UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
Museu e caminhos de Portinari: análise paisagística de um patrimônio cultural
brasileiro em Brodowski - SP
Ana Carolina Ferreira Alves da Silva
JABOTICABAL – SP
1º SEMESTRE DE 2024
Orientadora: Profª. Dra. Kathia Fernandes Lopes
Pivetta
Coorientadora: Dra. Ana Carolina Corrêa Muniz
Museu e caminhos de Portinari: análise paisagística de um patrimônio cultural
brasileiro em Brodowski - SP
Ana Carolina Ferreira Alves da Silva
Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias - UNESP, Câmpus de Jaboticabal, para
graduação em ENGENHARIA AGRONÔMICA
JABOTICABAL – SP
1º SEMESTRE DE 2024
Orientadora: Profª. Dra. Kathia Fernandes Lopes
Pivetta
Coorientadora: Dra. Ana Carolina Corrêa Muniz
Sistema de geração automática de fichas catalográficas da Unesp. Biblioteca da
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias, Jaboticabal. Dados fornecidos pelo autor(a).
Essa ficha não pode ser modificada
S586m
Silva, Ana Carolina Ferreira Alves da
Museu e caminhos de Portinari: análise paisagística de um
patrimônio cultural brasileiro em Brodowski - SP cultural / Ana
Carolina Ferreira Alves da Silva. -- Jaboticabal, 2024
22p.
Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado - Engenharia
Agronômica) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal
Orientadora: Kathia Fernandes Lopes Pivetta
Coorientadora: Ana Carolina Corrêa Muniz
1. Cândido Portinari. 2. Levantamento fitossociológico. 3.
Paisagismo. 4. Praça. 5. Patrimônio histórico e artístico brasileiro.
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho e o meu respeito a Exu e a todos os Orixás. Meus guias
espirituais que me apoiaram e guiaram em toda esta caminhada.
Ao meu pai José Fabio e à minha mãe Josimere, que me orientaram e
ensinaram por toda a minha vida até aqui a importância da universidade na construção
da sociedade.
As minhas irmãs Gisele, Gabrielle e Camille que compreenderam minha
ausência, me deram todo o suporte e amor necessário durante o processo.
Ao meu filho Benjamin, que me deu forças para continuar todos os dias desde
o seu nascimento.
Ao meu filho Nícolas (in memoriam), que em pouco tempo de vida me tornou uma
pessoa mais forte e trouxe um novo sentido a minha existência.
Dedico este trabalho ao meu marido Bruno, que além de me dar todo o suporte
para que este trabalho fosse realizado, ainda me torna uma pessoa melhor.
Um agradecimento em especial a professora Kátia, que acreditou em mim e neste
trabalho que tem uma grande importância na minha vida.
v
SUMÁRIO
ABSTRACT………………………………………………………………………...vii
RESUMO.……………………………..……………….………….…………........viii
1. INTRODUÇÃO…………………………………………….………............….10
2. MATERIAL E MÉTODOS ………………………………………………….....13
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ………...…………………………………...15
3.1 Museu Casa de Portinari….……………………………………...………15
3.2 Caminhos de Portinari ... ………………………………………………..17
3.2.1 A Praça Candido Portinari e a Igreja de Santo Antônio ……..........17
3.2.2 Coreto Lauro J. Almeida Pinto e Praça Martim Moreira …….........19
3.2.3 Antiga Estação Ferroviária …………………………………..........…20
3.2.4 Bebedouro Público dos animais ………………………………....…...21
4. ANÁLISE QUALI-QUANTITATIVAS DAS ESPÉCIES VEGETAIS..........22
5. CONCLUSÃO …...…………………………………….............................….27
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………............................……29
vi
PORTINARI MUSEUM AND PATHS: IANDSCAPE ANALYSIS OF A BRAZILIAN
CULTURAL HERITAGE IN A BRODOWSKI, SÃO PAULO STATE.
ABSTRACT
Candido Portinari, one of Brazil's greatest artists, was born and lived in Brodowski,
São Paulo, Brazil. In this city stands the "Casa de Portinari" museum, which was the
artist's residence and featured a garden surrounding it, as well as the so-called
"Caminhos de Portinari" (Portinari's Pathways). These pathways comprise the
"Candido Portinari Square", the "Church of Santo Antônio" located in Candido Portinari
Square, the "Lauro J. Almeida Pinto Bandstand" in Martim Moreira Square, the "Old
Railway Station", and the "Public Animal Watering Trough". This work aimed to portray
and analyze the landscape of this complex, which constitutes a Brazilian cultural and
landscape heritage. The garden surrounding the museum presents a harmonious
composition, evoking old gardens with rose bushes and various ornamental species
repeated in several flowerbeds. Both architectural and vegetal elements are well-
preserved. The "Candido Portinari Square" underwent renovations in 2023, with
changes made to its architectural and vegetal elements. The "Bandstand" is located in
Martim Moreira Square and exhibits diverse stylistic influences. At the "Old Railway
Station", the Plaza of the Arts showcases open-air sculptures by Adélio Sarro, paying
homage to Candido Portinari. The composition of this area is harmonious. The "Public
Animal Watering Trough" is a small, harmonious, well-preserved, bucolic space. A total
of 86 plant species were found across the study area, with 36% of them being native.
