2024 NATALIA DOS REIS LUSTOSA CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE O IMPACTO DA AMAMENTAÇÃO E DISPOSITIVOS ARTIFICIAIS DE SUCÇÃO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL DO BEBÊ São José dos Campos 2024 NATALIA DOS REIS LUSTOSA CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE O IMPACTO DA AMAMENTAÇÃO E DISPOSITIVOS ARTIFICIAIS DE SUCÇÃO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de São José dos Campos, como parte das exigências para a obtenção do grau de CIRURGIÃO-DENTISTA. Orientadora: Profa. Dra. Fernanda Alves Feitosa Coorientadora: Profa. Dra. Stella Renata Machado Silva Esteves Instituto de Ciência e Tecnologia [internet]. Normalização de tese e dissertação [acesso em 2025]. Disponível em http://www.ict.unesp.br/biblioteca/normalizacao Apresentação gráfica e normalização de acordo com as normas estabelecidas pelo Serviço de Normalização de Documentos da Seção Técnica de Referência e Atendimento ao Usuário e Documentação (STRAUD). Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Prof. Achille Bassi e Seção Técnica de Informática, ICMC/USP com adaptações - STATI, STRAUD e DTI do ICT/UNESP. Renata Aparecida Couto Martins CRB-8/8376 Lustosa, Natália dos Reis Conhecimento de gestantes sobre o impacto da amamentação e dispositivos artificiais de sucção no crescimento e desenvolvimento craniofacial / Natália dos Reis Lustosa. - São José dos Campos : [s.n.], 2024. 35 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - Graduação em Odontologia - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, São José dos Campos, 2024. Orientador: Fernanda Alves Feitosa Coorientador: Stella Renata Machado Silva Esteves 1. Gestante. 2. Maloclusão. 3. Prevenção primária. 4. Saúde bucal. I. Feitosa, Fernanda Alves, orient. II. Esteves, Stella Renata Machado Silva, coorient. III. Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, São José dos Campos. IV. Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' - UNESP. V. Universidade Estadual Paulista (UNESP). VI. Título. BANCA EXAMINADORA Prof. Dra. Fernanda Alves Feitosa (Orientador) Universidade Estadual Paulista (Unesp) Instituto de Ciência e Tecnologia Departamento de Odontologia Social e Clínica Infantil Prof. Dra. Taís de Souza Barbosa Universidade Estadual Paulista (Unesp) Instituto de Ciência e Tecnologia Departamento de Odontologia Social e Clínica Infantil Prof. Dr. Pedro Santos Diamantino Universidade Estadual Paulista (Unesp) Instituto de Ciência e Tecnologia Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese São José dos Campos, 11 de dezembro de 2024. DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho aos meus queridos pais, Arlete e Décio. Se cheguei até aqui, foi por vocês. A força e a sabedoria que me transmitiram me guiaram em cada passo dessa jornada. AGRADECIMENTOS Estar longe de casa em busca de um sonho é desafiador e, em muitos momentos, a saudade foi minha companheira. Mas, apesar de tudo, foram esses momentos que me fizeram entender sobre dedicação, persistência e sobre os sacrifícios que são necessários para se chegar onde quer. Esse desafio enfrentado e essa conquista de viver e aprender sobre a Odontologia durante esses 5 anos foram possíveis graças ao apoio incondicional das pessoas aos quais eu agradeço nesse texto, que estiveram ao meu lado em todos os momentos, especialmente nos dias mais difíceis; e a Deus, que deu bençãos a todos da minha família para que enfrentássemos a pandemia de Covid-19 com saúde e força, com a esperança de que tudo ia terminar bem, fazendo provar nossa resiliência e determinação. Quero começar agradecendo ao meu pai, meu super heroi. Minha fortaleza, que me incentiva a ir atrás dos meus sonhos. Quem sempre acreditou em mim. À minha mãe, a mulher que eu mais admiro no mundo, minha guia e luz para que chegasse até aqui. Quem me moldou e deu todo o amor que tem dentro de mim. Minha referência de mulher forte, dedicada e amiga. À minha avó Verônica e a todos da família Reis, que me deram abrigo e suporte para que pudesse passar pelo processo da universidade de forma segura e muito divertida. Ao meu irmão gêmeo, Igor, por poder compartilhar meus medos e inseguranças em relação a faculdade (e me permitir rir deles também). Ao Victor, por ser a figura de irmão amoroso, extrovertido e cuidadoso, aquele que me motiva a ser uma pessoa mais paciente e olhar sempre o lado bom das experiências que a vida nos dá. Ao Vinicius, por ser a base de apoio e conselho que me levaram a realização dessa conquista. Às minhas cunhadas, por serem meu ouvido nos momentos de desabafo. À Mari, que mesmo de longe, nunca soltou minha mão. Por estar comigo desde pequenininha, e me permitir entender sobre o amor genuíno entre amigas. Ao Neto, por estar comigo nesse 1 ano e meio da faculdade, aquele que foi casa, risada e carinho para enfrentar os momentos de sensibilidade e incerteza que o futuro reserva. À Sabrina, por ser, desde o começo, minha amiga e dupla. Por me escutar e compartilhar sentimentos de só quem é aluno na Unesp sabe. À Mafê e Bia, por estarem comigo e dividirem os espaços do ambiente acadêmico com seus brilhos e sorrisos, que fizeram tornam tudo mais leve. Às minhas