UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CAMPUS DE JABOTICABAL Museu e caminhos de Portinari: análise paisagística de um patrimônio cultural brasileiro em Brodowski - SP Ana Carolina Ferreira Alves da Silva JABOTICABAL – SP 1º SEMESTRE DE 2024 Orientadora: Profª. Dra. Kathia Fernandes Lopes Pivetta Coorientadora: Dra. Ana Carolina Corrêa Muniz Museu e caminhos de Portinari: análise paisagística de um patrimônio cultural brasileiro em Brodowski - SP Ana Carolina Ferreira Alves da Silva Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, Câmpus de Jaboticabal, para graduação em ENGENHARIA AGRONÔMICA JABOTICABAL – SP 1º SEMESTRE DE 2024 Orientadora: Profª. Dra. Kathia Fernandes Lopes Pivetta Coorientadora: Dra. Ana Carolina Corrêa Muniz Sistema de geração automática de fichas catalográficas da Unesp. Biblioteca da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal. Dados fornecidos pelo autor(a). Essa ficha não pode ser modificada S586m Silva, Ana Carolina Ferreira Alves da Museu e caminhos de Portinari: análise paisagística de um patrimônio cultural brasileiro em Brodowski - SP cultural / Ana Carolina Ferreira Alves da Silva. -- Jaboticabal, 2024 22p. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado - Engenharia Agronômica) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal Orientadora: Kathia Fernandes Lopes Pivetta Coorientadora: Ana Carolina Corrêa Muniz 1. Cândido Portinari. 2. Levantamento fitossociológico. 3. Paisagismo. 4. Praça. 5. Patrimônio histórico e artístico brasileiro. CERTIFICADO DE APROVAÇÃO AGRADECIMENTOS Dedico este trabalho e o meu respeito a Exu e a todos os Orixás. Meus guias espirituais que me apoiaram e guiaram em toda esta caminhada. Ao meu pai José Fabio e à minha mãe Josimere, que me orientaram e ensinaram por toda a minha vida até aqui a importância da universidade na construção da sociedade. As minhas irmãs Gisele, Gabrielle e Camille que compreenderam minha ausência, me deram todo o suporte e amor necessário durante o processo. Ao meu filho Benjamin, que me deu forças para continuar todos os dias desde o seu nascimento. Ao meu filho Nícolas (in memoriam), que em pouco tempo de vida me tornou uma pessoa mais forte e trouxe um novo sentido a minha existência. Dedico este trabalho ao meu marido Bruno, que além de me dar todo o suporte para que este trabalho fosse realizado, ainda me torna uma pessoa melhor. Um agradecimento em especial a professora Kátia, que acreditou em mim e neste trabalho que tem uma grande importância na minha vida. v SUMÁRIO ABSTRACT………………………………………………………………………...vii RESUMO.……………………………..……………….………….…………........viii 1. INTRODUÇÃO…………………………………………….………............….10 2. MATERIAL E MÉTODOS ………………………………………………….....13 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ………...…………………………………...15 3.1 Museu Casa de Portinari….……………………………………...………15 3.2 Caminhos de Portinari ... ………………………………………………..17 3.2.1 A Praça Candido Portinari e a Igreja de Santo Antônio ……..........17 3.2.2 Coreto Lauro J. Almeida Pinto e Praça Martim Moreira …….........19 3.2.3 Antiga Estação Ferroviária …………………………………..........…20 3.2.4 Bebedouro Público dos animais ………………………………....…...21 4. ANÁLISE QUALI-QUANTITATIVAS DAS ESPÉCIES VEGETAIS..........22 5. CONCLUSÃO …...…………………………………….............................….27 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………............................……29 vi PORTINARI MUSEUM AND PATHS: IANDSCAPE ANALYSIS OF A BRAZILIAN CULTURAL HERITAGE IN A BRODOWSKI, SÃO PAULO STATE. ABSTRACT Candido Portinari, one of Brazil's greatest artists, was born and lived in Brodowski, São Paulo, Brazil. In this city stands the "Casa de Portinari" museum, which was the artist's residence and featured a garden surrounding it, as well as the so-called "Caminhos de Portinari" (Portinari's Pathways). These pathways comprise the "Candido Portinari Square", the "Church of Santo Antônio" located in Candido Portinari Square, the "Lauro J. Almeida Pinto Bandstand" in Martim Moreira Square, the "Old Railway Station", and the "Public Animal Watering Trough". This work aimed to portray and analyze the landscape of this complex, which constitutes a Brazilian cultural and landscape heritage. The garden surrounding the museum presents a harmonious composition, evoking old gardens with rose bushes and various ornamental species repeated in several flowerbeds. Both architectural and vegetal elements are well- preserved. The "Candido Portinari Square" underwent renovations in 2023, with changes made to its architectural and vegetal elements. The "Bandstand" is located in Martim Moreira Square and exhibits diverse stylistic influences. At the "Old Railway Station", the Plaza of the Arts showcases open-air sculptures by Adélio