UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA - CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
MATHEUS SOUZA SILVA
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LAJES
PRÉ-MOLDADAS EM CATALÃO - GO
Ilha Solteira
2022
MATHEUS SOUZA SILVA
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LAJES
PRÉ-MOLDADAS EM CATALÃO - GO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de Engenharia do
Campus de Ilha Solteira – UNESP, como
parte dos requisitos para obtenção do grau de
Engenheiro Civil.
Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio de M.
Alcântara
Ilha Solteira
2022
FICHA CATALOGRÁFICA
Desenvolvido pelo Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação
Silva, Matheus Souza.
Avaliação da produção de lajes pré-moldadas em Catalão - GO / Matheus
Souza Silva. -- Ilha Solteira: [s.n.], 2022
47 f. : il.
Trabalho de conclusão de curso (graduação em Engenharia Civil) -
Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, 2022
Orientador: Marco Antônio de Morais Alcântara
Inclui bibliografia
1. Laje. 2. Vigota. 3. Pré-moldado.
S586a
Matheus Souza Silva
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LAJES PRÉ-MOLDADAS EM
CATALÃO - GO
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
apresentado como parte dos requisitos para
obtenção do grau de Engenheiro Civil, junto ao
Curso de Graduação em Engenharia Civil, da
Faculdade de Engenharia da Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
Câmpus de Ilha Solteira.
Aprovado em 12/12/2022
Comissão Examinadora
Prof. Dr. Marco Antônio de Morais Alcantara
UNESP/FE - Campus de Ilha Solteira (Orientador)
Prof. Dr. Artur Pantoja Marques
UNESP/FE - Campus de Ilha Solteira
Doutorando UNESP/FE - Campus de Ilha Solteira
Ilha Solteira
12 de dezembro de 2022
Me Rodrigo Andraus
Bispo
À minha mãe Donária Aparecida
e ao meu pai Mário Pereira
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por sempre me guiar no caminho correto, por
ensinar sobre coragem e humildade.
Agradeço aos meus pais Mário e Donária e à minha irmã Isabela, por fazerem
todo o possível para que essa conquista acontecesse.
Ao meu orientador Marco, pelos ensinamentos na sala de aula e na vida, pela
paciência e comprometimento com a docência.
A todos os professores que contribuíram para a minha formação, desde a
primeira escola até o fim da graduação.
A minha namorada Yasmin, pelo apoio incondicional e doses diárias de amor.
Aos meus companheiros de graduação e vizinhança, especialmente ao
Guilherme, por todas as risadas e amizade que tornaram o dia a dia tão prazeroso.
RESUMO
Algumas alternativas vêm surgindo para industrializar a construção civil. Elementos
pré-moldados são opções, associando rapidez de execução e ótimo custo-benefício.
Tendo em vista o uso difundido das lajes pré-moldadas, realizou-se este trabalho a
fim de avaliar a produção das vigotas, elementos que compõe essa estrutura, no
município de Catalão - GO. Para isso, foi realizada uma revisão da bibliografia,
reunindo as recomendações e exigências de acordo com as normas técnicas vigentes
e trabalhos de demais autores. O estudo de caso aconteceu em duas fábricas da
cidade, que apresentaram processo de fabricação semelhantes, sem controles rígidos
de qualidade, destacando-se armazenamento inadequado dos materiais, não
cumprimento do cobrimento mínimo e relação água cimento elevada. Como as
empresas não executam ensaios de resistência a compressão dos concretos e flexão
e cisalhamento das vigotas, não foi possível determinar qual traço e execução foi
melhor. Portanto, observou-se que é necessário profissionalização dos processos
para que haja maior qualidade e segurança das lajes pré-moldadas, o que pode ser
melhorado com parceria das empresas com as faculdades de engenharia civil do
município.
Palavras-chave: Laje. Vigota. Pré-moldado.
ABSTRACT
Some alternatives have been emerging to industrialize civil construction. Precast
elements are options, combining speed of execution and great cost-effectiveness.
Considering the widespread use of precast slabs, this work was carried out in order to
evaluate the production of joists, elements that make up this structure, in the
municipality of Catalão - GO. For this, a review of the bibliography was carried out,
gathering the recommendations and requirements in accordance with current technical
standards and works by other authors. The case study took place in two factories in
the city, which had a similar manufacturing process, without strict quality controls,
highlighting inadequate storage of materials, non-compliance with minimum cover and
high water-cement ratio. As the companies do not carry out compressive strength tests
of the concrete and bending and shearing of the beams, it was not possible to
determine which trait and execution was better. Therefore, it was observed that it is
necessary to professionalize the processes so that there is greater quality and safety
in precast slabs, which can be improved through a partnership between the companies
and the civil engineering schools in the municipality.
Keywords: Slab. Joist. Precast.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Laje formada por nervuras pré-moldadas. ........................................ 13
Figura 2 – Corte em laje de vigotas do tipo trilho. ............................................. 14
Figura 3 – Corte em laje de vigotas do tipo trilho protendido ............................ 14
Figura 4 – Corte em de vigotas do tipo treliça ................................................... 15
Figura 5 – Detalhes da treliça ............................................................................ 16
Figura 6 – Diagramas de tensão da seção transversal nos três Estádios de uma
viga .................................................................................................. 17
Figura 7 – Esquema de viga submetida à flexão com trecho fissurado ............. 19
Figura 8 – Vigota Trelifácil ................................................................................. 24
Figura 9 – Modificação na seção para garantir cobrimento. .............................. 27
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Foto 1 – Armazenamento do cimento – Empresa A ....................................... 31
Foto 2 – Armazenamento da areia grossa – Empresa A ................................ 32
Foto 3 – Armazenamento da brita 0 – Empresa A .......................................... 32
Foto 4 – Identificação da treliça – Empresa A ................................................ 33
Foto 5 – Armazenamento das treliças – Empresa A ....................................... 33
Foto 6 – Corte das armaduras adicionais – Empresa A .................................. 34
Foto 7 – Fôrmas de vigotas treliçadas – Empresa A ...................................... 36
Foto 8 – Fôrmas de vigotas tipo trilho – Empresa A ....................................... 36
Foto 9 – Armazenamento das vigotas prontas – Empresa A .......................... 37
Foto 10 – Armazenamento do cimento – Empresa B ....................................... 38
Foto 11 – Armazenamento dos agregados Empresa B .................................... 39
Foto 12 – Armazenamento das treliças – Empresa B ....................................... 39
Foto 13 – Cura das vigotas treliçadas nas fôrmas – Empresa B ...................... 40
Foto 14 – Adensamento do concreto nas fôrmas – Empresa B ........................ 41
Foto 15 – Seção transversal da vigota treliçada ............................................... 42
Foto 16 – Vigota com armadura exposta – Empresa B .................................... 42
Foto 17 – Armazenamento das vigotas – Empresa B ....................................... 43
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Limites para deslocamentos ............................................................ 21
Tabela 2 – Classes de agressividade ambiental ............................................... 25
Tabela 3 – Correspondência entre classe de agressividade e relação
água/cimento ................................................................................... 26
Tabela 4 – Correspondência entre a classe de agressividade e cobrimento
nominal para c = 5,0 mm ............................................................... 26
Tabela 5 – Aço para utilização em lajes pré-fabricadas .................................... 28
Tabela 6 – Traço utilizado pela fábrica – Empresa A ........................................ 34
Tabela 7 – Traço utilizado pela fábrica – Empresa B ........................................ 40
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................10
1.1 Objetivo geral ........................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................... 11
2.1 Histórico do pré-moldado ......................................................................... 11
2.2 Vigotas pré-moldadas – Informações técnicas ........................................ 12
2.2.1 Vigotas tipo trilho ..................................................................................... 14
2.2.2 Vigotas protendidas ................................................................................. 14
2.2.3 Vigotas treliçadas .................................................................................... 14
2.3 Análise da deformação – Estado limite de serviço .................................. 17
2.4 Deslocamentos limites ............................................................................. 20
2.5 Perspectivas de inovações ...................................................................... 23
2.6 Processo de fabricação das vigotas pré-moldadas ................................. 24
3 METODOLOGIA ...................................................................................... 29
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................. 30
4.1 Empresa A ............................................................................................... 30
4.2 Empresa B ............................................................................................... 37
5 CONCLUSÃO .......................................................................................... 43
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 44
10
1 INTRODUÇÃO
Desde a Revolução Industrial todos os setores de mercado buscam otimizar seus
processos de fabricação com o objetivo de aumentar produtividade, qualidade e
segurança. A construção civil acompanhou essa transformação, entretanto, segundo
Santine (2005), dentre todas as indústrias a da construção é considerada uma das mais
atrasadas. Isso em virtude do alto índice de desperdício, morosidade, baixo controle de
qualidade e produtividade.