Keywords: Cândido Portinari, Phytosociological survey, Landscape, Urban square.,
Brazilian Historical and Artistic Heritage
vii
MUSEU E CAMINHOS DE PORTINARI: ANÁLISE PAISAGÍSTICA DE UM
PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO EM BRODOWSKI - SP 1
RESUMO
Cândido Portinari, um dos maiores artistas brasileiros, nasceu e residiu até os 15 anos
em Brodowski-SP, Brasil; nesta cidade encontra-se o museu “Casa de Portinari” que
tem um jardim no entorno e o chamado “Caminhos de Portinari”, que é composto pelos
seguintes espaços: “Praça Cândido Portinari”; “Igreja de Santo Antônio” que fica na
Praça Cândido Portinari; “Coreto Lauro J. Almeida Pinto”, que fica na Praça Martim
Moreira; “Antiga Estação Ferroviária” e “Bebedouro Público de Animais”. Visando
documentar este importante patrimônio cultural e paisagístico brasileiro, este trabalho
teve como objetivo fazer uma análise paisagística por meio da documentação
fotográfica e do levantamento qualitativo dos elementos arquitetônicos e quali-
quantitativo dos vegetais, dos jardins do Museu “Casa de Portinari” e dos espaços que
compõem os “Caminhos de Portinari”. O jardim do entorno do museu exibe uma
composição esteticamente harmoniosa, remetendo a jardins antigos. O desenho da
“Praça Candido Portinari” é harmonioso; a mensagem e dominância é o círculo
presente em desenhos no piso de pedra portuguesa e compostos em diferentes
arranjos de canteiros; a “Igreja de Santo Antônio” apresenta-se como centro de
interesse. O “Coreto” encontra-se na Praça Martim Moreira que apresenta composição
sem harmonia, prejudicada, principalmente, pelo piso interno de asfalto e excesso de
bancos de granilite, num total de 85. Na “Antiga Estação Ferroviária” encontra-se a
Praça das Artes com esculturas a céu aberto de Adélio Sarro, que homenageia
1 Artigo a ser enviado para a Revista Ornamental Horticulture
viii
Candido Portinari cuja composição é harmoniosa. O “Bebedouro Público de Animais”
é um espaço pequeno, harmonioso, bucólico e bem conservado. Foram encontradas,
em toda área do estudo, 89 espécies vegetais, sendo 39% nativas. Arecaceae foi a
família de plantas de maior ocorrência no paisagismo do patrimônio cultural.
Palavras-chave: Cândido Portinari, Levantamento fitossociológico, Paisagismo, Praça,
Patrimônio histórico e artístico brasileiro.
1
1. INTRODUÇÃO
Cândido Torquato Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, na cidade de
Brodowski, interior do estado de São Paulo, filho de Baptista Portinari e Domingas
Torquato, que eram imigrantes italianos (Bogea et al., 2020). Desde criança, manifesta
vocação artística; aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado
mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola de Belas Artes. Conquistou,
em 1928, o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas Artes, de
tradição acadêmica, e foi para Paris onde permaneceu durante todo o ano de 1930.
Longe da sua pátria, saudoso de sua gente, voltou ao Brasil em 1931 e retratou em
suas telas o povo brasileiro (Museu Casa de Portinari, 2024).
Os últimos anos de vida de Cândido Portinari expunham um desgaste progressivo
na criação de seu trabalho que afetaram sua vida pessoal e a saúde começou a
apresentar sintomas de fragilidade. Entre 1961 e 1962, Portinari passou mal com
sintomas de envenenamento pelo uso das tintas a óleo que continham grande
quantidade de chumbo. Contrariando as ordens médicas, trabalhou incessantemente
nos 200 quadros que apresentaria na exposição que faria a convite da prefeitura de
Milão, mas não chegou a realizá-la em vida. Mesmo se afastando por um tempo das
tintas tóxicas, Portinari faleceu no dia 6 de fevereiro de 1962, envenenado pela arte
que lhe conferiu notabilidade (Parizi e Campos, 2021). Cândido Portinari deixou mais
de 4.600 obras de arte; ficou conhecido mundialmente e conquistou diversos prêmios,
além de ter contribuído para que a cultura brasileira fosse reconhecida pelo mundo
inteiro (Oliveira et al., 2021).
A casa onde morou Portinari, em Brodowski-SP, foi tombada pelo Iphan
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1968, no ano seguinte, foi
2
desapropriada e adquirida pelo Governo do Estado de São Paulo e, em 22 de janeiro
de 1970, foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). A partir de esforços da
família do artista, do município e do Estado, o museu foi instalado e inaugurado em
14 de março de 1970, demarcando e perpetuando a concreta relação da memória de
Candido Portinari com a cidade de Brodowski, tão mencionada em suas obras,
poesias e depoimentos, se tornando testemunho vivo de uma carreira que projetou as
artes plásticas no Brasil. A casa-museu é constituída pela antiga residência do artista,
residência da sua avó e a “Capela da Nonna”, construída em 1941, presente para sua
avó que, por conta da idade avançada e problemas de saúde, não conseguia mais se
deslocar até à igreja para rezar. Portinari possuía uma ligação estreita, íntima e
particular com a casa da família e com o município de Brodowski e a simplicidade
típica do interior é a maior característica do museu (Parizi e Campos, 2021; Museu
Casa de Portinari, 2024).