professoras orientadoras Profa Dra Fernanda e à co-orientadora Profa Dra Stella, pelo apoio, instrução e paciência, que foram fundamentais para alcançar meu objetivo. Sou imensamente grata por todo o conhecimento compartilhado e pela confiança depositada em mim. Sem vocês, nada disso teria acontecido. "Você não pode fazer nada grande se não está disposto a arriscar." Michelle Obama RESUMO Lustosa NR. Conhecimento de gestantes sobre o impacto da amamentação e dispositivos artificiais de sucção no crescimento e desenvolvimento craniofacial [trabalho de conclusão de curso]. São José dos Campos (SP): Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Ciência e Tecnologia; 2024. Objetivo: Avaliar o conhecimento de gestantes sobre a importância da amamentação e a influência de dispositivos de sucção artificiais no crescimento e desenvolvimento craniofacial dos bebês. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostragem por conveniência. A amostra consistiu de gestantes que frequentaram Grupos para Gestantes em três entidades filantrópicas de São José dos Campos e uma Unidade Básica de Saúde entre abril/2023 e nov/2024. As coletas foram realizadas durante as visitas semanais aos grupos de gestantes, através de entrevistas individuais. A análise dos dados foi realizada de forma descritiva para caracterização da amostra. Resultados: Vinte e três gestantes participaram da pesquisa. Destas, 100% acreditam na importância do aleitamento materno para o desenvolvimento do bebê e 79% tem consciência de que o leite materno não possui potencial cariogênico. Aproximadamente 90% das entrevistadas pretendem amamentar por entender que isso contribui para o desenvolvimento do bebê. Porém, 65,2% planeja amamentar por 1 ano ou menos. Sessenta e nove por cento (69%) pretendem oferecer mamadeira aos bebês durante a sua ausência. Conclusão: As gestantes entrevistadas possuem a consciência de que a amamentação é importante para a nutrição, mas ainda fazem baixa correlação entre o aleitamento e o desenvolvimento craniofacial do bebê. Palavras-chave: gestante; maloclusão; prevenção primária; saúde bucal. ABSTRACT Lustosa NR. Knowledge of Pregnant Women About the Impact of Breastfeeding and Artificial Suction Devices on Craniofacial Growth and Development [graduation final work]. São José dos Campos (SP): São Paulo State University (Unesp), Institute of Science and Technology; 2024. Objective: To evaluate the knowledge of pregnant women regarding the importance of breastfeeding and the influence of artificial sucking devices on the growth and craniofacial development of babies. Material and Methods: This is a cross-sectional study with convenience sampling. The sample consisted of pregnant women who attended Pregnancy Groups in three philanthropic organizations in São José dos Campos and a one Basic Health Unit between April 2023 and November 2024. Data collection was conducted during weekly visits to the prenatal groups through individual interviews. The data analysis was performed descriptively to characterize the sample. Results: Twenty-three pregnant women participated in the research. Of these, 100% believe in the importance of breast milk for the baby's development, and 79% are aware that breast milk has no cariogenic potential. Approximately 90% of the interviewees intend to breastfeed, understanding that it contributes to the baby's development. However, 65.2% plan to breastfeed for one year or less. Sixty-nine percent (69%) intend to offer a bottle to the baby during their absence. Conclusion: The pregnant women interviewed are aware that breastfeeding is important for nutrition, but still lack clarity regarding the link between breastfeeding and the craniofacial development of the baby. Keywords: pregnant woman; malocclusion; primary prevention; oral health. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………...10 2 MATERIAL E MÉTODOS ..…….……………………………………………………….12 2.1 Critérios de Inclusão ………………………………………………………….…..…13 2.2 Critérios de Exclusão …………………………..……………………………..….....13 2.3 Armazenamento de Dados …………...…………………………………….………13 2.4 Coleta dos Questionários …………………………………………………………..14 2.5 Forma de Análise dos Questionários …………………………………………….14 3 RESULTADOS ………………………………………………………………………..…15 3.1 Compreensão da importância da amamentação para o desenvolvimento craniofacial ..………………………………………………………………………….……15 3.2 Hábitos a serem aplicados na rotina do bebê ...………….……………….……17 4 DISCUSSÃO ……………………………………………………………………………..22 5 CONCLUSÃO.....……………………………………………...…………………………25 REFERÊNCIAS ………………...…………………………………………………….……26 APÊNDICE.............................………………………………………………………....….28 ANEXOS..................................................................................………….........………31 10 1 INTRODUÇÃO A amamentação afeta diretamente os padrões de saúde e é fundamental para o crescimento saudável da criança. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda amamentação exclusiva até os 6 meses e, após a introdução alimentar, até pelo menos os 2 anos de idade [1]. Os benefícios da amamentação são inúmeros: nutrição adequada, maturação do sistema imunológico, prevenção de problemas digestivos, alérgicos e respiratórios e estímuloo do correto crescimento e desenvolvimento craniofacial, prevenindo as maloclusões [2-5]. As maloclusões se desenvolvem por influências genéticas e ambientais. As funções de sucção, deglutição, fonação, mastigação e respiração possuem grande influência no crescimento e desenvolvimento facial e posição dentária [4]. A mecânica realizada pelos músculos e ossos para a amamentação são diferentes da mecânica para sucção em mamadeira. Através da amamentação os músculos orofaciais exercem intensa atividade, estimulam selamento labial, respiração nasal e correta posição lingual, promovendo o crescimento e desenvolvimento orofacial mais harmoniosos. Assim, é possível relacionar a maior duração da amamentação com menores anormalidades oclusais e funcionais [3]. Desde 1981, o Ministério da Saúde coordena estratégias para proteger e promover a amamentação no Brasil. A estratégia para incentivar a amamentação vem apresentando resultados. Os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses aumentaram de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2019. Já o aleitamento para crianças menores de quatro meses passou de 4,7% para 60% no mesmo período [6]. Houve melhora, contudo, ainda estão aquém dos preconizados pela OMS. Além disso, grande proporção das crianças menores de dois anos faz uso de dispositivos de sucção artificiais, tais como chupeta e mamadeira (52,1%), o que pode prejudicar a continuidade do aleitamento materno além de trazerem outras consequências. 11 Segundo Schwab et al. [8], o período gestacional é favorável para ações de orientação, já que a mulher se encontra receptiva e motivada a aprender e modificar hábitos. Neste sentido, as gestantes configuram um grupo estratégico de atenção e cuidado nos serviços de saúde, pois impactam diretamente a saúde de sua rede familiar, incluindo o recém-nascido. Ações educativas voltadas às gestantes e à saúde bucal da criança ainda configuram uma maneira simples, porém eficaz de propagar informações de forma interdisciplinar. No que tange a prevenção de maloclusões, é importante a percepção de que, mesmo com os avanços na Política Nacional de Saúde Bucal, a possibilidades de tratamentos e ações específicas na rede pública ainda ocorrem em proporção irrisória. Dessa forma, a orientação e a prevenção são especialmente relevantes. Baseado no exposto acima, esse estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento de gestantes sobre a importância da amamentação e a influência de dispositivos de sucção artificiais no desenvolvimento do bebê, buscando compreender se tal entendimento influenciará na forma como as mesmas pretendem auxiliar na nutrição de seus filhos. 12 2 MATERIAL E MÉTODOS O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos (CAAE nº 66772823.9.0000.0077), tendo como Instituição proponente o Instituto de Ciência e Tecnologia - Campus de São José dos Campos – Universidade Estadual Paulista (ICT-CSJC-Unesp). (ANEXO C). Trata-se de um estudo transversal com amostragem por conveniência. Uma Unidade Básica de Saúde e quatro Grupos Filantrópicos de Gestantes participaram da Pesquisa, conforme informações contidas no Quadro 1. Todas as gestantes cadastradas na Unidade Básica de Saúde e nos Grupos de Gestantes entre Abril/2023 e Novembro/2024 foram convidadas a participar, mediante anuência do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A) e Termo de Assentimento (ANEXO B), quando menores de idade. Os levantamentos foram executados nos mesmos dias da semana em que estavam organizados os Grupos de Gestantes e, na impossibilidade da realização no horário dos Grupos, o atendimento das gestantes ocorria dentro do ICT-Unesp em horário previamente agendado . Quadro 1 – Grupo de gestantes participantes da pesquisa Grupo Cidade Local Bairro UBS "Jardim São José II" São José dos Campos Zona Leste Jardim São José II, Frei Galvão Colméia Valorizando a Vida São José dos Campos Centro Vila Ema Grupo Mãe Maria de Nazaré São José dos Campos Centro Jd. Bela Vista Projeto Bem me Quer São José dos Campos Centro Jd. Paulista Fonte: elaborado pelo autora. 13 2.1 Critério de Inclusão Foram convidadas a participar todas as gestantes cadastradas na UBS "Jardim São José II” e nos Grupos de Gestante independentemente da fase gestacional. 2.2 Critérios de Exclusão Foram excluídas da pesquisa as gestantes que não concordaram em participar da pesquisa e/ou não assinaram o TCLE e o Termo de Assentimento e aquelas que não se encaixem nos critérios de inclusão. 2.3 Armazenamento de Dados Os dados foram coletados em questionário físico (APÊNDICE A) e armazenados na forma digital, por meio do serviço de armazenamento e sincronização de arquivos Google Drive institucional, tendo acesso ao mesmo por meio de compartilhamento de arquivo apenas os pesquisadores envolvidos diretamente na pesquisa, minimizando assim a possibilidade de eventuais perdas e exposição dos dados. Todos os dados estavam anonimizados, não contendo a identidade dos participantes da pesquisa. A proteção contra o hackeamento foi obtida por meio da adoção de duas camadas de segurança no acesso à conta onde os arquivos foram armazenados, o qual conta com a obrigatoriedade de usar uma senha complexa e um código de verificação de acesso. Após o prazo de cinco anos, todos os registros (questionários e arquivos virtuais) da pesquisa serão destruídos. 