UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA
CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA
LUAN DIONNES KAIBER MOREIRA
VARIAÇÃO GENOTÍPICA E APLICAÇÃO DE GLIFOSATO EM CANA DE
AÇÚCAR: efeito hormesis na fotossíntese, crescimento e maturação
Ilha Solteira
2022
LUAN DIONNES KAIBER MOREIRA
VARIAÇÃO GENOTÍPICA E APLICAÇÃO DE GLIFOSATO EM CANA
DE AÇÚCAR: efeito hormesis na fotossíntese, crescimento e
maturação
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp,
Câmpus de Ilha Solteira, como parte das
exigências para a obtenção do título de
Mestre em Agronomia (Sistema de
Produção).
Prof. Dr. Enes Furlani Junior
Orientador
Ilha Solteira
2022
MOREIRA VARIAÇÃO GENOTÍPICA E APLICAÇÃO DE GLIFOSATO EM CANA DE AÇÚCARefeito hormesis na fotossíntese, crescimento e maturaçãoIlha Solteira2022 38 Sim Dissertação (mestrado)Engenharia AgronômicaSistema de ProduçãoNão
.
.
FICHA CATALOGRÁFICA
Desenvolvido pelo Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação
Moreira, Luan Dionnes Kaiber.
Variação genotípica e aplicação de glifosato em cana de açúcar: efeito
hormesis na fotossíntese, crescimento e maturação / Luan Dionnes Kaiber
Moreira. -- Ilha Solteira: [s.n.], 2022
38 f. : il.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de
Engenharia de Ilha Solteira. Área de conhecimento: Sistema de Produção, 2022
Orientador: Enes Furlani Junior
Inclui bibliografia
1. Saccharum spp. 2. Variedade. 3. Fisiologia vegetal. 4. Biomassa. 5.
Sacarose.
M838v
DEDICATÓRIA
A toda minha família e amigos, por todo o amor e apoio.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por sempre estar presente na minha vida, e a
minha família, em especial minha mãe Roseli Salete Kaiber e ao meu pai José Moreira
da Silva, que não se faz presente fisicamente, mas que está em todas minhas
memórias. A minha irmã Raissa Kaiber Moreira e meus sobrinhos Fabrycio Augusto e
Rhaí Luccas, aos meus avós maternos Leticia Berton Kaiber e Adelmo Antônio Kaiber,
que sempre estiveram presente na minha vida e que fazem de exemplo de humildade
e sabedoria.
Ao Prof. Dr. Enes Furlani Junior, pela orientação e apoio a condução desse
projeto.
A todos os professores e técnicos da UNESP campus de Ilha de Solteira que
colaboraram de alguma forma, para que todo o trabalho fosse concluído com êxito.
Em especial aos professores Dr. Marcelo C. Minhoto Teixeira Filho e Dr. Marco
Eustáquio de Sá pelas contribuições na banca de qualificação. Também a todos os
professores e convidados que ministraram aulas no programa de pós-graduação, em
especial ao Professor Dr. André Reis e o Professor Dr. Paulo Teodoro pelas
magníficas aulas ministradas no programa, com certeza foram de grande valia para
meu crescimento profissional.
A todas aquelas amizades que foram criadas no programa de pós-graduação,
em especial à Andressa Melo e Lucymara Contardi.
A todos meus amigos consultores que foram pessoas muito importante na
minha formação profissional, em especial ao Prof. Dr. Antônio Gheller, Prof. Dr. José
Orlando Filho e o Prof. Dr. Newton Macedo, dos quais foram as pessoas que me
puderam transmitir todo conhecimento com paciência e sabedoria como verdadeiros
mestres, é uma honra poder tê-los presentes na minha formação, carrego comigo
todos os ensinamentos e os transmitirei sempre com maestria, assim como foi me
passado.
À Usina Vale do Paraná pelo apoio e incentivo a condução desse trabalho em
suas instalações. E de forma especial a todos os colaboradores do time de Agronomia
que me apoiaram com o projeto.
RESUMO
A cana-de-açúcar é uma das culturas mais importantes para o desenvolvimento
sustentável e econômico do Brasil, tanto pela produção de açúcar, etanol e energia
limpa. A aplicação de subdoses de glifosato nos estágios iniciais de desenvolvimento
da cultura pode ter efeito estimulante, chamado de hormesis. O presente estudo teve
como objetivo calibrar a dose hormética em função da variedade de cana-de-açúcar.
Além disso, objetivou-se caracterizar o efeito estimulante do glifosato na fisiologia,
crescimento e maturação da cana-de-açúcar. O estudo foi realizado com as
variedades RB92 579, RB86 7515 e RB96 6928. Os tratamentos com glifosato foram
com as seguintes doses: 0,0; 1,2; 1,8; 3,6; 10,8; 43,2 g.e.a ha-1. O delineamento
estatístico utilizado no experimento foi um delineamento inteiramente casualizados
em esquema fatorial 3 x 6, contendo 5 repetições por tratamento. Os parâmetros
avaliados foram: a taxa fotossintética líquida (A), transpiração (E), condutância
estomática (Gs), concentração interna de CO2 (Ci), índice SPAD, fluorescência
variável (Fv), fluorescência máxima (Fm), fluorescência inicial (Fo), eficiência
intrínseca do fotossistema II (Fv/Fo), máximo rendimento quântico do fotossistema II
(Fv/Fm), biomassa seca e análises tecnológicas (Açúcares totais recuperáveis (ATR),
Açúcar redutores da cana (AR), Pureza do caldo, Brix do caldo, Fibra, Pol% cana). As
variedades de cana de açúcar mostraram interação entre Variedade (V) x Dose (D)
para as variáveis E, gs e A. Os parâmetros avaliados de SPAD e fluorescência
mostraram que não houve efeito significativo para a interação de Variedade (V) x Dose
(D) nas variáveis de SPAD e Fo. O acúmulo de biomassa na variedade RB86 7515
mostrou diferença na dose de 1,8 g.e.a ha-1 comparando com a variedade RB92 579,
e para dose de 3,6 g.e.a ha-1 a variedade RB96 6928 se mostrou superior a RB92
579. Doses acima de 10,8 g.e.a ha-1 não se observou diferenças entre as variedades
de cana. Em resposta a variável ATR a dose de 1,8 g.e.a ha-1 mostrou que a
variedade RB96 6928 teve um desempenho superior a RB86 7515, e a dose de 3,6
g.e.a ha-1 a variedade RB92 579 mostrou um desempenho positivo e similar a
variedade RB96 6928.
Palavras-chave: Saccharum spp., variedade, fisiologia vegetal, biomassa, sacarose.
ABSTRACT
Sugar cane is one of the most important crops for the sustainable and economic
development in Brazil, both for the production of sugar, ethanol and clean energy. The
application of sub-doses of glyphosate in the early stages of crop development can
have a stimulant effect, called hormesis. The present study aimed to calibrate the
hormetic dose as a function of the variety of sugar cane. Furthermore, the objective
was to characterize the stimulating effect of glyphosate on the physiology, growth and
maturation of sugar cane. The study was carried out with the varieties RB92 579, RB86
7515 and RB96 6928. The treatments with glyphosate were at the following doses: 0.0;
1.2; 1.8; 3.6; 10.8; 43.2 g.e.a ha-1. The statistical design used in the experiment was
completely randomized design in factorial scheme 3 x 6, containing 5 replications per
treatment. The parameters evaluated were: net photosynthetic rate (A), transpiration
rate (E), stomatal conductance (Gs), intercellular CO2 concentration (Ci), SPAD index,
variable fluorescence (Fv), maximum fluorescence (Fm), initial fluorescence (Fo),
intrinsic efficiency of photosystem II (Fv/Fo), maximum quantum yield of photosystem
II (Fv/Fm), dry biomass and technological analyzes (Total Recoverable Sugars (ATR),
Reducing sugars (AR), Juice Purity, Juice Brix, Fiber, Pol%). The sugarcane varieties
showed an interaction between Variety (V) x Dose (D) for the variables E, gs and A.