Sarro, paying homage to Candido Portinari. The composition of this area is harmonious. The "Public Animal Watering Trough" is a small, harmonious, well-preserved, bucolic space. A total of 86 plant species were found across the study area, with 36% of them being native. Keywords: Cândido Portinari, Phytosociological survey, Landscape, Urban square., Brazilian Historical and Artistic Heritage vii MUSEU E CAMINHOS DE PORTINARI: ANÁLISE PAISAGÍSTICA DE UM PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO EM BRODOWSKI - SP 1 RESUMO Cândido Portinari, um dos maiores artistas brasileiros, nasceu e residiu até os 15 anos em Brodowski-SP, Brasil; nesta cidade encontra-se o museu “Casa de Portinari” que tem um jardim no entorno e o chamado “Caminhos de Portinari”, que é composto pelos seguintes espaços: “Praça Cândido Portinari”; “Igreja de Santo Antônio” que fica na Praça Cândido Portinari; “Coreto Lauro J. Almeida Pinto”, que fica na Praça Martim Moreira; “Antiga Estação Ferroviária” e “Bebedouro Público de Animais”. Visando documentar este importante patrimônio cultural e paisagístico brasileiro, este trabalho teve como objetivo fazer uma análise paisagística por meio da documentação fotográfica e do levantamento qualitativo dos elementos arquitetônicos e quali- quantitativo dos vegetais, dos jardins do Museu “Casa de Portinari” e dos espaços que compõem os “Caminhos de Portinari”. O jardim do entorno do museu exibe uma composição esteticamente harmoniosa, remetendo a jardins antigos. O desenho da “Praça Candido Portinari” é harmonioso; a mensagem e dominância é o círculo presente em desenhos no piso de pedra portuguesa e compostos em diferentes arranjos de canteiros; a “Igreja de Santo Antônio” apresenta-se como centro de interesse. O “Coreto” encontra-se na Praça Martim Moreira que apresenta composição sem harmonia, prejudicada, principalmente, pelo piso interno de asfalto e excesso de bancos de granilite, num total de 85. Na “Antiga Estação Ferroviária” encontra-se a Praça das Artes com esculturas a céu aberto de Adélio Sarro, que homenageia 1 Artigo a ser enviado para a Revista Ornamental Horticulture viii Candido Portinari cuja composição é harmoniosa. O “Bebedouro Público de Animais” é um espaço pequeno, harmonioso, bucólico e bem conservado. Foram encontradas, em toda área do estudo, 89 espécies vegetais, sendo 39% nativas. Arecaceae foi a família de plantas de maior ocorrência no paisagismo do patrimônio cultural. Palavras-chave: Cândido Portinari, Levantamento fitossociológico, Paisagismo, Praça, Patrimônio histórico e artístico brasileiro. 1 1. INTRODUÇÃO Cândido Torquato Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, na cidade de Brodowski, interior do estado de São Paulo, filho de Baptista Portinari e Domingas Torquato, que eram imigrantes italianos (Bogea et al., 2020). Desde criança, manifesta vocação artística; aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola de Belas Artes. Conquistou, em 1928, o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas Artes, de tradição acadêmica, e foi para Paris onde permaneceu durante todo o ano de 1930. Longe da sua pátria, saudoso de sua gente, voltou ao Brasil em 1931 e retratou em suas telas o povo brasileiro (Museu Casa de Portinari, 2024). Os últimos anos de vida de Cândido Portinari expunham um desgaste progressivo na criação de seu trabalho que afetaram sua vida pessoal e a saúde começou a apresentar sintomas de fragilidade. Entre 1961 e 1962, Portinari passou mal com sintomas de envenenamento pelo uso das tintas a óleo que continham grande quantidade de chumbo. Contrariando as ordens médicas, trabalhou incessantemente nos 200 quadros que apresentaria na exposição que faria a convite da prefeitura de Milão, mas não chegou a realizá-la em vida. Mesmo se afastando por um tempo das tintas tóxicas, Portinari faleceu no dia 6 de fevereiro de 1962, envenenado pela arte que lhe conferiu notabilidade (Parizi e Campos, 2021). Cândido Portinari deixou mais de 4.600 obras de arte; ficou conhecido mundialmente e conquistou diversos prêmios, além de ter contribuído para que a cultura brasileira fosse reconhecida pelo mundo inteiro (Oliveira et al., 2021). A casa onde morou Portinari, em Brodowski-SP, foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1968, no ano seguinte, foi 2 desapropriada e adquirida pelo Governo do Estado de São Paulo e, em 22 de janeiro de 1970, foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). A partir de esforços da família do artista, do município e do Estado, o museu foi instalado e inaugurado em 14 de março de 1970, demarcando e perpetuando a concreta relação da memória de Candido Portinari com a cidade de Brodowski, tão mencionada em suas obras, poesias e depoimentos, se