RESSALVA​ ​ Atendendo a solicitação do(a) autor(a), o texto completo desse trabalho será disponibilizado no repositório a partir de 21/03/2027. 2025 VANESSA DE FARIA AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DA ASSOCIAÇÃO DO OZÔNIO MEDICINAL AO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO EM TRATAMENTOS CLAREADORES DE CONSULTÓRIO São José dos Campos 2025 VANESSA DE FARIA AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DA ASSOCIAÇÃO DO OZÔNIO MEDICINAL AO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO EM TRATAMENTOS CLAREADORES DE CONSULTÓRIO Tese apresentada ao Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de São José dos Campos, como parte dos requisitos para obtenção do título de DOUTORA, pelo Programa de Pós-Graduação em CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE BUCAL. Área: Dentística. Linha de pesquisa: Desempenho de materiais e técnicas em odontologia restauradora. Orientador: Prof. Assoc. Eduardo Bresciani Coorientador: Prof. Dr. Francisco Ubiratan Ferreira de Campos Instituto de Ciência e Tecnologia [internet]. Normalização de tese e dissertação [acesso em 2025]. Disponível em http://www.ict.unesp.br/biblioteca/normalizacao Apresentação gráfica e normalização de acordo com as normas estabelecidas pelo Serviço de Normalização de Documentos da Seção Técnica de Referência e Atendimento ao Usuário e Documentação (STRAUD). Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Prof. Achille Bassi e Seção Técnica de Informática, ICMC/USP com adaptações - STATI, STRAUD e DTI do ICT/UNESP. Renata Aparecida Couto Martins CRB-8/8376 Faria , Vanessa de Avaliação clínica e laboratorial da associação do ozônio medicinal ao peróxido de hidrogênio em tratamentos clareadores de consultório / Vanessa de Faria . - São José dos Campos : [s.n.], 2025. 129 f. : il. Tese (Doutorado em Ciências Aplicadas à Saúde Bucal) - Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde Bucal - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, São José dos Campos, 2025. Orientador: Eduardo Bresciani Coorientador: Francisco Ubiratan Ferreira de Campos 1. Ozônio. 2. Odontologia . 3. Peróxido de hidrogênio . 4. Clareamento . 5. Sensibilidade dental . I. Bresciani, Eduardo, orient. II. Campos, Francisco Ubiratan Ferreira de, coorient. III. Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, São José dos Campos. IV. Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' - UNESP. V. Universidade Estadual Paulista (UNESP). VI. Título. IMPACTO POTENCIAL DESTA PESQUISA Melhorar possivelmente o protocolo de clareamento dental de consultório, especificamente em relação à dor. POTENTIAL IMPACT OF THIS RESEARCH To improve the clinical protocol for the dental bleaching, specially concerning the dental pain during the procedure. BANCA EXAMINADORA Prof. Assoc. Eduardo Bresciani (Orientador) Universidade Estadual Paulista (Unesp) Instituto de Ciência e Tecnologia Campus de São José dos Campos Profa. Assoc. Taciana Marco Ferraz Caneppele Universidade Estadual Paulista (Unesp) Instituto de Ciência e Tecnologia Campus de São José dos Campos Prof. Assoc. João Mauricio Ferraz da Silva Universidade Estadual Paulista (Unesp) Instituto de Ciência e Tecnologia Campus de São José dos Campos Prof. Dr. Carlos Goes Nogales Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área da Saúde (FAPES) São Paulo Prof. Dr. Rafael Santos Rocha Faculdade São Leopoldo Mandic Campinas São José dos Campos, 21 de março de 2025. DEDICATÓRIA É com muito amor que dedico este trabalho aos meus pais, José Manoel e Maria Cecília, por toda força e apoio. Foram grandes incentivadores e não mediram esforços para realização deste sonho. Essa também é uma conquista deles e para eles. AGRADECIMENTOS À Deus, “que nos deu o Dom da vida, nos presenteou com a liberdade, nos abençoou com inteligência, nos deu a graça de lutarmos para a conquista das nossas realizações...” (Rui Barbosa). Ao meu orientador, Professor Eduardo Bresciani, por ser essa pessoa íntegra, honesta, fraterna, de muita luz, alma leve e verdadeira. Agradeço pela oportunidade, por permitir meu crescimento profissional, pelo bom convívio nestes anos como meu orientador e por todas as orientações durante essa trajetória. Tenho uma admiração enorme pelo profissional e principalmente pelo ser humano que você é. Ao meu coorientador Professor Francisco Ubiratan Ferreira de Campos pela parceria e suas contribuições para o desenvolvimento desta pesquisa. Aos membros da minha banca do Exame Geral de Qualificação, professora Maria Filomena Rocha Lima Huhtala e professora Taciana Marco Ferraz Caneppele, pelas relevantes contribuições para o aperfeiçoamento do trabalho e pela disponibilidade. Professoras queridas, que muito me ensinaram e me acolheram durante a vida acadêmica. Aos professores Taciana Marco Ferraz Caneppele, João Mauricio Ferraz da Silva, Carlos Goes Nogales e Rafael Santos Rocha, que aceitaram o convite para participar da banca examinadora da minha defesa. Professores estes, a quem tenho muito