Maria de Lourdes Spazziani Sueli Guadelupe de Lima Mendonça (Organizadoras) Cadernos Prograd CADERNOS PROGRAD – INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: PIBID 2009/2012 São Paulo 2014 Reitor Julio Cezar Durigan Vice-Reitora Marilza Vieira Cunha Rudge Pró-Reitor de Graduação Laurence Duarte Colvara Pró-Reitor de Pós-Graduação Eduardo Kokubun Pró-Reitora de Pesquisa Maria José Soares Mendes Giannini Pró-Reitora de Extensão Universitária Mariângela Spotti Lopes Fujita Pró-Reitor de Administração Carlos Antonio Gamero Secretária Geral Maria Dalva Silva Pagotto Chefe de Gabinete Roberval Daiton Vieira Universidade Estadual Paulista Pró-reitor Laurence Duarte Colvara Secretária Joana Gabriela Vasconcelos Deconto Assessoria José Brás Barreto de Oliveira Maria de Lourdes Spazziani Valéria Nobre Leal de Souza Oliva Técnica Bambina Maria Migliori Camila Gomes da Silva Cecília Specian Gisleide Alves Anhesim Portes Ivonette de Mattos Maria Emília Araújo Gonçalves Maria Selma Souza Santos Renata Sampaio Alves de Souza Sergio Henrique Carregari Projeto gráfico Estela Mletchol Diagramação Alfredo P. Santana equipe ©Pró-Reitoria de Graduação, Universidade Estadual Paulista, 2014. Ficha catalográfica elaborada pela Coordenadoria Geral de Bibliotecas da Unesp C122 Cadernos Prograd – Inicição à Docência : PIBID 2009/2012 [recurso eletrônico] / Maria de Lourdes Spazziani, Sueli Guadalupe de Lima Mendonça (Organizadoras). – São Paulo : Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação, 2014. 180 p. Disponível em: http://www.unesp.br/prograd Resumo: Apresenta os subprojetos que compuseram a primeira geração do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) na Unesp. ISBN 978-85-61134-08-2 1. Professores – Educação Continuada. I. PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. II. Spazziani, Maria de Lourdes. III. Mendonça, Sueli Guadalupe de Lima. IV. Universidade Estadual Paulista. Pró-Reitoria de Graduação. CDD 378.8161 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa 2 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Apresentação Caro leitor, Esta publicação da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Unesp apresenta os sub- projetos que compuseram a primeira geração do Programa Institucional de Bolsa de Ini- ciação à Docência (PIBID) nessa universidade, o que se deu a partir de sua participação no Edital publicado pela Capes no ano de 2009. Naquele momento, em atendimento ao referido Edital, a Prograd divulgou junto à comunidade unespiana o convite para parti- cipar do Programa proposto pelo governo federal. A resposta foi extremamente positiva e envolveu professores ligados aos cursos de licenciatura em diferentes unidades univer- sitárias que apresentaram mais de trinta proposições de subprojetos. O Edital Capes, porém, tinha a limitação de apresentação de apenas 12 subprojetos relacionados ao projeto institucional. Desta forma, após amplo processo de discussão, ne- gociação e articulação entre os proponentes, procurou-se atender as áreas específicas do Edital/Capes, chegando-se a composição final do projeto institucional intitulado “O pro- cesso de formação de licenciandos: ações conjuntas da Universidade Pública e da Escola de Educação Básica” que foi organizado em subprojetos principais e complementares, con- forme se observa nos quadros a seguir. Quadro Subprojetos Principais. Subprojetos Câmpus Nível de Ensino Nº de bolsas Iniciação a Docência Nº de bolsas Supervisores (professores da rede pública) 1 – Pedagogia Marília (1ª a 4ª séries) Ensino Fund. 20 2 2 – Matemática Rio Claro e Guaratinguetá Ensino Médio 20 2 3 – Pedagogia Araraquara (1ª a 4ª séries) Ensino Fund. 20 2 4 – Multidisciplinar (Ciências Biológicas, Física, Matemática e Química) Bauru e Botucatu Ensino Médio 24 4 3 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apaApresentação Subprojetos Câmpus Nível de Ensino Nº de bolsas Iniciação a Docência Nº de bolsas Supervisores (professores da rede pública) 5 – Multidisciplinar (Educação Física, Física e Geografia) Rio Claro Ensino Fund. 24 3 6 – Ciências Biológicas Ilha Solteira Ensino Fund. 10 1 Total 118 15 Subprojetos Complementares. Subprojetos Câmpus Nível de Ensino Nº de bolsas Iniciação a Docência Nº de bolsas Supervisores (professores da rede pública) 1 – Pedagogia/Letras Araraquara, Bauru, Marília, Pres. Prudente e Rio Claro EJA 24 3 2 – Matemática Ilha Solteira, Pres. Prudente e São José do Rio Preto Ensino Fund. 24 3 3 – Educação Musical São Paulo Ensino Fund. (1ª a 4ª séries) 10 1 4 – Filosofia e Ciências Sociais (Sociologia) Araraquara e Marília Ensino Médio 24 3 5 – Química Araraquara e Pres. Prudente Ensino Médio 20 2 6 – Física Guaratinguetá e Pres. Prudente Ensino Médio 20 2 Total 122 14 O projeto institucional, coordenado pela Prof.ª Maria Antonia Granville (Unesp/São José do Rio Preto), foi aprovado integralmente e constituiu-se como uma importante con- quista da universidade no campo da formação de professores. O Programa por oferecer aos envolvidos no processo – professores universitários, licenciandos e professores da rede pública – uma bolsa de dedicação às atividades formativas, permitiu outro patamar para continuação 4 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa a realização das atividades nos cursos de licenciatura, ampliando a dimensão da atuação, a qualidade das ações desenvolvidas e, consequentemente, o impacto político no âmbito das licenciaturas. Não temos dúvidas de que essa conquista foi possível, principalmente, pelo acúmu- lo de experiências resultantes da larga trajetória de trabalho junto às escolas públicas da educação básica, viabilizadas por meio do Programa Institucional Núcleos de Ensino da Unesp (NE), criado em 1987 e em vigência até hoje. Esse Programa, ao longo de sua exis- tência, proporcionou as condições necessárias (bolsas e recursos financeiros para ativi- dades nas escolas) para o desenvolvimento de um trabalho compartilhado entre a Uni- versidade e as escolas públicas de Educação Básica. Dos proponentes de subprojetos no Edital/Capes 2009, todos tinham algum tipo de experiência com projetos junto ao NE e, portanto, um trabalho de parceria junto às escolas de rede, o que permitiu rápida arti- culação para a definição do projeto institucional que apresentou os seguintes objetivos: • Gerais: – ampliar as possibilidades de inserção do licenciando na realidade escolar; – conscientizar o licenciando-bolsista quanto à importância da sua contribuição para a superação de problemas e desafios da escola pública de educação básica; – formar, em situação pré-serviço e com a colaboração da escola de educação bá- sica, o licenciando bolsista. • Específicos: – incorporar à formação (inicial) do licenciando-bolsista vivências e experiências proporcionadas pelo dia a dia da escola pública de educação básica; – contribuir, por meio da participação ativa nos subprojetos interdisciplinares integrantes deste “Plano de trabalho”, para a articulação dos componentes cur- riculares da escola básica, em nível de ensino fundamental e ensino médio, de modo a constituírem um todo coeso, e não partes isoladas, como é frequente ocorrer; – ensejar aos licenciandos-bolsistas o contato e a familiarização com o contexto escolar, com a rotina de sala de aula, com as práticas educativas exercitadas no dia a dia do ambiente escolar e com os principais desafios ali presentes. 5 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apaApresentação Apesar das sérias dificuldades para o estabelecimento do convênio entre a Unesp e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, o PIBID/Unesp-2009, assim conhecido, conseguiu desenvolver seu trabalho. Durante o primeiro ano de realização das ativida- des, 2010, o Projeto Institucional contou com forte apoio da Prograd que garantiu re cursos financeiros para o desenvolvimento das ações previstas. A liberação dos recursos pela Capes aconteceu a partir da assinatura do convênio com a SEE-SP e Unesp, fato só ocor- rido em 2011, quando o Professor Herman Jacobus Cornelis Voorwald assumiu o cargo de secretário da educação. A liberação dos recursos permitiu aos subprojetos desenvolver importantes ativida- des em relação à formação de professores, permitindo, entre outras coisas, a produção de novas pesquisas em educação, o desenvolvimento de novas metodologias e a produção de materiais didáticos. Em 2012, vivenciando um contexto marcado por bons resultados de- rivados do trabalho desenvolvido, o PIBID/2009 expandiu-se por meio do desmembramento de subprojetos e/ou da ampliação do nº de bolsas nos subprojetos já existentes, ganhando maior espaço no cenário institucional. Infelizmente, no mês de março de 2012 ocorreu o falecimento da Profa. Maria An- tonia Granville, primeira coordenadora institucional do PIBID. Para seu lugar foi indicada a Profa. Sueli Guadelupe de Lima Mendonça (Unesp/Marília) que coordenou o processo de expansão das ações a partir da nova composição do Projeto Institucional que passou a ter 16 subprojetos. Quadro PIBID 2009/2012. Subprojetos Câmpus Nível de Ensino Coordenador de Área Bolsista ID Escola Supervisor 1 – Biologia Ilha Solteira Ensino Fund. 1 10 1 1 2 – Interdisciplinar (Educação Física, Física e Geografia) Rio Claro Ensino Fund. 1 24 3 3 3 – Interdisciplinar (Biologia, Física, Matemática e Química) Bauru e Botucatu Ensino Médio 1 34 5 5 4 – Ciências Sociais Araraquara Ensino Médio 1 8 1 1 5 – Ciências Sociais Marília Ensino Médio 1 25 3 3 6 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Subprojetos Câmpus Nível de Ensino Coordenador de Área Bolsista ID Escola Supervisor 6 – Educação Musical São Paulo Ensino Fund. (1ª a 4ª séries) 1 10 1 1 7 – Filosofia Marília Ensino Médio 1 10 2 2 8 – Física Guaratinguetá Ensino Médio 1 10 1 1 9 – Física Pres. Prudente Ensino Médio 1 10 1 1 10 – Matemática Guaratinguetá e Rio Claro Ensino Médio 1 20 2 2 11 – Matemática Ilha Solteira, Pres. Prudente e São José do Rio Preto Ensino Fund. 1 40 5 5 12– Pedagogia Araraquara Ensino Fund. (1ª a 4ª séries) 1 20 2 2 13 – Pedagogia Marília Ensino Fund. (1ª a 4ª séries) 1 20 2 4 14 – Pedagogia Araraquara, Bauru, Marília, Pres. Prudente e Rio Claro EJA 1 25 5 5 15 – Química Araraquara Ensino Médio 1 12 2 2 16 – Química Pres. Prudente Ensino Médio 1 8 1 1 Total 16 286 37 40 A partir de agosto de 2012, com a aprovação pela Capes das alterações solicitadas, o PIBID/Unesp-2009 acomodou melhor as demandas de diferentes subprojetos e licencia- turas, que também foram absorvidos, em parte, pelo PIBID/Unesp-2011, que, em desen- volvimento concomitante, foram paulatinamente se integrando ao longo do processo. A partir do momento supracitado, a coordenação institucional passou a ter também o apoio da coordenação de gestão dos processos educacionais, uma nova função criada pela Capes. O PIBID/Unesp-2009, ao longo desses anos, consolidou-se interna e externamente ao propiciar oportunidades concretas aos licenciandos e professores envolvidos, contri- buindo efetivamente para a formação inicial e continuada e para a melhoria da quali dade da escola pública. continuação 7 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apaApresentação Em 2013, com o desenvolvimento de ações efetivas propostas pela Coordenação Ins- titucional e de Gestão, os dois Projetos em vigência – PIBID/Unesp 2009 e 2011 – efeti- varam um processo de integração visando a preparação para o Edital PIBID/Capes de 2013. Esse processo, embora desafiador, apresentou resultados positivos, uma vez que o Projeto Institucional apresentado foi aprovado integralmente e se constituiu em um dos maiores projetos PIBID do Brasil, com 931 bolsas de Iniciação à Docência, 168 bolsas para profes- sores supervisores atuantes na rede pública e 78 bolsas de coordenação de área. Essa grande equipe é composta ainda por quatro coordenadores de gestão de processos educa- cionais e uma coordenadora institucional. Os textos a seguir apresentam a origem desse processo na ótica dos subprojetos con- siderados pioneiros no PIBID/Unesp. No momento da produção dos textos aqui presentes, os envolvidos em cada um dos subprojetos já apreendiam não só os desafios, mas princi- palmente a potencialidade do que consideramos um novo paradigma de formação de pro- fessores no país, já anunciado e praticado na Unesp pelos Núcleos de Ensino. Trazer a público a história do PIBID/Unesp contribui claramente para a reflexão do trabalho desenvolvido, bem como para aquele que ainda temos a desenvolver e que apre- senta-se no horizonte de uma universidade que tem compromisso com a formação de pro- fessores. Certamente, no início das atividades do PIBID, em 2009, por mais otimistas e confiantes que fôssemos, não imaginávamos o quanto a Unesp poderia contribuir e con- solidar esse processo de grande importância na história da educação pública paulista. São Paulo, 19 de junho de 2014. Sueli Guadelupe de Lima Mendonça Maria José da Silva Fernandes 8 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Sumário Prefácio .......................................................................................... 