RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 29/08/2017. Universidade Estadual Paulista – UNESP “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais – POSMAT “Filmes de borracha natural com nanopartículas de prata e pontos quânticos” Caroline Silva Danna Orientador: Prof. Dr. Aldo Eloizo Job Presidente Prudente 2016 Caroline Silva Danna “Filmes de borracha natural com nanopartículas de prata e pontos quânticos” Tese apresentada como requisito à obtenção do título de Doutor à Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais, área de concentração de Materiais Poliméricos, Híbridos e Nano-Estruturados, sob orientação do Prof. Dr. Aldo Eloizo Job. Presidente Prudente 2016 Danna, Caroline Silva. Filme de borracha borracha natural com nanopartículas de prata e pontos quânticos / Caroline Silva Danna, 2016 110 f. : il. Orientador: Prof. Dr. Aldo Eloizo Job Tese (Doutorado)–Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências, Bauru, 2016 1. Borracha Natural. 2. Nanopartículas de Prata. 3. Pontos Quânticos. I. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências. II. Título. Dedico este trabalho á minha mãe, Cleci Catarina Silva, que mesmo estando longe geograficamente, sei que sempre está ao meu lado para tudo e para sempre. Se o caminho era este, não sei! Sei que estou bem longe de onde parti e sei bem como cheguei até aqui. O 'estranho' é que a chegada não se parece com o que imaginei. Será que passou de forma despercebida? Ou será que de tanto caminhar sonhando alonguei a medida? Mas sei que é tempo de registrar a batalha vencida. E de fato, depois de tanto e tudo, sou a mesma menina que tropeça ao caminhar apressada, olhando o horizonte que teima em se afastar. Mesmo assim, prossigo no caminho. Agora novo caminho. Vou descobrindo que há distâncias maiores e que só existe fim para quem para de sonhar! AGRADECIMENTOS  Agredeço a minha mãe, Cleci, que amo muito e que sempre me apoiou em tudo mas que também me puxou a orelha nas horas mais necessárias, e essas horas ela sabia sem nem mesmo eu falar. Acho que é coisa de Mãe!  Agradeço imensamente ao Prof. Aldo que me orientou, me aconselhou e me mostrou o caminho do amadurecimento como profissional e pessoal; agradeço por toda a confiança que depositou em mim, mesmo quando eu não tinha certeza que podia;  Agradeço aos integrantes da banca, tanto da qualificação quanto da defesa, que são Dr. Aldo E. Job (orientador), Prof. Dr. Rodrigo F. Bianchi, Dr. Dalita G. S. M. Cavalcante, Prof. Dr. Antonio H. C. Neto e Dr. Felipe S. Bellucci, assim como os suplentes o Prof. Dr. Deuber L. S. Agostini e o Prof. Dr. Elton A. P.dos Reis.  Agradeço ao Prof. Dr. Ricardo F. Aroca que me recebeu durante o período de estadia (doutorado sanduíche) na University of Windsor no Canadá;  Agradeço, de forma especial, ao Dr. Igor O. Osorio Román que durante a estadia no Canadá me ajudou com as necessidades diárias no laboratório além de colaborar com a realização de um dos capítulos desse trabalho abrindo para mim e para o grupo LTBA uma nova possibilidade de linha de pesquisa.  Agradeço a Glenda Gonçalves de Souza e extendo o agradecimento a todos que me auxiliaram na realização das técnicas de caracterização apresentadas nesse trabalho.  Agradeço a todos da Família Silva (minha família), com quem posso sempre contar e sei que são meu porto seguro;  Agradeço em especial as minhas primas, Lizandra (Mala) e Luciana (Lolo), pela amizade de sempre e por me aguentarem todo o tempo, amo vocês!  Agradeço minhas amigas (os) e companheiras (os) de vida e/ou republica Edilene, Talita (Bracho), Marcos (Tone/Vizinho), Maria Luisa (Malu), Nathália, Gabriele (Gabi), Lucas (Lulu), saibam que vocês fazem meus dias mais leves.  Agradeço as companheiras de laboratório e vida Leandra que sempre me apoiou, Dalita que me ensinou tanto sobre assuntos diversos, a Andressa que é a melhor I.C. que eu conheço, e a todos os outros com quem convivo diariamente no Morumbi e também aos que já passaram por lá desde quanto cheguei, pois a convivência com vocês é esscencial para as tomadas de decisão para o futuro;  Agradeço aos bons amigos (muchachada) de Canadá Igor, José Pedro Simão (Juca), Paulo Henrique Cardoso, Laura Carvalho de Barros, Adriana Terra e Paulo Kastrup, que fizeram do meu ano de 2014 um ano mais que especial.  Agradeço a Capes e ao CNPq/Ciência sem Fronteira pelo apoio financeiro. SUMÁRIO Capítulo 1 – Introdução ............................................................................................................. 3 Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica ............................................................................................. 