RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 24/06/2018. ESTEVÃO DE MELO MARCONDES LUZ Incendiárias Folhas ação política e periodismo na trajetória do padre Antonio José Ribeiro Bhering (1829-1849) FRANCA 2016 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Incendiárias Folhas ação política e periodismo na trajetória do padre Antonio José Ribeiro Bhering (1829-1849) Tese apresentada à Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como pré-requisito para a obtenção do Título de Doutor em História. Linha de pesquisa: História e Cultura Social. Orientadora: Profa. Dra. Márcia Regina Capelari Naxara. FRANCA 2016 Luz, Estevão de Melo Marcondes. Incendiárias folhas: ação polìtica e periodismo na trajetória do Padre Antonio José Ribeiro Bhering (1829-1849) / Estevão de Melo Marcondes Luz. – Franca: [s.n.], 2016. 283 f. Tese (Doutorado em História). Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Orientadora: Márcia Regina Capelari Naxara 1. Brasil - Historia - Imperio - 1822-1889. 2. Minas Gerais. 3. Imprensa. I. Tìtulo. CDD – 981.04 ESTEVÃO DE MELO MARCONDES LUZ INCENDIÁRIAS FOLHAS: AÇÃO POLÍTICA E PERIODISMO NA TRAJETÓRIA DO PADRE ANTONIO JOSÉ RIBEIRO BHERING (1829-1849). Tese apresentada à Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como pré-requisito para a obtenção do Título de Doutor em História. Área de concentração: História e Cultura. Linha de pesquisa: História e Cultura Social. BANCA EXAMINADORA Presidente: ________________________________________________________________ Dra. Márcia Regina Capelari Naxara 1º Examinador: ____________________________________________________________ Dra. Izabel Andrade Marson 2º Examinador: ____________________________________________________________ Dra. Helena Miranda Mollo 3º Examinador: ____________________________________________________________ Dra. Marisa Saenz Leme 4º Examinador: ____________________________________________________________ Dra. Virgínia Célia Camilotti Franca, 24 de junho de 2016. Dedicato ria Dedico este trabalho ao homem cujos passos procurei investigar e compreender durante os últimos anos, Antonio José Ribeiro Bhering, homem de seu tempo. Agradecimentos À professora Dra. Márcia Regina Capelari Naxara, minha orientadora, pela parceria durante os anos de realização desta pesquisa e pela amizade que se desenvolveu ao longo deste processo. Às professoras Dra. Marisa Saenz Leme e Dra. Virgínia Célia Camilotti pela participação no Exame Geral de Qualificação e pela leitura atenta que realizaram, trazendo apontamentos importantes e sugestões muito relevantes para o encaminhamento da Tese. À Dra. Izabel Andrade Marson, Dra. Helena Miranda Mollo, Dra. Marisa Saenz Leme e Dra. Virgínia Célia Camilotti por gentilmente aceitarem o convite para a composição da Banca Examinadora. À Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional pelo excelente trabalho de digitalização dos periódicos do século XIX com os quais pude realizar a presente pesquisa, consultando minhas fontes a qualquer hora do dia e da noite a partir de minha própria residência. Ao pessoal da Biblioteca e da seção de Pós-Graduação da Unesp/Franca. À minha família, amigos e minha mulher, Michelle, pelo apoio incondicional durante todo o longo, prazeroso e desgastante período de pesquisa e redação da Tese. À Capes pela bolsa de Doutorado que me permitiu dedicar exclusivamente ao exercício da pesquisa, realizando as necessárias viagens para levantamento e consulta das fontes, assim como participar de eventos fundamentais para enriquecer as discussões realizadas no texto. Resumo A presente pesquisa teve por foco a trajetória de Antonio José Ribeiro Bhering, sua atuação na política imperial e na imprensa periódica. Padre, professor, redator de diferentes jornais, deputado provincial e geral, Bhering começou sua carreira no Seminário de Mariana, de onde foi expulso em 1829 pelo bispo D. Frei José da Santíssima Trindade em função das suas ideias filosóficas e de seu posicionamento político liberal. Sua