8º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, 2015. Estratégias de enfrentamento utilizadas por pacientes que realizam hemodiálise. Iris F. Souza, Lívia Laís Faccioli, Rafael Zambelli A. Pinto, Susymari A. T. Padulla,– ISSN2176-9761 ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO UTILIZADAS POR PACIENTES QUE REALIZAM HEMODIÁLISE Iris Felisberto de Souza 1 , Lívia Laís Faccioli 2 , Rafael Zambelli de Almeida Pinto 3 , Susimary A. T. Padulla 4 . 1 Aluna da graduação em Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita” – Campus de Presidente Prudente— Bolsista PROEX. Email: iris_felisberto@yahoo.com.br 2 Aluna do Programa de Pós Graduação Lato Senso em Fisioterapia Hospitalar Geral da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente. 3 Professor Doutor do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente. 4 Professora Doutora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente- Orientadora Eixo: “Os valores para teorias e práticas vitais” Resumo: Modelo de estudo: Estudo observacional do tipo transversal. Objetivo: Conhecer e mensurar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos indivíduos em hemodiálise. Metodologia: A coleta de dados deu-se através da aplicação do Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarus, sendo realizada no Instituto do Rim do hospital Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, em Junho de 2014. A população foi constituída por pacientes com diagnóstico de doença renal crônica em tratamento de hemodiálise. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, sem restrição quanto a idade e tempo de hemodiálise. Foram excluídos da pesquisa os participantes que se recusaram a participar da mesma e pacientes portadores de doenças neurológicas e/ou complicações. A coleta de dados se deu por meio de uma entrevista com os participantes no período de realização da hemodiálise em 2 dias distintos. Resultados: 117 participantes foram incluídos no estudo, com idade média de 59 (±13,4) anos sendo 83 (71%) participantes do sexo masculino.O domínio de suporte social (fator 4) e a avaliação positiva (fator 8) do questionário Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarusrecebeu maior pontuação dentre os participantes com mais de 36 meses em hemodiálise e do sexo feminino. O domínio de aceitação de responsabilidade (fator 5) não recebeu pontuação de nenhum dos participantes, sendo o fator menos utilizado. Conclusão: Os participantes em sua maioria possuíam menos de 61 e estavam a mais de 36 meses realizando hemodiálise. Os fatores mais utilizados pelos mesmos foram os fatores 4 e 8, independente de faixa etária, tempo de hemodiálise ou gênero. O estudo possibilitou conhecer as estratégias e o modo de enfrentamento destes participantes frente à doença, trazendo um maior conhecimento para os profissionais da saúde envolvidos em seus cuidados. Palavras-Chave: hemodiálise, estratégias de enfrentamento. 8º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, 2015. Estratégias de Enfrentamento utilizadas por pacientes que realizam hemodiálise, Iris F. Souza, Lívia Laís Faccioli, Rafael Zambelli A. Pinto, Susymari A. T. Padulla,– ISSN2176-9761 COPING STRATEGIES USED BY CHRONIC RENAL PATIENTS ON HEMODIALYSIS Iris Felisberto de Souza 1 , Lívia Laís Faccioli 2 , Rafael Zambelli de Almeida Pinto 3 , Susimary A. T. Padulla 4 . 1 Aluna da graduação em Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita” – Campus de Presidente Prudente— Bolsista PROEX. Email: iris_felisberto@yahoo.com.br 2 Aluna do Programa de Pós Graduação Lato Senso em Fisioterapia Hospitalar Geral da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente. 3 Professor Doutor do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente. 4 Professora Doutora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente Abstract: Model study: Observational cross- sectional. Objective: To know and measure the coping strategies used by individuals on hemodialysis. Methodology: Data collection was made through the application of Coping Strategies Inventory Folkman and Lazarus, being held in the Kidney hospital at Santa Casa da Misericórdia de PresidentePrudente in June 2014. The sample included patients with chronic renal failure on hemodialysis. Patients from both gender, not restricted to any age or duration of hemodialysis were included. Participants were excluded if they did not consent to participate or were also diagnosed with neurological diseases and/or any other complications. Data were collected during an interview in 2 different Results: 117 participants with a mean age of 59 (±13,4) years were included in the study. Most of the participants were male (71%). Social support (factor 4) and positive reinforcement (factor 8) domains from the Coping Strategies Inventory received the highest scores among those with more than 36 months of hemodialysis and women. The domain of accepting responsabilities (factor 5) received the lowest score. Conclusion: The majority of participants were less than 61 and over 36 months of ongoing hemodialysis. The most used strategy were the factors 4 and 8, regardless of age, duration of hemodialysis or gender. The study has helped understand the strategies and coping mode of these participants before the disease, bringing greater knowledge for health professionals involved in their care. days during hemodialysis. Keywords: hemodialysis, coping strategies, 8º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, 2015. Estratégias de Enfrentamento utilizadas por pacientes que realizam hemodiálise, Iris F. Souza, Lívia Laís Faccioli, Rafael Zambelli A. Pinto, Susymari A. T. Padulla,– ISSN2176-9761 A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada por uma lesão, com perda progressiva e irreversível da função dos rins.