Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta tese/dissertação será disponibilizado somente a partir de 22/05/2025 At the author's request, the full text of this thesis/dissertation will not be available online until May 22, 2025 VANDER ROCHA LACERDA PÓS-COLHEITA DE PITAIA: CARACTERIZAÇÃO, MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO E EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS ATIVOS Botucatu 2023 VANDER ROCHA LACERDA PÓS-COLHEITA DE PITAIA: CARACTERIZAÇÃO, MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO E EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS ATIVOS Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp Campus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia (Horticultura). Orientador: Rogério Lopes Vieites Botucatu 2023 L131p Lacerda, Vander Rocha Pós-colheita de pitaia: caracterização, métodos de conservação e extração de compostos ativos / Vander Rocha Lacerda. -- Botucatu, 2023 171 p. : il., tabs., fotos Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu Orientador: Rogério Lopes Vieites 1. Tecnologia pós-colheita. 2. Pitaya. 3. Fruticultura. 4. Antioxidantes. 5. Betalaínas. I. Título. Sistema de geração automática de fichas catalográficas da Unesp. Biblioteca da Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu. Dados fornecidos pelo autor(a). Essa ficha não pode ser modificada. Aos meus familiares, Rochas e Lacerdas, dedico AGRADECIMENTOS Ao glorioso Deus. À minha família, em especial aos meus queridos pais Maria do Carmo e Joaquim, meu irmão Wagner e a minha esposa Francielle pelo apoio incondicional. Ao Prof. Dr. Rogério Lopes, pela orientação, ensinamentos e paciência. À técnica de laboratório Márcia, ao professor Fernando Putti e a todos os professores e funcionários da FCA que contribuíram para minha evolução. Aos colegas Andres, Juliana, Rebecca, ítala e o Ramon por todas as formas de ajuda. À Associação Iberoamericana de Pós-Graduação (AUIP), pelo apoio financeiro, concedido por meio de bolsa de curto doutorado sanduíche na Universidade de Cádiz (UCA). Aos professores da UCA, Cristina, Lourdes e Casimiro, e às colegas Noelia e Lidia pelos ensinamentos. Ao programa “UNESP Presente”, através do “Edital PROPG nº 44/2022, Inclusão social de alunos da pós-graduação da UNESP em estágio no exterior” pelo apoio financeiro, concedido por meio de bolsa de doutorado sanduíche na Universidade do Algarve (UAlg). Ao professor da UAlg, Amílcar Duarte, pelos ensinamentos e paciência, e aos colegas Pedro, Ana Rita, Beatriz, Catarina, Luísa, Tomaz, e Florinda pelo companheirismo. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil – CAPES – Código de financiamento 001. “Por isso mesmo façam todo o possível para juntar a bondade à fé que vocês têm. À bondade juntem o conhecimento e ao conhecimento, o domínio próprio. Ao domínio próprio juntem a perseverança e à perseverança, a devoção a Deus. A essa devoção juntem a amizade cristã e à amizade cristã juntem o amor. Pois são essas as qualidades que vocês precisam ter. Se vocês as tiverem e fizerem com que elas aumentem, serão cada vez mais ativos e produzirão muita coisa boa como resultado do conhecimento que vocês têm do nosso Senhor Jesus Cristo.” DO BRASIL, Sociedade Bíblica. Bíblia Sagrada: nova tradução na linguagem de hoje. Barueri: SBB, 2000. 2 Pedro 1,5-8. RESUMO O consumo de frutas in natura como a pitaia e seus subprodutos, tem sido associado a diferentes benefícios à saúde devido a seus compostos bioativos. O perfil bioativo é influenciado pela variedade, clima, maturidade, práticas de cultivo, boas práticas pós- colheita e condições de armazenamento. As tecnologias como a utilização de aditivos alimentares (sais como fungicidas alternativos) e tratamento hidrotérmico podem ser utilizadas para melhorar a conservação e aumentar a vida útil em pós-colheita de frutas, mantendo os compostos bioativos. Neste contexto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar a influência dos sais associados com tratamento hidrotérmico na conservação; adequar o processo de extração supercrítica de compostos bioativos; e caracterizar variedades de pitaia. Para a conservação, o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 4, constituindo quatro tratamentos (controle com imersão em água a temperatura ambiente, bicarbonato de sódio diluído a 2%, carbonato de sódio diluído a 2% e sorbato de potássio diluído a 1%). Os sais foram diluídos em água a 50°C, com 2 minutos de imersão dos frutos, seguidos de 5 minutos de imersão em água a 10°C. Foram quatro avaliações, dias 0, 10, 20 e 30. Houve três repetições para cada tratamento e dois frutos por repetição. Os frutos de pitaia das variedades ‘Imperial’, ‘Orejona’, ‘Costa Rica’, ‘Connie Mayer’, ‘Physical Graffiti’, ‘Amarela Golden de Israel’ e ‘Purple Haze’, foram caracterizados por análises físico-químicas, bioquímicas por extração convencional e teores de nutrientes na casca e polpa. Na extração supercrítica, variou-se a pressão em 100, 250 e 400 bar para as cascas das variedades ‘Tesoro’, ‘Costa