UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS Trabalho de Formatura Curso de Graduação em ENGENHARIA AMBIENTAL CONTRIBUIÇÃO PARA UM PLANO DE ARBORIZAÇÃO VIÁRIA DO BAIRRO JARDIM PORTUGAL – RIO CLARO/SP Iuri David Antonio Rio Claro (SP) 2015 1 IURI DAVID ANTONIO CONTRIBUIÇÃO PARA UM PLANO DE ARBORIZAÇÃO VIÁRIA DO BAIRRO JARDIM PORTUGAL – MUNICÍPIO DE RIO CLARO/SP Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Programa de Graduação em Engenharia Ambiental, Instituto de Geociências e Ciências Exatas – Unesp, Campus de Rio Claro, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental Orientador: Prof° Dr. Roberto Braga Rio Claro - SP 2015 Antonio, Iuri David Contribuição para um plano de arborização viária do bairro Jardim Portugal - Rio Claro/SP / Iuri David Antonio. - Rio Claro, 2016 48 f. : il., figs., gráfs., tabs., fots., mapas, plant. Trabalho de conclusão de curso (Engenharia Ambiental) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas Orientador: Roberto Braga 1. Educação ambiental. 2. Planejamento urbano. 3. Arborização urbana. 4. Gestão ambiental. I. Título. 372.357 A635c Ficha Catalográfica elaborada pela STATI - Biblioteca da UNESP Campus de Rio Claro/SP 2 AGRADECIMENTOS Aos meu pais, Fadel (in memoriam) e Marisa, pelo incentivo sempre. A minha esposa e companheira Maria Cláudia, pelo amor e pela paciência. Ao meu orientador Profº Drº Roberto Braga, pela dedicação e paciência. Aos professores, pela excelência, dedicação e amor à profissão. Aos meus amigos, pelo apoio e ajuda. E ao meu grande tesouro, minha filha Eduarda. 3 RESUMO A arborização viária é, sem dúvida, um componente fundamental para a efetiva melhoria da qualidade ambiental do meio urbano. Atua diretamente sobre a temperatura, a qualidade do ar, o nível de ruídos e a paisagem, além de constituir refúgio indispensável à fauna remanescente nas cidades. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo elaborar uma contribuição para um plano de arborização viária a ser implantado no Bairro Jardim Portugal, município de Rio Claro, interior de São Paulo. Para tanto, foi realizado um diagnóstico da arborização já existente no bairro, com a proposta de readequação de cada indivíduo que esteja inadequado ao sistema viário local. Os recursos cartográficos, tabelas e levantamento fotográfico serviram como subsídios para o planejamento de arborização proposto para toda a extensão viária do bairro objeto de estudo. Como produto final, um plano de arborização economicamente viável e ambientalmente sustentável, passível de ser aplicado por agentes públicos municipais. Palavras-chave: planejamento urbano; arborização viária; gestão ambiental ABSTRACT The urban forestry is undoubtedly a key component for effective improvement of environmental quality of the urban environment. Acts directly on the temperature, air quality, noise levels and the landscape, in addition to being indispensable to the remaining wildlife refuge in the cities. Thereby, this study aimed to contribution to plan an urban forestry plan to be implemented in Garden Portugal, Rio Claro, São Paulo. To this end, it conducted a diagnosis of the existing trees in the neighborhood, with the proposed readjustment of each individual that is inappropriate to the local road system. Cartographic resources, tables and surveying serve as information for planning afforestation proposed for the entire road length of the subject matter neighborhood. As a final product, an afforestation plan economically viable and environmentally sustainable, which can be applied by municipal agents. Keywords: Urban planning; afforestation road; environmental management LISTA DE MAPAS, TABELAS E GRÁFICOS 4 Mapa 1- Identificação e localização das quadras e suas respectivas laterais (testadas)---- 13 Mapa 2 - Localização dos lotes ocupados e seus respectivos numerais---------------------- 14 Mapa 3 - Loteamento original do bairro Jardim Portugal.------------------------------------- 18 Mapa 4 - Setores Censitários 112 e 213 – Rio Claro----------------------------------------- 19 Mapa 5 - Município de Rio Claro e sua localização no Estado de São Paulo------------- 21 Mapa 6 - Imagem aérea do bairro Jardim Portugal------------------------------------------- 21 Mapa 7 - Bairro Jardim Portugal e sua localização no perímetro urbano do município de Rio Claro------------------------------------------------------------------------------------------------ 22 Gráfico 1 - Medidas das testadas existentes e a quantidade encontrada no bairro------ 20 Tabela 1 - Distanciamento mínimo do local do plantio (cova) em relação aos diversos componentes urbanos em vias públicas ------------------------------------------------------ 15 Tabela 2 - Relação de espécies indicadas para o plantio no bairro ------------------------ 16 Tabela 3 - Medidas das testadas existentes e a quantidade encontrada no bairro ------- 20 Tabela 4 - Localização das espécimes por quadra e lateral, número do lote, quantidade encontrada, nome científico e nome popular ------------------------------------------------- 22 Tabela 5- Relação de espécies encontradas e quantidade----------------------------------- 26 Tabela 6- Dados por laterais de quadra – localização, logradouro, quantidade de lotes, testada total, quantidade de espécimes existentes, quantidade de espécimes existentes + espécimes a plantar e identificação de presença ou não de fiação elétrica aérea--------------------------- 28 Tabela 7- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra A ----------------------- 30 Tabela 8- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra B ----------------------- 30 Tabela 9- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra C ----------------------- 31 Tabela 10- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra D ----------------------- 32 Tabela 11- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra E ----------------------- 32 Tabela 12- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra F ----------------------- 33 Tabela 13- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra G ----------------------- 34 Tabela 14- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra H ----------------------- 34 Tabela 15- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra I ----------------------- 35 Tabela 16- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra J ----------------------- 36 Tabela 17- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra K ----------------------- 36 Tabela 18- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra L ----------------------- 37 Tabela 19- Dados por lotes individuais de acordo com a quadra M ----------------------- 38 Tabela 20 - Relação das espécimes a serem substituídas ou retiradas sem substituição – localização, quantidade, nome científico e popular e ação (substituição ou retirada)---- 39 Tabela 21 - Relação do número de espécimes a serem plantadas no bairro de acordo com seu porte e localização (quadra e lateral)----------------------------------------------------------- 40 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------6 OBJETIVOS---------------------------------------------------------------------------8 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA----------------------------------------------------9 2-METODOLOGIA------------------------------------------------------------------12 3- ARBORIZAÇÃO VIÁRIA DO JARDIM PORTUGAL--------------------17 3.1 Caracterização do Bairro---------------------------------------------------17 3.2 Diagnóstico da Arborização Viária--------------------------------21 3.3 Subsídios para o Planejamento da Arborização Viária---------27 CONSIDERAÇÕES FINAIS-------------------------------------------------------41 REFERÊNCIAS----------------------------------------------------------------------43 APÊNDICES--------------------------------------------------------------------------44 6 INTRODUÇÃO No momento em que se realiza, em Paris, a 21ª Conferência do Clima (2015), cujo principal objetivo é firmar um acordo entre os diferentes países do mundo para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, diminuindo o aquecimento global e, em consequência, limitando o aumento da temperatura do planeta, voltamos nosso olhar para o que está mais próximo de nós, o bairro, onde começam os efeitos que a urbanização acelerada tem provocado nas cidades, nos países, no mundo. Nesse contexto, pensamos na arborização urbana e também na falta dela. Lembramos que a arborização das ruas, que inclui as árvores de propriedade pública, plantadas nas calçadas ou no canteiro central das avenidas, é a vegetação mais próxima da população urbana e a que mais sofre com a falta de planejamento dos órgãos públicos e a falta de conscientização