O Museu “Casa de Portinari” convida a percorrer os “Caminhos de Portinari”
como forma de conectar outros espaços e paisagens da cidade de Brodowski, como
território da memória do artista e da comunidade, que ampliarão a compreensão das
lembranças de seu passado como temas recorrentes e referenciais na sua obra,
possibilitando conhecer as verdades simples e os grandes sentimentos vinculados à
forte presença da terra natal na vida do pintor, seu lugar de refúgio e inspiração,
fortalecimento e ligação com as raízes e as origens (Museu Casa de Portinari, 2024).
Embora o Museu “Casa de Portinari” seja tombado como patrimônio histórico,
há poucas referências sobre os jardins do Museu e os “Caminhos de Portinari”. Silva
et al. (2023) comentam que no Brasil, há uma lacuna em relação aos procedimentos
e trabalhos destinados à documentação de espaços livres e que é fundamental
3
documentar e inventariar esses espaços culturais a fim de investigar o papel que
tiveram na configuração e nos modos de uso da cidade, registrar seus atributos
patrimoniais e sua importância histórica e paisagística, bem como, auxiliar o
desenvolvimento de ações que visem à sua gestão e conservação. Esses espaços
livres do entorno do Museu “Casa de Portinari” e dos “Caminhos de Portinari” são
vegetados, portanto, denominados áreas verdes, que podem ser definidas como
espaços livres onde predominam áreas de vegetação, correspondendo, em geral, ao
que se conhece como parques, praças ou jardins Llardent (1982).
Os benefícios das áreas verdes urbanas são diversos, além da valorização
visual e ornamental de um espaço, possuem a importante função de reduzir efeitos
da poluição e dos ruídos, agem diretamente na redução da temperatura e na
velocidade dos ventos, além de influenciarem no balanço hídrico e ainda podem servir
de abrigo a diversos animais silvestres que vivem nas cidades; também são essas
áreas verdes que combatem o temido microclima urbano que, favorecido pelas
estruturas e elementos da cidade (asfalto, edificações, concreto, amianto, vidro e
metal) com elevada capacidade refletora, geram as “ilhas de calor”, responsáveis pelo
aumento de chuvas de grande intensidade e, consequentemente, de inundações
(Menao, 2019). Teixeira et al. (2016) enfatizam que a identificação e a análise da
composição florística de uma cidade são etapas básicas e primordiais, uma vez que
o sucesso no planejamento da floresta urbana depende do conhecimento da
vegetação utilizada, seus potenciais e benefícios. A identificação das espécies que
compõem as áreas verdes permite, também, propor ações de manejo.
Visando documentar este importante patrimônio cultural e paisagístico
brasileiro, este trabalho teve como objetivo fazer uma análise paisagística por meio
da documentação fotográfica e do levantamento qualitativo dos elementos
4
arquitetônicos e vegetais dos jardins do Museu “Casa de Portinari” e dos espaços que
compõem os “Caminhos de Portinari”.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado no entorno do Museu conhecido como “Casa de
Portinari” e dos locais que compõem os “Caminhos de Portinari”, sendo esses: “Praça
Cândido Portinari”; “Igreja de Santo Antônio” que fica na Praça Cândido Portinari;
“Coreto Lauro J. Almeida Pinto”, que fica na Praça Martim Moreira; “Antiga Estação
Ferroviária” e “Bebedouro Público de Animais”, na cidade de Brodowski, estado de
São Paulo, Brasil. Na figura 1 encontra-se a localização e um esquema dos espaços
estudados.
5
Figura 1. Localização (A) e esquema da localização (B) do museu “Casa de Portinari”
e dos locais que compõem os “Caminhos de Portinari”: 1) “Praça Candido Portinari”;
2) “Igreja de Santo Antônio” que fica na Praça Candido Portinari; 3) “Coreto Lauro J.
Almeida Pinto”, que fica na Praça Martim Moreira; 4) “Antiga Estação Ferroviária” e 5)
“Bebedouro Público de Animais”, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Google Earth e Museu
Casa de Portinari, 2024).
Brodowski é um município brasileiro localizado na região nordeste do estado
de São Paulo, a 21° de latitude sul, 47°39'33" de longitude oeste e 861 metros acima
do nível do mar. Abrange uma área de 298 quilômetros quadrados e possui um terreno
alto e plano e clima temperado. A população da cidade é de 24.592 habitantes. O
nome do município é uma homenagem ao engenheiro polonês Alexandre Brodowski,
responsável pela construção da estação “Engenheiro Brodowski”, mais tarde apenas
“Brodowski”, ligada à expansão da Cia Mogiana de Estradas de Ferro no final do
6
século XIX, por ocasião da construção de um trecho da ferrovia de Campinas a Mogi
Mirim; a partir desta estação se iniciou o povoado, que em 1913 teve sua emancipação
política sendo elevado à categoria de município (Museu Casa de Portinari, 2024).
Foi realizada documentação fotográfica das áreas e identificação (nome
popular mais comum) das espécies vegetais, por uma equipe de campo composta por
três especialistas em plantas ornamentais, mediadas por visitas in loco. A identificação
das espécies foi inicialmente conduzida no campo durante a coleta de dados. Quando
a identificação direta não foi possível, detalhes fotográficos da vegetação (caule,
folhas e flores) foram capturados para posterior identificação com base em consulta à
literatura especializada, onde buscou-se também, para todas as espécies, os nomes
científicos e as famílias botânicas correspondentes (Lorenzi, 2020; 2021; 2022a;
2022b; Lorenzi et al., 2010; Flora…, 2024; Missouri…, 2024). Foram fotografados
também, os elementos arquitetônicos
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Museu “Casa de Portinari”
O jardim do entorno do museu apresenta composição harmoniosa, remetendo
a jardins antigos (Figura 2). Há pouca vegetação no jardim da fachada, destacando a
pintura da construção nas cores amarela e azul (Figuras 2A) e uma antiga cica - Cycas
circinalis (Figuras 2B).