Assim, mesmo com o crescimento do setor, ainda falta investimento em tecnologia
e capacitação da mão de obra, visto que tanto os processos construtivos utilizados hoje,
como os materiais empregados, em sua maioria não atendem as especificações técnicas
(SILVA; VALIN JR, 2014).
Nesse sentido, a utilização de elementos pré-moldados vem ganhando espaço no
mercado da construção civil, com destaque as lajes pré-moldadas em obras de pequeno
e médio porte. Dentre as vantagens desse sistema estão a facilidade de manuseio e
montagem, ausência de fôrmas de lajes e a existência de fábricas de lajes pré-moldadas
em quase todas as cidades de médio porte, tornando seu uso difundido, além do que,
apresentam desempenho compatível com as necessidades de projeto, quando bem
dimensionadas e executadas (FLÓRIO, 2004).
De acordo com norma técnica de projeto e execução de estruturas de concreto
pré-moldado NBR 9062:2017, o pré-moldado é definido como: “Elemento que é
executado fora do local de utilização definitiva na estrutura, com controle de qualidade
menos rigoroso, dispensando o uso de laboratórios e instalações congêneres próprias
para inspeção”.
Segundo Flório (2004), as lajes pré-fabricadas são um sistema formado por
nervuras pré-moldadas, também conhecidas como vigotas ou treliças, que são
espaçadas de maneira uniforme por lajotas de cerâmica ou EPS, sendo cobertas por
uma capa de concreto moldada no local.
Portanto, devido ao seu amplo mercado e utilização, esta pesquisa visa estudar o
processo de produção e execução das vigotas pré-moldadas em Catalão, Goiás.
11
1.1 Objetivo
Propõe-se investigar o processo de produção de vigotas pré-moldadas no
município de Catalão - Goiás, verificando se são atendidas as especificações e normas
técnicas vigentes, correto armazenamento da matéria-prima, tempo de cura do concreto,
cuidado em relação ao armazenamento e transporte dos elementos prontos, bem com
saber o nível de conhecimento técnico dos profissionais que realizam a sua fabricação.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Histórico do pré-moldado
Não se pode ter uma data precisa em que começou a pré-moldagem, o próprio
nascimento do concreto armado ocorreu com a pré-moldagem de elementos, fora do
local de seu uso. Sendo assim, pode-se afirmar que a pré-moldagem começou com a
invenção do concreto armado (VASCONCELOS, 2002).
De acordo com o mesmo autor, em 1891, Coignet, uma empresa localizada nas
proximidades de Paris, produziu vigas de concreto pré-moldado e armado para construir
um cassino em Biarritz, considerada a obra precursora no uso da tecnologia. Já por volta
de 1900, as primeiras lajes de concreto armado em grande escala, com apenas 5 cm de
espessura, estavam sendo pré-moldadas nos Estados Unidos.
A grande demanda social por habitações no início do século XX, principalmente
em países industrializados como Inglaterra e Estados Unidos, gerou uma necessidade
de projetos de construção baseados em processos industriais, tais como a pré-fabricação
do concreto. Mas essa demanda só se intensificou e firmou ao final da segunda Guerra
Mundial, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. A reconstrução das cidades
europeias e a crescente populacional no solo americano pós-guerra gerou uma grande
necessidade de habitações, atendida graças a pré-fabricação (HERNÁNDEZ, 2016).
De acordo com Vasconcelos (2002), no Brasil, a primeira obra executada com
elementos pré-moldados foi em 1926, o Hipódromo da Gávea na cidade do Rio de
Janeiro. Foram usadas estacas pré-moldadas nas fundações e cercas no perímetro do
hipódromo, mas foi uma solução cara e trabalhosa em que as vantagens da pré-
moldagem não foram eficazes. A racionalização e a industrialização de sistemas
12
construtivos só se tonaram pauta no fim da década de 50, época que a Construtora
Mauá, de São Paulo, especializada em construções industriais, executou vários galpões
pré-moldados no próprio canteiro de obras.
O Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo – CRUSP, da cidade
universitária Armando Salles de Oliveira, em São Paulo, foi o primeiro edifício de vários
pavimentos construído com elementos pré-moldados. Os prédios de seis pavimentos
foram projetados pelo Fundo de Construção da Universidade de São Paulo – FUNDUSP
em 1964 e funcionavam como alojamento de estudantes. Nesta obra as peças foram
fabricadas no canteiro de obra, onde existia espaço de sobra para a produção e
armazenagem. Este foi um elemento altamente favorável, o que não acontece
atualmente em obras situadas em regiões populosas das cidades (VASCONCELOS,
2002).
De acordo com a engenheira civil Íria Doniak, presidente-executiva da Abcic
(Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), em entrevista a
Santos (2021), nos últimos 20 anos quase dobrou a participação da pré-fabricação no
mercado, indo de 4 a 5% para 8 a 10%, considerando o percentual total sobre estruturas,
fundações e fachadas. Íria diz que valores são apenas uma estimativa, uma vez que não
existe ainda um dado confiável. Comparados a Europa, em que a taxa varia de 30% a
90%, sendo os índices mais altos nos países nórdicos, Holanda e Bélgica, o Brasil possui
um índice muito baixo, e o crescimento vai depender de alguns pontos, como o retorno
dos investimentos nacionais e internacionais e a capacidade do governo lidar com a
economia em geral.