apreço. Aos demais professores da Instituição, que contribuíram para essa formação ao longo desses anos, seja pelas aulas ministradas nos créditos ou pelo desenvolvimento de outros trabalhos. Aos demais colegas da pós-graduação, os quais compartilhamos conhecimentos, dificuldades, aprendizados e até mesmo momentos de descontração. Ao Danilo Tross Leite, por todo amor, carinho apoio e compreensão durante essa trajetória. Às amigas que ganhei desde a época da graduação, Natália Gonçalves, Fernanda Pierre, Joyce Arcanjo e Bruna Jordão, pela amizade de tantos anos, pelo apoio, incentivo e por compartilhamos momentos difíceis, mas também boas risadas e bons momentos. Às minhas amigas da vida, Ana Carolina Almeida e Thais Vitória Marchi Fonseca, por nossa amizade, convivência, pela energia positiva e por todo carinho. Às técnicas do departamento, Gabriela e Evelyn e a secretária Lucy, por facilitarem nosso dia a dia e estarem sempre dispostas a ajudar. Ao aluno de Graduação desta Instituição, João Pedro Monteiro pelo auxílio durante a fase clínica do estudo. A todos os demais funcionários da instituição. A todos os pacientes pela colaboração e comprometimento com a pesquisa. A empresas Philozon, pela confiança e parceria no fornecimento do gerador de ozônio medicinal, que foi indispensável para a realização desta pesquisa. Ao Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos – UNESP, que me proporcionou um doutorado acadêmico de excelência. "O conhecimento é o poder que nos permite transformar a realidade, e a sabedoria é o poder que nos permite transformar a nós mesmos." Immanuel Kant RESUMO Faria V. Avaliação clínica e laboratorial da associação do ozônio medicinal ao peróxido de hidrogênio em tratamentos clareadores de consultório [tese]. São José dos Campos (SP): Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Ciência e Tecnologia; 2025. O objetivo deste estudo foi avaliar laboratorialmente a influência da concentração do gel de peróxido de hidrogênio (PH), associado ou não ao gás ozônio medicinal (O3) e a influência do tempo de aplicação do O3 medicinal na efetividade clareadora simulando um tratamento clareador de consultório. Além disso, este estudo avaliou clinicamente a eficácia clareadora e a possível redução da sensibilidade assim como a condição gengival, quando utilizado o protocolo definido laboratorialmente em comparação com o protocolo PH a 35%. Esta pesquisa foi dividida em duas fases, sendo a primeira um estudo in vitro e a segunda um estudo clínico. Na etapa laboratorial, foram realizadas duas análises: (A) (N=70) avaliou o modo de utilização do O3 medicinal (separado - após clareamento ou associado ao gel clareador) e (B) (N=70) avaliou o tempo de aplicação (30 min ou 60 min), associado a diferentes concentrações de PH (6%, 17,5%, 35%), sendo as alterações de cor analisadas por meio do espectrofotômetro Konica Minolta (KM). Na fase clínica, 39 participantes foram divididos em três grupos (N=13), de acordo com o protocolo de clareamento realizado em consultório (PH a 35%, PH a 17,5% - O3, PH a 6% - O3). As alterações de cor, foram avaliadas por meio de escala visual de cores VITA Bleachedguide (VB), VITA Clássica (VC) e espectrofotômetro Vita Easyshade (VE); a sensibilidade foi acompanhada pelo relato do paciente e com auxílio da Escala de Classificação Numérica (ECN) e a condição gengival pelo índice de Löe. Os dados de cor foram submetidos ao teste ANOVA 2 fatores (laboratorial) ou 1 fator (clínico) e teste de comparações múltiplas de Tukey (5%). Para a sensibilidade, foi empregado teste de variância de medidas repetidas. Para inflamação gengival (IG), foram empregados os testes de Kruskal-Wallis e Friedman (5%). No estudo laboratorial, a análise dos resultados após 30 minutos de ação dos agentes clareadores não revelou diferenças estatísticas significativas. No entanto, a associação de peróxidos ozonizados aplicados por 60 minutos apresentou resultados superiores. No estudo clínico, o grupo PH 35%, apresentou maior sensibilidade em comparação com os grupos que utilizaram a associação de O3 medicinal, que apresentaram resultados semelhantes entre si. Além disso, não houve diferença estatística significativa em relação à condição gengival entre os grupos. Todos os grupos apresentaram eficácia no clareamento, e a diferença de cor se manteve após 30 dias. Com base nos resultados, a eficácia dos diferentes sistemas clareadores foi melhor quando PH foi associado ao O3 medicinal em relação ao gás utilizado sozinho e o protocolo de 30 minutos não foi eficaz, sendo recomendado a aplicação por 60 minutos. O O3 medicinal apresentou- se eficaz contra a sensibilidade pós clareamento e não apresentou diferença para a condição gengival. Palavras-chave: ozônio; odontologia; peróxido de hidrogênio; clareamento; cor do dente; sensibilidade dental. ABSTRACT Faria V. Clinical and laboratory evaluation of the association of medicinal ozone and hydrogenperoxide in-office bleaching treatments [doctorate thesis]. São José dos Campos (SP): São