Rica’ e ‘Branca Comum’ e avaliou-se o conteúdo dos compostos bioativos. O bicarbonato de sódio e o sorbato de potássio proporcionaram melhor manutenção da qualidade dos frutos armazenados. A extração melhorada com mistura ternária de CO2/etanol/água oferece extratos com bom rendimento e capacidade antioxidante em todas as pressões estudadas, especialmente para as variedades de polpa e de casca vermelha (‘Tesoro’ e ‘Costa Rica’). Palavras-chave: Selenicereus spp.; fruta dragão; armazenamento refrigerado; cultivares; atividade antioxidante. ABSTRACT The consumption of fresh fruit such as dragon fruit and its by-products has been associated with different health benefits due to its bioactive compounds. The bioactive profile is influenced by variety, climate, maturity, cultivation practices, good post- harvest practices and storage conditions. Technologies such as the use of food additives and hydrothermal treatment can be used to improve the conservation and increase the post-harvest shelf life of fruits, maintaining the bioactive compounds. In this context, the objective of this work was to evaluate the influence of additives associated with hydrothermal treatment on conservation; adjust the process of supercritical extraction of bioactive compounds and characterize dragon fruit varieties. For conservation, the experimental design used was completely randomized in a 4 x 4 factorial scheme, constituting four treatments (control, with no procedure, 2% diluted sodium bicarbonate, 2% diluted sodium carbonate and potassium sorbate diluted to 1%). The additives were diluted in water at 50°C, with 2 minutes of immersion of the fruits, followed by 5 minutes of immersion in water at 10°C. And there were four days of evaluation: day 0, 10, 20 and day 30, with three repetitions in each treatment and two fruits per repetition. The pitaya fruits of the Imperial, Vermelha de Nicaragua “Orejona”, Vermelha Costa Rica “Roxa do Pará”, Connie Mayer, Physical Graffiti, Amarela Golden and Purple Haze varieties were characterized by physical-chemical, biochemical, and nutrient content analyses peel and pulp. In the supercritical extraction, the pressure was varied by 100, 250 and 400 bar for the barks of the Tesoro, Costa Rica and Undatus “Branca Comum” varieties and the yield, antioxidant activity and color (brightness, chroma and °hue) were evaluated. Improved extraction with ternary mixture of CO2/ethanol/water offers extracts with good yield and antioxidant capacity at all studied pressures, especially for pulp and red skin varieties (Tesoro and Costa Rica). From there, the next researchers can dispense with the performance of several previous tests that generate expenses with materials and reagents, consequently generating savings, in addition to the time of the researchers. Keywords: Selenicereus spp.; pitaya; dragon fruit; cold storage; cultivars; antioxidant activity. SUMÁRIO INTRODUÇÃO GERAL ....................................................................... 19 CAPÍTULO 1 CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DA PITAIA UTILIZANDO TRATAMENTO HIDROTÉRMICO ASSOCIADO COM SAIS .................................................................................................... 23 1.1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 24 1.2 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................... 25 1.2.1 Colheita dos frutos............................................................................... 25 1.2.2 Ensaio experimental ............................................................................ 26 1.2.3 Delineamento experimental ................................................................. 26 1.2.4 Embalagem ......................................................................................... 27 1.2.5 Análises destrutivas e não destrutivas ................................................. 27 1.2.5.1 Perda de massa .................................................................................. 28 1.2.5.2 Determinação da Razão entre Polpa e Casca .................................... 28 1.2.5.3 Espessura da casca ............................................................................ 28 1.2.5.4 Cor da Casca e da Polpa .................................................................... 28 1.2.5.5 Taxa respiratória ................................................................................. 29 1.2.5.6 Firmeza ............................................................................................... 29 1.2.6 Análises químicas ............................................................................... 30 1.2.6.1 Potencial Hidrogeniônico (pH) ............................................................ 30 1.2.6.2 Sólidos Solúveis (SS) ......................................................................... 30 1.2.6.3 Acidez titulável (AT) ............................................................................ 30 1.2.6.4 Índice de maturação (Ratio SS/AT) ..................................................... 