10 Área de Humanas 1 Musicalização na Educação Básica .................................................. 13 2 Formação Docente, Experiências e Parcerias .................................... 17 3 PIBID Pedagogia ......................................................................... 27 4 Alfabetização da FFC/Marília ......................................................... 33 5 Licenciatura em Ciências Sociais de Araraquara ................................ 41 6 Ciências Sociais (Sociologia) – Marília ............................................ 48 7 Pedagogia/EJA ........................................................................... 63 Área de Exatas 8 Física – PIBID 2009/2012 ............................................................. 99 9 Química para o Ensino Médio ........................................................ 110 10 Estímulo a Docência Atuando no Processo de Formação Inicial de Professor de Química ................................................................... 115 11 Matemática FEG/IGCE: Sentidos e Possibilidades de Parcerias ............. 119 12 PIBID/Unesp – Matemática – Ilha Solteira, Presidente Prudente e S.J. Rio Preto ............................................................................. 128 Área de Biológicas 13 Licenciatura em Ciências Biológicas ............................................... 141 9 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apaSumário Área Interdisciplinar 14 Avaliação e Reflexões sobre a Formação Inicial de Professores ........... 150 15 Parceria Unesp e Escolas de Ensino Básico: Articulando a Formação Inicial e Continuada nas Ciências da Natureza, Biologia, Física e Educação Física ........................................................................... 174 10 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Prefácio A profissionalização docente, sobretudo da educação básica, vem se constituindo como um dos mais importantes setores profissionais na agenda mundial de prioridades da UNESCO, que desde 1945 tem dado ênfase a este segmento. O papel do profissional do magistério no contexto atual da sociedade está para assegurar uma educação de quali- dade para todos, tanto no plano cognitivo quanto na dimensão humanista e ética. Estas dimensões integram o direito subjetivo à educação que a Declaração Universal dos Direi- tos Humanos destaca como quesito fundamental para a construção das sociedades. Neste sentido, há inúmeros esforços que estão sendo canalizados para alcançar tais propósitos no cenário brasileiro, em especial pelas universidades públicas, tais com a Unesp que dedica mais de um terço de seus cursos a formação de professores para atua- rem na educação básica. Dentre as inúmeras iniciativas desta instituição na área de formação docente, des- taca-se o envolvimento no Programa Institucional de Iniciação à Docência, que desde 2009 vem mobilizando docentes, alunos dos cursos de licenciaturas e docentes de escolas de educação básica. Corroborando com estas iniciativas emergem os “Cadernos Prograd – Iniciação à Docência 2009/2012” que apresenta experiências realizadas neste período nos diferentes câmpus universitários. Os relatos estão organizados em quatro áreas do conhecimento: humanas, exatas, biológicas e interdisciplinar, em acordo com os projetos desenvolvidos neste programa. Na área de humanas encontram-se experiências focadas no ensino de e na formação em Música (IA/SP), Filosofia (FFC/Marília), Pedagogia – Múltiplas áreas (FCL/Araraquara), Pedagogia – Alfabetização (FFC/Marília), Pedagogia – EJA (FFC/Marília e IB/Rio Cla- ro), Ciências Sociais (FCL/Araraquara e FFC/Marília). Em exatas emergem textos nas dis- ciplinas de Física (FEG/Guaratinguetá e FCT/Presidente Prudente), Química (IQ/Araraquara) e Matemática (FCT/Presidente Prudente. No campo das biológicas há relato do curso de Ciências Biológicas (FEIS/Ilha Solteira). E na área interdisciplinar reúne texto envolvendo os cursos de Física, Química, Matemática e Ciências Biológicas (FC/Bauru) e do curso de Ciências Biológicas (IB/Botucatu). As experiências detalham a organização e desenvolvimento das atividades nos di- versos cursos, indicando êxito ou mesmo dificuldades encontradas neste processo de diá- logo entre universidade e escolas de educação básica. 11 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apaPrefácio O magistério constitui um setor central para o desenvolvimento das sociedades con- temporâneas e é um dos pontos fundamentais para entender as suas transformações. Atualmente no Brasil, no quadro educacional brasileiro, há expansão da oferta de educa- ção básica, com indícios de inclusão social para segmentos pouco representados no aten- dimento escolar oferecido nas diversas regiões do país, demandando um maior número de docentes para todas as etapas do processo de escolarização. Desta forma, a formação inicial é um dos momentos do desenvolvimento profissio- nal dos professores e pode ser considerada como um dos domínios mais decisivos para mudanças na educação, entendendo-se que a partir dela produz-se, também, a profissão de professor. Os cursos de licenciatura, desde quando foram implantados, na década de 1930, es- tiveram atrelados aos cursos de bacharelado, já nascendo em situação de desvantagem. Entende-se que o investimento na docência desde os primórdios do processo formativo de forma articulada assegure a todos, indistintamente, o direito à educação e ao ensino de qualidade, promovendo, de fato, a emancipação dos indivíduos e dos grupos sociais e aponta às instituições de ensino superior o “norte” que deverá orientar suas ações, em parceria com as escolas de educação básica. Neste sentido, a Iniciação à Docência se constitui como um dos desafios postos à sociedade atual, especialmente para o campo do ensino de graduação. As experiências aqui relatadas com certeza contribuem para ampliar este debate e indicar os possíveis e necessários caminhos. São Paulo, maio de 2014. Maria de Lourdes Spazziani H U M A N A S Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa 13 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa 1 Musicalização na Educação Básica Luiza Helena da Silva Christov Instituto de Artes/Unesp/São Paulo O presente artigo registra brevemente as características gerais e aprendizados cen- trais do subprojeto Musica do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, realizado pelo Instituto de Artes da Unesp. Desenvolvemos nosso projeto em musicalização para o Ensino Fundamental I dentro da Escola Estadual Professor Izac Silvério, localizada na Vila Albertina, bairro periférico da Zona Norte da capital paulista, cuja característica principal é sua localização aos pés da Serra da Cantareira, em contexto de contraste social, posto que na serra há uma ocu- pação imobiliária bastante procurada por um segmento mais abastado da sociedade pau- listana, podendo se ver do próprio pátio escolar tanto os casarões da serra, quanto a pre- cariedade da maioria da população residente nos morros da Vila Albertina. O grupo é formado por dez alunos bolsistas, e por três professoras sendo duas orien- tadoras na Unesp e uma supervisora dentro da escola, a professora de Artes. Os objetivos mais gerais podem ser resumidos como se segue: • Favorecer o desenvolvimento junto às crianças de atenção e de capacidade de es- cuta (musical e dialogal). • Desenvolver sensibilização e apreciação musical. • Desenvolver a percepção e a execução de elementos musicais como: pulso, ritmo, melodia, harmonia, gêneros musicais, parâmetros do som (altura, intensidade, duração e timbre), textura, fraseologia musical. • Mobilizar criatividade relativa à composição sonora em nível de musicalização, criação de instrumentos e articulação entre elementos sonoros, visuais e corporais. • Ampliar movimentos corporais. A metodologia de ação-reflexão-ação é fundamental para o aprendizado sobre a ex- periência. Cada estudante bolsista tem sob sua responsabilidade duas ou três turmas, com uma presença semanal na escola. Trabalhamos em duplas ou trios e dividimos as tarefas em sala de aula. 14 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Os planejamentos são feitos pelas duplas ou trios, com base em tema gerador iden- tificado em processo de levantamento do universo cultural dos alunos da escola de ensino fundamental. Nas aulas buscamos sempre a participação das crianças, de maneira que pudessem expor suas opiniões e avaliar conosco a atividade proposta. Temos um encontro semanal entre bolsistas orientadoras para avaliação e planeja- mento das ações na escola. O trabalho de arte/educação com foco na musicalização no ensino fundamental I tem a relevância de favorecer o desenvolvimento de habilidades importantes para todas as áreas de conhecimento, tais como: escuta atenta e capaz de distinguir diferentes sons do ambiente; escuta oportuna, necessária à realização de trabalhos coletivos; noções de lateralidade, de pulso, de coordenação motora e sobretudo de atenção e percepção de si e do outro, além da sensibilidade para o ambiente sonoro e superação de posturas que impedem comunicação e convívio respeitoso. Dados gerais do subprojeto. Coordenação Curso Unidade/Cidade Período Luiza Helena da Silva Christov Licenciatura em Educação Musical Instituto de Artes/ São Paulo integral Professor-Orientador Luiza Helena da Silva Christov Alunos-Bolsistas Ana Maria Sacramento Licenciatura em Educação Musical Instituto de Artes/ São Paulo integral Angelica da Silva Avante Idem Idem integral Bruna B. Leal Dias Idem Idem integral Elian Araujo Lima Ribeiro Idem Idem integral Fábio Tagliari Martinez Idem Idem integral Juliane Marques Idem Idem integral Priscila Cipriano Idem Idem integral Ravi de Souza Landim Idem Idem integral Thaís dos Santos Marcolino Idem Idem integral Vanessa Ribeiro Idem Idem integral 15 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Professor-supervisor Escola Diretoria de ensino ou SME Período Rosangela Dantas E.E. Prof. Izac Silverio Diretoria Regional de Ensino Norte 2 da capital diurno Colaboradores Curso Unidade/Cidade Período