RESSALVA Atendendo solicitação do autor, o texto completo desta dissertação será disponibilizado somente a partir de 15/03/2024. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” - FACULDADE DE CIÊNCIAS - CAMPUS BAURU VICTOR RODRIGUES RIBEIRO Morfometria linear e esclerocronologia como ferramentas paleoambientais aplicadas nos braquiópodes devonianos da Bacia do Paraná BAURU /SP 2024 VICTOR RODRIGUES RIBEIRO Morfometria linear e esclerocronologia como ferramentas paleoambientais aplicadas nos braquiópodes devonianos da Bacia do Paraná Documento de Defesa apresentado à Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências, Bauru, para a obtenção do título de Doutor em Biociências (Área de Conhecimento: Caracterização e Aplicação da Diversidade Biológica) Orientador: Dr. Renato Pirani Ghilardi Co-Orientadora: Dra. Silane Aparecida Ferreira da Silva Caminha Bolsista: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 88887.485579/2020-00 BAURU 2024 Dedico este trabalho à minha mãe, Ivani Maria Rodrigues; meu avô Elídio Rodrigues da Costa e aos meus irmãos, Rafael Rodrigues Ribeiro e Gustavo Rodrigues Ribeiro AGRADECIMENTOS Agradeço a Zambi, aos Orixás e aos Guias que me conduzem nesta vida. Agradeço a minha mãe, meu avô, meus irmãos, meus sobrinhos, Rafaela Soares e Erik Soares, que foram minha força diária neste processo de construção. Aos meus amigos de longa data Igor Soares, Fernanda Bretas, Carla Tavares, Maria Nunes, Gabriela Villani, Tiago Braga, Káh Dâmaso, Rafael Marçal, Pedro Sávio Vaz, Matheus Apolinário e Yohan Kohnert que compreenderam minha ausência durante esses anos. Aos amigos que fiz em Bauru, Alinie Souza, Renato Figueiredo, Rogério Taconha, Felipe Dahora, Douglas Moreira e Alisson Gogoi que fizeram desta caminhada mais suavidade. Aos amigos do Crossfit, Gabriela Deus, Guilherme Vidotte, Letícia Furtado, Bárbara Peres, Danilo Henrique de Oliveira Santos e Guilherme Mogione de Assis pela parceria, descontração e por me impedir de surtar. Aos Drs. Caio Nogueira, Dr. Rafael de Carvalho e Ma. Milena Jaconis, irmãos nestes anos, compartilhando histórias e me apresentando outras áreas da ciência. Agradeço ao Governo Federal Brasileiro e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – pelo financiamento da minha bolsa de pesquisa (88887.483986/2020-00). Igualmente, ao estado de São Paulo e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP pelo financiamento do projeto proposto pelo meu orientador (2020/12409-4). Também agradeço à Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade de Ciências - Campus Bauru, Universidade Estadual de Ponta Grossa - Campus Uvaranas, Universidade Vale do Rio dos Sinos - Campus São Leopoldo, Universidade Federal de Mato Grosso - Faculdade de Geociências - Campus Cuiabá, por terem disponibilizado suas coleções científicas. Aos amigos do LAPALMA (Laboratório de Paleontologia de Macroinvertebrados), Gabriel Silvério, Silvio Limeira Júnior, Paulo Kano, Débora Baumann e Maurício da Silva pelo companheirismo. Em especial ao Me. Felipe Sousa, que foi muito mais que um amigo durante esse processo, se transformou num irmão. Felps, obrigado pela força nesses anos, escutando minhas histórias, lamurias, frustracoes e alegrias, certamente com você a caminhada ficou muito mais leve. Agradeço ao meu orientador, Prof. Dr. Renato Pirani Ghilardi, que confiou em mim durante esses anos, me mostrou uma ciência de qualidade e abriu diversas portas. Devo agradecer também por todos os campos que me convidou, se não fosse isso eu não teria conhecido o Devoniano de quase todas as bacias sedimentares brasileiras. Professor, muito obrigado pelos dias intensos de trabalho, café e risadas, conviver com o senhor desde 2018 foi uma honra. Aos demais professores e pesquisadores que contribuíram nesta caminhada, Dr. Daniel Sedorko, Me. Geovanne Gaia, Dr. Rodrigo Horodsyki, Dr. Fábio Carbonaro, Dr. Willian Matsumura, Dra. Jeanninny Carla Comniskey, Dra. Elizabeth Dowding, Dra. Silane Caminha, Dr. Carlos D'Apólito e ao Dr. Hermínio Ismael de Araújo Júnior, meu muito obrigado. Por fim, agradeço à Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), a qual eu tive o prazer de compor a Diretoria de 2018 a 2023, me apresentando pessoas e auxiliando na luta pela manutenção do patrimônio fóssil brasileiro. “Não existe presente sem passado” Caboclo Sete Flechas RESUMO Durante o Devoniano, a Gondwana ocupava regiões próximas do pólo sul geográfico, onde as condições climáticas oscilavam entre as localidades. As correntes marítimas eram distintas, contando com uma zona de ressurgência na costa oeste sul-americana que conduzia águas frias para as regiões equatoriais do oceano Paleo-Tethys, isolando assim os mares epicontinentais da Gondwana. O uso cronoestratigráfico de conodontes, quitinozoários, peixes placodermos, palinomorfos, graptólitos e dacrioconarídeos ajudam no estabelecimento de eventos evolutivos e paleoclimáticos na América do Norte, na Europa e na China. Porém na América do Sul, principalmente nas bacias interiores brasileiras, esses registros paleontológicos são dificilmente reconhecidos no Devoniano. Assim, este trabalho utiliza da morfometria linear e esclerocronologia para averiguar como a fauna de braquiópodes (Australocoelia e Orbiculoidea) se comportou à medida que as condições paleoambientais ocorriam durante o Devoniano. No norte da Bacia do Paraná podemos inferir que os processos transgressivos e regressivos do Pragiano-Eifeliano impactaram diretamente no crescimento dos braquiópodes (Australocoelia palmata). Os animais que viviam num ambiente marinho transgressivo possuíam tamanhos variados, contudo aqueles que viviam num contexto regressivo apresentavam tamanhos corporais reduzidos. As mudanças paleoambientais do Devoniano também impactaram a fauna de Orbiculoidea (Orbiculoidea baini, O. bodenbenderi, O. excentrica). Com a morfometria linear (comprimento e largura) e averiguando os padrões de crescimento das