The evaluated parameters of SPAD and fluorescence showed that there was no
significant effect for the interaction of Variety (V) x Dose (D) in the variables of SPAD
and Fo. The accumulation of biomass in the variety RB86 7515 showed a difference
in the dose of 1.8 g.e.a ha-1 compared to the variety RB92 579, and for the dose of
3.6 g.e.a ha-1 the variety RB96 6928 was superior to RB92 579. Doses above 10.8
g.e.a ha-1, no differences were observed between the sugarcane varieties. In
response to the variable ATR the dose of 1.8 g.e.a ha-1 showed that the variety RB96
6928 had a superior performance to RB86 7515, and the dose of 3.6 g.e.a ha-1 the
variety RB92 579 showed a positive and similar performance. the RB96 6928 variety.
Keywords: Saccharum spp., variety, plant physiology, biomass, sucrose.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 9
2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 11
1.1 A CANA DE AÇÚCAR .................................................................................... 11
1.2 VARIEDADES DE CANA DE AÇÚCAR ......................................................... 12
1.3 AÇÃO DO GLIFOSATO .................................................................................. 13
1.4 EFEITO HORMÉTICO NA FOTOSSÍNTESE ................................................ 14
1.5 EFEITO HORMÉTICO NA PRODUTIVIDADE .............................................. 15
3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 16
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL .......... 16
3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS .............................. 17
3.3 MATÉRIA FRESCA E MATÉRIA SECA ........................................................ 18
3.4 ÍNDICE SPAD ................................................................................................. 18
3.5 ANÁLISE DE TROCAS GASOSAS E ANÁLISE DA FLORESCÊNCIA DA
CLOROFILA A ........................................................................................................... 18
3.6 AVALIAÇÕES TECNOLÓGICAS ................................................................... 19
3.6.1 Açúcar total recuperável (ATR) ............................................................ 19
3.6.2 Açúcares redutores da cana (AR) ........................................................ 20
3.6.3 Pureza do caldo e Brix do caldo .......................................................... 20
3.6.4 Fibra ......................................................................................................... 20
3.6.5 Pol% cana ................................................................................................ 20
3.7 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ........................................................................... 21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 22
5 CONCLUSÕES ............................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 34
9
1 INTRODUÇÃO
A demanda global por biocombustíveis, açúcar e energia tem crescido mais a
cada década, e neste contexto, a cana-de-açúcar tem se destacado como a cultura
mais promissora do Brasil para atender tais demandas, sendo o Brasil o país mais
importante neste cenário (BERNARDO, 2019). Existem três caminhos para avançar o
setor sucroenergético: a expansão de área cultivada; o aumento da produtividade e
aumento de açúcar produzido nos canaviais (ELOBEID, 2019). A região Centro-sul do
Brasil representou 93% da produção nacional na safra de 2015-2016, atingindo uma
produtividade de 80 toneladas por hectare (CONAB, 2017), sendo que algumas
estimativas têm mostrado que a produtividade em 2024/25 estará entre 74 e 82
toneladas/ha (CONAB, 2017). No entanto, para que esta projeção seja atingida, existe
um grande desafio a ser vencido, pois a expansão de área de cana-de-açúcar tende
a migrar para o Cerrado brasileiro, onde o ambiente de produção é limitante,tendo em
vista suas características de baixa fertilidade do solo e restrições climáticas
(BORDONAL, 2018).
Portanto, para atender o aumento da demanda global por açúcar e
biocombustível, torna-se necessário aumentar a produtividade de açúcar por hectare,
de modo a compensar a possível queda ou estabilização da produção de cana por
hectare. Para isso, é imprescindível fazer uso de ferramentas ou tecnologias, tais
como maturadores que estimulam a cana de açúcar a acumular sacarose nos colmos.
Nesse contexto, existem diferentes herbicidas que são utilizados para maturar a cana-
de-açúcar, dentre eles, o glifosato, 2,4-D, paraquat, e.g (DALLEY; RICHARD, 2010).
O princípio dos maturadores químicos é o que se conceitua como “hormesis”, que é a
aplicação de subdoses de herbicidas para estimular o crescimento das plantas, e os
desempenhos fisiológico e enzimático (BELZ; DUKE, 2014; BRITO, 2018).
O glifosato é um dos herbicidas mais usados para estimular o crescimento e a
fisiologia das plantas, sendo que seu mecanismo de ação como efeito hormonal não
é claramente compreendido, mas pode estar parcialmente associado ao local de ação
do herbicida, uma vez que esse efeito não é observado em plantas resistentes ao
glifosato (CEDERGREEN; OLESEN, 2010).
Na literatura existem diversos trabalhos que demostram efeitos benéficos da
aplicação hormética de glifosato em cana-de-açúcar (JALAL, 2021; NASCENTES,
2018; PINCELLI-SOUZA, 2020), tais como estímulo da assimilação de CO2,
10
transpiração, condutância estomática (DE MORAES, 2020), transporte de elétrons no
fotossistema das plantas (SILVA, 2016), bem como aumento de massa seca
(NASCENTES, 2017), produtividade, teor de sacarose e absorção de transporte de
fósforo (PINCELLI-SOUZA, 2020).
Embora diversos estudos tenham demonstrado os benefícios das aplicações
horméticas de glifosato na cultura da cana de açúcar, é imprescindível salientar que a
calibração da dose-resposta ainda não está bem definida, tendo em vista que a dose
hormética é diferente em função da variação genotípica existente. Dessa forma,
demonstra a importância da realização de estudos complementares objetivando a
calibração da dose hormética de glifosato a ser utilizada em razão da variedade
empregada.
Poucos trabalhos demonstraram um estudo de dose-resposta em variedades
de cana-de-açúcar. A hipótese a ser testada é que a dose hormética de glifosato é
diferente para cada variedade e que o glifosato estimula a fisiologia, crescimento e
maturação da cana de açúcar. O presente estudo teve como objetivo calibrar a dose
hormética em função da variedade de cana-de-açúcar. Além disso, objetivou-se
caracterizar o efeito estimulante do glifosato na fisiologia, crescimento e maturação
da cana-de-açúcar.
11
2 REVISÃO DE LITERATURA
1.1 A CANA DE AÇÚCAR
A cana-de-açúcar é uma planta pertencente à família Poaceae e da classe
monocotiledônea. As principais espécies surgiram na Oceania e na Ásia, nos países
de Nova Guiné, Índia e China (SANTOS, 2015). É uma cultura perene cujo
metabolismo C4 a torna muito eficiente na conversão de carbono. Se destaca por sua
alta produtividade em comparação a outras culturas, sendo a principal matéria-prima
para a produção de açúcar (BORÉM, 2015).