30 1.2.6.5 Determinação dos açúcares redutores (AR) ....................................... 30 1.2.7 Avaliação da incidência de doenças ................................................... 30 1.2.8 Avaliação da severidade da doença ................................................... 31 1.2.9 Aparência das brácteas ...................................................................... 31 1.2.10 Análises microbiológicas ..................................................................... 31 1.2.11 Compostos bioativos e atividade antioxidante..................................... 32 1.2.11.1 Preparo do extrato acetônico do fruto ................................................. 32 1.2.11.2 Compostos Fenólicos Totais ............................................................... 32 1.2.11.3 Flavonoides totais ............................................................................... 33 1.2.11.4 Betalaínas ........................................................................................... 33 1.2.11.5 Atividade Antioxidante pelo método DPPH ......................................... 34 1.2.11.6 Atividade de eliminação de radicais ABTS .......................................... 34 1.2.11.7 Atividade Antioxidante pelo método FRAP .......................................... 34 1.2.12 Análise estatística ............................................................................... 34 1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................... 35 1.3.1 Análises físicas e físico-químicas ........................................................ 36 1.3.2 Doenças, aparência e análises microbiológicas .................................. 50 1.3.3 Análises bioquímicas ........................................................................... 56 1.3.4 Análise de componentes principais ..................................................... 62 1.4 CONCLUSÕES ................................................................................... 64 REFERÊNCIAS ................................................................................... 65 CAPÍTULO 2 CARACTERIZAÇÃO FISICO-QUÍMICA, BIOQUÍMICA E NUTRICIONAL DA CASCA E POLPA DE FRUTOS DE VARIEDADES DE PITAIAS ................................................................ 69 2.1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 70 2.2 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................... 71 2.2.1 Material vegetal ................................................................................... 71 2.2.2 Análises físico-químicas e bioquímicas ................................................ 72 2.2.3 Determinação do teor de nutrientes ..................................................... 73 2.2.4 Análise estatística ................................................................................ 73 2.3 RESULTAS E DISCUSSÃO ................................................................. 73 2.3.1 Análises físico-químicas ...................................................................... 75 2.3.2 Análises bioquímicas ........................................................................... 82 2.3.3 Teor de nutrientes ................................................................................ 95 2.4 CONCLUSÕES...................................................................................101 REFERÊNCIAS ..................................................................................103 CAPÍTULO 3 EXTRAÇÃO SUPERCRÍTICA DE BETALAÍNAS DA CASCA DE DIFERENTES ESPÉCIES DE PITAIA ............................109 3.1 INTRODUÇÃO....................................................................................110 3.2 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................112 3.2.1 Material vegetal ..................................................................................112 3.2.2 Extração supercrítica ..........................................................................112 3.2.3 Rendimento dos extratos ....................................................................113 3.2.4 Atividade antioxidante .........................................................................113 3.2.5 Conteúdo de betalaínas ......................................................................114 3.2.6 Determinação dos parâmetros da cor dos extratos .............................114 3.2.7 Análise estatística ...............................................................................114 3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...........................................................115 3.3.1 Estudo das variações de pressão nas propriedades de composição ..115 3.3.2 Extração subsequente das betacianinas .............................................121 3.4 CONCLUSÕES...................................................................................124 REFERÊNCIAS ..................................................................................125 CAPÍTULO 4 SUSTAINABLE POSTHARVEST TREATMENTS AND STORAGE CONDITIONS FOR PITAYA: A REVIEW ..........................131 4.1 INTRODUCTION ......................................................................................132 4.2 FRUIT PHYSIOLOGY AND QUALITY ............................................................133 4.2.1 Maturation of fruits for harvest ............................................................133 4.2.2 Postharvest physiology .......................................................................134 4.2.3 Physiological disorders and diseases .................................................134 4.2.4 Determination of fruit quality ...............................................................136 4.3 MAIN POSTHARVEST TECHNOLOGIES .......................................................138 4.3.1 Salts as alternative to fungicides .........................................................139 4.3.2 Hot water or air treatment ...................................................................141 4.3.3 Essentials oils .....................................................................................142 4.3.4 Chitosan ............................................................................................ 143 4.3.5 1-methylcyclopropene (1-MCP) ......................................................... 143 4.3.6 Salicylic acid and methyl jasmonate .................................................. 144 4.3.7 γ-Aminobutyric acid and β-aminobutyric acid ..................................... 145 4.3.8 Endophytic lactic acid bacteria (LAB) ................................................ 145 4.3.9 Technologies with potential for pitaya ................................................ 146 4.4 STORAGE CONDITIONS .......................................................................... 147 4.4.1 Temperature (°C) .............................................................................. 147 4.4.2 Relative Humidity (RH%) ................................................................... 149 4.4.3 Modified and Controlled Atmosphere ................................................. 150 4.4.4 Transportation ................................................................................... 151 4.5 CONCLUSION AND FUTURE PROSPECTS .................................................. 152 REFERENCES ....................................................................................... 153 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... 163 REFERÊNCIAS ................................................................................. 165 APÊNDICE A – CORRELAÇÃO DO CAPÍTULO 1 ....................................... 170 APÊNDICE B - ACP DO CAPÍTULO 1 ..................................................... 171 19 INTRODUÇÃO GERAL A pitaia é da família Cactaceae existente a nível mundial diversas espécies, sendo agrupadas em dois principais gêneros: Selenicereus (Berger A.) Riccob e Hylocereus (Britton e Rose) (Britton; Rose, 1963; Mizrahi et al., 1997). A classificação taxonômica das pitaias possui um histórico com muitas controvérsias em publicações científicas que citam os gêneros e espécies desta cactácea (Faleiro; Junqueira, 2022). Na revisão mais recente, a maioria das espécies de pitaias cultivadas comercialmente para produção de frutos e ornamentação, foram classificadas dentro do gênero Selenicereus (Korotkova et al., 2021). As espécies e cultivares mais comuns no mercado são distinguidas principalmente pelas cores da casca e polpa (Trindade et al., 2023): casca vermelha e polpa branca [Selenicereus undatus (Haworth) Britton e Rose e Selenicereus trigonus (Haw.) Saff.]; casca vermelha e polpa vermelha [Selenicereus purpusii (Weing.) Britton e Rose, Selenicereus costaricensis (Weber) Britton e Rose e Selenicereus monacanthus (Lem.) D.R. Hunt]; casca amarela e polpa branca [Selenicereus megalanthus (K. Schumann ex Vaupel) Ralf Bauer] (Nerd; Gutman; Mizrahi, 1999; Le Bellec; Vaillant; Imbert, 2006); e a pitaia-do-cerrado ou saborosa, casca vermelho escuro e polpa branca [Selenicereus setaceus (Rizz)] (Junqueira et al., 2002; Tomas et al., 2023). A pitaia é originada de florestas tropicais das Américas Central e do Sul, posteriormente se espalhou pelo mundo (Rojas-Sandoval e Praciak, 2022). Nas Américas, encontram-se distribuídas pela Costa Rica, Nicarágua, Venezuela, Panamá, Uruguai, Brasil, Colômbia e México (Faleiro; Junqueira, 2022; Mizrahi, 1997). É uma espécie de metabolismo CAM, entretanto é encontrada em seu habitat natural sob condições de sombreamento e alta umidade. Por ser uma planta rustica e perene, com raízes pouco profundas, a pitaia tem se destacado com uma boa opção de cultivo com potencial econômico em propriedades com solos rasos, arenosos e pedregosos (Ortiz et al., 1999; Santos et al., 2010; Costa et al., 2014). O cultivo da pitaia no Brasil vem crescendo nas últimas décadas em todo o território nacional, principalmente no Estado de São Paulo, Pará, Santa Catarina, Minas Gerais, Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Pernambuco (Faleiro; Junqueira, 20 2022). A área de cultivo da pitaia no Brasil é de aproximadamente 