conchas foi possível concluir que esta fauna não apresentou diferenças morfométricas durante o Pragiano-Eoeifeliano. Na passagem do Eopragiano-Neoemsiano os braquiópodes possuíam boas condições vitais, os animais atingiram as mais diversas dimensões já a redução das conchas pode estar associada à transgressão mundial do Kačák. Os animais que sobreviveram à passagem Eifelian-Givetiana não encontraram as mesmas condições paleoambientais após a crise biótica. Os braquiópodes encontrados no norte da Bacia do Paraná apresentaram um padrão de crescimento distinto daqueles que viviam no sul. Isto pode estar relacionado às condições de estresse na borda da bacia associadas à entrada de águas quentes provenientes da Bacia do Parnaíba. Palavras-chave: Gondwana, Bacia do Paraná, Evento Kačák, Evento Choteč, Australocoelia palmata, Orbiculoidea. ABSTRACT During the Devonian, Gondwana occupied areas close to the geographic south pole, where climatic conditions fluctuated between the localities. The ocean currents were distinct, with an upwelling zone on the South American west coast that carried cold waters to the equatorial regions of the Paleo-Tethys Ocean, thus isolating the epicontinental seas of Gondwana. The chronostratigraphic use of conodonts, chitinozoans, placoderm fish, palynomorphs, graptolites and dacryoconarids help to establish evolutionary and paleoclimatic events in North America, Europe and China. However, in South America, especially in the Brazilian interior basins, these paleontological records are difficult to recognize in the Devonian. Therefore, this work uses linear morphometry and sclerochronology to investigate how the brachiopod fauna (Australocoelia and Orbiculoidea) behaved as paleoenvironmental conditions occurred during the Devonian. In the north of the Paraná Basin we can infer that the transgressive and regressive processes of the Pragian-Eifelian had a direct impact on the growth of brachiopods (Australocoelia palmata). Animals that lived in a transgressive marine environment had varying sizes, however those that lived in a regressive context had reduced body sizes. Devonian paleoenvironmental changes also impacted the Orbiculoidea fauna (Orbiculoidea baini, O. bodenbenderi, O. excentrica). Using linear morphometry (length and width) and investigating the growth patterns of the shells, it was possible to conclude that this fauna did not show morphometric differences during the Pragian-Eoeifelian. During the Eopragian-Neoemsian period, brachiopods had good vital conditions, the animals reached the most diverse dimensions, and the reduction of shells may be associated with the worldwide transgression of the Kačák. Animals that survived the Eifelian-Givetian passage did not encounter the same paleoenvironmental conditions after the biotic crisis. The brachiopods found in the north of the Paraná Basin showed a growth pattern distinct from those that lived in the south. This may be related to the stress conditions at the edge of the basin associated with the entry of hot waters from the Parnaíba Basin. Keywords: Gondwana, Paraná Basin, Kačák Event, Choteč Event, Australocoelia, Orbiculoidea. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Mapa paleogeográfico da Gondwana durante o Devoniano. 14 Figura 2: Brasil com as principais bacias sedimentares intracratônicas com rochas devonianas. 15 Figura 3: Correlações estratigráficas das bacias intracratônicas brasileiras. 21 Figura 4: Morfologia geral de braquiópodes (A) Rhynchonelliformea e (B) DISCINIDAE. 25 Figura 5: Sudoeste da Gondwana com as principais ocorrências de Australocoelia e Orbiculoidea durante o Devoniano. 27 Figura 6: Mapa de localização dos pontos visitados na porção norte da Bacia do Paraná. 33 Figura 7: Mapa de localização dos pontos visitados na Bacia do Alto Tapajós (A) e Parecis (B). 34 CAPÍTULO I Figure 1: Location map of the Paraná Basin in Brazil (A), locations visited in the northern region of the basin (B) and the lithostratigraphic units from the south and north-northwest areas (C) (adapted from Grahn et al., 2013). 46 Figure 2: Scheme of measurements (length and width) taken on fossils (Australocoelia palmata). 48 Figure 3: Rondonópolis section, with facies, locations, fossils found and collection grip. 50 Figure 4: Fossils collected in Rondonópolis section, state of Mato Grosso. (A) cluster sample containing a- Australocoelia palmata, d-Derbyina sp. and t-Tentaculites sp. (CCLP-1365); (B) cluster sample containing a- Australocoelia palmata and d-Bivalvia (CCLP-1361); (C) pedicle valve of Australocoelia palmata (CCLP-1372); (D) brachial valve of Australocoelia palmata (CCLP-1375). Scale bar = 1 cm. 51 Figure 5: Jaciara section, with facies, locations, fossils found and grip. (adapted from Ribeiro et al., 2019) 54 Figure 6: Morphometric data of Australocoelia palmata from Rondonópolis (QR) and Jaciara (QJ1 and QJ2). (A) and (B) Variation of height and width among individuals from QR, QJ1, and QJ2, respectively. The black line within each jittered boxplot represents the mean value. (C) Data of the size ratio between height and width of individuals from QR, QJ1, and QJ2. (D) PCA highlighting a pattern of separation between QR and QJ1 individuals compared to QJ2 individuals 55 Figura 7: Lithostratigraphic correlation of the locations studied (Jaciara and Rondonópolis) with the positioning of collected grid and MFS (Maximum flooding surface) proposed by Ribeiro et al. (2019) 57 CAPÍTULO II Figura 1: (A) Área de abrangência da Bacia do Paraná com os locais de coleta dos braquiópodes (Orbiculoidea sp.) nos estados de Goiás (I), Mato Grosso (II) e Paraná (III). (B) Cronoestratigrafia das rochas Devonianas das porções norte e sul da bacia (adaptado de Grahn et al., 2013). 72 Figura 2: Morfologia de um discinídeo hipotético contendo os três transectos mensurados (‘a’, ‘b’ e ‘c’) 74 Figura 3: Comprimento e largura dos braquiópodes estudados do Devoniano da Bacia do Paraná. O. baini nas porções dorsais (A) e ventrais (B); O. bodendenderi nas porções dorsais (C) e ventrais (D) e a porção dorsal de O. excentrica (E) (todas as medidas em milímetros). 