pen- samentos humanos (assim como nos sonhos), que, de modo geral, são semelhantes a todos ao redor do mundo. A interpretação desses símbolos pode variar dependendo do grupo ou do indivíduo, mas é certo que uma mensagem sempre será ressoada. No século XVII, Charles Perrault (1628–1703) coletou e registrou na França alguns dos contos mais conhecidos até hoje, mas foi apenas durante o século XIX que surgiu uma atenção e revalori- zação dos contos de fadas com os Irmãos Grimm (Jacob Grimm, 1785–1863, e Wilhelm Grimm, 1786–1859), na Alemanha, que coletavam contos compreendendo sua grande importância. Outros coletores e escritores notáveis de contos de fadas foram Hans Christian Andersen (1805–1875), na Dinamarca, e Andrew Lang (1844–1912), na Escócia. Pode-se dizer, porém, que o homem, perdeu sua linguagem simbólica durante o seu caminhar, e os contos, ricos de significados, deixaram de ser compreendidos além de sua camada mais super- ficial. Não sendo mais levados a sério, os contos de fadas foram deixados apenas para as crianças por volta dos séculos XIX e XX, que ainda são um pouco mais sensíveis a esta linguagem. Ilustração de Gustave Doré com alguns personagens dos contos de fadas (1861) Litografia colorida do alemão Viktor P. Mohn para o conto Moedas de Estrelas (1882) Pintura a óleo e carvão pela estaduni- dense Jessie Willcox Smith para o conto A Garota dos Gansos (1911) Aquarela do dinamarquês Kay Nielsen para o o conto As Doze Princesas Dançarinas (1913) Ilustração do austríaco Franz Wacik para o conto O Alfaiate Valente (1915) contoS De FaDaS 12 13 Em meados do século XIX, a literatura in- fantil passou pelo que foi chamado de Era de Ouro da Literatura Infantil e a Era de Ouro da Ilustração, período em que a pro- dução de literatura infantil e de ilustrações, de modo geral, cresceu muito na Europa e nos Estados Unidos (o Brasil reservou-se mais às traduções destes clássicos interna- cionais nessa época), unindo grandes auto- res e grandes ilustradores na produção de livros voltados ao mercado infantil. Isso se deu também pelo fato de que o papel e a im- pressão tornaram-se mais viáveis, viabilizan- do uma maior produção e acesso aos livros. Durante essa mudança no gênero da literatura infantil, o didatismo, mais presen- te anteriormente, deu lugar a histórias mais humoradas, imaginativas e empáticas para as crianças. Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, publicado em 1865 na Ingla- terra, é considerado o marco inicial da Era de Ouro da Literatura Infantil e uma obra fundadora da literatura fantástica. Ilustração de John Tenniel para Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll (1865) Antes da definição do gênero “fantasia”, muitas obras que hoje em dia são classificadas assim, eram considera- das como “contos de fadas”, incluindo Alice, O Mágico de Oz (1900), de L. Frank Baum, e Peter Pan (1904), de J. M. Barrie. Fadas, animais e temas botânicos foram muito explorados em histórias e ilustrações. Entre as décadas de 50 e 70, houve uma segunda Era de Ouro da Literatura Infantil. Ilustração da vitoriana Beatrix Potter para seu livro O Conto de Peter Rabbit (1902) Ilustração de W. W. Denslow para O Mágico de Oz (1900), de L. Frank Baum The Butterfly Ferry (1926), da australiana Ida Rentoul Outhwaite The Snowdrop Fairy, uma das famosas Flower Fairies de Cicely Mary Barker Um cartão de Natal ilustrado por Margaret W. Tarrant eraS De ouro Da Literatura inFantiL e Da iLuStração Pôster criado por Charles Gesmar para o Moulin Rouge (1925) 14 15 Fotografia de Louise Brooks, atriz norte-americana famosa nas décadas de 20 e 30 A atriz francesa Mistinguett desenhada por Charles Gesmar Pôster criado por Jean Cocteau para a temporada de 1911 do Ballet Russe significativo. Cabelo curto, saias curtas para dançar o Charleston e um estilo de vida mais espirituoso e hedonista carac- terizam a íconica figura das melindrosas (ou flapper, em inglês). Muitas atrizes, dançarinas, esportistas e artistas se en- caixavam nesta nova imagem de mulher livre. Essas mulheres deram forma a uma nova silhueta feminina: a mulher “em movimento”, de corpo mais a mos- tra, mais esguio e com menos curvas, virando as novas musas nas artes. O estilo Art Deco (1910–1939) refletiu mui- to