14 2.4 Coleta dos Questionários O estudo foi realizado por meio da aplicação de questionário (APÊNDICE A), contendo 10 questões fechadas (objetivas) e cinco questões semi-abertas acerca do conhecimento de gestantes sobre aleitamento, uso de dispositivos de sucção artificiais e suas pretenções quanto à forma de alimentação dos bebês no início da vida. As perguntas utilizadas no questionário são baseadas em artigos já publicados na literatura [9-11]. Para evitar constrangimento ou desvios de interpretação, a equipe de pesquisa (2 alunas de Graduação e a professora orientadora) conduziu o questionário para todas as gestantes por meio de entrevistas. 2.5 Forma de Análise dos Resultados Após coleta, os dados foram processados em um banco de dados utilizando- se o programa Microsoft Excel (Microsoft Office 365 A3 For Faculty). A análise dos dados foi feita de forma descritiva para caracterização da amostra. 15 3 RESULTADOS Vinte e três gestantes participaram da pesquisa mediante assinatura dos termos de Assentimento ou Consentimento Livre e Esclarecido. Destas, 100% acreditam que o aleitamento materno é importante e benéfico. Além disso, 79,16% (18 gestantes) tem o entendimento de que o leite materno não tem potencial cariogênico. 3.1 Compreensão da importância da amamentação para o desenvolvimento craniofacial Quando questionadas sobre o papel da amamentação na prevenção do posicionamento incorreto dos dentes, 13 participantes responderam que acreditam na influencia positiva do aleitamento (56,5%). Catorze (60,8%) acreditam que a amamentação pode evitar o hábito de chupar dedo ou chupeta (Figura 1). Apenas uma gestante não pretende amamentar o bebê. Figura 1 - Perguntas sobre a interferência da amamentação no uso de dispositivos de sucção e no posicionamento dos dentes. Fonte: Elaborado pela autora. 16 A maior parte das gestantes pesquisadas (78%), acredita que a chupeta e a mamadeira podem afetar negativamente o crescimento do rosto do bebê (18 gestantes). Entretanto, 15 dentre as entrevistadas (65,21%) não acreditam que a amamentação possa interferir no crescimento do rosto do bebê (Figura 2). Isso demonstra um conflito entre as respostas e o entendimento de como o aleitamento pode beneficiar o desenvolvimento craniofacial de seus filhos. Figura 2 - Representação gráfica da proporção de entrevistadas que acreditam que o aleitamento materno afeta o crescimento do rosto do bebê (esquerda), e que acreditam que a chupeta e a mamadeira podem prejudicar o crescimento da face do bebê (direita). Fonte: Elaborado pela autora. Um total de 87% das gestantes acreditam que o aleitamento materno auxilia o bebê na respiração nasal, enquanto 13% não conseguem enxergar relação entre os dois eventos. 17 Figura 3 - Pergunta sobre influência do aleitamento na respiração. Fonte: Elaborado pela autora. 3.2 Hábitos a serem aplicados na rotina do bebê A segunda parte do questionário foi voltada a compreender a forma como as gestantes pretendem realizar as atividades relacionadas a nutrição de seu bebê. Além disso, foram levantadas questões referentes ao uso de chupetas e outros hábitos. Na Figura 4 estão dispostas as respostas sobre os motivos pelos quais as gestantes entrevistadas estão dispostas a amamentar seus filhos. A maior parte delas (20 gestantes, ou 86,95%) entende que a amamentação é capaz de auxiliar no desenvolvimento do bebê, através, por exemplo, de ganho de peso adequado, respiração nasal e crescimento facial satisfatório. 18 Figura 4 - Gráfico representativo dos motivos que levam as entrevistadas a pretenção de amamentar seus filhos. Fonte: Elaborado pela autora. Quase 40% das gestantes pretendem amamentar seus filhos até que completem um ano de idade. Sendo que 26,08% declararam que pretendem amamentar por dois anos, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (Figura 5). Somando as alternativas possível, 65,21% das mulheres planejam amamentar por um ano ou menos. 19 Figura 5 - Pergunta sobre o tempo de amamentação. Fonte: Elaborado pela autora. Durante os seis primeiros meses de vida, 14 gestantes (60,86%) declararam que gostariam que seus filhos se alimentassem apenas de leite materno. As demais variaram majoritariamente entre leite materno + fórmula e leite materno + água (Figura 6). Figura 6 - Gráfico com as respostas sobre a preferência das gestantes sobre o tipo de alimentação dos bebês durante os primeiros 6 meses de vida. Fonte: Elaborado pela autora. 20 Conforme disposto na Figura 7, a maior parte das entrevistadas (73,91%) pretende que seus filhos sejam alimentados através de mamadeira quando em sua ausência. Três gestantes acreditam que a melhor opção a ser oferecida são os alimentos sólidos. Entretanto, duas delas afirmaram que só permitiriam isso após os seis meses (período médio estimado para a introdução alimentar). Figura 7- Preferência das entrevistas sobre tipo de alimentação a ser oferecida aos bebês na sua ausência. Fonte: Elaborado pela autora. Dez gestantes entendem que devem amamentar os bebês sob livre demanda, enquanto outras 6 acreditam que devem fazê-lo de 2 em 2 horas. Três gestantes não sabem como proceder nesse aspecto e duas delas declararam que irão seguir a orientação que será dada pelo Pediatra (Figura 8). 