O jardim é composto por muitas roseiras antigas (Figura 3C) e diferentes
espécies ornamentais que se repetem em vários canteiros. Os caminhos são
confeccionados de tijolos (Figuras 2D e E) e há diferentes tipos de bancos, na entrada,
bancos de madeira sobre um piso de cerâmica antiga (Figuras 2D e E) e na sombra
de árvores (Figura 2F). A iluminação é moderna, conferindo um tom contemporâneo
7
à paisagem (Figura 2D). Parizi e Campos (2021) comentam que, pela própria natureza
do termo, as casas-museus são configuradas para representar o ambiente doméstico
em que viveu alguma personalidade; nesse sentido, preservam características,
tipologias, objetos e móveis que, de certa forma, foram dispostos, visando a
tangenciar a relação entre patrono e visitante. No caso do Museu “Casa de Portinari”,
pode-se considerar que alguns elementos como, as antigas roseiras (Figura 2C), a
cica da fachada (Figura 2B) e os pisos (Figuras 2D e E) se encaixam neste contexto.
Figura 2. Imagens dos jardins do Museu “Casa de Portinari”: A) Fachada; B)
Frontal à entrada da capela; C) lateral esquerda, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo
pessoal, 2024).
Há placas distribuídas pelo jardim com frases de Cândido Portinari ou referência
aos gostos da família (Figura 3A). Numa das placas está escrito sobre a presença de
três canteiros demarcados formando a palavra DIO (Figura 2G), “Deus em italiano, ideia
8
de Portinari e sua família que gostavam de cuidar das plantas e dos detalhes da casa”.
Em outra placa, ao lado de um cafeeiro (Figura 3B), está escrito “Num pé de café nasci.
O trenzinho passava por entre a plantação”. Ainda, em outra placa, a menção às roseiras
(Figura 3C): “As roseiras estão em flor? Quanta rosa nas roseiras lá de casa! Todos
vinham pedir rosas, por mais que levassem, mais havia. As roseiras estiveram presentes
desde o meu nascimento. Minha mãe cultivava-as. Ficava lisonjeada quando pediam.
Havia outras flores. Sua preferida era a rosa…”.
3.2 Caminhos de Portinari
3.2.1 A “Praça Candido Portinari” e a “Igreja de Santo Antônio”
A “Praça Candido Portinari” antes apenas um largo, foi inaugurada em 1969
com busto em homenagem ao artista. A capela de Santo Antônio foi a primeira igreja
matriz de Brodowski. Chamava-se Nossa Senhora Aparecida, nome da paróquia
instalada em 1905. Na mudança da sede da paróquia para nova e maior igreja, em
1913, esta recebeu o nome atual. Em 1942, a capela foi reformada com apoio de
moradores da cidade, entre eles Candido Portinari, que também ofereceu uma de
suas pinturas especialmente para o seu altar – Santo Antônio – com a condição
expressa e registrada no Termo de Doação que a mesma nunca saia dessa igreja,
que aparece recorrentemente nas obras de Portinari como elemento de composição,
com sua arquitetura única e inconfundível (Museu Casa de Portinari, 2024).
A “Igreja de Santo Antônio” (Figura 4A) encontra-se na “Praça Cândido
Portinari”, onde está presente um busto do artista (Figura 4B). O desenho da “Praça
Candido Portinari” é harmonioso. A mensagem e dominância é o círculo presente em
desenhos no piso de pedra portuguesa (Figura 4A) e compostos em diferentes
9
arranjos de canteiros (Figura 4C). A “Igreja de Santo Antônio” (Figura 4A) apresenta-
se como centro de interesse. Há na praça bebedouro de água (Figura 4D), luminárias
altas “tipo pétala” (Figura 4E) e medianas (Figura 4F); lixeiras comuns (Figura 4F) e
recicláveis (Figura 4G) e vários tipos de bancos (Figuras 4H, I e J).
A praça é um dos espaços públicos mais importantes da estrutura urbana; além
de área de lazer, oferece espaços para a socialização, exercício da cidadania,
promoção do meio ambiente e aumento da qualidade de vida (Agustini et al., 2022).
A Praça Candido Portinari, é muito utilizada pela população local e, pela proximidade
com o Museu, é também muito frequentada por turistas cumprindo seu papel social.
Figura 3. Imagens da distribuição das placas pelo jardim com frases de Cândido
Portinari ou referência aos gostos da família, no Museu “Casa de Portinari”,
Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024).
10
Figura 4. Imagens da Praça Candido Portinari e da Igreja de Santo Antônio,
Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024).
3.2.2 - Coreto Lauro J. Almeida Pinto e Praça Martim Moreira
O coreto de Brodowski foi construído em 1922, pelo então prefeito, Antônio
Leite de Oliva. Recebeu, em 1982, o nome de Lauro J. Almeida Pinto, em homenagem
ao jornalista que manteve no seu piso térreo, de 1940 a 1982, um serviço de alto-
falante. Instalado no coração da praça central da cidade, Praça Martim Moreira; com
as retretas das antigas bandas, anúncios e recados, o coreto marcou a lembrança
afetiva de muitos nativos (Museu Casa de Portinari, 2024).