79 Figure 3: Figura 4: Principais eventos do Devoniano Inferior e Médio, contendo os intervalos estudados Neopragiano-Eoemsiano (T1), Neoemsiano (T2) e Neoeifeliano-Eogivetiano (T3). (*curvas de 2ª e 3ª ordem propostas por Vargas et al., 2020 para a Bacia do Paraná e curva global proposta por Walliser, 1996; **Distribuição temporal da fauna devoniana segundo Penn-Clarke & Harper, 2021) 81 CAPÍTULO III Figure 1: Coverage area of the Paraná Basin (A) with the locations where the brachiopods (Orbiculoidea sp.) were collected in the states of Mato Grosso, Goiás and Paraná (B) 94 Figure 2: Morphology of a hypothetical brachiopod (Orbiculoidea baini and O. excentrica) with the three measured transects (‘a’, ‘b’ and ‘c’) 95 Figure 3: Some of the brachiopods studied in this paper. Orbiculoidea excentrica from Unit 2 (A: CCLP-1369, scale bar 5mm) and Unit 4 (B: CCLP-905, scale bar 5mm); O. baini from Unit 4 (C: CCLP-886, scale bar 1mm), Unit 2 (D: CCLP-1352.A, scale bar 5mm), São Domingos Formation (E: MPI-5291, scale bar 10mm; G: MPI-5289, scale bar 10mm; J: MPI-6053, scale bar 2,5mm; K: MPI-6058.A, scale bar 2,5mm; L: MPI-3672.B, scale bar 1,25mm) and Ponta Grossa Formation (F: MPI-5688.F10, scale bar 5mm; H: MPI-6041, scale bar 10mm; I: MPI-13667, scale bar 10mm). 98 Figure 4: Graph containing the dimensions (height and width) of the dorsal (A) and ventral (B) valves of brachiopods (Orbiculoidea baini and O. excentrica) before and after the Kačák biotic crisis. 100 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Locais visitados durante os trabalhos de campo nos estados do Mato Grosso e Pará. 32 Tabela 2: Exemplares de Australocoelia palmata utilizados durante a elaboração desta tese, contendo seus números de tombo, tipo da valva, localidade, cidade e estado onde foram coletados, bem como sua idade e unidade geológica. 35 Tabela 3: Exemplares de Orbiculoidea baini utilizados durante a elaboração desta tese, contendo seus números de tombo, tipo da valva, localidade, cidade e estado onde foram coletados, bem como sua idade e unidade geológica. 36 Tabela 4: Exemplares de Orbiculoidea bodenbenderi utilizados durante a elaboração desta tese, contendo seus números de tombo, tipo da valva, localidade, cidade e estado onde foram coletados, bem como sua idade e unidade geológica. 38 Tabela 5: Exemplares de Orbiculoidea excentrica utilizados durante a elaboração desta tese, contendo seus números de tombo, tipo da valva, localidade, cidade e estado onde foram coletados, bem como sua idade e unidade geológica. 40 CAPÍTULO I Table 1: Visited outcrops, geographic coordinates and nearby cities 47 Table 2: Sedimentary facies analyzed around Jaciara, Juscimeira, and Rondonópolis in the state of Mato Grosso. 49 Table 3: Dunn's test results regarding the comparisons of Australocoelia palmata from Rondonópolis (QR) and Jaciara (QJ1 and QJ2). *Statistical differences. 53 CAPÍTULO II Tabela 1: Origem dos fósseis coletados no estudo. 73 Tabela 2: Dimensões (em milímetros) de Orbiculoidea baini, O. bodenbenderi e O. excentrica. C:comprimento; L: largura; M.T.: média total; T1: Neopragiano-Eoemsiano; T2: Neoemsiano; T3: Neoeifeliano-Eogivetiano. 76 CAPÍTULO III Table 1: Valves Dimensions (height and width) from before and after Kačák (all measurements in millimeters). 96 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO….……………………..…………………….…..….…….….…. 13 2. OBJETIVOS……………………………...……..…………….……………….… 16 3. MATERIAL E MÉTODOS……………………….……………………………… 19 3.1. Base teórica…………….….……..…….….….…….…….…….…..… 3.1.1. Contexto geológico das bacias intracratônicas brasileiras.... 3.1.2. Braquiópodes devonianos das bacias Gondwânicas.…....... 3.1.3. Esclerocronologia como ferramenta paleoambiental………. 3.1.4. Paleobiogeografia...………….….….…..…….……..……….... 3.1.5. Base estatística...….………….….….…..…….……..………... 19 19 24 27 29 30 3.2. Trabalhos de campo………….…...……….…..………….….……… 31 3.2. Local de depósito dos fósseis coletados…..…….…..…….….… 33 CAPÍTULO I: Morphometric reduction in Australocoelia palmata associated with the Devonian marine transgression………………………….…………..…. 41 CAPÍTULO II: Aplicação da morfometria e esclerocronologia nos braquiópodes (Discinidae: Orbiculoidea) do Devoniano Inferior-Médio da Bacia do Paraná.……………….……………..……….…………………………… 68 CAPÍTULO III: Linear morphometry and sclerochronology as paleoclimatic tools through Middle Devonian Kačák Event (Paraná Basin, Brazil)…………. 90 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..……………………………….………………….. 107 5. ANEXOS ……………..……………………………………………………..…… 108 5.1. Paleontologia: o que é e onde encontrar fósseis no estado de Mato Grosso?……………….…………………….………………………… 108 5.2. Registros paleontológicos do Paleozóico…………………...…..…… 109 5.3. Record of Lingulapholis (Craniopsidae, Brachiopoda) in the Pimenteira Formation (Devonian, Parnaíba Basin) …………….…....… 110 5.4. Paleobiogeography of Lower-Middle Devonian Conulariids from wouthwest Gondwana……………………………………….………….….. 111 5.5. Macroevolution and adaptive processes of the Leptocoeliidae family (Brachiopoda) throughout the Silurian and Devonian……………. 112 5.6.Scientific societies have a part to play in repatriating fossils……….. 113 5.7. Designation as cultural heritage best protects Brazilian fossil…… 114 6. REFERÊNCIAS ……..……………….……………….………….…….…..