Doutoranda e educadora musical Jessica Makino Instituto de Artes da Unesp A E.E. Prof. Izac Silvério atende cerca de 410 alunos de primeiro ano a quarta série, distribuídos em 14 turmas (7 no período da manhã e 7 no período da tarde). As salas de aula têm cerca de vinte e cinco a quarenta estudantes e o número de professores é apro- ximadamente 20. As diferentes experiências vividas revelam o valor do posicionamento da professora polivalente em relação à aula de música para a fluidez do aprendizado musical. Compreen- demos que um trabalho em parceria pode contribuir beneficamente tanto para o bom andamento da aula de música, quanto para as rotinas do cotidiano de aula, onde a mú- sica pode surgir como uma importante ferramenta interdisciplinar. As aulas de música por vezes foram vistas com desconfiança na E.E Izac Silvério por trabalharem pela des- construção de uma autoridade excessivamente disciplinadora buscando estimular o senso coletivo e autonomia intelectual das crianças, em uma escola permeada por uma realidade social bastante complexa, lidando cotidianamente com questões delicadas como violência na escola ou no ambiente doméstico e a criminalidade. Neste sentido, nossa aposta cen- trou-se na busca por um caminho pedagógico que não reafirmasse posturas punitivas, mas educadoras, baseadas em conversas para reflexão e negociação necessárias ao desen- volvimento das ações de musicalização. Aprender música, não é um processo que se restringe à apreensão de conceitos ou à execução de notas. O fazer musical carrega consigo uma série de outras competências menos objetivas, como a percepção e escuta do outro, a paciência e tantas outras coisas. Com apenas um contato semanal, desenvolver esta relação de confiança e compreensão configura um caminho um pouco mais complexo do que o da convivência diária viven- ciada pela professora polivalente. O compartilhamento destes processos de convivência pode ser a chave para encurtar este caminho ou, pelo menos, remover alguns obstáculos. continuação Musicalização na Educação Básica 16 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Aliado ao processo de formação musical, tivemos oportunidades de pensar sobre o sistema de ensino atual da rede pública brasileira, mais especificamente na realidade do estado de São Paulo em uma escola pública estadual, e refletir sobre a importância de nossa área de atuação, bem como o papel social do arte-educador. Por meio das experiências desenvolvidas e dos momentos de reflexão, pudemos per- ceber estratégias relativamente eficazes para o ensino de música, bem como detectar fa- lhas e pontos em que nos faltam aprofundamento para que possamos melhor cumprir o papel de docente em música. Aliado a isso, tivemos oportunidades de pensar sobre o sis- tema de ensino atual da rede pública brasileira, mais especificamente na realidade do estado de São Paulo em uma escola pública estadual, e refletir sobre a importância de nossa área de atuação, bem como o papel social do arte-educador. Referências ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2010. BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003. FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e edu- cação. São Paulo. Editora da Unesp, 2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Tolerância. Organização e notas Ana Maria Araújo Freire. São Paulo: Editora da Unesp, 2004. GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: A Teoria na Prática. Tradução de Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. KOELLREUTTER, H.-J. Educação musical no terceiro mundo: função, problemas e possibili- dades. In: KATER, Carlos (Org.). Educação Musical: Cadernos de estudo. n. 1. Belo Horizonte: EMUFMG/FEA/FAPEMIG, 1997. 17 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa 2 Formação Docente, Experiências e Parcerias Vandeí Pinto da Silva Faculdade de Filosofia e Ciências/Unesp/Marília O subprojeto PIBID/CAPES Filosofia, da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp, câmpus de Marília, teve seu embrião no Subprojeto Filosofia e Ciências Sociais (Sociolo- gia), referente ao edital de 2009, que agregava três licenciaturas: Filosofia/Marília, Ciên- cias Sociais/Marília e Ciências Sociais/Araraquara. Nesta primeira etapa as atividades referentes à filosofia foram desenvolvidas em duas Escolas Estaduais da Diretoria de Ensino de Marília: EE “Antônio Augusto Netto” e EE “Prof. Baltazar de Godoy Moreira”. O subprojeto PIBID Filosofia, a partir de 2012, encontra-se vinculado ao curso de Filosofia e atua nas Escolas Estaduais “Prof. Baltazar de Godoy Moreira” e “José Alfredo de Almeida”, da cidade de Marília. Composição da Equipe. Coordenação Curso Unidade/Cidade Período Vandeí Pinto da Silva Filosofia FFC de Marília 08/2012 Professor-Orientador Rodrigo Pelloso Gelamo Filosofia FFC de Marília 08/2012 Vandeí Pinto da Silva Filosofia FFC de Marília 08/2012 Alunos-Bolsistas Airton Francisco Domingues Filosofia FFC de Marília 08-09/12 Augusto Rodrigues Filosofia FFC de Marília 08/2012 Camila da Cruz Silva Filosofia FFC de Marília 08/2012 Carlos Aparecido Santos Filosofia FFC de Marília 08/2012 João Francisco Campoy Neto Filosofia FFC de Marília 08/2012 João Pedro Morgado Filosofia FFC de Marília 10/2012 Larissa Freire Ferreira Filosofia FFC de Marília 08/2012 Leandro Gabriel dos Santos Oliveira Filosofia FFC de Marília 08/2012 Marielle Bella Sacco Filosofia FFC de Marília 08/2012 Silmara Cristiane Pinto Filosofia FFC de Marília 08/2012 Vinícius Pereira de Camargo Filosofia FFC de Marília 08/2012 18 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Professor-supervisor Escola Diretoria de ensino ou SME Período Genivaldo de Souza Santos E.E. Prof. Baltazar de Godoy Moreira Diretoria de Ensino de Marília 08/2012 Éliton Dias da Silva E.E. José Alfredo de Almeida Diretoria de Ensino de Marília 08/2012 Colaboradores Curso Unidade/Cidade Período Antonio Trajano Menezes Arruda Filosofia FFC de Marília 08/2012 O subprojeto PIBID/CAPES Filosofia tem como objetivo geral aprimorar a formação docente propiciada na licenciatura em filosofia e a formação continuada dos professores do ensino básico, bem como, contribuir para a melhoria da qualidade da formação propi- ciada aos estudantes do Ensino Médio. A presença da filosofia como disciplina obrigatória da matriz curricular do Ensino Médio brasileiro apresenta desafios e possibilidades em três âmbitos principais e que são contemplados pelo PIBID: o da formação docente nas licenciaturas em filosofia, o da for- mação continuada dos professores do ensino básico e o da formação dos estudantes do ensino básico. O subprojeto PIBID de licenciatura em Filosofia busca tratar de forma in- tegrada os três âmbitos citados, articulando ensino, pesquisa e extensão. A metodologia de trabalho tem como referência a pesquisa-ação. Na Universidade são realizadas reuniões semanais para discussão de textos referentes ao ensino de filo- sofia e reuniões semanais para elaboração das aulas, definição das temáticas e das estra- tégias de intervenção. Nas escolas parceiras se dá o conhecimento da realidade escolar, criação e implementação de atividades filosóficas vinculadas aos temas a serem tratados nas aulas. Seguindo a meta de valorização da licenciatura em Filosofia o projeto tem propicia- do, no âmbito do curso de filosofia, aproximar bacharelado e licenciatura no processo de formação do docente; aproximar universidade e escola de ensino básico, fortalecendo parcerias; aprimorar a formação dos professores universitários envolvidos no subprojeto; integrar os estudantes do ensino básico à universidade pública, abrindo-lhes perspecti- vas de continuidade dos estudos; melhorar a qualidade do ensino básico. A avaliação preliminar dos resultados, tendo como parâmetro o desempenho de cada um dos segmentos envolvidos e mediante análise de sua participação, tem sido muito positiva. continuação 19 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Escola Estadual Parceira “Prof. Baltazar de Godoy Moreira” A escola E.E. “Professor Baltazar de Godoy Moreira, da Diretoria de Ensino da Região de Marília, está situada na Rua Vinte e Quatro de Dezembro, 2.687, Bairro São Miguel, CEP: 17506-030, telefone: 3433-0536, zona norte da cidade de Marília/SP. Representada por Vera Lúcia Miazato, diretora desta escola. De acordo com a diretora, a E.E. “Professor Baltazar de Godoy Moreira” foi fundada por volta dos anos de 1972 a 1975, mas não se sabe o ano exato. Nesse sentido serão feitos estudos visando o resgate histórico de sua fundação. Contudo, trata-se de unidade esco- lar com identidade bem definida e boa conceituação perante a comunidade mariliense. No ano de 2011, a E.E. “Professor Baltazar de Godoy Moreira”, de acordo com a coor- denadora Angelina e dados fornecidos pela secretaria da referida escola, contava com 96 professores inscritos, dos quais: 46 efetivos, 19 da categoria F, 16 da categoria O, 6 da categoria L e 6 da categoria S. Trata-se de instituição de grande porte. No ano de 2011 totalizava 1297 alunos, sendo 871 do Ensino Médio (matutino e noturno) e 426 do Ensino Fundamental (segundo ciclo, período vespertino). Além da boa recepção que temos na escola, a atuação do professor supervisor Geni- valdo de Souza Santos tem sido muito importante para o êxito dos trabalhos na escola parceira. O professor Genivaldo fez filosofia na Unesp e tem cargo efetivo na escola. En- quanto estudante de filosofia foi bolsista de projeto do Núcleo de Ensino sob nossa coor- denação e atualmente é doutorando em educação, pesquisando o tema ensino de filosofia. A escola possui IDEB 5,5, baixa rotatividade de docentes, boa estrutura física e ex- celente organicidade, o que tem facilitado o trabalho dos professores. Nesta escola, o subprojeto PIBID filosofia atua diretamente com 160 alunos. Além disso, os integrantes do projeto participam de reuniões de Trabalho Coletivo e do Conse- lho de Escola. Em reuniões de planejamento o coordenador do projeto tem ministrado palestras para todos os docentes, funcionários e gestores da escola. Cumpre lembrar que o Subprojeto Filosofia e Ciências Sociais (Sociologia), referente ao edital de 2009, teve a segunda etapa das atividades sobre filosofia desenvolvidas nesta escola, em continuidade às análises do material “São Paulo faz Escola” da SEE/SP. Deste modo, o atual Subprojeto Filosofia se coloca como uma continuidade dos trabalhos do PIBID já desenvolvidos nesta escola parceira. Formação Docente, Experiências e Parcerias 20 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Destaque-se que há 4 anos são desenvolvidos projetos do Núcleo de Ensino nesta Unidade Escolar. Atualmente desenvolvemos o projeto do Núcleo de Ensino denominado “Relações entre senso comum e filosofia no ensino médio”, contemplado com dois bolsis- tas. Trata-se de instituição que também recebe inúmeros estudantes estagiários, carac- terizando-se como instituição formadora de futuros professores. Escola Estadual Parceira “José Alfredo de Almeida” A escola E.E. “José Alfredo de Almeida”, da Diretoria de Ensino da Região de Marília, está situada na Rua Tomé de Souza, 5, Jardim Continental, CEP: 17524-310, telefone: 3417-4910, zona sul da cidade de Marília/SP. Representada por Rosângela Mariza P. Alves Teixeira, diretora desta escola. Nesta escola já foram desenvolvidos projetos do Núcleo de Ensino e o subprojeto PIBID referente ao edital de 2009, Filosofia e Ciências Sociais (Sociologia). Contudo, as atividades diretamente relacionadas com a Filosofia só tiveram início no segundo semes- tre de 2012, com o PIBID Filosofia. A