¹ É uma síndrome metabólica² que possui fisiopatologia resumida pela deterioração e destruição dos néfrons, os quais se tornam incapazes de manter a homeostasia do seu meio interno³.Ficando os rins incapazes de eliminar as toxinas liberadas pelo metabolismo e manter a composição físico-química do organismo é necessário submeter o doente ao tratamento de substituição renal¹, podendo ser o transplante renal, a diálise peritoneal ou a hemodiálise 4 . Essas terapias são responsáveis pela manutenção da vida nesses portadores de DRC 5 . Ao confrontar-se com uma doença, o indivíduo funda seus próprios modelos e percepções sobre ela, a fim de dar sentido e responder aos problemas com que se depara 5 . O paciente portador de DRC e submetido à hemodiálise é obrigado a conviver todos os dias com a realidade de uma doença incurável, a qual exige realização de um tratamento doloroso. Este tratamento os obriga a viver sempre enfrentando os estressores obstáculos que surgem pelo caminho, sem se deixar ser vencido por eles. Para superar os possíveis obstáculos que surgirem são elaboradas estratégias de enfrentamento que englobem desde um apoio social e familiar, a fé e a compreensão do individuo sobre a importância do tratamento e da sua doença 6 . O enfrentamento é a capacidade de aumentar, inventar ou estabilizar um controle pessoal frente a uma situação de stress, a qual têm um papel mediador entre sujeito, saúde e doença. Ele pode ser centrado na emoção ou no problema e as duas formas podem ser influenciadas mutuamente. Sendo assim, um individuo pode utilizar as duas formas de enfrentar um agente estressor, dependendo do momento ou das circunstâncias em que serão colocadas em prática 7 . O tratamento e a própria condição da doença resultam em alterações perceptíveis em quase todos os sistemas do corpo: cardiovascular, imunológico, endócrino/metabólico, musculoesquelético, influenciando a qualidade de vida do doente 8 . Diante a todas essas alterações, o caráter crônico da doença e o tratamento aumentam o índice de estresse, ansiedade e depressão nessa população 9 . Assim o presente estudo tem por objetivo conhecer e mensurar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos indivíduos em hemodiálise visando o auxilio aos profissionais da saúde no cuidado a esses pacientes. Para a fisioterapia, o estudo é bastante relevante, já que ela contribui no suporte, na adesão, na melhora, na qualidade e continuidade do tratamento. Conhecer as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos indivíduos em hemodiálise. Nosso estudo foi observacional do tipo transversal realizado em junho de 2014 no Instituto do Rim da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente. Todos os participantes recrutados são renais crônicos e realizam hemodiálise três vezes por semana no referido Instituto. Foram selecionados pacientes de ambos os sexos, de todas as idades e com INTRODUÇÃO OBJETIVOS MATERIAL E MÉTODOS 8º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, 2015. Estratégias de Enfrentamento utilizadas por pacientes que realizam hemodiálise, Iris F. Souza, Lívia Laís Faccioli, Rafael Zambelli A. Pinto, Susymari A. T. Padulla,– ISSN2176-9761 qualquer tempo de hemodiálise e diagnóstico de DRC . Foram excluídos da pesquisa os participantes que se recusaram a participar, os portadores de doenças neurológicas e/ou complicações, que impossibilitem a compreensão e aplicação dos questionários. As coletas ocorreram em dois dias distintos, durante todos os horários de funcionamento do Instituto do Rim da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, conseguindo assim o contato com a grande maioria dos pacientes atendidos neste local. Coletamos dados clínico-demográficos, como idade, sexo e tempo de hemodiálise, e dados referentes ao questionário de enfrentamento foram coletados por meio de uma entrevista. A coleta ocorreu durante o período em que os pacientes realizavam a hemodiálise. Para mensuração das estratégias utilizadas pelos pacientes foi aplicado o Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarus(IEEFL) (1985), composto por 66 itens que incluem pensamentos e ações, e cuja intensidade é medida por meio de uma escala tipo Likertde três pontos que varia de 0 (não utiliza) a 3 (utiliza em grande quantidade). Os itens que compõem o inventário são divididos em oito fatores classificatórios, que foram reorganizados e mantidos por Savóia, Santana e Mejias (1996)após a verificação da confiabilidade e validade do instrumento à realidade brasileira 10 . Os modos de enfrentamento do IEEFL foram utilizados da seguinte forma: Fator 