ambiental da população. No entanto, a arborização exerce papel de vital importância para a qualidade de vida nos centros urbanos. Devido a suas inúmeras funções, a árvore no meio urbano atua diretamente sobre o microclima, a qualidade do ar, o nível de ruídos e a paisagem, além de constituir refúgio indispensável à fauna remanescente nas cidades. São as árvores que proporcionam sombra, amenizam a temperatura, aumentam a umidade relativa do ar, melhoram sua qualidade e amenizam a poluição sonora. A árvore urbana também atua como um importante componente do balanço hidrológico urbano. A relação entre evaporização, escoamento e infiltração superficial e profunda varia, substancialmente, conforme o percentual de cobertura arbórea. Além disso, a arborização viária guarnece e emoldura ruas e avenidas, contribuindo para a redução do aspecto agressivo e linear das construções que dominam o espaço urbano, possibilitando uma integração dos vários componentes do sistema. Fazendo o uso de espécies nativas na arborização das ruas, há a possibilidade de replicar, mesmo em escala menor, a identidade biológica da região, facilitando muitas vezes a sobrevivência da avifauna local, a qual utiliza o meio urbano como passagem de um fragmento a outro de mata ainda preservada. O problema, entretanto, surge quando ocorre o conflito entre o plantio de espécies inadequadas e os equipamentos urbanos, como fiação elétrica, calçamento, redes públicas de água e esgoto, calhas, muros, postes de iluminação, etc. Soma-se a isto a escassez de árvores ao longo das ruas e avenidas, situação esta tão comum nas cidades brasileiras. 7 Nesse contexto, fica claro que a solução para se evitarem os conflitos com as estruturas urbanas e se maximizarem os benefícios da arborização está no planejamento e no manejo correto da arborização viária nos municípios brasileiros. É fundamental considerar-se que um manejo constante e adequado, voltado especificamente para a arborização de ruas, envolve etapas concomitantes de plantio, condução das mudas, podas e remoções necessárias. Segundo Santos e Teixeira (2001, apud GOMES, 2012, p. 4) Os planos de arborização devem ser resultados da apreciação de elementos físicos e ambientais, com a avaliação conjunta de fatores como: largura dos passeios e canteiros; caracterização das vias; presença de fiação elétrica aérea; recuo das construções; largura da pista; características do solo; canalização subterrânea; orientação solar; atividades predominantes; arborizações implantadas e existentes, para então eleger as espécies mais adequadas. Desse modo, a arborização urbana só pode ser compreendida através de um olhar sistêmico, que nos leve a refletir sobre o verdadeiro papel da árvore em um ambiente totalmente modificado pelo homem, e, consequentemente, tornar as ações de manejo mais eficientes e úteis ao sistema urbano. Segundo Biondi e Althaus (2005, apud GOMES, 2012), ao planejar a arborização das ruas é necessário escolher a árvore certa para o lugar certo, fazendo-se uso de critérios técnico-científicos para o estabelecimento da arborização nos estágios de curto, médio e longo prazos. Ao escolher trabalhar com a arborização no bairro Jardim Portugal, consideramos todos os aspectos acima apresentados: a melhoria do clima e da paisagem, a diminuição da poluição, a minimização dos ruídos. O local escolhido tem como justificativa a ligação afetiva deste pesquisador com o bairro onde reside há mais de trinta anos, e onde, mesmo já tendo realizado diversos plantios de árvores, constatou que suas ações foram muito pequenas para a tamanha carência de arborização no mesmo. Além disto, a importância desta pesquisa ultrapassa os meios acadêmicos em função de sua utilidade como política pública de planejamento urbano. Isto porque, a avaliação técnica deste bairro e a consequente aplicação de medidas mitigadoras, fazendo uso da arborização adequada, servirão à administração pública como modelo de uma nova ferramenta de gestão ambiental, prática e de baixo custo. 8 OBJETIVO GERAL Realizar um diagnóstico da arborização já existente no bairro Jardim Portugal e dos equipamentos urbanos ali presentes, com vistas a contribuir para o planejamento e execução da arborização do bairro em toda sua extensão viária. OBJETIVOS ESPECÍFICOS x Realizar levantamento de todos os fatores que compõem o bairro: vegetação existente, largura dos passeios e vias públicas, presença de redes de fiação de eletricidade, postes de iluminação, etc; x Identificar espécimes com necessidade de remoção; x Identificar áreas para o plantio; x Identificar necessidades de manejo; x Definir prioridades nas intervenções; x Definir as espécies a serem utilizadas na arborização. 9 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A proposta deste trabalho, de auxiliar na elaboração de um projeto de arborização no bairro Jardim Portugal, encaminhou-nos para uma pesquisa bibliográfica que revelou a existência de inúmeros trabalhos sobre o tema, os quais serviram de base a esta pesquisa. Elaborado por uma equipe técnica de engenheiros agrônomos, engenheiros civis e biólogos, o Manual Técnico de Arborização Urbana da cidade de São Paulo estabelece diretrizes para a implantação de arborização em vias e áreas livres públicas, numa cidade onde, ao longo dos anos, houve uma drástica diminuição das áreas verdes. (SÃO PAULO) Deste Manual aproveitamos algumas dessas diretrizes. No Guia de Arborização Urbana de Campinas, uma equipe de profissionais da UNICAMP e do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) refaz o histórico da arborização urbana da cidade e define critérios para a implantação e manejo da arborização na cidade, ações estas fundamentais para o sucesso do empreendimento. De acordo com este Guia, “a implantação é o conjunto de medidas que visa concretizar um projeto de arborização e o manejo proporciona suporte para o desenvolvimento das plantas após a implantação.” (SANTIN, 2007, p.36) Segundo Costa (1997, apud SILVA, 2001), a arborização urbana não se limita à presença das árvores nos parques públicos, ela se encontra também na maioria das tipologias dos espaços livres, como praças, ruas, largos, becos, florestas urbanas, entre outros, inclusive naqueles que não chegaram a receber nenhum tratamento paisagístico. Todos os elementos vegetais de porte arbóreo, dentro da cidade, fazem parte da arborização. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas constituem parte da arborização urbana, embora não integrem o sistema de áreas verdes. Segundo Tomasini (1998, apud MELO, 2007, p.62, ): a arborização de uma cidade é composta, essencialmente, de árvores localizadas em áreas particulares e árvores localizadas em áreas públicas, dividindo-se, essas últimas, ainda, entre aquelas que estão situadas em áreas verdes e aquelas situadas em vias públicas. Compreende as árvores existentes nas vias públicas, mais especificamente nos passeios públicos. Conforme nos dizem Gelpi e Rossetto (1999, apud MELO, 2007), não há como questionar o fato de que as árvores e áreas verdes do ambiente urbano proporcionam uma melhoria da qualidade ambiental ao atuarem como elementos corretores de certas fontes 10 consideradas nocivas. E, além desse aspecto físico, de acordo com Corazza (2003, apud MELO, 2007) há o aspecto psicológico, pois, ao proporcionar um ar mais puro, a vegetação contribui para a regeneração do meio urbano e, por conseguinte, restabelece o equilíbrio psicossomático do homem. Também para Rodrigues (1986, apud MELO, 2007), a vegetação constituiu um elemento fundamental para proporcionar um agradável bem estar à população, já que a presença da sombra é como um ‘oásis de conforto’ para as pessoas que caminham em regiões de clima quente, sob condições adversas de temperatura. A arborização viária, formando corredores verdes, é, segundo Meneguetti (2003, apud BORTOLETO, 2006), um dos elementos vegetados dos ecossistemas urbanos capaz de integrar os remanescentes de áreas florestais, de áreas verdes e de espaços livres, colaborando com a diversidade da flora e da fauna e promovendo benefícios à população. Dessa forma, assume benefícios comprovados, que vão desde a melhoria microclimática - por meio da diminuição da reflexão das radiações, do aumento da umidade atmosférica e da consequente amenização das temperaturas, passando pelos benefícios econômicos resultantes da valorização de propriedades, até o controle da poluição atmosférica, acústica e visual, os benefícios sociais e a ação benéfica à saúde humana, física e mental (MILANO & DALCIN, 2000, apud BORTOLETO, 2006). Por proporcionar todos estes benefícios, a arborização urbana exige um planejamento criterioso e um manejo adequado. Entretanto, não é o que ocorre em muitas cidades brasileiras. A maioria