6 2.1 Látex e Borracha Natural ............................................................................. 6 2.2 Nanopartículas de Prata ............................................................................... 9 2.3 Biomateriais ................................................................................................ 11 2.4 Pontos Quânticos ........................................................................................ 14 Capítulo 3 – Objetivos .............................................................................................................. 18 Capítulo 4 - Técnicas de Caracterização ................................................................................ 19 4.1 Espectroscopia de Ultravioleta Visível (UV-Vis) ....................................... 19 4.2 Espectroscopia de Infra Vermelho (FT-IR) ................................................ 23 4.2.Espectroscopia de Infravermelho modo ATR .................................... 24 4.3 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) ............................................ 25 4.4 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)............................................ 27 4.5 Testes de Citotoxicidade ............................................................................. 28 4.6 Teste de Genotoxicidade ............................................................................. 30 Capítulo 5 - Materiais e Métodos ............................................................................................. 32 5.1 Obtenção do Látex ...................................................................................... 32 5.2 Membrana de Borracha Natural ................................................................ 33 5.3 Solução de Nitrato de Prata ....................................................................... 34 5.4 Processo de Síntese e Obtenção das Membranas de BN/Ag ...................... 35 5.5 Espectroscopia de Ultra Violeta Vísivel ..................................................... 36 5.6 Escpectroscopia de Infravermelho modo ATR ........................................... 36 5.7 Microscopia Eletrônica de Varredura ........................................................ 36 5.8 Microscopia de Força Atômica .................................................................. 36 5.9 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)............................................ 36 5.10 Linhagem Celular ....................................................................................... 37 5.11 Teste de Citotoxicidade ............................................................................... 37 5.11.1 Obtenção do extrato líquido (EL) ............................................ 37 5.11.2 Ensaio MTT ............................................................................. 38 5.11.3 Contato Direto ......................................................................... 40 5.11.4 Adesão Celular ........................................................................ 41 5.12 Teste de Genotoxicidade ............................................................................. 42 5.13 Espectroscopia de Emissão Óptica acoplado a Plasma Induzido (ICP- OES) ......................................................................................................... 45 5.14 Síntese dos QDs-CdTe ................................................................................ 45 5.14.1 Preparação da Solução Tampão de Citrato/Borax ................... 45 5.14.2 Síntese dos Pontos Quânticos de Telureto de Cádmio ............ 46 5.14.3 Concentração dos QDs-CdTe .................................................. 47 5.15 Preparação dos Filmes de Borracha Natural e QDs-CdTe ....................... 47 Capítulo 6 - Resultados e Discussões ....................................................................................... 49 6.1 Caracterização das membranas de BN/Ag ................................................. 49 6.1.1 Espectroscopia de Ultravioleta Visível (UV-Vis) ..................... 49 6.1.2 Espectroscopia de Infravermelho (FT-IR) modo ATR ............. 50 6.1.3 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Análise Elementar por EDS ................................................................... 56 6.1.4 Microscopia de Força Atômica (AFM)..................................... 59 6.1.5 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) ........................... 60 6.1.6 Análise dos Extratos Líquido .................................................... 