tornando testemunho vivo de uma carreira que projetou as artes plásticas no Brasil. A casa-museu é constituída pela antiga residência do artista, residência da sua avó e a “Capela da Nonna”, construída em 1941, presente para sua avó que, por conta da idade avançada e problemas de saúde, não conseguia mais se deslocar até à igreja para rezar. Portinari possuía uma ligação estreita, íntima e particular com a casa da família e com o município de Brodowski e a simplicidade típica do interior é a maior característica do museu (Parizi e Campos, 2021; Museu Casa de Portinari, 2024). O Museu “Casa de Portinari” convida a percorrer os “Caminhos de Portinari” como forma de conectar outros espaços e paisagens da cidade de Brodowski, como território da memória do artista e da comunidade, que ampliarão a compreensão das lembranças de seu passado como temas recorrentes e referenciais na sua obra, possibilitando conhecer as verdades simples e os grandes sentimentos vinculados à forte presença da terra natal na vida do pintor, seu lugar de refúgio e inspiração, fortalecimento e ligação com as raízes e as origens (Museu Casa de Portinari, 2024). Embora o Museu “Casa de Portinari” seja tombado como patrimônio histórico, há poucas referências sobre os jardins do Museu e os “Caminhos de Portinari”. Silva et al. (2023) comentam que no Brasil, há uma lacuna em relação aos procedimentos e trabalhos destinados à documentação de espaços livres e que é fundamental 3 documentar e inventariar esses espaços culturais a fim de investigar o papel que tiveram na configuração e nos modos de uso da cidade, registrar seus atributos patrimoniais e sua importância histórica e paisagística, bem como, auxiliar o desenvolvimento de ações que visem à sua gestão e conservação. Esses espaços livres do entorno do Museu “Casa de Portinari” e dos “Caminhos de Portinari” são vegetados, portanto, denominados áreas verdes, que podem ser definidas como espaços livres onde predominam áreas de vegetação, correspondendo, em geral, ao que se conhece como parques, praças ou jardins Llardent (1982). Os benefícios das áreas verdes urbanas são diversos, além da valorização visual e ornamental de um espaço, possuem a importante função de reduzir efeitos da poluição e dos ruídos, agem diretamente na redução da temperatura e na velocidade dos ventos, além de influenciarem no balanço hídrico e ainda podem servir de abrigo a diversos animais silvestres que vivem nas cidades; também são essas áreas verdes que combatem o temido microclima urbano que, favorecido pelas estruturas e elementos da cidade (asfalto, edificações, concreto, amianto, vidro e metal) com elevada capacidade refletora, geram as “ilhas de calor”, responsáveis pelo aumento de chuvas de grande intensidade e, consequentemente, de inundações (Menao, 2019). Teixeira et al. (2016) enfatizam que a identificação e a análise da composição florística de uma cidade são etapas básicas e primordiais, uma vez que o sucesso no planejamento da floresta urbana depende do conhecimento da vegetação utilizada, seus potenciais e benefícios. A identificação das espécies que compõem as áreas verdes permite, também, propor ações de manejo. Visando documentar este importante patrimônio cultural e paisagístico brasileiro, este trabalho teve como objetivo fazer uma análise paisagística por meio da documentação fotográfica e do levantamento qualitativo dos elementos 4 arquitetônicos e vegetais dos jardins do Museu “Casa de Portinari” e dos espaços que compõem os “Caminhos de Portinari”. 2. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado no entorno do Museu conhecido como “Casa de Portinari” e dos locais que compõem os “Caminhos de Portinari”, sendo esses: “Praça Cândido Portinari”; “Igreja de Santo Antônio” que fica na Praça Cândido Portinari; “Coreto Lauro J. Almeida Pinto”, que fica na Praça Martim Moreira; “Antiga Estação Ferroviária” e “Bebedouro Público de Animais”, na cidade de Brodowski, estado de São Paulo, Brasil. Na figura 1 encontra-se a localização e um esquema dos espaços estudados. 