escola apresenta desafios decorrerentes de rotatividade de professores, estudantes trabalhadores e provenientes de famílias de baixa renda. Ressalte-se que além dos proje- tos devenvolvidos em parceria com a Unesp (Núcleo de Ensino e PIBID) a escola desen- volve outros programas, dentre os quais o programa Escola da Família, o que tem possi- bilitado sua aproximação mais orgânica com a comunidade local. Além de sua abertura para os trabalhos em parceria com a universidade, esta insti- tuição tem recebido anualmente dezenas de estudantes estagiários de diferentes licen- ciaturas, fator que a caracteriza como instituição básica de ensino formadora de futuros professores. A escola oferece Ensino Fundamental II e Ensino Médio e totaliza cerca de 800 alu- nos, sendo 200 diretamente envolvidos no subprojeto PIBID Filosofia. Dentro do programa de formação continuada dos professores da escola, no corrente ano pudemos contar com a presença do Prof. Dr. Diego Jorge González Serra, da Univer- sidade de Havana, que ministrou conferência aos professores sobre “Motivação e desen- volvimento humano”. As discussões foram muito profícuas. Cumpre destacar a atuação do Professor supervisor Éliton Dias da Silva, por sua ex- periência como ex-aluno do curso de Filosofia da UNESP e ex-bolsista do PIBID. Atual- 21 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa mente, na função de professor supervisor do PIBID na escola parceira, tem facilitado em muito a orientação dos trabalhos dos bolsistas. Escola Estadual Parceira “Antonio Augusto Netto” Composição da Equipe de Filosofia integrante do Subprojeto Filosofia e Ciências Sociais (Sociologia), referente ao edital de 2009. Coordenação Curso Unidade/Cidade Período Sueli Guadelupe de Lima Mendonça Filosofia e Ciências Sociais FFC de Marília 04/2010 Professor-Orientador Rodrigo Pelloso Gelamo Filosofia FFC de Marília 04/2010 Vandeí Pinto da Silva Filosofia FFC de Marília 04/2010 Alunos-Bolsistas Amanda Veloso Garcia Filosofia FFC de Marília 04/2010 Éliton Dias da Silva Filosofia FFC de Marília 04/2010 Guilherme Kaila Goulart Ferreira Filosofia FFC de Marília 04/12/2010 Jeusete Maria de Oliveira Filosofia FFC de Marília 04/2010 Kátia Batista Camelo Pessoa Filosofia FFC de Marília 04/12/2010 Laura Rosa Kugler de Azevedo Filosofia FFC de Marília 04/12/2010 Larissa Freire Ferreira Filosofia FFC de Marília 01/2011 Leonardo Gonçalves Gomes Filosofia FFC de Marília 01/2011 Lucas Francisco Scalco Filosofia FFC de Marília 01/2011 Rosa Lopes Pontes Filosofia FFC de Marília 04/2010 Sara Morais da Rosa Filosofia FFC de Marília 04/2010 Sheila Ferreira da Silva Filosofia FFC de Marília 01/2011 Theo Tanus Salvadori Filosofia FFC de Marília 04/2010 Professor-supervisor Escola Diretoria de ensino ou SME Período Genivaldo de Souza Santos E.E. Prof. Antonio Augusto Neto e Baltazar de Godoy Moreira Diretoria de Ensino de Marília 08/2010 Juliana Fernandes Breda E.E. Prof. Antonio Augusto Neto FFC de Marília 4/7/2010 Formação Docente, Experiências e Parcerias 22 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa A escola E.E. “Antonio Augusto Netto”, da Diretoria de Ensino da Região de Marília, está situada na Rua Carlos Santili, 245, Parque São Jorge, CEP 17509-244, Fone 34174996, zona sul da cidade de Marília/SP. Representada por Tereza Cazane, diretora desta escola. Em 2011 a escola contava com 61 professores, sendo nove eventuais, com sede de exercício em outras unidades. A escola encontra-se localizada na Zona Sul da cidade de Marília, próxima da EE “José Alfredo de Almeida”, apresentando desafios semelhantes, tais como os decorrerentes da rotatividade de professores, estudantes trabalhadores e provenientes de famílias de baixa renda. Tais dificuldades têm sido enfrentadas com galhardia pela equipe escolar que tem buscado também estabelecer parcerias com a UNESP e outras instituições. A escola ofe- rece Ensino Fundamental II e Ensino Médio e totaliza cerca de 850 alunos, sendo que 265 foram diretamente envolvidos no subprojeto PIBID edital de 2009. Destacamos que se trata de uma escola de ensino fundamental e médio da rede pú- blica do Estado de São Paulo localizada numa zona suburbana da cidade de Marília e que atende alunos em grande parte de classe baixa. Sua avaliação no IDEB corresponde a 4,8. Conforme relatórios dos bolsistas é importante destacar que a experiência de ini- ciação a docência só se fez possível com o apoio e a colaboração das escolas parceiras, que foram solícitas e permitiram que nos tornássemos elementos ativos e participantes do cenário escolar. Contudo, não foi viável continuar o subprojeto nesta escola tendo em vista que a professora supervisora de filosofia se demitiu para concluir mestrado e assu- miu em seu lugar o prof Genivado Souza Santos, sendo que este, no ano de 2011, se trans- feriu para EE Baltazar de Godoy Moreira para assumir cargo efetivo. Neste sentido, para evitar maiores interrupções, optamos continuar o projeto na EE Prof. Baltazar de Godoy Moreira, onde permanecemos até o presente com o subprojeto PIBID Filosofia. Quanto ao perfil dos estudantes, conforme destacam os bolsistas PIBID, em certa medida não se preocupam com seus estudos, fazendo da escola um ambiente de convi- vência no qual podem encontrar seus amigos ou mesmo passar o tempo. Poucos alunos almejavam obter uma formação superior e outros diziam estar ali apenas para cumprir esta etapa obrigatória de sua formação. Ainda assim, muitos estudantes se mantinham participativos e interessados em debater os temas trabalhados durante as aulas e alguns deles se despertaram para a continuidade dos estudos. 23 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Discussão O foco central trabalhado nas instituições parceiras é o exercício do filosofar, con- cebido como atividade sistematizada do pensamento sobre questões relevantes para estu- dantes e professores. Assim, buscamos propiciar a estudantes da licenciatura e do ensino básico e a professores do ensino básico e da universidade atuantes no projeto reflexões filosóficas acerca da realidade que os cercam e sobre as experiências que o trabalho em parceria suscita. No Estado de São Paulo, há a Proposta Curricular Paulista, que se esmiuça nos Ca- dernos do Professor e nos Cadernos dos Alunos, evidenciando a tendência de reduzir a autonomia docente e, por conseguinte, a autonomia dos estudantes. A primeira etapa do subprojeto foi dedicada ao estudo e avaliação da Proposta Curricular Paulista, buscando reconhecer suas possibilidades e limites. No momento atual, buscamos criar, em conjunto com os professores do ensino básico, estratégias de apropriação dos materiais didáticos propostos pela SEE/SP, bem como de outros materiais existentes, de modo que façam desses materiais algo seu. Os estudantes de licenciatura, atuantes no PIBID, têm a possibilidade real de se envolverem diretamente na construção e implementação de planos de ensino e de aulas, sob a orientação de docentes da universidade e do supervisor da escola básica. Contudo, tal possibilidade não pode se configurar sem que simultaneamente ocorra a discussão sobre concepções de filosofia e seus objetivos formativos no contexto do ensino médio. Os estudantes do Ensino Médio também vivem a crise de perspectivas própria da sociedade contemporânea, fato que acentua suas desconfianças quanto ao papel da escola em sua formação e, particularmente, sobre o papel do ensino de filosofia. Tal situação reclama, sem dúvida, estratégias de aproximação e diálogo entre as experiências dos estudantes e as questões filosóficas, sem o que o ensino de filosofia poderá perder seu significado mais profundo de propiciar “reflexão filosófica”, restringindo-se a apenas ao oferecimento informações sobre alguns filósofos, teorias ou correntes filosóficas. A pro- posta é a de análise e elaboração conjunta A definição das temáticas do trabalho tem como referências a Proposta Curricular Paulista da SEE/SP (Cadernos do Professor e Cadernos dos Alunos), os livros indicados pelo PNLD, Iniciação à Filosofia, de Chaui e Filosofando, de Aranha e Martins, e indicações dos integrantes do projeto. Constituídas dos temas clássicos da filosofia, tais como: Formação Docente, Experiências e Parcerias 24 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa i) o que é filosofia; ii) relação entre filosofia, senso comum, religião e ciência; iii) ética (liberdade, felicidade, autonomia, bioética etc.); iv) filosofia política (igualdade, justiça, determinismos etc.); v) estética e filosofia da linguagem (olhar, representar e conceituar); vi) teoria do conhecimento (ciência, verdade, racionalismo, empirismo, irraciona- lismo etc). As estratégias de intervenção buscam propiciar o diálogo entre os estudantes do ensino médio, bolsistas e professor supervisor e o diálogo destes com a filosofia. As es- tratégias incluem a busca de situações que ensejam a experiência do filosofar acerca dos temas programados: discussões de textos filosóficos e de outros gêneros; aulas expositivas e dialogoadas incluindo participação dos bolsistas; estudos individuais e em grupo com orientação dos bolsistas e do supervisor; debates em pequenos grupos com intervenção dos bolsistas; preparação e exposição de idéias dos grupos em plenárias; dissertações, discussões e defesas de posições; análises de filmes, documentários, fotografias e obras de arte; elaboração pesquisas e de vídeos pelos estudantes do ensino médio; discussões de temas considerados importantes pelos estudantes do ensino médio tais como, trabalho, continuidade dos estudos, violência, drogas, sexualidade, universidade. A importância do PIBID na formação dos licenciandos tem sido reiterada por todos eles. Para ilustrar esse reconhecimento citamos o relato da bolsista Amanda Veloso Garcia, que ilustra a contribuição do PIBID na sua formação: O projeto PIBID contribuiu significativamente para a minha formação enquanto futura professora de Filosofia e, consequentemente, enquanto filósofa, por pro- porcionar o contato com a realidade do ensino desta disciplina [...]. Tal opor- tunidade contribuiu para desmistificar diversos discursos que ouvimos em nosso cotidiano e até mesmo dentro da universidade, o que despertou ainda mais o desejo de lecionar esta disciplina, haja vista que nos certificamos pes- soalmente de que esta tem muito a contribuir principalmente para os alunos da escola pública. (GARCIA, 2011) Destacamos também a valiosa reflexão dos professores supervisores, que pode ser exemplificada pelo relato do professor Genivaldo Souza Santos. 