demissão, tida como injusta e arbitrária pelos “patriotas mineiros”, possibilitou a projeção de seu nome e fomentou uma nova fase em sua carreira, quando assumiu cargos representativos na educação e na política. Sua trajetória se entrelaça com a história política do Brasil. Bhering vivenciou acontecimentos marcantes do Primeiro Reinado, do período Regencial e do Segundo Reinado, tendo tomado parte, na condição de autoridade constituída, de movimentos, discussões e decisões que interferiram no rumo dos acontecimentos. Homem de inteligência aguçada, liberal convicto e combativo, atuou ao lado de figuras importantes da história brasileira, tanto no âmbito da Corte, como em sua província natal, Minas Gerais. Em 1849 aderiu ao Regresso conservador, como fizeram muitos outros liberais que acreditaram na estabilidade e no progresso do Império. Por esta mudança foi duramente combatido por antigos aliados. Nossa intenção foi acompanhar suas ações e ideias por meio de seus escritos e discursos, onde realizava a defesa de um projeto de nação. Analisando as especificidades de sua trajetória e as questões compartilhadas com outros indivíduos e grupos aos quais se alinhou, buscamos identificar a configuração dos espaços político, social e intelectual em que atuou. Seus anseios, ideias e conflitos correspondem à identidade de um grupo e fazem parte do complexo processo de construção do Estado Imperial. A pesquisa documental teve por base os escritos publicados na imprensa, tantos os textos, artigos e correspondências por ele escritos, como textos sobre sua atuação e outros relativos às problemáticas do período. A imprensa periódica teve papel central, agindo como um importante espaço de sociabilidade em formação. Sua atuação política foi investigada com base nas discussões parlamentares, tanto da Assembleia Legislativa Provincial de Minas Gerais, como da Câmara dos Deputados, e por meio dos embates e discussões estabelecidos na imprensa. Palavras chave: Antonio José Ribeiro Bhering. Imprensa periódica. O Novo Argos. O Homem Social. Minas Gerais. Brasil Império. Abstract This research was focused on the trajectory of Antonio José Ribeiro Bhering, his political activity and in the periodical press. Priest, teacher, editor of various newspapers, provincial and general deputy, Bhering began his career in the Seminário de Mariana, from which it was expelled in 1829 by Bishop Frei José da Santíssima Trindade on the basis of his philosophical ideas and his liberal political position. His dismissal, seen as unfair and arbitrary by "patriotas mineiros", made possible the projection of his name and fomented a new phase in his career, when he took representative positions in education and politics. His career is intertwined with the political history of Brazil. Bhering experienced significant events of the First Empire, the Regencial period and the Second Empire, having taken part, as a constituted authority, in movements, discussions and decisions that interfere with the course of events. Man of keen intelligence, a combative liberal, he worked alongside important figures in Brazilian history, both within the Court of Rio de Janeiro, as in his home province of Minas Gerais. In 1849 he joined the “Regresso conservador”, as did many other liberals who believed in the stability and progress of the Empire. For this change was strongly opposed by former allies. Our intention was to follow their actions and ideas through his writings and speeches, which held the defense of a national project. Analyzing the specifics of its trajectory and issues shared with other individuals and groups that are aligned, we seek to identify the configuration of the political, social and intellectual spaces in which he served. His aspirations, ideas and conflicts correspond to the identity of a group and are part of the complex process of construction of the Imperial State. The documental research was based on the writings published in the press, like texts, articles and letters written by him, as texts