delas não possui um planejamento adequado de arborização urbana, na medida em que muitos projetos baseiam-se em métodos puramente empíricos, desprovidos de um conhecimento real do assunto. Como consequência dessa inadequação, a arborização empreendida mostra-se, quase sempre, ineficaz. Uma arborização urbana eficaz pressupõe atividades de planejamento, implantação e manutenção sob o poder público. Os planos de arborização devem ser o resultado da apreciação de vários elementos físicos e ambientais. A árvore deve satisfazer tanto aos interesses do morador da residência em frente à qual se localiza, quanto aos interesses da comunidade como um todo. A ação de plantar uma árvore deve ser precedida de uma preparação, seguida de um roteiro adequado e determinado. A solução precisa ser estudada e aplicada. A simples presença de árvores ao longo das vias não qualifica a arborização, pois são comuns altas populações que incluem árvores quebradas, disformes, doentes e mortas (SANTOS & TEIXEIRA, 2001, apud GOMES, 2012). Por isso mesmo, no processo de 11 arborização urbana é preciso conhecer o ambiente, o espaço físico disponível, as características locais e também as características das espécies utilizadas (MILANO, 1984, apud BORTOLETO, 2006). Segundo Santos & Teixeira (2001, apud GOMES, 2012), a degradação das florestas vem ocorrendo com frequência nas diversas regiões do país, transformando grandes extensões de habitats em fragmentos expressivamente menores e isolados uns dos outros, causando uma redução da biodiversidade e, consequentemente, uma redução na segurança do ecossistema em ambientes urbanos. O uso da vegetação, ao longo da malha urbana, constitui-se, assim, em uma forma de auxiliar na preservação do equilíbrio biológico. Conforme Pivetta e Silva Filho (2002), a realização de um inventário da arborização permite conhecer a composição de cada espécie, seus principais problemas, e fornecer informações para novos plantios e para adequação das práticas de manejo. A realização do inventário serve para quantificar custos; identificar problemas passíveis de redefinição das diretrizes de manejo, programas de conscientização ou educação ambiental; e para divulgar os resultados obtidos, mostrando produtividade e buscando apoio da população. A implantação e a manutenção de árvores e/ou arbustos em logradouros públicos requerem, ainda, uma série de cuidados, que vão desde o plantio com utilização de solos adequados, adubações, tutoramento das mudas, podas de formação de copas, até as podas periódicas e o acompanhamento fitossanitário. (SILVA, 2001) A manutenção da arborização é uma etapa que, de acordo com Mesquita (1996), exige acompanhamento durante todos os estágios de sua existência, do crescimento ao desenvolvimento dos vegetais, até a sua respectiva senescência, quando então se faz a substituição, progressivamente. Sua eficiência é imprescindível, pois somente dessa forma as espécies podem proporcionar os benefícios aos citadinos sem lhes expor a indesejáveis riscos. Como se percebe, a realização de todas as etapas descritas acima comporia um plano de arborização urbana ideal. Infelizmente, não é isto que acontece na maioria das cidades. O surgimento da luz elétrica e a expansão da oferta dos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto e telecomunicações trouxeram para as cidades um complexo sistema de cabos, galerias e dutos que tomam conta do ar e do subsolo. A explosão imobiliária provocou a perda dos jardins privados e a impermeabilização do solo. (MILANO e DALCIN, 2000, apud BORTOLETO, 2006) E, dessa forma, à proporção em que as cidades se desenvolveram, tornou-se mais complexo o processo de implantação da arborização urbana. 12 2 METODOLOGIA A metodologia utilizada no presente trabalho envolve a realização de um inventário do patrimônio arbóreo existente no bairro, composto por: número total de espécimes, espécies encontradas, necessidade de retiradas e indicação e quantidade de novos locais para plantio. Envolve ainda a identificação das quadras, o número de lotes, a testada dos mesmos e o quanto eles suportam de novos plantios. Completam o inventário a localização dos postes de luz e das fiações aéreas de energia elétrica de acordo com os lotes. A localização dos lotes, quadras e testadas foi baseada na configuração inicial do bairro, cujo mapeamento sinaliza cada quadra com uma letra (A até M). O planejamento desse estudo levou em consideração essa sinalização e numerou cada testada de quadra, no sentido anti-horário, facilitando a localização dos locais de estudo. O Mapa 1 apresenta esta configuração. O Mapa 2 mostra todos os lotes ocupados do bairro e seus respectivos numerais. Com o uso das coordenadas do Mapa 1 e com o numeral do lote em mãos, é possível localizar rapidamente o ponto que se pretende analisar. Dessa maneira, por exemplo, quando houver a necessidade de consultar o lote de numeral 3389 de localização M-2, sabe-se que se trata da quadra M, lateral 2, residência 3389. Além do levantamento de dados de diversas variáveis, que resultaram no detalhamento do espaço físico que irá receber o plano de arborização viária do bairro Jardim Portugal, também foi realizado, como parte desse projeto, o mapeamento fotográfico de toda a extensão dos lotes analisados. Algumas fotos em formato panorâmico permitem visualizar em um único plano todas as características que foram analisadas e tabeladas. (ver apêndices) Utilizou-se como procedimentos técnicos, além das técnicas básicas de georreferenciamento, outros itens importantes como o mapeamento e medição da área de estudo, a coleta de dados dos equipamentos urbanos e informações sobre a legislação local. Através da seleção e leitura do material bibliográfico, e usando como base a caracterização do bairro e a adoção de critérios técnicos para a definição dos locais de plantio (conforme Tabela 1), foram definidas as espécies mais adequadas para a arborização viária do bairro Jardim Portugal, sempre considerando toda a vida útil das espécies escolhidas. A Tabela 1 fornece o distanciamento mínimo do local do plantio (cova) em relação aos diversos componentes urbanos em vias públicas. 13 Mapa 1: Identificação e localização das quadras e suas respectivas laterais (testadas). Fonte: Próprio autor. 14 Mapa 2 – Localização dos lotes ocupados e seus respectivos numerais. Fonte: Próprio autor. 15 Tabela 1 - Distanciamento mínimo do local do plantio (cova) em relação aos diversos componentes urbanos em vias públicas. Distância mínima em relação à: Característica máximas da espécie Pequeno Médio Esquina 5m 5m Edificações 3m 4m Iluminação pública 3m 4m Postes 3m 4m Placas de identificação e sinalização 3m 3m Caixas de inspeção (boca-de-lobo, bueiros, etc) 1m 2m Abastecimento de água residencial 1m 1,5m Fachadas de edificações 2,4m 2,4m Altura do fuste 1,8m 1,8m Sinalização de trânsito (semáforos) 4m 6m Da sarjeta (meio fio) 0,5m 0,8m Muros 1m 1,5m Jardineira (área livre de infiltração) 1m 1m Fonte: dados baseados na tabela de Revitalização da Arborização Urbana de Governador Valadares- Minas Gerais. Oliveira (2012). Com base em todo o conjunto de informações coletadas e analisando as reais capacidades de implantação do plano de arborização, o presente estudo propõe o plantio de espécies considerando as seguintes recomendações: x O plantio de espécimes em passeio público, cuja lateral de quadra possua em sua extensão a presença de fiação aérea em conjunto com postes de iluminação pública, será exclusivamente de espécies de pequeno porte, com altura entre 04 e 05 metros, raio de copa em torno de 02 a 03 metros, apropriadas para calçadas estreitas (< 2,5m), que convivam com a presença de fiação aérea e ausência de recuo predial. x O plantio de espécimes em passeio público, cuja lateral de quadra não possua em sua extensão a presença de fiação aérea em conjunto com postes de iluminação pública, será exclusivamente de espécies de médio porte: altura de 05 a 08 metros, raio de copa em torno de 04 a 05 metros, apropriadas para calçadas largas (= ou > 2,5m), ausência de fiação aérea e presença de recuo predial. As espécies de grande porte, cuja altura ultrapassa 08 metros e raio de copa superior a 05 metros, não serão indicadas no plano de arborização devido às características do bairro não serem adequadas para tais plantios. 