5 Figura 1. Localização (A) e esquema da localização (B) do museu “Casa de Portinari” e dos locais que compõem os “Caminhos de Portinari”: 1) “Praça Candido Portinari”; 2) “Igreja de Santo Antônio” que fica na Praça Candido Portinari; 3) “Coreto Lauro J. Almeida Pinto”, que fica na Praça Martim Moreira; 4) “Antiga Estação Ferroviária” e 5) “Bebedouro Público de Animais”, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Google Earth e Museu Casa de Portinari, 2024). Brodowski é um município brasileiro localizado na região nordeste do estado de São Paulo, a 21° de latitude sul, 47°39'33" de longitude oeste e 861 metros acima do nível do mar. Abrange uma área de 298 quilômetros quadrados e possui um terreno alto e plano e clima temperado. A população da cidade é de 24.592 habitantes. O nome do município é uma homenagem ao engenheiro polonês Alexandre Brodowski, responsável pela construção da estação “Engenheiro Brodowski”, mais tarde apenas “Brodowski”, ligada à expansão da Cia Mogiana de Estradas de Ferro no final do 6 século XIX, por ocasião da construção de um trecho da ferrovia de Campinas a Mogi Mirim; a partir desta estação se iniciou o povoado, que em 1913 teve sua emancipação política sendo elevado à categoria de município (Museu Casa de Portinari, 2024). Foi realizada documentação fotográfica das áreas e identificação (nome popular mais comum) das espécies vegetais, por uma equipe de campo composta por três especialistas em plantas ornamentais, mediadas por visitas in loco. A identificação das espécies foi inicialmente conduzida no campo durante a coleta de dados. Quando a identificação direta não foi possível, detalhes fotográficos da vegetação (caule, folhas e flores) foram capturados para posterior identificação com base em consulta à literatura especializada, onde buscou-se também, para todas as espécies, os nomes científicos e as famílias botânicas correspondentes (Lorenzi, 2020; 2021; 2022a; 2022b; Lorenzi et al., 2010; Flora…, 2024; Missouri…, 2024). Foram fotografados também, os elementos arquitetônicos 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Museu “Casa de Portinari” O jardim do entorno do museu apresenta composição harmoniosa, remetendo a jardins antigos (Figura 2). Há pouca vegetação no jardim da fachada, destacando a pintura da construção nas cores amarela e azul (Figuras 2A) e uma antiga cica - Cycas circinalis (Figuras 2B). O jardim é composto por muitas roseiras antigas (Figura 3C) e diferentes espécies ornamentais que se repetem em vários canteiros. Os caminhos são confeccionados de tijolos (Figuras 2D e E) e há diferentes tipos de bancos, na entrada, bancos de madeira sobre um piso de cerâmica antiga (Figuras 2D e E) e na sombra de árvores (Figura 2F). A iluminação é moderna, conferindo um tom contemporâneo 7 à paisagem (Figura 2D). Parizi e Campos (2021) comentam que, pela própria natureza do termo, as casas-museus são configuradas para representar o ambiente doméstico em que viveu alguma personalidade; nesse sentido, preservam características, tipologias, objetos e móveis que, de certa forma, foram dispostos, visando a tangenciar a relação entre patrono e visitante. No caso do Museu “Casa de Portinari”, pode-se considerar que alguns elementos como, as antigas roseiras (Figura 2C), a cica da fachada (Figura 2B) e os pisos (Figuras 2D e E) se encaixam neste contexto. Figura 2. Imagens dos jardins do Museu “Casa de Portinari”: A) Fachada; B) Frontal à entrada da capela; C) lateral esquerda, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024). Há placas distribuídas pelo jardim com frases de Cândido Portinari ou referência aos gostos da família (Figura 3A). Numa das placas está escrito sobre a presença de três canteiros demarcados formando a palavra DIO (Figura 2G), “Deus em italiano, ideia 8 de Portinari e sua família que gostavam de cuidar das plantas e dos detalhes da casa”. Em outra placa, ao lado de um cafeeiro (Figura 3B), está escrito “Num pé de café nasci. O trenzinho passava por entre a plantação”. Ainda, em outra placa, a menção às roseiras (Figura 3C): “As roseiras estão em flor? Quanta rosa nas roseiras lá de casa! Todos vinham pedir rosas, por mais que levassem, mais havia. As roseiras estiveram presentes desde o meu nascimento. Minha mãe cultivava-as. Ficava lisonjeada quando pediam. Havia outras flores. Sua preferida era a rosa…”. 3.2 Caminhos de Portinari 3.2.1 A “Praça Candido Portinari” e a “Igreja de Santo Antônio” A “Praça Candido Portinari” antes apenas um largo, foi inaugurada em 1969 com busto em homenagem ao artista. A capela de Santo Antônio foi a primeira igreja matriz de Brodowski. Chamava-se Nossa Senhora Aparecida, nome da paróquia instalada em 1905. Na mudança da sede da paróquia para nova e maior igreja, em 1913, esta recebeu o nome atual. Em 1942, a capela foi reformada com apoio de moradores da cidade, entre eles Candido Portinari, que também ofereceu uma de suas pinturas especialmente para o seu altar – Santo Antônio – com a condição expressa e registrada no Termo de Doação que a mesma nunca saia dessa igreja, que aparece recorrentemente nas obras de Portinari como elemento de composição, com sua arquitetura única e inconfundível (Museu Casa de Portinari, 2024). A “Igreja de Santo Antônio” (Figura 4A) encontra-se na “Praça Cândido Portinari”, onde está presente um busto do artista (Figura 4B). O desenho da “Praça Candido Portinari” é harmonioso. A mensagem e dominância é o círculo presente em