2.2 Vigotas pré-moldadas – Informações técnicas
De acordo com Flório (2004):
As lajes com vigotas pré-fabricadas, como o nome já caracteriza, são sistemas
formados por nervuras cujas vigotas (parte da nervura) são pré-moldadas de
concreto armado (trilho ou treliça) espaçadas de maneira uniforme por lajotas
(normalmente cerâmicas ou de outros materiais como o EPS) e cobertas por
uma capa de concreto moldada no local, cuja função é garantir a distribuição dos
13
esforços atuantes no elemento, aumentar sua resistência à flexão e nivelar o
piso (FLÓRIO, 2004, p.18).
Na figura 1 vê-se os elementos que compõem a laje pré-moldada.
Figura 1 - Laje formada por nervuras pré-moldadas.
Fonte: EL DEBS, 2000.
Embora os elementos de concreto pré-fabricados e pré-moldados compartilhem o
conceito de serem peças produzidas fora do local de utilização definitiva, a NBR
9062:2017 os diferencia em relação ao controle de qualidade. Os pré-fabricados são
executados industrialmente em instalações provisórias ou não, com rigoroso controle de
qualidade, sendo indispensável à existência de laboratório e demais instalações
permanentes, condições estas não exigidas a pré-moldagem, o que torna a utilização
destes elementos em obras de pequeno e médio porte muito maior. É importante
ressaltar que mesmo com níveis de controle de qualidade diferentes, os requisitos
estabelecidos nas normas técnicas devem ser seguidos para ambos, tanto de projeto
quanto produção e montagem.
A vigota pré-moldada consiste em uma armadura envolta total ou parcialmente
em concreto estrutural, sendo esta armadura a inferior de tração da laje, integrando
parcialmente a seção de concreto da nervura longitudinal (NBR 14859-1:2002). São
14
utilizados três tipos de vigotas nas obras: as vigotas de concreto armado (trilho), as
vigotas de concreto protendido e as vigotas treliçadas.
2.2.1 Vigotas tipo trilho
É uma vigota de concreto armado normalmente com seção no formato de um “T”
invertido (figura 2) com armadura passiva totalmente envolvida pelo concreto, utilizada
para compor as lajes de concreto armado (FLÓRIO, 2004). A especificação e distribuição
da armadura devem seguir o projeto estrutural, bem como a altura de capa do concreto.
Figura 2 - Corte em laje de vigotas do tipo trilho.
Fonte: FAZ FÁCIL, 2012.
2.2.2 Vigotas protendidas
Estes elementos (figura 3) possuem geometria similar as armadas, mas com
armadura ativa pré-tensionada também totalmente envolvida pelo concreto da vigota,
utilizadas para compor as lajes de concreto protendido (FLÓRIO, 2004).
Figura 3 - Corte em laje de vigotas do tipo trilho protendido
Fonte: FAZ FÁCIL, 2012.
2.2.3 Vigotas treliçadas
15
Conforme a NBR 14859-1:2002 as vigotas treliçadas (figura 4) são constituídas
por uma armação de treliça e pela base de concreto, podendo ser inseridas armaduras
adicionais de acordo com a carga e o tamanho da laje, desde que a armadura passiva
de flexão esteja totalmente envolta pela base de concreto.
Figura 4 - Corte em de vigotas do tipo treliça.
Fonte: FAZ FÁCIL, 2012.
A NBR 14859-1:2002, diz que as armaduras treliçadas são armaduras de aço
pronta, pré-fabricada, em forma de estrutura espacial prismática, constituída por fios de
aço paralelos na base (banzo inferior), os quais resistem às forças de tração oriundas do
momento fletor positivo e um fio de aço no topo (banzo superior), que colabora como
armadura de compressão durante a montagem e concretagem da laje treliçada. Os
banzos são unidos pelas sinusóides, formando as diagonais, que além de colaborarem
como armadura resistente à força cortante, promovem uma perfeita coesão entre o
concreto do elemento pré-moldado e o concreto de capeamento. As treliças usadas são
padronizadas e podem ser escolhidas pelos projetistas com o auxílio de tabelas feitas
por fornecedores em função do vão e do carregamento de utilização da laje. Algumas
dimensões das treliças são fixas, conforme a Figura 5.
A altura da treliça (H), é dada entre as superfícies limites dos banzos inferior e
superior, têm padrões de 8cm, 12cm, 16cm, 20cm, 25cm e 30cm. A base (A) é a distância
entre os fios do banzo inferior, no caso de 9cm. O passo é a distância entre os nós da
treliça, no caso de 20cm. A nomenclatura da treliça é dada em função de sua altura e da
bitola dos fios que a compõem. Por exemplo a treliça TR16745 possui altura de 16 cm,
conforme os 2 primeiros algarismos, bitola do banzo superior de 7mm, do fio da diagonal
de 4,2mm, e de 5mm no banzo inferior (TÁVORA, 2017).
16
Figura 5 – Detalhes da treliça.
Fonte: Manual Técnico de Lajes Treliçadas, ArcelorMittal (2010)
A NBR 6118:2014 prescreve que a espessura da mesa da vigota, quando não
houver tubulações horizontais embutidas, deve ser maior ou igual a 1/15 da distância
entre nervuras e não menor que 3 cm. O valor mínimo deve ser 4 cm, quando existirem
tubulações (diâmetro máximo 12,5 mm) embutidas. Vigotas com espessura menor que
8 cm não devem conter armadura de compressão.
Para o projeto das lajes nervuradas a NBR 6118:2014 estabelece as seguintes
condições:
a) para lajes com espaçamento entre eixos de vigotas menor ou igual a 65 cm, pode ser
dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a verificação do cisalhamento da
região das nervuras, permite-se consideração dos critérios de laje;
b) para lajes com espaçamento entre eixos de vigotas entre 65 cm e 110 cm, exige-se a
verificação da flexão da mesa e as vigotas devem ser verificadas ao cisalhamento como
vigas; permite-se essa verificação como lajes se o espaçamento entre eixos de vigotas
for até 90 cm e a largura média das vigotas for maior que 12 cm;
c) para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de vigotas maior que 110 cm, a
mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas, respeitando-se
os seus limites mínimos de espessura.
As lajes de vigotas pré-fabricadas treliçadas podem ser executadas de duas
maneiras: unidirecional ou nervurada. No sistema de laje unidirecional, as vigotas são
arranjadas na direção do menor que vão da laje e em uma única direção, como o próprio
17
nome já diz. Já na laje nervurada, segundo Flório (2004), as vigotas são colocadas
também na direção do menor vão, mas com nervuras transversais moldadas no local de
execução, armadas com barras de aço isoladas.
2.3 Análise da deformação – Estado limite de serviço
Conforme a NBR 6118:2014 as verificações de estado limite último (ELU) e estado
limite de serviço (ELS) devem ser atendidas por todos os elementos estruturais, sendo
determinantes no dimensionamento. O ELU é o estado limite relacionado ao colapso
estrutural que determina a paralisação do uso da construção, enquanto que o ELS, ou
limite de deformação excessiva, é o estado em que as deformações atingem limites
estabelecidos para a utilização normal da estrutura.