nas artes gráficas, como pôsteres e re- vistas, assim como nas ilustrações de li- vros. Os desenhos eram relativamente mais simples, precisos, lineares, dinâmicos, com cores brilhantes e, muitas vezes, com uma cor única de fundo. Este estilo foi também um reflexo da técnica de impressão da épo- ca, a litografia, que permitia uma melhor impressão das imagens, mas ainda possuía suas limitações. O estilo, conhecido por sua eclética elegância e modernismo, teve diversas in- fluências, como as formas geométricas do Cubismo, as cores vibrantes do Fauvismo, estilos históricos como o Classissismo Gre- co-Romano, estilos “exóticos” do Antigo Egito e o Oriente e aerodinamismo presen- te na época. Os Ballets Russes (balé russo) também foram uma influência na estética do estilo, incorporando poses, movimentos de dança e exotismo. Na época, o movimento de liberação das mulheres estava fazendo progresso art Deco Estatueta de Max Le Verrier 16 17 A AVENTURA 18 19 Esquema que mostra a Jornada do Herói Ciclo da Lua HiStória e texto Os contos, em sua maioria, seguem uma estrutura comum, chamada de monomito ou “Jornada do Herói”. No começo há um herói (ou heroína) dis- posto(a) a realizar algo, mas sem pre- paro. Em seguida, este herói passa por provas (como vilões e situações difíceis). E, por fim, ao vencer estas provas, a his- tória termina em harmonia, com todos os fatores integrados (o famoso “E vive- ram felizes para sempre”). Esta estrutu- ra representa a trajetória do homem na conquista de si mesmo e, naturalmente, meu conto possui a mesma estrutura. O ciclo da Lua também me inspirou muito na história (e também nas ilustra- ções e nos adornos das páginas), pois é possível relacionar a jornada do herói com as fases da lua. O conto começa com a Lua em sua fase minguante e, depois de sua aventura e resolução de problemas, termina com ela cheia e em harmonia. Então eu tinha a seguinte imagem na men- te: “e se a Lua se sentisse inferior ao Sol?” e vi que podia virar uma história. Ainda não sabia como seria essa história, só sabia que deveria lembrar um conto de fadas. Comecei a escrever e reescrever di- versas possibilidades para o enredo sem me prender, por enquanto, com sua parte formal, focando apenas em seu conteúdo (começo, meio e fim), para, assim, deixar a criatividade livre. Para isso, passei um bom tempo anotando todos os elementos e situ- ações que o conto poderia conter, polindo e filtrando tudo do começo ao fim. Somente depois de decidir o enredo completo que comecei a me preocupar com a forma do conto – como ele deveria ser escrito e apresentado (escolha de palavras, diálogos, rimas etc). Como eu queria que a história lem- brasse um conto de fadas antigo repassado por muitas gerações, mantive isso em mente durante toda a criação. 20 21 A personagem foi inspirada em fadas, tema muito comum na Era Vitoriana e nas Eras de Ouro. Também foi inspirada em heroínas in- fantis, como Alice, de Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll), e Dorothy, de O Mágico de Oz (L. Frank Baum). Seu corte de cabelo é um dos cor- tes mais famosos da década de 20, o chanel curto, usado especialmente pela atriz Louise Brooks. A personagem foi desenhada em po- ses que lembram dança e na ponta do pé, como uma bailarina. Na década de 20, pela influência dos Ballets Russes, as poses “esculturais” e de dança eram bastante exploradas. As ilustrações são fundamentais para a composição do “clima” do livro e cada elemento delas foi cuidadosamente pensado. Como dito anteriormente, tudo no livro foi bastante inspi- rado (resumidamente) em con- tos de fadas, nas Eras de Ouros e no Art Deco. Com as ilustra- ções eu quis passar o ar dessas épocas e estilos junto com a imagem da noite para comple- mentar o conto. Foram feitas 15 ilustrações em nanquim e aquarela no total, contando com a da capa. Todas possuem um fundo preto, acli- mando a história à profunda escuridão da noite e destacando e dando brilho aos elementos de primeiro plano. CRIANDO A PERSONAGEM iLuStraçõeS Ilustração da página 9 do Conto da Lua Ilustração da página 5 do Conto da Lua 22 23 PRINCIPAIS REFERÊNCIAS PARA AS ILUSTRAÇÕES Alice Marshall fazia ilustrações de fadas que eram reproduzi- das nos cartões postais ingleses “Oilette” na década de 20. Kay Nielsen (1886–1957) foi um grande ilustrador dinamarquês da Era de Ouro das Ilustrações, sendo vários de seus trabalhos voltados a publicações de contos de fadas. É possível notar em sua arte elementos do Art Deco. iLuStraçõeS Margaret Clark (1901–2001) foi uma ilustradora infantil austra- liana. Seus desenhos mostravam o mundo dos contos de fadas e eram publicados em revis- tas, exibições e propagandas entre 1918 e 1930. Dentre os muitos artistas que ser- viram de referência e inspiração, vale ressaltar estes três por apre- sentarem o estilo mais próximo a o que eu queria para as minhas ilustrações. 