A cana-de-açúcar se consolidou como uma das culturas mais importantes do
mundo e em especial para o Brasil, devido ao valor agregado que é dado aos produtos
gerados através do seu cultivo, tais como o açúcar, etanol e energia. Ao longo das
fases de desenvolvimento da cultura, períodos de estiagem são comuns, onde a
planta passa por estresse, consequentemente causando efeitos prejudiciais ao
crescimento das plantas (FONSECA, 2022).
O Brasil possui políticas de estado como a Política Nacional de Biocombustíveis
(RenovaBio), instituída pela Lei 13.576/2017, que tem como objetivo aumentar a
participação dos biocombustíveis na matriz energética do país, baseado na
sustentabilidade econômica, ambiental e social, consequentemente reduzindo as
emissões de gases de efeito estufa, levando em consideração os compromissos
assumidos pelo Brasil na Conferência do Clima, em Paris. (RENOVABIO, 2022).
Nos últimos anos observou-se que a produção de cana de açúcar no Brasil tem
sofrido perdas do seu potencial produtivo, motivadas principalmente pelas alterações
climáticas, as quais afetamsuas regiões produtoras, tais como geadas, periódos de
estiagem, dentre outros. Desta forma, as regiões de maior produção do país, como o
centro sul, recentemente foram as mais afetadas, tendo-se estimado perdas de
aproximadamente 13% abaixo da safra anterior de 2020/21 (CONAB, 2021).
O ciclo de desenvolvimento da cana de açúcar se divide em diferentes fases,
como: plantio, brotação, perfilhamento, crescimento da parte aérea, florescimento,
maturação. O plantio se pode dar em diferentes épocas do ano, sendo que aquele que
ocorre de janeiro a abril é conhecido como cana de ano e meio (18 meses); o plantio
que ocorre entre os meses de maio a julho é conhecido com cana de inverno (INV) e
12
o plantio que ocorre de setembro a dezembro é considerado como cana de ano (12
meses). Após o primeiro corte, a cana passa a ser chamada de soca.
Segundo Gascho e Shih (1983) as fases de brotação e emergência da cana de
açúcar se iniciam quando o broto rompe as folhas da gema e se desenvolve
sobressaindo à superfície do solo, sendo que paralelamente a essas fases, também
se inicia o processo de enraizamento. Desta forma, a emergência pode acontecer de
20 a 30 dias após o plantio (DAP), sendo este perído variável de acordo com as
condições de temperatura e umidade do solo.
Se observa na Figura 1. todas as etapas fenológicas que ocorrem durante o
ciclo da cultura, que se dá em um tempo de 12 a 15 meses aproximadamente.
Figura 1–Fases fenológicas da cana-de-açúcar
Fonte: Nakano (2011).
1.2 VARIEDADES DE CANA DE AÇÚCAR
Atualmente o Brasil conta com diferentes instituições de fomento de variedades
de cana de açúcar tanto públicas como privadas, das quais podemos destacar a
RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético),
13
IAC (Instituto Agronômico de Campinas) e o CTC (Centro de Tecnologia Canavieiro).
Dentre as variedades desenvolvidas instituição RIDESA, se destacam RB96 6928, RB
92 579 e RB86 7515 (MIRANDA, 2010).
A variedade RB96 6928 é proveniente de um cruzamento da variedade RB85
5156 e RB81 5690, a qual apresenta hábito de crescimento levemente decumbente,
bainhas verde-amareladas, folhas de cor verde-clara, estreita e de comprimento
médio. A maturação se destaca por seu longo período de industrialização (PUI), sendo
considerada uma maturação precoce a médio, ideal para colheitas do início a meio de
safra do Centro-Sul. Essa variedade se destaca pela alta produtividade de colmos e o
teor de sacarose (RIDESA, 2021).
A variedade RB92 579 vem do cruzamento de RB75 126 com RB72 199,
possuindo um desenvolvimento mais lento, folhas largas, maturação média/tardia,
hábito de crescimento semidecumbente, tolerante e resistentes às principais doenças
como carvão, ferrugem marrom, escaldadura, mosaico (RIDESA, 2021).
Proveniente de um cruzamento de RB72 454, a variedade RB86 7515 se
destaca pela sua rusticidade e alta produtividade, consistindo em uma variedade de
maturação média/tardia, ideal para colheitas a partir de julho na região Centro-Sul. A
mesma possui hábito de crescimento rápido e porte ereto, também se destacando
pela excelente resposta a maturadores e por sua riqueza. Embora também apresente
excelente brotação na cana planta e soca, esta variedade possui quantidade média
de perfilhos (RIDESA, 2015).
1.3 AÇÃO DO GLIFOSATO
A partir da década de 70, os herbicidas químicos começaram a ser usados
amplamente como componentes-chave da agricultura industrial moderna
(CLAPP,2021). Neste contexto, o glifosato (N-(fosfonometil) glicina), que foi lançado
no mercado na mesma década, é hoje considerado o produto herbicida mais utilizado
na agricultura, sendo originalmente produzido pela Monsanto Company, EUA sob o
nome comercial Roundup (BENTO,2016).
O herbicida glifosato tem ação sistêmica quando é aplicado em pós-emergência
e controla um amplo espectro de plantas daninhas. O modo de ação ocorre com a
inibição da 5-enolpiruvilshiquimato3-fosfato sintase (EPSPs) (FUCHS, 2020). O
herbicida é translocado através do floema, levando a morte do sistema radicular e das
14
estruturas reprodutivas, como rizomas, bulbos e tubérculos (BRITO, 2017). O glifosato
participa da via do ácido chiquímico, responsável por uma das etapas da síntese de
aminoácidos como triptofano, fenilalanina e tirosina, sendo estes essenciais para o
crescimento das plantas e ademais são precursores de metabólitos secundários como
os pigmentos, flavonóides, auxinas, fitoalexinas, lignina e taninos (HELANDER, 2018).
De acordo com Kruse et al., (2000), cerca 35% da matéria seca de plantas são
provenientes da via do chiquímico e 20% do carbono fixado pela fotossíntese provém
desta rota metabólica. Os sintomas visuais que podem ocorrer pela ação sobre as
plantas são “amarelamento” dos meristemas, necrose e morte em dias ou semanas
(AMARANTE, 2002). Com o bloqueio da rota do chiquimato ocorre um acúmulo,
dentre outros, de altos níveis de ácido chiquímico e pode haver muitas implicações
fisiológicas e ecológicas (COLE, 1982).
1.4 EFEITO HORMÉTICO NA FOTOSSÍNTESE
Entre todos os processos que ocorrem em uma célula vegetal, a fotossíntese é
de suma importância para garantir a homeostase celular, necessário para o
desenvolvimento vegetativo da planta (TAIZ, 2015).
A fotossíntese não é considerada um alvo inibitório primário de glifosato, mas
tem sido relatado, devido às perturbações que ocorrem na biossíntese de clorofilas,
carotenóides, ácidos graxos e aminoácidos (DE FREITAS, 2005).
Com a inibição do crescimento detectada após aplicação com glifosato, o
metabolismo é prejudicado, impedindo a utilização de carboidratos ou energia
disponíveis na taxa esperada. Em plantas que receberam aplicações de glifosato,
Orcaray (2012) observou que o metabolismo do carbono foi prejudicado com acúmulo
de carboidratos nas folhas e raízes.
Entretando, em doses baixas de glifosato, pode ocorrer a inibição da síntese
de lignina, fazendo com que as paredes celulares fiquem mais elásticas por um
período mais longo durante o desenvolvimento, consequentemente aumentando o
crescimento longitudinal (DUKE, 2006). Desta forma, o glifosato é comumente usado
como hormônio em doses baixas em diferentes culturas como, soja e grão de bico
(SILVA, 2016; ABBAS, 2015), pois estimula a assimilação de CO2, transpiração,
condutância estomática (DE MORAES, 2020) e o transporte de elétrons no
fotossistema (SILVA, 2016).