desenhos no piso de pedra portuguesa (Figura 4A) e compostos em diferentes 9 arranjos de canteiros (Figura 4C). A “Igreja de Santo Antônio” (Figura 4A) apresenta- se como centro de interesse. Há na praça bebedouro de água (Figura 4D), luminárias altas “tipo pétala” (Figura 4E) e medianas (Figura 4F); lixeiras comuns (Figura 4F) e recicláveis (Figura 4G) e vários tipos de bancos (Figuras 4H, I e J). A praça é um dos espaços públicos mais importantes da estrutura urbana; além de área de lazer, oferece espaços para a socialização, exercício da cidadania, promoção do meio ambiente e aumento da qualidade de vida (Agustini et al., 2022). A Praça Candido Portinari, é muito utilizada pela população local e, pela proximidade com o Museu, é também muito frequentada por turistas cumprindo seu papel social. Figura 3. Imagens da distribuição das placas pelo jardim com frases de Cândido Portinari ou referência aos gostos da família, no Museu “Casa de Portinari”, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024). 10 Figura 4. Imagens da Praça Candido Portinari e da Igreja de Santo Antônio, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024). 3.2.2 - Coreto Lauro J. Almeida Pinto e Praça Martim Moreira O coreto de Brodowski foi construído em 1922, pelo então prefeito, Antônio Leite de Oliva. Recebeu, em 1982, o nome de Lauro J. Almeida Pinto, em homenagem ao jornalista que manteve no seu piso térreo, de 1940 a 1982, um serviço de alto- falante. Instalado no coração da praça central da cidade, Praça Martim Moreira; com as retretas das antigas bandas, anúncios e recados, o coreto marcou a lembrança afetiva de muitos nativos (Museu Casa de Portinari, 2024). A Praça Martim Moreira, onde se encontra instalado o “Coreto” (Figura 5A) apresenta composição sem harmonia, prejudicada principalmente pelo piso interno de 11 asfalto e excesso de bancos de granilite (Figura 5B), total de 85. Há na praça luminárias altas “tipo pétala” e medianas antigas (Figura 5C); lixeiras comuns, uma fonte e muretas rodeando plantas, principalmente árvores da espécie Ficus benjamina, que as pessoas utilizam como banco (Figura 5E). Figura 5. Imagens do Coreto Lauro J. Almeida Pinto e Praça Martim Moreira, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024). 3.2.3 Antiga Estação Ferroviária A história de Brodowski está ligada aos trilhos da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Em 1894 foi inaugurada a Estação Ferroviária, em homenagem ao inspetor geral da ferrovia naquele tempo, o engenheiro polonês Aleksander Brodowski; a estação recebeu o nome Brodowski e constitui o seleto conjunto de 12 estações ferroviárias da década de 18 que mantiveram sua arquitetura original e sobreviveram ao tempo. Ao redor da estação, nasceu a cidade (Museu Casa de Portinari, 2024). O Conjunto da Estação Ferroviária de Brodowski possui estreita e especial relação com a Casa Portinari, formando uma paisagem cultural histórica que ilustra e explica a formação e a obra do artista, se configurando em referência material do imaginário da sua produção artística (Condephaat, 2021). Na “Antiga Estação Ferroviária” encontra-se a Praça das Artes com esculturas a céu aberto de Adélio Sarro, que homenageia Candido Portinari, cuja composição é harmoniosa (Figura 6). As praças originadas no período colonial no Brasil estão frequentemente associadas a edifícios estatais e religiosos, mas, com a implantação das ferrovias, esse modelo passou por transformações e os jardins começaram a ser construídos em frente às Estações Ferroviárias, como praças públicas; estes jardins foram construídos nesses espaços principalmente para proporcionar uma boa impressão estética da cidade para os visitantes (Luz e Paiva, 2020), a Praça das Artes, portanto, se insere neste contexto. 3.2.4 Bebedouro Público de Animais Instalado próximo à Estação Ferroviária de Brodowski, por muitos anos depois da formação do povoado em 1894, quem desembarcava com crianças e bagagens, tinha que usar um trole (veículo com 4 rodas puxado por cavalos). Era o meio de transporte na cidade e para as fazendas. Na cidade, este bebedouro público servia de apoio aos inúmeros moradores da zona rural, muito povoada nos primórdios da cidade, para dar água aos animais, na chegada e na preparação de novas viagens, onde alguns moradores se lavavam e limpavam a poeira da estrada de chão, 13 revelando a vida rural do município, onde as crianças brincavam à revelia das recomendações dos adultos. Está no grupo das construções não demolidas com o tempo, com os novos desenhos que se configuraram na paisagem urbana da cidade, se constituindo num elemento importante de referência de tempo e seus costumes na trajetória histórica da cidade e do cotidiano de seus moradores (Museu Casa de Portinari, 2024). O “Bebedouro Público de Animais” é um espaço pequeno, harmonioso e bucólico, bem conservado (Figura 7). 