62 6.2 Avaliação da Citotoxicidade ....................................................................... 63 6.2.1 Testes de Citotoxicidade para o Filme de BN Pura .................. 63 6.2.2 Testes de Citotoxicidade para os Filmes de BN pura e BN/Ag ....................................................................................... 67 6.2.3 Contato Direto ........................................................................... 68 6.2.4 Adesão Celular .......................................................................... 71 6.3 Avaliação da Genotoxicidade ..................................................................... 73 6.4 Filmes Flexíveis Fluorescentes ................................................................... 74 6.4.1 Espectroscopia de Ultravioleta-Visível ..................................... 76 6.4.2 Espectroscopia de Fluorescência .............................................. 77 6.4.3 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Análise Elementar por Raios –X ............................................................ 78 6.4.4 Microscopia de Força Atômica (AFM)..................................... 80 Capítulo 7 – Conclusão ............................................................................................................. 82 Capítulo 8 – Perspectivas Futuras ........................................................................................... 85 Capítulo 9 – Referências Bibliográficas ................................................................................... 86 Índice de Figuras Figura 1 - Imagem ilustrativa para comparativo de escala de tamanho. [2] .......................... 3 Figura 2 - Dados do Mercado Internacional de Nanocompósitos entre os anos de 2012 a 2018. Adaptado de [5]. ..................................................................................... 4 Figura 3 - Processo de sangria da seringueira e em destaque o látex coletado. .................... 6 Figura 4 - Modelo proposto para partícula de borracha natural [22]. .................................. 7 Figura 5 - Representação esquemática da estrutura química do poli-cis-isopreno [11]. ....... 8 Figura 6 – Imagens de um sistema indutor de neoformação tecidual utilizando a borracha natural e seguimento clínico de um paciente que fez uso do material [32] ..... 9 Figura 7 - Esquema representativo de mecanismos de ação antimicrobianas da prata. Adaptado de Li et al [47]. ............................................................................... 11 Figura 8 - Exemplos de biomateriais. Em (A) pele artifical [] ; (B) prótese metálica de joelho [] ; (C) e (D) estruturas de polietileno para reconstrução auricular e implante de queixo [] ; (E) implante dentário. ................................................................ 13 Figura 9 - Infográfico sobre as etapas para a criação de um biomaterial [Adaptado de ]. . 14 Figura 10 - (a) Estrutura representativa para um quantum dot; (b) distintas soluções de quantum dots; (c) quantum dots em estado sólido[67, 68]. ........................... 16 Figura 11 –Esquema ilustrativo para relação entre o tamanho de nanopartícula e comprimento de onda de emissão. [67, 68 e 69] ............................................ 17 Figura 12 - Representação da oscilação da nuvem eletrônica da nanopartícula interagindo com um campo elétrico externo. ..................................................................... 19 Figura 13 - Esquema geral de um espectrofotômetro. ........................................................... 21 Figura 14 - Equação para a intensidade da absorbância. .................................................... 21 Figura 15 - Representação da atenuação do feixe incidente após interação com a amostra. ......................................................................................................................... 22 Figura 16 - Equação da Lei de Beer. ..................................................................................... 22 Figura 17 - Quadro de frequências na região do espectro de infravermelho. Fonte: https://www2.chemistry.msu.edu/faculty/reusch/VirtTxtJml/Spectrpy/InfraRed/ infrared.htm [59]. ........................................................................................... 24 Figura 18 - Esquema ilustrativo da emissão de raios-X [62]. ............................................... 26 Figura 19 - Princípio de funcionamento do equipamento de microscopia eletrônica de varredura (MEV). ........................................................................................... 27 Figura 20 - Esquema Ilustrativo de um Equipamento de DSC. ............................................. 