15
1.5 EFEITO HORMÉTICO NA PRODUTIVIDADE
Estudos têm sido realizados com objetivo de avaliar possíveis efeitos
estimulantes em plantas, principalmente com herbicidas. A resposta é medida através
de parâmetros fisiológicos, anatômicos, produtivos; dentro os quais podemos
destacar, crescimento com base no peso, altura ou área foliar, ou alterações
fisiológicas, como proteína, enzimas, aminoácidos. O efeito hormesis pode provocar
diferentes respostas nas plantas, e o que determina é esse efeito é o produto químico
utilizado e como sua especificidade na ação do mesmo. As respostas do efeito
hormesis que ocorrem na fisiologia da planta podem ser explicadas através de uma
defesa da planta em compensar o estresse químico gerado (WIEDMAN; APPLEBY,
1972).
Doses baixas de glifosato promoveram o crescimento de uma ampla gama de
espécies de plantas, e este efeito hormesis provavelmente esteja relacionado devido
ao sítio de ação do glifosato. (VELINI et al., 2008). O glifosato tem papel de destaque
na via do ácido chiquímico, o que contribui com a síntese de lignina, levando assim a
melhoria no desenvolvimento e produtividade de várias culturas (JALAL, 2021).
A lignina é um dos metabólitos associados à integridade vascular da planta
(VANHOLME, 2010) e com isso aumenta a capacidade das plantas de lidar com o
estresse biótico e abiótico (NGUYEN, 2016).
16
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL
O experimento foi instalado em setembro de 2019 e conduzido até abril de
2020, na Usina Vale do Paraná, pertencente ao município de Suzanápolis/SP, com
coordenadas geográficas latitude 20°23’21,49”S e longitude 51°1’56,21”W, e altitude
de 380 m. O clima predominante da região é o Aw (Köppen), clima seco definido,
temperatura média anual de 21,6 ºC, umidade relativa média de 70%, sendo que
média pluvial do ano de 2019 foi 1.344 mm.
O solo utilizado no experimento é classificado com Latossolo Vermelho-
Amarelo distrófico com textura arenosa. O resultado da análise química e física do
solo do experimento foram determinados antes da instalação, segundo metodologia
proposta por Raij et al. (2001) e encontra-se descrito na Tabela 1.
O solo foi corrigido com calcário e gesso e adubado conforme a recomendação
do Boletim 100 IAC, com NKP + micronutrientes no momento do transplante das
mudas. Além disto, as plantas receberam duas aplicações adicionais de boro e zinco
via foliar aos cinco e sete meses de idade. Foram feitas lâminas de 20 mm de irrigação
semanalmente. Não foram necessários controles de pragas e doenças durante a
condução do experimento.
Tabela 1 - Resultados da análise química do solo da área experimental
P(resina) M.O pH K Ca Mg H+Al SB CTC V
mg dm˙³ g dm˙³ CaCl2 mmol dm˙³ %
10,6 11,6 5,1 1,8 23,0 8,0 21,7 32,8 54,5 60,2
Cu* Fe* Mn* Zn* B**
mg dm˙³
1,0 49,0 19,2 1,4 0,12
*Determinado em DTPA
**Água quente
Fonte: Elaboração do próprio autor.
Durante a condução do experimento foram coletados os dados climáticos na
Estação agrometeorológica de Ilha Solteira, estação da Faculdade de Engenharia da
Unesp, Campus de Ilha Solteira/SP, cujos resultados foram expressos na Figura 2.
17
Figura 2 – Dados climáticos do local do experimento, onde: Seedling transplante -
Transplante das Mudas (dia/mês/ano);Glyphosate application - Aplicação do
Glifosato (dia/mês/ano), e Harvest - Colheita (dia/mês/ano)
Fonte: Elaboração do próprio autor.
3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS
O experimento foi conduzido utilizando três variedades de cana-de-açúcar,
sendo estas: RB 92 579, RB 86 7515 e RB 96 6928, desenvolvidas e provenientes da
instituição RIDESA.
O plantio foi realizando empregando-se mudas pré-brotadas (MPB)
provenientes de meristemas para garantir a pureza varietal e a sanidade das mesmas.
O cultivo foi feito a céu aberto em vasos com volume de 18 litros, com o solo descrito
previamente.
O delineamento estatístico utilizado no experimento foi o delineamento
inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 3 x 6. Sendo esse fatorial
representando por variedades (RB 92 579, RB 86 7515 e RB 96 6928) e doses de
Glifosato (0; 1,2; 1,8; 3,6; 10,8; 43,2 gramas de ingrediente ativo por hectare (g.e.a ha-
1)), cinco repetições.
18
As aplicações de Glifosato foram realizadas quando as plantas apresentavam
90 dias após o transplante das MPB, empregando-se borrifadores manuais para
aplicar separadamente cada planta, simulando uma vazão de 150 litros/ha de calda.
3.3 MATÉRIA FRESCA E MATÉRIA SECA
A determinação da matéria fresca foi realizada na etapa de colheita do
experimento (10/04/2020), desta forma, assim que colhido, o material vegetal foi
conduzido para o laboratório de fisiologia vegetal da UNESP, a parte aérea das
plantas foi dividida em colmo e folhas, aos quais foram pesadas em balança de
precisão (graduada em 0,0001 g).
Posteriormente, as amostras de colmo foram encaminhadas ao Laboratório
Industrial da Usina Vale do Paraná para ser realizada a extração do caldo para as
análises tecnológicas. Em seguida, o bagaço da cana resultante do processamento
foi recolhido e acondicionado em sacos de papel do tipo Kraft, que assim como as
folhas, foram levados para estufa de circulação de ar forçada, sob temperatura de
65°C e por 72 horas. Após a secagem, o material vegetal foi pesado em balança de
precisão.
3.4 ÍNDICE SPAD
As leituras SPAD foram efetuadas com o medidor portátil SPAD-502
(Fabricante Konica Minolta) após a aplicação dos tratamentos de Glifosato (30 dias
após o transplante das mudas). As medições ocorreram no período da manhã, e a
folha padronizada para ser utilizada foi a folha +1, sendo medido no terço médio da
folha.
3.5 ANÁLISE DE TROCAS GASOSAS E ANÁLISE DA FLORESCÊNCIA DA
CLOROFILA A
A taxa fotossintética líquida expressa por área (A- μmol CO2 m-2s-1),
transpiração (E- mmol H20 m-2s-1), condutância estomática (gs- mol H20 m-2s-1) e a
concentração interna de CO2 na câmara subestomática (Ci- μmol mol-1), foram
19
avaliadas utilizando-se o equipamento portátil de trocas gasosas Infra Red Gas
Analyser (IRGA, marca ADC BioScientific Ltd, modelo LC – Pro). As condições
impostas para as medições foram de 1000 μmol m-2s-1 de radiação fotossinteticamente
ativa (PAR), providas por lâmpadas LED; 380 ppm de CO2 e temperatura da câmara
em 28 °C.