21 Figura 8 - Gráfico das respostas sobre a frequência de alimentação do bebê. Fonte: Elaborado pela autora. Por fim, as gestantes responderam sobre a forma que pretendem proceder quando o bebê chorar durante a noite. Vinte participantes (86,95%) responderam que pretendem amamentar, enquanto as demais variaram entre oferecer mamadeira e chupeta ou outros dispositivos (Figura 9). Figura 9 - Gráfico das respostas sobre acolhimento do bebê durante a noite em caso de choro. Fonte: Elaborado pela autora. 22 4 DISCUSSÃO Esse trabalho faz parte de um estudo de caracterização da gestantes de São José dos Campos, SP, onde são colhidas informações sociodemográficas, de autopercepção em saúde bucal, índices de cárie e condição periodontal, conhecimento sobre saúde bucal do bebê e da criança e consciência sobre a importância do Pré-Natal Odontológico. Ao fim da pesquisa será possível compreender os principais anseios e necessidades do público alvo, facilitando a criação de estratégias que se conectem com a realidade que o cerca. A orientação às gestantes sobre a importância da amamentação e a necessidade de evitar o uso de bicos artificiais é amplamente recomendada por diversas áreas da saúde, como por exemplo a Nutrição, a Medicina, Fonoaudiologia e, obviamente, a Odontologia [12-14]. Segundo Silva et al. [15], durante a gestação a mulher encontra-se mais receptiva ao aprendizado e implementação de novos hábitos, sendo um período importante para a educação em saúde bucal. Esse aprendizado pode se estender não somente à saúde materno-infantil, mas a toda a família, sendo vista como uma janela de oportunidade. A assistência à saúde bucal para as gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS) contempla o cuidado integral e o atendimento em rede, assim como previsto nas demais fases da vida. Durante a gestação, a assistência odontológica no SUS deve englobar os diferentes níveis de cuidado, envolvendo Promoção, Prevenção, Recuperação e Manutenção da saúde bucal [16]. A conscientização sobre o impacto da amamentação e do uso de dispositivos artificiais de sucção no crescimento e desenvolvimento craniofacial pode e deve ser abordado de forma preventiva, desmistificando conhecimentos ultrapassados e capacitando as futuras mães para a tomada de decisões importantes e que irão se refletir na vida dos seus filhos. Os resultados dessa pesquisa mostram que, durante os primeiros seis meses de vida, as gestantes entrevistadas pretendem que seus filhos se nutram exclusivamente de leite materno (60%), que é a prática recomendada pelo Ministério da Saúde. Entretanto, parte das participantes responderam que ofereceriam água aos 23 bebês. A prática de oferta hídrica aos bebês juntamente com o aleitamento materno e antes dos seis meses não é recomendável, pois pode causar uma diminuição no consumo de leite pelo bebê, resultando em diminuição do ganho de peso e na produção de leite pela mãe [17]. Além disso, a prática da oferta de água se relaciona a episódios de diarreia e ao desmame precoce [18]. Campos et al., que avaliou o período em que as gestantes consideraram realizar o aleitamento exclusivo e a idade de introdução de outros líquidos, encontrou como resultado que 30% das participantes introduziam outros líquidos antes dos seis meses de vida [17]. Tais dados são congruentes aos resultados desse estudo, onde 34,78% das gestantes relataram intenção de oferecer leite materno e algum outro complemento, tais como fórmulas infantis, água ou suco, durante os primeiros 6 meses. Os resultados do presente estudo demonstram que as gestantes reconhecem chupetas e mamadeiras como potenciais fatores prejudiciais para o "crescimento do rosto” do bebê. Entretanto, elas não percebem o aleitamento materno como um fator potencial para o correto desenvolvimento da face. Romero et. al. [19], reforçaram a importância da amamentação prolongada na prevenção da mordida aberta anterior na dentição decídua. Os resultados do estudo citado indicam que a amamentação, especialmente por períodos superiores a 12 meses, está associada a menores chances de desenvolvimento dessa condição, ao reduzir a prevalência de hábitos de sucção não nutritiva, como o uso de chupeta ou dedo [19]. Além disso, a prática de amamentação favorece a correta posição da língua e a respiração nasal, fatores que contribuem para uma correta oclusão. Embora a sucção não nutritiva não tenha sido o objeto desse estudo, as chupetas foram citadas na pergunta sobre o que as gestantes pretendem fazer caso o bebê chore durante a noite. Para Lamounier [20], o hábito de utilização das chupetas para acalmar os bebês pode reduzir a frequência de amamentação e ser mais um fator que diminui o estímulo a produção de leite pela mãe e consequente desmame precoce [20]. Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência do uso de chupetas no Brasil é de 60,3%, ou seja, é um aspecto que deve ser levado em consideração por motivos que vão desde o desenvolvimento craniofacial até pelo estímulo ao desmame [21]. 