A verificação de colapso nas lajes nervuradas pré-moldadas está relacionada a
capacidade resistente das seções sob flexão e cisalhamento. O momento fletor (M)
atuante na seção pode atingir um valor que provoque o colapso do elemento,
denominado de momento fletor de ruína (Mu). Até que esse valor seja atingido nota-se
diferentes níveis de deformação, denominados estádios (figura 6), conceituados a seguir
conforme Flório (2004).
Figura 6 – Diagramas de tensão da seção transversal nos três Estádios de uma viga
Fonte: FLÓRIO, 2004
Estádio I – Fase que corresponde ao início do carregamento. As tensões normais
que surgem são de baixa magnitude e não ultrapassam a resistência característica à
18
tração do concreto (ftk). Tem-se um diagrama linear de tensões ao longo da seção
transversal da peça e não aparecem fissuras visíveis a olho nu.
É no estádio I que é feito o cálculo do momento de fissuração (Mr), que separa o
estádio I do estádio II. Determinado o momento de fissuração, é possível calcular a
armadura mínima, de modo que esta seja capaz de absorver, com adequada segurança,
as tensões causadas por um momento fletor de mesma magnitude.
Estádio II - Neste nível de carregamento, as tensões de tração na maioria dos
pontos abaixo da linha neutra (LN) terão valores superiores ao da resistência
característica do concreto à tração e a seção se encontra fissurada na região tracionada.
Portando, a contribuição do concreto tracionado deve ser desprezada, resistindo aos
esforços de tração apenas o aço.
Admite-se que a tensão de compressão no concreto continue linear, embora
alguns autores considere uma variação parabólica como mostrada na figura 6.
Resumidamente, o estádio II serve para a verificação da peça em serviço, como
o estado limite de deformações excessivas. O estádio II termina com o início da
plastificação do concreto comprimido.
Estádio III – Neste estádio, a zona comprimida encontra-se plastificada e o
concreto dessa região está na iminência da ruptura. Supõe-se que a distribuição de
tensões no concreto ocorra segundo um diagrama parábola- retângulo.
Ainda de acordo com Flório (2004), o dimensionamento das estruturas de
concreto armado é normalmente determinado no estado limite último (estádio III),
garantindo que resistam aos esforços sem colapsar. Entretanto, em muitas situações, o
estado limite de deformação excessiva passa a ser determinante no dimensionamento.
Para Droppa Jr (1999) a fissuração do concreto tem grande influência no cálculo das
flechas de lajes formadas por vigotas pré-moldadas. Considerando isso, afirma que a
adoção da fórmula de Branson (Eq. 1), para análise não-linear é satisfatória para a
avaliação das fechas em serviço.
O método simplificado de Branson, recomendado pela NBR 6118:2014, adota
uma fórmula de inércia equivalente ponderada entre os estádios I e II do concreto.
𝐼𝑒𝑞 = (
𝑀𝑟
𝑀𝑎
)
3
. 𝐼𝐼 + [1 − (
𝑀𝑟
𝑀𝑎
)
3
] . 𝐼𝐼𝐼 ≤ 𝐼𝐼 Eq. 1
19
Onde
Ieq é o momento de inércia efetivo;
II é o momento de inércia da peça no estádio I;
III é o momento de inércia da seção fissurada de concreto no estádio II;
Ma é o momento fletor na seção crítica do vão considerado, ou seja, o momento
máximo;
Mr é o momento de fissuração do elemento estrutural;
A figura 7 representa um esquema de viga submetida à flexão com trechos em
diferentes estádios, sendo necessário aplicar a fórmula de Branson para determinar a
inércia efetiva. Conhecido esse valor, as flechas imediatas podem ser calculadas pelas
expressões de resistência dos materiais.
Figura 7 – Esquema de viga submetida à flexão com trecho fissurado
Fonte: FLÓRIO, 2004
20
Peixoto (2002) ressalta que a flecha de um elemento depende não só da inércia,
mas também das características do concreto. Para uma mesma peça e mesmo
carregamento espera-se igual resistência do concreto, principalmente caracterizada pelo
módulo de elasticidade (Ec). Contudo, este valor é influenciado por diversas variáveis,
podendo resultar em resistências características sem precisão. A escolha e mistura dos
materiais, transporte, lançamento, adensamento e cura do concreto são algumas
variáveis que devem ser controladas para a obtenção de um concreto com as
características desejadas.
No trabalho de Peixoto (2002) ele ensaiou diversos protótipos de nervura formada
por vigotas treliçadas pré-moldadas que tiveram condições de adensamento e cura
destintas. As nervuras foram submetidas a ensaio de flexão e as flechas obtidas foram
comparadas as calculadas por Branson. Constatou-se que a expressão forneceu
resultados de deslocamentos inferiores aos experimentais nos processos onde a
vibração foi menos eficiente e deslocamentos superiores nos processos onde houve
vibração eficiente. Para a variação de cura, observou-se que quando respeitada, houve
concordância dos valores experimentais e obtidos por Branson, diferentemente dos
protótipos não curados, portanto, confirmando que os concretos com mesmo fck, podem
apresentar Ec e rigidez diferentes, e consequentemente deslocamentos distintos.
2.4 Deslocamentos limites
De acordo com a NBR 6118:2014, p. 76 “deslocamentos-limites são valores
práticos utilizados para verificação em serviço do estado-limite de deformações
excessivas da estrutura.”, sendo classificados em quatro grupos básicos apresentados
a seguir:
a) Aceitabilidade sensorial: o limite é caracterizado por sensações desagradáveis aos
usuários da estrutura. A razão das limitações pode ser visual, com deslocamento
limite igual a 𝑙/200, sendo l o comprimento do vão, ou de outros tipos como
vibrações, provenientes de cargas acidentais, com deslocamento igual a 𝑙/350;
b) Efeitos específicos: os deslocamentos podem impedir a utilização adequada da
construção. Exemplo: superfícies que devem drenar água em 𝑙/250, pavimentos que
devem manter planos 𝑙/600 e elementos que suportam equipamentos sensíveis de
acordo com a recomendação do fabricante;
21
c) Efeitos em elementos não estruturais: deslocamentos estruturais podem ocasionar
o mau funcionamento de elementos que, apesar de não fazerem parte da estrutura,
estão a ela ligados. Assim, as razões das limitações podem ser paredes, com
limitação de 𝑙/500 no caso de alvenarias e revestimentos e 𝑙/250 no caso de
divisórias leves e 𝐻/500 para movimento lateral de edifícios;
d) efeitos em elementos estruturais: os deslocamentos podem afetar o comportamento
do elemento estrutural, provocando afastamento em relação às hipóteses de cálculo
adotadas.
A NBR 6118:2014 fornece na tabela 13.3, p. 77-78 os valores-limites de
deslocamentos apresentados aqui na tabela 1.
Tabela 1 - Limites para deslocamentos
22
23
A contraflecha é definida como o deslocamento vertical intencional aplicado nas
vigotas pré-fabricadas durante a montagem, por meio do escoramento, contrário ao
sentido da flecha e deverá ser calculada para que após a retirada do escoramento e a
aplicação de todo carregamento, a laje não desloque acima da flecha limite (NBR 14859-
1:2002). Entretanto, a atuação isolada da contraflecha não pode ocasionar um desvio do
plano maior que 𝑙/350.