27 Figura 21 - Imagem mostrando o processo de sangria para a coleta de látex. Local: Fazenda Indiana. ............................................................................................ 33 Figura 22 - Látex em placa de Petri antes e depois do processo de secagem. ...................... 34 Figura 23 - Membranas de BN pura e BN/Ag nos diferentes tempos de redução. ................ 35 Figura 24 - Esquema do teste de MTT. .................................................................................. 39 Figura 25 - Equema do processo de fixação das células sobre os filmes. ............................. 42 Figura 26 - Esquema ilustrativo do ensaio de cometa. .......................................................... 44 Figura 27 - Soluções de QDs-CaTe (a) sem incidência de luz UV; (b) com incidência de luz UV. As soluções estão dispostas em ordem crescente de tempo de síntese. ... 47 Figura 28 - Ilustração do processo de preparação do filme de BN/QDs. ............................. 48 Figura 29 - Espectros de UV-Vis para os filmes de borracha natural e prata. ..................... 50 Figura 30 - Espectros de FT-IR para os filmes de borracha natural pura e com nanopartículas de prata nos diferentes tempos de redução. .......................... 51 Figura 31 - Espectros FT-IR/ATR para os filmes de BN pura e BN/Ag nos diferentes tempos de redução. Estudo da região entre 4000 cm -1 a 2000 cm -1 . .......................... 53 Figura 32 - Espectros FT-IR/ATR para os filmes de BN pura e BN/Ag nos diferentes tempos de redução. Estudo da região entre 1600 cm -1 a 800 cm -1 . ............................ 54 Figura 33 - Esquema de um possível modelo de reação para a formação de AgNPs no filme de BN. .............................................................................................................. 55 Figura 34 - Imagem de microscopia eletrônica de varredura (MEV) para o filme de borracha natural pura (a) formada pelos elétrons secundários (SE) e (b) formada pelos elétrons retroespalhados (backscattering electron) BSE.. ..... 56 Figura 35 - (a) gráfico da análise elementar e (b) tabela de porcentagens e atribuições dos picos obtidos para o filme de BN pura. .......................................................... 57 Figura 36 – Imagem de microscopia eletrônica de varredura (MEV) para o filme BN/Ag 120’. ................................................................................................................ 58 Figura 37 - Imagens de Microscopia de Força Atômica (AFM) para os filmes de BN pura, BN/Ag30', BN/Ag60', BN/Ag90' e BN/Ag120'. ................................................ 59 Figura 38 - Comparativo entre as curvas de DSC para os filmes de BN pura e BN/Ag nos diferentes tempos de redução. ......................................................................... 61 Figura 39 – Resultados das análises dos extratos líquidos por Espectroscopia de Emissão Óptica acoplado a Plasma Induzido (ICP). .................................................... 62 Figura 40- Viabilidade celular da linhagem CCD 1059sK para o extrato líquido com BN pura em meio de cultura. ................................................................................ 64 Figura 41 - Comparativo visual para as células CCD 1059 sK expostas ao extrato com meio de cultura, no início do experimento (a), (c) e (e); e depois de transcorrido o período de 24 horas (b), (d) e (f). ................................................................... 65 Figura 42 - Viabilidade celular da linhagem CCD 1059 sK para o extrato de BN pura em água................................................................................................................. 66 Figura 43 - Comparativo visual para as células expostas ao extrato com água, no início do experimento (a) e (c) e depois de transcorrido o período de 24 horas (b) e (d). ......................................................................................................................... 67 Figura 44 - Gráfico da porcentagem de viabilidade celular para os extratos obtidos para os filmes de BN pura, BN/Ag30', BN/Ag60', BN/Ag90' e BN/Ag120'. ................. 68 Figura 45 - Foto da medida dos halos, com o auxilio de uma régua milimétrica em todas as condições- testes. ............................................................................................ 69 Figura 46 - Imagens das células visualizadas através de microscópio óptico no aumento de 100X, para todas as condições testadas. ........................................................ 70 Figura 47 - Imagens de MEV para o fillme de BN (A) sem células aderidas e (B) com as células aderidas na superfície. ....................................................................... 