24 25 As ilustrações foram planejadas e produzidas nas seguintes etapas: iLuStraçõeS 1 - thumb: A fim de apenas regis- trar rapidamente todas as cenas que o livro deveria ter, fiz uma pequena thumb (aprox. 6 × 8 cm) para cada ilustração. 2 - esboço: Com uma ideia me- lhor de como deveria ser o livro, fiz um espelho já incluindo um esboço (12,5 × 16 cm) um pouco mais detalhado de cada cena. 3 - desenho a lápis: Numa folha sulfi- te, desenhei a lápis cada ilustração já como ela deve ser em sua versão final – já na proporção definida, 5:6, foram feitas apenas um pouco maior do que seriam impressas (desenhei com 19,1 × 22,9 cm para serem impressas com 15,5 × 18,6 cm). O desenho não foi feito diretamente no papel final, de aqua- rela, para evitar de danificá-lo com o lápis e borracha. 4 - cópia em xerox: É preciso tirar xerox de cada desenho para poder decalcá- los no papel final, de aquarela, sem estragar os originais. PROCESSO DAS ILUSTRAÇÕES 26 27 iLuStraçõeS PROCESSO DAS ILUSTRAÇÕES 7 - pintura em aquarela + arte-final: Com todos os contornos fei- tos e o fundo preenchido, já posso pintar com aquarela os elemen- tos de segundo e primeiro plano. Pra finalizar, é só fazer os deta- lhes restantes, como, por exemplo, as estrelinhas com caneta gel branca. Após serem escaneadas, as ilustrações foram tratadas no Photoshop. 5 - decalque: Usando o xerox, o decal- que é feito com carvão ou lápis 6B no papel de aquarela (300g/m²), o supor- te final da ilustração. Neste processo, se algum detalhe do desenho for per- dido, é só arrumar com o lápis. 6 - nanquim (e lineart): Depois do decalque, é hora de fazer os contornos (lineart) e o preenchi- mento dos fundos com nanquim. Esta ilustração, em específico, é a única que também fiz um con- torno com lápis de cor aquarelável para um efeito diferente na Fada da Neve. 28 29 iLuStraçõeS FINALIZADAS As 14 ilustrações internas do livro finalizadas. Ilustração da págIna 7 - “A Lua, pensando consigo mesma, chegou à conclusão de que já conhecia a noite de cor e salteado, pois todas eram iguais desde a primeira vez em que o mundo resolveu anoitecer.” 30 31 Ilustração da págIna 15 - “A Lua montou no cavalo-marinho de um dor guardas e nadou apressadamente em direção à margem.” Ilustração da págIna 13 - “‘Ela é minha!’, disse a sereia empurrando os peixes que estavam em seu caminho para se aproximar da ‘pérola’.” 32 33 Ilustração da págIna 21 - “A bruxa apareceu com sua lanterna em uma mão e uma rede de caçar vaga-lumes na outra, e gritou: ‘Onde está ele? O vaga-lume mais brilhante é meu!’” Ilustração da págIna 18 - “A Lua agora sabia o que era um vaga-lume um vaga-lume e ficou encantada, pois nunca imaginara que algo com um brilho tão pequeno pudesse ser tão perfeito.” 34 35 Ilustração da págIna 29 - “‘Por que você quer voltar para o céu? Aqui embaixo você pode ser a maior, a mais brilhante e a mais quente, como o Sol!’” Ilustração da págIna 26- “Ela pulou, pulou e pulou, mas não alcançava o céu de jeito nenhum.” 36 37 O projeto gráfico do livro foi inspirado no estilo dos livros infantis da Era de Ouro da Literatura Infantil. FORMATO: 19,1 cm × 22,9 cm Este formato, na proporção 5:6, é agradável e de bom aproveitamento do papel. MIOLO: Papel offset 120g, impressão colorida 4x4. 