2.5 Perspectivas de inovações
Apesar de suas vantagens em relação a outros sistemas estruturais, as vigotas
treliçadas e praticamente todos os produtos e serviços oferecidos dentro e fora da
construção civil têm potencial para serem mais eficientes, tanto econômica quanto
produtivamente. Essa busca pela melhoria é reconhecida por meio de pesquisas e
experimentações realizadas para melhor compreender as partes que compõem o
sistema. Neste caso, destacam-se os estudos de otimização estrutural, de custo e de
escoramento. Além disso, a experiência com materiais modificados e métodos de
execução do processo, como no caso da protensão de vigotas, pode trazer vantagens
significativas sobre os métodos convencionais.
Nesse mesmo contexto, a Novatreliça, da empresa ArcelorMittal, substitui a base
de concreto da vigota por um perfil metálico de aço zincado, de cerca de 1mm de
espessura, o que reduz o peso em aproximadamente 80%, de acordo com o fabricante.
Com isso, ganha-se em produtividade, de modo que um só operário consiga manusear
e instalar as vigotas para execução com mais facilidade, sendo necessária uma
quantidade menor de mão de obra. Além disso, o transporte é feito com menor custo,
mais agilidade e menor risco de perdas (TÁVORA, 2017). Pode-se visualizar na figura 8
a vigota utilizada nesse sistema.
24
Figura 8 – Vigota Trelifácil
Fonte: Trelifácil ® ArcelorMittal (2019).
A utilização de enchimento de EPS, escoramento e formas metálicas e,
recentemente, a Trelifácil ® são inovações que reduzem o peso próprio da estrutura, o
tempo de execução e o desperdício de materiais no canteiro de obra, quando tratamos
do sistema convencional de construção. Entretanto, existem novas formas de construir,
cada vez mais eficientes e limpas, a exemplo do steel frame, e cabe ao mercado escolher
com segurança e economia a melhor solução para cada obra.
2.6 Processo de fabricação das vigotas pré-moldadas
Para a fabricação das vigotas pré-moldadas, deve-se seguir as normas técnicas
abaixo:
NBR 6118:2014 - Projeto e execução de obras de concreto armado - Procedimento
NBR 14931:2004 - Execução de estruturas de concreto – Procedimento
NBR 9062:2017 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado
NBR 12655:2015 - Concreto - Preparo, controle e recebimento – Procedimento
NBR 14859-1:2002 - Laje Pré-Fabricada -Requisitos Parte 1: Lajes Unidirecionais.
25
NBR 7480:2007 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado
- Especificação
NBR 14862:2002 - Armaduras treliçadas eletrossoldadas - Requisitos
Diferentemente dos elementos pré-fabricados, os pré-moldados não exigem um
controle rígido de qualidade, entretanto, como visto anteriormente, a confiabilidade dos
elementos estruturais está diretamente relacionada a um processo de produção
controlado, seguindo as normas técnicas. Para isso, a escolha e armazenagem da
matéria prima é primordial.
A composição do concreto e a escolha dos materiais componentes devem
satisfazer as exigências estabelecidas na NBR 12655:2015, para concreto fresco e
endurecido, observando: consistência, massa específica, resistência, durabilidade,
proteção das barras de aço quanto à corrosão e o sistema construtivo escolhido para a
obra. O concreto deve ser dosado a fim de minimizar sua segregação no estado fresco,
levando-se em consideração as operações de mistura, transporte, lançamento e
adensamento (NBR 14859-1:2002). A resistência característica à compressão será a
especificada pelo projeto estrutural, sendo exigida pela NBR 6118:2014 no mínimo
20MPa. A relação água cimento limite (𝑎 𝑐⁄ ), bem como o cobrimento mínimo (cmín) estão
relacionados a classe de agressividade ambiental a que esse elemento está exposto,
dado de acordo com tabela 2.
Tabela 2 – Classes de agressividade ambiental
26
Classificada a agressividade, a partir das tabelas 3 e 4 determina-se a relação
água cimento máxima e o cobrimento mínimo, respectivamente.
Tabela 3 - Correspondência entre classe de agressividade e relação água/cimento
Tabela 4 - Correspondência entre a classe de agressividade e
cobrimento nominal para c = 5,0 mm
Portanto, de acordo com a NBR 6118:2014, o cobrimento para uma laje pré-
moldada localizada em um ambiente urbano classe de agressividade II (agressividade
moderada com pequeno risco de deterioração da estrutura), considerando uma
tolerância de execução de c = 5,0 mm pois trata-se de um elemento pré-moldado, seria
de 20 mm, valor que deixa praticamente todas as vigotas pré-moldadas existentes no
mercado fora das especificações da norma (FLÓRIO, 2004). Essa adaptação para
adequação a norma é difícil, visto que a sapata da vigota treliçada tem normalmente
3,0 cm e deve receber a armadura, ou seja, as dimensões da vigota teriam que aumentar
e com isso os fabricantes de materiais de enchimento também teriam que modificar as
dimensões verticais das abas de apoio, garantindo assim o perfeito encaixe entre os
componentes das lajes nervuradas pré-fabricadas.
27
Figura 9 – Modificação na seção para garantir cobrimento
Fonte: FLÓRIO, 2004
Conforme a NBR 12655:2015, cada cimento deve ser armazenado
separadamente, de acordo com a marca, tipo e classe. O cimento fornecido em sacos
deve ser guardado em pilhas, em local fechado, protegido da ação de chuva, névoa ou
condensação. Cada lote recebido em uma mesma data deve ser armazenado em pilhas
separadas e individualizadas. As pilhas devem estar separadas por corredores que
permitam o acesso e os sacos devem ficar apoiados sobre estrado ou paletes de
madeira, para evitar o contato direto com o piso. Os sacos devem ser empilhados em
altura de no máximo 15 unidades, quando ficarem retidos por período inferior a 15 dias,
ou em altura de no máximo 10 unidades, quando permanecerem por período mais longo.
Os agregados devem ser armazenados separados segundo sua graduação
granulométrica, conforme as classificações indicadas na NBR 7211:2005. Não pode
haver contato físico direto entre as diferentes graduações. Cada fração granulométrica
deve ficar sobre uma base que permita escoar a água livre.
A água destinada ao amassamento do concreto deve ser armazenada em caixas
vedadas, a fim de evitar a contaminação por substâncias estranhas.
A quantidade total de aditivos, quando utilizados, não pode exceder a dosagem
máxima recomendada pelo fabricante. Para o uso de aditivos em quantidades menores
do que 2 g/kg de cimento, exige-se que este seja disperso em parte da água de
amassamento. Quando se usarem conjuntamente dois ou mais aditivos, a
compatibilidade entre eles deve ser verificada. Os aditivos devem ser armazenados, até
o instante do seu uso, nas embalagens originais ou em local que atenda às
especificações do fabricante. E quando utilizado diretamente de sua embalagem original,
28
deve ser homogeneizado energicamente, de forma a impedir a decantação dos sólidos
contidos no aditivo (NBR 12655:2015).