on his performance and others relating to the period. The periodical press played a central part, acting as an important space of sociability that was in formation. His political activity was investigated on the basis of parliamentary discussions, both the Provincial Legislative Assembly of Minas Gerais, as the House of Representatives, and through the conflicts and arguments set out in the press. Key words: Antonio José Ribeiro Bhering. Periodical press. O Novo Argos. O Homem Social. Minas Gerais. Empire of Brazil. Resumen Esta investigación se centró en la trayectoria de Antonio José Ribeiro Bhering, su papel en la política imperial y en la prensa periódica. Sacerdote, profesor, editor de varios periódicos, provincial y general diputado, Bhering comenzó su carrera en el Seminário de Mariana, de la que fue expulsado en 1829 por el Obispo Frei José da Santíssima Trinidade, sobre la base de sus ideas filosóficas y su posición política liberal . Su destitución, vista como injusta y arbitraria por parte de los “patriotas mineiros”, permitió a la proyección de su nombre y fomentó una nueva etapa en su carrera, cuando tomó las posiciones de representación en la educación y en la política. Su carrera se entrelaza con la historia política de Brasil. Bhering participo de acontecimientos significativos del Primer Imperio, del período Regencial y del Segundo Imperio, experimentando, en la condición de autoridad constituida, movimientos, discusiones y decisiones que interfirieron en el curso de los acontecimientos. Hombre de gran inteligencia, um liberal combativo, trabajó junto a figuras importantes en la historia de Brasil, tanto dentro de la Corte de Rio de Janeiro, como en su provincia natal de Minas Gerais. En 1849 se incorporó al “Regresso conservador”, al igual que muchos otros liberales que creían en la estabilidad y el progreso del Imperio. Por este cambio sufrió fuerte oposición de los antiguos aliados. Nuestra intención fue seguir sus acciones e ideas por médio de sus escritos y discursos, que llevan a cabo la defensa de un proyecto nacional. Analizando las características específicas de su trayectoria y los temas compartidos con otros individuos y grupos que están alineados, buscamos identificar la configuración de los espacios políticos, sociales e intelectuales en los que actuó. Sus inquietudes, ideas y conflictos corresponden a la identidad de un grupo y son parte del complejo proceso de construcción del Estado Imperial. La investigación documental se basa en los escritos publicados en la prensa, como textos, artículos y cartas escritas por él, como textos sobre su actuación y otras relacionadas con el periodo. La prensa periódica tuvo papel central, actuando como un importante espacio de sociabilidade en formación. Su actividad política fue investigada com base en los debates parlamentarios, tanto de la Asamblea Legislativa Provincial de Minas Gerais, como de la Cámara de Representantes, y por medio de los conflictos y los argumentos expuestos en la prensa. Palabras clave: Antonio José Ribeiro Bhering. Prensa periódica. O Novo Argos. O Homem Social. Minas Gerais. Imperio del Brasil. SUMA RIO Introdução 11 Capítulo I: “Feliz o tempo, em que se diz o que se pensa, e se pensa o que se quer” 1 O jovem padre e o bispo entre continuidades e transformações 26 2 “Firmemos o pé na terra que nos pertence; sustentemo-nos com honra nas trincheiras da liberdade” 40 3 “Quem tem boca não manda soprar” 54 4 A demissão do Seminário de Mariana 65 Capítulo II: Do Estreito de Bering ao Estreito de Magalhães. 1 O Novo Argos arregala seus olhos americanos 82 2 “De sobre as montanhas do Ouro Preto”, velando “de continuo na prosperidade pública” 100 Capítulo III: “Semeando o grão do Evangelho e da Constituição jurada” 1 Um filósofo entre a razão e a paixão 125 2 O 7 de Abril de 1831 e a “regeneração” polìtica do Brasil 138 3 O Homem Social empunha sua “mal aparada pena” 158 Capítulo IV: No tempo das incertezas. 