…… 115 1. INTRODUÇÃO Durante o Devoniano, o supercontinente Gondwana (América do Sul, África, Antártida, Índia, Península Arábica e outros blocos continentais menores) ocupava latitudes que iam desde os 60º S até próximo do pólo sul geográfico. Paralelamente, os blocos continentais que compunham a Euro-américa (América do Norte, Eurásia Oriental e Ocidental) estavam majoritariamente no hemisfério norte, nas proximidades das latitudes 60ºN até o Equador (Figura 1). Influenciados pela continentalidade e maritimidade ocasionada por esse vasto bloco continental, os climas variavam nas mais diversas localidades. Evidências geológicas indicam climas quentes e temperados ao norte da Austrália, noroeste da África, Sibéria, Cazaquistão, noroeste da América do Sul e na Europa central. Já nas regiões de altas latitudes sul, os climas eram majoritariamente mais frios (HABICHT, 1979; ROWLEY et al., 1985; RAYMOND, 1987; GOLONKA, 1994; SCOTESE et al., 1999). As correntes marítimas eram distintas, sendo que uma zona de ressurgência surgia na costa oeste sul-americana e conduzia águas frias para as regiões equatoriais do oceano Paleo-Tethys, isolando assim os mares epicontinentais da Gondwana. Já no hemisfério norte, as correntes possuíam temperaturas variadas e eram multidirecionais (OCZLON, 1990; CRASQUIN & HORNE, 2018; HÜNEKE et al., 2023). Diversas mudanças climáticas ocorreram durante o Devoniano em todo o planeta. No Hemisfério Norte essas mudanças climáticas, bem como esses processos de extinções são facilmente identificados nos registros fósseis. O uso cronoestratigráfico de conodontes (MURPHY, 2005; WEYANT et al., 2010; MAVRINSKAYA & ARTYUSHKOVA, 2017), quitinozoários (WINCHESTER-SEETO, 1993), peixes placodermos (DUPRET & BLIECK, 2009; BURRETT et al., 1990), palinomorfos (RICHARDSON et al., 1981), graptólitos e dacrioconarídeos (SUTTNER & KIDO, 2016) ajudam no estabelecimento de eventos evolutivos e paleoclimáticos na América do Norte e na Europa (CHLUPÁČ & KUKAL, 1986; CHLUPÁČ & OLIVER, 1989; FEIST et al., 1997). Porém no Hemisfério Sul, principalmente nas bacias interiores brasileiras, esses registros paleontológicos são dificilmente reconhecidos (MCGHEE, 1990; THOMPSON & NEWTON, 1988; ELRICK et al., 2009). 13 Os mares epicontinetais da Gondwana hospedavam uma fauna de invertebrados singular, com elevado grau de endemismo genérico e baixa diversidade específica, denominada fauna Malvinocáfrica, ou Malvinoxhosan segundo Penn-Clarke & Harper (2021). Tal fauna é representada, principalmente, por trilobitas (pertencentes à Família Calmoniidae, Pennaia, Phacopina e Tibagya), braquiópodes (Australocoelia, Australospirifer, Australostrophia, Meristelloides, Derbyina, linguliforme, Gigadiscina e Orbiculoidea), moluscos bivalves (Nuculites, Pleurodapis, Palaeoneilo), gastrópodes belerofontídeos além de Tentaculites e crinóides em menor quantidade (BOUCOT et al., 1971; BOUCOT, 1975; ANDRADE & CAMARÇO, 1980; MELO, 1988; PENN-CLARKE & HARPER, 2021). Figura 1: Mapa paleogeográfico da Gondwana durante o Devoniano. Fonte: adaptado de Penn Clarke & Harper (2021) Segundo Boucot (1975) essa singularidade faunística teria iniciado ainda no Siluriano, num âmbito pós-glacial acarretando em uma diversidade geral limitada de braquiópodes. Ao longo do Devoniano Inferior, às mudanças do nível do mar e as variações climáticas aumentaram a diversidade de alguns táxons, permitindo que a fauna Malvinoxhosana atingisse seu apogeu no Pragiano-Emsiano, ocupando vários mares do sul de Gondwana (BOUCOT, 1990; CHLUPÁC, 1994; SEDORKO et al., 2021). O endemismo foi reduzindo gradativamente durante o Devoniano Médio, 14 chegando ao completo desaparecimento de quase todos os táxons de braquiópodes no Frasniano (CLARKE, 1913, BOUCOT, 1975; MELO, 1988; BOSETTI et al. , 2011). Os braquiópodes típicos da fauna Malvinoxhosan podem ser encontrados nas bacias de Tarija (Argentina), Paraná, Parecis, Amazonas, Parnaíba (Brasil), Tarija, Madre de Dios (Bolívia), Chaco (Uruguai), Cabo (África do Sul), além das Ilhas Falklands (CLARKE, 1913; MELO, 1988; PENN-CLARKE et al. , 2018; PENN-CLARKE, 2019; DOWDING & EBACH, 2019). No Brasil, esses fósseis são descritos em várias bacias intracratônicas, sendo elas a bacia do Alto-Tapajós, Amazonas, Jatobá, Paraná, Parecis, Parnaíba e Solimões (MELO, 1988; MILANI et al., 2007) (Figura 2). Figura 2: Brasil com as principais bacias sedimentares intracratônicas com rochas devonianas. Fonte: o autor Os braquiópodes que caracterizam a fauna Malvinoxhosan são costumeiramente encontrados nas bacias interiores do Brasil. Porém algumas localidades necessitam de um trabalho mais acurado, como são os casos das bacias do Alto-Tapajós e Solimões, onde as informações fossilíferas são escassas ou inexistentes. Já nas bacias do Amazonas, Jatobá e Parecis as informações estão desatualizadas, visto que os trabalhos nestas regiões foram feitos ainda no século passado e carecem de atualizações. 15 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando o proposto, até no presente momento pode-se concluir que: ● Os processos transgressivos e regressivos do Pragiano-Eifeliano no norte da bacia do Paraná influenciaram diretamente nos tamanhos dos braquiópodes; ● Exemplares de Australocoelia palmata que viviam num ambiente marinho transgressivo possuíam tamanhos variados, porém aqueles que viviam num contexto regressivo apresentaram tamanhos corporais 25% menores; ● Esta redução da fauna pode acontecer quando há alterações na composição das águas marinhas e na salinidade, resultantes de uma fase regressiva; ● Aplicando a morfometria linear nos braquiópodes (Orbiculoidea baini, O. bodenbenderi e O. excentrica) não foi possível identificar diferenças morfométricos ao longo de todo o Devoniano; ● Porém, quando comparamos os animais do Pragiano-Eoeifeliano com aqueles do Neoeifeliano-Eogivetiano podemos verificar uma redução significativa nas dimensões das conchas; ● Essa alteração pode estar associada à transgressão do Neoeifeliano-Eogivetiano, também reconhecida mundialmente como crise biótica do Kačák; ● Braquiópodes (Orbiculoidea baini, O. bodenbenderi e O. excentrica) do Eopragiano-Neoemsiano possuíam boas condições vitais, os dados morfométricos indicam que neste momento os animais atingiram as mais diversas dimensões; ● Os braquiópodes (Orbiculoidea baini, O. bodenbenderi e O. excentrica) do Neoemsiano viveram em paleoambientes estressados devido às constantes oscilações do nível do mar, correlacionável à crise biótica do Choteč; ● O Evento global Kačák foi identificado e estatisticamente mensurado em toda a abrangência da Bacia do Paraná. Reforçando ainda mais a hipótese anóxica da transgressão do Neoeifeliano-Eogivetiano. ● Os animais que sobreviveram à passagem Eifeliano-Givetiano não encontraram as mesmas condições paleoambientais após a crise biótica. Os braquiópodes encontrados no norte da Bacia do Paraná apresentaram um padrão de crescimento distinto daqueles que viviam no sul. 107 5. ANEXOS 5.1. Paleontologia: o que é e onde encontrar fósseis no estado de Mato Grosso? 