16 Segue abaixo a lista de indicação de nomes de algumas espécies mais comuns de pequeno e médio porte passíveis de plantio no plano de arborização viária do Jardim Portugal. Tabela 2 – Relação de espécies indicadas para o plantio no bairro Espécies de pequeno porte Nome comum Nome científico Ipê-de-jardim Stenolobium stans Flamboyantzinho, Flamboyant-mirim Caesalpinia pulcherrima Manac- de-jardim Brunfelsia uniflora Hibisco Hibiscus rosa-sinensis Resedá-anão, Extremosa, Julieta Lagerstroemia indica Grevílea anã Grevillea forsterii Cássia-macrantera, Manduirana Senna macranthera Rabo-de-cotia Stifftia crysantha Urucum Bixa orelana Espirradeira, Oleandro Nerium oleander Calistemon, Bucha-de-garrafa Callistemon citrinum Algodão-da-praia Hibiscus pernambucencis Chapéu-de-Napoleão Thevetia peruviana Espécies de médio porte Nome comum Nome científico Aroeira-salsa, Falso-chorão Schinus molle Quaresmeira Tibouchina granulosa Ipê-amarelo-do-cerrado Tabebuia sp Pata-de-vaca, Unha-de-vaca Bauhinia sp Astrapéia Dombeya wallichii Cássia imperial, cacho-de-ouro Cassia ferruginea Resedá-gigante, Escumilha african Lagerstroemia speciosa Magnólia amarela Michaelia champaca Eritrina, Suinã, Mulungu Erytrina verna Ligustro, Alfeneiro-do-Japão Ligustrum lucidum Sabão-de-soldado Sapindus saponaria Canelinha Nectandram egapotamica Fonte: Livro Árvores Brasileiras – Volume 1 Em relação à cova, deve ter no mínimo três vezes o diâmetro do torrão, mas apenas tão profunda como o torrão, conforme recomendação da Sociedade Internacional de Arboricultura. As raízes da muda devem crescer no solo circundante a fim de se estabelecerem. 17 3. ARBORIZAÇÃO VIÁRIA DO JARDIM PORTUGAL 3.1 Caracterização do Bairro O município de Rio Claro localiza-se no centro-leste do Estado de São Paulo, entre as coordenadas 22014’ e 22033’ S; e 47027’ e 47046’ O, com área territorial urbanizada de 28,3500 km2 e altitudes que variam de 500 a 800 metros. De acordo com o IBGE - Diretoria de Pesquisas - DPE - Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS, a população estimada em 2015 é de 199.961 pessoas. Neste município está inserido o Bairro Jardim Portugal, objeto deste estudo. Seu loteamento inicial começou na década de 1960, ou seja, o bairro possui aproximadamente 55 anos. Foi loteado em terras de propriedade da família Ferreira, conhecida no setor cerâmico e que ali possuía uma unidade fabril até meados da década de 90. Desde o projeto original, o bairro conta com 15 (quinze) quadras demarcadas, e deste total 13 (quadras) contam com edificações consolidadas e arruamento completo. Duas quadras ainda não possuem arruamento delimitado e nem construções existentes. No Mapa 3, referente ao projeto original de loteamento, verifica-se a existência de todas as quadras consolidadas. Porém, nas quadras de letra A e N, constituídas pela Rua 5 P ( Avs. 50 e 52) e Av. 52 ( Ruas 5 e 5 P), não existem limitações marcadas e arruamento nas laterais. O bairro Jardim Portugal encontra-se inserido no município de Rio Claro. Possui área total de 214,500 m2, sendo que desse total 130,482 m2 de lotes, 21,690 m2 de praças e 62,328 m2 de ruas. A área total do bairro representa 0,75% da área territorial urbana do município. Em seus limites encontram-se: ao norte a Avenida Paulista, ao sul a Avenida 46 (quarenta e seis), a leste a Rua 1 (um) e a oeste a Rua 6 (seis), também conhecida como Rua Dr. Eloy Chaves. 18 Mapa 3 – Loteamento original do bairro Jardim Portugal. Fonte: Secretaria Municipal de Obras – Rio Claro- 1960 19 O Jardim Portugal está inserido nos setores 112 e 213 da URP1-III – Unidade Regional de Parcelamento (ver mapa 4). Conta com uma população de 605 pessoas no setor 112 e 615 pessoas no setor 213, totalizando 1220 habitantes. Nota-se que o setor 213 avança 3 quadras no bairro Jardim Primavera, e, portanto, o total de habitantes do bairro Jardim Portugal pode ser menor do que a simples soma dos dois setores. Os dados referentes à informação acima são provenientes dos setores censitários de Rio Claro, provenientes da Supervisão de Base Territorial – UE/SP, referentes ao Censo 2010 (IBGE) Mapa 4- Setores Censitários 112 e 213 – Rio Claro Fonte: IBGE – Censo 2010 No Jardim Portugal, a extensão da área lindeira e/ou confrontante à via de circulação, comumente chamada de testada do lote, soma, considerando-se todas as quadras ocupadas, 4719,5 metros de extensão, sendo esta dividida em 357 lotes consolidados. A tabela e o gráfico abaixo fornecem a quantidade de lotes relacionados com suas respectivas testadas. Nota-se a predominância de lotes com testadas de 10 metros (47,8%) e testadas de 5 metros (20,7%). (ver Tabela 3) 20 Em relação à medida da faixa de rolamento predominante no bairro, constatou-se um padrão de 9 (nove) metros de largura, e das calçadas ou passeio público, um padrão de 2,5 metros de largura. Tabela 3- Medidas das testadas existentes e a quantidade encontrada no bairro. TESTADA (m) QTDE 5 74 7 5 8 15 9 1 10 171 11 4 11,5 1 12 2 15 24 20 29 25 3 30 15 31 1 32 1 40 1 55 1 60 3 64 1 70 2 80 1 120 2 TOTAL 357 Fonte: próprio autor Gráfico 1 - Medidas das testadas existentes e a quantidade encontrada no bairro Fonte: Próprio autor 21 Mapa 5: Município de Rio Claro e sua localização no Estado de São Paulo. Fonte: Plano Diretor Municipal 2007 Mapa 6 – Imagem aérea do bairro Jardim Portugal Fonte: Google Earth (2015) 22 Fonte: Adaptação – Plano Diretor Municipal de 2007 Mapa 7 – Bairro Jardim Portugal e sua localização no perímetro urbano do município de Rio Claro 23 3.2 Diagnóstico da arborização viária Foi realizado o levantamento das espécimes do Jardim Portugal, localizados na malha viária, junto aos passeios públicos e apenas em quadras consolidadas, excluindo áreas institucionais, parques, jardins e rotatórias. Para isso, foi utilizado o inventário total (censo), que permite o levantamento da totalidade de espécimes, abrangendo 100% da área acima citada. Foram identificadas 200 espécimes, sendo que, desse montante, 2 espécies distintas perfazem 50,9% do total encontrado. São elas: Callistemon atrinus (murta) com 24,2% e Lagerstroemia indica (resedá rosa), com 26,7%. Os principais problemas encontrados durante o levantamento: x Espécimes de grande porte (ex: oiti), plantadas sob fiação aérea (telefonia, energia elétrica); x Poda drástica – espécimes com o desenvolvimento comprometido devido a inúmeras podas irregulares e sem embasamento técnico adequado; x Árvores senescentes – espécimes com envelhecimento avançado e deterioração aparente, com risco de queda; x Ramificação de galhos – algumas espécimes encontradas apresentam elevada ramificação abaixo de 1,5m de altura, atrapalhando a passagem de pedestres pela calçada; x Excesso de palmeiras utilizadas como alternativa para arborização viária - não permitem poda de condução e a queda de galhos é constante com o desenvolvimento da espécie, podendo ocasionar risco aos pedestres e aos carros estacionados; x E por último, porém de grande importância, a grande quantidade de lotes (74) com testada de 5 (cinco) metros, impedindo o plantio de qualquer tipo de espécime, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. A tabela 4 permite visualizar todas as espécimes encontradas no bairro, de acordo com a localização da quadra e sua respectiva lateral, número do lote, quantidade de cada espécime encontrada, nome científico e nome popular. A tabela permite identificar a totalidade de indivíduos arbóreos por lateral de quadra, dado muito importante para identificação de áreas que apresentem número significativo ou muitas vezes ausente de arborização viária. 24 Tabela 4- Localização das espécimes por quadra e lateral, número do lote, quantidade encontrada, nome científico e nome popular. LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR B-1 686 1 Ligustrum lucidum alfeneiro B-1 646 1 Callistemon atrinus murta B-4 696 1 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá TOTAL 3 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR C-1 550 1 Lagerstroemia speciosa resedá gigante C-1 542 1 Callistemon atrinus murta C-1 530 1 Lagerstroemia indica resedá branco C-1 416 2 Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa C-2 416 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta C-3 651 1 Terminalia catappa chapéu de sol C-3 s/n 1 Terminalia catappa chapéu de sol C-3 364 1 Schinus molle chorão C-3 350 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta TOTAL 12 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR D-2 3575 1 Callistemon atrinus murta D-2 417 1 Licania tomentosa oiti D-3 417 2 Licania tomentosa oiti Licania tomentosa oiti D-3 427 1 Callistemon atrinus murta D-4 3586 1 Tabebuia roseo-alba ypê branco D-4 3566 1 Lagerstroemia indica resedá rosa D-4 3556 1 Tabebuia chrysantha ypê amarelo TOTAL 8 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR E-2 3253 1 Schinus molle chorão E-2 3263 2 Schinus molle chorão Schinus molle chorão E-2 3343 1 Callistemon atrinus murta E-3 3512 4 Schinus molle chorão Licania tomentosa oiti Schinus molle chorão Licania tomentosa oiti E-4 3464 3 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta E-4 3444 1 Callistemon atrinus murta E-4 3400 2 Tibouchina granulosa