As medições de trocas gasosas foram realizadas com um mês após aplicação
dos tratamentos de Glifosato (30 dias após o transplane das mudas), em dias
ensolarados, no período compreendido entre às 8:00 e 12:00 h. As leituras foram
realizadas no tercio médio da folha +1, sendo que nas mesmas folhas que foram
realizadas análise de trocas gasosas, foi analisada a fluorescência da Clorofila A
(Fv/Fm) utilizando o fluorímetro portátil (Opti-Sciences, Hudson, NH, EUA).
3.6 AVALIAÇÕES TECNOLÓGICAS
No momento da colheita foram feitas as coletas dos colmos industrializados de
cada repetição para serem levados ao Laboratório Industrial da Usina Vale do Paraná,
sendo que cada amostra de colmo continha entre quatro e cinco colmos dependendo
da variedade e do tratamento. A metodologia para análises seguiu os padrões do
Conselho dos Produtores de Cana de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
(CONSECANA-SP, 2006). As análises realizadas foram de: Açúcar total recuperável
(ATR), Açúcares redutores da cana (AR), Pureza do caldo, Brix do caldo, Fibra, Pol%
cana.
3.6.1 Açúcar total recuperável (ATR)
Os ATRs representam a quantidade de açúcares (açúcares invertidos ou ART)
que são recuperados no processo industrial (kg/t cana) assumindo perdas de 12%
(FERNANDES, 2003). O ATR é calculado pela seguinte equação.
ATR = 10 x 0,88 x 1,0526 x PCC + 10 x 0,88 x ARC
Sendo:
- 10: fator que se refere à transformação de kg Pol/100 kg cana (%) em kg Pol t-
1 cana.
- 0,88: fator de eficiência industrial.
- 1,0526: fator que transforma a Pol em AR.
20
3.6.2 Açúcares redutores da cana (AR)
Os açúcares redutores (AR) se referem aos açúcares monossacarídeos,
glicose e frutose. Esses açúcares são responsáveis pela coloração do açúcar no
processo industrial (FERNANDES, 2003). O AR % é determinado através da equação:
ARC (AR% cana) = AR * (1 – 0,01 * F) * C
Onde:
- C: coeficiente de transformação de pol do caldo extraído em pol do caldo
absoluto.
- F: fibra da cana.
- AR: açúcares redutores do caldo. Sendo calculado pela equação:
AR% caldo = 3,641 – 0,0334 * P (% pureza aparente do caldo)
3.6.3 Pureza do caldo e Brix do caldo
A pureza é a quantidade em porcentagem de sacarose de uma amostra de
sólidos solúveis (FERNANDES, 2003). E se determina através da equação:
P = (Pol% / Brix%) x 100
O Brix % do caldo são os sólidos solúveis, determinados em refratômetro digital
de leitura automática.
3.6.4 Fibra
As fibras são os materiais insolúveis em água que estão presentes no colmo
da cana. É obtida pelo método da prensa hidráulica (FERNANDES, 2003), e calculado
pela seguinte equação.
F = 0,08 * PBU + 0,876
Onde:
PBU: peso do bagaço úmido da prensa (g).
3.6.5 Pol% cana
21
A Pol % cana se trata da quantidade aparente de sacarose contida em uma
solução açucarada (FERNANDES, 2003). Se obtém a Pol% através da seguinte
equação:
PCC (Pol% cana) = Pol % caldo x (1- 0,01 x Fibra) x C
Onde:
- C: coeficiente de transformação de Pol do caldo extraído em Pol do caldo
absoluto.
3.7 ANÁLISES ESTATÍSTICAS
Primeiramente os dados foram submetidos a o teste de Grubbs para identificar
a presença de outliers. Em seguida, os testes Shapiro-Wilk e Bartlett foram utilizados
para verificar a normalidade dos resíduos dos dados e homogeneidade das variâncias.
Posteriormente, a análise de variância (ANOVA), foi utilizada para verificar se havia
diferença para o fator variedade e dose, e se havia interação entre os fatores. Quando
ANOVA foi significativa, utilizou-se o teste de Tukey para o fator qualitativo e análise
de regressão para fator quantitativo. Em todo estudo adotou-se o nível de significância
de 5% e os dados foram analisados utilizando os softwares Minitab e R (Pacotes
ExpDes.pt e easyanova) e para elaboração dos gráficos o Excel.
22
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na análise de variância, observaram-se efeito significativos para os fatores
variedade (V), dose (D) e interação V x D para variável biomassa seca e tecnológicas
(Tabela 2). O fator de variação variedade (V) foi significativo para todos as variáveis
avaliadas. E o fator de variação dose (D) também apresentou significância. Já
interação de V x D foi significativa para todos as variáveis. Esses resultados
evidenciam que variedades e doses causam efeito significativo para todos os
caracteres.
Tabela 2- Resumo da análise de variância e dos valores médios no efeito da aplicação
de Glifosato na biomassa seca e nos parâmetros tecnológicos, açucares redutores
(AR), açúcar total recuperável (ATR), em variedades de cana-de-açúcar a diferentes
doses.
Fontes de variação Biomassa seca AR ATR
Kg % Kg t-1
Variedade (V) <0,01 <0,01 <0,01
Dose (D) <0,01 0,01 0,11
V x D <0,01 <0,01 <0,01
CV (%) 11,13 13,41 3,72
Média geral 3,81 0,6 141,3
Variedade (V)
RB92579 3,61 b 0,57 b 139,02 b
RB867515 4,00 a 0,63 a 138,98 b
RB966928 3,82 ab 0,52 b 145,83 a
Doses de Glifosato (g.e.a.ha-1)
0 3,39
0,58 140,77
1,2 4,39
0,57 142,20
1,8 4,04
0,60 141,20
3,6 4,15
0,62 137,95
10,8 3,66
0,57 143,30
43,2 3,24 0,52 142,24
p>F (linear) <0,01 <0,01 0,30
p>F (quadrat) 0,73 0,55 0,39
R2 (linear) % 40,10
66,30 11,49
R2 (quadrat) % 40,23 68,51 19,37
Nota: ns = não significativo; CV=coeficiente de variação; médias seguidas por letras distintas na
coluna diferem entre si pelo teste de tukey (P<0,05).
23
Na análise de variância dos parâmetros tecnológicos (Tabela 3), mostraram
uma interação de V x D de todas as variáveis. Na fonte de variação Dose (D) não
apresentou efeito significativo para Brix.
Tabela 3- Resumo da análise de variância e dos valores médios no efeito da aplicação
de Glifosato nos parâmetros tecnológicos, pol, pureza, brix e fibra, em variedades de
cana-de-açúcar a diferentes doses.
Fontes de variação Pol Pureza Brix Fibra
% % ºBrix %
Variedade (V) <0,01 <0,01 0,01 <0,01
Dose (D) <0,01 0,02 0,07 <0,01
V x D <0,01 0,02 <0,01 <0,01
CV (%) 4,23 3,17 3,17 4,28
Média geral 17,3 85,9 16,6 13,3
Variedade (V)
RB92579 17,15 b 85,96 b 16,38 b 13,78 a
RB867515 16,85 b 83,71 c 16,59 ab 13,28 b
RB966928 17,76 a 87,96 a 16,78 a 12,87 c
Doses de Glifosato (g.e.a.ha-1)
0 17,27 85,78 16,58 13,58
1,2 17,48 86,07 16,71 13,60
1,8 16,99 84,99 16,62 12,75
3,6 16,62 84,44 16,24 12,98
10,8 17,42 86,20 16,83 12,97
43,2 17,73 87,78 16,53 13,99
p>F (linear) <0,01 <0,01 0,86 <0,01
p>F (quadrat) 0,80 0,817 0,27 <0,01
R2 (linear) % 37,13 68,25 27,00 34,73
R2 (quadrat) % 37,41 68,65 11,76 61,92
Nota: ns = não significativo; CV=coeficiente de variação; médias seguidas por letras distintas na
coluna diferem entre si pelo teste de tukey (P<0,05).