4.000 ha, e a produção anual é em torno de 40.000 toneladas, comercializadas nas CEASAs, mercados locais e feiras (Menten, 2023). Os principais produtores mundiais de pitaia são o Vietnã, a China e a Indonésia, respectivamente 1.074.242, 700.000 e 221.832 toneladas em área de 55.419, 40.000 e 8.491 ha (Carmen, et al., 2023; Paull e Chen, 2019; Nangare et al., 2020). A pitaia é rica em betacianinas e betaxantinas, que são betalaínas de cor vermelha a roxa e amarela (Herbach, et al., 2006). Esses compostos nitrogenados são considerados uma fonte promissora de potencial para utilização como matéria- prima na prevenção de doenças, resistentes à insulina e antiobesidade (Song, et al., 2016; Lacerda et al., 2021). Recentemente, a pitaia tem se destacado mundialmente na mídia em reportagens, programas de televisão e redes sociais, não só devido a beleza visual, mas também por possuir propriedade antioxidante devido ao alto conteúdo de fenóis (Li et al., 2018). Além de gerar demanda, que consequentemente atrai novos produtores agrícolas, gera muita demanda por novas informações. As pesquisas envolvendo polpa e casca de pitaia cresceram 8 vezes nos últimos 11 anos, totalizando 770 documentos nos últimos 21 anos, e a maioria das publicações está focada no potencial de obtenção de betalaínas e compostos fenólicos (Ferreira et al., 2023). Possui características físico-químicas e nutricionais atrativas para o consumo in natura e indústria, como o alto valor de firmeza da casca, equilíbrio entre acidez e teor de açúcar que confere um excelente sabor, além de valores significativos de minerais, como o cálcio, o potássio e o ferro com propriedade de prevenção contra anemia (Cordeiro et al., 2015). Nos últimos 5 anos, houveram numerosos novos relatos de doenças nos frutos de Selenicereus, com seus patógenos associados, em países de todos os continentes (Balendres; Bengoa, 2019; Perween et al., 2018). A doença mais presente é a antracnose, causada por fungos do gênero Colletotrichum spp (Bordoh et al., 2020). No Brasil, Takahashi et al. (2008) e Nascimento et al. (2019), detectaram alta incidência e severidade de C. gloeosporioides no estado de São Paulo e C. karstii no Rio Grande do Sul, respectivamente. Os esporos colonizam os frutos no campo e se manifestam severamente na pós-colheita, e mais grave em condições de alta 21 umidade. Os sintomas são lesões de coloração avermelhada e halos cloróticos, estas lesões possuem centros marrons e depois podem coalescer (Masyahit et al., 2009). Diferentes doenças fúngicas (Gloeosporium agaves, Bipolaris sp. Macssonina agaves, Dothiorella sp. e Botryosphaeria dothidea), virais (Cactus virus X) e bacterianas (Xanthomonas sp. e Erwinia sp.) são relatadas na literatura e podem causar grandes perdas pós-colheita gerando grandes consequências econômicas (N'Guyen, 1996; Barbeau, 1990). Há relatos também dos fungos Aecidium (Invasiveorg, 2015) e Fusicoccum sp. da família Botryosphaeriaceae (Valencia-Botin et al., 2005). Outras doenças de menor incidência que ocorrem na cadeia produtiva da pitaia são: Oídio (Helminthosporium sp.), Podridão-mole (Fusarium sp.) e Bolor Verde em frutos, causado por um complexo fúngico de Penicillium sp., Volutella sp. e Corynespora sp. Até então estas doenças haviam sido relatadas apenas na Nicarágua (Valencia-Botin et al., 2013), mas já disseminou para outros países. O ponto ideal para a colheita de pitaia de casca vermelha ocorre entre o 34° e 38° dia após a antese floral (Magalhães et al., 2019a). Neste estádio, os frutos apresentaram maior massa e intensidade de coloração vermelha na casca, textura de polpa cremosa ainda firme, maior teor de sólidos solúveis e menor acidez (Menezes, et al., 2015; Magalhães et al., 2019b). Os frutos são classificados como não climatéricos e são sensíveis às injúrias causadas pelo frio em temperaturas abaixo de 6°C (Zee et al., 2004), assim, devem estar no estádio ótimo de maturidade comestível à época da colheita. Para que apresentem maior qualidade, os frutos devem ser deixados na planta até atingirem a composição desejável (Magalhães et al., 2019a), o que pode variar conforme a distância do mercado (Chitarra; Chitarra, 2005). A perda de peso, o murchamento e descoloração das brácteas resultam em rápida deterioração e reduzida vida útil pós- colheita (Zahid et al., 2013). Frutos de pitaia provenientes de plantas com adubação orgânica correspondem positivamente aos parâmetros de qualidade, reduzindo a perda de qualidade durante o período de armazenamento refrigerado, consequentemente, resulta em frutos mais firmes e brilhantes, com menor perda de luminosidade, menor alteração da intensidade e tonalidade da cor e maiores teores de sólidos solúveis, comparados a frutos de cultivo convencional (Duarte et al., 2017). Porém, é necessário novas tecnologias práticas na pós-colheita para conservar a pitaia com 22 qualidade por mais tempo. Aditivos alimentares, como os sais, ou compostos geralmente reconhecidos como seguros (GRAS), podem ser utilizados para o controle de doenças