Paulo State University (Unesp), Institute of Science and Technology; 2025. The objective of this study was to laboratory evaluate the influence of the concentration of hydrogen peroxide (HP) gel, associated or not with ozone gas medicinal ozone (O3), as well as the influence of the application time of medicinal O3 on the whitening effectiveness, simulating an in-office whitening treatment. Additionally, this study clinically assessed the whitening efficacy and the possible reduction in sensitivity, along with the gingival condition, when using the protocol defined in the laboratory compared to the protocol HP at 35%. This research was divided into two phases, the first being an in vitro study and the second a clinical study. In the laboratory phase, two analyses were performed: (A) (N=70) evaluated the mode of use of medicinal O3 (separate - after bleaching or associated with the bleaching gel) and (B) (N=70) evaluated the application time (30 min or 60 min), associated with different concentrations of HP (6%, 17.5%, 35%), with color changes analyzed using the Konica Minolta (KM) spectrophotometer. In the clinical phase, 39 participants will be divided into three groups (N=13) according to the in-office whitening protocol (HP at 35%, HP at 17.5% - O3, HP at 6% - O3). Color changes will be evaluated using the VITA Bleachedguide (VB), VITA Classic (VC) color visual scales, and the Vita Easyshade (VE)) ensitivity was monitored through patient reports and with the aid of the Numerical Rating Scale (NRS), and the gingival condition will be assessed using the Löe index. Color data will be subjected to ANOVA tests with 2 factors (laboratory) or 1 factor (clinical) and Tukey’s multiple comparisons test (5%). For sensitivity, repeated measures variance tests will be employed. For gingival inflammation (GI), the Kruskal-Wallis and Friedman tests (5%). In the laboratory study, the analysis of the results after 30 minutes of action of the bleaching agents did not reveal significant statistical differences. However, the association of ozonized peroxides applied for 60 minutes showed superior results. In the clinical study, the PH 35% group presented greater sensitivity compared to the groups that used the medicinal O3 association, which showed similar results among themselves. Additionally, there was no significant statistical difference regarding the gingival condition among the groups. All groups showed efficacy in bleaching, and the color difference remained after 30 days. The results showed that the whitening systems were more effective when HP was combined with medicinal O3, compared to using the gas alone. The 30-minute protocol was ineffective, and a 60-minute application is recommended. Additionally, medicinal O3 was effective in reducing post-whitening sensitivity, with no significant impact on gingival health. Keywords: ozone, dentistry, hydrogen peroxide, bleaching, tooth shade, dental sensitivity. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Ilustração esquemática do desenho de estudo 1 .................................... 36 Figura 2 – Seringa de Peroxido de Hidrogênio ........................................................ 37 Figura 3 – Confecção dos espécimes ...................................................................... 39 Figura 4 – Padronização da espessura da amostra ................................................. 40 Figura 5 – Esquema da sequência de preparo dos espécimes ……................……. 41 Figura 6 – Processo de pigmentação dos espécimes .............................................. 42 Figura 7– Espectrofotômetro CM-2600d (Konica Minolta) ..……….......................... 43 Figura 8 – Modelo de gesso para adaptação das amostras …................................. 46 Figura 9 – Aplicação do sistema clareador …........................................................... 47 Figura 10 – Equipamento gerador de ozônio medicinal ............................................. 49 Figura 11 – Moldeiras para condicionamento do gás de ozônio medicinal ...…......... 50 Figura 12 – Fluxograma do delineamento do estudo ................................................. 52 Figura 13 – Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos ………………………………........................... 55 Figura 14 – Processo de confecção da moldeira para condicionamento do ozônio medicinal na maxila do paciente ................................................................................ 60 Figura 15 – Aplicação barreira gengival ..................................................................... 61 Figura 16 – Sistema de clareamento com ozônio medicinal ...................................... 62 Figura 17 – Métodos de mensuração da cor dos dentes ........................................... 64 Figura 18 – Consultório odontológico (Clínica do ICT – Unesp) ..................….......... 65 Figura 19 – Guia em placa de EVA ………………………………................................. 