71 Figura 48 - Imagens de MEV em diferentes magnitudes para as distintas amotras com células aderidas na superfície. ....................................................................... 72 Figura 49 – Teste do Cometa para os filmes de BN e BN/Ag nos diferentes tempos de redução. Na parte superior do gráfico se pode observer as imagens do cometa para o controle positive (a); controle negativo (b); para o filme de BN pura (c) e a BN/Ag120’ (d). ..................................................................................... 73 Figura 50 - Mistura do látex com solução de QDs. As placas estão dispostas de forma crescente de acordo com o tempo de síntese dos QDs. .................................. 75 Figura 51 - Filmes de BN/QDs-CdTe após o tempo de secagem (a) luz ambiente, e (b) iluminadas com lâmpada UV. ......................................................................... 75 Figura 52 - Espectroscopia UV-Vis para os filmes de BN pura e para as diferentes membranas de BN/QD. Inset: imagem das membranas com e sem a incidência de luz ultravioleta. .......................................................................................... 76 Figura 53 - Espectro de fluorescência dos filmes BN/DQ2, BN/QD3 e BN/QD4. Linha de excitação 514 nm. ........................................................................................... 77 Figura 54 - Imagem de MEV para a membrana de BN/QD. ................................................. 78 Figura 55 – Imagem de microscopia de transmissão eletrônica (TEM) da solução de DQs. [96] ................................................................................................................. 80 Figura 56 - Imagens de AFM pra os filmes de BN Pura e BN/QD1, BN/AD2, BN/QD3 e BN/QD4........................................................................................................... 81 Índice de Tabelas Tabela I - Classificação dos Danos ao DNA. [85] ............................................................... 31 Tabela II - Grau de citotoxicidade baseado no tamanho do halo observado macroscopicamente......................................................................................... 41 Tabela III - Grau de citotoxicidade baseado no nas condições observadas microscopicamente das células....................................................................... 41 Tabela IV - Assignação para os filmes de BN e BN/Ag. ........................................................ 52 Tabela V - Valores para a análise elementar da membrana de BN/Ag120'. ......................... 58 Tabela VI - Valores em cm do tamanho dos halos encotrados entre as células e as membranas testadas e a classificação de citotoxicidade correspondente baseada na ISO 10993/2009. .......................................................................... 69 Tabela VII - Resultado das observações microscópicas das células em todas as condições experimentais, baseado na classificação de grau de citotoxidade da ISO 10993/2009. .................................................................................................... 70 Tabela VIII - Resultado da análise elementar do filme BNQD4. .......................................... 79 i DANNA, Caroline Silva. Filmes de borracha natural com nanopartículas de prata e pontos.quânticos. 2016. Tese (Ciências e Tecnologia de Materiais) – UNESP, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, 2016. RESUMO Filmes de borracha natural (BN), fabricadas a partir do látex da seringueira Hevea braziliensis, foram utilizadas neste trabalho como substratos ativos para a obtenção de nanopartículas de prata (AgNPs) e como substrato inativo para nanopartículas semi- condutoras fluorescentes, os pontos quânticos ou quantum dots (QDs). O filme de BN agiu como um reator para a síntese das AgNPs, sendo ele o agende redutor, estabilizador e substratos destas. A síntese pode ter ocorrido devido a interação de amidas, provenientes das proteínas presentes no látex, com os íons prata, provenientes da dissociação do nitrato de prata (AgNO3) em água, dando origem à um processo de síntese verde de nanopartículas (NP). O processo de síntese foi realizado por imersão dos filmes de BN na solução de AgNO3 por diferentes tempos, sendo os filmes obtidos após este processo denominados filmes de BN/Ag com distintas concentrações de AgNPs, sendo estas com formato esférico e tamanho variando entre 25 nm a 60 nm. Estudos de citotoxicidade e genotoxicidade in vitro, foram realizados utilizando as linhagens celulares CCD 1059 sk (fibroblasto humano