108 5.2. Registros paleontológicos do Paleozóico 109 5.3. Record of Lingulapholis (Craniopsidae, Brachiopoda) in the Pimenteira Formation (Devonian, Parnaíba Basin) 110 5.4. Paleobiogeography of Lower-Middle Devonian Conulariids from southwest Gondwana 111 5.5. Macroevolution and adaptive processes of the Leptocoeliidae family (Brachiopoda) throughout the Silurian and Devonian 112 5.6. Scientific societies have a part to play in repatriating fossils. 113 6.7. Designation as cultural heritage best protects Brazilian fossils 114 6. REFERÊNCIAS ALMEIDA. F. F. M. & NOGUEIRA, F. J. V. (1959). Reconhecimento Geológico do rio Aripuanã. DNPM, Rio de Janeiro, Boletim, 199: 1-43. ALMEIDA, M. E.; COSTA, U. A. P. (2014). Geologia e recursos minerais da Folha Sumaúma – SB.20- Z-D, Estado do Amazonas. Escala 1:250.000 – Manaus: CPRM. ALVES, C. L. & RIZZOTTO, G. J.; RIOS, F. S.; GONÇALVES, G. A. (2019) Áreas de relevante interesse mineral - Projeto evolução crustal e metalogenia da Província Mineral Juruena-Teles Pires. Cleber Ladeira Alves, Gilmar José Rizzotto, Francisco Sene Rios, Gabriel Freitas Gonçalves. Goiânia: CPRM,. 226 p. ANDRADE, S. M. & CAMARÇO, P. E. N. (1978). Mapeamento Geológico a Leste das Cidades de Iporá - Amorinópolis. Relatório Final da Nuclebrás. Goiânia. Brasil, p. 32. ANDRADE, S. M. & CAMARÇO, P. E. N. (1980). Estratigrafia dos sedimentos devonianos do flanco nordeste da Bacia do Paraná. Anais do 31º Congresso Brasileiro de Geologia. Santa Catarina, Balneário de Camboriú, Sociedade Brasileira de Geologia, v. 5, p. 2828 - 2834. ASSINE, M. L. (1996). Aspectos da estratigrafia das seqüências pré-carboníferas da Bacia do Paraná no Brasil. 1996. Tese (Doutorado em Geologia Sedimentar), USP, São Paulo, SP. 207 p. ASSINE, M. L. (2001). O ciclo Devoniano na Bacia do Paraná e correlações com outras Bacias Gondwânicas. Ciência-Técnica-Petróleo, seção: Exploração de Petróleo. Rio de Janeiro, 20: 55-62. BAHIA, R. B. C., & REIS, N. J. (2010). Estratigrafia de sequência do grupo Alto Tapajós na porção ocidental da Bacia Alto Tapajós (paleozóico), estado do Amazonas-dados preliminares. BAHIA, R. B. C. (2007). Evolução tectonossedimentar da Bacia dos Parecis-Amazônia. Tese de Doutoramento. Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP. Contribuições às Ciências da Terra. v. 18, n. 26, 149 p. BAHIA, R. B. C., MARTINS, M. A. N., BARBOSA, M. S. C., & PEDREIRA, A. J. (2016). Revisão estratigráfica da bacia dos Parecis–Amazônia. Revista Brasileira de Geociências, 36(4), 692-703. BARATA, C. F., & CAPUTO, M. V. (2007). Geologia do petróleo da Bacia do Solimões. O “estado da arte”. In 4 Congresso Brasileiro de Pesquisa e 115 Desenvolvimento em Petróleo e Gás. PDPETRO (Vol. 4, No. 1.1). BARRETO, P. M. (1968). O Paleozóico da bacia de Jatobá, Pernambuco. Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, 17(1), 29-45. BENEDETTO, J. L., RACHEBOEUF, P. R., HERRERA, Z., BRUSSA, E. D., & TORO, B. A. (1992). Brachiopodes et biostratigraphie de la formation de Los Espejos, Siluro-Dévonien de la Précordillère (NW Argentine). Geobios, 25(5), 599-637. BERGAMASCHI, S. (1999). Análise estratigráfica do Siluro-Devoniano (Formações Furnas e Ponta Grossa) da sub-bacia de Apucarana, Bacia do Paraná, Brasil. 1999. 167 f. Tese (Doutorado em Geociências) – Instituto de Geociências, Curso de Pós-Graduação em Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. BOSETTI, E. P.; GRAHN Y.; HORODYSKI R. S.; MAULLER P. M.; BREUER P.; ZABINI C. (2011). An earliest Givetian “Lilliput Effect” in the Parana Basin, and the collapse of the Malvinokaffric shelly fauna. Palaontologische Zeitschrift 85:49–65. BOUCOT, A. J. (2005). Silurian and pre-Upper Devonian bio-events. In Extinction Events in Earth History: Proceedings of the Project 216: Global Biological Events in Earth History (pp. 125-132). Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg. BOUCOT, A. J. (1971). Malvinokaffric Devonian Marine Community Distribution and Implications for Gondwana. Anais da Academia Brasileira de Ciência, Supl., v. 43, p. 23 - 49, 1971. BOUCOT, A. J. (1975). Evolution and Extinetion Rate Controls. In Developments in Palaeontology and Stratigraphy. Oxford, New York. 1. Elsevier Scientific Publishing Company. 3- 394. BOUCOT, A. J., & GILL, E. D. (1956). Australocoelia, a new Lower Devonian brachiopod from South Africa, South America, and Australia. Journal of Paleontology, 1173-1178. BOUCOT, A.J., ROWELL, A.J., RACHEBOUEF, P., PEREIRA, E., & MELO, J.H.G. (2001). Position of the Malvinokaffric Realm’s northern boundary (Early Devonian) based on newly discovered brachiopods from the Parecis Basin (Brazil). Journal of the Czech Geological Society, 46, 109-120. BREMER, K. (1992). Ancestral areas: a cladistic reinterpretation of the center of origin concept. Systematic Biology, v. 41, n. 4, p. 436-445. BURRETT, C., LONG, J., & STAIT, B. (1990). Early-Middle Palaeozoic biogeography of Asian terranes derived from Gondwana. Geological Society, London, Memoirs, 116 12(1), 163-174. CABRERA, A.L.; WILLINK, A. (1973). Biogeografía de América Latina. Organización de los Estados Americanos (OEA), Serie de Biología, Monogr. Washington, D.C. n. 13, p. 117. CAPUTO, M. V. & SILVA, O. B. (1990). Sedimentação e Tectônica da Bacia do Solimões. In: RAJA GABAGLIA, G.P. & MILANI, J.E. (Eds). Origem e Evolução de Bacias