O aço para fins de utilização em lajes pré-moldadas deve atender ao disposto na
tabela 5.
Tabela 5 – Aço para utilização em lajes pré-fabricadas
A armadura deve ser colocada no interior das fôrmas, de modo que, durante o
lançamento do concreto, mantenha-se na posição indicada no projeto, permanecendo
inalteradas as distâncias das barras entre si e as faces internas das fôrmas. É permitido
para isso o uso de arame ou espaçadores de concreto ou de material plástico de alta
densidade, principalmente para garantir o cobrimento do aço e evitar patologias no
futuro. Nas vigotas de concreto armado a colocação dos espaçadores distanciados em
no máximo 50,0 cm é exigida. O posicionamento da armadura deve ser garantido para
que se possa utilizar o valor de tolerância dimensional das vigotas acabadas de 5 mm.
De acordo com a NBR 9062:2017, durante ou imediatamente após o lançamento
o concreto deve ser adensado, uma das formas é por vibração. O adensamento deve
ser cuidadoso, para que o concreto preencha toda a fôrma e devem ser tomadas as
precauções necessárias para que não se formem ninhos ou haja segregação dos
materiais; deve-se evitar, quando da utilização de vibradores de imersão, o contato do
vibrador com a armadura, para que não se formem, com a vibração desta, vazios a seu
redor, com prejuízo da aderência. Quando forem utilizados vibradores de fôrma externos,
estes devem ser dispostos em quantidades e distâncias tais entre si que garantam o
adensamento uniforme do concreto mesmo nos pontos mais afastados dos vibradores.
As fôrmas podem ser constituídas de aço, alumínio, concreto ou madeira,
revestidas ou não de chapas metálicas, fibra, plástico ou outros materiais que atendam
29
às características exigidas. As fôrmas devem ser cuidadosamente limpas antes de cada
utilização e caso tratadas com produtos antiaderentes de facilitem a desmoldagem,
esses devem ser aplicados antes da colocação das armaduras e não podem exercer
qualquer ação química prejudicial ao concreto (NBR 9062: 2017).
Enquanto não for atingido o endurecimento satisfatório, o concreto deve ser
protegido contra agentes prejudiciais como mudanças bruscas de temperatura,
secagem, chuva forte, agentes químicos, bem como choque e vibrações de intensidade
tal que possam produzir fissuração na massa do concreto ou prejudicar a sua aderência
à armadura. A proteção contra a secagem prematura deve ser feita mantendo-se
umedecida a superfície. Segundo Távora (2017), é habitual fazer a desforma das vigotas
pré-moldadas com intervalo de pelo menos 16h, para um concreto de 20 MPa, que é o
mínimo recomendado. Até o transporte para a obra ou até a montagem, deve-se esperar
três dias. Pode-se usar cimento de alta resistência inicial para diminuição desses prazos.
O armazenamento deve se dar com vigotas empilhadas, apoiadas em sarrafos
espaçados de no máximo 2,5m. E o transporte para a obra deve ser com veículo que
suporte a carga e impeça tombamento e deslizamentos longitudinais e transversais das
camadas dispostas.
A montagem dos elementos pré-moldados deve obedecer ao disposto no projeto
de execução da laje e no manual de colocação e montagem da laje quanto ao arranjo
físico e às especificações das vigotas e dos elementos de enchimento.
Logo após a instalação de todas as vigotas, são colocadas as linhas de escoras.
É importante que essas tarefas sejam feitas juntas, para evitar que qualquer sobrecarga
atue nas vigotas sem que estejam devidamente escoradas. Isso porque esses elementos
não foram feitos para resistirem sozinhos à flexão, sem que o concreto esteja na zona
de compressão, na parte superior da laje. Sem o correto escoramento, os elementos
estão sujeitos a flechas acimas do permitido e até a ruína. O espaçamento entre linhas
de escoramento deve ser determinado no projeto de execução da laje, considerando o
tipo de vigota e as cargas na fase de montagem e concretagem, é nessa fase também
que se aplicam as contraflechas, caso necessário (FLÓRIO, 2004).
3 METODOLOGIA
A produção deste trabalho consiste em duas etapas, sendo elas:
30
1) Revisão da bibliografia acerca da fabricação de elementos pré-moldados, em
especial as vigotas para utilização em lajes, afim de compreender o
funcionamento e requisitos para sua produção.
2) Após este levantamento foi realizado um estudo de caso em duas fábricas de
vigotas pré-moldadas no município de Catalão – GO, confrontando as exigências
e recomendações da norma com a realidade encontrada em campo.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Empresa A
A visita à fábrica de vigotas pré-moldadas foi realizada em um dia cuja noite
anterior havia chovido, então foi possível verificar a atuação da empresa em uma
situação desfavorável, principalmente a respeito do controle da matéria-prima.
Além das vigotas pré-moldadas tipo trilho e treliça a empresa produz blocos de
concreto, paver (piso intertravado) e poste para alambrado. Seis funcionários trabalham
na produção dos elementos, normalmente confeccionando dois tipos de pré-moldado
simultaneamente em regiões distintas da fábrica.
O cimento utilizado na produção das vigotas é o CP V-ARI da Nacional Cimentos,
em sacos de 40kg, que dão ao concreto alta resistência inicial (20 Mpa em menos de 24
horas como apresentado no gráfico 1 de desempenho da fabricante) e agilizam a
desforma. O cimento é armazenado sobre paletes e envolto em plástico filme PVC,
exatamente como chegam do distribuidor e sobre as pilhas é colocada uma lona plástica.
Os paletes são alocados em área coberta conforme a foto 1.
31
Gráfico 1 – Desempenho do cimento CP V-ARI Nacional Cimentos
Fonte: Ficha técnica CP V-ARI MAX Nacional cimentos
Foto 1 – Armazenamento do cimento – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
Os agregados utilizados são a areia grossa e a brita 0, também denominada de
pedrisco (granulometria de 4,8mm a 9,5mm). São fornecidos por uma distribuidora da
cidade e não há qualquer controle de granulometria na fábrica. Os agregados são
descarregados diretamente no solo, próximos a betoneira e não existe condições
32
favoráveis para o escoamento da água, sendo possível até observar poças próximas aos
agregados (foto 2 e 3).
Foto 2 – Armazenamento da areia grossa – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
Foto 3 – Armazenamento da brita 0 – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
A ferragem utilizada é de acordo com o projeto estrutural do engenheiro da obra.
As treliças chegam à fábrica identificadas por etiquetas do próprio fabricante (foto 4) e
são armazenadas ora sobre calço, ora diretamente no solo, também não há cobertura,
ficando expostas a chuva (foto 5).
33
Foto 4 – Identificação da treliça – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
Foto 5 – Armazenamento das treliças – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
A armadura adicional nas vigotas treliçadas e a armadura das vigotas tipo trilho
chegam à fábrica em bobinas, colocadas diretamente no solo e quando utilizadas são
colocadas em um carretel para medição e corte nas dimensões de projeto (foto 6).