67 Figura 20 – Representação da sequência de pontuação atribuídas à luminosidade correspondentes da escala de cores VITA Classical e VITA Bleachedguide 3D-Master ................................................................................................................................... 68 Figura 21 – Referências para análise com as escalas de cor ……………..………..... 69 Figura 22 – Ilustração gráfica da influência do gás de ozônio medicinal na eficácia do clareamento dental (30 minutos) ............................................................................... 74 Figura 23 – Ilustração gráfica da influência do gás de ozônio medicinal na eficácia do clareamento dental …………………………................................................................ 75 Figura 24 – Ilustração gráfica da aplicação isolada do gel clareador, com o tempo de aplicação de 30 e 60 minutos ................................................................................... 78 Figura 25 – Ilustração gráfica da aplicação associada do gel clareador, com o tempo de aplicação de 30 e 60 minutos ..................….......................................................... 80 Figura 26 – Gráfico representativo da estatística descritiva com a utilização de escalas considerando todos os parâmetros estudados (tipo de escala, dente e protocolo clareador) para os incisivos ....................................................................................... 83 Figura 27 – Gráfico representativo da estatística descritiva com a utilização de escalas considerando todos os parâmetros estudados (tipo de escala, dente e protocolo clareador) para os caninos ........................................................................................ 86 Figura 28 – Gráfico representativo dos valores de Delta E 00 dos incisivos, considerando os parâmetros estudados .................................................................... 90 Figura 29 – Gráfico representativo dos valores de Delta E 00 dos caninos, considerando os parâmetros estudados .................................................................... 91 Figura 30 – Ilustração gráfica da sensibilidade em relação ao tempo, de acordo com os protocolos clareadores testados ........................................................................... 94 Figura 31 – Representação gráfica da estatística descritiva da condição gengival de acordo com os protocolos clareadores e o tempo de análise ................................... 100 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Especificação dos agentes clareadores em relação à composição ....................................................................................…………………..................... 36 Quadro 2 – Divisão dos grupos experimentais de acordo com modo de aplicação do ozônio medicinal ....................................................................................................... 45 Quadro 3 – Efeitos do Ozônio medicinal em seres humanos em caso de exposição via aérea ......................................................................................................................... 54 Quadro 4 – Descrição dos escore do índice de Löe ................................................ 70 Quadro 5 – Comparação estatística entre os tempos para cada protocolo avaliado de cada escala utilizada (incisivos) ............................................................................... 84 Quadro 6 – Comparação estatística entre os tempos para cada protocolo avaliado de cada escala utilizada (caninos) ................................................................................ 87 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Dados comparando a aplicação isolada (após clareamento) ou associada do O3 medicinal ao gel clareador, com o tempo de aplicação de 30 minutos ........... 72 Tabela 2 – Dados comparando a aplicação isolada ou associada do gel clareador, com o tempo de aplicação de 60 minutos ................................................................ 73 Tabela 3 – ANOVA - Delta E, tempo de aplicação 30 minutos ................................ 73 Tabela 4 – ANOVA - Delta E, tempo de aplicação 60 minutos ………….................. 75 Tabela 5 – Dados comparando a aplicação isolada do gel clareador, com o tempo de aplicação de 30 e 60 minutos ................................................................................... 76 Tabela 6 – ANOVA – Delta E, aplicação separada e comparação entre os tempos de 30 e 60 minutos.………............................................................................................ 77 Tabela 7 – Dados comparando a aplicação associada do O3 medicinal ao PH com diferentes concentrações de gel clareador, com o tempo de aplicação de 30 e 60 minutos ..................................................................................................................... 79 Tabela 8 – Teste Anova para a comparação de tempos (30 vs 60 minutos) quando o gel clareador e o gás de ozônio medicinal foram aplicados de forma associada. ..... 