1 A Revolta do ano da Fumaça e o caminho para a Corte 174 2 Um moderado entre exaltados e caramurus 184 3 Províncias, povo e folhas em convulsão 198 Capítulo V: As “circunstâncias” de fins dos anos 1840. 1 As “Revoluções” liberais 211 2 Um infeliz projeto de Felicitação? 234 Considerações Finais 252 Referências 255 Anexos 269 11 Introduça o No final da década de 1820, um jovem padre, professor da mais antiga instituição de ensino das Minas Gerais, iniciava uma briga ferrenha com a maior autoridade religiosa da província. A instituição era o Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte, na cidade de Mariana; a autoridade, o próprio bispo. Antonio José Ribeiro Bhering, o jovem padre, fora expulso de suas funções no Seminário pelo bispo D. Frei José da Santíssima Trindade, o responsável direto pela sua nomeação para o cargo de lente de filosofia em 1827. Embora jovem, Bhering havia se destacado dos demais colegas por sua inteligência aguçada e pela disciplina. A relação entre ambos – o bispo e o jovem lente – foi gradualmente se deteriorando por conta de suas aulas, onde novas ideias fervilhavam e repercutiam na mente dos jovens seminaristas. As consequências deste período inicial de sua carreira pública marcaram profundamente sua trajetória política e intelectual. Nascido no ano de 1803 na Imperial Cidade de Ouro Preto, então capital da província de Minas Gerais, Bhering tinha origem pobre. Era filho de José Antonio Ribeiro, um cabo de esquadra, e de Ana Francisca de Assis. Iniciou e completou seus estudos no Seminário de Mariana onde, em novembro de 1826, foi ordenado padre pelo bispo D. Frei José. O sobrenome Bhering não vinha de origem familiar. O que parece ter ocorrido, prática adotada por muitos padres no período, é que após a ordenação adotavam um novo sobrenome, geralmente de um mestre ou pensador pelo qual tinham apreço. Seria uma forma de homenagem, mas também de distinção, pois os nomes se repetiam muito. O de seu pai, por exemplo, era José Antonio Ribeiro, havia ainda, em Ouro Preto, outro padre cujo nome era Antonio José Ribeiro. Não ficou claro o motivo de ter escolhido o sobrenome Bhering, mas fato é que seus irmãos mais novos, que não eram padres, também adotaram o mesmo sobrenome. Em 1827 Bhering assumiu a cadeira de Filosofia do Seminário e as divergências com o bispo logo tiveram início. Um sério embate se estabeleceu entre eles e se intensificou ao longo de suas vidas, marcando, como veremos, sensivelmente suas trajetórias. O bispo de Mariana faleceu em 28 de setembro de 1835 e neste período os ataques entre ambos se sucederam, bem como alguns momentos de curiosa aproximação. O posicionamento do bispo, suas manobras e decisões, assim como as de seus auxiliares da diocese, indicam claramente uma tentativa de conter o desenvolvimento e o avanço das ideias liberais que 12 naquele momento, após a Independência, se difundiam com mais vigor pelo interior do Império. Assim, buscaram combater pelos meios eclesiásticos, por meio de interpretações específicas do direito canônico, das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia e dos concílios papais, a propagação desta tendência que se espalhava e cujos propagadores eram também os próprios padres, cuja influência junto à população era significativa. Diante deste cenário e dos enfrentamentos seguidos Bhering foi demitido. O rompimento traumático com o Seminário, no entanto, ocorrido em 1829, abriu novas portas ao jovem professor, que iniciou sua atuação no mundo da imprensa periódica e do governo representativo. Chegou a ocupar os cargos de vereador na Câmara Municipal de Mariana, foi eleito deputado provincial e deputado geral, atuando na Câmara dos Deputados na 3ª legislatura (1834-1837) e eleito para a 5ª legislatura, que teria início em 1842, mas foi dissolvida por decreto imperial. Fez parte do Conselho Geral da Província, em seu segundo (1830-1833) e terceiro (1834) mandatos, quando foi extinto pela lei de 12 de agosto de 1834 (Ato Adicional) e criou-se a Assembleia Legislativa Provincial. Nesta foi deputado em várias legislaturas: 1ª (1835-1837), 6ª (1846-1847), 7ª (1848-1849), 8ª (1850-1851), 9ª (1852-1853). Ocupou ainda os cargos de vice-diretor de Instrução Pública da província, Juiz de Paz na cidade de Mariana, secretário da presidência da província, tendo presidido a Assembleia Legislativa Provincial em diferentes ocasiões. 