quaresmeira Tibouchina granulosa quaresmeira E-4 3390 1 Callistemon atrinus murta TOTAL 15 25 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR F-1 502 4 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá F-1 488 4 Melia azedarach santa bárbara Melia azedarach santa bárbara Melia azedarach santa bárbara Lagerstroemia indica resedá branco F-2 488 3 Melia azedarach santa bárbara Caesalpinia echinata pau-brasil Melia azedarach santa bárbara F-2 3555 3 Lithraea molleoides aroeira branca Aspidosperma ramiflorum guatambu Lithraea molleoides aroeira branca F-2 3575 1 Lagerstroemia indica resedá branco F-2 3591 1 Lagerstroemia indica resedá rosa F-2 3595 1 Schinus molle chorão F-2 3611 1 Licania tomentosa oiti F-3 3611 2 Licania tomentosa oiti Tabebuia roseo-alba ypê branco F-3 511 1 Licania tomentosa oiti F-3 517 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta F-4 3638 2 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá F-4 3558 1 Tibouchina granulosa quaresmeira F-4 502 2 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá TOTAL 28 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR G-1 590 3 Hibiscus syriacus Hibisco Variegata Hibiscus syriacus Hibisco Variegata Hibiscus syriacus Hibisco Variegata G-2 3411 1 Bauhinia spp pata de vaca G-2 3471 1 Callistemon atrinus murta G-2 3481 1 Callistemon atrinus murta G-2 3521 1 Callistemon atrinus murta G-4 3514 2 Lagerstroemia speciosa resedá gigante Mangifera indica mangueira G-4 3504 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta G-4 3494 2 Nectandra megapotamica canelinha Licania tomentosa oiti G-4 3474 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta G-4 3444 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta G-4 590 3 Hibiscus syriacus Hibisco Variegata Hibiscus syriacus Hibisco Variegata Hibiscus syriacus Hibisco Variegata TOTAL 20 26 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR H-2 3535 1 Hibiscus syriacus Hibisco Variegata H-2 3555 1 Tabebuia chrysantha ypê amarelo H-3 587 3 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta H-4 254 1 Magnolia champaca magnólia amarela TOTAL 6 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR I-1 10 3 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta I-2 3381 1 Callistemon atrinus murta I-2 3391 2 Lagerstroemia indica resedá branco Lagerstroemia indica resedá branco I-2 3461 1 Lycopodiella cernua pinheirinho I-2 3493 1 Callistemon atrinus murta I-3 3493 1 Callistemon atrinus murta I-3 571 2 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá I-4 571 2 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá I-4 110 2 Magnolia champaca magnólia amarela Magnolia champaca magnólia amarela I-4 40 1 Handroanthus impetiginosus ypê roxo I-4 20 1 Cupressus sempervirens cipreste I-4 10 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta TOTAL 19 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR J-1 760 6 Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa J-2 760 11 Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Nectandra megapotamica canelinha Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa J-2 3700 6 Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa 27 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR J-3 3700 7 Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa J-4 3700 6 Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa J-4 760 11 Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa Lagerstroemia indica resedá rosa TOTAL 47 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR K-1 812 2 Roystonea oleracea palmeira imperial Roystonea oleracea palmeira imperial K-1 782 1 Roystonea oleracea palmeira imperial K-2 3399 2 Roystonea oleracea palmeira imperial Roystonea oleracea palmeira imperial K-2 s/n 1 Roystonea oleracea palmeira imperial K-2 3439 1 Callistemon atrinus murta K-2 3469 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta K-3 797 1 Lagerstroemia indica resedá rosa K-4 3490 1 Lagerstroemia indica resedá branco K-4 3480 1 Callistemon atrinus murta K-4 3470 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta K-4 3450 1 Callistemon atrinus murta K-4 3446 1 Lagerstroemia indica resedá branco K-4 3430 1 Euterpe edulis palmeira içara K-4 3420 1 Lagerstroemia speciosa resedá gigante K-4 3400 1 Roystonea oleracea palmeira imperial K-4 812 1 Roystonea oleracea palmeira imperial TOTAL 20 28 LOCALIZAÇÃO N. LOTE QTDE NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR M-1 840 1 Licania tomentosa oiti M-2 3399 1 Schinus molle chorão M-2 3419 1 Callistemon atrinus murta M-2 s/n 1 Hibiscus syriacus Hibisco Variegata M-2 3439 2 Callistemon atrinus murta Callistemon atrinus murta M-2 3449 1 Callistemon atrinus murta M-2 3459 1 Lagerstroemia indica resedá branco M-2 3462 1 Lagerstroemia indica resedá rosa M-2 3479 1 Magnolia champaca magnólia amarela M-2 833 2 Magnolia champaca magnólia amarela Magnolia champaca magnólia amarela M-3 833 1 Magnolia champaca magnólia amarela M-4 871 1 Lagerstroemia indica resedá branco M-4 871 1 Callistemon atrinus murta M-4 130 1 Lagerstroemia speciosa resedá gigante M-4 80 2 Nectandra megapotamica canelinha Callistemon atrinus murta M-4 60 1 Euterpe edulis palmeira içara M-4 50 3 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá Fonte:próp.autor TOTAL 22 TOTAL GERAL 200 Tabela 5- Relação de espécies encontradas (nome científico e nome popular) e quantidade. NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR QTDE Ligustrum lucidum alfeneiro 1 Callistemon atrinus murta 49 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá 16 Lagerstroemia speciosa resedá gigante 4 Lagerstroemia indica resedá branco 9 Lagerstroemia indica resedá rosa 52 Terminalia catappa chapéu de sol 2 Schinus molle chorão 8 Licania tomentosa oiti 10 Tabebuia roseo-alba ypê branco 2 Tabebuia chrysantha ypê amarelo 2 Tibouchina granulosa quaresmeira 3 Melia azedarach santa bárbara 5 Caesalpinia echinata pau-brasil 1 Lithraea molleoides aroeira branca 2 Aspidosperma ramiflorum guatambu 1 Hibiscus syriacus Hibisco Variegata 8 Bauhinia spp pata de vaca 1 Mangifera indica mangueira 1 Nectandra megapotamica canelinha 3 Magnolia champaca magnólia amarela 7 Lycopodiella cernua pinheirinho 1 Handroanthus impetiginosus ypê roxo 1 Cupressus sempervirens cipreste 1 Roystonea oleracea palmeira imperial 8 Euterpe edulis palmeira içara 2 Fonte: próprio autor TOTAL 200 29 3.3 Subsídios para o planejamento da arborização viária Ao planejar a arborização viária de um determinado local, é preciso levar em conta as seguintes questões: o que plantar, como, onde e quando plantar. Para tanto, alguns fatores básicos devem ser levados em consideração, como, por exemplo: equipamentos urbanos ali existentes, condições gerais das espécimes encontradas no local, espaço físico disponível e características das espécies a utilizar. No caso do objeto delimitado neste estudo, a arborização viária de um bairro, é preciso também obedecer a determinadas normas, inclusive respeitando os valores culturais, ambientais e a memória dos seus moradores. A arborização também deve proporcionar conforto para as moradias, sombreamento, abrigo e alimento para a avifauna, contribuir para a biodiversidade, permitir a permeabilidade do solo, colaborar com a diminuição dos índices de poluição e proporcionar melhoria das condições do ambiente urbano como um todo. Os locais de plantio devem ser adequados ao porte das espécimes (altura e diâmetro da copa) e à largura de ruas e passeios. Ao analisar o espaço tridimensional disponível, é preciso considerar a posição das redes aéreas e subterrâneas de serviços (sistema elétrico, abastecimento de água, esgotos, etc.) e o afastamento das construções e sinalizações para a definição do porte adequado das espécimes e a posição de plantio. Ademais, as áreas permeáveis na base das árvores (canteiro) devem ser proporcionais ao porte das espécimes, conforme citado na metodologia. Para o correto manejo da arborização do bairro Jardim Portugal, foram levantadas as informações exatas do número de espécimes, localização, qualidade das espécimes existentes, testada individual dos lotes, presença ou não de fiação aérea e postes de iluminação, bem como o suporte máximo de indivíduos por testada de lote, levando em consideração todos os parâmetros citados. Para tanto, duas ações foram adotadas: realização de um inventário da arborização existente para conhecer o patrimônio arbóreo com o qual se está trabalhando e uma avaliação do sistema de manejo da arborização a ser utilizado. Estes diagnósticos indicaram: x Uma distribuição não qualitativa e não quantitativa da arborização existente – requer no planejamento o plantio de uma diversidade maior de espécies e um preenchimento equitativo dos lotes isentos de arborização – constatou-se