32 páginas projeto gráFico CAPA & CONTRACAPA: A capa é dura e possui um desenho simples e de fundo escuro no mesmo estilo dos que estão no interior do livro. O título e a estrela ao lado serão aplicados em hot stamping dourado. A contracapa é bem simples, com apenas a estrela centralizada ao meio aplicada com hot stamping também. ENCADERNAÇÃO: Baseado na encadernação dos Golden Little Books, o livro será impresso com as folhas avulsas e as capas separadas. Com tudo montado em ordem, a lateral esquerda é grampeada com dois grampos. A lombada é finalizada com uma tira de papel dourado que esconde os grampos na frente e no verso, sobrando 1,3 cm em cada face. As capas possuirão vinco logo na extremida- de da tira dourada, permitindo a abertura do livro. Golden Little Books Capa Contracapa 38 39 FOLHAS DE GUARDA As folhas de guarda apresentam um simples pattern feito com o caracter especial ✴ sobre um fundo preto repre- sentando o céu a noite, como a capa e as ilustrações. projeto gráFico Duas cantoneiras foram criadas para adornar as páginas de texto. A cantoneira superior esquerda mostra a Lua e, a cada página, seu desenho muda de acordo com as fases do ciclo lunar. No começo do livro, em que a personagem está começando a se envolver com seu problema, a Lua na cantoneira está entrando na fase minguante e, no fim, após a resolução de seu problema, a Lua encontra-se na fase cheia. A cantoneira inferior direita é sempre igual, e mostra “a estrela mais brilhante do céu”. Ambas as cantoneiras podem ser conferidas nas páginas deste próprio relatório. ADORNOS No logotipo, na contracapa e em algumas páginas foi usada como adorno e símbolo este desenho em vetor da “estrela mais brilhante”, que é um ele- mento presente e importante do conto. 40 41 TIPOGRAFIA As fontes usadas no livro e neste relatório foram: Antique Book Cover no título, Oranienbaum no nome da autora e Rosarivo no texto. projeto gráFico GRID Para a diagramação das capas e páginas do livro e deste relatório, foi usado o seguinte grid: 42 43 ALGUMAS PÁGINAS FINALIZADAS projeto gráFico 44 45 projeto gráFico ALGUMAS PÁGINAS FINALIZADAS 46 47 projeto gráFico ALGUMAS PÁGINAS FINALIZADAS 48 49 projeto gráFico ALGUMAS PÁGINAS FINALIZADAS 50 51 projeto gráFico ESPELHO DO LIVRO Capa Folhas de guarda Folhas de guardaColofão Contracapa Página de rosto Início da história Páginas 6 e 7 Páginas 8 e 9 Páginas 10 e 11 Páginas 12 e 13 Páginas 14 e 15 Páginas 26 e 27Páginas 24 e 25Páginas 22 e 23Páginas 20 e 21Páginas 18 e 19Páginas 16 e 17 Páginas 28 e 29 Fim da história 52 53 projeto gráFico MOCKUP Um mockup (sem capa dura e hot stamping) foi feito para simular o livro. A capa do mockup. Como o livro começa... E como o livro termina. 54 55 E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE 56 57 Este foi o meu primeiro projeto de livro que idealizei sozinha do começo ao fim. Foi uma experiência enriquecedora escrever um conto, ilustrá-lo e montar o projeto gráfico de seu livro. Eu nunca imaginei que eu conseguiria escrever uma história intei- ra e isso foi muito importante para mim! Escrevi ela com muito carinho. E todo o resto do livro foi feito para complementar o que quero passar com a história. Durante o trabalho todo me envolvi com coisas muito especiais e que amo (a Lua, contos de fadas, escrita, ilustração, aquarela, design, astronomia, simbolismos...). É sempre um prazer me adentrar mais nos assuntos que eu gosto. Acho que o trabalho também reflete todas as minhas limitações que a princípio, me incomoda, mas, ao mesmo tempo, é isso que o deixa tão sincero. Gostaria muito de, se possível, aperfeiçoá-lo e levá-lo para frente! conSiDeraçõeS FinaiS Fim Ilustração da págIna 30 - “Em uma noite como outra qualquer, foi que essa história terminou.” 58 59 ANDERSEN, Hans Christian. Contos Maravilhosos de Andersen: A Rainha da Neve. São Paulo: Cia. Brasil Editora, [194-?]. AUSTIN, Margot. O Menino Corajoso. São Paulo: Comp. Melhoramentos de São Paulo, [1947?]. BARKER, Cicely Mary. A Flower Fairies Treasury. Londres: Frederick Warne, 1997. BRINGHURST, Robert. Elementos do Estilo Tipográfico: Versão 3.2. São Paulo: Cosac Naify, 2011. DANIEL, Noel (ed.). The Fairy Tales of the Brothers Grimm. Colônia, Alemanha: Taschen, 2011. FEDERATION FAIRIES. Margaret Clark, 1901 - 2001, children‘s Illustrator. Forest Lake, Australia: Federation Fairies, 2018. Disponível em: www.federationfairies.com.au. Acesso em: 9 jun. 2019. reFerênciaS bibLiográFicaS MAISON MAX LE VERRIER. Antony, França, 2018. Disponível em: www.maxleverrier.com. Acesso em: 9 jun. 2019. 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