pós-colheita de frutas e hortaliças (Palou et al., 2002). Youssef et al. (2014) descobriram que o carbonato de sódio a 3% reduziu os bolores verde e azul de frutas cítricas. Da mesma forma, Fadda et al. (2015) indicaram que 1% de sorbato de potássio reduziu significativamente o mofo azul da maçã, principalmente quando aplicado a 53°C. Foi relatado anteriormente que os efeitos dos sais, sorbato de potássio e carbonato de sódio na inibição do crescimento de patógenos são provavelmente devidos a uma redução da pressão do turgor das células fúngicas, que resultam em colapso e encolhimento de hifas e esporos, consequentemente, uma incapacidade do fungo para esporular (Fallik et al., 1997). Além disso, uma combinação de sais com água quente seguida de água fria, é reconhecida por aumentar a eficácia dos sais no controle de patógenos em frutos (Jitareerat et al., 2018). Para o controle de outras doenças na pitaia, como a podridão negra causada por Alternaria alternata em pitaia amarela (Selenicereus megalanthus), Vilaplana et al. (2017) utilizaram água quente por 2 min a 50°C, antes do armazenamento em 12°C por 21 dias, e reduziu o diâmetro da lesão em 63,1%, sem efeito significativo nas qualidades sensoriais do fruto. Imersão de frutos de romã em água quente a 50°C ou mais por 2,5 min reduziram significativamente o mofo verde (Penicillium spp.) após 7 dias de incubação a 20°C, mas mergulhos a 55°C ou mais foram fitotóxicos, causando danos por calor (escurecimento externo da casca) nas frutas tratadas (Palou; Taberner, 2023). O objetivo geral deste trabalho é utilizar fungicidas alternativos associados com tratamento hidrotérmico como método de conservação na pós-colheita dos frutos da pitaia; caracterizar a casca e polpa de sete variedades de pitaia; realizar extração supercrítica de compostos ativos da casca de três variedades de pitaia; e sistematizar em revisão os principais métodos de conservação pós colheita da pitaia. 163 CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização de sais, tratamento hidrotérmico e armazenamento refrigerado, em pós-colheita da pitaia, podem minimizar as perdas qualitativas durante o armazenamento, prolongando a vida de prateleira, o período de comercialização e sua disponibilidade para a indústria de processamento. Vale ressaltar a importância de mais pesquisas com avaliações bioquímicas da casca dos frutos. Alguns consumidores podem estar preocupados com o uso de sais, por isso é essencial comunicar claramente aos consumidores sobre quaisquer produtos utilizados no tratamento pós-colheita da pitaia. É importante avançar nos estudos com análises não destrutivas, uma vez que com as análises destrutivas há uma variação nos dados devido a utilização de frutos diferentes a cada dia, mesmo que os frutos sejam de um mesmo lote. Os sais carbônicos, como o bicarbonato de sódio, são facilmente acessíveis, podem ser usados sem sérios riscos de danos à fruta e são baratos e menos complicados, comparado a alternativas não químicas, como controle biológico. Estudos futuros serão fundamentais para minimizar a deterioração pós-colheita e estender o período de armazenamento da pitaia para até 50 dias, incluindo combinações de tecnologias desde higiene de campo pré-colheita, fungicidas alternativos, incluindo desinfetantes naturais, tratamento hidrotérmico e embalagens com atmosfera modificada. Pesquisas contínuas sobre os componentes bioativos específicos de variedades de pitaia, são promissoras para destacar os potenciais efeitos benéficos para a saúde, bem como a aceitação da fruta pelos consumidores e incentivar o processamento de produtos que podem trazer benefícios à saúde, além de substituir produtos químicos como os corantes artificiais. São necessárias mais pesquisas com técnicas analíticas, como HPLC, para separar, identificar e quantificar cada um dos componentes químicos da casca, polpa e sementes de diferentes espécies. As condições adequadas para extração de compostos bioativos são fundamentais para o desempenho durante a extração e quantificação desses compostos antioxidantes como as betalaínas. Portanto, faz-se necessário mais pesquisas com a casca e polpa de diferentes outras espécies, como também conscientizar os consumidores para realizar o aproveitamento da casca. 164 165 REFERÊNCIAS BALENDRES, M. A.; BENGOA, J. C. Diseases of dragon fruit (Hylocereus species): Etiology and current management options. Crop Protection, p. 104920, 2019. BARBEAU G. La pitahaya rouge, unnouveau fruit exotique. Fruits; 45:141-174, 1990. BORDOH, P. K., ALI, A., DICKINSON, M., SIDDIQUI, Y., ROMANAZZI, G. A review on the management of postharvest anthracnose in dragon fruits caused by Colletotrichum spp. Crop protection, v. 130, p. 105067, 2020. BRITTON N. L. Descriptions and illustrations of plants of the cactus family. in: ROSE, J. N. Dover Publication, New York, USA, 1963, v. 1-2, p. 183-195. CANTO, A. R. El cultivo de pitahaya en Yucatan. Universidad Autônoma Chapingo – Gobierno Del Estado de Yucatan. 1993. 