No desdobramento de V x D para a variável biomassa seca (Tabela 4), a
variedade RB86 7515 apresentou a maior média na ausência de produto (dose 0). Na
dose de 1,2 g.e.ha-1 as variedades que apresentavam um menor desenvolvimento
vegetativo se igualaram. Para dose de 1,8 g.e.ha-1 foi observado uma diferença entre
a RB86 7515 e a RB92 579, sendo com o aumento progressivo da dose para 3,6 g.e.a
ha-1 a variedade RB96 6928 se diferiu da RB92 579. E para as doses de 10, 8 e 43,2
g.e.a ha-1 não foi observado diferença entre as variedades. Baixas doses de qualquer
24
herbicida ou produto hormonal podem ser usadas para estimular o crescimento,
composição e fisiologia das plantas (BRITO, 2018).
Neste contexto, Silva et al. (2009) em experimento conduzido com a variedade
SP80-1842 obteve resposta em acumulo de biomassa seca utilizando a dose 1,8 g.e.a
ha-1. Carbonari et al. (2014) concluíram que as doses respostas de 7,2 a 36 g.e.a ha-
1 com glifosato tiveram acumulo de biomassa e doses maiores que 72 g.e.a ha-1
causavam injurias, afetando diretamente a biomassa.
As variáveis tecnológicas na dose de 0 g.e.a ha-1 apresentaram comportamento
semelhante para pol, pureza e brix, apresentando diferença estatística variedade entre
as variedades RB96 6928 e RB92 579. Essa diferença estatística entre as variedades
RB96 6928 e RB92 579 também foi observada para Pol (%) na dose de 1,2 g.e.a ha-
1. Na dose de 1,8 g.e.a ha-1 as variedades apresentaram o mesmo o mesmo
comportamento para Pol (%) e ATR (kg t-1) e na mesma dose a variedade RB86 7515
apresentou maior teor de fibra. Para dose de 3,6 g.e.a ha-1 as variáveis Pol (%), Pureza
(%) e ATR (kg t-1) a variedade RB86 7515 foi inferior as demais. Ao mesmo tempo que
para o AR (%) a variedade RB86 7515 se destacou. Para a variável Brix (ºBrix) a
variedade RB86 7515 foi inferior a RB96 6928. E na mesma dose a variedade RB92
579 se destacou no teor de fibra em relação a RB86 7515.
Spaunhorst et al. (2019) obteve incremento de 4 a 12% em açúcar total
recuperável, utilizando Glifosato e Trinexapaque-Etílico na etapa de e maturação.
Kouamé et al. (2017) também observaram ganhos 1,6% no teor de sacarose e de
1,5% de açúcar recuperável quando utilizado o Glifosato em processo de maturação.
Com a diminuição da atividade da invertase ácida não se explica totalmente o
aumento no teor de sacarose e biomassa. Sendo assim, foi evidenciado que a
fotossíntese liquida também aumentou, e possivelmente pela maior translocação de
fotoassimilados das folhas de origem (CEDERGREEN, 2010).
Segundo Santos et al. (2011), o açúcar redutor tem uma relação inversamente
proporcional à qualidade tecnológica da cana, pois os açúcares redutores,
representados principalmente por frutose e glicose, são derivados da reação de
degradação de sacarose no colmo.
25
Tabela 4 – Valores médios observados para fonte de variação Variedade (V) dentro dos
níveis da fonte de variação Dose (D).
Dose (g.e.a ha-1)
0 1,2 1,8 3,6 10,8 43,2
Variedade Biomassa seca (kg)
RB92579 3,13 b 4,39 ns 3,59 b 3,75 b 3,72 ns 3,07 ns
RB867515 4,47 a 4,11 4,34 a 4,09 ab 3,65 3,37
RB966928 2,56 b 4,68 4,17 ab 4,63 a 3,60 3,27
Pol (%)
RB92579 16,38 b 17,04 b 17,03 ab 16,98 a 17,99 a 17,47 ns
RB867515 17,19 ab 17,23 ab 16,36 b 14,94 b 17,52 ab 17,86
RB966928 18,26 a 18,16 a 17,57 a 17,95 a 16,74 b 17,85
Pureza (%)
RB92579 83,49 b 85,05 ns 85,41 ns 86,40 a 87,05 ns 88,34 ab
RB867515 85,19 ab 85,04 82,96 78,87 b 84,87 85,34 b
RB966928 88,67 a 88,11 86,59 88,06 a 86,68 89,66 ab
Brix (ºBrix)
RB92579 16,19 b 16,46 ns 16,70 ns 16,34 ab 17,02 ab 15,61 b
RB867515 16,46 ab 16,73 16,28 15,55 b 17,14 a 17,38 a
RB966928 17,09 a 16,95 16,89 16,84 a 16,32 b 16,60 a
Fibra (%)
RB92579 13,46 ab 13,70 ns 12,33 b 13,65 a 13,62 a 15,94 a
RB867515 14,10 a 13,39 13,43 a 12,49 b 13,17 a 13,12 b
RB966928 13,18 b 13,72 12,48 b 12,81 ab 12,13 b 12,91 b
AR (%)
RB92579 0,64 a 0,59 ns 0,60 ns 0,56 b 0,54 ns 0,48 ab
RB867515 0,59 ab 0,60 0,63 0,79 a 0,60 0,59 a
RB966928 0,50 b 0,51 0,57 0,52 b 0,56 0,47 b
ATR (kg t-1)
RB92579 134,60 b 138,80 ns 141,26 ab 139,44 a 146,01 ns 134,02 b
RB867515 138,92 b 141,07 134,65 b 128,53 b 144,02 146,70 a
RB966928 148,80 a 146,74 147,70 a 145,89 a 139,86 146,01 a
Nota: ns = não significativo; médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste
de tukey (P<0,05).
De acordo com os valores representados na Tabela 2 e 3 para as variáveis que
apresentaram valores significativos para a interação V x D foi realizado análises de
regressão (Figura 3) para verificar o comportamento das doses de Glifosato dentro
dos níveis da fonte de variação Variedade (V). Para tal análise foi estimada as
equações da reta seguindo os modelos linear e quadrático, o r2 e o p-valor foram
calculados para verificar a significância dos modelos testados. A Figura 3 representa
26
as equações da reta para as variáveis biomassa seca, pol, brix, fibra, açucares
redutores (AR), açúcar total recuperável (ATR). Note que foram utilizadas apenas as
equações da reta com p-valor <0,05 e r2 > 0,60.
Figura 3. Análises de regressão para de doses de Glifosato dentro da fonte de
variação Variedade.
Fonte: Elaboração do próprio autor.
A análise de variância para as variáveis relacionadas a trocas gasosas (Tabela
5), mostra que houve diferença estatísticas para Variedade (V) nos fatores analisados,
porém para Dose (D) não houve resposta para E. Na interação das fontes V x D houve
resposta para E, gs e A, apenas não apresentando diferença para Ci.
27
Tabela 5 - Resumo da análise de variância e dos valores médios nos efeitos da aplicação
de glifosato na taxa fotossintética líquida (A), carbono interno (Ci), taxa de transpiração
(E), condutância estomática (gs) em variedades de cana-de-açúcar a diferentes doses.