25 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Acreditamos que a primeira e mais valiosa contribuição do PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência, está ligada à possibilidade de uma formação continuada séria e sistemática, que acontece através das reuniões do grupo de estudo, nas quais são debatidos textos teóricos ligados ao processo de ensino/aprendizado das disciplinas, tendo como referencial as questões que brotam da sala de aula e nos convidam a pensar. Um momento em que teoria e prática são pensadas conjuntamente com orientação de docentes universitários da área. (SANTOS, 2011) Por fim, destacamos a participação dos integrantes do subprojeto em eventos cien- tíficos com apresentação de resultados do trabalho e inúmeras publicações. Dentre estas atividades mencionamos a participação de bolsistas, professores supervisores, professores coordenadores e colaboradores nos seguintes eventos: GARCIA, A. V.; OLIVEIRA, J. M.; PESSOA, K. B. C.; AZEVEDO, L. R. K.; ROSA, S. M.; SALVA- DORI, T. T.; SILVA, E. D.; SANTOS, G. S.; SILVA, V. P.; GELAMO, R. P. Os limites do ensino de Filosofia: análise do material do programa São Paulo Faz Escola. In: II ENCONTRO DOS NÚCLEOS DE ENSINO E I ENCONTRO PIBID, 2010, Águas de Lindóia – SP. Anais do II Encon- tro dos Núcleos de Ensino e I Encontro PIBID, 2010. GARCIA, A. V.; GELAMO, R. P.; MENEZES, M. P.; OLIVEIRA, J. M.; PONTES, R. L.; ROSA, S. M.; SALVADORI, T. T.; SANTOS, G. S.; SILVA, E. D.; SILVA, S. F.; SILVA, V. P. Os limites do ensino de Filosofia: análise do material do Programa “São Paulo Faz Escola”. In: 2o EN- CONTRO REGIONAL DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID), São Paulo, Bauru, 2011. MENDONÇA, S. G. L.; SILVA, V. P. PIBID e núcleo de ensino da Unesp: diálogo profícuo à criação de uma política de formação inicial e continuada. In: ARAUJO, D. A. C.; MENDON- ÇA, S. G. L.; SILVA, V. P.; FRANÇA, C. E.; RODRIGUES Formação inicial e continuada para docentes: O PIBID em diferentes contextos (Painel). XVI ENDIPE – ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO. Unicamp, 2012. SILVA, V. P.; SANTOS, G. S.; MARINHO, F. G. R.; GONÇALVES, P. C. Senso comum e filosofia no ensino médio: perspectivas. (Resumo expandido, Texto completo e Pôster). III ENCON- TRO DOS NÚCLEOS DE ENSINO E II ENCONTRO PIBID DA UNESP. Águas de Lindóia, 2012. Formação Docente, Experiências e Parcerias 26 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Referências GARCIA, A. V. Relatório parcial PIBID, 2011. (Mimeo). GELAMO, R. P. O ensino de filosofia no limiar da contemporaneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ensinar filosofia? São Paulo, Cultura Acadêmica, 2009. SANTOS, G. S. Relatório parcial PIBID, 2011. (Mimeo). SÃO PAULO. Proposta curricular do Estado de São Paulo: filosofia. São Paulo: SEE, 2008. SILVA, V. P. da. Filosofia e ensino médio: mediações. Revista Educação em Revista (Unesp/ Marília). Ensino de Filosofia, v. 12, série 1, jan.-jun., 2011, p. 125-138. Disponível em: . 27 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa 3 PIBID Pedagogia Luci Pastor Manzoli Edson do Carmo Inforsato Claudete de Sousa Nogueira Faculdade de Ciências e Letras/Unesp/Araraquara Breve Retrospectiva Histórica O referido Programa iniciou suas atividades na FCL/Ar no ano de 2010 tendo como proposta de trabalho inserir os alunos do curso de Pedagogia de maneira organizada nas atividades da rede de ensino, tanto nas de sala de aula quanto naquelas em que o pro- fessor realiza fora dela. Procurou-se conhecer o planejamento geral do ano, do bimestre e do semestre de cada ano de ensino, bem como o Projeto Pedagógico Escolar. Neste contexto, os alunos bolsistas PIBID, após o período de conhecimento e adap- tação nas escolas, passaram a se envolver com correção de tarefas, de provinhas, de pre- paração de aulas, procurando utilizar meios e técnicas diferenciados para ensinar, bem como participar de reuniões de pais, de reuniões de professores HTPc, (atualmente ATPc), festas comemorativas e outras do gênero. Neste sentido, os professores supervisores desem- penharam papel decisivo para o bom andamento do Programa, posto que é necessário um compromisso com a formação, sobretudo com o aspecto da inserção dos bolsistas na pra- tica profissional e a relação com os demais membros da escola. Deste modo, intencionamos contribuir para a formação do nosso aluno e também do professor numa perspectiva em que a formação é de responsabilidade de todas as partes envolvidas. Assim, com os alunos bolsistas, pretendemos que instaure neles a consciência de que a formação se faz, em grande parte, nos embates com a prática e a partir das ne- cessidades. E, nos professores-supervisores e demais professores participantes, que pos- sam ter uma experiência que crie novas descobertas. Ou seja, de que a formação perma- nente é também de sua responsabilidade e que ela se dá na medida em que se aceita parcerias visando a melhoria da educação, resolver problemas e mudar realidades. Os Pibidianos 2009/2012 da FCL/Ar, nesse sentido, tiveram e estão tendo participa- ção em sala de aula acompanhando professores e alunos do primeiro ao quinto ano do 28 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa ensino fundamental e estão tendo a oportunidade de identificar suas necessidades for- mativas em relação ao domínio teórico de conteúdos exigidos para a docência e sua apli- cação na prática escolar. Sob essa ótica, as experiências estão ocorrendo não somente nas áreas de natureza instrumental e básica como a leitura, escrita, e aritmética, mas também, nas áreas de na- tureza de conteúdos mais específicos e formativos como: Ciências, Estudos da Sociedade e Artes. E, baseados na identificação de necessidades, juntamente com o professor da classe, elaboram propostas de ação e, numa parceria, são levados a pesquisar, tendo em vista o desenvolvimento de estratégias de ensino para a melhoria da aprendizagem dos alunos. O PIBID 2009/2012 é composto por um grupo de 20 alunos do Curso de Pedagogia, distribuídos em duas EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental– situadas na cidade de Araraquara. Conta também com o apoio de dois professores supervisores dessas escolas e com professores orientadores de grupo, pertencentes ao Departamento de Didática. Durante o ano de 2010, o PIBID contou com o apoio dos Colaboradores: Prof. Dr. Mauro Carlos Romanato e Prof. Dr. Francisco José Carvalho Mazzeu. Contou ainda, com dois alunos do programa de Pós-Graduação em Educação Escolar – nível Mestrado: Anto- nio Netto Junior e Flávia Graziela Moreira Passalacqua. A distribuição dos alunos e seus respectivos orientadores nos grupos apresenta-se em quadros conforme ilustrado a seguir: Bolsistas PIBID – 2010 e seus orientadores – de janeiro a dezembro. Orientadores Bolsistas Prof. Dr. Edson do Carmo Inforsato Alda Sviercoski Lima Medeiros Ariana Cestari Panagassi Ariana Cestari Panagassi Jenifer Larissa Rodrigues Moraes Nathália Cristina Amorim T. de Souza Rayana Silveira Souza Longhin Prof. Dr. Francisco J. C. Mazzeu Carla Alessandra Calça Helga Caroline Peres Maíra Rabello Marilia Moreira Pires Milena Fernandes Mata 29 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Orientadores Bolsistas Profa. Dra. Luci Pastor Manzoli Angela Daiane da Silva Ariane Gonçalves da Silva Flávia Castanho Kurokawa Isabela Machado de Odriozola Soraia dos Santos Souza Prof. Dr. Mauro Romanatto Beatriz de Moraes Salles Formigoni Daniel Viana Torelli Evelise Camilo Fernanda Ferrari Ruis Marina Agostinho da Nobrega No final do ano de 2010, tendo em vista a saída de vários alunos que terminaram o curso de Pedagogia e a entrada de novos, bem como a aposentadoria do professor Mauro Carlos Romanato, no ano de 2011, houve algumas mudanças no quadro de alunos e orien- tadores, conforme consta abaixo. Bolsistas PIBID 2011 – de janeiro a dezembro de 2011. Orientadores Bolsistas Prof. Dr. Edson do Carmo Inforsato Alda Sviercoski Lima Medeiros (substituída) Crislaine Teixeira Fernanda Rodrigues de Amorim Francielli Edmara dos Santos Jessica Marcelino Cordeiro Jessika de Souza Terra Larissa Cristina Sostena do Nascimento Melina Moreira Cestari Nathália Cristina Amorim Tamaio de Souza Rayana Silveira Souza Longhin Thales Joi Martins (no lugar de Alda) Prof. Dr. Francisco J. C. Mazzeu Fernanda Albano Inocêncio Helga Caroline Peres Marilia Moreira Pires Pamela Portela Tordin Paula Baiocato Profa. Dra. Luci P. Manzoli Ana Carolina Marchetti Rodrigues Ariane Gonçalves da Silva Bárbara Bonato Ribeiro Denise Biazibeti Catossi Rafaella Ernesto Silva continuação PIBID Pedagogia 30 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Ressalta-se aqui que no ano de 2010 e 2011, as professoras Supervisoras permane- ceram as mesmas: Silmara Cristina de Freitas – EMEF Prof. Henrique Scabello e Maria Cristina Duarte Vieira EMEF do CAIC – Ricardo Caramuru de Castro Monteiro. No ano de 2012, deu-se nova seleção de alunos bolsistas para preencher as vagas deixadas pelos formandos, dando-se a mudança total do quadro de participantes, conforme aponta o quadro abaixo. Bolsistas PIBID 2012. Orientadores Bolsistas Profa. Dra. Claudete de Sousa Nogueira Camila Costa Dourado Fernanda Mantelato Bonsi Lívia Maria Sgobi Maria Adelaide Camargo de Oliveira Milena Pelosi Natália de Cássia Berrocá Profa. Dra. Luci Pastor Manzoli Camila Aparecida Baston Caroline Ferreira Daniel Débora Plank Jessica Cabrera Gardin Mary Anne Mariano de Souza Rodrigues Thais Daniele Cereda Galé Bruna Galhardo E. Ribeiro da Silva Prof. Dr. Edson do Carmo Inforsato Ana Laura Uiliana Damaris Eufrade Nazaro Janaína Maria Francisco Santos Mariana Murer Michele Cristine Leme Galizea Nayara Ramos Talita Manchini Varolli Em relação às professoras supervisoras, no ano de 2012, passaram a fazer parte do PIBID: Ana Paula da Silva da EMEF Prof. Henrique Scabello e Adriana Cristina Paletiro da EMEF do CAIC – Ricardo Caramuru de Castro Monteiro. Ao longo desses três anos, apesar da substituição dos bolsistas, a maioria devido à conclusão do curso, procuramos manter inalterável o propósito do projeto que, em estrita consonância com o projeto institucional do PIBID, visa a inserir o licenciando de maneira efetiva nas atividades principais da docência. Essa inserção, com qualidade, sempre aten- 31 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa deu ao fato de que as demandas para a docência precisam ser minimamente atendidas por um profissional iniciante para que ele não sofra desgaste logo no ingresso de sua carreira, mantendo assim o controle adequado para que a vitalidade no exercício da pro- fissão seja mantida em função principalmente das atitudes do profissional perante as suas práticas pedagógicas e também perante as condições de trabalho para o exercício de sua profissão. Procuramos sempre ambientar nosso bolsista numa cultura de atuação so- bre os problemas enfrentados, sem atribuição de culpados, enxergando o profissional da educação como um agente civilizatório extremamente importante para o estabelecimento de uma sociedade em que o civismo é a tônica no espaço público. O PIBID, avaliamos, é um programa de muito acerto nesse aspecto. Referências BARBIER, J-M.; LESNE, M. L’analise des besoins en formation. 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Petrópolis: Vozes, 2004. 