53p. CARMEN, F.; FRANCES, C.; BARTHE, L. Trends on valorization of pitaya fruit biomass through value-added and green extraction technology – A critical review of advancements and processes. Trends in Food Science & Technology, [s. l.], v. 138, p. 339–354, 2023. CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. rev. amp. Lavras: Universidade Federal de Lavras, 2005. 785p. CORDEIRO, M. H. M.; SILVA, J.; MIZOBUTSI, G. P.; MIZOBUTSI, E. H.; MOTA, W. Caracterização física, química e nutricional da pitaia-rosa de polpa vermelha. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 37, n. 1, p. 20-26, 2015. COSTA, A. C.; RAMOS, J. D.; SILVA, F. O. D. R.; DUARTE, M. H. Flowering and fructification in different types of cladodes red pItaya in Lavras-MG. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 36, n. 1, p. 279-284, 2014. DUARTE, M. H.; QUEIROZ, E. D. R.; ROCHA, D. A.; COSTA, A. C.; ABREU, C. M. P. D. Quality of pitaya (Hylocereus undatus) submitted to organic fertilization and stored under refrigeration. Brazilian Journal of Food Technology, v. 20, 2017. FADDA, A.; BARBERIS, A.; D’AQUINO, S.; PALMA, A.; ANGIONI, A.; LAI, F.; SCHIRRA, M. Residue levels and performance of potassium sorbate and thiabendazole and their co-application against blue mold of apples when applied as water dip treatments at 20 or 53° C. Postharvest Biology and Technology, v. 106, p. 33-43, 2015. FALEIRO, F. G. JUNQUEIRA, N. T. V. Espécies, Variedades e Cultivares. In: DOS SANTOS, D. N., PIO, L. A. S., FALEIRO, F. G. Pitaya: uma alternativa frutífera. – Brasília: ProImpress, 2022, cap. 1, p. 11. 166 FALLIK, E.; GRINBERG, S.; ZIV, O. Potassium bicarbonate reduces postharvest decay development on bell pepper fruits. J. Hortic. Sci. 72, 35e41. 1997 FERREIRA, V. C.; AMPESE, L. C.; SGANZERLA, W. G.; COLPINI, L. M. S.; FORSTER-CARNEIRO, T. An updated review of recent applications and future perspectives on the sustainable valorization of pitaya (Hylocereus spp.) by-products. Sustainable Chemistry and Pharmacy, [s. l.], v. 33, p. 101070, 2023. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S2352554123001043. HERBACH, K. M.; STINTZING, F. C.; CARLE, R. REINHOLD. Betalain stability and degradation—structural and chromatic aspects. Journal of food science, v. 71, n. 4, p. R41-R50, 2006. INVASIVEORG. Nightblooming cactus, Hylocereus undatus (Haw.) Britt. & Rose. 2015. Disponível em: Acesso em 15 ago. 2022. JUNQUEIRA, K. P.; JUNQUEIRA, N. T. V.; RAMOS, J. D.; PEREIRA, A.V.; Informações preliminares sobre uma pitaya (Selenicereus setaceus Rizz) nativa do Cerrado. Planaltina: EMBRAPA, 18p. (Documentos, 62). 2002. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/566991/1/doc62.pdf. KOROTKOVA, N., AQUINO, D., ARIAS, S., EGGLI, U., FRANCK, A., GÓMEZ- HINOSTROSA, C., BERENDSOHN, W. G. Cactaceae at Caryophyllales. org–a dynamic online species-level taxonomic backbone for the family. Willdenowia, v. 51, n. 2, p. 251-270, 2021. LACERDA, V. R.; ACEVEDO, A. F. G.; SANTOS, J. A. dos; VIEITES, R. L. Quantificação dos compostos bioativos da casca e polpa dos frutos de pitayas de polpa branca e vermelha. In: VIEIRA, Claudia Regina; ALVES, Érika Endo; OLIVEIRA, Neide Judith Faria de; CARELI, Roberta Torres (org.). IV Simpósio de Engenharia de Alimentos – SIMEALI 4.0, Volume 2 - Controle de qualidade: análise sensorial, química de alimentos e análise de alimentos. 1°ed. Montes Claros: Instituto de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Minas Gerais, 2021. p. 195–207. Disponível em: https://www.simeali.com/_files/ugd/c971a0_e62cef2477954dcb85953963ced015a1.p df. LE BELLEC, F.; VAILLANT, F.; IMBERT, E. Pitahaya (Hylocereus spp.): A new fruit crop, a market with a future. Fruits, 61, 237–250, 2006. Li, X.; Li, M.; Wang, J.; Wang, L.; Han, C.; Jin, P.; Zheng, Y. Methyl jasmonate enhances wound-induced phenolic accumulation in pitaya fruit by regulating sugar content and energy status. Postharvest Biology and Technology, v. 137, p. 106- 112, 2018. MAGALHÃES, D. S.; DA SILVA, D. M.; RAMOS, J. D.; SALLES PIO, L. A.; PASQUAL, M.; VILAS BOAS, E. V. B.; GALVÃO, E. C.; DE MELO, E. T. Changes in http://www.invasive.org/browse/detail.cfm?imgnum=0019025 167 the physical and physico-chemical characteristics of red-pulp dragon fruit during its development. Scientia Horticulturae, [s. l.], v. 253, p. 180–186, 2019b. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0304423819303048. MAGALHÃES, D. S.; RAMOS, J. D.; PIO, L. A. S.; BOAS, E. V. D. B. V.; PASQUAL, M.; RODRIGUES, F. A.; RUFINE, J. C. M.; DOS SANTOS, V. A. Physical and physicochemical modifications of white-fleshed pitaya throughout its development. Scientia horticulturae, v. 243, p. 537-543, 2019a. MASYAHIT, M; K. SIJAM; Y. AWANG, MGM. The first report of the occurrence of anthracnose disease caused by Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc. on dragon fruit (Hylocereus spp.) in Peninsular Malaysia. American Journal of Applied Sciences, v. 6, p. 902-912, 2009. MENEZES, T. P.; RAMOS, J.D.; LIMA, L. C. O.; COSTA, A. C.; NASSUR, R. D. C. M. R.; RUFINI, J. C. M. Características físicas e físico-químicas de pitaia vermelha durante a maturação. Semina: Ciências Agrárias, v. 36, n. 2, 2015. MENTEN, J. O. Pitayas: Principais doenças e seu controle. [S. l.: s. n.], 2023. Disponível em: https://www.portaldoagronegocio.com.br/agricultura/fruticultura/noticias/pitayas- principais-doencas-e-seu-controle. Acesso em: 3 jan. 2024. MIZRAHI Y.; NERD, A.; NOBEL, P.S. Cacti as crop, Hortic. v. 18, p. 291-320, 1997. NANGARE, D. D.; TAWARE, P. B.; SINGH, Y.; KUMAR, P. S.; BAL, S. K.; ALI, S.; PATHAK, H. Dragon fruit: A potential crop for abiotic stressed areas. Technicaled. Baramati, Pune, Maharashtra, India: ICAR-National Institute of Abiotic Stress Management, 2020. 