80 Tabela 9 – Dados descritivos referentes a análise da cor (∆SGU) por escalas ................................................................................................................................... 82 Tabela 10 – Estatística inferencial para os incisivos comparando os tratamentos dentro de cada período de avaliação …..............................................................………...…. 83 Tabela 11 – Estatística descritiva da avaliação da cor por escalas (VC – Vita Classical e VB – Vita Bleached) em todas as condições estudadas (diferentes dentes, tempos e protocolos clareadores) para os caninos ............................................………….... 85 Tabela 12 - Estatística inferencial para os caninos comparando os tratamentos dentro de cada período de avaliação (Kruskal Wallis) ............................................. 86 Tabela 13 – Estatística descritiva para os valores de Delta E 00 dos incisivos e caninos, considerando os parâmetros estudados ..................................................... 88 Tabela 14 – Estatística inferencial (ANOVA a dois fatores) referentes ao Delta E00 dos Incisivos .............................................................................................................. 89 Tabela 15 – Estatística inferencial (ANOVA a dois fatores) referentes ao Delta E00 dos Caninos .............................................................................................................. 91 Tabela 16 – Dados comparando os protocolos clareadores testados em função do tempo das coletas (Estatistica descritiva) .................................................................. 93 Tabela 17 – Teste de Durbin-Conover para Comparações Múltiplas ........................ 95 Tabela 18 – Comparações antes do clareamento entre os grupos dentro de cada período avaliado (Teste de Kruskal Wallis) ................................................................ 96 Tabela 19 – Comparação após clareamento entre os protocolos clareadores testados .................................................................................................................... 96 Tabela 20 – Resultado do teste de Kruskal Wallis para a sensibilidade após os protocolos clareadores ..................................................…………………................... 97 Tabela 21 – Resultado do teste de Kruskal Wallis para a sensibilidade após 7 dias dos protocolos clareadores .............................................................................................. 97 Tabela 22 – Resultado do teste de Kruskal Wallis para a sensibilidade após 30 dias dos protocolos clareadores ……................................................................................ 98 Tabela 23 – Estatística descritiva da condição gengival de acordo com os protocolos clareadores e tempo ...............................................................................…............... 99 Tabela 24 – Estatística descritiva da condição gengival para o grupo 6% ....…....... 100 Tabela 25 – Estatística descritiva da condição gengival para o grupo 17,5% ....... 101 Tabela 26 – Estatística descritiva da condição gengival para o grupo 35% ............. 102 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 20 2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 24 2.1 Diferentes protocolos de clareamento dental com peróxido de hidrogênio em diferentes concentrações .......................................................................... 24 2.2 Efeito do ozônio medicinal no clareamento dental ................................. 29 3 PROPOSIÇÃO ................................................................................................ 34 4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................ 35 4.1 Ensaio laboratorial ..................................................................................... 35 4.1.1 Caracterização da pesquisa ................................................................... 35 4.1.2 Delineamento experimental .................................................................... 35 4.1.3 Cálculo amostral ...................................................................................... 37 4.1.4 Confecção dos espécimes ...................................................................... 38 4.1.5 Manchamento ou pigmentação do espécimes ..................................... 41 4.1.6 Avaliação da alteração de cor ................................................................ 42 4.1.7 Capacitação do examinador para prática de ozonioterapia ................ 44 4.1.8 Clareamento dos espécimes .................................................................. 44 4.1.8.1 Gerador de ozônio medicinal Medplus Dental ................................... 48 4.1.8.2 Moldeiras para aplicação de ozônio medicinal .................................. 49 4.1.9 Delineamento estatístico ........................................................................ 50 4.2 Ensaio clínico ............................................................................................. 