A Praça Martim Moreira, onde se encontra instalado o “Coreto” (Figura 5A)
apresenta composição sem harmonia, prejudicada principalmente pelo piso interno de
11
asfalto e excesso de bancos de granilite (Figura 5B), total de 85. Há na praça
luminárias altas “tipo pétala” e medianas antigas (Figura 5C); lixeiras comuns, uma
fonte e muretas rodeando plantas, principalmente árvores da espécie Ficus
benjamina, que as pessoas utilizam como banco (Figura 5E).
Figura 5. Imagens do Coreto Lauro J. Almeida Pinto e Praça Martim Moreira,
Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024).
3.2.3 Antiga Estação Ferroviária
A história de Brodowski está ligada aos trilhos da Companhia Mogiana de
Estradas de Ferro. Em 1894 foi inaugurada a Estação Ferroviária, em homenagem ao
inspetor geral da ferrovia naquele tempo, o engenheiro polonês Aleksander
Brodowski; a estação recebeu o nome Brodowski e constitui o seleto conjunto de
12
estações ferroviárias da década de 18 que mantiveram sua arquitetura original e
sobreviveram ao tempo. Ao redor da estação, nasceu a cidade (Museu Casa de
Portinari, 2024). O Conjunto da Estação Ferroviária de Brodowski possui estreita e
especial relação com a Casa Portinari, formando uma paisagem cultural histórica que
ilustra e explica a formação e a obra do artista, se configurando em referência material
do imaginário da sua produção artística (Condephaat, 2021).
Na “Antiga Estação Ferroviária” encontra-se a Praça das Artes com esculturas a céu
aberto de Adélio Sarro, que homenageia Candido Portinari, cuja composição é
harmoniosa (Figura 6).
As praças originadas no período colonial no Brasil estão frequentemente
associadas a edifícios estatais e religiosos, mas, com a implantação das ferrovias,
esse modelo passou por transformações e os jardins começaram a ser construídos
em frente às Estações Ferroviárias, como praças públicas; estes jardins foram
construídos nesses espaços principalmente para proporcionar uma boa impressão
estética da cidade para os visitantes (Luz e Paiva, 2020), a Praça das Artes, portanto,
se insere neste contexto.
3.2.4 Bebedouro Público de Animais
Instalado próximo à Estação Ferroviária de Brodowski, por muitos anos depois
da formação do povoado em 1894, quem desembarcava com crianças e bagagens,
tinha que usar um trole (veículo com 4 rodas puxado por cavalos). Era o meio de
transporte na cidade e para as fazendas. Na cidade, este bebedouro público servia de
apoio aos inúmeros moradores da zona rural, muito povoada nos primórdios da
cidade, para dar água aos animais, na chegada e na preparação de novas viagens,
onde alguns moradores se lavavam e limpavam a poeira da estrada de chão,
13
revelando a vida rural do município, onde as crianças brincavam à revelia das
recomendações dos adultos. Está no grupo das construções não demolidas com o
tempo, com os novos desenhos que se configuraram na paisagem urbana da cidade,
se constituindo num elemento importante de referência de tempo e seus costumes na
trajetória histórica da cidade e do cotidiano de seus moradores (Museu Casa de
Portinari, 2024).
O “Bebedouro Público de Animais” é um espaço pequeno, harmonioso e
bucólico, bem conservado (Figura 7).
4. ANÁLISE QUALI-QUANTITATIVA DAS ESPÉCIES VEGETAIS
No total de toda área estudada, foram encontradas 89 espécies vegetais
pertencentes a 39 famílias botânicas sendo 35 nativas e 54 exóticas (Tabelas 1 e 2).
Dentre as 32 espécies arbóreas encontradas, 18 são nativas e 14 são exóticas,
correspondendo a 14 famílias botânicas sendo Fabaceae, a família com maior número
de espécies (8); foram 10 espécies de palmeiras (Família Arecaceae) sendo três
nativas e sete exóticas (Tabela 1). Dentre as herbáceas e arbustivas, foram
encontradas 47 espécies, sendo 14 nativas e 33 exóticas, que correspondem a 24
famílias botânicas (Tabela 2).
14
Figura 6. Imagens da Antiga Estação Ferroviária, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo
pessoal, 2024).
Figura 7. Imagens do Bebedouro Público de Animais, Brodowski-SP, Brasil (Fonte:
Arquivo pessoal, 2024).
15
Observa-se que a maioria das espécies existentes na área do estudo são
exóticas (Tabelas 1 e 2). Muitos estudos têm mostrado resultados semelhantes como
os realizados por Falcão et al. (2020), Agustini et al. (2022) e Fonseca et al. (2022).
Correa et al. (2023) comentam que mesmo tendo potencial ornamental, as plantas
nativas do Brasil não são devidamente aproveitadas quanto às suas possibilidades de
uso e esse aspecto fica evidente no paisagismo das cidades brasileiras, onde mais de
50% das espécies utilizadas são exóticas.