2020. Disponível em: http://117.239.43.83/sites/default/files/pdfs/DragonFruitBulletin-47.pdf. NASCIMENTO, M.B.; BELLE, C.; AZAMBUJA, R.H.; MAICH, S.L.; NEVES, C.G.; SOUZA JUNIOR, I.T.; FARIAS, C.R., DE BARROS, D.R. First report of Colletotrichum karstii causing anthracnose spot on pitaya (Hylocereus undatus) in Brazil. Plant Dis. 2019. NERD, A.; GUTMAN, F.; MIZRAHI, Y. Ripening and postharvest behaviour of fruits of two Hylocereus species (Cactaceae). Postharvest Biology and Technology, 17, 39–45. 1999. N’GUYEN, V. K. Floral induction study of dragon fruit crop (Hylocereus undatus) by using chemicals, Univ. Agric. Forest., Fac. Agron., Hô Chi Minh-ville, Vietnam, 1996. ORTIZ, Y. D. M. et al. Estrés hídrico y intercambio de CO2 de La pitahaya (Hylocereus undatus), Agrociencia, v. 33, p. 397-405, 1999. 168 PAULL, R. E.; CHEN, N. J. Overall dragon fruit production and global marketing. [S. l.: s. n.], 2019. Disponível em: https://ap.fftc.org.tw/article/1596. PALOU, L.; USALL, J.; MUNOZ, J.A.; SMILANICK, J.L.; VINAS, I. Hot water, sodium carbonate and sodium bicarbonate for the control of postharvest green and blue molds of Clementine mandarins. Postharvest Biol. Technol. 24, 93e96. 2002. PERWEEN, T.; MANDAL, K. K.; HASAN, M. A. Dragon fruit: An exotic super future fruit of India. Journal of Pharmacognosy and Phytochemistry, v. 7, n. 2, p. 1022- 1026, 2018. ROJAS-SANDOVAL, J., PRACIAK, A. Hylocereus undatus (dragon fruit). CABI Compend. CABI Compe. 2022. https://doi.org/10.1079/cabicompendium.27317 SANTOS, C. M. G., CERQUEIRA, R. C., FERNANDES, L. M. S., DOURADO, F. W. N., ONO, E. O. Substratos e regulador vegetal no enraizamento de estacas de pitaya. Revista Ciência Agronômica, v. 41, p. 625-629, 2010. SONG, S.; CHU, Q.; XU, D.; XU, Y.; ZHENG, X. Purified betacyanins from Hylocereus undatus peel ameliorate obesity and insulin resistance in high-fatdiet-fed mice. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 24, 236–244, 2016. TAKAHASHI, L.M., ROSA, D.D., BASSETO, M.A., DE SOUZA, H.G., FURTADO, E.L. First report of Colletotrichum gloeosporioides on Hylocereus megalanthus in Brazil. Australas. Plant Dis. Notes 3, 96–97. 2008. TOMAS, M. da G.; RODRIGUES, L. J.; ALMEIDA LOBO, F. de; TAKEUCHI, K. P.; DE PAULA, N. R. F.; PINTO, D. M.; NHANTUMBO, N.; PIZZATTO, M.; OUALMAKRAN, Y.; MACHADO, G. G. L.; BOAS, E. V. de B. V. Physicochemical characteristics and volatile profile of pitaya (Selenicereus setaceus). South African Journal of Botany, [s. l.], v. 154, p. 88–97, 2023. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0254629923000194. TRINDADE, A. R.; PAIVA, P.; LACERDA, V.; MARQUES, N.; NETO, L.; DUARTE, A. Pitaya as a New Alternative Crop for Iberian Peninsula: Biology and Edaphoclimatic Requirements. Plants, [s. l.], v. 12, n. 18, p. 3212, 2023. Disponível em: https://www.mdpi.com/2223-7747/12/18/3212. VALENCIA-BOTÍN, A. J.; KOKUBU, H.; ORTÍZ-HERNÁNDEZ, Y. D. A brief overview on pitahaya (Hylocereus spp.) diseases. Australasian Plant Pathology, v. 42, n. 4, p. 437-440, 2013. VALENCIA-BOTÍN, A. J.; LIVERA-MUÑOZ, M.; SANDOVAL-ISLAS, J. S. Caracterización de una cepa de Fusicoccum sp. anamorfo de Botryosphaeria dothidea Moug.: Fr (Ces. and De Not.) aislada de pitahaya [Hylocereus undatus (Haw.) Britton y Rose] Cactaceae. Revista Mexicana de Fitopatología, v. 23, n. 2, 2005. 169 VILAPLANA, R., PAEZ, D., VALENCIA-CHAMORRO, S. Control of black rot caused by Alternaria alternata in yellow pitahaya (Selenicereus megalanthus) through hot water dips. LWT-Food Science and Technology 82, 162–169. 2017. YOUSSEF, M., SANZANI, S.M., LIGORIO, A., IPPOLITO, A., TERRY, L.A., Sodium carbonate and bicarbonate treatments induce resistance to postharvest green mould on citrus fruit. Postharvest Biol. Technol. 87, 61-69. 2014. ZAHID, N., ALI, A., SIDDIQUI, Y., MAQBOOL, M. Efficacy of ethanolic extract of propolis in maintaining postharvest quality of dragon fruit during storage. Postharvest Biology and Technology, 79, 69–72. 2013. ZEE, F.; YEN, C. R.; NISHINA, M. Pitaya: dragon fruit, strawberry pearl. Fruits e Nuts, Hawai, v. 9, n. 2, p. 1-3, 2004. RESSALVA - Vander lacerda_vr_dr_botfca_int f83179d5805b920f58bc6abbbfd54a90dd1cd6f80651a179a94c86efaf817301.pdf 3ffad15842f7db85894dde2127e0b9edcf00614c3c7a3cfd1d08771b859732d2.pdf f83179d5805b920f58bc6abbbfd54a90dd1cd6f80651a179a94c86efaf817301.pdf