4. ANÁLISE QUALI-QUANTITATIVA DAS ESPÉCIES VEGETAIS No total de toda área estudada, foram encontradas 89 espécies vegetais pertencentes a 39 famílias botânicas sendo 35 nativas e 54 exóticas (Tabelas 1 e 2). Dentre as 32 espécies arbóreas encontradas, 18 são nativas e 14 são exóticas, correspondendo a 14 famílias botânicas sendo Fabaceae, a família com maior número de espécies (8); foram 10 espécies de palmeiras (Família Arecaceae) sendo três nativas e sete exóticas (Tabela 1). Dentre as herbáceas e arbustivas, foram encontradas 47 espécies, sendo 14 nativas e 33 exóticas, que correspondem a 24 famílias botânicas (Tabela 2). 14 Figura 6. Imagens da Antiga Estação Ferroviária, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024). Figura 7. Imagens do Bebedouro Público de Animais, Brodowski-SP, Brasil (Fonte: Arquivo pessoal, 2024). 15 Observa-se que a maioria das espécies existentes na área do estudo são exóticas (Tabelas 1 e 2). Muitos estudos têm mostrado resultados semelhantes como os realizados por Falcão et al. (2020), Agustini et al. (2022) e Fonseca et al. (2022). Correa et al. (2023) comentam que mesmo tendo potencial ornamental, as plantas nativas do Brasil não são devidamente aproveitadas quanto às suas possibilidades de uso e esse aspecto fica evidente no paisagismo das cidades brasileiras, onde mais de 50% das espécies utilizadas são exóticas. A utilização de espécies nativas no meio urbano deve ser estimulada; essas plantas são mais adaptadas às condições de clima e solo local, interagem facilmente com a fauna e podem contribuir esteticamente como as floradas dos ipês, colaborando para a proteção e valorização da flora regional (Fonseca et al., 2022). Entretanto, a utilização das espécies exóticas não deve ser eliminada, pois além de complementarem o quantitativo de espécies, podem oferecer recursos alimentares e abrigo para a fauna (Silveira et al., 2020; Xavier et al., 2021), porém, Silva et al. (2020) enfatizam que o uso de espécies exóticas em espaços verdes urbanos tropicais pode colocar plantas nativas em risco, devido ao risco de invasão biológica por meio da disseminação de frutos dessas espécies. Embora tenha pequena diversificação de espécies, há apenas 32 arbóreas em toda área estudada, os espaços apresentam muitas áreas sombreadas, proporcionando conforto e bem-estar, mesmo porque, as duas espécies com maior número de indivíduos, ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus) com 28 e sibipiruna (Cenostigma pluviosum) com 22 (Tabela 1), são de grande porte proporcionando áreas maiores de sombreamento e a maioria dessas árvores estão bem desenvolvidas. A floresta urbana possui importância significativa na qualidade de vida das pessoas, proporcionando bem-estar social e contribuindo com o equilíbrio ambiental nas grandes cidades (Rodrigues et al., 2023). 16 Nome científico (Popular) Família O A 1 2 3 4 5 Agapanthus africanus (Agapantus) Amaryllidaceae E x Anthurium andraeanum (Antúrio) Araceae E x Axonopus compressus (Grama-são-carlos) Poaceae N x Bougainvillea spectabilis (Primavera) Nyctaginaceae N x x x Brunfelsia uniflora (Manacá-de-jardim) Solanaceae N x Buxus sempervirens (Buxinho) Buxaceae E x x Camellia japonica (Camélia rosa e branca) Theaceae E x Canna indica (Biri) Cannaceae N x x x Catharanthus roseus (Vinca) Apocynaceae E x x Clusia fluminensis (Clúsia) Clusiaceae N x Coffea arabica (Cafeeiro) Rubiaceae E x Colocasia esculenta (Inhame) Araceae E x Cordia leucocephala (Córdia) Boraginaceae N x Cordyline fruticosa (Cordiline) Asparagaceae E x Cycas circinalis (Cica) Cycadaceae E x x Cycas revoluta (Cica) Cycadaceae E x Dracaena marginata (Dracena-de- madagascar) Asparagaceae E x Epipremnum aureum (Jibóia) Araceae E x Gardenia jaminoides (Jasmim-do-cabo) Rubiaceae E x Gerbera jamesonii (Gérbera) Asteraceae E x Heliconia psittacorum (Caetê) Heliconiaceae N x Hibiscus rosa-sinensis (Hibisco) Malvaceae E x Ixora coccinea (Ixora) Rubiaceae E x Jatropha podagrica (Jatrofa) Euphorbiaceae E x Justicia brandegeeana (Camarão-vermelho) Acanthaceae E x Lantana camara (Cambará) Verbenaceae N x Lavandula angustifolia (Lavanda) Lamiaceae E x Nandina domestica (Nandina) Berberidaceae E x Neomarica caerulea (Falsa-iris) Iridaceae N x Pachystachys lutea (Camarão-amarelo) Acanthaceae N x Paspalum notatum (Grama-batatais) Poaceae N x x x Plectranthus scutellarioides (Cóleus) Lamiaceae E x Podranea ricasoliana (Sete-léguas) Bignoniaceae E x x Rhododendron simsii (Azaléia) Ericaceae E x x Rosa sp. (Roseira) Rosaceae E x x Scadoxus multiflorus (Coroa-imperial) Amaryllidaceae E x Sansevieria trifasciata (Espada-de-são- jorge) Asparagaceae