33 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa 4 Alfabetização da FFC/Marília Fátima Inês Wolf de Oliveira Faculdade de Filosofia e Ciências/Unesp/Marília O Subprojeto Pedagogia – Alfabetização, sediado na Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Marília, integra o Projeto Institucional PIBID/CAPES/UNESP e, dentre os objetivos gerais do Subprojeto em questão, encontram-se: compreender e vivenciar a importância da participação ativa do professor em todas as etapas de planejamento, execução e avaliação das atividades escolares; e compreender os principais aspectos da proposta de ensino de leitura e escrita concreti- zada nas duas escolas de ensino fundamental – 1o ao 5o ano – da rede municipal de en- sino de Marília/SP. É importante salientar que constituímos um grupo de 20 bolsistas-licenciandos, 4 professoras supervisoras das escolas parceiras, uma professora coordenadora e uma pro- fessora vice-coordenadora. Estamos distribuídos em 2 escolas da rede municipal de Marí- lia (SP), sendo que nossas orientações enfatizam a alfabetização, sua proposta instituída pelo município e, também os processos de organização das bibliotecas. Os bolsistas tam- bém enfocam a relação entre alfabetização e o uso de recursos de tecnologia assistiva (T.A), confecção de livros de literatura em braille e adaptação de recursos para crianças com surdez em fase de aquisição da leitura e da escrita. Desde o início de sua vigência, as atividades desenvolvidas consistiram em: leitura de textos básicos e elaboração de sínteses, observação participante nas escolas parceiras, consultas a documentos dessas escolas, participação de reuniões gerais, participação em sessões de orientações coletivas, elaboração de resumos (simples e expandido) para apre- sentação em eventos científicos, elaboração de textos completos para publicação em anais desses eventos e em revistas científicas indexadas, localização recuperação e reunião dos títulos de livros de literatura infantil dos acervos da escola parceira e elaboração de rela- tório de atividades em março, em novembro de 2011, e, em julho de 2012. Até o presente momento foram agendadas e cumpridas 45 Reuniões Gerais, das quais participaram os bolsistas licenciandos, as professoras supervisoras e a equipe de coorde- nação. No âmbito dos interesses voltados mais especificamente à alfabetização, aconte- 34 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa ceram 15 reuniões específicas com: discussão e elaboração das atividades a serem desem- penhadas na escola, elaboração de trabalhos completos que foram apresentados em eventos científicos, organização de ações voltadas para a questão da alfabetização. No âmbito do planejamento, elaboração, confecção e acompanhamento da utilização de recursos de tecnologia assistiva, para crianças em processo de inclusão, matriculadas nas escolas parceiras, ações essas acompanhadas mais especificamente por mim, realiza- mos duas reuniões semanais desde o início do subprojeto. Essas reuniões específicas, que acontecem na sala 7 do prédio de Atividades Didáticas da FFC, denominada pelas bolsis- tas de “Sala de Recursos de Tecnologia Assistiva”, totalizaram 70 encontros (entre manhã e tarde), de março de 2011 a julho de 2012. Os vinte bolsistas licenciandos, desenvolveram em média, um total de 25 horas men- sais somente em atividades desenvolvidas nas escolas parceiras, sob supervisão das pro- fessoras. E, no cômputo geral, entre as reuniões gerais, específicas, atividades de formação e participação nas escolas, foram, em média, 45 horas mensais de trabalho junto ao sub- projeto, por bolsista. O impacto das ações do subprojeto se reflete nos resultados obtidos junto aos alunos e aos professores envolvidos nas ações inclusivas e de formação de professores em pro- cesso de iniciação à docência. Dados Gerais. Coordenação Curso Unidade/Cidade Período Fátima Inês Wolf de Oliveira Pedagogia FFC Marília Maio/2011 Vice-Coordenação Regina Keiko Kato Miura Pedagogia FFC Marília Março/2012 Alunos-Bolsistas Ana Paula Oliveira Augusto Pedagogia FFC Marília Março/2012 Ariane da Silva Rodrigues Pedagogia FFC Marília Março/2010 Cleber Clarindo Pedagogia FFC Marília Março/2012 Damarys de Oliveira Pires Pedagogia FFC Marília Março/2011 Débora Balberde Pedagogia FFC Marília Março/2010 Érica Labadessa Pedagogia FFC Marília Maio/2012 Fernanda Martins Bernardi Pedagogia FFC Marília Março/2010 Fernanda Soares de Nadai Pedagogia FFC Marília Março/2010 35 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Alunos-Bolsistas Curso Unidade/Cidade Período Franciele Tenório Pedagogia FFC Marília Março/2012 Jéssica Martins da Silva Pedagogia FFC Marília Maio/2012 Jéssica Sampaio Fiorini Pedagogia FFC Marília Março/2010 Jéssica Viana Guimarães Pedagogia FFC Marília Setembro/2012 Liu Pei Hua Pedagogia FFC Marília Setembro/2012 Luciana Santana Cardoso Pedagogia FFC Marília Março/2010 Márcia Hamaguchi Pedagogia FFC Marília Março/2012 Renata Labadessa Pedagogia FFC Marília Março/2012 Rosângela Patrícia Pedagogia FFC Marília Março/2012 Sávia Alves Vieira Pedagogia FFC Marília Março/2012 Tássia Ananias Gonçalves Pedagogia FFC Marília Julho/2012 Thaís Júlia Rodrigues Pedagogia FFC Marília Março/2012 Professor-supervisor Escola Diretoria de ensino ou SME Período Márcia Bertazoni Martins EMEF Gov. Mario Covas SME – Marília Março/2011 Melissa EMEF Gov. Mario Covas SME – Marília Agosto/2012 Sandra Aparecida Basseto EMEF Prof. Olímpio Cruz SME – Marília Março/2011 Andréia Toshie EMEF Prof. Olímpio Cruz SME – Marília Ago/2012 Escola Parceira EMEF Governador Mário Covas Conta com 423 alunos matriculados, fundada em 17 de agosto de 2002. É Escola Mu- nicipal, oferece ensino do primeiro ao quinto ano – Ciclo 1 do Ensino Fundamental – sendo 1o e 2o anos, de alfabetização; e, do 3o ao 5o anos de ensino básico. A equipe de gestão é formada pelo Diretor, Prof. Cláudio Antão, pela assistente de direção, Profa. Pedra Ana Maria Betazzi de Camargo e pela professora coordenadora, Eliene dos Santos Lopes. A escola mantém a parceria com o PIBID Pedagogia da Unesp de Marília desde março de 2010. A estrutura física da escola compreende 19 salas de aula, uma biblioteca, 4 banhei- ros, uma sala de informática com 20 computadores, uma cozinha, pátio, uma sala de continuação Alfabetização da FFC/Marília 36 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa secretari a, uma sala multifuncional para NEE’s, uma sala de direção e assistência, uma sala de coordenação, uma sala de professores, uma quadra coberta e duas salinhas para guardar material didático. Escola Parceira EMEF Prof. Olímpio Cruz Possui 719 alunos matriculados, fundada em 06 de outubro de 1998. É Escola Muni- cipal de Ensino Fundamental do primeiro ao quinto ano – Ciclo 1 do Ensino Fundamental, com 25 professores efetivos e 17 volantes. Na equipe de gestão estão a Diretora, Profa. Vanessa Doretto, a vice-diretora, Profa. Priscila e na coordenação pedagógica, as professoras Liliane e Françoise. A escola mantém a parceria com o PIBID Pedagogia da Unesp de Marília desde março de 2010. Além desse, desenvolve parceria com o Grupo de Pesquisa “Diferença, desvio e es- tigma” num projeto da pesquisadora Camila Mugnai Vieira, discente do Programa de Pós- -Graduação da Unesp de Marília. A estrutura física da escola apresenta 26 salas de aula, uma biblioteca, 6 banheiros, uma sala de informática com 20 computadores, uma cozinha, pátio, uma sala de secreta- ria, uma sala multifuncional para NEE’s, uma sala de direção e assistência, uma sala de coordenação, uma sala de professores, uma quadra coberta e duas salinhas para guardar material didático, uma sala de Atendimento Educacional Especializado – AEE, com duas professoras atuantes. Figura 1 Biblioteca da EMEF Prof. Olímpio Cruz. 37 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Figura 2 Recurso Didático Adaptado. Figura 3 Recurso Didático Adaptado. Figura 4 Recurso Adaptado em Relevo. Alfabetização da FFC/Marília 38 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Figura 5 Livro Adaptado em Relevo com Texturas e Braile. Tendo em vista os resultados parciais apresentados acreditamos que os objetivos ge- rais a seguir tenham sido atingidos: • contribuir para o aprimoramento da formação docente dos licenciandos em Peda- gogia da FFC, por meio de sua inserção no cotidiano de escolas da rede pública municipal de Marília-SP, contribuindo, assim, simultaneamente, para a elevação do padrão de qualidade da educação básica e para assegurar a inclusão, também com qualidade, dos alunos com deficiências, transtornos de desenvolvimento ou superdotados; • incentivar as escolas públicas de educação básica a tornarem-se protagonistas nos processos formativos dos estudantes das licenciaturas, mobilizando seus profes- sores como cooformadores dos futuros professores. Na consecução desses objetivos gerais, eis algumas metas deste subprojeto que foram alcançadas: 39 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa • implementação de ações relacionadas com o ensino e aprendizagem da leitura e da escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que proporcionaram aos fu- turos professores participação em experiências metodológicas e práticas de cará- ter inovador e interdisciplinar e que buscaram a superação de problemas identi- ficados no processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita e na inclusão de todos os alunos nesse processo; • incentivo aos professores em formação inicial, ou seja, licenciandos/bolsistas PIBID, para o desenvolvimento de atividades – sob a coordenação dos professores uni- versitários formadores – junto a professores/supervisores (das escolas parceiras) dos anos iniciais do Ensino Fundamental dessas escolas, envolvendo também a equipe pedagógica e administrativa das escolas; • favorecimento aos licenciandos/bolsistas PIBID, da participação, como observa- dores e coopropositores, do processo de elaboração, execução e avaliação de pro- jetos político-pedagógicos voltados para a implementação de ações que propiciem o enfrentamento das dificuldades de ensino e aprendizagem da leitura e escrita e da educação inclusiva; • compreensão de que a aquisição e o uso social da leitura e da escrita por parte de todos os alunos, independentemente de suas diferenças, são condições necessá- rias para o aprendizado de diferentes conteúdos curriculares e para o pleno exer- cício dos direitos dos cidadãos em uma sociedade letrada e, por isso, são também responsabilidade dos professores; e • propositura de condições para compreensão, por parte de licenciandos/bolsistas PIBID e de professores/supervisores das escolas parceiras, a respeito da importân- cia de as diferenças entre todos os envolvidos em determinado processo de ensino e aprendizagem escolar serem destacadas e aproveitadas para enriquecer e flexi- bilizar o conteúdo curricular; • facilitação por meio de trabalho cooperativo, entre professores dos anos iniciais das escolas parceiras, da discussão de possibilidades de ações interdisciplinares, que buscaram garantir, por meio do processo de escolarização e no âmbito do projeto político-pedagógico de cada escola, avanços nos níveis de alfabetização e letramento e nas condições de inclusão das crianças que frequentam as escolas parceiras deste subprojeto; • desenvolvimento de espaço colaborativo de trabalho junto a professores da rede municipal de ensino de Marília-SP na produção e utilização de TA que buscou Alfabetização da FFC/Marília 40 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa atender às necessidades educacionais de alunos com deficiência matriculados em classes de anos iniciais do ensino fundamental e que frequentam sala de recursos de atendimento especializado; • planejamento, confecção e utilização da T. A. no processo de ensino e aprendiza- gem da leitura e escrita (figuras anexas); • planejamento, desenvolvimento e acompanhamento das atividades de leitura e escrita voltadas ao letramento, por meio da formação e ampliação de capacida- des discursivas dos alunos, destacando a função do professor (também leitor e produtor de textos) nas relações de ensino e aprendizagem escolar dos diferen- tes tipos e gêneros textuais e voltadas a todos os alunos, inclusive aqueles com deficiências; • consolidação da parceria entre a Universidade e a Escola Pública de Educação Bá- sica, favorecendo tanto a melhoria dos cursos de formação de professores quanto a melhoria da qualidade do ensino oferecido nas escolas. A partir desse relato acreditamos que o Subprojeto PIBID Pedagogia da FFC contri- buiu e pode acrescentar ainda muitos valores importantes ao processo de formação dos licenciandos bolsistas e ao contexto escolar em que se insere. 