34
Foto 6 – Corte das armaduras adicionais – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
Segundo o funcionário responsável pela produção das vigotas, a dosagem do
traço de concreto (tabela 6) é empírica e foi definida pela empresa de acordo com as
experiências de obra e tentativa e erro. Dosagem empírica é aquela que não possui o
conhecimento de um traço elaborado de acordo com uma metodologia técnica e não
considera a implicação da variabilidade das fontes de materiais para o concreto nas suas
propriedades. É desaconselhável a utilização de dosagem empírica para o preparo de
concreto estrutural.
Tabela 6 – Traço utilizado pela fábrica – Empresa A
Tipo de vigota pré-
moldada
Traço Relação
á𝒈𝒖𝒂
𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐⁄
Vigota tipo trilho
1 saco de cimento 40kg
4 latas* de areia grossa
4 latas de brita 0
1,5 a 1,75 latas de água
0,67 ≤ 𝑎
𝑐⁄ ≤ 0,79
Vigota treliçada
1 saco de cimento 40kg
3 latas de areia grossa
3 latas de brita 0
1,5 a 1,75 latas de água
0,67 ≤ 𝑎
𝑐⁄ ≤ 0,79
* Lata de 18 litros.
35
Fonte: autor, 2022.
A quantidade de água de amassamento é incerta, visto que não há dados da
umidade dos agregados. De acordo com o funcionário responsável, quando chove e os
agregados estão com umidade elevada, parte da água de amassamento é reduzida até
que o concreto atinja visualmente a trabalhabilidade desejada, sem ensaios específicos
para isso.
Conforme a tabela 3, para a classe de agressividade moderada, considerando
obra urbana, a relação água cimento deveria ser inferior a 0,60, valor extrapolado pela
fábrica, resultando provavelmente em menor resistência estrutural e durabilidade dos
elementos.
O amassamento do concreto é feito por betoneira e não é habitual o uso de
aditivos, utilizado apenas o aditivo acelerador de pega quando é exigido um prazo menor
de entrega, entretanto não apresentaram o recipiente e alegaram usar aproximadamente
50 ml em cada traço.
As fôrmas utilizadas são metálicas e recebem óleo queimado como desmoldante,
produto desaconselhável para ser utilizado como tal, visto que sua composição não é
conhecida e podem existir elementos prejudiciais ao concreto e até mesmo danar a
aderência do concreto complementar a vigota.
As fôrmas das peças treliçadas são contínuas e têm largura fixa de 13 cm, são
colocados limitadores para definir o comprimento da vigota, em conformidade com o
projeto. Estes limitadores (foto 7) possem cavas para que a armadura seja posicionada
e haja cobrimento, todavia, o executado é de aproximadamente 10mm, diferente do
mínimo exigido pela tabela 4, de 20mm. Também não são usados espaçadores
intermediários para que o cobrimento seja adequado em longo de toda peça. O sistema
de fôrmas para as vigotas tipo trilho seguem o mesmo processo, porém estas possuem
comprimento máximo de 6 metros e largura fixa de 10cm (foto 8).
As vigotas treliçadas são adensadas manualmente por meio de martelo de
borracha, enquanto as tipo trilho possuem uma mesa de vibração.
36
Foto 7 – Fôrmas de vigotas treliçadas – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
Segundo o responsável, não existe um intervalo bem definido para a desforma,
acompanham a cura do material e quando julgam endurecido suficiente retiram das
fôrmas, o que geralmente acontece uma a duas vezes no dia, resultando de 10 a 24
horas. Após isso, são empilhadas uma sobre a outra, sem que exista espaçador entre
os elementos (foto 9). Em média, após dois dias são transportadas para a obra, onde
serão montadas e a laje concretada.
Foto 8 - Fôrmas de vigotas tipo trilho – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
37
A empresa não molda corpos de prova (CP) e nem realizam qualquer ensaio de
resistência, seja de compressão dos CPs ou flexão e cisalhamento dos elementos
prontos.
Foto 9 – Armazenamento das vigotas prontas – Empresa A
Fonte: autor, 2022.
4.2 Empresa B
A visita a segunda fábrica aconteceu nas mesmas condições da primeira, em
período chuvoso. A empresa é maior e produz mais elementos pré-moldados, como
postes, manilhas e tubos de concreto, por isso suas instalações são maiores. De acordo
com o responsável existe uma preferência pelas vigotas treliçadas em relação as tipo
trilho, que tem sua produção muito inferior as primeiras. Ele afirma que o rendimento e
consequentemente sua margem de lucro é superior nas treliçadas, conseguindo produzir
até 320m² por dia com apenas dois funcionários e, ainda, destacou a superioridade
técnica desse tipo vigota: vencer maiores vãos e maior aderência do concreto
complementar a estrutura.
Existe na empresa um responsável por dimensionar e detalhar a montagem da
laje. O cálculo é feito em software que fornece a altura da laje, a armadura adicional, a
malha de distribuição, a especificação e volume de concreto complementar, a quantidade
e distanciamento das linhas de escoramento e contraflechas, além do quantitativo dos
materiais, pelo qual precificam as lajes. Segundo o responsável, por executarem esse
38
serviço e emitirem ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), muitos engenheiros
das obras não fornecem o projeto de laje completo, deixando a cargo da empresa e
quando fornecem, também dimensionam para garantir maior segurança.
Os materiais utilizados na produção do concreto são os mesmos, cimento CP V-
ARI da Nacional Cimentos (desempenho conforme gráfico 1), areia grossa e brita 0, não
é utilizado nenhum tipo de aditivo. O cimento é armazenado em local fechado sobre
paletes e envolto em filme PVC, como apresentado na foto 10. São empilhados em 20
unidades, mais do que as 15 indicadas na NBR 12655:2015.
Foto 10 – Armazenamento do cimento – Empresa B
Fonte: autor, 2022.
Os agregados são armazenados da mesma forma que na empresa A, diretamente
no solo. Por estarem próximos e serem realocados com pá carregadeira, há mistura dos
agregados (foto 11).
Já com as treliças há um cuidado maior, são guardadas em cavaletes, afastadas
do solo e em área coberta (foto 12). O aço adicional (normalmente CA60), é fornecido
em bobinas, colocadas em carretel e cortadas.
39
Foto 11 – Armazenamento dos agregados Empresa B
Fonte: autor, 2022.
Foto 12 – Armazenamento das treliças – Empresa B
Fonte: autor, 2022.
O traço usado pela empresa B é apresentado na tabela 7. Observa-se que tanto
para as vigotas tipo trilho como as treliçadas o traço tem maior composição de agregados
quando comparado ao da empresa A. A quantidade de água também é superior (𝑎
𝑐⁄ =
0,9), inclusive à normatizada na NBR 6118:2014, de 0,60, conforme a tabela 3. Essa
40
adição de água é justificada pela diminuição da trabalhabilidade do concreto fresco em
virtude da presença de mais elementos secos. A umidade dos agregados não é aferida,
porém reduzem a água de amassamento quando essa é elevada.
O amassamento é feito em betoneira e o responsável afirma que moldam CP’s
quando é solicitado pelo engenheiro da obra, mas não é uma prática habitual da
empresa.