Fontes de variação Ci E gs A
(µmol CO2. mol-1
H20)
(mmol H2O. m-2. s-
1)
(mol H2O. m-2. s-
1)
(µmol CO2. m-2.
s-1)
Variedade (V) 0,02 <0,01 <0,01 <0,01
Dose (D) <0,01 0,32 0,049 <0,01
V x D 0,53 <0,01 <0,01 <0,01
CV (%) 11,8 19,3 33,74 24,17
Média geral 233,72 1,73 0,2 10,4
Variedade (V)
RB92579 238,33 ab 1,09 c 0,12 c 6,60 c
RB867515 244,20 ab 1,72 b 0,20 b 11,09 b
RB966928 218,61 b 2,37 a 0,26 a 13,58 a
Doses de Glifosato (g.e.a.ha-1)
0 228,30 1,79 0,20 9,61
1,2 245,33 1,81 0,22 9,60
1,8 259,89 1,87 0,19 7,21
3,6 208,33 1,53 0,13 12,09
10,8 228,00 1,71 0,22 12,28
43,2 232,44 1,66 0,20 11,75
p>F (linear) 0,67
0,39 0,59 0,01
p>F (quadrat) 0,23
0,45 0,94 <0,01
R2 (linear) 1,02
12,16 2,29 21,49
R2 (quadrat) 9,23 21,54 2,33 51,00
Nota: ns = não significativo; CV=coeficiente de variação; médias seguidas por letras distintas na
coluna diferem entre si pelo teste de tukey (P<0,05).
Para a análise de variância dos parâmetros de SPAD e fluorescência (Tabela
6) todas as variáveis apresentaram resposta nas fontes de variação Variedade (V) e
Dose (D), porém na interação de V x D não houve resposta para SPAD e Fo.
28
Tabela 6 - Resumo da análise de variância e dos valores médios nos efeitos da
aplicação de glifosato no SPAD, na fluorescência variável (Fv), fluorescência máxima
(Fm), fluorescência inicial (Fo), em variedades de cana-de-açúcar a diferentes doses.
Fontes de variação SPAD Fo Fv Fm
Variedade (V) <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Dose (D) <0,01 0,728 <0,01 <0,01
V x D 0,12 0,08 <0,01 <0,01
CV (%) 9,41 5,87 4,98 4,63
Média geral 30,3 270,5 807,7 1079,9
Variedade (V)
RB92579 27,96 b 282,94 a 817,11 a 1100,06 a
RB867515 32,41 a 285,17 a 849,28 a 1140,28 a
RB966928 30,38 ab 243,39 b 756,72 b 999,50 b
Doses de Glifosato (g.e.a.ha-1)
0 30,56 273,67 830,56 1104,22
1,2 26,63 274,00 766,44 1047,89
1,8 30,86 267,89 771,00 1041,89
3,6 33,29 273,22 791,00 1064,22
10,8 29,44 270,22 842,44 1112,67
43,2 30,72 264,00 844,78 1108,78
p>F (linear) 0,58 0,17 <0,01 0,02
p>F (quadrat) 0,88 0,96 0,07 0,18
R2 (linear) 1,15 68,84 36,32 28,46
R2 (quadrat) 1,22 68,92 45,87 38,17
Nota: ns = não significativo; CV=coeficiente de variação; médias seguidas por letras distintas na
coluna diferem entre si pelo teste de tukey (P<0,05).
A análise de variância para os índices FVFm e FvFo (Tabela 7) se observa que
houve efeito significativo para as fontes de variação isoladas de Variedade (V) e para
Dose (D), e da mesma forma para a interação de V x D.
Tabela 7 - Resumo da análise de variância e dos valores médios nos efeitos da
aplicação de glifosato no SPAD, no máximo rendimento quântico do FSII (FvFm),
eficiência intrínseca do FSII (FvFo), em variedades de cana-de-açúcar a diferentes
doses.
29
Fontes de variação FvFm FvFo
Variedade (V) <0,01 <0,01
Dose (D) <0,01 <0,01
V x D <0,01 <0,01
CV (%) 1,47 6,3
Média geral 0,7 2998,0
Variedade (V)
RB92579 0,74 b 2901,94 b
RB867515 0,75 ab 2981,50 ab
RB966928 0,75 ab 3110,47 a
Doses de Glifosato (g.e.a.ha-1)
0 0,75 3044,44
1,2 0,74 2817,44
1,8 0,74 2876,44
3,6 0,74 2893,78
10,8 0,76 3149,89
43,2 0,76 3205,83
p>F (linear) <0,01 <0,01
p>F (quadrat) 0,01 0,08
R2 (linear) 47,86 54,72
R2 (quadrat) 62,06 64,52
Nota: ns = não significativo; CV=coeficiente de variação; médias seguidas por letras distintas na
coluna diferem entre si pelo teste de tukey (P<0,05).
No desdobramento das variáveis (Tabela 8), a taxa de transpiração (E) é
evidenciado que na dose de 0 g.e.a ha-1 as variedades RB86 7515 E RB96 6928 foram
superiores a variedade RB 92 579. Nas doses de 1,2; 1,8 e 3,6 g.e.a ha-1 a variedade
RB96 6928 possui uma diferença significativa em comparação as demais variedades,
e quando analisados as maiores dose as variedades RB86 7515 E RB96 6928 são
superiores a RB92 579, isso pode ter ocorrido porque doses baixas pode causar
estímulos no crescimento das plantas, acumular ácido chiquímico, fotossíntese e
condutância estomática (BRITO, 2017). De Freitas et al. (2020) avaliou a resposta do
glifosato em duas espécies a Handroanthus chrysotricus e Garcinia gardneriana,
sendo observado que com o aumento da concentração do glifosato não foram
alterados os parâmentros de trocas gasosas e fluorescência em G. gardneriana,
enquanto na H. chrysotrichus houve reduções na fotossíntese, na condutância
estomática, transpiração e no máximo rendimento quântico do FSII (Fv/Fm).
Gravena et al. (2009) em experimento conduzido com citrus observou que
efeitos negativos na condutância estomática e na transpiração ocorreram 8 dias
30
depois do tratamento, no entanto não foram suficientes para afetar significativamente
a fotossíntese e a concentração interna de dióxido de carbono nas folhas.
A variável gs não apresentou diferença na dose 0 g.e.a ha-1, porem ao aplicar
a dose 1,2 g.e.a ha-1 é evidenciado que a variedade RB96 6928 é superior as demais
variedades, podendo notar um efeito também superior para as doses 1,8 e 3,6 g.e.a
ha-1 porém diferenciado apenas da RB86 7515 para dose 1,8 g.e.a ha-1 e RB92 579
para dose 3,6 g.e.a ha-1. Não apresentando diferença entre as variedades para a dose
de 10,8 g.e.a ha-1. E um destaque superior para a variedade RB86 7515 na dose de
43,2 g.e.a ha-1.
A taxa de assimilação líquida de CO2 (A) é demostrada (Tabela 8) que a
variedade RB96 6928 é superior a variedade RB92 579 na dose 0 g.e.a ha-1, sendo
superior para a dose 1,2 g.e.a ha-1, porém na dose de 1,8 g.e.a ha-1 diferenciou da
variedade RB86 7515, e o comportamento das variedades nas doses de 3,6; 10,8 e
43,2 g.e.a ha-1 tiveram a mesma resposta na qual as variedades RB96 6928 e RB86
7515 foram superiores a RB92 579. Em estudo com tomate, Khan et al. (2020)
observou que a fotossíntese das plantas aumentou duas vezes mais quando tratadas
com glifosato. Porém em trabalho conduzido por Yanniccari et al. (2012) observou-se
uma redução de 44% na fotossíntese após 7 dias de aplicado glifosato à espécie de
Lolium perene.