41 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa 5 Licenciatura em Ciências Sociais de Araraquara Silvio Henrique Fiscarelli Faculdade de Ciências e Letras/Unesp/Araraquara O Programa PIBID – Sociologia da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara foi aprovado no edital de 2009, constituiu-se inicialmente como um subprojeto supervisio- nado pela Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília. As atividades práticas iniciaram-se na Escola Estadual Victor Lacorte, localizada no bairro do Carmo, em Araraquara, a partir de março de 2010. O subprojeto contava com 8 alunos bolsistas e um professor supervisor e era coordenado pelo professor Cláudio Benedito Gomide de Souza e dispunha de 4 ou- tros docentes colaboradores. Em novembro de 2010, o professor Silvio Henrique Fiscarelli assumiu a coordenação, exercendo esta atividade até o presente momento. Escola Estadual Victor Lacorte. Equipe Docentes da Unesp Cláduio Benedito Gomide de Souza (coordenador/2010) Silvio Henrique Fiscarelli (colaborador/2010; coordenador/2011-2012) Breno Vicente Mazieiro (colaborador) Luci Regina Muzzeti (colaborador) Sueli Aparecida Itman Monteiro (colaborador) 42 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Bolsistas Professores Supervisores da Rede Pública Maria Nazaré Salvador (2010/2012) Bolsistas Estudantes. Bolsista Período Bruno R. Joly 2010/2011 Taimara Rafaelli 2010/2011 Rodolfo F. Esteves 2010/2011 Natalia Casagrande 2010/2011 Marina F. Giaquinto 2010/2011 Eliza Rios 2010/2011 Mariana da Silva Cortes Gonçalves 2010 Marecela Maria Santos 2010 Maria Marta Souza dos Santos 2012 Renan Oliveira Ventura 2011/2012 Cibele A. Fabretti 2011/2012 Douglas Delgado 2012 Anderson Miguel Candido Moreno 2012 Fernando Ferreira de Oliveira 2012 Samaara Souza dos Santos 2012 Bianca Landin 2012 Desenvolvimento dos Trabalhos Considerávamos, naquele momento, que o Programa PIBID tinha uma proposta ino- vadora e rica para a iniciação a docência, mas ao mesmo tempo nos sentíamos inseguros pela ausência de parâmetros para conduzir o aprendizado dos alunos bolsistas e para as os modelos de intervenções em sala de aula. A equipe de coordenação e colaboradores optou então por realizar uma abordagem que gradualmente levassem os alunos a sentir e vivenciar o ambiente escolar. Tal abordagem iniciaria com observações em sala de aula, 43 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa participação em Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) e leituras. As leituras ti- veram como objetivo a aquisição de conhecimentos e reflexão sobre a disciplina, a for- mação de professores e tendências teórico-metodológica para a prática docente na área de Sociologia. Também foram realizadas análises do contexto escolar, da sala de aula e da Proposta Curricular Paulista, da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, bem como dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Durante 3 dias, por semana, os alunos bolsistas participam, juntamente com o professor supervisor, da aplicação, em salas de aula, das propostas coletivamente planejadas. Cada bolsista acompanha o supervisor em determinada turma, o que tem permitido estabelecer os vínculos entre professor super- visor e turmas que são indispensáveis ao êxito do processo de ensino e aprendizagem. Dois dias da semana os alunos utilizam para preparar aulas e participarem de reuniões coletivas na universidade. Posteriormente, em um segundo momento, os alunos bolsistas passaram a auxiliar o professor supervisor a preparar as aulas e eventualmente realizavam pequenas inter- venções durante a aula, quando se sentiam confiantes em discorrer sobre o tema. Em uma terceira etapa, os alunos, já com maior entrosamento no ambiente escolar, passaram a preparar aulas completas de 50 minutos e ministra-las em dupla ou individualmente. Além das atividades de acompanhamento do professor e intervenção nas aulas de sociologia, os alunos bolsistas optaram por trabalhar semanalmente outras atividades com o objetivo de estabelecer estratégias que transponham as quatro paredes da sala de aula. Preconizando o uso de múltiplas linguagens e com intuito de favorecer e viabilizar uma maior aproximação dos alunos com os principais temas da disciplina, os bolsistas elaboraram alguns projetos que são realizados em sala de aula ou logo após o término do horário de aula. Os projetos em desenvolvimento atualmente abordam o teatro, elabora- ção de redações e o uso de analogias no ensino e atividades pontuais extraclasse. Atividade de Teatro Com o auxilio dos elementos do Teatro do Oprimido, os bolsitas buscam trabalhar os conceitos sociológicos vistos durante as aulas de sociologia, em aulas de teatro realizadas em período contrário ao horário de aula normal dos alunos. As aulas se fundamentam principalmente através das modalidades do Teatro Jornal, do Teatro Fórum e do Teatro Licenciatura em Ciências Sociais de Araraquara 44 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Imagem que, em um primeiro momento, são os conteúdos do Teatro do Oprimido que pa- recem mais compatíveis com a idéia de demonstrar conceitos sociológicos através desta manifestação artística. Atividades de Redação Este projeto é desafiador, pois trabalha os conceitos sociológicos por meio da reda- ção que pode contribuir para a superação de um grande mal que assola a escola: a apren- dizagem mecânica, ou seja, a comum estratégia de decorar os conceitos. O tema para a redação pode ser abordado por meio de diversos recursos, como vídeos, textos, ou mesmo discussões em sala de aula. Depois o aluno é convidado a pensar e expressar sua opinião considerando os diversos elementos que foram lhe apresentado. Neste sentido a formação dos conceitos passa por um exercício de discriminação, associação e generalização. Aprendizagem por Analogias Este projeto ocorre em sala de aula. Uma dupla de bolsistas busca a partir dos temas da de cada aula encontrar possibilidades do uso de analogias para conceitos e fenômenos sociais. As analogias podem ser consideradas estratégias metodológicas importantes para o ensino, pois criam condições propícias na construção de saberes pertencentes a um domínio científico desconhecido dos alunos a partir de um domínio mais familiar a eles. Nesse sentido, se considerarmos que uma analogia é uma associação, descrição, argumento ou explicação baseada em uma comparação de uma coisa ou situação com uma outra já conhecida, então podemos associar o uso dos conhecimentos prévios dos alunos. Cabe ressaltar que o uso da analogia é comum, mas nem sempre correto, analogias mal elabo- radas podem comprometer a aprendizagem. Este projeto busca então selecionar um con- junto de analogias úteis e pertinentes para tratar dos diversos temas da disciplina. Atividades Extraclasse Durante a execução das atividades pedagógicas os bolsistas também dispensaram uma atenção especial a atividades extraclasse, tanto realizadas na própria escola Victor Lacorte, como atividades nas quais os alunos foram deslocados para a Faculdade de Ciên- cias e Letras de Araraquara. Entre estas atividades podemos destacar “Discussão sobre 45 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa o acesso a universidade pública”, evento organizado pelos bolsistas para os alunos da Escola Victor Lacorte, no qual foram discutidos o acesso ao ensino público, cursos pré- -vestibular e Cursos de licenciatura, foi realizado no Câmpus da UNESP no dia 13 de setembro de 2010. Uma segunda atividade de destaque foi a “Oficina de Grafitti”, esta atividade envolveu aproximadamente 120 alunos, o professor supervisor, os 8 bolsistas PIBID e dois instrutores especializados em graffiti. A oficina de Graffiti teve a seguinte dinâmica: a parede foi previamente preparada com tinta látex em toda a extensão pre- vista, em seguida os croquis que os alunos haviam preparados em sala de aula foram reproduzidos nas paredes com lápis e em tamanho ampliado, e finalmente os alunos, munidos de máscaras e luvas para evitar qualquer tipo de acidente, começaram a pintar com tinta látex e spray. Discussão Sobre o Acesso a Universidade Pública De maneira geral consideramos que a oficina atingiu as expectativas do grupo em vários aspectos; entre eles, podemos citar: o número de alunos que participaram da ati- vidade foi muito grande, inclusive maior do que o número de alunos que efetivamente frequenta as aulas na escola; para além dos números, podemos dizer que os alunos par- ticiparam mais ativamente da atividade, inclusive explicando para os colegas e expecta- dores o significado do seu graffiti. De maneira geral os alunos trouxeram ideias relevan- tes e originais sobre os temas, demonstrando que entenderam e “aprenderam” vários conceitos tratados em sala de aula. Considerações Finais Podemos dizer que as instituições universitárias, responsáveis pela formação de docentes, transmitem os “saberes profissionais” e os “saberes disciplinares”. Os “saberes profissionais” são os que demarcam a profissão docente e que envolvem a produção de conhecimentos das ciências da educação e a incorporação dos mesmos na prática educa- tiva. Para um professor de sociologia não basta dominar um vasto conjunto de conheci- mentos de sociologia, antropologia, política, é preciso transpor esse conhecimento para algo que possa concorrer com centenas de outros estímulos que os adolescentes recebem na sociedade atual. Licenciatura em Ciências Sociais de Araraquara 46 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Conforme alerta Dubet: [...] os alunos não estão naturalmente dispostos a fazer o papel de aluno. Dito de outra forma, para começar, a situação escolar é definida pelos alunos como uma situação, não hostilidade, mas de resistência ao professor. (p. 223, 1997) Outra forma de entender tal questão é apresentada por Tardif e Lessard quando afirmam que “os alunos vão à escola porque são obrigados: uma das tarefas mais difíceis e constantes dos docentes é transformar essa obrigação social em interesse subjetivo” (p. 67-68, 2005). Apoiando-se nas palavras de Meksenas (p. 77, 1995), podemos dizer que: [...] é necessário que os professores construam uma ponte entre o conhecimento teórico e explicitação da sociedade no qual o aluno se insere [...] Trata-se de quebrar o equilíbrio do conhecimento de senso comum e confrontá-lo com o conhecimento sociológico. A aula, nesse contexto, passa a se constituir pelo mo- vimento problematização-teorização. A consequência desse movimento é a pos- sibilidade de reelaboração crítica do conhecimento de senso comum. (p. 77, 1995) Considerando tais pressupostos, o presente trabalho apresenta de maneira suscinta o conjunto de atividades e estudos desenvolvidos pelos alunos bolsistas do PIBID Socio- logia de Araraquara, durante suas intervenções didático-pedagógicas realizadas na Escola Estadual Vitor Lacorte de Araraquara. Os projetos desenvolvidos pelo grupo de bolsistas buscam aprimorar a formação des- ses como futuros professores, e são de extrema importância, pois a melhoria do ensino público no Brasil, principalmente no que se refere à Educação Básica, significa pensar não apenas, quais competências e habilidades desejamos desenvolver nos indivíduos, mas, compreende identificar claramente o tipo de cidadãos que estamos formando e que tipo de sociedade queremos para o futuro. O diploma de licenciado habilita o portador, caso exerça a profissão, estabelecer diálogos e influenciar o pensamento e comportamento de milhares de jovens ao longo de sua carreira. Portanto, quanto mais capacitado o licen- ciado estiver para trabalhar com diferentes metodologias e linguagens melhor terá con- dições de exercer responsavelmente a profissão docente. 