Tabela 7– Traço utilizado pela fábrica – Empresa B
Tipo de vigota pré-
moldada
Traço Relação
á𝒈𝒖𝒂
𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐⁄
Vigota tipo trilho
1 saco de cimento 40kg
6 latas* de areia grossa
4,5 latas de brita 0
2 latas de água
𝑎
𝑐⁄ = 0,9
Vigota treliçada
1 saco de cimento 40kg
5 latas de areia grossa
4 latas de brita 0
2 latas de água
𝑎
𝑐⁄ = 0,9
* Lata de 18 litros.
Fonte: autor, 2022.
As fôrmas utilizadas (foto 13), o lançamento manual do concreto e o adensamento
manual por meio de martelo de borracha (foto 14) é igual ao da empresa A. Utilizam
como desmoldante a mistura de óleo queimado e óleo diesel.
Foto 13 – Cura das vigotas treliçadas nas fôrmas – Empresa B
41
Fonte: autor, 2022.
Foto 14 – Adensamento do concreto nas fôrmas – Empresa B
Fonte: autor, 2022.
O cobrimento é definido pelas cavas nos limitadores de comprimento, e é de
10mm, diferente dos 20mm exigido na NBR 6118:2014, dado na tabela 4. A armadura é
colocada nas fôrmas após o lançamento do concreto e não são utilizados espaçadores
intermediários que garantam o cobrimento ao longo de toda a vigota, pelo contrário, são
posicionados pesos sobre as treliças para que não movimentem durante a cura, ação
que pode flexionar a armadura e diminuir o cobrimento no centro da peça. Na foto 15,
observa-se a seção transversal da vigota treliçada e o posicionamento da armadura na
sapata de concreto.
No caso das vigotas tipo trilho, é lançada uma camada de concreto, posicionada
a armadura que resistirá a compressão e lançado o concreto restante, para em seguida
adicionar a armadura positiva, a vigota é adensada numa mesa vibratória. Nesse
processo, o cobrimento pode não ocorrer, como apresentado na foto 16.
As peças são desenformadas após 24 horas e armazenadas em pilhas, afastadas
do solo e as camadas separadas por sarrafos (foto 17), por onde ficam no mínimo sete
dias, até serem transportadas para a obra. Durante esse período as vigotas são
molhadas diariamente.
42
Foto 15 – Seção transversal da vigota treliçada
Fonte: autor, 2022.
Foto 16 – Vigota com armadura exposta – Empresa B
Fonte: autor, 2022.
43
Foto 17 – Armazenamento das vigotas – Empresa B
Fonte: autor, 2022.
5 CONCLUSÃO
Acompanhando a produção das vigotas de lajes pré-moldadas unidirecionais
verificou-se que não existe controle de qualidade definido, como a realização de ensaios
que meçam a trabalhabilidade do concreto fresco, sua resistência no estado endurecido
ou o deslocamento vertical da laje. Ao definir os elementos pré-moldados como aqueles
executados fora do local definitivo do elemento e sem rígido controle de qualidade, o que
os diferencia dos pré-fabricados, a NBR 9062:2017 dá margem para a falta de
profissionalização dessa atividade.
Apesar de criarem seus processos pautados nas normas técnicas, as duas
empresas visitadas apresentaram como principais erros o não cumprimento do
cobrimento mínimo (cmín: 20mm; executado:10mm) e elevada relação água cimento
(exigido: 𝑎 𝑐⁄ ≤ 0,60; executado: 0,67 ≤ 𝑎
𝑐⁄ ≤ 0,90). Como não existem dados de ensaios
técnicos das vigotas não é possível determinar qual dos traços utilizados é superior. Em
relação ao armazenamento dos materiais e dos elementos prontos, bem como
organização das instalações e processos, a empresa B foi superior.
Investimento em estrutura, correção e adaptação dos processos e a introdução
de ensaios que aumentem o controle de qualidade e segurança das vigotas não
44
garantem retorno financeiro devido à alta concorrência. Uma solução seria a parceria
das empresas com as faculdades de engenharia civil da cidade, beneficiando todas as
instituições envolvidas e profissionalizando o mercado.
6 REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655 - Concreto -
Preparo, controle e recebimento – Procedimento. Rio de Janeiro, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14859-1: Laje Pré-
Fabricada-Requisitos Parte 1: Lajes Unidirecionais. Rio de Janeiro, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14862 - Armaduras
treliçadas eletrossoldadas - Requisitos. Rio de Janeiro, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931: Execução de
estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118:2014: Projeto de
estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211 - Agregados para
concreto — Especificação. Rio de Janeiro, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7480 - Barras e fios de
aço destinados a armaduras para concreto armado – Especificação. Rio de Janeiro,
2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9062- Projeto e execução
de estruturas de concreto pré-moldado. Rio de Janeiro, 2017.
DROPPA JR, A. Análise estrutural de lajes formadas por elementos pré-moldados
tipo vigota com armação treliçada. 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, São
Paulo, 1999.
EL DEBS, M. K. Concreto pré-moldado: Fundamentos e aplicações. Livro Técnico.
EESC-USP São Carlos, SP. 2000.
45
FAZ FÁCIL: “Laje pré-fabricada. Como se faz a montagem desta laje?”, 2012. Disponível
em: .
Acesso em: 22 de set. 2022.
FICHA TÉCNICA CP V-ARI MAX. Nacional cimentos, 2018.
FLÓRIO, M. C. Projeto e Execução de Lajes Unidirecionais com Vigotas em
Concreto Armado. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de São Carlos–SP,
2004.
HERNÁNDEZ, D. F. O. Desenvolvimentos na pré-fabricação do concreto. Lições do
passado e avanços para o futuro. Industrializar em concreto. São Paulo, v. 1, n. 2, p.
29-43, 2016.
MANUAL TÉCNICO DE LAJES TRELIÇADAS. ArcelorMittal, 2010.
PEIXOTO, E. M. Os efeitos da vibração mecânica e cura controlada do concreto no
comportamento à flexão de lajes com vigotas pré-moldadas. Relatório final de
iniciação científica – 01/06803-0, Fapesp. São Carlos, SP. 2002.
SANTINE, C. R. Projeto e construção de lajes pré-moldadas de concreto armado.
Dissertação (Mestrado) - Universidade de São Carlos, 2005.
SANTOS, I. “Aos 20 anos, Abcic move a construção industrializada no Brasil”. Cimento
Itambé, 2021. Disponível em: . Acesso em: 20 de set.
2022.
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In: 56°Congresso Brasileiro do Concreto, 2014, Natal –RN. Anais do 56°Congresso
Brasileiro do Concreto, 2014. P.1-12
TÁVORA, V. J. Desempenho estrutural de um novo sistema para construção de
Lajes. 2017. 73 f. Monografia (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de
Tecnologia, Curso de Engenharia Civil, Fortaleza, 2017.
TRELIFÁCIL®. ArcelorMittal, 2017.
VASCONCELLOS, A. C. O Concreto no Brasil: pré-fabricação, monumentos,
fundações. Volume III. Studio Nobel. São Paulo, 2002.
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