E x Sphagneticola trilobata (Vedélia) Asteraceae N x Strelitzia reginae (Estrelícia) Strelitziaceae E x x Thaumatophyllum bipinnatifidum (Guaimbé) Araceae N x Thunbergia grandiflora (Tumbérgia-azul)) Acanthaceae E x Tradescantia pallida purpurea (Trapoeraba- roxa) Commelinaceae E x x x Zinnia elegans (Zínia) Asteraceae E x 17 Tabela 1. Número de indivíduos de espécies arbóreas e palmeiras das áreas (A): 1) Museu “Casa de Portinari”, 2) Praça Cândido Portinari, 3) Praça Martim Moreira, 4) Antiga estação ferroviária e 5) Bebedouro público de animais, Brodowski, São Paulo, Brasil. Nome científico (nome popular), família botânica, origem (O): nativa (N) ou exótica (E). Tabela 2. Espécies herbáceas e arbustivas encontradas no jardim do 1) Museu “Casa de Portinari”, 2) Praça Cândido Portinari, 3) Praça Martim Moreira, 4) Antiga estação ferroviária e 5) Bebedouro público de animais, Brodowski, São Paulo, Brasil. Nome científico (nome popular), família botânica, origem (O): nativa (N) ou exótica (E). Nome científico (Popular) Família O A 1 2 3 4 5 Agapanthus africanus (Agapantus) Amaryllidaceae E x Anthurium andraeanum (Antúrio) Araceae E x Axonopus compressus (Grama-são-carlos) Poaceae N x Bougainvillea spectabilis (Primavera) Nyctaginaceae N x x x Brunfelsia uniflora (Manacá-de-jardim) Solanaceae N x Buxus sempervirens (Buxinho) Buxaceae E x x Camellia japonica (Camélia rosa e branca) Theaceae E x Canna indica (Biri) Cannaceae N x x x Catharanthus roseus (Vinca) Apocynaceae E x x Clusia fluminensis (Clúsia) Clusiaceae N x Coffea arabica (Cafeeiro) Rubiaceae E x Colocasia esculenta (Inhame) Araceae E x Cordia leucocephala (Córdia) Boraginaceae N x Cordyline fruticosa (Cordiline) Asparagaceae E x Cycas circinalis (Cica) Cycadaceae E x x Cycas revoluta (Cica) Cycadaceae E x Dracaena marginata (Dracena-de- madagascar) Asparagaceae E x Epipremnum aureum (Jibóia) Araceae E x Gardenia jaminoides (Jasmim-do-cabo) Rubiaceae E x Gerbera jamesonii (Gérbera) Asteraceae E x Heliconia psittacorum (Caetê) Heliconiaceae N x Hibiscus rosa-sinensis (Hibisco) Malvaceae E x Ixora coccinea (Ixora) Rubiaceae E x Jatropha podagrica (Jatrofa) Euphorbiaceae E x Justicia brandegeeana (Camarão-vermelho) Acanthaceae E x Lantana camara (Cambará) Verbenaceae N x Lavandula angustifolia (Lavanda) Lamiaceae E x Nandina domestica (Nandina) Berberidaceae E x 18 Neomarica caerulea (Falsa-iris) Iridaceae N x Pachystachys lutea (Camarão-amarelo) Acanthaceae N x Paspalum notatum (Grama-batatais) Poaceae N x x x Plectranthus scutellarioides (Cóleus) Lamiaceae E x Podranea ricasoliana (Sete-léguas) Bignoniaceae E x x Rhododendron simsii (Azaléia) Ericaceae E x x Rosa sp. (Roseira) Rosaceae E x x Scadoxus multiflorus (Coroa-imperial) Amaryllidaceae E x Sansevieria trifasciata (Espada-de-são- jorge) Asparagaceae E x Sphagneticola trilobata (Vedélia) Asteraceae N x Strelitzia reginae (Estrelícia) Strelitziaceae E x x Thaumatophyllum bipinnatifidum (Guaimbé) Araceae N x Thunbergia grandiflora (Tumbérgia-azul)) Acanthaceae E x Tradescantia pallida purpurea (Trapoeraba- roxa) Commelinaceae E x x x Zinnia elegans (Zínia) Asteraceae E x A família botânica com maior número de espécies neste estudo foi Arecaceae, sendo três nativas e Sete exóticas. Rodrigues et al. (2023) realizando um inventário da família Arecaceae na floresta urbana de Sobral/CE, catalogaram 25 espécies, sendo, também, a maioria exótica (19 espécies). Esta escolha de palmeiras exóticas pode estar relacionada com os atributos de beleza historicamente mais valorizados em detrimento das nativas, bem como tendências paisagísticas que geralmente são seguidas (Brito et al., 2012). 5. CONCLUSÃO O jardim do entorno do museu apresenta composição harmoniosa, remetendo a jardins antigos, com roseiras rústicas e composição de diferentes espécies ornamentais que se repetem em vários canteiros; os elementos arquitetônicos e vegetais encontram-se bem conservados. O desenho da “Praça Candido Portinari” é harmonioso; a mensagem e dominância é o círculo presente em desenhos no piso de pedra portuguesa e compostos em diferentes arranjos de canteiros; a “Igreja de Santo Antônio” apresenta-se como centro de interesse; os elementos arquitetônicos e 19 vegetais encontram-se bem conservados. O “Coreto” encontra-se na Praça Martim Moreira que apresenta composição sem harmonia, prejudicada, principalmente, pelo piso interno de asfalto e excesso de bancos de granilite. Na “Antiga Estação Ferroviária” encontra-se a Praça das Artes com esculturas a céu aberto de Adélio Sarro, que homenageia Candido Portinari cuja composição é harmoniosa; o “Bebedouro Público de Animais” e um espaço pequeno, harmonioso, bucólico e bem conservado. Foram encontradas, em toda área do estudo, 89 espécies vegetais, sendo 39% nativas. Arecaceae foi a família de plantas de maior ocorrência no paisagismo do patrimônio cultural. 