normal) e CHO K1 (fibroblasto de ovário de hamster) e a avaliação dos resultados destes ensaios demonstram que os filmes, tanto de BN e de BN/Ag, não geram danos ao metabolismo celular para as linhagens estudadas e também não se observou dano ao DNA de tais células. Ainda neste trabalho foi obtido filmes flexíveis fluorescentes devido a mistura líquido- líquido do látex de borracha natrual com a solução de QDs de Telureto de Cádmio; após o processo de secagem obteve-se um filme flexível fluorescente com emissão em diferentes comprimentos de onda do espectro vísivel sendo que as amostras em estado sólido apresentam emissão de igual comprimento de onda das soluções de QDs, demostrando assim a boa miscibilidade entre os dois materiais, podendo então a BN ser aplicada como substrato inerte para tais nanopartículas a fim de se obter um filme flexível fluorescente. Palavras-chave: borracha natural, nanopartículas de prata, síntese verde de nanopartículas, citotoxicidade, pontos quânticos, quantum dots Cd/Te, filme flexível fluorescente. ii ABSTRACT Natural rubber films (NR), made from latex of Hevea brasiliensis, were used in this study as active substrates to obtain silver nanoparticles (AgNPs) and as inactive substrate for fluorescent semi-conductor nanoparticles, quantum dots (QDs). The NR film plays as a reactor, reduce agent, stabilizer and substrate for AgNPs synthesis. The synthesis may be due to interaction amides derived from proteins present in latex, with the silver ions from the dissociation of silver nitrate (AgNO3) in water giving rise to a process of green synthesis of nanoparticles (NP). The synthesis process was carried out by immersing the BN film on AgNO3 solution for different times, and the films obtained after this process called BN films/Ag with different concentrations of AgNPS, which are spherical shape and size between 25 nm 60 nm. Cytotoxicity and genotoxicity studies in vitro were performed using the cell line CCD 1059 sk (normal human fibroblast) and CHO-K1 (hamster ovary fibroblast) the results of these assays demonstrate that films, BN and BN/Ag, do not generate damage to cell linage metabolism and also there was no damage to the DNA of these cells. Still, in this work, was obtained flexible fluorescent films from liquid-liquid mixture between the natrual rubber latex and QDs solution; after the drying process there was obtained a fluorescent flexible film and those emissions can be observed for different wavelengths in the visible spectrum while the samples in the solid state, exhibit same the emission of QDs solutions, thus demonstrating the good miscibility between the two materials, then the BN may be applied as inert substrate for this nanoparticles in order to obtain a flexible fluorescent film. Key-words: natural rubber, silver nanoparticles, green synthesis of nanoparticles, cytotoxicity studies, Cd/Te quantum dots, flexible fluorescent films. 3 Capítulo 1 – Introdução 1.1 Introdução A nanotecnologia utiliza de materiais e/ou dispositivos onde pelo menos um dos manteriais está em escala nanométrica, ou seja, de materiais que variam de 0,1 até 100 nanômetros de tamanho; é uma ciência multidisciplinar que envolve diferentes ramos de pesquisa, como a Física, Química, Biologia, Medicina e Engenharia [1,2]. Na Figura 1 é possível observar a ilustração de uma escala comparativa entre tamanhos de algumas estruturas que apresentam dimensões de 0,1 nm como os átomos de silício e uma espécie de formiga que apresenta dimensões na escala de centímetros. Figura 1 - Imagem ilustrativa para comparativo de escala de tamanho. [2] O conceito de Nanotecnologia tem sua origem no século XX, com Richard Feynman, que tratava da importância de materiais em escala atômica, e este conceito pode ter sido o precursor para estudos de desenvolvimento de equipamentos com precisão atômica para que os materiais manométricos pudessem ser mais bem conhecidos [3]. Assim, com o desenvolvimento e domínio das técnicas de produção e caracterização de nanomateriais cada vez mais se pode controlar, de forma precisa, a morfologia das nanoestruturas dando assim melhor direcionamento para aplicações em variados campos da ciência; a possibilidade de 4 “ver” as estruturas nanométricas possibilita que essas sejam mescladas com estruturas macrométricas para gerar novos materiais, que são chamados nanocompósitos. Um material denominado compósito é uma classe de materiais que apresentam ao menos duas fases, sendo uma das fases contínuas, a matriz, e a outra dispersa. As propriedades das fases conjuntas se diferem das propriedades de cada fase individual, e esse fato faz do compósito um