252 Consideraço es finais Ao acompanhar a trajetória de Bhering desde o início de sua carreira, assim como o desenrolar de suas lutas, de suas frustações e também de suas conquistas, foi possível captar aspectos de sua personalidade e de seu caráter. Isto nos leva a crer que as leituras que fez acerca da realidade do Império e os alinhamentos que estabeleceu ao longo de sua vida pública, orientaram sua guinada política em 1849. Pautado por seus próprios princípios, colocou-se em posição firmemente contrária à luta armada, resistência e anarquia, e em alinhamento com o progresso moral e material da sua Pátria. As motivações de sua mudança, a nosso ver, parecem seguir por este caminho, com um Bhering desejoso de que o Império superasse suas desavenças e assim pudesse manter algumas conquistas do período de hegemonia liberal e, simultaneamente, conservar as instituições, nem que para isso fosse preciso aderir ao programa de governo saquarema. Era um homem público, um político, e, certamente, tinha suas aspirações no mundo do governo. Em momento de grande desprestígio para os liberais suas aspirações políticas pareciam condicionadas a um novo posicionamento no jogo estabelecido. Obviamente este novo alinhamento gerou desconfianças de ambos os lados, como foi possível apreender por meio dos debates travados. Não era por menos, pois aquele combativo liberal de outrora, reconhecidamente influente e perspicaz, agora militava ao lado de antigos desafetos. Mas este foi também o caminho trilhado por muitos outros “patriotas”, configurando, diante do cenário vivenciado, um movimento de conciliação e de acomodação entre ideologias, projetos e ação política em prol do Estado e da nação. Nos anos iniciais da década de 1850, mais especificamente até o ano de 1856, quando faleceu em Mariana, Bhering teve atuação um pouco mais burocrática, se é que assim a podemos classificar. Ele continuou a exercer o cargo de deputado provincial até o ano de 1853, quando voltou a ocupar a presidência da casa; participou também da publicação do jornal O Conciliador, impresso em Ouro Preto, que circulou em 1851; exerceu, ainda, com a mesma dedicação que lhe era característica, a função de secretário de governo da província, trabalhando diretamente com os presidentes em exercício. Foi, naquele momento, homem de confiança do governo, tendo sido considerado por colegas deputados como o “braço direito” da presidência. Havia sido até mesmo cotado para presidir a província. Foi homem de reconhecida competência, habituado aos assuntos políticos e conhecedor das problemáticas da província e do Império, assim como das questões 253 administrativas e seus meandros, e notadamente familiarizado com os procedimentos parlamentares e seus embates. Ao que tudo indica, seguiu também, até o momento de sua morte, exercendo a docência e pugnando pelo progresso da educação na província. Sua trajetória reflete os esforços de homens que, como ele, entenderam as “circunstâncias” excepcionais que experimentaram, como a ocorrência da Independência do país e a busca incessante por firmar um modelo de nação constitucional. Tinham consciência do importante papel que desempenhavam em prol de seus concidadãos e da pátria, lutando para forjar um caminho com bases mais sólidas para o Estado, amparado por leis e pela Constituição, além de procurar combater com força os resquícios de práticas anteriores aos “tempos constitucionais”. Assim, em função da complexidade de ideias e ideologias – estivessem elas fora do lugar, ou não – observamos uma natural dificuldade em determinar os partidos e tendências políticas. A maleabilidade e a flexibilidade dos homens, dos conceitos, a natureza cambiante da vida e da política, assim