20 REFERÊNCIAS AGUSTINI, M.V.G.B.; VANZELA, L.S.; LIMA, L.D.S.C.; VAZQUEZ, G.H. Avaliação das praças de Fernandópolis, Estado De São Paulo, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.17, n.2, p. 50-71, 2022. BOGEA, M.F.S.; BOGEA, D.T.R.; COSTA, K.E.S.; ROCHA, V.M. Experiências digitais na arte-educação: uma análise sobre o Museu Casa de Portinari. Cadernos da FUCAMP, v. 19, n. 38, p. 108-119, 2020. BRITO, D.R.S.; RAABE, J.; SOUSA, W.C.; MELO, R.R.; PEDROSA, T.D. Diagnóstico da arborização das praças pública no município de Bom Jesus, Piauí. Scientia Plena, v. 8, n. 4(b), 047312-1e, 2012. CONDEPHAAT - Conjunto da Estação Ferroviária de Brodowski. 2021. Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2024. CORREA, E.J.O.; KNAUF, J.M.C.; SANTOS, K.N.L.; SILVA, M.J.C.; MARINHO, L.C.; FERREIRA, A.W.C. Plantas nativas e naturalizadas com potencial ornamental do campus Dom Delgado, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.18, n.2, p. 60-76, 2023. FALCÃO, R.S.; GOMES, R.; PÉRES, M.Z.; OLIVEIRA, J.T.; CALLEGARO, R.M. Análise quali-quantitativa da arborização de cinco praças em Jerônimo Monteiro, Espírito Santo. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.15, n.2, p. 90-103, 2020. FLORA E FUNGA DO BRASIL. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 02 mar. 2024. FONSECA, A.P.M.; XAVIER, M.V.B.; PASTORELLO, C.E.P.; AGUIAR, R.M.A.S. Status florístico e silvicultural das praças com maior fluxo de pessoas em Montes Claros, Minas Ger 28 LLARDENT, L.R.A. Zonas verdes y espaços livres em La ciudad. Madrid: Closas Orcoyen, 1982. 538 p. LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. v.1. 8ºed. Nova Odessa: Plantarum, 2020. 384 p. LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. v.2. 6ºed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2022a. 384 p. LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. v.3. 3ºed. Nova Odessa: Plantarum, 2021. 384 p. https://floradobrasil.jbrj.gov.br/ 21 LORENZI, H. Plantas para Jardim no Brasil: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 3ºed. Nova Odessa: Plantarum, 2022b. 1120 p. LORENZI, H.; NOBLICK, L.; KAHN F.; FERREIRA, E.J.L.; VON BEHR, N. 2010. Flora Brasileira: Arecaceae (Palmeiras). Nova Odessa: Plantarum. v.1., 2010, 384 p. LUZ, I.C.A.; PAIVA, P.D.O. Origin and situation of some squares of railway stations. Ornamental Horticulturae, v. 26, n. 1, p. 69-76, 2020. MENAO, P.A. A importância das áreas verdes urbanas, 2019. In: < https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/2019/03/a-importancia-das-areas-verdes- urbanas/#:~:text=Elas%20possuem%20a%20importante%20fun%C3%A7%C3%A3o ,p%C3%A1ssaros%2C%20insetos%20e%20at%C3%A9%20macacos.> Acesso em: 02 mar. 2024. MISSOURI BOTANICAL GARDEN; plant finder. In Acesso em: 02 mar. 2024. MUSEU CASA DE PORTINARI. Disponível em: Acesso em: 02 abr. 2024. OLIVEIRA, F.S.; HENKLEIN, E.; PAIXÃO, S.A.S. A leitura de imagem através das obras de Cândido Portinari. Caderno Intersaberes, v. 10, n. 24, p. 184–193, 2021. PARIZI, L.F.M.; CAMPOS, C. A história do Museu Casa de Portinari em palavras e imagens: de habitação a bem cultural. Revista CPC, v. 16, n. 31, p. 204–237, 2021. RODRIGUES, L S.; SILVA, M.A.P.; FIGUEIREDO, M.F. Palmeiras (Arecaceae) na floresta urbana de Sobral, Ceará, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.18, n.2, p. 47-59, 2023. SILVA, A.F.; TRINDADE, C.S.; BACELAR, G.A.R.; BATISTA FILHO, J.R.B. Praças e jardins históricos de salvador: uma proposta de inventário. Revista Jatobá, Goiânia, v.5, e-77828, 2023. SILVA, J.L.S.; OLIVEIRA, M.T.P.; OLIVEIRA, W.; BORGES, L.A.; CRUZ-NETO, O.; LOPES, A.V. High richness of exotic trees in tropical urban green spaces: reproductive systems, fruiting and associated risks to native species. Urban Forestry & Urban Greening, v. 50, p. 1-10, 2020. 29 SILVEIRA, J.E.; PASTORELLO, C.E.S.P.; FONSECA, R.S. Aspectos florísticos e ecológicos do campus regional da Universidade Federal de Minas Gerais em Montes Claros-MG. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 15, n. 3, p. 28-41, 2020. https://www.missouribotanicalgarden.org/plantfinder/plantfindersearch.aspx 22 TEIXEIRA, I. F.; FIGUEIREDO, F. M.; TABORDA, I. G. R.; SOARES, L. M. Análise fitossociológica da praça Camilo Mércio no centro histórico de São Gabriel, RS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 11, n. 1, p. 1-13, 2016. XAVIER, M.V.B.; ALMEIDA, E.S.; FONSECA, A.P.M; ALMEIDA, L.V.O. Dendroflora da Escola Estadual Professora Clara Menezes Dias, Jaíba -MG: estrutura, síndromes de dispersão primária e polinização. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 16, n. 1, p. 1-20, 2021.