As variáveis Fv e Fm tiveram o mesmo comportamento nas doses de 0; 1,2 e
1,8 g.e.a ha-1 na primeira dose não houve diferença entre as variedades, porém nas
seguintes dose as variedades RB86 7515 e RB92 579 foram superiores a RB96 6928
e para dose de 3,6 g.e.a ha-1 a variedade RB86 7515 foi superior as demais e para
Fm o comportamento foram iguais as doses inferiores. Não houve diferença
significativa para a dose 10,8 g.e.a ha-1 para ambas variáveis e na dose de 43,2 g.e.a
ha-1 houve apenas diferença entre a RB96 6928 em relação a RB92 579.
Para as variáveis de FvFm e FvFo não apresentaram diferença significativa
para dose de 0 e 1,8 g.e.a ha-1, na dose de 1,2 g.e.a ha-1 a variedade RB92 579 foi
superior as demais variedades. E na dose de 3,6 g.e.a ha-1 a variedade RB86 7515
se destaca em relação a RB96 6928 e RB92 579. E para as doses superiores o
comportamento foi igual para as variedades, mostrando que a variedade RB96 6928
foi superior as demais. Gravena et al. (2009) testando glifosato em citrus não
encontrou alteração em Fv/Fm. Cerveira Junior et al. (2020) em suas aplicações de
glifosato em clones de eucalipto também não encontrou resposta a Fv/Fm. Olesen et
31
al. (2010), observou em cevada que não houve resposta a Fv/Fm nos tratamentos
utilizando doses menores a 720 g.e.a ha-1, mesmo depois de 7 dias de aplicado.
Tabela 8 - Valores médios observados para fonte de variação Variedade (V) dentro
dos níveis da fonte de variação Dose (D).
Dose (g.e.a ha-1)
0 1,2 1,8 3,6 10,8 43,2
Variedade E
RB92579 0,84 b 0,98 c 1,91 a 0,56 c 1,15 b 1,12 b
RB867515 2,14 a 1,68 b 1,20 b 1,51 b 1,88 a 1,95 a
RB966928 2,38 a 2,78 a 2,52 a 2,53 a 2,10 a 1,92 a
gs
RB92579 0,14 ns 0,10 b 0,20 ab 0,03 b 0,15 ns 0,10 b
RB867515 0,20 0,19 b 0,11 b 0,15 ab 0,28 0,28 a
RB966928 0,25 0,38 a 0,27 a 0,20 a 0,21 0,22 ab
A
RB92579 7,19 b 5,17 b 8,14 ab 4,45 b 7,67 b 6,96 b
RB867515 9,23 ab 9,01 b 3,69 b 13,87 a 16,39 a 14,37 a
RB966928 12,41 a 14,63 a 9,82 a 17,95 a 12,77 a 13,91 a
Fv
RB92579 832,00 ns 850,00 a 833,67 a 798,33 b 802,33 ns 786,33 b
RB867515 859,00 797,00 a 828,00 a 903,67 a 843,67 864,33 ab
RB966928 800,67 652,33 b 651,33 b 671,00 c 881,33 883,67 a
Fm
RB92579 1121,33 ns 1124,00 a 1109,33 a 1093,00 a 1097,33 ns 1055,33 ns
RB867515 1132,33 1129,33 a 1128,33 a 1185,67 a 1118,33 1147,67
RB966928 1059,00 890,33 b 888,00 b 914,00 b 1122,33 1123,33
FvFm
RB92579 0,74 ns 0,76 a 0,75 ns 0,73 b 0,74 b 0,74 b
RB867515 0,76 0,73 b 0,73 0,76 a 0,75 b 0,75 b
RB966928 0,76 0,73 b 0,74 0,73 b 0,78 a 0,79 a
FvFo
RB92579 2885,67 ns 3102,67 a 3070,00 ns 2708,67 b 2722,67 b 2922,00 b
RB867515 3140,67 2649,33 b 2766,00 3211,00 a 3072,00 b 3050,00 b
RB966928 3107,00 2700,33 b 2793,33 2761,67 b 3655,00 a 3645,50 a
Nota: ns = não significativo; médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste
de tukey (P<0,05).
Com os valores apresentados na Tabela 5, 6 e 7 significativos para a interação
V x D foi realizado análises de regressão (Figura 4) para verificar o comportamento
das doses de Glifosato dentro dos níveis da fonte de variação Variedade (V). Sendo
32
estimado as equações da reta seguindo os modelos linear e quadrático, o r2 e o p-
valor foram calculados para verificar a significância dos modelos testados. A figura 2
representa as equações da reta para as variáveis E, A, FvFm e FvFo. Utilizando
apenas as equações da reta com p-valor <0,05 e r2 > 0,60.
Figura 4. Análises de regressão para de doses de Glifosato dentro da fonte de
variação Variedade.
Fonte: Elaboração do próprio autor.
33
5 CONCLUSÕES
Os parâmetros analisados de trocas gasosas mostraram interação entre
Variedade (V) x Dose (D) para as variáveis E, gs e A.
As variáveis de SPAD e fluorescência apresentaram resposta nas fontes de
variação Variedade (V) e Dose (D), porém na interação de V x D não houve resposta
para SPAD e Fo.
Houve efeito significativos para os fatores variedade (V), dose (D) e interação
V x D para variável biomassa seca. A variedade RB86 7515 mostrou diferença na
dose de 1,8 g.e.a ha-1 comparando com a variedade RB92 579, e para dose de 3,6
g.e.a ha-1 a variedade RB96 6928 se mostrou superior a RB92 579. E Para dose
acima de 10,8 g.e.a ha-1 não se observou diferenças entre as variedades de cana.
Nas variáveis tecnológicas o ATR não mostrou diferença significativa para as
doses de 1,2 e 10,8 g.e.a ha-1 para as variedades. E para dose de 1,8 g.e.a ha-1 a
variedade RB96 6928 teve um desempenho superior a RB86 7515. Na dose de 3,6
g.e.a ha-1 a variedade RB92 579 mostrou um desempenho positivo e similar a
variedade RB96 6928.
34
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https://doi.org/10.1111/wre.12189
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
1.1 A CANA DE AÇÚCAR
1.2 VARIEDADES DE CANA DE AÇÚCAR
1.3 AÇÃO DO GLIFOSATO
1.4 EFEITO HORMÉTICO NA FOTOSSÍNTESE
1.5 EFEITO HORMÉTICO NA PRODUTIVIDADE
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL
3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS
3.3 MATÉRIA FRESCA E MATÉRIA SECA
3.4 ÍNDICE SPAD
3.5 ANÁLISE DE TROCAS GASOSAS E ANÁLISE DA FLORESCÊNCIA DA CLOROFILA A
3.6 AVALIAÇÕES TECNOLÓGICAS
3.6.1 Açúcar total recuperável (ATR)
3.6.2 Açúcares redutores da cana (AR)
3.6.3 Pureza do caldo e Brix do caldo
3.6.4 Fibra
3.6.5 Pol% cana
3.7 ANÁLISES ESTATÍSTICAS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS