RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta dissertação será disponibilizado somente a partir de 22/08/2025. Universidade Estadual Paulista - “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências Agrárias do Vale do Ribeira - Campus de Registro PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (Zoologia) - Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) Dissertação de mestrado EFEITOS TÓXICOS DA AMÔNIA SOBRE A SOBREVIVÊNCIA, MORFOLOGIA DAS BRÂNQUIAS E RESPOSTA IMUNE DO PITU Macrobrachium acanthurus (CARIDEA: PALAEMONIDAE) Esthephany Konesuk Santos Miranda Orientadora: Profª. Drª. Giovana Bertini Registro (SP) Abril/2024 EFEITOS TÓXICOS DA AMÔNIA SOBRE A SOBREVIVÊNCIA, MORFOLOGIA DAS BRÂNQUIAS E RESPOSTA IMUNE DO PITU Macrobrachium acanthurus (CARIDEA: PALAEMONIDAE) DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Esthephany Konesuk Santos Miranda Orientadora: Profª. Drª. Giovana Bertini Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Botucatu/SP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ciências Biológicas (Zoologia). Registro (SP) Abril/2024 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. TRATAMENTO DA INFORM. DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CÂMPUS DE BOTUCATU - UNESP BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: MARIA CAROLINA A. CRUZ E SANTOS-CRB 8/10188 Miranda, Esthephany Konesuk Santos. Efeitos tóxico da amônia sobre a sobrevivência, morfologia das brânquias e resposta imune do pitu Macrobrachium acanthurus (Caridea: Palaemonidae) / Esthephany Konesuk Santos Miranda. - Botucatu, 2024 Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Biociências, Botucatu Orientador: Giovana Bertini Capes: 20400004 1. Amônia. 2. Histologia. 3. Hemócitos. 4. Macrobrachium carcinus. Palavras-chave: CL50-96h; Camarão-de-água-doce; Hemócitos; Histologia das brânquias. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Câmpus de Botucatu ATA DA DEFESA PÚBLICA DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE ESTHEPHANY KONESUK SANTOS MIRANDA, DISCENTE DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (ZOOLOGIA), DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - CÂMPUS DE BOTUCATU. Dra. GIOVANA BERTINI Instituto de Biociências - Câmpus de Botucatu - Rua Doutor Antonio Celso Wagner Zanin, s/nº, 18618689 http://www.ibb.unesp.br/#!/pos-graduacao/ciencias-biologicas-zoologia/CNPJ: 48031918002259. APROVADO AGRADECIMENTOS À minha orientadora e inspiração, Profª Drª Giovana Bertini, por toda a dedicação, esforço e parceria para me orientar desde a graduação, e que os próximos anos sejam cada vez mais prósperos e que consigamos atingir juntas mais conquistas. À Pró-Reitoria de Pesquisa da UNESP, por subsidiar meus estudos pela bolsa de mestrado (Nº 08/2022) que foi essencial para realizar todas as atividades exigidas para receber minha certificação. À Profª Drª Daniela Garçon, da Univerdade Federal do Triângulo Mireiro (UFTM), que desde o começo se mostrou disponível para nos ajudar nos experimentos e retirar todas as dúvidas durante este período. À UNESP de Registro e ao LABCRUST (Laboratório de Biologia e Cultivo de Crustáceos) que vem me dando a base para realizar meus estudos desde a graduação e de onde tenho orgulho de dizer que sou formada. Ao IEaMar (Instituto de Estudos Avançados do Mar) que recentemente foi inaugurado na Unesp de Registro trazendo diversos equipamentos que foram essenciais para obter e analisar meus resultados. Ao Laboratório de Carcinicultura (Labcar) da UFPR-setor de Palotina e aos alunos de pós graduação, principalmente à Claudia Caramelo, que me ensinou as técnicas e análises que apliquei no trabalho e pelo apoio durante o período em que visitei o laboratório. À Drª Cláudia Caramelo Brazão e Profª Drª Daniela Garçon pelas valiosas sugestões dadas no momento da qualificação deste trabalho. Aos meus colegas de laboratório, principalmente a Maria Luiza, pela amizade e ajuda durante as coletas e execução dos experimentos que tornaram todo o estresse de repetir o mesmo experimento um milhão de vezes mais leve. Agradeço a minha família por todo apoio, amor e incentivo que me deram durante estes anos de mestrado. Por fim, agradeço a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho do qual me orgulho de ter realizado em conjunto a tantos pesquisadores que são inspiração para mim. 4 A vida não é fácil para ninguém. Mas… O que importa? É necessário preservar e, acima de tudo, confiar em nós próprios. Temos de sentir que somos dotados para realizar uma determinada tarefa e que temos de a alcançá-la, custe o que custar! Amelie Curie SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1 1.1 Panorama da carcinicultura ............................................................................................... 1 1.2 Qualidade de água na produção aquícola ......................................................................... 3 1.3 Efeito da amônia sobre os animais ................................................................................... 5 2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 8 2.1. Objetivos específicos ....................................................................................................... 8 3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................. 9 3.1. Coleta dos camarões ........................................................................................................ 9 3.2. Delineamento Experimental - Teste de Tolerância à amônia ........................................ 10 3.3. Parâmetros de qualidade da água ................................................................................... 11 3.4. Análise histológica das brânquias .................................................................................. 14 3.5 Análises estatísticas ........................................................................................................ 17 4. RESULTADOS ................................................................................................................... 18 4.1. Sobrevivência e concentração letal mediana (CL50) ...................................................... 18 4.2. Contagem Total de Hemócitos (CTH) ........................................................................... 21 4.3. Análise de brânquias: índice do órgão (Iorg) ................................................................ 22 5. DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 26 6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 32 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 33 APÊNDICE 1 .......................................................................................................................... 48 2 Resumo Macrobrachium acanthurus é um camarão-de-água-doce comum na região do Vale do Ribeira, onde é explorado pela pesca artesanal. Tendo em vista sua importância regional e o potencial de cultivo para atender o mercado de iscas vivas, este trabalho teve por objetivo determinar os efeitos tóxicos da amônia em sua sobrevivência através da concentração letal mediana (CL50-96h), descrever as alterações na morfologia das brânquias através de análises histológicas e verificar a resposta imune por meio da contagem de total de hemócitos (CTH) nas fases juvenil e adultos. Para isso os bioensaios foram realizados em pH 8 e temperatura de 26ºC para os dois grupos etários seguindo um delineamento completamente casualizado com três réplicas para cada tratamento (concentrações de amônia total) de 0 (controle), 20, 40, 60 e 80 mg L-1 para juvenis e adultos (machos e fêmeas ovígeras). As CL50-96h de amônia foram calculadas através da análise de regressão entre log das concentrações de amônia total e a mortalidade dos exemplares, o nível seguro foi determinado como 10% do valor da CL50. Para avaliar a ocorrência de alterações morfológicas nas brânquias foi realizada a análise histológica de acordo com o índice do órgão (Iorg) que representa o grau de lesão do órgão. A CTH foi realizada pela retirada de uma amostra da hemolinfa de cinco camarões de cada réplica dos tratamentos. As fêmeas ovígeras obtiveram o maior valor de CL50-96h e nível de segurança de amônia total com valores de 59,2 mg L-1 e 5,9 mg L-1, respectivamente, seguida por juvenis com 54,5 mg L-1 e 5,4 mg L-1 e por macho com 50,4 mg L-1 e 5,0 mg L-1. A amônia demonstrou ser significativamente nociva para as brânquias de juvenis e adultos de M. acanthurus, corroborando com os dados observados de mortalidade dos animais. Para o controle e os tratamentos de 20 e 40 mg L-1 (abaixo da CL50) foram observadas alterações de menor fator de importância e possíveis de serem revertidos com o fim da exposição à amônia, como infiltração e aglomerado de hemócitos e inchaço das lamelas. Já nos tratamentos de 60 e 80 mg L-1 (acima da CL50) ocorreu uma maior frequência de danos irreversíveis como pontos de necrose e a ruptura das lamelas branquiais. Para a análise da CTH com adultos foi verificado que para as concentrações abaixo da CL50 a quantidade de hemócitos permaneceu inalterada em relação ao controle, mas nas concentrações acima da CL50 ocorreu um aumento na quantidade de hemócitos presente na hemolinfa dos animais, este resultado pode estar associado a resposta imune inata dos indivíduos ao agente estressor. Os dados de efeito e tolerância de amônia apresentados neste trabalho são de grande relevância para preencher o pacote tecnológico de produção de M. acanthurus tendo como foco impulsionar a produção brasileira de espécies nativas de água doce. Palavras-chave: CL50-96h, Histologia das brânquias, Hemócitos, Camarão-de-água-doce. Abstract Macrobrachium acanthurus is a freshwater shrimp common in the Vale do Ribeira region, where it’s exploited by artisanal fisheries. Considering it’s regional importance and the cultivation potential to serve the live bait market, this work aimed to determine the toxic effects of ammonia on their survival through the median lethal concentration (LC50-96h), describing the changes in gill morphology through histological analyzes and verify the immune response through total hemocyte counts (THC) in the juvenile and adult stages. For this purpose, bioassays were carried out at pH 8 and a temperature of 26ºC for the two age groups following a completely randomized design with three replicates for each treatment (total ammonia concentrations) of 0 (control), 20, 40, 60 and 80 mg/L for juveniles and adults (males and ovigerous females). Ammonia LC50-96h were calculated through regression analysis between log of total ammonia concentrations and specimen mortality, the safe level was determined as 10% of the LC50. To evaluate the occurrence of morphological changes in the gills, histological analysis was performed according to the organ index (Iorg), which represents the degree of organ damage. THC was performed by removing a hemolymph sample from five shrimp from each treatment replicate. Ovigerous females obtained the highest LC50-96h value and ammonia safety level with values of 59.2 mg/L and 5.9 mg/L, respectively, followed by juveniles with 54.5 mg/L and 5.4 mg/L and for males with 50.4 mg/L and 5.0 mg/L. Ammonia proved to be significantly harmful to the gills of juveniles and adults of M. acanthurus, corroborating the observed data on animal mortality. For the control and treatments of 20 and 40 mg/L (below LC50), changes of minor importance and possible to be reversed with the end of exposure to ammonia were observed, such as infiltration and clustering of hemocytes and swelling of the lamellae. In treatments of 60 and 80 mg/L (above LC50), there was a greater frequency of irreversible damage such as points of necrosis and rupture of the gill lamellae. For the THC analysis, it was found that for concentrations below LC50 the quantity of hemocytes remained unchanged in relation to the control, but at concentrations above LC50 there was a increase in the quantity of hemocytes present in the hemolymph of the animals, this result may be associated with the innate immune response of individuals to the stressor. The ammonia effect and tolerance data presented in this work are of great relevance to complete the technological package to produce M. acanthurus, focusing on boosting the Brazilian production of native freshwater species. Keywords: LC50-96h, Gill histology, Hemocytes, Freshwater shrimp. 1 1. INTRODUÇÃO 1.1 Panorama da carcinicultura Sustentabilidade é um termo que vem sendo amplamente utilizado ao decorrer dos anos, vindo da urgência do ser humano em adaptar suas necessidades básicas dentro dos limites impostos pela natureza (Valenti et al. 2018; Verma, 2019). Em função da constante degradação ambiental, o desenvolvimento sustentável tem entrado em pauta visando garantir a qualidade de vida das gerações futuras (Geraldo & Pinto, 2019). Neste contexto, em 2015 a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a chamada Agenda 2030 onde foram elaborados 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) que tem como propósito incentivar os países a seguirem estes modelos de desenvolvimento sustentável para proteger o meio ambiente e o clima, acabar com a pobreza e a fome no mundo, visando a qualidade de vida das pessoas. Foi estimado que no ano pós pandemia (2022) em média 735 milhões de pessoas enfrentaram a fome, com um aumento de 19,9% em relação a 2019 (FAO et al., 2023). Mesmo com o objetivo global de erradicar a fome no mundo, é previsto que em 2030 quase 600 milhões de pessoas no mundo ainda sofrerão subnutrição crônica (FAO et al., 2023). Desta forma, há uma urgência em produzir alimento de forma rápida e segura para afastar este cenário da realidade. A produção em sistemas aquícolas são empreendimentos altamente visados como uma alternativa sustentável de produção de alimentos devido suas características de otimizar o uso de recursos naturais e de capital, aumentando a produtividade e reduzindo o impacto ambiental (New et al., 2000; FAO, 2018; Valenti et al. 2018). Além disso, este meio produtivo engloba as ODS's de número 2 - fome zero e agricultura sustentável; nº 8 - trabalho decente e crescimento econômico; nº 12 - consumo e produção responsáveis e nº 14 - vida na água. Segundo dados da FAO (2022) no ano de 2020 a carcinicultura foi responsável pela produção de 11 milhões de toneladas de crustáceos em peso vivo de alimento, sendo que o camarão marinho Penaeus vannamei se destacou como o mais produzido, sendo responsável por pouco mais da metade da produção total (51,7%), seguida por espécies de lagostins, caranguejos e demais camarões marinhos e dulcícolas. Dentre os camarões dulcícolas, destacam-se as espécies Macrobrachium rosenbergii e Macrobrachium nipponense que foram responsáveis por 2,6 e 2% da produção global de crustáceos, respectivamente. Tal fato evidencia o potencial 2 produtivo das espécies deste gênero dentro da carcinicultura e a necessidade de investir em pacotes tecnológicos de produção. No Brasil a produção de camarão vem aumentando ao longo dos anos, sendo que em 2022 totalizou uma produção de 113,3 milhões de quilos, com crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior (IBGE PPM, 2022). Entretanto, a produção brasileira segue o mesmo cenário mundial voltado majoritariamente para a espécie marinha P. vannamei, exótica no país, com produção principalmente na região nordeste (Rocha, 2022). A carcinicultura dulcícola brasileira ainda é pouco desenvolvida, mas é um dos setores da aquicultura que vem apresentando notável crescimento nos últimos anos, onde os camarões do gênero Macrobrachium são as principais espécies alvo deste nicho (New & Nair, 2012). Atualmente a produção está voltada para a espécie exótica M. rosenbergii por apresentar um grande porte e crescimento rápido (Ismael & New, 2000). No entanto, espécies nativas como Macrobrachium acanthurus, Macrobrachium carcinus e Macrobrachium amazonicum, apresentam destacada importância socioeconômica e interesse para produção em sistemas de cultivo desde a década de 1980 (Coelho et al., 1982; Valenti, 1985; Kutty et al., 2000). Dentre as espécies nativas, M. acanthurus conhecido como camarão-canela ou pitu, apresenta distribuição geográfica ampla (Carolina do Norte, nos Estados Unidos, até o Rio Grande do Sul, no Brasil) podendo ser encontrado em rios, estuários e pequenas lagoas que deságuam no Oceano Atlântico (Tamburus et al., 2012; Anger, 2013; Pileggi et al., 2014). Este camarão é muito comum na bacia do Rio Ribeira de Iguape (SP), onde é fortemente explorado pela pesca artesanal, tanto para consumo humano quanto para o mercado de iscas vivas e pesca esportiva, atividade muito comum na região (Bertini & Valenti, 2010). Essa atividade pode provocar redução dos estoques naturais, comprometendo esse recurso pesqueiro e afetar seu ciclo reprodutivo, justificando a necessidade de desenvolver técnicas de produção para evitar sua sobrepesca e assegurar o desenvolvimento dos seus estoques (Bertini et al., 2014; Bertini & Baeza, 2014; Rodrigues et al., 2018; Rodrigues et al., 2021). Pelo alto interesse econômico que M. acanthurus apresenta existem vários estudos efetuados com este camarão relacionados, principalmente, com a biologia populacional e reprodutiva (Albertoni et al., 2002; Tamburus et al., 2012; Bertini & Baeza, 2014; Bertini et al., 2014), desenvolvimento embrionário (Müller et al., 2007; Fukuda et al., 2017) e desenvolvimento larval (Choudhury, 1970; Quadros, et al., 2014; Rocha et al., 2017). Além desses, outros trabalhos abordaram o estudo de tecnologias e parâmetros adequados para 3 auxiliar na propagação dessa espécie em cativeiro (Choudhury, 1971; Ismael & Moreira, 1997; Cunha & Oshiro, 2010; Costa et al., 2016 e 2017; Rodrigues et al., 2017; Rodrigues et al., 2018 e 2021). O camarão-canela é descrito como uma espécie resistente e com boas adaptações metabólicas à temperatura e baixo teor de oxigênio (Dobkin et al., 1975; Bernardi, 1990), alta capacidade osmorregulatória (Gasca-Leyva et al., 1991; Gonzales-Pena et al., 1998), alta fecundidade (Granados-Berber, 1984; Valenti et al., 1989), resistência a doenças e alto valor econômico (Gasca-Leyva et al., 1991). Apesar de não ser uma espécie de grande porte como seus congêneres M. carcinus e M. rosenbergii, há estudos que mostram que M. acanthurus é capaz de atingir tamanhos aceitáveis pelo mercado em seis meses de produção (Gasca-Leyva et al., 1991), onde os machos podem atingir até 158 mm de comprimento total, enquanto as fêmeas atingem 108 mm (Valenti et al., 1987; Albertoni et al., 2002). Este camarão possui ainda características ideais para o mercado de iscas vivas no qual o foco são espécies de menor porte, tal como o camarão marinho Litopenaeus schmitti, onde buscam animais com 90 a 100 mm comprimento total e no máximo 120 mm (De Barros et al., 2014). 1.2 Qualidade de água na produção aquícola O cultivo de espécies nativas é muito discutido na literatura visto que o risco de escape de espécies exótica em ambiente natural é altamente danoso para a diversidade uma vez que as espécies exóticas podem competir com as nativas fazendo com que ocorra alterações de habitat, na estrutura da comunidade, hibridização de espécies, perda de patrimônio genético, introdução de doenças e parasitas, entre outros fatores (Gazola-Silva, 2007; Silva, 2011; Da Silva, 2015). Apesar de todos os trabalhos publicados como incentivo à produção de espécies nativas, ainda existem poucas informações para iniciar a criação de M. acanthurus em sistemas aquícolas no Brasil. Neste contexto, a qualidade da água é essencial para o sucesso da carcinicultura e de outras atividades aquícolas (Kubitza, 2003). Por isso, é preciso tomar medidas para preservar o bem-estar dos animais, de modo a prevenir doenças e aumentar a produtividade, sendo que as variáveis d’água mais relevantes para tal é o oxigênio dissolvido e os compostos nitrogenados. Os compostos nitrogenados apresentam grande importância no ambiente aquático natural e artificial, sendo essenciais para a manutenção da vida de vários microrganismos 4 aquáticos (Romano & Zeng, 2013). Em sistemas de produção sua ocorrência está associada à decomposição da matéria orgânica no ambiente, oriundo majoritariamente da excreta dos animais e das sobras de ração (Tomasso, 1994). Suas principais funções estão relacionadas aos processos metabólicos e na formação de proteínas, por serem componentes básicos da biomassa (Dutra et al., 2017). O nitrogênio se apresenta na forma de nitrato (NO3 -), nitrito (NO2 -), amônia (NH3), amônio (NH4 +), óxido nitroso (N2O), nitrogênio molecular (N2), nitrogênio orgânico dissolvido (ureia, peptídeos, purinas, aminas, aminoácidos etc.) e nitrogênio orgânico particulado (bactérias, fitoplâncton, zooplâncton e detritos) (Vieira et al., 2006). A amônia por ser um importante poluente ambiental está entre os parâmetros mais relevantes para monitorar a qualidade da água (Yue et al., 2010). De acordo com a Resolução CONAMA n°430 de 13/05/2011, que diz respeito sobre as condições e padrões para lançamento de efluentes, a concentração máxima de amônia total que pode ser lançada no ambiente é de 20 mg L-1, ressaltando a importância do controle deste parâmetro em águas de cultivo. O uso de amônia como parâmetro de qualidade da água se deve por impactar importantes processos fisiológicos e fisiopatológicos como crescimento, metamorfose, regulação osmótica, imunidade, reprodução, metabolismo, sobrevivência e excreção em camarões e demais crustáceos (Hong et al., 2007; Rodríguez-Ramos et al., 2008; Chang et al., 2015; Kumar et al., 2015; Cui et al., 2017). Nos estudos de Romano & Zeng (2013) e Zhao et al. (2020) há uma ampla revisão sobre o assunto enfocando os fatores que influenciam a toxicidade da amônia e as consequências fisiológicas, do estresse causado pela amônia no crescimento, bioquímica e imunidade dos decápodes. Em ambientes aquáticos a amônia pode ser encontrada sob duas formas, ionizada ou íon amônio (NH4 +) e não ionizada (NH3) e a soma das duas representa a amônia total. A forma não ionizada é particularmente mais tóxica para os animais aquáticos, uma vez que o gás pode se difundir facilmente através das bicamadas lipídicas (brânquias) adentrando na hemolinfa dos crustáceos (Weihrauch et al., 2004; Kir & Kumlu, 2006). As duas formas da amônia existem em um equilíbrio químico, onde a proporção de NH3 em relação a amônia total depende de fatores como a salinidade, temperatura e pH (Emerson et al., 1975; Lin & Chen, 2001). Embora poucos estudos tenham investigado a influência do pH na toxicidade da amônia em crustáceos, os resultados são consistentes, mostrando que quanto mais básico pH mais letal será o efeito da amônia (Straus et al., 1991; Romano & Cheng, 2013). Isso provavelmente se deve ao fato da forma NH3 se tornar mais prevalente (Armstrong et al., 1978; Noor-Hamid et al., 1994). 5 Os crustáceos dependem da qualidade da água para sobreviver e estão cada vez mais sujeitos a águas contaminadas ou de baixa qualidade (Silva & Martinez, 2007; Ribeiro et al., 2020). A exposição a contaminantes ou a alteração dos parâmetros físicos e químicos da água provoca respostas de estresse nesses organismos (Camargo & Alonso, 2006), tornando a realização de estudos que revelem o efeito tóxico da amônia sobre os organismos aquáticos de suma importância. Uma maneira de se obter essas informações é por meio de estudos de toxicidade aguda a partir da avaliação da CL50 (concentração letal mediana), por apresentarem resposta com maior reprodutibilidade e confiança (Zagatto & Bertoletti, 2008). Além disso, de acordo com o estudo realizado para peixes por Sprague (1971) é importante determinar o nível de segurança deste tóxico, que corresponde a concentrações abaixo de 10% do valor estabelecido para a CL50 onde a amônia não irá surtir efeitos negativos para os animais analisados. Os testes de CL50 têm sido efetuados em várias espécies de camarões peneídeos de importância econômica (Ostrensky & Wasielesky, 1995; Lin & Chen, 2001; Kir & Kumlu, 2006), camarões-de-água-doce do gênero Macrobrachium (Armstrong et al., 1978; Straus et al., 1991; Dutra et al., 2016) e em braquiúros (Hong et al., 2007; Romano & Zeng, 2007; Romano & Zeng, 2010) onde é possível verificar que de modo geral os valores de CL50 determinados estão por volta de 30 a 40 mg L-1 de amônia total, consequentemente apresentando um nível de segurança entre 3 e 4 mg L-1. 1.3 Efeito da amônia sobre os animais As brânquias são órgãos multifuncionais de grande importância para os crustáceos, pois elas são responsáveis pelas trocas gasosas, excreção de nitrogenados, desintoxicação, osmorregulação e equilíbrio ácido-base (Péqueux, 1995; Weihrauch et al., 2002 e 2004; Salas et al., 2007). Pelo fato de as brânquias estarem em contato direto com o meio externo este órgão se torna altamente vulnerável a poluentes aquáticos, o que o torna um mecanismo ideal para entender como estes compostos podem influenciar a sua morfologia (Salas et al., 2007; Romano & Zeng, 2010). Assim, quando os níveis de amônia excedem os limites de tolerância dos animais podem causar danos diretos aos tecidos branquiais, bem como afetar a respiração, metabolismo, imunidade, regulação osmótica, excreção, muda e crescimento (Rebelo et al., 2000; Liang et al., 2016; Zhou et al., 2017; Qiu et al., 2018). As alterações na fisiologia e morfologia das brânquias pela exposição aguda à amônia foi demonstrado para vários crustáceos, entre eles o caranguejo Chasmagnathus granulata (Rebelo et al., 2000), o siri Portunus pelagicus (Romano & Zeng, 2010) e o camarão M. amazonicum (Dutra et al., 2017; 6 Brazão et al., 2021). Tais autores demonstraram por meio de análises histológicas que as brânquias sofrem alterações prejudiciais incluindo necrose, tumefação celular, dano epitelial, colapso das lamelas e inflamação (infiltração de hemócitos). A identificação dessas lesões são uma ótima adição a estudos de CL50 já que dessa forma é possível verificar o estresse sofrido pelos animais e uma das causas de sua morte. Os níveis elevados de amônia geram um ambiente estressante para os animais aquáticos os induzindo a produzir uma resposta imune (Spriggs et al., 2010; Lu et al., 2016), pois altos níveis de amônia diminuem a imunidade e aumentam a suscetibilidade a patógenos (Qiu et al., 2018). A hemolinfa é caracterizada por se constituir em um fluido de coloração azul- esverdeada, capaz de atingir diretamente todos os tecidos dos crustáceos, composto por uma fração celular, os hemócitos, e uma fração líquida, o plasma (Maldonado et al., 2004). Dentre as funções dos hemócitos estão a resposta inflamatória de defesa contra agentes externos e de coagulação (Barbieri & Ostrensky, 2002). Níveis elevados de amônia reduzem a capacidade de transporte de oxigênio pela hemocianina, que se acredita ser um dos principais mecanismos pelos quais a amônia causa toxicidade em camarões (Chand & Sahoo, 2006). Assim, a ação dos efeitos tóxicos da amônia tem sido investigada na hemolinfa dos crustáceos, que constitui o principal sistema imune desses organismos. A influência do estresse na resposta imune dos crustáceos tem sido demonstrada em vários estudos com camarões expostos a concentrações de amônia (Chen et al., 2019b; Zhang et al., 2018; Fajardo et al., 2019; Long et al., 2021; Zhao et al., 2020), nitrito (Zheng et al., 2016; Zhang et al., 2019; Huang et al., 2020) , hipóxia (Chen et al., 2019a; Zheng et al., 2022), variação de salinidade (Esparza et al., 2019; Shen et al., 2020) ou temperaturas (Duan et al., 2018; Xu et al., 2019; Wang et al., 2020) e situação de cativeiro (Dong et al., 2018). Tais estudos evidenciam alterações nos componentes celulares e humorais do sistema imunológico dos animais. Além disso, vários autores concordam que um aumento da CTH poderia conferir maior proteção contra doenças em crustáceos decápodes (Truscott & White, 1990; Le Moullac et al., 1998; Le Moullac & Haffner, 2000). As alterações na contagem de hemócitos em várias espécies de decápodes expostos à amônia mostram que este fator é altamente espécie- específico, onde para muitas o mecanismo leva à diminuição da CTH após a exposição ao composto (Le Moullac & Haffner, 2000; Hu et al., 2005; Hong et al., 2007; Verghese et al., 2007; Rodríguez-Ramos et al., 2008; Yue et al., 2010; Pinto et al., 2016; Liu et al., 2020). Em alguns casos, no entanto, como no estudo de Romano e Zeng (2010), os valores da CTH 7 aumentaram com a exposição da amônia para Portunus pelagicus, mas, manteve-se inalterada para P. vannamei (Liu & Chen, 2004) e M. rosenbergii (Cheng & Chen, 2002). No geral, pouca atenção tem sido dada aos camarões-de-água-doce em relação aos efeitos tóxicos da amônia em sua fisiologia em comparação com os peneídeos de grande interesse econômico, destacando os estudos realizados com as espécies M. amazonicum (Dutra et al., 2016; Pinto et al., 2016; Dutra et al., 2017; Brazão et al. 2021), M. rosenbergii (Armstrong et al., 1978; Straus et. al., 1991; Cheng & Chen, 2000; Cheng & Chen, 2002; Cheng et al., 2002) e M. nipponense (Wang et al., 2003; Zhang et al., 2015; Yu et al., 2019; Wei et al., 2023). Além disso, as respostas fisiológicas destes animais podem exibir variações de acordo com o sexo, ciclo de muda, estratégia reprodutiva e estágio ontogenético (Augusto & Masui, 2014). Portanto, dada a elevada importância de M. acanthurus por se tratar de uma espécie nativa com grande potencial de cultivo e a falta de dados sobre sua tolerância em relação a amônia total, este trabalho propõe determinar os efeitos deste composto em sua ontogenia avaliando o efeito na sobrevivência, ocorrência de danos ao órgão branquial e alterações em sua resposta imune. 32 6. CONCLUSÃO Por meio deste estudo constatamos que os exemplares juvenis, machos e fêmeas ovígeras de M. acanthurus, apresentam uma alta tolerância à amônia quando comparados às demais espécies de camarões dulcícolas e marinhos. O conhecimento dessa característica é favorável para desenvolver seu cultivo em sistemas aquícolas onde concentrações abaixo de 5,0 mg L-1 de amônia total não irão afetar a sobrevivência dos animais. A obtenção destes resultados é de grande importância para gerar informações sobre a espécie e para fomentar a produção de M. acanthurus tendo como foco impulsionar a produção brasileira de espécies nativas de água doce. No entanto, estudos adicionais podem ser efetuados para preencher o pacote tecnológico da espécie buscando avaliar a possibilidade de recuperação dos animais após submissão a amônia total e quais são os efeitos deste composto em exposições crônicas, além de avaliar se fêmeas não ovígeras apresentam respostas diferentes das ovígeras. 33 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Albertoni, E., Palma-Silva, C., Esteves, F. 2002. Distribution and growth in adults of Macrobrachium acanthurus (Decapoda, Palaemonidae) in a tropical coastal lagoon, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 19: 61-70. Allan, G.L., Maguire, G.B. & Hopkins, S.J. 1990. Acute and chronic toxicity of ammonia to juvenile Metapenaeus macleayi and Penaeus monodon and the influence of low dissolvedoxygen levels. Aquaculture, 91: 265–280. Anger, K. 2013. Neotropical Macrobrachium (Caridea: Palaemonidae): on the biology, origin, and radiation of freshwater-invading shrimp. Journal of Crustacean Biology, 33(2): 151-183. Arana, L.V. 2010. Qualidade da água em aquicultura princípios e práticas. Florianópolis: UFSC. Armstrong, D.A., Chippendale, D., Knight, A.W. & Colt, J.E. 1978. Interaction of ionized and un-ionized ammonia on short-term survival and growth of prawn larvae, Macrobrachium rosenbergii. The Biological Bulletin, 154: 15–31. Augusto, A. & Masui, D. C. 2014. Sex and reproductive stage differences in the growth, metabolism, feed, fecal production, excretion and energy budget of the Amazon River prawn (Macrobrachium amazonicum). Marine and freshwater behaviour and physiology, 47(6): 373-388. Balasundaram, C., Jeyachitra, P. & Balamurugan, P. 2004. Shelter preference in Macrobrachium spp. with reference to aquaculture. Acta Ethologica, 7: 95–101. Barbieri, E. 2010. Acute toxicity of ammonia in white shrimp (Litopenaeus schmitti) (Burkenroad, 1936, Crustacea) at different salinity levels. Aquaculture, 306: 329–333. Barbieri, R.C. & Ostrensky, A.N. 2002. Reprodução, maturação e larvicultura. Camarões marinhos. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 258p. Bendschneider, K. & Robinson, R. J. 1952. A new spectrophotometric method for the determination of nitrite in seawater. Journal Marine research, 11: 87-96. Bernardi, N. 1990. Temperature influence upon food ingestion and spontaneous locomotion of the freshwater prawn Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae). Journal of Thermal Biology, 15: 33–36. 34 Bernet, D., Schmidt, H., Meier, W., Burkhardt-Holm, P., Wahli, T. 1999. Histopathology in fish: proposal for a protocol to assess aquatic pollution. Journal of Fish Diseases. 22: 25–34. Bertini, G. & Baeza, J.A. 2014. Fecundity and fertility in a freshwater population of the neotropical amphidromous shrimp Macrobrachium acanthurus from the southeastern Atlantic. Invertebrate Reproduction & Development, 58(3): 207-217. Bertini, G. & Valenti, W.C. 2010. Importância econômica dos camarões-de-água-doce. Pp. 155-170. In: SILVA, R.B. & MING, L.C. (Eds.). Polo de Biotecnologia da Mata Atlântica: Relatos de Pesquisas e Outras Experiências Vividas no Vale do Ribeira. Fundação de Estudos e Pesquisas em Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia. Jaboticabal SP, Brazil, 313p. Bertini, G., Baeza, J.A. & Perez, E. 2014. A test of large-scale reproductive migration in females of the amphidromous shrimp Macrobrachium acanthurus (Caridea: Palaemonidae) from south-eastern Brazil. Marine and Freshwater Research, 65: 81-93. Bondad-Reantaso, M.G., McGladdery, S.E., East, I. & Subasinghe, R.P., 2001. Asia diagnostic guide to aquatic animal diseases. In: FAO Fish. Tech. Pap. No. 402. FAO, Rome. Supplement 2. (236 pp.). Brazão, C.C., Kracizy, R.O., Dutra, F.M., Oliveira, A.P., Silva, R.I. & Ballester, E.L.C. 2021. Combined and isolated effects of ammonia and nitrite on Amazon River prawn Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) juveniles, Aquaculture, 533: 736204. Camargo, J.A. & Alonso, A., 2006. Ecological and toxicological effects of inorganic nitrogen pollution in aquatic ecosystems: A global assessment. Environment International, 32: 831-849. Cavalli, R.R., Berghe, E.V., Lavens, P., Thuy, N.T.T., Wille, M. & Sorgellos, P. 2000. Ammonia toxicity as a criterion for the evaluation of larval quality in the prawn Macrobrachium rosenbergii. Comparative Biochemistry and Physiology, 125: 333–343. Chand, R.K. & Sahoo, R.K. 2006. Effect of nitrite on the immune response of freshwater prawn Macrobrachium malcolmsonii and its susceptibility to Aeromonas hydrophila. Aquaculture, 258: 150–156. Chang, C.C., Lee, P.P., Hsu, J.P., Yeh, S.P. & Cheng, W. 2006. Survival, and biochemical, physiological, and histopathological responses of the giant freshwater prawn, Macrobrachium rosenbergii, to short-term trichlorfon exposure. Aquaculture 253: 653– 666. 35 Chang, Z.W., Chiang, P.C., Cheng, W. & Chang, C.C. 2015. Impact of ammonia exposure on coagulation in white shrimp, Litopenaeus vannamei. Ecotoxicology and Environmental Safety, 118: 98–102. Chen, J., Lui, P., Lei, S. 1990a. Toxicities of ammonia and nitrite to Penaeus monodon adolescents. Aquaculture, 89: 127–137. Chen, J., Ting, Y., Lin, J., Lin, M. 1990b. Lethal effects of ammonia and nitrite on Penaeus chinensis juveniles. Marine Biology, 107: 427–431. Chen, J.C. & Kou, Y.Z. 1993. Accumulation of ammonia in the haemolymph of Penaeus monodon exposed to ambient ammonia. Aquaculture, 109(2): 177-185. Chen, S., Xie, S., Chen, M., Mi, Z., He, Q., Yang, F. & Tian, L. 2019a. Hypoxia‐induced changes in survival, immune response and antioxidant status of the Pacific white shrimp (Litopenaeus vannamei) fed with graded levels of dietary myo‐inositol. Aquaculture Nutrition, 25(2): 518-528. Chen, S., Yu, Y., Gao, Y., Yin, P., Tian, L., Niu, J. & Liu, Y. 2019b. Exposure to acute ammonia stress influences survival, immune response and antioxidant status of pacific white shrimp (Litopenaeus vannamei) pretreated with diverse levels of inositol. Fish & Shellfish Immunology, 89: 248-256. Cheng, W. & Chen, J.C. 2000. Effects of pH, temperature and salinity on immune parameters of the freshwater prawn Macrobrachium rosenbergii. Fish & Shellfish Immunology, 10(4): 387-391. Cheng, W. & Chen, J.C. 2002. Effects of environmental factors on the immune responses of freshwater prawn Macrobrachium rosenbergii and other decapod crustaceans. Journal Fisheries Society of Taiwan, 29(1): 1-20. Cheng, W., Liu, C.H., Hsu, J.P. & Chen, J.C. 2002. Effect of hypoxia on the immune response of giant freshwater prawn Macrobrachium rosenbergii and its susceptibility to pathogen Enterococcus. Fish Shellfish Immunology, 13: 351–365. Choudhury, P.C. 1970. Complete larval development of the palaemonid shrimp Macrobrachium acanthurus (Wiegmann. 1836) reared in the laboratory. Crustaceana, 18(2): 113-132. Choudhury, P.C. 1971. Laboratory rearing of larval of the palaemonid shrimp Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836). Crustaceana, 21(2): 113-126. Coelho, P.A., Ramos-Porto, M. & Soares, C.M.A. 1982. Biologia e cultivo de camarões de água doce. Centro de Tecnologia, Departamento de Oceanografia. Recife, Universidade 36 Federal de Pernambuco, Série Aquicultura, 1: 53p. Costa, P.M., Carreira, S., Costa M.H. & Caeiro, S. 2013. Development of histopathological indices in a commercial marine bivalve (Ruditapes decussatus) to determine environmental quality. Aquatic Toxicology, 126: 442–454. Costa, T.V., Yoshii-Oshiro, L.M., López-Greco, L.S., Melo, E.P., Mattos, L.A. & Bambozzi-Fernandes, A. 2016. Determinación del voltaje y el tamaño del animal óptimos para la extracción de espermatóforos en el camarón de agua dulce Macrobrachium acanthurus (Palaemonidae). Latin American Journal of Aquatic Research, 44(2): 422-428. Costa, T.V., Yoshii-Oshiro, L.M., Mattos, L.A., López-Greco, L.S., Melo, E.P. & Flor, H.R. 2017. Toxicity, freezing and cold storage test of native species semen. Boletim do Instituto de pesca, 43(3), 334-346. Cui, Y., Ren, X., Li, J., Zhai, Q., Feng, Y., Xu, Y. et al. 2017. Effects of ammonia-N stress on metabolic and immune function via the neuroendocrine system in Litopenaeus vannamei. Fish & Shell- fish Immunology, 64: 270–275. Cunha, C.H. & Oshiro, L.M.Y. 2010. The influence of eyestalk ablation on the reproduction of the freshwater Macrobrachium acanthurus shrimp in captivity. Acta Scientiarum. Biological Sciences, 32(3): 217-221. Da Silva, L.M.A. 2015. Estrutura populacional e crescimento relativo do camarão de água doce Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae) em duas regiões do estado do Amapá, foz do Rio Amazonas, Brasil. Biota Amazônia (Biote Amazonie, Biota Amazonia, Amazonian Biota), 5(2): 52-57. De Barros, L.C., Alves, P.M.F., Da Silva, N.J.R. & Henriques, M.B. 2014. Cadeia produtiva do camarão branco utilizado como isca viva na pesca amadora da baixada santista, estado de São Paulo. Informações Econômicas, 44(6): 23-35. Dı́az, F., Sierra, E., Re, A.D. & Rodrı́guez, L. 2002. Behavioural thermoregulation and critical thermal limits of Macrobrachium acanthurus (Wiegman). Journal of Thermal Biology, 27(5): 423-428. Dobkin, S., Van Montfrans, J. & Holland, D.H. 1975. Selective breeding of the fresh and brackish-water Macrobrachium acanthurus. Proceedings of the World Mariculture Society. 6: 33–36. Dong, J., Zhao, Y. Y., Yu, Y. H., Sun, N., Li, Y. D., Wei, H. & Li, L. 2018. Effect of stocking density on growth performance, digestive enzyme activities, and nonspecific immune parameters of Palaemonetes sinensis. Fish & shellfish immunology, 73: 37-41. 37 Duan, Y., Wang, Y., Zhang, J. & Xiong, D. 2018. Elevated temperature disrupts the mucosal structure and induces an immune response in the intestine of whiteleg shrimp Litopenaeus vannamei (Boone, 1931) (Decapoda: Dendrobranchiata: Penaeidae). Journal of Crustacean Biology, 38(5): 635-640. Dutra, F.M., Forneck, S.C., Brazão, C.C., Freire, C.A. & Ballester, E.L. C. 2016. Acute toxicity of ammonia to various life stages of the Amazon river prawn, Macrobrachium amazonicum Heller, 1862. Aquaculture, 453: 104-109. Dutra, F.M., Juvenal, J.R., Forneck, S.C., Brazão, C.C. & Ballester, E.L.C. 2022. Gill and haematological alterations in Macrobrachium amazonicum adults in acute exposure to ammonia and nitrite isolated and combined. Aquaculture, Fish and Fisheries, 2(5): 414- 424. Dutra, F.M., Rönnau, M., Sponchiado, D., Forneck, S.C., Freire, C.A. & Ballester, E.L.C. 2017. Histological alterations in gills of Macrobrachium amazonicum juveniles exposed to ammonia and nitrite. Aquatic Toxicology, 187: 115-123. Ellis, R.P., Parry, H., Spicer, J.I., Hutchinson, T.H., Pipe, R.K. & Widdicombe, S. 2011. Immunological function in marine invertebrates: responses to environmental perturbation. Fish & shellfish immunology, 30(6): 1209-1222. Emerson, K., Russo, R.C., Lund, R.E. & Thurston, R.V. 1975. Aqueous ammonia equilibrium calculations: effects of pH and temperature. Journal Fisheries Research Board of Canada, 32: 2379–2383. Esparza‐Leal, H. M., Ponce‐Palafox, J. T., Cervantes‐Cervantes, C. M., Valenzuela‐ Quiñónez, W., Luna‐González, A., López‐Álvarez, E. S., ... & Gómez‐Peraza, R. L. 2019. Effects of low salinity exposure on immunological, physiological and growth performance in Litopenaeus vannamei. Aquaculture Research, 50(3): 944-950. Fajardo, C., Martinez‐Rodriguez, G., Costas, B., Mancera, J. M., Fernandez‐Boo, S., Rodulfo, H. & De Donato, M. 2022. Shrimp immune response: A transcriptomic perspective. Reviews in Aquaculture, 14(3): 1136-1149. FAO, IFAD, UNICEF, WFP & WHO. 2023. The State of Food Security and Nutrition in the World 2023. Urbanization, agrifood systems transformation and healthy diets across the rural–urban continuum. Rome, FAO. Disponivel em:. 38 FAO. 2018. The State of World Fisheries and Aquaculture 2018. Meeting the Sustainable Development Goals. Rome. Disponível em:. FAO. 2022. The State of World Fisheries and Aquaculture 2022. Towards Blue Transformation. Rome, FAO. Disponível em:. Freitas, R.S. 2021. Toxidade aguda e crônica por amônia do camarão de água-doce Macrobrachium amazonicum, Heller, 1862. Dissertação (Mestrado Ciências Fisiológicas) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG. Fukuda, B., Bertini, G. & Almeida, L.C.F. 2017. Effect of salinity on the embryonic development of Macrobrachium acanthurus (Decapoda: Palaemonidae). Invertebrate Reproduction & Development, 61(1): 1-8. Gasca-Leyva, J.F.E., Martinez-Palacios, C.A. & Ross, L.G. 1991. The respiratory requirements of Macrobrachium acanthurus (Weigmann) at different temperatures and salinities. Aquaculture, 93: 191–97. Gazola-Silva, F. F., Melo, S. G. & Vitule, J. S. 2007. Macrobrachium rosenbergii (Decapoda: Palaemonidae): possível introdução em um rio da planície litorânea paranaense (PR, Brasil). Acta Biológica Paranaense, 36(1-4): 83-90. Geraldo, G. & Pinto, M.D.S. 2019. Percursos da ciência da informação e os objetivos do desenvolvimento sustentável da agenda 2030/ONU. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, 24(2): 373-389. Gonzales-Pena, M.D.C., Bicudo, J.E. & Moreira, G.S. 1998. Consumo de oxigênio do camarão Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) do litoral do Estado de São Paulo, Brasil. In: Resumos do Aquicultura Brasil ‘98, 2–6 novembro 1998, Recife, (Ed. by F.R. de Moraes, P.F. de Castro & E. de Souza Correia), p. 139. World Aquaculture Society (Latin American Chapter), Baton Rouge. Granados-Berber A.A. 1984. Aspectos reproductivos del ‘camaron prieto’ Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) en la cuenca del Rio Gonzales, Tabasco, Mexico (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae). Anales del Instituto de Ciências del Mar y Limnologia, Universidad Nacional Autonoma de Mexico, 11: 1–22. Hong, M., Chen, L., Sun, X., Gu, S., Zhang, L. & Chen, Y. 2007. Metabolic and immune responses in chinese mitten-handed crab (Eriocheir sinensis) juveniles exposed to elevated ambient ammonia. Comparative Biochemistry and Physiology Part C: Toxicology & Pharmacology, 145: 363–369. 39 Hu, Y.B., Wang, Y. & Jiang, N.C. 2005. Effects of ammonia-N and nitrite-N on the hemocyte count and ultrastructure of Macrobrachium rosenbergii. Journal-Zhejiang University-Sciences Edition, 32(6): 691-699. Huang, M., Xie, J., Yu, Q., Xu, C., Zhou, L., Qin, J. G., ... & Li, E. 2020. Toxic effect of chronic nitrite exposure on growth and health in Pacific white shrimp Litopenaeus vannamei. Aquaculture, 529: 735664. IBGE PPM. 2022. Produção Pecuária Brasileira no ano de 2022. IBGE. Disponível em:. Acessado em: 06 março 2024. Ismael D. & New M.B. 2000. Biology. In: New, M.B. & Valenti, W.C. (Eds.). Freshwater Prawn Culture: The Farming of Macrobrachium rosenbergii. Blackwell Publishing Ltd, cap. 3: 18-40. Ismael, D. & Moreira, G.S. 1997. Effect of temperature and salinity on respiratory rate and development of early larval stages of Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) (Decapoda, Palaemonidae). Comparative Biochemistry and Physiology, 118A(3): 871-876. Jiang, G., Yu, R. & Zhou, M. 2004. Modulatory effects of ammonia-N on the immune system of Penaeus japonicus to virulence of white spot syndrome virus. Aquaculture, 241: 61–75. Jiann-Chu, C., & Chi-Yuan, L. 1991. Lethal effects of ammonia and nitrite on Penaeus penicillatus juveniles at two salinity levels. Comparative Biochemistry and Physiology Part C: Comparative Pharmacology, 100(3): 477-482. Johansson, M.W., Keyser, P., Sritunyalucksana, K. & Söderhäll, K. 2000. Crustacean haemocytes and haematopoiesis. Aquaculture, 191(1-3): 45-52. Kaoud, H.A. & Rezk, A. 2011. Effect of exposure to cadmium on the tropical freshwater prawn Macrobrachium rosenbergii. African Journal of Aquatic Science, 36: 253–260. Karasu, B.A.C. & Köksal, G. 2005. The acute toxicity of ammonia on tilapia (Oreochromis niloticus L.) larvae and fingerlings. Turkish Journal of Veterinary & Animal Sciences, 29: 339–344. Karplus, I., Hulata, G. & Zafrir, S. 1992. Social control of growth in Macrobrachium rosenbergii. IV. The mechanism of growth suppression in runts. Aquaculture, 106(3-4): 275–283. Kir, M. & Kumlu, M. 2006. Acute toxicity of ammonia to Penaeus semisulcatus postlarvae in relation to salinity. Journal of the World Aquaculture Society, 37: 231–235. Kubitza, F. 2003. Qualidade da água no cultivo de peixes e camarões. ESALQ/USP, 40 Jundiaí, Brasil, 229pp. Hargreaves JA (1998). Aquaculture, 166: 181-212. Kumar, P., Thirunavukkarasu, A.R., Subburaj, R. & Thiagarajan G. 2015. Concept of Stress and Its Mitigation in Aquaculture. In: Perumal, S., Thirunavukkarasu, A.R., Pachiappan, P. (Eds.), Advances in Marine and Brackishwater Aquaculture. Springer, India, pp. 95-10. Kutty, M.N., Herman, F. & Le Menn, H. 2000. Culture of Other Prawn Species. In: NEW, M.B. & VALENTI, W.C (Eds.). Freshwater Prawn Culture: The Farming of Macrobrachium rosenbergii. Blackwell Publishing Ltd, cap. 21, p. 393-410. Le Moullac, G. & Haffner, P. 2000. Environmental factors affecting immune responses in Crustacea. Aquaculture, 191(1-3): 121-131. Le Moullac, G., Soyez, C., Saulnier, D., Ansquer, D., Avarre, J.C. & Levy, P. 1998. Effect of hypoxic stress on the immune response and the resistance to vibriosis of the shrimp Penaeus stylirostris. Fish and Shellfish Immunology, 8: 621–629. Lease, H.M., Hansen, J.A., Bergman, H.L. & Meyer, J.S. 2003. Structural changes in gills of Lost River suckers exposed to elevated pH and ammonia concentrations. Comparative Biochemistry and Physiology Part C: Toxicology & Pharmacology, 134: 491– 500. Li, Y., Xu, W., Zhu, B., Jiang, Q., Ye, Y. & Zhao, Y. 2022. Comparison of detoxification capacity between broodstock and hybrid offspring in the gills of juvenile shrimp (Macrobrachium nipponense): Response to chronic ammonia stress. Aquaculture Research, 53(12): 4487-4496. Liang, Z., Liu, R., Zhao, D., Wang, L., Sun, M., Wang, M. et al. 2016. Ammonia exposure induces oxidative stress, endoplasmic reticulum stress and apoptosis in hepatopancreas of pacific white shrimp (Litopenaeus vannamei). Fish & Shellfish Immunology, 54: 523–528. Lightner, D.V. & Bell, T.A. 1998. A Handbook of Normal Penaeid Shrimp Histology. Baton Rouge, La: World Aquaculture Society, p. 1-114. Lin, Y.C. & Chen, J.C. 2001. Acute toxicity of ammonia on Litopenaeus vannamei Boone juveniles at different salinity levels. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 259: 109–119. Liu, C.H. & Chen, J.C. 2004. Effect of ammonia on the immune response of white shrimp Litopenaeus vannamei and its susceptibility to Vibrio alginolyticus. Fish & Shellfish Immunology, 16: 321–334. 41 Liu, F., Li, S., Yu, Y., Sun, M., Xiang, J. & Li, F. 2020. Effects of ammonia stress on the hemocytes of the Pacific white shrimp Litopenaeus vannamei. Chemosphere, 239: 124759. Long, J., Cui, Y., Wang, R., Chen, Y., Zhao, N., Wang, C., ... & Li, Y. 2021. Combined effects of high salinity and ammonia-N exposure on the energy metabolism, immune response, oxidative resistance and ammonia metabolism of the Pacific white shrimp Litopenaeus vannamei. Aquaculture Reports, 20: 100648. Lu, X., Kong, J., Luan, S., Dai, P., Meng, X., Cao, B. & Luo, K. 2016. Transcriptome analysis of the hepatopancreas in the Pacific white shrimp (Litopenaeus vannamei) under acute ammonia stress. PloS one, 11(10), e0164396. Maldonado, M., Rodríguez, J. & Blas, I. 2004. El camarón de cultivo frente al WSSV, su principal patógeno. Revista Aquatic, 21: 78-91. Mallasen, M. & Valenti, W.C. 2005. Larval development of the giant river prawn Macrobrachium rosenbergii at different ammonia concentrations and pH values. Journal of World Aquaculture Society, 36: 32–41. Mallatt, J., 1985. Fish gill structural changes induced by toxicants and their irritants: a statistical review. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, 42: 630–648. Melo, G.A.S. 2003. Famílias Atyidae, Palaemonidae e Sergestidae. Manual de identificação dos Crustacea Decapoda de água doce do Brasil, São Paulo, Edições Loyola, 289-415. Müller, Y.M.R., Pacheco, C., Simões-Costa, M.S., Ammar, D. & Nazari, E.M. 2007. Morphology and chronology of embryonic development in Macrobrachium acanthurus (Crustacea, Decapoda). Invertebrate Reproduction & Development, 50: 67-74. Negro, L.E., Montagna, M. & Collins, P. 2011. Freshwater decapods and pesticides: an unavoidable relation in the modern world. In: Stoytchera, M. (Ed.), Pesticides in the Modern World: Risks and Benefits. InTech, Croatia (pp. 560). New, M.B. & Nair, C.M. 2012. Global scale of freshwater prawn farming. Aquaculture Research, 43: 960–969. New, M.B., D’Abramo, L.R., Valenti, W.C. & Singholka, S. 2000. Sustainability of freshwater prawn culture. Freshwater Prawn Culture. The Farming of Macrobrachium rosenbergii. Blackwell Science Ltd., Oxford, London, pp.429-433. 42 Noor-Hamid, S., Fortes, R.D. & Parado-Estepa, F. 1994. Effect of pH and ammonia on survival and growth of the early larval stages of Penaeus monodon Fabricius. Aquaculture, 125: 67–72. Ostrensky, A. & Wasielesky, JR.W. 1995. Acute toxicity of ammonia to various life stages of the São Paulo shrimp, Penaeus paulensis Pérez-Farfante, 1967. Aquaculture, 132: 339–347. Peltier, W.H. & Weber, C.L. 1985. Methods for measuring the acute toxicity of effluents to freshwater and marine organisms. Report EPA-600/4–85/013. US Environmental Protection Agency, Cincinnati, OH. Péqueux, A. 1995. Osmotic regulation in crustaceans. Journal of Crustacean Biology, 15: 1–60. Pileggi, L.G., Rossi, N., Wehrtmann, I.S. & Mantelatto, F.L. 2014. Molecular perspective on the American transisthmian species of Macrobrachium (Caridea, Palaemonidae). ZooKeys, 457: 109-131. Pinto, M.R., Lucena, M., Faleiros, R.O., Almeida, E.A., McNamara, J.C. & Leone, F. A. 2016. Effects of ammonia stress in the Amazon river shrimp Macrobrachium amazonicum (Decapoda, Palaemonidae). Aquatic Toxicology, 170: 13-23. Qiu, L., Shi, X., Yu, S., Han, Q., Diao, X. & Zhou, H. 2018. Changes of ammonia- metabolizing enzyme activity and gene expression of two strains in shrimp Litopenaeus vannamei under ammonia stress. Frontiers in Physiology, 9: 211. Quadros, M.L.A., Maciel, C., Bastos, S. & Sampaio, I. 2004. Reprodução do Camarão Canela - Macrobrachium acanthurus em condições controladas de laboratório e montagem de um atlas para identificação de estágios larvais. Revista Científica da Ufpa, 4: 1-11. Rebelo, M.F., Rodriguez, E.M., Santos, E.A. & Ansaldo, M. 2000. Histopathological changes in the gills of the estuarine crab Chasmagnathus granulata (Crustacea: Decapoda) following acute exposure to ammonia. Comparative Biochemistry and Physiology - Part C, 125: 157–164. Ribeiro, C.C., Lopes, V.H.P. & Bertini, G. 2020. Abundance and spatio-temporal distribution of the amphidromous shrimp Macrobrachium olfersii (Caridea: Palaemonidae) along the Ribeira de Iguape River (São Paulo, Brazil). Nauplius, 28: e2020017. Rocha, C., Quadros, M., Maciel, M., Maciel, C. & Abrunhosa, F. 2017. Morphological changes in the structure and function of the feeding appendages and foregut of the larvae 43 and first juvenile of the freshwater prawn Macrobrachium acanthurus. Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, 98(4): 713-720. Rocha, I. 2022. Carcinicultura: força do interior nordestino. Seafood Brasil, ISSN 2319- 0450, 45: 52p. Rodrigues, M.M., Almeida, L.C.F. & Bertini, G. 2018. Survival rate of Macrobrachium acanthurus (Caridea: Palaemonidae) larvae in laboratory conditions under different salinities and diets. Pan-American Journal of Aquatic Sciences, 13(2): 121-130. Rodrigues, M.M., Greco, L.S., De Almeida, L.C.F. & Bertini, G. 2021. Reproductive performance of Macrobrachium acanthurus (Crustacea, Palaemonidae) females subjected to unilateral eyestalk ablation'. Acta Zoologica, 00: 1-9. Rodrigues, R.A., Vetorelli, M.P. & Araújo, P.F.R. 2017. Regime alimentar na larvicultura de Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) em sistema aberto. Revista Brasileira de Engenharia de Pesca, 10(1): 17-30. Rodríguez-Ramos, T., Espinosa, G., Hernández-López, J., Gollas-Galván, T., Marrero, J., Borrelle, Y., Alonso, M.E. & Alonso, M. 2008. Effects of Echerichia coli lipopolysaccharides and dissolved ammonia on immune response in southern white shrimp Litopenaeus schmitti. Aquaculture Research, 274(1): 118–125. Romano, N. & C. Zeng. 2010. Changes to the histological gill structure and haemolymph composition of early blue swimmer crab Portunus pelagicus juveniles during elevated ammonia-N exposure and post-exposure recovery. Aquaculture Research, 41: 468–480. Romano, N. & Zeng, C. 2007. Ontogenetic changes in tolerance to acute ammonia exposure and associated histological gill alterations during early juvenile development of the blue swimmer crab, Portunus pelagicus. Aquaculture, 266: 246–254. Romano, N. & Zeng, C. 2013. Toxic effects of ammonia, nitrite and nitrate to Decapod Crustaceans: a review on factors influencing their toxicity, physiological consequences and coping mechanisms. Reviews in Fisheries Science, 21: 1–21. Salas, A.C., Mundo, R.R. S., Galván, T. G., López, J. H., Uriarte, A.B.P., Almazán, A.M. & Plascencia, G.Y. 2007. Transcriptome analysis of gills from the white shrimp Litopenaeus vannamei infected with White Spot Syndrome Virus. Fish & Shellfish Immunology, 23(2): 459-472. 44 Sampaio, C.M.S., Silva, R.R., Santos, J.A. & Sales, S. P. 2007. Reproductive cycle of Macrobrachium amazonicum females (Crustacea, Palaemonidae). Brazilian Journal of Biology, 67: 551-559. Santos, L.V.R. 2022. Repertório comportamental e interações sociais de machos de Macrobrachium acanthurus (wiegmann, 1836) (Crustacea, Palaemonidae) em condições controladas. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Alagoas. Maceió/AL. Saravana Bhavan, P. & Geraldine, P. 2000. Histopathology of the hepatopancreas and gills of the prawn Macrobrachium malcolmsonii exposed to endosulfan. Aquatic Toxicology, 50: 331–339. Shen, M., Cui, Y., Wang, R., Dong, T., Ye, H., Wang, S. & Li, Y. 2020. Acute response of Pacific white shrimp Litopenaeus vannamei to high-salinity reductions in osmosis, metabolism, and immune-related enzyme activities. Aquaculture International, 28: 31-39. Shukla, S., Tiwari, K.J., Lodhi, H.S., Shukla, S., Mishra, A. & Sharma, U.D. 2019. Histopathological alterations in gills of freshwater prawn, Macrobrachium dayanum (Crustacea: Decapoda) after acute and sub-acute exposure of lead nitrate. Journal of Applied and Natural Science, 11(2): 568-574. Silva, A.G. & Martinez, C.B.R. 2007. Morphological changes in the kidney of a fish living in an urban stream. Environmental Toxicology Pharmacology, 23: 185-192. Silva, B.B.D. 2011. Ecologia, pesca e dinâmica populacional do camarão-da-Amazônia Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Decapoda: Palaemonidae) capturado na região das ilhas de Belém-Pará-Brasil. Tese (Doutorado em Ecologia Aquática e Pesca) - Universidade Federal do Pará, Belém. Soegianto, A., Winarni, D., Handayani, U. S., & Hartati. 