51 4.2.1 Delineamento experimental .................................................................... 51 4.2.2 Caracterização da pesquisa ................................................................... 52 4.2.3 Aspectos éticos ....................................................................................... 53 4.2.3.1 Riscos .................................................................................................... 53 4.2.3.2 Benefícios ............................................................................................. 55 4.2.4 Campo ...................................................................................................... 55 4.2.5 Cálculo amostral ...................................................................................... 56 4.2.6 Critérios de elegibilidade ........................................................................ 56 4.2.6.1 Critérios de inclusão ............................................................................ 56 4.2.6.2 Critérios de não inclusão ..................................................................... 56 4.2.6.3 Critérios de exclusão ........................................................................... 57 4.2.7 Procedimentos para coleta de dados .................................................... 57 4.2.7.1 Seleção de pacientes ........................................................................... 57 4.2.7.2 Randomização ...................................................................................... 58 4.2.7.3 Calibração do examinador ................................................................... 58 4.2.8 Processo de clareamento dental ............................................................ 59 4.2.8.1 Clareamento com peróxido de hidrogênio a 6% e ozônio medicinal ........................................................................................................................... 61 4.2.8.2 Clareamento com peróxido de hidrogênio a 17,5% e ozônio medicinal ........................................................................................................................... 63 4.2.8.3 Clareamento com peróxido de hidrogênio a 35% e ozônio medicinal ........................................................................................................................... 63 4.2.9 Avaliação de cor ...................................................................................... 63 4.2.9.1 Validação do método objetivo para avaliação da cor dos dentes .... 66 4.2.9.2 Avaliação da alteração de cor pelo espectofotômetro ...................... 66 4.2.9.3 Avaliação da alteração de cor por escala de cor ............................... 68 4.2.10 Avaliação da sensibilidade dental........................................................ 69 4.2.11 Avaliação da condição gengival .......................................................... 70 4.2.12 Delineamento estatístico ...................................................................... 71 5 RESULTADO .................................................................................................. 72 5.1 Estudo laboratorial ..................................................................................... 72 5.1.1 Análise A - Determinação da atuação do ozônio medicinal após clareamento (na sequência) ou associado ao PH, na influência da efetividade clareadora dos géis de várias concentrações em dois tempos (30 a 60 minutos) ........................................................................................................... 72 5.1.2 Análise B - Determinação do tempo da atuação no processo clareador (30 vs 60 minutos) considerando a atuação separada (na sequência) ou associada do O3 medicinal na efetividade clareadora .................................. 76 5.2 Estudo clínico ............................................................................................. 81 5.2.1 Estatística da cor ..................................................................................... 81 5.2.1.1 ∆SGU – Incisivo ................................................................................... 81 5.2.1.2 ∆SGU – Canino .................................................................................... 84 5.2.1.3 ∆E00 – Incisivo e caninos .................................................................... 87 5.2.1.4 ∆E00 – Incisivo e caninos (ANOVA a dois fatores) ............................ 89 5.2.2 Sensibilidade ........................................................................................... 92 5.2.3 Condição gengival ................................................................................... 98 6 DISCUSSÃO ................................................................................................. 103 7 CONCLUSÃO ............................................................................................... 109 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 110 APÊNDICES ..................................................................................................... 