Sedimentares, p. 169-193. CARBONARO, F. A., COMNISKEY, J. C., CORRAL, H. S., & GHILARDI, R. P. (2018). Orbiculoidea baini and Orbiculoidea excentrica (Brachiopoda, Discinidae) from the Middle Devonian (Alto Garças Sub-basin, Paraná Basin) of Caiapônia, Goiás (Brazil). Geologia USP. Série Científica, 18(4), 11-20. CARLSON, S. J. (2016). The evolution of Brachiopoda. Annual Review of Earth and Planetary Sciences, 44, 409-438. CARVALHO, M. G. P., & EDGECOMBE, G. D. (1991). Lower-Early Middle Devonian calmoniid trilobites from Mato Grasso, Brazil, and related species from Paraná. American Museum novitates, 3022, 1-13. CARVALHO, R. G. D. (1972). Braquiópodes devonianos da bacia do Amazonas (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo). CARVALHO, R. R., NEUMANN, V. H., FAMBRINI, G. L., VIEIRA, M. M., & ROCHA, D. E. A. (2010). Origem e Proveniência das Sequência Siliciclástica Inferior da Bacia do Jatobá. Estudos Geológicos, 20(2), 113 CHLUPÁČ, I. (1994). Devonian trilobites—evolution and events. Geobios, 27(4), 487-505 CHLUPÁČ, I., & KUKAL, Z. (1986). Reflection of possible global Devonian events in the Barrandian area, CSSR. In Global Bio-Events: A Critical Approach Proceedings of the First International Meeting of the IGCP Project 216:“Global Biological Events in Earth History” (pp. 169-179). Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg. CHLUPÁČ, I., & OLIVER, W. A. (1989). Decision on the Lochkovian-Pragian boundary stratotype (Lower Devonian). Episodes Journal of International Geoscience, 12(2), 109-114. CLARKE, J.M. (1913). Fósseis devonianos do Paraná. In: Monographias do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, Rio de Janeiro, p. 1 - 353. 117 COMNISKEY, J.C. (2011). Paleontologia dos Discinidae (Brachiopoda: Linguliformea) da sucessão devoniana da Bacia do Paraná, Estado do Paraná, Brasil: Revisão Sistemática, distribuição geográfica e estratigráfica. Ponta Grossa, PR. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Ponta Grossa, 182 p CORRÊA, L. F. A., & RAMOS, M. I. F. (2021). Discinoids (Brachiopoda: Lingulata) from the upper Manacapuru Formation (Early Devonian), south border of Amazonas Basin, Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 105, 102960. COSTA, S. A. G.; FRAGOMENI, P. R. P.; FRAGOMENI M. G. (1975). Projeto Serra do Roncador. Reconhecimento geológico. DNPM/CPRM, Goiânia, Relatório final, 3 v. COSTA, I. P.; BUENO, G. V.; MILHOMEM, P. S.; SILVA, H. S. R. L.; KOSIN, M. D. (2007). Sub-bacia de Tucano Norte e Bacia de Jatobá. Boletim de Geociências da Petrobras 15, 9. CRASQUIN, S., & HORNE, D. J. (2018). The palaeopsychrosphere in the Devonian. Lethaia, 51(4), 547-563. CRUZ N.M.da C. (2005). Palinologia e Palinofácies do Furo TPN-5. no rio Sucundurí, Estado do Amazonas (AM), Brasil. In/ SBP, Cong. Bras. Paleontol., 19, Cong. Latinoamer. Paleontol., 6, Aracajú, Anais, CD-ROM. CRUZ, N. M. Da C. 1982. Palinoplancton de sedimentos paleozóicos do estado do Amazonas. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 54 (2): 355-363. CUMMING, G. (2014). The new statistics: Why and how. Psychological science, 25(1), 7-29. CUNHA, P. R. C.; MELO, J. H. G.; SILVA, O. B. (2007). Bacia do Amazonas. In: Bol. Geoc. Petrobras, Rio de Janeiro. v.15, n. 2, p. 227-251. DAEMON, R. F.; CONTREIRAS, C. J. A. (1971). Zoneamento palinológico da Bacia do Amazonas. In: CONGRES- SO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 25., São Paulo. Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia, v. 3, p. 79-88. DERBY, O. A. (1878a). Contribuições para a geologia da região do Baixo Amazonas. Archivos do Museu Nacional, 2: 77–104. DERBY, O. A. (1878b). A Geologia da região diamantífera da Província do Paraná no Brasil. Archivos do Museu Nacional, 3: 89-96. DOUMANI, G. A.; BOARDMAN, R. S.; ROWELL, A. J.; BOUCOT, A. J.; JOHNSON, J. G.; MCALESTER, A. L. G.; ... & MILES, R. S. (1965). Lower Devonian Fauna of 118 the Horlick Formation, Ohio Range, Antarctica1. Geology and Paleontology of the Antarctic, 6, 241-274 DOWDING, E. M. & EBACH, M. C. (2019). Evaluating Devonian bioregionalization: quantifying biogeographic areas. Paleobiology (1 - 16). DUPRET, V., & BLIECK, A. (2009). The Lochkovian–Pragian boundary in Podolia (Lower Devonian, Ukraine) based upon placoderm vertebrates. Comptes Rendus Geoscience, 341(1), 63-70. EBACH, M. C.; WILLIAMS, D. M. (2016). Dispersalism and neodispersalism. The Future of Phylogenetic Systematics: The Legacy of Willi Hennig, v. 86, p. 286. ELRICK, M.; BERKYOVÁ, S.; KLAPPER, G.; SHARP, Z.; JOACHIMSKI, M.; FRYDA, J. (2009). Stratigraphic and oxygen isotope evidence for My-scale glaciation driving eustasy in the Early-Middle Devonian greenhouse world. Paleogeography, Paleoclimatology, Paleoecology, 276. FEIST, R., IVANOV, K. S., SAPELNIKOV, V. P., ANCIGIN, N. Y., IVANOV, S. N., MIZENS, L. I., ... & LUBOV, L. V. (1997). Correlations between the evolution of benthic faunal communities and convergent movements of lithospheric blocks from the Silurian to the Late Devonian in the mid-Palaeozoic Uralian basin. Tectonophysics, 276(1-4), 301-311. FILHO, J. R. W., EIRAS, J. F., & VAZ, P. T. (2007). Bacia do Solimões. Boletim de Geociências da PETROBRAS, 15(2), 217-225. GALLO, V. & FIGUEIREDO, F. (2010). Paleobiogeografia. In: CARVALHO, I. S. Paleontologia, Conceitos e Métodos. v. 1, ed. 3, p. 247 - 265. GALLO, V., FIGUEIREDO, F. J., & ABSOLON, B. A. (2021). Uma Breve história da Biogeografia: De Linnaeus à Revolução Croizatiana. Revista Sustinere, 9(1), 297-322. GAMA Jr., J. M. (2008). Braquiópodes da Formação Pimenteiras (Devoniano Médio/Superior), na região sudoeste da Bacia do Parnaíba, município de Palmas, Estado do Tocantins, Brasil. Dissertação de Mestrado em Geociências, Universidade Federal de Brasília, UFB, Brasília, Brasil GHILARDI, R. P. (2004). Tafonomia comparada e paleoecologia dos macroinvertebrados (ênfase em trilobites), da Formação Ponta Grossa (Devoniano, Sub-bacia Apucarana), Estado do Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, SP. p. 125. 