47 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Referências MEKSENAS, P. Sociologia. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995. TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Tradução: João Batista Kreuch. Petrópolis: Vozes, 2005. DUBET, F. Quando o Sociólogo quer Saber o que é ser Professor. Revista Brasileira de Edu- cação, seção Espaço Aberto, n. 5-6, 1997. OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky. São Paulo: Scipione, 1993. XAVIER, O.S.; FERNANDES, R. C. A. A Aula em Espaços Não-Convencionais. In: VEIGA, I. P. A. Aula: Gênese, Dimensões, Princípios e Práticas. Campinas: Papirus Editora, 2008. Licenciatura em Ciências Sociais de Araraquara 48 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa 6 Ciências Sociais (Sociologia) – Marília Maria Valéria Barbosa Sueli Guadelupe de Lima Mendonça Cláudia Moraes de Souza Marcelo Augusto Totti Paulo Eduardo Teixeira Rosângela de Lima Vieira Faculdade de Filosofia e Ciências/Unesp/Marília O PIBID Ciências Sociais de Marília é originário do Subprojeto Filosofia e Ciências Sociais (Sociologia), aprovado no edital de 2009, que agregava três licenciaturas: Filoso- fia/Marília, Ciências Sociais/Marília e Ciências Sociais/Araraquara. Tinha 24 bolsistas divididos nas três licenciaturas, vinculando 8 bolsistas da Graduação e 1 bolsista super- visor em cada uma delas. A partir de 2012, com 25 bolsistas de graduação e 4 bolsistas supervisores, passa a estar vinculado apenas à licenciatura de Ciências Sociais/Marília, com atuação direta nas E.E. “Monsenhor Bicudo”, E.E. “Vereador Sebastião Mônaco” e E.E. “Prof. Amílcare Mattei”. No período de 2010/2011, atuou na E.E. “José Alfredo de Almeida”. O importante trabalho desenvolvido nas escolas abriu espaços para a articulação do Estágio da licenciatura nessas instituições, propiciando uma qualidade melhor à forma- ção também para os licenciandos não bolsistas. Tal fato se constata nas iniciativas de discussão e ações de integração entre as disciplinas da licenciatura; na elaboração de atividades articuladas nas escolas parceiras entre PIBID, Núcleo de Ensino, Estágio e as disciplinas com horas de Prática como Componente Curricular (PCC). O PIBID inseriu uma nova dinâmica de valorização da licenciatura em Ciências Sociais, tanto junto aos estu- dantes, como também entre professores e comunidade universitária. O conteúdo curricu- lar também tem sido valorizado nas escolas parceiras. Os resultados conquistados em desenvolvimento de práticas pedagógicas, bem como no aprofundamento da pesquisa sobre ensino de Sociologia na educação básica, tem sido divulgado em eventos regionais e nacionais da área da Sociologia, fazendo do PIBID/CS-Marília uma referência. 49 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apaCiências Sociais (Sociologia) – Marília Outro importante resultado para o PIBID é atuação dos egressos do projeto como docentes da educação básica, a maioria da rede pública de ensino. Tal fato demonstra o acerto dessa política de formação, que busca enfrentar problemas estruturais da educação básica, nesse caso, a formação de qualidade de profissionais da educação. Ter um mapea- mento dos egressos do PIBID é um elemento norteador para avaliação dessa importante política pública. Docentes da Unesp Maria Valéria Barbosa – Coordenação 2012 Sueli Guadelupe de Lima Mendonça – coordenação 2010/março 2012 – colaboradora a partir de março/2012 Cláudia Moraes de Souza – colaboradora agosto/2012 Marcelo AugustoTotti – colaborador agosto/2012 Paulo Eduardo Teixeira – colaborador agosto/2012 Rosângela de Lima Vieira – colaboradora agosto/2012 Bolsistas professores Supervisores da Rede Pública Milce Ferreira de Moura – E.E. “José Alfredo de Almeida” Simone da Conceição Silva – E.E. “José Alfredo de Almeida” Laís Rafaela Fuzeto – E.E. “Monsenhor Bicudo” Lincoln Menezes de França – E.E. “Prof. Amilcare de Matei” Ivan Pedro Martins – E.E. “Vereador Sebastião Mônaco” Diego Damasceno Lima – E.E. “Vereador Sebastião Mônaco” Bolsistas Estudantes. Bolsistas Período Adair Umberto Simonato Júnior 2011/2011 Anderson Martins Silva 2010/2011 Bárbara Cristina Roncati Guirado 2010/2011 Camila Cristina Manzi 2010/2010 Franciele Del Vecchio dos Santos 2010/2011 50 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa Bolsistas Período Janaina Silva Mendes 2011/2011 Leandro Jorge Tauil Junior 2010/2011 Matheus Bortoleto Rodrigues 2010/2012 Nathália Borges 2010/2011 Willian Alexandre Buesso da Silva 2010/2012 Mayara Macedo Santos 2011/2011 Rafael D’Avilla Ferreira 2011/2012 Alexandre Silvestre do Nascimento 2012 Andressa Alves dos Santos 2012 Éder Fernando dos Santos 2012 Estela de Luca Ramalho Justi 2012 Juliana Soares de Oliveira 2012 Leonardo Sartoretto 2012 Shelton Ygor J. de Cicco 2012 Vinícius Lima de Oliveira 2012 Maiane Fortes Ribeiro 2012/2012 Aline D´Império da Mata 2012 Bruna Motta Batista 2012 Bruno Christian Alves de Souza 2012 Douglas Gomes Nalini de Oliveira 2012 Fabrício Mendes Pereira 2012 Gabriel Lujan Pereira 2012 Giovanna Ciabattaria Pagnano 2012 Giselle Cristina Bati 2012 Ivan Thomaz S. de Oliveira 2012 Juliana Munhoz Moreno da Fonte 2012 Letícia Bernal Martins 2012 Luara Alves de Abreu 2012 Mariana Bueno de Oliveira 2012 Nayara Alves Batista 2012 Renata Ruggieri 2012 continuação 51 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa E.E. “José Alfredo de Almeida” A escola localiza-se em um bairro periférico da cidade de Marília, com jovens de baixa condição sócio-econômica e com índice de 4,6 no Ideb. A instituição conta com 800 alunos matriculados no ensino médio, mas possui também Ensino Fundamental de II Ciclo. Tem um corpo docente estável, uma direção aberta ao trabalho em parceria com a Unesp, mas que esbarram em dificuldades estruturais e burocráticas de uma escola es- tadual em que não há valorização e nem incentivo para o desenvolvimento de atividades coletivas e articuladas a um projeto pedagógico mais ousado, em que o grande protago- nista seja o estudante. Neste cenário se desenvolveu o projeto PIBID Ciências Sociais no período de 2010 e 2011, contando com a participação de duas professoras, Milce e Simone, ex-alunas do Curso de Ciências Sociais da FFC. Anteriormente, projetos do Núcleo de Ensino também se desenvolveram nesta mesma escola, o que contribuiu para a construção de uma par- ceria bastante profícua. Este fato proporcionou um melhor entrosamento e, consequen- temente, bons resultados, tendo, inclusive, alunos aprovados em vestibulares da Unesp. Os resultados positivos se expressam na melhor participação dos alunos não só na disci- plina de Sociologia como em outras. A volta da Sociologia, como disciplina obrigatória em todas as séries do Ensino Mé- dio, fez ressurgir a necessidade de se pensar a reincorporação dos conteúdos sociológicos frente ao atual quadro da educação brasileira. Assim o PIBID teve como objetivo central estreitar as parcerias entre a Universidade e a Escola Pública de Ensino, favorecendo tanto a melhoria dos cursos de formação de professores como a qualidade do ensino oferecido nas escolas. Almejou-se colocar os bolsistas de iniciação à docência em Sociologia em contato direto com o cotidiano das escolas de ensino médio parceiras, de modo que a co- nhecer seu projeto político-pedagógico e participar de sua elaboração (quando fosse o caso), execução e avaliação. O professor supervisor teve a oportunidade de atualizar seus conhecimentos e sua própria prática pedagógica, de modo a superar problemas relaciona- dos ao ensino de Sociologia e, ao mesmo tempo, pôde contribuir com a reformulação do projeto político-pedagógico da escola. Tendo isto como horizonte e se fundamentando na perspectiva da Teoria Histórico- -Cultural, buscou-se conhecer o universo dos estudantes, para uma melhor organização das atividades pedagógicas, a fim de oferecer-lhes a possibilidade de ter um percurso na Ciências Sociais (Sociologia) – Marília 52 Cadernos Prograd – Iniciação à Docência: PIBID 2009/2012 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa escola com aprendizagem significativa, que contribua para o desencadear de novos conhe- cimentos, e, consequentemente, novas conquistas a partir do universo do próprio estu- dante, potencializando-o. Partimos, então, para uma metodologia de ensino em que os estudantes são agentes ativos do processo pedagógico. O grupo realizou reuniões sema- nais de planejamento das aulas, reuniões de estudos teóricos, produção de textos didá- ticos, além da análise do plano de ensino, das Propostas Curriculares de Sociologia e dos Cadernos de Sociologia, do Professor e do Aluno, elaborados pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Como eixo do trabalho em sala de aula, utilizamos as Orientações Curriculares Na- cionais (OCN). Após avaliação crítica dos Cadernos da SEE-SP, a opção foi trabalhar com textos didáticos próprios, mantendo os conteúdos da Proposta Curricular. Um dos objeti- vos do PIBID foi fazer um diagnóstico sobre as relações sociais da escola, em especial das turmas com trabalho direto na sala de aula, para melhor conhecer os seus sujeitos. A análise sociológica da escola e o Espiral permitiram um mapeamento inicial das relações sociais na instituição escolar: a primeira explicitando a influência e implicações de ele- mentos da ordem macrosocial no cotidiano escolar; o segundo apresentando representa- ções e necessidades dos estudantes. O Espiral – conjunto de questões em aberto a serem respondidas de modo rápido e direto pelo aluno, organizado em forma de um espiral – constituiu-se num instrumento rápido e eficaz para se apreender elementos sobre o per- fil do aluno, com suas características e demandas, essenciais para o planejamento das atividades pedagógicas. A organização do trabalho na escola, após o diagnóstico da escola, norteou-se com a divisão da equipe em duplas de bolsistas por sala de aula e juntamente com os profes- sores de Sociologia, desenvolveram o trabalho de maneira a atender as necessidades de cada turma, em 2010 com os primeiros anos e segundos anos em 2011, acompanhando a turma e ao mesmo tempo, com a produção de material didático pedagógico de Sociologia, elaborado pelo PIBID, de forma a atender as espeficidades de cada turma. O trabalho coletivo permitiu a construção conjunta dos conteúdos, formas, metodolo- gias e práticas de ensino que foram desenvolvidas em cada aula, com discussões democrá- ticas, sempre considerando o diagnóstico realizado e o contínuo diálogo com os estudan- tes, sempre buscando apreender os seus conhecimentos e necessidades, assim, articulando o conteúdo previsto às suas contribuições. 53 Prefácio Sum ário A presentação C réditos C apa As atividades pedagógicas elaboradas pautaram-se em temas sociológicos, com base na Teoria da Atividade de Leontiev: necessidade/motivo/ações/objetivo, considerando que o sujeito aprende a partir do momento que se envolve numa atividade que satisfaça sua necessidade. Quando consegue identificar, no objetivo da atividade, o objeto de satisfação de sua necessidade, ele participa, de modo intencional, ou seja, ele aprende quando está em ação, motivado pelo objetivo. Essa metodologia, juntamente com o lúdico (charges, poesia, música, slides, filmes, imagens), deu base às atividades, propiciando mediações entre o conhecimento real dos estudantes e o conhecimento que ainda não dominam, favorecendo o surgimento de novas necessidades de conteúdos de Sociologia. A aprendizagem impulsiona o desenvolvimento intelectual do homem. O grande de- safio do grupo foi fazer das atividades de ensino e aprendizagem momentos