117 ANEXOS ......................................................................................................... 124 20 1 INTRODUÇÃO Vários métodos são utilizados para clarear a cor dos dentes, dentre eles as substâncias mais utilizadas são produtos à base de peróxido, que estão bem sedimentados na prática clínica em razão da alta eficiência no clareamento dental. A técnica de clareamento de consultório ou caseiro supervisionado na forma tradicional, apresenta relato de efetividade e eficácia no tratamento de dentes pigmentados (Fioresta et al., 2023), e apesar de ser considerado um tratamento seguro, pode existir efeitos adversos potencialmente prejudiciais aos tecidos biológicos, especialmente quando usado em altas concentrações (Carneiro et al., 2022). Dentre os efeitos colaterais mais comuns do clareamento dental, estão a irritação e inflamação gengival e a sensibilidade durante e após o procedimento clareador (Costa et al., 2010), que acomete em média 83,3% dos pacientes, podendo levá-los à desistência do tratamento (Bin Hassan, 2024). Outras alterações que podem ocorrer pós clareamento dental, são: inflamação pulpar, toxicidade, reabsorção cervical externa, sensibilidade gástrica, desmineralização, alteração do pH dental (Acuña et al., 2022; Colares et al., 2019; Llena et al., 2019). Em 2019, Colares et al. relatou que a inflamação gengival decorrente do clareamento dental, pode ser ocasionada por radicais livres formados na reação entre peróxido de hidrogênio (PH) e as estruturas dentais ou periodontais. Os componentes químicos ativos presentes nos agentes clareadores inibem a atividade enzimática das células e agem como radicais livres sobre as membranas celulares, induzindo à apoptose ou morte celular, provocando inflamação e aumento dos tecidos adjacentes com consequente elevação da pressão pulpar interna, gerando dor e danos a este tecido (Llena et al., 2019). Além disso, o PH, mesmo em baixas concentrações, possui a capacidade de penetrar facilmente no esmalte e se difundir em profundidade pela dentina, alcançando a polpa, fazendo com que o estresse oxidativo, gerado pelos agendes clareadores, cause danos ao DNA do periodonto (genotoxicidade) e citotoxicidade celular (Acuña et al., 2022). A sensibilidade dental e eficácia do tratamento clareador podem ser influenciadas por diversos fatores como, concentração dos géis clareadores, tempo de aplicação, idade do paciente, entre outros (de Melo et al., 2024; Gerlach, Zhou, 21 2001; Nie et al., 2017). A procura por agentes clareadores alternativos, que proporcionem resultados estéticos satisfatórios e mínimo efeito adverso, levou recentemente os pesquisadores a testarem a ozonoterapia como potencial método para clareamento dental (Al-Omiri et al., 2018; Manton et al., 2008; Pommbo, 2019;). O ozônio (O3) é uma molécula composta por três átomos de oxigênio (O2), possui alto potencial de oxidação, sendo classificado como o terceiro oxidante mais potente depois dos fluoretos e do persulfato (Bocci, 2006). É reconhecido como poderoso antimicrobiano eficaz contra bactérias, vírus, fungos, protozoários (Baysan, Lynch, 2005), além de possuir propriedades analgésicas e capacidade de estimular resposta imunológica (Bocci, 2006), como biomoduladores. Na Odontologia, a aplicação do O3 medicinal tem sido amplamente estudada nos tratamentos endodônticos através de irrigantes intracanais (Marsh, 2005), no tratamento de lesões herpéticas (Dahl, Paullesen, 2003), após extração de dentes promovendo uma cicatrização geralmente mais rápida, inibindo significativamente a possibilidade de infecção microbiana no local e reduzindo a hipersensibilidade pós- operatória (Bocci, 2006). Também tem sido utilizado como terapia de osteonecrose avascular da mandíbula (Nogales et al., 2008), no tratamento de alveolites (Manish et al., 2015), na fase cirúrgica e de manutenção periodontal (Feres et al., 2002), na terapia preventiva de cárie, inibindo a formação de placa e estimulando a remineralizarão dos dentes (Manish et al., 2015), nos tratamentos de clareamento dental (Al-Omiri et al., 2016; Al-Omiri et al., 2018; Tessier et al., 2010), além da utilização para desinfecção do ambiente clínico. O clareamento com ozônio medicinal foi proposto, devido ao seu potencial efeito oxidante, capaz de decompor e produzir espécies reativas de oxigênio (Raafat, Mosallam, Yousry, 2011) e sofrer diferentes reações químicas com substâncias orgânicas e inorgânicas, que levam à quebra dos grupos cromóforos, formando moléculas menores, resultando no clareamento dental (Perincek, Duran, Bhatiyari, 2007). O ozônio medicinal pode ser utilizado sozinho ou associado à géis de peróxido (Tessier et al., 2010; Manton et al., 2008). Há relatos na literatura que quando associado, ocorre um aumento do potencial oxidativo, melhorando a eficácia do clareamento reduzindo potencialmente o tempo de tratamento e as concentrações do peróxido (Al-Omiri et al., 2016; Pommbo, 2019; Al-Omiri et al., 2017; Al-Omiri et al., 2018). Há também indícios que quando associado ou utilizado isoladamente, 22 reduz ou não ocasiona sensibilidade pós-clareamento (Al-Omiri et al., 2018). Pode- se pensar que isso é atribuído às propriedades analgésicas do O3 medicinal, além de seu potencial anti-inflamatório, que reduzem as lesões teciduais devido estresse oxidativo (Azuma et al., 2014). Existem poucos estudos sobre o uso do O3 medicinal no clareamento dental e muitos dos achados são controversos até certo ponto. Alguns estudos, apontam que este gás, quando utilizado isoladamente, tem menor potencial de promover o clareamento dental do que o PH (Santana et al., 2016; Zanjani et al., 2015) e que nenhum aumento da eficácia do clareamento é observado quando o O3 medicinal é usado simultaneamente com PH (Santana et al., 2016) ou peróxido de carbamida a 8%, e até mesmo que reduz a eficácia do clareamento quando aplicado antes do peróxido de carbamida a 8% (Santana et al., 2016). Outros trabalhos concluíram que o O3 medicinal sozinho resulta em efeitos de clareamento similares aos do PH (38%) (Al-Omiri et al., 2016; Al-Omiri et al., 2016; Santana et al., 2016) e a alguns peróxidos de carbamida altamente concentrados (45%) (Santana et al., 2016). Além disso, na literatura há relatos de que O3 medicinal melhorou os tons dos dentes de ratos manchados com tetraciclina (Tessier et al., 2010) e que o peróxido de carbamida a 30% demonstrou ter resultados de clareamento inferiores se comparado ao gel ozonizado quando usado para clarear discos de resina composta manchada (Abd Elhamid, Mosallam, 2010). Além de achados contraditórios, há certa limitação na literatura disponível sobre a ação do O3 medicinal no clareamento dental, tais como estudos com baixa concentrações de dosagem de O3 medicinal ou peróxidos (Santana et al., 2016; Zanjani et al., 2015), amostras experimentais com tamanho pequeno (Manton et al., 2008; Zanjani et al., 2015; Abd Elhamid, Mosallam, 2010), uso de modelos antigos de geradoras de O3 medicinal (Tessier et al., 2010, Santana et al., 2016; Zanjani et al., 2015), carência na medição da concentração de O3 medicinal produzido pelos geradores (Abd Elhamid, Mosallam, 2010), modelos de estudo in vitro que não imitam com precisão as condições clinicas (Santana et al., 2016; Grundlingh, Grossman, Witcomb, 2012), se limitando a manchas extrínsecas produzidas artificialmente (Santana et al., 2016; Zanjani et al., 2015) na avaliação da cor (apenas a matiz do dente foi avaliada) (Tessier et al., 2010), utilização de guias 23 visuais subjetivas para medir as cores dos dentes (Bocci, 2006; Borges et al., 2012), estudos com efeitos imediatos e de curto prazo (Al-Omiri et al., 2008). Dado o alto risco de viés nos estudos disponíveis e a falta de consistência entre as diferentes medidas de resultados, não há evidências confiáveis de que a aplicação de gás O3 medicinal associado ou não ao PH promova clareamento efetivo dos dentes. Por haver uma necessidade de mais evidências de rigor e qualidade, antes que o uso de O3 medicinal possa ser aceito na atenção primária odontológica convencional, ou possa ser considerado uma alternativa viável aos métodos atuais para o manejo e tratamento dentário, além de haver relatos literários de que parte dos paciente submetidos a clareamento dental, irão desenvolver algum tipo de sensibilidade, esse trabalho tem por objetivo: avaliar laboratorialmente e clinicamente aspectos relacionados a associação do O3 medicinal com clareamento dentário em relação a concentração, tempo de utilização e em comparação com o padrão ouro (PH 35%). 109 7 CONCLUSÃO Com base nos resultados obtidos, conclui-se que considerando os protocolos de aplicação adotados, a eficácia dos diferentes sistemas de clareamento de PH associados ao O3 medicinal, foram semelhantes e com melhores resultados quando comparado à utilização isolada do gás e que quando o protocolo clareador foi utilizado por 30 min não foi eficaz, sendo então sugerido para condições semelhantes à do estudo, uma aplicação de 60 min. A sensibilidade dental ocorreu de forma geral, nos grupos que não utilizaram ozônio medicinal (PH 35%), enquanto o tratamento clareador, não apresentou diferenças para a condição gengival dentro do período avaliado. Em linhas gerais, o ozônio medicinal apesentou-se eficaz contra a sensibilidade pós clareamento, os pacientes demonstraram satisfação com os resultados, além de relatar conforto na aplicação dos sistemas testados. 110 REFERÊNCIAS Abd Elhamid M, Mosallam R. Effect of bleaching versus repolishing on colour and surface topography of stained resin composite. Aust Dent J. 2010 Dec;755(4):390- 8. doi: 10.1111/j.1834-7819.2010.01259.x. Acuña ED, Parreiras SO, Favoreto MW, Cruz GP, Gomes A, Borges CPF, et al. In‐ office bleaching with a commercial 40% hydrogen peroxide gel modified to have different pHs: Color change, surface morphology, and penetration of hydrogen peroxide into the pulp chamber. J Esthet Restor Dent. 2022;34(2):322–7. doi: 10.1111/jerd.12453. 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