a existência de 8 (oito) testadas de quadra sem a existência de qualquer tipo de arborização, de um total de 47 testadas levantadas; 30 x Existência de amplo espaço disponível para o plantio de novas espécimes – foi constatada a possibilidade de plantio de 341 (trezentos e quarenta e uma) espécimes a mais do que as já existentes, totalizando um montante total de 541 (quinhentos e quarenta e uma) unidades – soma das unidades já existentes com os espaços identificados disponíveis e adequados para plantio; A tabela 6 retrata o diagnóstico das laterais de quadra e indica localização (quadras e laterais), logradouro das laterais contendo identificação exata das ruas e avenidas, número total de lotes por lateral, metragem de testada total por lateral, quantidade total de espécimes encontradas, quantidade total de indivíduos com possibilidade de plantio (existentes + a plantar) e presença ou não de fiação aérea de energia elétrica. Tabela 6 – Dados por laterais de quadra – localização (quadra e lateral), logradouro, quantidade de lotes, testada total, quantidade de espécies existentes, quantidade de espécimes existentes + espécimes a plantar e identificação de presença ou não de fiação elétrica aérea. Localização da quadra Localização da lateral da quadra Logradouro da lateral Qtde de lotes Testada total da lateral (metros) Qtde de espécimes existentes Qtde espécimes existentes + espécimes a plantar Presença de fiação elétrica aérea A A-1 Av. 52, Ruas 4 e 5 1 55 0 12 não A A-2 Av. Paulista, Ruas 4 e 6 1 80 0 14 sim B B-1 Av. 52, Ruas 3P e 4 9 85 2 7 sim B B-2 Rua 3 P, Avs 52 e Paulista 5 55 0 8 sim B B-3 Av. Paulista, Ruas 3 P e 4 17 140 0 9 não B B-4 Av. 52, Ruas 3P e 4 3 57 1 8 não C C-1 Av. 52, Ruas 1 e 3 P 27 250 5 18 sim C C-2 Rua 1, Avs. 52 e Paulista 2 50 2 6 sim C C-3 Av. Paulista, Ruas 1 e 3 P 21 226 5 16 não D D-1 Av. 50, Ruas 1 e 2 4 60 0 7 sim D D-2 Rua 1, Avs 50 e 52 5 61,5 2 7 sim D D-3 Av. 52, Ruas 1 e 2 5 60 3 9 não D D-4 Rua 2, Avs 50 e 52 6 84 3 8 não E E-1 Av. 46, Ruas 1 e 2 3 60 0 7 sim E E-2 Rua 1, Avs 46 e 50 16 140 4 11 sim E E-3 Av. 50, Ruas 1 e 2 2 60 4 8 não E E-4 Rua 2, Avs 46 e 50 12 150 7 19 não F F-1 Av. 50, Ruas 2 e 3 2 60 8 10 sim F F-2 Rua 2, Avs 50 e 52 7 91 10 12 sim F F-3 Av. 52, Ruas 2 e 3 6 70 5 9 não F F-4 Rua 3, Avs 50 e 52 13 111 5 10 não G G-1 Av. 46, Ruas 2 e 3 2 60 3 7 sim G G-2 Rua 2, Avs 46 e 50 14 150 4 14 sim G G-3 Av. 50, Ruas 2 e 3 4 60 0 7 não G G-4 Rua 3, Avs 46 e 50 9 150 13 21 não 31 Localização da quadra Localização da lateral da quadra Logradouro da lateral Qtde de lotes Testada total da lateral (metros) Qtde de espécimes existentes Qtde espécimes existentes + espécimes a plantar Presença de fiação elétrica aérea H H-1 Av. 50, Ruas 3 e 3P 2 60 0 7 sim H H-2 Rua 3, Avs 50 e 52 13 121 2 10 sim H H-3 Av 52, Ruas 3 e 3P 7 57 3 7 não H H-4 Rua 3 P, Avs 50 e 52 18 142 1 11 não I I-1 Av. 46, Ruas 3 e 3P 2 60 3 6 sim I I-2 Rua 3, Avs 46 e 50 12 150 5 18 sim I I-3 Av. 50, Ruas 3 e 3P 3 60 3 9 não I I-4 Rua 3 P, Avs 46 e 50 18 150 8 12 não J J-1 Av. 50, Ruas 4 e 5 1 60 6 9 não J J-2 Rua 4, Avs 50 e 52 2 180 17 28 sim J J-3 Av. 52, Ruas 4 e 5 1 64 7 10 sim J J-4 Rua 5, Avs 50 e 52 2 190 17 20 sim K K-1 Av. 46, Ruas 4 e 5 3 60 3 9 sim K K-2 Rua 4, Avs 46 e 50 16 150 6 19 sim K K-3 Av. 50, Ruas 4 e 5 6 60 1 7 sim K K-4 Rua 5, Avs 46 e 50 13 150 10 17 sim L L-1 Av. 50, Ruas 5 e 5 P 1 60 0 6 não L L-2 Rua 5, Avs. 50 e 52 7 100 0 14 não M M-1 Av. 46, Ruas 5 e 5 P 7 60 1 7 sim M M-2 Rua 5, Avs. 46 e 50 13 150 11 19 não M M-3 Av. 50, Ruas 5 e 5 P 3 60 2 11 sim M M-4 Rua 5 P, Avs. 46 e 50 11 150 8 21 não Fonte: próprio autor TOTAL: 357 4719,5 200 541 As tabelas de 7 a 18 revelam o levantamento dos dados obtidos por lotes individuais, possibilitando um maior detalhamento das informações a serem analisadas para o planejamento da arborização viária. Com os dados obtidos a partir de lotes individuais, a indicação de espécies adequadas se torna mais eficiente porque fornece informações mais detalhadas do espaço já ocupado e do que tem possibilidades de ocupação com indivíduos arbóreos. Fornece a visualização dos dados de localização de cada lote, como quadra, lateral e número, sua respectiva testada em metros, o número de indivíduos arbóreos encontrados no respectivo lote, o número de espécimes que esse lote comporta, levando em consideração as espécimes já encontradas e substituídas, se for o caso (já levando em consideração todas as características específicas de distanciamento mínimo em relação aos itens elencados na tabela 1: a presença de fiação aérea de energia elétrica e de postes de iluminação pública na frente de cada lote. A partir dessas informações, chegaremos ao número exato de indivíduos a serem plantados no bairro, de acordo com as características de cada lote e lateral de quadra. 32 Tabela 7 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra A – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública A-1 750 55 0 12 não não A-2 750 80 0 14 sim sim Tabela 8 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra B – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública B-1 696 10 0 0 sim sim B-1 686 10 1 1 sim não B-1 688 10 0 1 sim não B-1 678 10 0 1 sim não B-1 660 5 0 0 sim sim B-1 650 5 0 0 sim não B-1 646 10 1 2 sim não B-1 636 10 0 1 sim não B-1 626 15 0 1 sim sim B-2 626 10 0 2 sim sim B-2 339 10 0 1 sim não B-2 349 10 0 1 sim não B-2 355 15 0 3 sim sim B-2 843 10 0 1 sim não B-3 843 15 0 3 não não B-3 853 5 0 0 não não B-3 857 5 0 0 não não B-3 863 5 0 0 não não B-3 867 5 0 0 não não B-3 877 10 0 1 não não B-3 887 5 0 0 não não B-3 889 5 0 0 não não B-3 897 10 0 2 não não B-3 907 10 0 1 não não B-3 917 10 0 1 não não B-3 s/n 5 0 0 não não B-3 927 5 0 0 não não B-3 937 10 0 0 não não B-3 947 10 0 0 não não B-3 957 10 0 0 não não B-3 961 15 0 1 não não B-4 961 32 0 5 não não B-4 3634 5 0 0 não não B-4 696 20 1 3 não não 33 Tabela 9 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra C – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública C-1 604 15 0 2 sim sim C-1 596 8 0 1 sim não C-1 592 8 0 1 sim não C-1 s/n 5 0 1 sim não C-1 572 5 0 0 sim não C-1 566 5 0 0 sim sim C-1 564 5 0 0 sim não C-1 556 5 0 0 sim não C-1 550 10 1 1 sim não C-1 542 10 1 1 sim não C-1 530 10 1 1 sim sim C-1 526 5 0 0 sim não C-1 520 5 0 0 sim não C-1 510 5 0 0 sim não C-1 506 5 0 0 sim não C-1 500 10 0 1 sim não C-1 490 10 0 1 sim sim C-1 480 5 0 0 sim não C-1 476 5 0 0 sim não C-1 470 8 0 0 sim não C-1 468 8 0 1 sim não C-1 454 8 0 1 sim sim C-1 446 8 0 1 sim não C-1 438 10 0 1 sim não C-1 430 8 0 1 sim não C-1 422 8 0 1 sim sim C-1 416 11 2 2 sim não C-2 416 25 2 3 sim sim C-2 651 25 0 3 sim sim C-3 651 31 1 1 não não C-3 671 10 0 2 não não C-3 s/n 10 1 1 não não C-3 s/n 5 0 0 não não C-3 697 5 0 0 não não C-3 701 5 0 0 não não C-3 711 25 0 0 não não C-3 731 10 0 0 não não C-3 757 10 0 0 não não C-3 767 10 0 1 não não C-3 777 10 0 1 não não C-3 s/n 5 0 0 não não C-3 787 5 0 0 não não C-3 795 7 0 0 não não C-3 803 8 0 0 não não C-3 386 10 0 1 não não C-3 382 10 0 0 não não C-3 s/n 8 0 1 não não C-3 364 12 1 1 não não C-3 350 20 2 4 não não C-3 604 10 0 3 não não 34 Tabela 10 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra D – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública D-1 3536 30 0 4 sim sim D-1 416 10 0 1 sim não D-1 406 10 0 1 sim sim D-1 400 10 0 1 sim não D-2 400 20 0 3 sim sim D-2 3555 10 0 1 sim não D-2 3565 10 0 1 sim não D-2 3575 10 1 1 sim sim D-2 417 11,5 1 1 sim não D-3 417 20 2 3 não não D-3 427 10 1 1 não não D-3 437 10 0 1 não não D-3 447 10 0 1 não não D-3 3610 10 0 3 não não D-4 3610 24 0 3 não não D-4 3586 10 1 1 não não D-4 3576 10 0 1 não não D-4 3566 10 1 1 não não D-4 3556 10 1 1 não não D-4 3536 20 0 1 não não Tabela 11 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra E – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública E-1 518 30 0 4 sim sim E-1 504 15 0 2 sim não E-1 488 15 0 2 sim sim E-2 488 10 0 1 sim sim E-2 3253 10 1 1 sim não E-2 3263 10 2 1 sim não E-2 3273 10 0 0 sim sim E-2 3281 5 0 0 sim não E-2 3287 5 0 0 sim não E-2 3291 5 0 0 sim não E-2 3297 5 0 0 sim não E-2 3303 10 0 1 sim não E-2 3313 10 0 0 sim sim E-2 3323 10 0 1 sim não E-2 3333 10 0 1 sim sim E-2 3343 10 1 1 sim não E-2 3353 10 0 2 sim não E-2 3363 10 0 1 sim não E-2 3373 10 0 1 sim sim 35 Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública E-3 3373 30 0 4 não não E-3 3512 30 4 4 não não E-4 3512 20 0 1 não não E-4 3492 10 0 1 não não E-4 3480 10 0 1 não não E-4 3474 10 0 1 não não E-4 3464 20 3 3 não não E-4 3444 10 1 2 não não E-4 3432 10 0 1 não não E-4 3430 10 0 2 não não E-4 3420 10 0 1 não não E-4 3400 20 2 3 não não E-4 3390 10 1 1 não não E-4 518 10 0 2 não não Tabela 12 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra F – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública F-1 502 30 4 5 sim sim F-1 488 30 4 5 sim sim F-2 488 20 3 3 sim sim F-2 3555 20 3 3 sim não F-2 3575 10 1 1 sim sim F-2 3591 10 1 1 sim não F-2 3595 10 1 1 sim não F-2 3605 10 0 1 sim sim F-2 3611 11 1 2 sim não F-3 3611 15 2 2 não não F-3 511 10 1 2 não não F-3 517 10 2 1 não não F-3 525 10 0 1 não não F-3 533 10 0 1 não não F-3 3646 15 0 2 não não F-4 3646 11 0 2 não não F-4 3638 10 2 2 não não F-4 3628 10 0 1 não não F-4 3618 10 0 1 não não F-4 3610 5 0 0 não não F-4 3604 5 0 0 não não F-4 3598 5 0 0 não não F-4 3594 5 0 0 não não F-4 3588 5 0 0 não não F-4 3582 5 0 0 não não F-4 s/n 20 0 1 não não F-4 3558 10 1 1 não não F-4 502 10 2 2 não não 36 Tabela 13 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra G – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública G-1 590 30 3 3 sim sim G-1 560 30 0 4 sim sim G-2 560 20 0 1 sim sim G-2 3401 10 0 2 sim não G-2 3411 10 1 1 sim não G-2 3421 15 0 2 sim sim G-2 3445 15 0 2 sim não G-2 3451 10 0 1 sim sim G-2 3461 10 0 2 sim não G-2 3471 10 1 1 sim não G-2 3481 10 1 1 sim sim G-2 3485 5 0 0 sim não G-2 3491 5 0 0 sim não G-2 3495 5 0 0 sim não G-2 3501 5 0 0 sim não G-2 3521 20 1 1 sim sim G-3 3521 20 0 3 não não G-3 477 10 0 1 não não G-3 491 15 0 1 não não G-3 3524 15 0 2 não não G-4 3524 10 0 1 não não G-4 3514 10 2 2 não não G-4 3504 10 2 1 não não G-4 3494 20 2 3 não não G-4 3474 20 2 3 não não G-4 3454 10 0 1 não não G-4 3444 40 2 6 não não G-4 3424 10 0 1 não não G-4 590 20 3 3 não não Tabela 14 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra H – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública H-1 572 30 0 3 sim sim H-1 s/n 30 0 4 sim sim H-2 s/n 10 0 2 sim não H-2 3515 10 0 0 sim sim H-2 3525 10 0 1 sim não H-2 3535 10 1 1 sim não H-2 s/n 10 0 1 sim sim H-2 3555 10 1 1 sim não H-2 3565 10 0 1 sim não H-2 3575 10 0 0 sim sim 37 Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública H-2 3585 5 0 0 sim não H-2 3591 5 0 0 sim não H-2 3595 5 0 0 sim não H-2 3601 5 0 0 sim não H-2 3605 10 0 1 sim sim H-2 581 11 0 2 sim não H-3 581 15 0 2 não não H-3 567 5 0 0 não não H-3 569 5 0 1 não não H-3 571 5 0 0 não não H-3 587 10 3 3 não não H-3 595 10 0 1 não não H-3 304 7 0 0 não não H-4 304 20 0 4 não não H-4 280 12 0 2 não não H-4 274 10 0 0 não não H-4 270 5 0 0 não não H-4 264 5 0 0 não não H-4 254 10 1 1 não não H-4 244 10 0 1 não não H-4 240 5 0 0 não não H-4 234 5 0 0 não não H-4 228 5 0 0 não não H-4 224 5 0 0 não não H-4 218 5 0 0 não não H-4 214 5 0 0 não não H-4 210 5 0 0 não não H-4 204 5 0 0 não não H-4 194 10 0 1 não não H-4 184 10 0 1 não não H-4 572 10 0 1 não não Tabela 15 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra I – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública I-1 10 30 3 3 sim sim I-1 3361 30 0 3 sim sim I-2 3361 20 0 2 sim sim I-2 3371 10 0 1 sim não I-2 3381 10 1 1 sim não I-2 3391 20 2 2 sim sim I-2 3411 10 0 1 sim não I-2 s/n 10 0 2 sim sim I-2 3431 10 0 1 sim não I-2 3441 20 0 3 sim não I-2 3451 10 0 2 sim não I-2 3461 10 1 1 sim não I-2 3471 10 0 1 sim não I-2 3493 10 1 1 sim sim 38 Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública I-3 3493 15 1 2 não não I-3 551 15 0 3 não não I-3 571 30 2 4 não não I-4 571 10 2 2 não não I-4 140 5 0 0 não não I-4 136 5 0 0 não não I-4 130 10 0 1 não não I-4 120 10 0 2 não não I-4 110 20 2 2 não não I-4 s/n 10 0 0 não não I-4 80 10 0 1 não não I-4 70 5 0 0 não não I-4 66 5 0 0 não não I-4 60 5 0 0 não não I-4 56 5 0 0 não não I-4 50 5 0 0 não não I-4 46 5 0 0 não não I-4 40 10 1 1 não não I-4 30 10 0 1 não não I-4 20 10 1 1 não não I-4 10 10 2 1 não não Tabela 16 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra J – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública J-1 760 60 6 9 não não J-2 760 120 11 20 sim sim J-2 3700 60 6 8 sim sim J-3 3700 64 7 10 sim sim J-4 3700 70 6 8 sim sim J-4 760 120 11 12 sim sim Tabela 17 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra K – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública K-1 812 30 2 5 sim sim K-1 782 15 1 1 sim não K-1 772 15 0 3 sim sim K-2 772 10 0 2 sim não K-2 3357 10 0 2 sim sim K-2 3399 10 2 2 sim não K-2 s/n 10 1 1 sim não 39 Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública K-2 3419 10 0 1 sim sim K-2 3429 10 0 2 sim não K-2 3439 10 1 1 sim não K-2 3449 10 0 1 sim sim K-2 3459 10 0 1 sim não K-2 3469 10 2 2 sim não K-2 3479 10 0 1 sim sim K-2 3489 10 0 1 sim não K-2 3499 10 0 1 sim não K-2 3505 5 0 0 sim não K-2 3511 5 0 0 sim sim K-2 757 10 0 1 sim não K-3 757 15 0 1 sim não K-3 775 15 0 2 sim sim K-3 785 7 0 1 sim não K-3 791 9 0 1 sim não K-3 797 7 1 1 sim sim K-3 3510 7 0 1 sim não K-4 3510 20 0 2 sim sim K-4 3500 10 0 1 sim não K-4 3490 10 1 1 sim não K-4 3480 10 1 1 sim sim K-4 3470 10 2 2 sim não K-4 3450 10 1 1 sim sim K-4 3446 10 1 1 sim não K-4 3440 10 0 2 sim não K-4 3430 10 1 1 sim não K-4 3420 10 1 2 sim sim K-4 3410 10 0 1 sim não K-4 3400 10 1 1 sim não K-4 812 20 1 1 sim sim Tabela 18 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra L – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública L-1 810 60 0 6 não não L-2 810 70 0 14 não não L-2 3585 5 0 0 não não L-2 3583 5 0 0 não não L-2 s/n 5 0 0 não não L-2 s/n 5 0 0 não não L-2 s/n 5 0 0 não não L-2 3565 5 0 0 não não 40 Tabela 19 – Dados por lotes individuais de acordo com a quadra M – localização, número do lote, testada, espécimes encontradas, espécimes totais (encontradas + a plantar), presença de fiação elétrica aérea e presença de postes de iluminação. (Fonte: próprio autor) Localização da quadra e lateral Número do lote Testada do lote (metros) Espécimes existentes por lote Espécimes (existentes + a plantar) Fiação aérea - energia elétrica Poste de iluminação pública M-1 872 10 0 1 sim não M-1 864 8 0 1 sim sim M-1 856 8 0 1 sim não M-1 848 8 0 1 sim não M-1 840 8 1 1 sim não M-1 832 8 0 1 sim sim M-1 824 10 0 1 sim não M-2 824 20 0 3 não não M-2 3369 10 0 1 não não M-2 3379 10 0 0 não não M-2 3389 15 0 2 não não M-2 3399 15 1 2 não não M-2 3419 10 1 1 não não M-2 s/n 10 1 2 não não M-2 3439 10 2 1 não não M-2 3449 10 1 1 não não M-2 3459 10 1 1 não não M-2 3462 10 1 2 não não M-2 3479 10 1 1 não não M-2 833 10 2 2 não não M-3 833 15 2 2 sim sim M-3 847 15 0 3 sim não M-3 871 30 0 6 sim sim M-4 871 10 1 2 não não M-4 140 10 0 1 não não M-4 130 10 1 1 não não M-4 108 10 0 2 não não M-4 104 10 0 1 não não M-4 90 20 0 3 não não M-4 80 20 2 3 não não M-4 60 10 1 1 não não M-4 50 20 3 3 não não M-4 s/n 10 0 1 não não M-4 872 20 0 3 não não Em relação às espécies que serão substituídas ou retiradas (sem substituição), prevaleceram os problemas relatados durante a realização do diagnóstico da arborização viária do bairro. Todas as que foram classificadas para substituição se encaixam nesse perfil, pois, ou não são espécies apropriadas para o plantio em via pública ou estão com sua vida útil esgotada, porém se encontram em local apropriado para o plantio. Já as espécies classificadas para retirada total, além de serem inapropriadas como espécie para a arborização viária, estão plantadas em locais que não deveriam receber o plantio de mudas de quaisquer espécies. 41 Tabela 20 – Relação - espécimes a serem substituídas ou retiradas (sem substituição) – localização, quantidade, nome científico e popular e ação (substituição ou retirada). Localização (quadra e lateral) Número do lote Qtde de espécimes Nome científico Nome popular Substituição ou retirada B-4 696 1 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá substituição E-2 3263 1 Schinus molle chorão retirada F-1 502 4 Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá substituição Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá substituição Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá substituição Syagrus romanzoffiana palmeira jerivá substituição F-3 517 1 Callistemon atrinus murta retirada G-2 3411 1 Bauhinia spp pata de vaca substituição G-4 3514 1 Mangifera indica mangueira substituição G-4 3504 1 Callistemon atrinus murta retirada G-4 3494 1 Nectandra megapotamica canelinha substituição I-2 3461 1 Lycopodiella cernua pinheirinho substituição K-1 812 1 Roystonea oleracea palmeira imperial substituição K-1 782 1 Roystonea oleracea palmeira imperial substituição K-2 3399 2 Roystonea oleracea palmeira imperial substituição Roystonea oleracea palmeira imperial substituição K-2 s/n 1 Roystonea oleracea palmeira imperial substituição K-4 3470 1 Callistemon atrinus murta substituição K-4 3430 1 Euterpe edulis palmeira içara substituição TOTAL DE ESPÉCIMES PARA SUBSTITUIÇÃO 16 TOTAL DE ESPÉCIMES PARA RETIRADA (SEM SUBSTITUIÇÃO) 3 Fonte: Próprio autor. As duas centenas de unidades arbóreas encontradas no sistema viário do bairro Jardim Portugal revelam claramente a necessidade de um plantio expressivo em todo a área disponível levantada nesse estudo. As considerações principais para a escolha dos locais, além de, obviamente, levarem em consideração os espaçamentos mínimos já relatados na metodologia desse estudo, baseiam-se na existência ou não da fiação aérea de energia elétrica. Esse parâmetro, fundamental na escolha das espécies de pequeno ou médio porte para as laterais de quadra, limita, muitas vezes, a escolha das espécies que devem se adaptar a esse mobiliário urbano presente em boa parte do bairro. A Tabela 21 detalha a quantidade de espécimes a serem plantadas por lateral de quadra e seus respectivos portes. Para um maior detalhamento da quantidade de espécimes a serem plantadas por lote individualmente, basta uma análise rápida das Tabelas 7 a 19 desse estudo. 