2013. Bioaccumulation, elimination, and toxic effect of cadmium on structure of gills and hepatopancreas of freshwater prawn Macrobrachium sintangese (De Man, 1898). Water, Air, & Soil Pollution, 224, 1-10. Sokal, R.R. & Rolhf, F.J. 2012. Biometry: Principle and practices of statistics in biological research, fourth ed. W.H. Freeman & Company, New York. Sprague, J.B. 1971. Measurement of pollutant toxicity to fish-III: Sublethal effects and “safe” concentrations. Water Resource, 5: 245-266. Spriggs, K.A., Bushell, M. & Willis, A.E. 2010. Translational regulation of gene expression during conditions of cell stress. Molecular Cell, 40: 228–237. 45 Stalin, A., Broos, K. V., Bukhari, A. S., Mohamed, H. S., Singhal, R. K., & Venu-Babu, P. 2013a. Effects of 60Co gamma irradiation on behavior and gill histoarchitecture of giant freshwater prawn Macrobrachium rosenbergii (DE MAN). Ecotoxicology and environmental safety, 92: 155-160. Stalin, A., Broos, K. V., Bukhari, A. S., Mohamed, H. S., Singhal, R. K., & Venu-Babu, P. 2013b. Morphological and histological studies on freshwater prawn Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879) irradiated with 60Co gamma radiation. Aquatic toxicology, 144, 36-49. Straus, D.L., Robinette, H.R., Heinen, J.M.T. 1991. Toxicity of un-ionized ammonia and high pH to post-larval and juvenile freshwater shrimp Macrobrachium rosenbergii. Journal of the World Aquaculture Society, 22: 128–133. Tamburus, A.F., Mossolin, E.C. & Mantelatto, F.L. 2012. Populational and Reproductive Aspects of Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) (Crustacea: Palaemo7yhnidae) From North Coast of São Paulo State, Brazil. Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology, 16(1): 9-18. Tolosa, E.M.C., Rodrigues, C.J., Behmer, O.A. & Freitas Neto, A.G., 2003. Manual de Técnicas Para Histologia Normal e Patológica. Manole, São Paulo, 341p. Tomasso, J. R. 1994. Toxicity of nitrogenous wastes to aquaculture animals. Reviews in Fisheries Science, 2: 291–314. Truscott, R. & White, K.N. 1990. The influence of metal and temperature stress on the immune system of crabs. Functional Ecology, 4: 455-461. UNESCO. 1993. Chemical methods for use in marine environmental monitoring. Manual and Guides 12, Intergovernamental Ocenographic Comissiony, Paris, France. Valenti, W.C. 1985. Cultivo de Camarões de Água Doce. São Paulo, Nobel. p. 82. Valenti, W.C., Kimpara, J.M., Preto, B.D.L. & Moraes-Valenti, P. 2018. Indicators of sustainability to assess aquaculture systems. Ecological indicators, 88: 402-413. Valenti, W.C., Mello, J.T.C. & Lobão, V.L. 1987. Crescimento de Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) do Rio Ribeira de Iguape (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae). Revista Brasileira de Biologia, 47: 349-355. Valenti, W.C., Mello, J.T.C. & Lobão, V.L. 1989. Fecundidade em Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) do Rio Ribeira de Iguape (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae). Revista Brasileira de Zoologia, 6: 9-15. 46 Vegad, J.L. 2015. A Textbook of Veterinary General Pathology. Cbs Publishers & Distributors, New Delhi, pp. 589. Verghese, B., Radhakrishnan, E.V. & Padhi, A. 2007. Effect of environmental parameters on immune response of the Indian spiny lobster, Panulirus homarus (Linnaeus, 1758). Fish and Shellfish Immunology, 23: 928–936 Verma, K. 2019. Sustainable Development and Environmental Ethics. International Journal on Environmental Sciences, 10: 1-5. Vieira, F.D.N., Jatobá, A., Mouriño, J.L.P., Buglione Neto, C.C., Silva, J.S.D., Seiffert, W.Q. & Vinatea, L.A. 2016. Use of probiotic-supplemented diet on a Pacific white shrimp farm. Revista Brasileira de Zootecnia, 45: 203-207. Vieira, M.S., Moura, M.A.M. & Gil, F.G. 2006. Qualidade de água de lagos e nascentes do parque Dr. Fernando Costa (Água Branca), São Paulo, SP. Arquivo do Instituto de Biologia, 73: 475-483. Wang, A. L., Wang, W. N., Wang, Y., Shang, L. X., Liu, Y. & Sun, R. Y. 2003. Effect of dietary vitamin C supplementation on the oxygen consumption, ammonia-N excretion and Na+/K+ ATPase of Macrobrachium nipponense exposed to ambient ammonia. Aquaculture, 220(1-4): 833-841. Wang, Z., Zhou, J., Li, J., Zou, J. & Fan, L. 2020. The immune defense response of Pacific white shrimp (Litopenaeus vannamei) to temperature fluctuation. Fish & shellfish immunology, 103: 103-110. Wei, S., Zhang, J., Chen, W., Shen, A., Zhou, D., Zheng, J. & Kong, Y. 2023. Adverse effects of chronic ammonia stress on juvenile oriental river prawn (Macrobrachium nipponense) and alteration of glucose and ammonia metabolism. Environmental Toxicology, 38(3): 545-554. Weihrauch, D., Morris, S. & Towle, D.W. 2004. A review - ammonia excretion in aquatic and terrestrial crabs. Journal of Experimental Biology, 207: 4491–4504. Weihrauch, D., Ziegler, A., Siebers, D. & Towle, D.A. 2002. Active ammonia excretion across the gills of the green shore crab Carcinus maenas: participation of Na+/K+-ATPase, V-type H+-ATPase and functional microtubules. Journal of Experimental Biology, 205: 2765–2775. Werner, P.R., 2010. Patologia Geral Veterinária Aplicada. Roca, São Paulo, 233–243. 47 Xu, Z., Guan, W., Xie, D., Lu, W., Ren, X., Yuan, J., & Mao, L. (2019). Evaluation of immunological response in shrimp Penaeus vannamei submitted to low temperature and air exposure. Developmental & Comparative Immunology, 100, 103413. Yu, J., Sun, J., Zhao, S., Wang, H. & Zeng, Q. 2019. Transcriptome analysis of oriental river Prawn (Macrobrachium nipponense) Hepatopancreas in response to ammonia exposure. Fish & Shellfish Immunology, 93: 223-231. Yue, F., Pan, L., Xie, P. & Jian, L.I. 2010. Effects of ammonia exposure on prophenoloxidase system and immune parameters of swimming crab Portunus trituberculatus. Journal of Fishery Sciences of China, 17: 761–770. Zagatto, P. A. & Bertoletti, E. 2008. Ecotoxicologia aquática: princípios e aplicações. Rima. Zhang, L., Pan, L., Xu, L. & Si, L. 2018. Effects of ammonia-N exposure on the concentrations of neurotransmitters, hemocyte intracellular signaling pathways and immune responses in white shrimp Litopenaeus vannamei. Fish & shellfish immunology, 75: 48-57. Zhang, W., Jiang, Q., Liu, X., Pan, D., Yang, Y. & Yang, J. 2015. The effects of acute ammonia exposure on the immune response of juvenile freshwater prawn, Macrobrachium nipponense. Journal of Crustacean Biology, 35(1): 76-80. Zhang, W., Li, J., Chen, Y., Si, Q., Tian, J., Jiang, Q. & Yang, J. 2019. Exposure time relevance of response to nitrite exposure: Insight from transcriptional responses of immune and antioxidant defense in the crayfish, Procambarus clarkii. Aquatic Toxicology, 214: 105262. Zhao, M., Yao, D., Li, S., Zhang, Y. & Aweya, J. J. 2020. Effects of ammonia on shrimp physiology and immunity: a review. Reviews in Aquaculture, 12(4): 2194-2211. Zheng, C., Zhao, Q., Li, E., Zhao, D. & Sun, S. 2022. Role of hypoxia in the behaviour, physiology, immunity and response mechanisms of crustaceans: A review. Reviews in Aquaculture, 14(2): 676-687. Zheng, J., Mao, Y., Su, Y. & Wang, J. 2016. Effects of nitrite stress on mRNA expression of antioxidant enzymes, immune-related genes and apoptosis-related proteins in Marsupenaeus japonicus. Fish & shellfish immunology, 58: 239-252. Zhou, K., Zhou, F., Huang, J., Yang, Q., Jiang, S., Qiu, L. et al. 2017. Characterization and expression analysis of a chitinase gene (PmChi-4) from black tiger shrimp (Penaeus monodon) under pathogen infection and ambient ammonia nitrogen stress. Fish & Shellfish Immunology, 62: 31–40. a19b3c94e4750e843c7b92ecd16ef0875eca803476107c3d61bd166aa877f9d6.pdf 6e3a0626ca2fa01afa6ff35e44ced27ce8c4a7aabdd992ef5e4ce44fa6d91e63.pdf a19b3c94e4750e843c7b92ecd16ef0875eca803476107c3d61bd166aa877f9d6.pdf ATA_-_Esthephany_assinado 6e3a0626ca2fa01afa6ff35e44ced27ce8c4a7aabdd992ef5e4ce44fa6d91e63.pdf