A utilização de espécies nativas no meio urbano deve ser estimulada; essas
plantas são mais adaptadas às condições de clima e solo local, interagem facilmente
com a fauna e podem contribuir esteticamente como as floradas dos ipês, colaborando
para a proteção e valorização da flora regional (Fonseca et al., 2022). Entretanto, a
utilização das espécies exóticas não deve ser eliminada, pois além de
complementarem o quantitativo de espécies, podem oferecer recursos alimentares e
abrigo para a fauna (Silveira et al., 2020; Xavier et al., 2021), porém, Silva et al. (2020)
enfatizam que o uso de espécies exóticas em espaços verdes urbanos tropicais pode
colocar plantas nativas em risco, devido ao risco de invasão biológica por meio da
disseminação de frutos dessas espécies. Embora tenha pequena diversificação de
espécies, há apenas 32 arbóreas em toda área estudada, os espaços apresentam
muitas áreas sombreadas, proporcionando conforto e bem-estar, mesmo porque, as
duas espécies com maior número de indivíduos, ipê-roxo (Handroanthus
impetiginosus) com 28 e sibipiruna (Cenostigma pluviosum) com 22 (Tabela 1), são
de grande porte proporcionando áreas maiores de sombreamento e a maioria dessas
árvores estão bem desenvolvidas. A floresta urbana possui importância significativa
na qualidade de vida das pessoas, proporcionando bem-estar social e contribuindo
com o equilíbrio ambiental nas grandes cidades (Rodrigues et al., 2023).
16
Nome científico (Popular) Família O A
1 2 3 4 5
Agapanthus africanus (Agapantus) Amaryllidaceae E
x
Anthurium andraeanum (Antúrio) Araceae E x
Axonopus compressus (Grama-são-carlos) Poaceae N x
Bougainvillea spectabilis (Primavera) Nyctaginaceae N x
x x
Brunfelsia uniflora (Manacá-de-jardim) Solanaceae N x
Buxus sempervirens (Buxinho) Buxaceae E x
x
Camellia japonica (Camélia rosa e branca) Theaceae E x
Canna indica (Biri) Cannaceae N x x x
Catharanthus roseus (Vinca) Apocynaceae E x x
Clusia fluminensis (Clúsia) Clusiaceae N
x
Coffea arabica (Cafeeiro) Rubiaceae E x
Colocasia esculenta (Inhame) Araceae E x
Cordia leucocephala (Córdia) Boraginaceae N x
Cordyline fruticosa (Cordiline) Asparagaceae E x
Cycas circinalis (Cica) Cycadaceae E x
x
Cycas revoluta (Cica) Cycadaceae E
x
Dracaena marginata (Dracena-de-
madagascar)
Asparagaceae E
x
Epipremnum aureum (Jibóia) Araceae E
x
Gardenia jaminoides (Jasmim-do-cabo) Rubiaceae E x
Gerbera jamesonii (Gérbera) Asteraceae E
x
Heliconia psittacorum (Caetê) Heliconiaceae N x
Hibiscus rosa-sinensis (Hibisco) Malvaceae E x
Ixora coccinea (Ixora) Rubiaceae E
x
Jatropha podagrica (Jatrofa) Euphorbiaceae E x
Justicia brandegeeana (Camarão-vermelho) Acanthaceae E x
Lantana camara (Cambará) Verbenaceae N x
Lavandula angustifolia (Lavanda) Lamiaceae E x
Nandina domestica (Nandina) Berberidaceae E
x
Neomarica caerulea (Falsa-iris) Iridaceae N x
Pachystachys lutea (Camarão-amarelo) Acanthaceae N x
Paspalum notatum (Grama-batatais) Poaceae N
x x x
Plectranthus scutellarioides (Cóleus) Lamiaceae E x
Podranea ricasoliana (Sete-léguas) Bignoniaceae E x
x
Rhododendron simsii (Azaléia) Ericaceae E x
x
Rosa sp. (Roseira) Rosaceae E x
x
Scadoxus multiflorus (Coroa-imperial) Amaryllidaceae E
x
Sansevieria trifasciata (Espada-de-são-
jorge)
Asparagaceae E
x
Sphagneticola trilobata (Vedélia) Asteraceae N x
Strelitzia reginae (Estrelícia) Strelitziaceae E
x
x
Thaumatophyllum bipinnatifidum (Guaimbé) Araceae N x
Thunbergia grandiflora (Tumbérgia-azul)) Acanthaceae E x
Tradescantia pallida purpurea (Trapoeraba-
roxa)
Commelinaceae E
x x x
Zinnia elegans (Zínia) Asteraceae E
x
17
Tabela 1. Número de indivíduos de espécies arbóreas e palmeiras das áreas (A): 1)
Museu “Casa de Portinari”, 2) Praça Cândido Portinari, 3) Praça Martim Moreira, 4)
Antiga estação ferroviária e 5) Bebedouro público de animais, Brodowski, São Paulo,
Brasil. Nome científico (nome popular), família botânica, origem (O): nativa (N) ou exótica
(E).
Tabela 2. Espécies herbáceas e arbustivas encontradas no jardim do 1) Museu “Casa
de Portinari”, 2) Praça Cândido Portinari, 3) Praça Martim Moreira, 4) Antiga estação
ferroviária e 5) Bebedouro público de animais, Brodowski, São Paulo, Brasil. Nome
científico (nome popular), família botânica, origem (O): nativa (N) ou exótica (E).
Nome científico (Popular) Família O A
1 2 3 4 5
Agapanthus africanus (Agapantus) Amaryllidaceae E
x
Anthurium andraeanum (Antúrio) Araceae E x
Axonopus compressus (Grama-são-carlos) Poaceae N x
Bougainvillea spectabilis (Primavera) Nyctaginaceae N x
x x
Brunfelsia uniflora (Manacá-de-jardim) Solanaceae N x
Buxus sempervirens (Buxinho) Buxaceae E x
x
Camellia japonica (Camélia rosa e branca) Theaceae E x
Canna indica (Biri) Cannaceae N x x x
Catharanthus roseus (Vinca) Apocynaceae E x x
Clusia fluminensis (Clúsia) Clusiaceae N
x
Coffea arabica (Cafeeiro) Rubiaceae E x
Colocasia esculenta (Inhame) Araceae E x
Cordia leucocephala (Córdia) Boraginaceae N x
Cordyline fruticosa (Cordiline) Asparagaceae E x
Cycas circinalis (Cica) Cycadaceae E x
x
Cycas revoluta (Cica) Cycadaceae E
x
Dracaena marginata (Dracena-de-
madagascar)
Asparagaceae E
x
Epipremnum aureum (Jibóia) Araceae E
x
Gardenia jaminoides (Jasmim-do-cabo) Rubiaceae E x
Gerbera jamesonii (Gérbera) Asteraceae E
x
Heliconia psittacorum (Caetê) Heliconiaceae N x
Hibiscus rosa-sinensis (Hibisco) Malvaceae E x
Ixora coccinea (Ixora) Rubiaceae E
x
Jatropha podagrica (Jatrofa) Euphorbiaceae E x
Justicia brandegeeana (Camarão-vermelho) Acanthaceae E x
Lantana camara (Cambará) Verbenaceae N x
Lavandula angustifolia (Lavanda) Lamiaceae E x
Nandina domestica (Nandina) Berberidaceae E
x
18
Neomarica caerulea (Falsa-iris) Iridaceae N x
Pachystachys lutea (Camarão-amarelo) Acanthaceae N x
Paspalum notatum (Grama-batatais) Poaceae N
x x x
Plectranthus scutellarioides (Cóleus) Lamiaceae E x
Podranea ricasoliana (Sete-léguas) Bignoniaceae E x
x
Rhododendron simsii (Azaléia) Ericaceae E x
x
Rosa sp. (Roseira) Rosaceae E x
x
Scadoxus multiflorus (Coroa-imperial) Amaryllidaceae E
x
Sansevieria trifasciata (Espada-de-são-
jorge)
Asparagaceae E
x
Sphagneticola trilobata (Vedélia) Asteraceae N x
Strelitzia reginae (Estrelícia) Strelitziaceae E
x
x
Thaumatophyllum bipinnatifidum (Guaimbé) Araceae N x
Thunbergia grandiflora (Tumbérgia-azul)) Acanthaceae E x
Tradescantia pallida purpurea (Trapoeraba-
roxa)
Commelinaceae E
x x x
Zinnia elegans (Zínia) Asteraceae E
x
A família botânica com maior número de espécies neste estudo foi Arecaceae,
sendo três nativas e Sete exóticas. Rodrigues et al. (2023) realizando um inventário
da família Arecaceae na floresta urbana de Sobral/CE, catalogaram 25 espécies,
sendo, também, a maioria exótica (19 espécies). Esta escolha de palmeiras exóticas
pode estar relacionada com os atributos de beleza historicamente mais valorizados
em detrimento das nativas, bem como tendências paisagísticas que geralmente são
seguidas (Brito et al., 2012).
5. CONCLUSÃO
O jardim do entorno do museu apresenta composição harmoniosa, remetendo
a jardins antigos, com roseiras rústicas e composição de diferentes espécies
ornamentais que se repetem em vários canteiros; os elementos arquitetônicos e
vegetais encontram-se bem conservados. O desenho da “Praça Candido Portinari” é
harmonioso; a mensagem e dominância é o círculo presente em desenhos no piso de
pedra portuguesa e compostos em diferentes arranjos de canteiros; a “Igreja de Santo
Antônio” apresenta-se como centro de interesse; os elementos arquitetônicos e
19
vegetais encontram-se bem conservados. O “Coreto” encontra-se na Praça Martim
Moreira que apresenta composição sem harmonia, prejudicada, principalmente, pelo
piso interno de asfalto e excesso de bancos de granilite. Na “Antiga Estação
Ferroviária” encontra-se a Praça das Artes com esculturas a céu aberto de Adélio
Sarro, que homenageia Candido Portinari cuja composição é harmoniosa; o
“Bebedouro Público de Animais” e um espaço pequeno, harmonioso, bucólico e bem
conservado. Foram encontradas, em toda área do estudo, 89 espécies vegetais,
sendo 39% nativas. Arecaceae foi a família de plantas de maior ocorrência no
paisagismo do patrimônio cultural.
20
REFERÊNCIAS
AGUSTINI, M.V.G.B.; VANZELA, L.S.; LIMA, L.D.S.C.; VAZQUEZ, G.H. Avaliação das
praças de Fernandópolis, Estado De São Paulo, Brasil. Revista da Sociedade
Brasileira de Arborização Urbana, v.17, n.2, p. 50-71, 2022.
BOGEA, M.F.S.; BOGEA, D.T.R.; COSTA, K.E.S.; ROCHA, V.M. Experiências digitais
na arte-educação: uma análise sobre o Museu Casa de Portinari. Cadernos da
FUCAMP, v. 19, n. 38, p. 108-119, 2020.
BRITO, D.R.S.; RAABE, J.; SOUSA, W.C.; MELO, R.R.; PEDROSA, T.D. Diagnóstico
da arborização das praças pública no município de Bom Jesus, Piauí. Scientia Plena,
v. 8, n. 4(b), 047312-1e, 2012.
CONDEPHAAT - Conjunto da Estação Ferroviária de Brodowski. 2021. Disponível
em: . Acesso em: 25 mar. 2024.
CORREA, E.J.O.; KNAUF, J.M.C.; SANTOS, K.N.L.; SILVA, M.J.C.; MARINHO, L.C.;
FERREIRA, A.W.C. Plantas nativas e naturalizadas com potencial ornamental do
campus Dom Delgado, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão.
Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.18, n.2, p. 60-76, 2023.
FALCÃO, R.S.; GOMES, R.; PÉRES, M.Z.; OLIVEIRA, J.T.; CALLEGARO, R.M.
Análise quali-quantitativa da arborização de cinco praças em Jerônimo Monteiro,
Espírito Santo. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.15, n.2,
p. 90-103, 2020.
FLORA E FUNGA DO BRASIL. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
< http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 02 mar. 2024.
FONSECA, A.P.M.; XAVIER, M.V.B.; PASTORELLO, C.E.P.; AGUIAR, R.M.A.S.
Status florístico e silvicultural das praças com maior fluxo de pessoas em Montes
Claros, Minas Ger
28
LLARDENT, L.R.A. Zonas verdes y espaços livres em La ciudad. Madrid: Closas
Orcoyen, 1982. 538 p.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. v.1. 8ºed. Nova Odessa: Plantarum, 2020. 384 p.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. v.2. 6ºed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2022a. 384
p.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. v.3. 3ºed. Nova Odessa: Plantarum, 2021. 384 p.
https://floradobrasil.jbrj.gov.br/
21
LORENZI, H. Plantas para Jardim no Brasil: manual de identificação e cultivo de
plantas arbóreas nativas do Brasil. 3ºed. Nova Odessa: Plantarum, 2022b. 1120 p.
LORENZI, H.; NOBLICK, L.; KAHN F.; FERREIRA, E.J.L.; VON BEHR, N. 2010. Flora
Brasileira: Arecaceae (Palmeiras). Nova Odessa: Plantarum. v.1., 2010, 384 p.
LUZ, I.C.A.; PAIVA, P.D.O. Origin and situation of some squares of railway stations.
Ornamental Horticulturae, v. 26, n. 1, p. 69-76, 2020.
MENAO, P.A. A importância das áreas verdes urbanas, 2019. In: <
https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/2019/03/a-importancia-das-areas-verdes-
urbanas/#:~:text=Elas%20possuem%20a%20importante%20fun%C3%A7%C3%A3o
,p%C3%A1ssaros%2C%20insetos%20e%20at%C3%A9%20macacos.> Acesso em:
02 mar. 2024.
MISSOURI BOTANICAL GARDEN; plant finder. In
Acesso em: 02 mar. 2024.
MUSEU CASA DE PORTINARI. Disponível em:
Acesso em: 02 abr. 2024.
OLIVEIRA, F.S.; HENKLEIN, E.; PAIXÃO, S.A.S. A leitura de imagem através das
obras de Cândido Portinari. Caderno Intersaberes, v. 10, n. 24, p. 184–193, 2021.
PARIZI, L.F.M.; CAMPOS, C. A história do Museu Casa de Portinari em palavras e
imagens: de habitação a bem cultural. Revista CPC, v. 16, n. 31, p. 204–237, 2021.
RODRIGUES, L S.; SILVA, M.A.P.; FIGUEIREDO, M.F. Palmeiras (Arecaceae) na
floresta urbana de Sobral, Ceará, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de
Arborização Urbana, v.18, n.2, p. 47-59, 2023.
SILVA, A.F.; TRINDADE, C.S.; BACELAR, G.A.R.; BATISTA FILHO, J.R.B. Praças e
jardins históricos de salvador: uma proposta de inventário. Revista Jatobá, Goiânia,
v.5, e-77828, 2023.
SILVA, J.L.S.; OLIVEIRA, M.T.P.; OLIVEIRA, W.; BORGES, L.A.; CRUZ-NETO, O.;
LOPES, A.V. High richness of exotic trees in tropical urban green spaces: reproductive
systems, fruiting and associated risks to native species. Urban Forestry & Urban
Greening, v. 50, p. 1-10, 2020.
29
SILVEIRA, J.E.; PASTORELLO, C.E.S.P.; FONSECA, R.S. Aspectos florísticos e
ecológicos do campus regional da Universidade Federal de Minas Gerais em Montes
Claros-MG. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 15, n. 3, p.
28-41, 2020.
https://www.missouribotanicalgarden.org/plantfinder/plantfindersearch.aspx
22
TEIXEIRA, I. F.; FIGUEIREDO, F. M.; TABORDA, I. G. R.; SOARES, L. M. Análise
fitossociológica da praça Camilo Mércio no centro histórico de São Gabriel, RS.
Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 11, n. 1, p. 1-13, 2016.
XAVIER, M.V.B.; ALMEIDA, E.S.; FONSECA, A.P.M; ALMEIDA, L.V.O. Dendroflora
da Escola Estadual Professora Clara Menezes Dias, Jaíba -MG: estrutura, síndromes
de dispersão primária e polinização. Revista da Sociedade Brasileira de
Arborização Urbana, v. 16, n. 1, p. 1-20, 2021.