1 - Confronto: Descreve esforços para alterar a situação estressante; Fator 2 - Afastamento: Descreve esforços da pessoa para se afastar da situação estressante; Fator 3 - Autocontrole: Descreve esforços da pessoa para controlar seus próprios sentimentos; Fator 4- Suporte Social: Descreve esforços da pessoa na busca de informações e suporte emocional; Fator 5 - Aceitação de Responsabilidades: Descreve o conhecimento sobre a contribuição da pessoa no problema e a tentativa de fazer a coisa certa; Fator 6 - Fuga Esquiva: Descreve desejos, pensamentos e esforços comportamentais para fugir ou anular o problema; Fator 7 - Resolução de Problemas: Descreve esforços para alterar a situação com avaliação analítica para resolver o problema; Fator 8 - Reavaliação Positiva: Descreve esforços para criar um significado positivo, enfocando o crescimento pessoal, tem também uma face religiosa. Análise dos dados As variáveis foram exploradas através de uma analise descritiva dos dados utilizando o software estatístico utilizado foi IBM SPSS versão 20.0 (IBM corporation, Somers, NY, USA). A analise foi estratificada por idade, sexo e tempo de hemodiálise. Análise de idade (<61 e >61 anos) e tempo (< 36 e > 36 meses) foi estratificado através da mediana e gênero foi realizado por feminino e masculino. No presente estudo com um total de 117 participantes, foi observada a maior prevalência de participantes do sexo masculino, que em sua maioria possuíam menos de 61 anos e estavam a mais de 36 meses realizando hemodiálise. RESULTADOS E DISCUSSÕES 8º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, 2015. Estratégias de Enfrentamento utilizadas por pacientes que realizam hemodiálise, Iris F. Souza, Lívia Laís Faccioli, Rafael Zambelli A. Pinto, Susymari A. T. Padulla,– ISSN2176-9761 Dados referentes aos questionários Enfrentamento N(%) Confronto 3 (2,6) Afastamento 8 (6,8) Autocontrole 7 (6,0) Suporte social 29 (24,8) Aceitação de Responsabilidades 0 (0,0) Fuga esquiva 13 (11,1) Resolução de problemas 5 (4,3) Reavaliação Positiva 48 (41,0) A adaptação de cada pessoa com doença renal crônica, que realiza hemodiálise, aos agentes estressores, depende do processo de enfrentamento desencadeado a partir da conclusão do diagnóstico. Tanto os agentes estressores como o modo com que esse paciente vai enfrentar o diagnostico são resultados da avaliação individual de cada um e de sua relação com o meio externo. Folkman e Lazarus (1980) enfatizam o papel assumido pelas estratégias de enfrentamento, mostrando que essas estratégias podem mudar durante as etapas de uma situação estressante. De acordo com essas mudanças nas reações individuais, não existe a possibilidade de se tentar predizer respostas situacionais a partir do estilo específico de enfrentamento de uma pessoa. De acordo com a classificação utilizada por Draigle e Stewart (1997) os participantes do presente estudo tiveram predomínio de um enfrentamento do diagnostico da doença renal crônica focado no problema, principalmente no Fator 8 - Reavaliação Positiva, como exposto na tabela. Porém, com mais de 20% do total de participantes, o enfrentamento com base no apoio social foi utilizado. Nessa forma de enfrentamento, o paciente busca informações sobre a sua doença, informações clínicas como também contato com outros pacientes e profissionais aptos ao suporte emocional. Lazarus (1984) afirma que os modos de enfrentamento focados no problema são estratégias usadas para a resolução dos problemas, assim os esforços serão direcionados para definir o problema e gerar soluções alternativas para o mesmo, escolher uma solução e agir. Na maioria dos estudos encontrados na literatura que utilizam estratégias de enfrentamento com população de participantes parecida com a do nosso estudo, pode se observar que os participantes utilizam tanto os modos de enfrentamento focado no problema quanto na emoção 11 . Além disso, alguns autores consideram os modos de enfrentamento focado na emoção menos efetivos para a criação de estratégias que o enfrentamento focado no problema. Sendo assim fica sugerido que os participantes deste estudo conseguem enfrentar melhor as adversidades e os obstáculos impostos pela doença, bem como traçar estratégias para não se deixar abater. Nossos resultados sugerem que a maioria dos pacientes participantes utilizaram o modo de enfrentamento focado no problema, o que os permitiu traçar estratégias para lidar com a doença e com os prejuízos causados pela mesma. O estudo possibilitou conhecer as estratégias e o modo de enfrentamento destes CONCLUSÕES 8º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, 2015. Estratégias de Enfrentamento utilizadas por pacientes que realizam hemodiálise, Iris F. Souza, Lívia Laís Faccioli, Rafael Zambelli A. Pinto, Susymari A. T. Padulla,– ISSN2176-9761 participantes frente a doença, trazendo um maior conhecimento para os profissionais da saúde envolvidos em seus cuidados. Referências 1. ANDOLFATO, Crislaine; MARIOTTI, Milton Carlos. Avaliação do paciente em hemodiálise por meio da medida canadense de desempenho ocupacional. Jan/abr.2009. Volume 20, n1.p.1-7 2. PADULLA, S. A. T., et al. 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