24 As limitações desse estudo referem-se principalmente à dificuldade de adesão à pesquisa. Ainda que houvesse o interesse em participar, o momento para realização dos questionários tornou-se dificultoso, pois as gestantes se programavam para estar no grupo ou na UBS apenas no período do compromisso (aula do curso ou consulta médica). Para viabilizar a pesquisa, as interessadas eram convidadas a ir à Universidade para avaliação e tratamento, quando necessário. Nesses casos, mesmo após o agendamento, as faltas prevaleceram. Apenas 6 gestantes foram até o campus no período de um ano. Tal situação reforça o fato de que muitas mulheres não conhecem os motivos pelos quais passar pelo Pré-Natal Odontológico, oportunidade em que receberão não apenas tratamentos curativos, mas também orientações sobre amamentação e cuidados bucais para si e para o bebê. 25 5 CONCLUSÃO A população estudada possui, em sua maioria, a consciência de que a amamentação é importante para a nutrição, mas ainda fazem uma pouca relação entre o aleitamento e os demais benefícios para o desenvolvimento craniofacial do bebê. Dessa forma, as entrevistadas reconhecem que os dispositivos de sucção artificiais podem prejudicar o posicionamento dos dentes, mas não associam o aleitamento materno a um melhor desenvolvimento ósseo e muscular. 26 REFERÊNCIAS 1. Organização Mundial da Saúde (OMS). Dept. of Child and Adolescent Health and Development. Indicators for assessing infant and young child feeding practices: conclusions of a consensus meeting held 6-8 November 2007 in Washington D.C., USA Geneva: OMS; 2008. 2. Romero CC, Scavone-Junior H, Garib DG, CotrimFerreira FA, Ferreira RI. Breastfeeding and nonnutritive sucking patterns related to the prevalence of anterior open bite in primary dentition. J Appl Oral Sci. 2011;161-8. 3. Montaldo L, Montaldo P, Cuccaro P, Caramico N, Minervini G. Effects of feeding on non-nutritive sucking habits and implications on occlusion in mixed dentition. Int J Paediatr Dent. 2011 Jan;21(1):68-73. doi: 10.1111/j.1365-263X.2010.01092.x. 4. Melink S, Vagner MV, Hocevar-Boltezar I, Ovsenic M. Posterior crossbite in the deciduous dentition period, its relation with sucking habits, irregular orofacial functions, and otolaryngological findings. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;32-40 5. Narbutytė I, Narbutytė A, Linkevičienė L. Relationship between breastfeeding, bottle-feeding and development of malocclusion. Stomato, Baltic Dental and Maxillofacial J. 2013;15:67-72 6. Boccolini CS, Boccolini PMM, Monteiro FR, Venâncio SI, Giugliani ERJ. Tendência de indicadores do aleitamento materno no Brasil em três décadas. Rev Saúde Pública. 2017 Dez;51:108 7. Schwab FCBS, Ferreira L, Martinelli KG, Esposti CDD, Pacheco KTDS, Oliveira AE, Santos Neto ETD. Factors associated with educational guidance regarding oral health during prenatal care. Cien Saude Colet. 2021 Mar; 26(3):1115-26. 8. Castelli CTR, Maahs MAP, Almeida ST. Identification of the doubts and difficulties of pregnant and postpartum women related to Breastfeeding. Rev CEFAC. 2014 Jul-Ago;16(4):1178-86. 9. Suárez-Cotelo MDC, Movilla-Fernández MJ, Pita-García P, Arias BF, Novío S. Breastfeeding knowledge and relation to prevalence. Rev Esc Enferm USP. 2019 Feb, 53:5-6. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2018004503433 10. 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Percepção Das condições De Saúde Bucal Por Gestantes Atendidas Em Uma Unidade De Saúde No Município De Araraquara. São Paulo, Brasil. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2006;6(4):405–10. doi: 10.1590/S1519-38292006000400007 15. Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Bucal – Brasil Sorridente. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. 16. Campos AM de S, Chaoul C de O, Carmona EV, Higa R, Vale IN do. Exclusive breastfeeding practices reported by mothers and the introduction of additional liquids. Rev Latino-Am Enfermagem. 2015 Mar;23(2):283–90. Doi: 10.1590/0104- 1169.0141.2553. 17. Niquini RP, Bittencourt SA, Lacerda EMA, Oliveira MIC, Leal MC. Acolhimento e características maternas associados à oferta de líquidos a lactentes. Rev Saúde Pública. 2010;44(4):677-85. 18. Romero CC, Scavone-Junior H, Garib DG, CotrimFerreira FA, Ferreira RI. Breastfeeding and nonnutritive sucking patterns related to the prevalence of anterior open bite in primary dentition. J Appl Oral Sci. 2011;19:161-8. 19. Lamounier JA. The influence of nipples and pacifiers on breastfeeding duration. J Pediatr. 2003 Jul-Aug;79(4):284-6. 20. Brasil. Ministério da Saúde. Pesquisa de prevalência do aleitamento materno nas capitais e no Distrito Federal. Brasília: Ministério da Saúde; 2001. 28 APÊNDICE A - Questionário (baseado em Castelli et al., 2014; Cotelo et al., 2019; Araújo et al., 2021) [8,9,10]. Código da Gestante _____________ 1. Questões fechadas Você acha importante amamentar? Sim Não Até que idade você pretende amamentar seu filho? 