material singular, assim quando uma das fases do compósito está em escala nanométrica, este compósito é denominado nanocompósito e apresenta forte crescimento no cenário industrial, principalmente, devido às propriedades mecânicas á ele associados, tais como leveza e resistência á aplicação de altas cargas. Como exemplo, podemos citar a utilização de um nanocompósito, tendo plástico como matriz polimérica e fibras de carbono como agente reforçador, utilizado na fabricação da parte exterior da BMW I3[4]. A produção de nanocompósitos poliméricos nos dias de hoje ultrapassa a produção de alumínio, cobre e todos os compósitos não-ferrosos [5] sendo que em 2105 a produção chegou próximo a seiscentos milhões de toneladas e estima-se que a receita gerada seja superior à 3 bilhões de dólares americanos[5], essas informações e a estimativa de produção e receita gerada até o ano de 2018 está apresentada na Figura 2. Figura 2 - Dados do Mercado Internacional de Nanocompósitos entre os anos de 2012 a 2018. Adaptado de [5]. 5 Nanocompósitos com uma das fases sendo nanopartículas, em especial as metálicas e a outra fase polimérica, recebem atenção diferenciada devido a gama de possíveis aplicações como, sensores de vários tipos [6, 7] à aplicações biológicas [8, 9] como por exemplo a utlização de nanopartículas de ouro e prata para fabricação de um biossensor ultrasensível para identificação de DNA em soluções de baixa concentração [10]. Os materiais poliméricos também empregados em pesquisas nas áreas que englobam a nanotecnologia como matriz para as nanoestruturas [11, 12] como por exemplo a utilização da borracha natural como agente redutor para nanopartículas de ouro [11] ou matriz para sistema controlado de liberação da nanopartículas de prata (AgNPs) [13] e também a utilização do látex para a obtenção de coloides de prata [14] não sendo necessário a utilização de outros agentes redutores, isso faz da borracha natural um material promissor para essa área de aplicação. A borracha natural é um polímero obtido da seiva da árvore da espécie Hevea braziliensis, mais conhecida como seringueira e os produtos fabricados usando este polímero como matéria-prima atingem um mercado amplamente diversificado que vão desde artefatos de uso hospitalar (luvas cirúrgicas, cateteres, garrotes, próteses entre outros); de uso na indústria da moda (tecidos impermeáveis, elásticos para diversos usos, etc.) [15, 16]; indústria automobilística (piso antiestático [17], pneus, coxins, câmara de ar, etc.). Algumas das características que fazem deste polímero indispensável no cenário industrial atual são: a alta elasticidade, flexibilidade, resistência à abrasão e corrosão, impermeabilidade, e também pode ser considerado um material de baixo custo e de fácil aquisição. Visto as inúmeras possibilidades de aplicação de tal polímero, este foi utilizado na obtenção dos filmes obtidos e estudados neste trabalho dando origem há dois diferentes nanocompósitos poliméricos, um com nanopartículas metálicas de prata que foi utilizado para estudos biologicos e outro com nanopartículas semicondutoras fluorescentes para obtenção de um filme flexivel fluorescente. 82 Capítulo 7 – Conclusão Para o trabalho apresentado foi realizado um estudo bibliográfico englobando os temas nele abordado, tais como látex, borracha natural e suas aplicações diversas, avaliações e citotoxicidade e biomateriais, filmes fluorescentes flexíveis, quantum dots e aplicações. O filme de borracha natural age como substrato ativo no processo de síntese de nanopartículas de prata podendo ser considerada um reator para a reação química de formação destas. A presença das nanopartículas metálicas de prata no filme de BN é confirmada por espectroscopia de Ultravioleta Visível, devido o aparecimento de uma banda simétrica, referente ao plasmon de superfície dessas partículas, essa banda, centrada em 430 nm é um indicatico característico deste metal em específico. É possível observar também que o valor máximo da absorbância para as bandas de cada filme se desloca para maiores comprimentos de onda, indicando crescimento de partícula, então todo o processo de nucleação, crescimento e estabilização da nanopartícula ocorre na estrutura do filme, ficando este “impregnado” com as nanopartículas metálicas, assim podemos concluir que as AgNPs se formam no filme de BN e todo o processo de crescimento acontece nele. Com o auxilio da Espectroscopia de Infravermelho foi possível observar algumas mudanças estruturais no filme, o que nos leva a propor um mecanismo de como as AgNPs estão se formando na matriz polimérica. Algumas bandas, (1654 cm -1 , 1445 cm -1 , 1374 