119 GOLONKA, J.; ROSS, M. I.; SCOTESE, C. R. (1994). Phanerozoic paleogeographic and paleoclimatic modeling maps. In: Pangea: Global Environments and Resources. Canadian Society of Petroleum Geologists, Memoir 17 ( 1 - 47). GRAHN, Y; HORODYSKI, R. S.; MENDLOWICZ MAULLER, P.; BOSETTI, E. P.; GHILARDI, R. P.; CARBONARO, F. A. (2016). A marine connection between Parnaíba and Paraná basins during the Eifelian/ Givetian transition: Review and new data. Revista Brasileira de Paleontologia 19, 357–366. GUZMÁN, J.; FAMBRINI, G. L.; OLIVEIRA, E.; USMA-CUERVO, C. (2015). Estratigrafia da Bacia de Jatobá: estado da arte. Estudos Geológicos, 25(1), 53-76. HABICHT, J. K. A. (1979). Paleoclimate, Paleomagnetism, and Continental Drift. American Association of Petroleum Geologists. Studies in Geology No. 9. x 29 pp., 11. HAMMER, Ø. & HARPER, D. A. (2001). Past: paleontological statistics software package for educaton and data anlysis. Palaeontologia electronica, 4(1), 1. HÜNEKE, H.; GIBB, M. A.; MAYER, O.; KNIEST, J. F.; MEHLHORN, P.; GIBB, L. M.; ABOUSSALAM S.; BECKER, R. T.; EL HASSANI., A.; BAIDDER, L. (2023). Bioclastic bottom-current deposits of a Devonian contourite terrace: Facies variability and depositional architecture (Tafilalt Platform, Morocco). Sedimentology. MATSUDA, N. S.; WINTER, W. R.; WANDERLEY, J. R. F.; CACELA, A. S. M. (2010). O Paleozoico da borda sul da Bacia do Amazonas, Rio Tapajós - Estado do Pará. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro. v. 18, n. 1, p. 123-152. MAVRINSKAYA, T. M. & ARTYUSHKOVA, O. V. (2017). Conodont characteristic of the Lochkovian-Pragian boundary interval in the Mindigulovo section (western slope of the Southern Urals). Palaeobiodiversity and Palaeoenvironments, 97(3), 391-404. MCGHEE Jr, G. R. (1990). The Frasnian-Famennian mass extinction record in the eastern United States. In Extinction Events in Earth History: Proceedings of the Project 216: Global Biological Events in Earth History (pp. 161-168). Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg. MELO, J. H. G. (1985). A província malvinocáfrica no devoniano do Brasil: estado atual dos conhecimentos. Anuário do Instituto de Geociências, 16, 79-80. MELO, J. H. G. (1988). The Malvinokaffric Realm in the Devonian of Brazil. In: McMillan, N.J.; Embry, A.F. & Glass, D.J. (Eds.). Devonian of the World: Proceedings of the 2nd International Symposium on the Devonian System. Canadian Society of Petroleum Geologists. v. 14, p. 669 - 703. 120 MELO, J. H. G. & LOBOZIAK, S. (2003). Devonian - Early Carboniferous miospore biostratigraphy of the Amazon Basin, Northern Brazil. Review of Palaeobotany and Palynology 124, 2003. p. 131-202. MENDEZ, A. R. (1938). Fósiles Devónicos del Uruguay. Inst. Geol. Uruguay Boi. 24, Montevideo. MILANI, E. J.; MELO, J. H. G.; SOUZA, P. A.; FERNANDES, L. A.; FRANÇA, A. B. (2007). Bacia do Paraná. Boletim de Geociências da Petrobrás, v. 15, n. 2, p. 265 - 287. MORRONE, J. J. & CRISCI, J. V. (1990). Panbiogeografia: Fundamentos y Metodos. Evolución Biológica, v. 4, p. 119 - 140. MORRONE, J. J. & CRISCI, J. V. (1995). Historical biogeography: introduction to methods. Annual Review of Ecology and Systematics 26, 373–401. MUNIZ, G. C. B. (1978). Braquiópodes Devonianos da Formação Inajá no Estado de Pernambuco. Anais, XXX Congresso Brasileiro de Geologia. Recife. 2: 975-985. MURPHY, M. A. (2005). Pragian conodont zonal classification in Nevada, western North America. Spanish Journal of Palaeontology, 20(2), 177-206. OCZLON, M. S. (1990). Ocean currents and unconformities: the north Gondwana Middle Devonian. Geology, 18(6), 509-512. PARKER, R. E. & Parker, R. E. (1991). Introductory statistics for biology (Vol. 43). cambridge University press. PEDREIRA, A. J. & BAHIA, R. B. C. (2004). Estratigrafia e evolução da bacia dos Parecis: região amazônica, Brasil. Brasília: CPRM. PENN-CLARKE, C. R.; RUBIDGE, B. S.; JINNAH, Z. A. (2018). Two hundred years of palaeontological discovery: review of research on the Early to Middle Devonian Bokkeveld Group (Cape Super-group) of South Africa. Journal of African Earth Sciences 137 (157–178). PENN-CLARKE, C. R. (2019). The Malvinokaffric Realm in the Early-Middle Devonian of South Africa. Journal of African Earth Sciences, 158, 103549. PENN-CLARKE, C. R. & HARPER, D. A. (2021). Early–Middle Devonian brachiopod provincialism and bioregionalization at high latitudes: A case study from southwestern Gondwana. Bulletin, 133(3-4), 819-836. 121 PEREIRA, E.; CARNEIRO, C. D. R.; BERGAMASCHI, S. & ALMEIDA, F. D. (2012). Evolução das sinéclises paleozóicas: províncias Solimões, Amazonas, Parnaíba e Paraná. Geologia do Brasil, 12, 21. PEREIRA, P. A.; ALMEIDA, J. A. C.; BARRETO, A. M. F. (2012). Paleoecologia dos bivalves e braquiópodes da Formação Inajá (Devoniano), Bacia do Jatobá (PE), Brasil. Estudos Geológicos, v. 22, n. 1, p. 37-53. PONCIANO, L. C. M. O.; CORRAL, L.; CASTRO, A. S. F.; FONSECA, V. M., & MACHADO, D. M. C. (2012). Tafocenoses da Formação Pimenteira, Devoniano da Bacia do Parnaíba, Piauí: mapeamento, inventário e relevância patrimonial. Anuário do Instituto de Geociências, 35(1). POSADAS, P.; CRISCI, J. V.; KATINAS, L. (2006). Historical biogeography: a review of its basic concepts and critical issues. Journal of Arid Environments, v. 66, n. 3, p. 389-403. QUADROS, L. P. (1988). Zoneamento bioestratigráfico do Paleozóico Inferior e Médio (Seção marinha) da Bacia do Solimões. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 95-109. RAMOS, A. N. (1970). Aspecto paleo-estruturais da Bacia do Paraná e sua influência na sedimentação. Boletim Técnico da Petrobrás, v. 13, n. 3, p. 85 - 93. RATHBUN, R . (1878). The Devonian Brachiopoda of the province of Para, Brazil. Boston Society of Natural History, Proceedings, 20: 14-39. REIS, N. J.; BAHIA, R. B. C.; ALMEIDA, M. E.; COSTA, U. A. P.; BETIOLLO, L. M.; OLIVEIRA, A. C.; SPLENDOR, F. (2013). O supergrupo Sumaúma no contexto geológico da Folha SB. 20-ZD (SUMAÚMA), sudeste do Amazonas: modo de ocorrência, discussão de idades em zircões detríticos e correlações no SW do Cráton do Amazonas. Contribuições à Geologia da Amazônia. Belém, Sociedade Brasileira de Geologia Núcleo Norte (SBG-NO), 8, 199-222. REZENDE, J. M. P.; MACHADO, D. M. C.; PONCIANO, L. C. M. O. (2019). A taxonomic review of the brachiopod genus Australocoelia (Boucot & Gill, 1956) in the Devonian of Brazil. Zootaxa, 4683(4), 515-530. RIBEIRO, V. R.; CARBONARO, F. A.; CAMINHA, S. A. F. S.; PICCOLI, A. D.; SOUSA, F. N.; GHILARDI, R. P. (2021). Trilobitas devonianos das bacias do Paraná e Parecis no estado de Mato Grosso, Brasil. Terr@ Plural, 15, 1-15. RIBEIRO, V. R., GHILARDI, R. P., & CAMINHA, S. A. F. S. C. (2019). Fácies 122 deltaicas devonianas de Jaciara-Mato Grosso: o indício de uma nova proposta estratigráfica para a Sub-bacia de Alto Garças. Geociências. v. 38, n. 3. p. 687-698. RIBEIRO, V. R.; SOUSA, F. N.; GAIA, G. A.; CARBONARO, F. A.; SCHEFFLER, S. M.; GHILARDI , R. P. (2021). Macroinvertebrados devonianos do estado de Tocantins: histórico de ocorrências e novos achados. Terr@ Plural, [S. l.], v. 15, p. 1–16. RIBEIRO, V. R. & GHILARDI, R. P. (2020).Paleobiogeografia. Aprendendo Ciência (ISSN 2237-8766), v. 9, n. 1, p. 26-30. RICHARDSON, J. B.; RASUL, S. M.; AL-AMERI, T. (1981). Acritarchs, miospores and correlation of the Ludlovian-Downtonian and Silurian-Devonian boundaries. Review of Palaeobotany and Palynology, 34(2), 209-224. RIKER, S. R. L. & OLIVEIRA, M. A. (2001). Enfoque Geológico-Geotectônico da Região do Domo do Sucunduri – estado do Amazonas. In: Simpósio de Geologia da Amazônia, 6, Belém. Sessão Temática IX, SBG, pp. 15–18. RODRIGUES, R. C.; SIMÕES, M. G.; LEME, J. M. (2003). Tafonomia comparada dos Conulatae (Cnidaria), Formação Ponta Grossa (Devoniano), Bacia do Paraná, Estado do Paraná. Revista Brasileira de Geociências, 3(4):381-390. ROHLF, F. J. & MARCUS, L. F. (1993). A revolution morphometrics. Trends in ecology & evolution, v. 8, n. 4, p. 129-132. ROWLEY, D. B.; RAYMOND, A.; PARRISH, J. T.; LOTTES, A. L.; SCOTESE, C.; ZIEGLER, A. M. (1985). Carboniferous paleogeographic, phytogeographic, and paleoclimatic reconstructions. International Journal of Coal Geology. 5 ( 7 - 42). SANTOS J. O. S.; HARTMANN L. A.; GAUDETTE H. E.; GROVES, D. I; MCNAUGHTON N. J.; FLETCHER I. R. (2000). A New Understanding of the Provinces of the Amazon Craton based on Integration of Field Mapping and U-Pb and Sm-Nd Geochronology. Gondwana Research, 3(4):453-488. SANTOS, T. B; MANCINI, F; ROSTIROLLA, S. P; BARROS, C. E. M; SALAMUNI, E. (2011). Registro da deformação pós-paleozoica na Bacia do Amazonas, região de Itaituba (PA). Revista Brasileira de Geociências. v. 41, n. 1, p. 95-107. SCOTESE, C. R.; BOUCOT, A. J.; MCKERROW, W. S. (1999). Gondwanan palaeogeography and palaeoclimatology. J. Afr. Earth Sci. 28, 99 - 114. SEDORKO, D., NETTO, R. G., SCHEFFLER, S. M., HORODYSKI, R. S., BOSETTI, E. P., GHILARDI, R. P., MAULLER, P. M.; VARGAS, M. R.; VIDEIRA-SANTOS, R.; 123 SILVA, R. C.; MYZYNSKI-JUNIOR, L. (2021). Paleoecologic trends of Devonian Malvinokaffric fauna from the Paraná Basin as evidenced by trace fossils. Journal of South American Earth Sciences, 109, 103200. SILVA, A. J. P.; LOPES R. C.; VASCONCELOS, A. M.; BAHIA, R.B.C. (2003). Bacias Sedimentares Paleozoicas e Meso-Cenozoicas Interiores. In L.A. Bizzi, C. Schobbenhaus, R.M. Vidotti, & J.H. Gonçalves (eds.). Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. (pp. 55-85). Brasília: CPRM. SIMÕES, M. G. & GHILARDI, R. P. (2000). Protocolo Tafonômico/Paleoautoecológico com Ferramenta nas Análises Paleossinecológicas de Invertebrados: Exemplos de Alpicação em Concentrações Fossilíferas do Paleozóico da Bacia do Paraná, Brasil. Pesquisas em Geociências, 27(2), 3-13. SUTTNER, T. J. & KIDO, E. (2016). Distinct sea-level fluctuations and deposition of a megaclast horizon in the neritic Rauchkofel Limestone (Wolayer area, Carnic Alps) correlate with the Lochkov–Prag Event. Geological Society, London, Special Publications, 423(1), 11-23. TASSINARI C. G. C. & MACAMBIRA M. J. B. (1999). Geochronological Provinces of the Amazonian Cráton. Episodes, 22(3):174-182. THOMPSON, J. B. & NEWTON, C. R. (1988). Late Devonian mass extinction: episodic climatic cooling or warming? 29-34. TOCZECK, A.; SCHMITT, R. S.; BRAGA, M. A. S.; MIRANDA, F. P. (2019). Tectonic evolution of the Paleozoic Alto Tapajós intracratonic basin-A case study of a fossil rift in the Amazon Craton. Journal of South American Earth Sciences, 94, 102225. VARGAS, M. R.; SILVEIRA, A. S.; BRESSANE, A.; D'AVILA, R. S. F.; FACCION, J. E.; PAIM, P. S. G. (2020). The Devonian of the Paraná Basin, Brazil: sequence stratigraphy, paleogeography, and SW Gondwana interregional correlations. Sedimentary Geology, 408, 105768. WEYANT, M., BULTYNCK, P., PLUSQUELLEC, Y., & RACHEBOEUF, P. R. (2010). Reassessment of Lochkovian-Pragian conodont faunas from the Rade de Brest and the Presqu'ile de Crozon (Massif Armoricain, France). Neues Jahrbuch für Geologie und Paläontologie-Abhandlungen, 258(1), 73-88. WILLIAMS, A.; CARLSON, S.J. & BRUNTON H.C. (2000). Brachiopoda. In: R .L. Kaesler (ed.) Treatise on Invertebrate Paleontology, Part H, Brachiopoda, Revised, v.2. The Geological Society of America e The University of Kansas Press, p.28-29 WINCHESTER-SEETO, T. (1993). Chitinozoa from the Early Devonian 124 (Lochkovian–Pragian) Garra Limestone, central New South Wales, Australia. Journal of Paleontology, 67(5), 738-758. ZABINI, C.; BOSETTI, E. P.; HOLZ, M. (2010). Taphonomy and taphofacies analysis of lingulid brachiopods from Devonian sequences of the Paraná Basin, Brazil. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 292: 44-56. ZAR, J. H. (2010). Chapter 23: Contingency Tables. Biostatistical Analysis, 5th ed.; Prentice-Hall/Pearson: Upper Saddle River, NJ, USA, 490-517. 125