42 Tabela 21 – Relação do número de espécimes a serem plantadas no bairro de acordo com seu porte e localização (quadra e lateral). LOCALIZAÇÃO LOGRADOURO DA LATERAL NÚMERO DE ESPÉCIMES PARA PLANTAR PORTE DAS ESPÉCIMES A-1 Av. 52, Ruas 4 e 5 12 médio A-2 Av. Paulista, Ruas 4 e 6 14 pequeno B-1 Av. 52, Ruas 3P e 4 5 pequeno B-2 Rua 3 P, Avs 52 e Paulista 8 pequeno B-3 Av. Paulista, Ruas 3 P e 4 9 médio B-4 Av. 52, Ruas 3P e 4 7 médio C-1 Av. 52, Ruas 1 e 3 P 13 pequeno C-2 Rua 1, Avs. 52 e Paulista 4 pequeno C-3 Av. Paulista, Ruas 1 e 3 P 11 médio D-1 Av. 50, Ruas 1 e 2 7 pequeno D-2 Rua 1, Avs 50 e 52 5 pequeno D-3 Av. 52, Ruas 1 e 2 6 médio D-4 Rua 2, Avs 50 e 52 5 médio E-1 Av. 46, Ruas 1 e 2 7 pequeno E-2 Rua 1, Avs 46 e 50 7 pequeno E-3 Av. 50, Ruas 1 e 2 4 médio E-4 Rua 2, Avs 46 e 50 12 médio F-1 Av. 50, Ruas 2 e 3 2 pequeno F-2 Rua 2, Avs 50 e 52 2 pequeno F-3 Av. 52, Ruas 2 e 3 4 médio F-4 Rua 3, Avs 50 e 52 5 médio G-1 Av. 46, Ruas 2 e 3 4 pequeno G-2 Rua 2, Avs 46 e 50 10 pequeno G-3 Av. 50, Ruas 2 e 3 7 médio G-4 Rua 3, Avs 46 e 50 8 médio H-1 Av. 50, Ruas 3 e 3P 7 pequeno H-2 Rua 3, Avs 50 e 52 8 pequeno H-3 Av 52, Ruas 3 e 3P 4 médio H-4 Rua 3 P, Avs 50 e 52 10 médio I-1 Av. 46, Ruas 3 e 3P 3 pequeno I-2 Rua 3, Avs 46 e 50 13 pequeno I-3 Av. 50, Ruas 3 e 3P 6 médio I-4 Rua 3 P, Avs 46 e 50 4 médio J-1 Av. 50, Ruas 4 e 5 3 médio J-2 Rua 4, Avs 50 e 52 11 pequeno J-3 Av. 52, Ruas 4 e 5 3 pequeno J-4 Rua 5, Avs 50 e 52 3 pequeno K-1 Av. 46, Ruas 4 e 5 6 pequeno K-2 Rua 4, Avs 46 e 50 13 pequeno K-3 Av. 50, Ruas 4 e 5 6 pequeno K-4 Rua 5, Avs 46 e 50 7 pequeno L-1 Av. 50, Ruas 5 e 5 P 6 médio L-2 Rua 5, Avs. 50 e 52 14 médio M-1 Av. 46, Ruas 5 e 5 P 6 pequeno M-2 Rua 5, Avs. 46 e 50 8 médio M-3 Av. 50, Ruas 5 e 5 P 9 pequeno M-4 Rua 5 P, Avs. 46 e 50 13 médio TOTAL: 341 Fonte: Próprio autor 43 CONSIDERAÇÕES FINAIS Entre os parâmetros urbanísticos fundamentais para o desenvolvimento equilibrado de um município, podemos citar a área e a testada mínimas de um lote. Tais parâmetros permitem equacionar espaços urbanos adequados ao convívio da arborização viária. Nesse contexto, o desdobro – subdivisão de lote resultante de parcelamento ou desmembramento, deveria seguir padrões que não afetassem a implantação de uma arborização viária adequada. Para tanto, o Artigo 31 da Lei Municipal N0 3806/07, que instituiu o Plano Diretor Municipal, assegura que o parcelamento do solo para fins urbanos deve respeitar, entre vários itens, a função socioambiental da propriedade urbana e da cidade, além do respeito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e à ordem urbanística. A mesma lei ainda institui requisitos urbanísticos como, por exemplo, a proibição de desdobro de lote que resulte em área inferior a 160m2 (cento e sessenta metros quadrados), parágrafo 10 do artigo 37. Porém, a Lei Complementar N0 081, de 25 de setembro de 2013, em seu Artigo 12, traz a seguinte redação: as áreas mínimas dos lotes serão determinadas em relação à zona em que estão localizadas, de acordo com a Lei de Zoneamento. Tal lei está estipulada através da Lei Complementar N0 082, de 25 de setembro de 2013, a qual, em seu Artigo 30, parágrafo 10, inclui o loteamento Jardim Portugal na ZPR-1A, Zona Predominantemente Residencial, e estipula os parâmetros de aproveitamento e ocupação do lote ou da gleba e estabelece que o lote mínimo e testada mínima se dá através da aprovação dos loteamentos e/ou leis modificadoras. O Jardim Portugal, inicialmente constituído de lotes mínimos de 300m2 (trezentos metros quadrados), atualmente se configura como um bairro totalmente descaracterizado de sua formação inicial, conservando apenas 47% de seus lotes originários. Uma parte significativa do bairro foi caracterizada pelo desdobro dos lotes iniciais, configurando áreas mínimas de 150 m2 (cento e cinquenta metros quadrados) e testadas de apenas 5m (cinco metros), impossibilitando totalmente o plantio de qualquer tipo de espécie arbórea. Aliado a essa configuração, o estudo Contribuição para um Plano de Arborização Viária do Bairro Jardim Portugal pode constatar que existe a ausência de parâmetros técnicos adotados na prática da arborização viária no município de Rio Claro e, consequentemente, no bairro alvo do trabalho. O plantio existente, em sua totalidade, demonstra claramente a 44 inexistência de padrões técnicos, a não adoção de espécies adequadas e o manejo precário, em sua maioria realizado pelos próprios moradores. Faz-se necessária, então, a adoção de políticas públicas voltadas ao tema da arborização, como, por exemplo, a instituição de um plano diretor específico, complementado de manuais técnicos, tanto voltados ao público comum como aos agentes públicos municipais. Há também, nesse contexto, a necessidade de se rever se os parâmetros urbanísticos adotados atualmente contribuem para a implantação adequada de uma arborização viária eficiente, ou até mesmo a possibilidade de implantação de algum tipo de arborização, já que a configuração de muitos loteamentos impossibilita tal ação, como visto em alguns casos no bairro Jardim Portugal. A proposta de plantio indicada pelo presente estudo visa tentar corrigir um planejamento ausente durante várias décadas, e tenta ao máximo manter as espécies já existentes e adequá-las à implantação de novas unidades. Espera-se que o conteúdo desse estudo possa servir de embasamento para futuras propostas de políticas públicas voltadas para a implantação de arborização viária no município de Rio Claro e que o conhecimento teórico aqui adquirido possa se expandir além dos limites da universidade. 45 REFERÊNCIAS BORTOLETO, S.; SILVA FILHO, D. F. da; LIMA, A. M. L. P. Prioridades de manejo para a arborização viária da estância de águas de São Pedro - SP, por setores. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 1, n. 1, p. 62-73, 2006. Disponível em: . Acesso em: 11 dez. 2015. GOMES, P. B. (Org.). Manual para elaboração do plano municipal de arborização urbana. Paraná: Comitê de Trabalho Interinstitucional para Análise dos Planos Municipais de Arborização Urbana no Estado do Paraná, Curitiba, 2012. MELO, E. F. R. Q.; ROMANINI, A. A gestão da arborização urbana na cidade de Passo Fundo / RS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Porto Alegre, v. 2, n. 1, p. 1-16, 2007. MESQUITA, L. de B. Arborização do Recife: notas técnicas para ajustes na execução e manutenção. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife, 1996. OLIVEIRA, G.N. Revitalização da Arborização Urbana no Centro de Governador Valadares–MG. Lavras-MG,2012. PIVETTA, K. F. L.; SILVA FILHO, D. F. da S. Arborização urbana. Boletim Acadêmico: série arborização urbana, Jaboticabal, 2002. Disponível em: < http://www.uesb.br/flower/alunos/pdfs/arborizacao_urbana%20Khatia.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2015. SANTIN, Dionete Aparecida (Coord.). Guia de arborização urbana de Campinas. Campinas: Lince Gráfica e Editora, 2007. SÃO PAULO (cidade). Prefeitura da Cidade de São Paulo. Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Manual técnico de arborização urbana de São Paulo. 2. ed. São Paulo: Prefeitura da Cidade de São Paulo, 2005. SILVA, José Ricardo Martins da. Análise das erradicações na arborização urbana de Recife - PE: uma contribuição ao paisagismo e a qualidade ambiental. 2001. 157 p. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2001. 46 APÊNDICES Foto 1 – Panorâmica localização quadra B, lateral 1 Foto 2 – Panorâmica localização quadra B, lateral 2 Foto 3 – Panorâmica localização quadra B, lateral 3 47 Foto 4 – Panorâmica localização quadra C, lateral 1 Foto 5 – Panorâmica localização quadra E, lateral 2 Foto 5 – Panorâmica localização quadra E, lateral 3 48 Foto 5 – Panorâmica localização quadra E, lateral 2 Foto 5 – Panorâmica localização quadra D, lateral 2 Foto 5 – Panorâmica localização quadra H, lateral