cm -1 , 1307 cm -1 e 1240 cm -1 ), relacionadas ao grupamento funcional amida (R-CO-NR2) , ligada às proteínas presente na borracha natural, sofrem diminuição de intensidade, sendo este um indicativo do desaparecimento de tais grupos com o transcorrer do tempo de síntese e portanto de formação de nanopartículas. Por outro lado, é possível notar o apareciemtno de uma banda em 1515 cm -1 que aumenta de intensidade a medida que o tempo de redução aumenta, essa banda é 83 caracteristica do grupamento amina (R2-NH) e seu aparecimento é diretamente ligada ao aparecimento deste grupo funcional, que seria um dos possíveis produtos de reação entre o grupo amida e íons de prata (Ag + ); portanto sobre o ponto de vista químico, podemos associar estes grupos como responsáveis pelo processo de redução do íon prata (Ag + ) em prata metálita (Ag 0 ) no filme de borracha natural. Analisando as imagens obtidas com o microscópio eletrônico de varredura (MEV) foi possível demonstrar a presença das AgNPs na estrutura do filme de BN, e estimar o tamanho das mesmas, que ficam em torno de 25 nm a 60 nm e a análise elementar por EDS confirma a identidade dessas NPs como sendo de prata. A presença dessas nanopatículas na estrutura do filme gera modificações em sua superficie, diminuindo a rugosidade da mesma, comprovada nas imagens obtidas por microscopia de força atômica (AFM), e com isso podemos propor que as AgNPs se formam na estutura do filme ocupando suas irregularidades superficiais. A análise térmica, realizada por DSC, mostra que o processo de síntese, que é realizado em solução de nitrato de prata à temperatura de 80°C não gera danos à estrutura da borracha natural, uma vez que o valor para a transição vítrea se mantém inalterado mesmo após o maior tempo de síntese que é de duas horas. Para a avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade foram obtidos extratos líquidos para os diferentes filmes obtidos com AgNPs, ou seja, os filmes foram colocadas em meio líquido para se conhercer se essas eram capazes de liberar prata para tal líquido; a análise desses extrato foi realizada com o auxilio da técnica de Espectroscopia de Emissão Óptica acoplado a Plasma Induzido (ICP-OES), onde de pode identificar que apenas os filmes de BN/Ag30’ e BN/Ag60’ são capazes de liberar prata em solução, no entanto essas quantidades são baixas, em torno de 0.17 g/mL e 0.08 g/mL respectivamente; os filmes que foram obtidas com maiores tempos de redução, BN/Ag90’ e BN/Ag120’ não liberaram e/ou a 84 liberação de prata ficou abaixo do limite de detecção do equipamento que é de 0.029 g/mL. Em relação aos testes de citotoxicidade foi possível verificar que os extratos líquidos, utilizando o meio de cultura como veículo extrator, e a membrana de BN pura como material sólido, são citotóxicos para as linhagem celular estudada, resultado este que condiz com o apresentado na literatura. Assim, o veículo extrator utilizado foi a água, uma vez que este não gera danos metabólicos às células utilizadas; os resultados utilizando água como veículo extrator, e as membranas de BN pura e BN/Ag nos diferentes tempos de redução, não apresentam citotoxicidade, para a linhagem celular estudada. Assim pode-se concluir que as membranas de BN pura e com diferentes concentrações de prata, BN/Ag30’, BN/Ag60’, BN/Ag90’ e BN/Ag120’, não são citotóxicas, apresentando viabilidade celular acima dos 70%. A avaliação da citotoxicidade por MTT foi complementada com as análises de contato direto e adesão celular que ao se observar os resultados se confirma a não citotoxicidade dos filmes de BN e BN/Ag. Os testes de danos ao DNA, mostrou que as membranas contento AgNPs também não são passivas de causar danos ao código genético das linhagens celulares estudadas, podendo- se então concluir que esse material também não é genotoxico. Já em relação às membranas flexíveis fluorescentes, os resultados apresentados referem-se a um estudo inicial sobre a possibilidade de aplicação de látex de borracha natural para a formação de um substrato flexível para os QDs, uma vez que ao se agregar uma solução de QDs ao látex suas propriedades fluorecêntes são mantidas. Assim, levando em consideração os resultados apresentados, pôde-se concluir que a incorporação dos quantum dots na matriz polimérica flexível de borracha natural, foi possível e que a morfologia do filme não é afetada, gerando então um filme flexível fluorescente. 86 Capítulo 9 – Referências Bibliográficas [1] BIJU, V. et al. Semiconductor quantum dots and metal nanoparticles: syntheses, optical properties, and biological applications. 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