4 meses 6 meses 1 ano 2 anos ou mais Não sei Você acredita que a amamentação pode evitar o hábito de chupar dedo ou chupeta? Sim Não Você acredita que a amamentação ajuda na prevenção de dentes tortos ou mal posicionados? Sim Não Você acredita que o leite materno pode causar cárie dental nos bebês? Sim Não Você pretende alimentar seu filho através do seio ou outro dispositivo como mamadeira? Seio Mamadeira Ambos Você acha que existem benefícios do aleitamento materno? Sim Não Você acredita que o aleitamento materno interfere no crescimento do rosto do bebê? Sim Não Sim 29 Você acha que a chupeta ou mamadeira podem prejudicar o crescimento do rosto do seu bebê? Não Você acredita que a amamentação (peito) ajuda o bebê a respirar pelo nariz? Sim Não 2. Questões semi-abertas Se você não estiver com seu bebê, como ele irá se alimentar? (marcar as alternativas que considerar corretas) Mamadeira Alimentos sólidos Outro. Qual? Não sei Por quais motivos você pretende amamentar? (marcar as alternativas que considerar corretas) Economizar dinheiro Melhorar o desenvolvimento do bebê (ganho de peso adequado, respiração nasal e crescimento do rosto) Passar mais tempo com bebê, estabelecer vínculo Outro. qual? Durante os 6 primeiros meses de vida, você gostaria que seu bebê se alimentasse como? Apenas leite materno Leite materno + Fórmula Infantil Leite materno + água ou suco Apenas Fórmula infantil Outro. Qual? Não sei Quando devo amamentar meu bebê? Livre demanda (toda vez que o bebê quiser) de 2 em 2 horas Conforme orientação do pediatra Não sei Outro. Qual? 30 Se seu bebê chorar durante o dia ou à noite, o que você fará? (marcar as alternativas que considerar corretas) Amamento Mamadeira Chupeta Outro. Qual? Não sei 31 ANEXO A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidada a participar do projeto “Caracterização das gestantes em atendimento pré-natal em uma unidade básica de saúde de São José dos Campos”, coordenado pela pesquisadora Prof. Fernanda Alves Feitosa, do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNESP, cito à Av Francisco José Longo, 777, Jardim São Dimas, São José dos Campos, SP, (12) 3947-9000. Após ser esclarecido sobre as informações a seguir, no caso de aceitar participar, assine ao final deste documento. Desde já fica garantido o sigilo das informações. Em caso de recusa você não será penalizado(a) de forma alguma. Sua participação é muito importante, mas não é obrigatória e, tendo aceitado, o(a) senhor(a) pode desistir de participar a qualquer momento, sem que haja qualquer forma de penalização por não participar ou desistir. O objetivo é caracterizar as gestantes em atendimento pré-natal na Unidade Básica de Saúde Jardim São José II, em São José dos Campos, São Paulo. Para isso, vamos precisar que você responda algumas perguntas, depois faremos um exame em sua boca, parecido com o que o dentista faz no consultório. O exame vai ser feito na UBS (unidade básica de saúde) ou na sua residência, com todo cuidado, segurança e higiene, conforme normas da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde. É um exame simples. Porém, na hora do exame, você poderá se sentir desconfortável, caso precise ficar com a boca aberta por mais tempo, por exemplo, ou se achar alguma pergunta estranha, difícil. Caso esses incômodos ocorram, fale com seu examinador, ele poderá solucioná-los. Os riscos possíveis deste estudo são: i) Desconforto durante a resposta aos questionários e levantamento - para que isso não aconteça, será organizado um ambiente seguro, reservado e confortável para que responda ao questionário, garantindo que outras pessoas da UBS ou da sua residência não escutem as informações relatadas; ii) Hackeamento dos questionários que ficarão armazenados em rede - a proteção contra o hackeamento será obtida por meio da adoção de duas camadas de segurança no acesso à conta onde os arquivos serão armazenados, o qual contará com a obrigatoriedade de usar uma senha complexa é um código de verificação de acesso que será enviado à coordenadora da pesquisa. Assim, os dados serão codificados, de forma a impossibilitar a identificação, e armazenados no computador da coordenadora do projeto, protegido por senha complexa e código de verificação. Após o prazo de cinco anos, todos os registros (questionários e arquivos virtuais) da pesquisa serão destruídos. Ao final da pesquisa, os benefícios serão a construção de um perfil que torne possível conhecer como tal grupo percebe sua própria condição bucal, elencar condições sociais que possam influenciar a gestação, identificar problemas e fatores de risco, constatar queixas e anseios, além de elaborar futuras iniciativas mais específicas para o aumento da adesão ao pré-natal odontológico, colaborando com a elevação deste indicador no programa Previne Brasil, do Governo Federal. Durante todo o período do projeto você tem o direito de tirar qualquer dúvida ou pedir qualquer outro esclarecimento, bastando para isso entrar em contato com algum dos responsáveis ou como Comitê de Ética (CEP) do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNESP, (12) 3947-9028, e-mail: ceph.ict@unesp.br. Espero contar com seu apoio, desde já agradecemos em nome de todos que se empenham para melhorar a saúde. Atenciosamente, Prof Dra FernandaAlves Feitosa AUTORIZAÇÃO: “CARACTERIZAÇÃO DAS GESTANTES EM ATENDIMENTO PRÉ-NATAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS” Eu, _____ , RG ____________________ declaro ter sido esclarecido a respeito das informações que recebi, descrevendo o estudo a ser realizado e concordo em participar desta pesquisa, autorizo a utilização das respostas fornecidas através do questionário, entendi as garantias de confidencialidade e recebi os esclarecimentos. Declaro ainda que a minha participação será voluntaria. Estou ciente que poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento sem penalidade, prejuízo ou perda de qualquer benefício que possa ter adquirido. Data: / / Assinatura : _________________________________________ 32 ANEXO B – Termo de Assentimento Livre e Esclarecido TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidada a participar do projeto “Caracterização das gestantes em atendimento pré-natal em uma unidade básica de saúde de São José dos Campos”, coordenado pela Prof. Dra. Fernanda Alves Feitosa, do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNESP, cito à Av Francisco José Longo, 777, Jardim São Dimas, São José dos Campos, SP, (12) 3947-9000. Você receberá todas as informações sobre a pesquisa e sobre a sua participação. Você poderá perguntar e esclarecer suas dúvidas a qualquer tempo e, após ser esclarecida, no caso de aceitar participar, você deverá assinar ao final deste documento. Todos os dados serão protegidos e guardados em segredo. Sua participação é muito importante, mas não é obrigatória e, se você não quiser participar ou, ainda, se aceitou mas resolveu desistir de participar, você poderá deixar a pesquisa a qualquer momento sem que haja qualquer forma de penalização por não participar ou desistir. O objetivo com a pesquisa é entender as características das gestantes em atendimento pré-natal na Unidade Básica de Saúde Jardim São José II, São José dos Campos, SP. Nessa pesquisa vamos precisar que você responda algumas perguntas, depois faremos um exame em sua boca, parecido com o que o dentista faz no consultório. O exame vai ser feito na UBS (unidade básica de saúde) ou na sua residência, com todo cuidado, segurança e higiene, conforme normas da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde. É um exame simples. Porém, na hora do exame, você poderá se sentir desconfortável, caso precise ficar com a boca aberta por mais tempo, por exemplo, ou se achar alguma pergunta estranha, difícil. Caso esses incômodos ocorram, fale com seu examinador, ele poderá solucioná-los. Os riscos possíveis deste estudo são: i) Desconforto durante a resposta aos questionários e levantamento - para que isso não aconteça, será organizado um ambiente seguro, reservado e confortável para que responda ao questionário, garantindo que outras pessoas da UBS ou da sua residência não escutem as informações relatadas; ii) Hackeamento (invasão do computador e cópia dos dados armazenados) dos questionários que ficarão armazenados em rede – para proteger contra essa invasão de computador será adotadas duas camadas de segurança no acesso à conta onde os arquivos serão armazenados - nome de acesso e senha forte para acessar os dados e, após uso da senha será preciso digitar um código de verificação de acesso que será enviado à coordenadora da pesquisa. Passados cinco anos do término da pesquisa, todos os registros (questionários e arquivos virtuais) serão destruídos. Os benefícios com esta pesquisa serão a construção de um perfil que torne possível conhecer como as gestantes percebem sua própria condição bucal, verificar os fatores que influenciam na gestação, identificar problemas e fatores de risco, constatar queixas e anseios, além de elaborar futuras iniciativas mais específicas para o aumento da adesão ao pré-natal odontológico, colaborando com a elevação deste indicador no programa Previne Brasil, do Governo Federal. Durante todo o período do projeto você tem o direito de tirar qualquer dúvida ou pedir esclarecimentos, bastando para isso entrar em contato com algum dos responsáveis ou com o Comitê de Ética (CEP) do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNESP, (12) 3947-9028, e-mail: ceph.ict@unesp.br. Espero contar com seu apoio, desde já agradeço em nome de todos que se empenham para melhorar a saúde e qualidade de vida das gestantes. Atenciosamente, Prof Dra Fernanda Alves Feitosa AUTORIZAÇÃO: “CARACTERIZAÇÃO DAS GESTANTES EM ATENDIMENTO PRÉ-NATALEM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS” Eu, _____ , RG ____________________ declaro ter sido esclarecido a respeito das informações que recebi, descrevendo o estudo a ser realizado e concordo em participar desta pesquisa, autorizo a utilização das respostas fornecidas através do questionário e do levantamento, entendi e recebi os esclarecimentos. Declaro ainda que a minha participação será voluntaria. Entendi que posso deixar de participar a qualquer momento sem penalidade, prejuízo ou perda de qualquer benefício que possa ter adquirido. Data: / / Assinatura ________________________________________________ 33 ANEXO C – Certificado do Comitê de Ética 34 35 2df5d30a38864962542d4255575567a957352127d7ef28fe34a77ade9566315c.pdf e2e44518d08481d0dd3859c6d4ef71fde61be26a1d3aa18a60cc4f11924a239c.pdf 2df5d30a38864962542d4255575567a957352127d7ef28fe34a77ade9566315c.pdf