como da dinâmica variável do próprio jogo político, conforme as circunstâncias, certamente influem nesta dificuldade e apontam para o transbordamento das alianças e das tendências. Talvez por este motivo se afirmasse que luzias e saquaremas eram parecidos, sendo difícil distinguir liberais de conservadores e que pudessem ser considerado patriotas aqueles indivíduos nascidos em Portugal, justamente quando do conflito entre nacionais e portugueses. São apontamentos importantes, pois nos ajudam a entender a complexidade das relações, as variadas tendências daqueles homens, suas possíveis contradições e as motivações de suas ações, ideias e, também, de suas mudanças. Foi por meio da observação da “gestão” de seus sentimentos e com a exploração de seus embates, lutas e ações políticas, que procuramos conhecer as atitudes e reflexões de Bhering. Estas, por sua vez, estavam dispersas nas páginas da imprensa periódica, em seus discursos e pregações, nas desavenças e nos debates de que participou, e também nas suas atitudes em ocasiões descontraìdas de festividades e celebrações. Por meio desta “gestão”, como sugestivamente indica Pierre Ansart, observamos sua trajetória e nela pudemos verificar certo incômodo de Bhering com práticas de seu tempo, fossem elas entendidas como arbitrariedades, desigualdades ou injustiças. Constituíam práticas que estavam presentes naquela sociedade, que pendiam de modo nem sempre equilibrado entre as rupturas e as continuidades, entre a persistência de traços absolutistas do Antigo Regime e os contornos de uma nova realidade, na qual se buscava consolidar as liberdades e as instituições de uma nação formalmente independente e constitucional. Foi por meio destas 254 diversas situações, as quais, claramente perceptíveis e incômodas aos olhos de Bhering, que buscamos acompanhar sua ação política e sua atividade enquanto periodista. Sua trajetória, portanto, foi marcada por momentos de fascínio com as novidades filosóficas, com as mudanças no cenário político, com os debates acalorados e passionais na época das eleições – que por afetavam propositalmente o público, os ânimos e as opiniões – e por um momento experimentado pelos liberais de ardente patriotismo. Ela pode ser vislumbrada entre estes opostos, permitindo que a razão se deixasse levar pela sedução e pela sensibilidade, equilibrando-se em uma linha bastante tênue. A preocupação em difundir luzes às novas gerações, por meio do ensino compartilhado, foi uma constante em sua atuação e possibilitou vislumbrar a busca por uma mudança de mentalidade da juventude e a crença em um país mais justo e livre. 255 Refere ncias FONTES I. Manuscritas: “Testamento do Reverendo Cônego Antonio José Ribeiro Bhering”. Datado de 18 de janeiro de 1856. Arquivo Histórico da Casa Setecentista de Mariana (AHCSM). “Processo de inventário dos bens do Reverendo Cônego Antonio José Ribeiro Bhering”. Arquivo Histórico da Casa Setecentista de Mariana (AHCSM). “Requerimento de Antonio José Ribeiro Bhering, padre, professor da cadeira de retórica na cidade de Marianna, encaminhado ao Ministério do Império, solicitando ser confirmado no seu cargo (1830)”. Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Coleção Documentos Biográficos, localização C- 0354,002 nº002. “Processo referente ao requerimento de Antonio José Bhering solicitando o pagamento de seu ordenado, como professor na cidade de Mariana (18/04/1831)”. Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Coleção Casa dos Contos, localização I-27,12,036. “Requerimento de Antonio José Ribeiro Bhering encaminhado ao Ministério do Império, solicitando licença para que seu procurador preste o juramento necessário a fim de que possa gozar a mercê da Ordem da Rosa (1848)”. Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Coleção Documentos Biográficos, localização C-0354,002 nº005. II. Impressas: “Correspondência enviada pelo comandante José Manoel Carlos de Gusmão ao comandante José Maria Pinto Peixoto, datada de 13 de maio de 1833”. Revista do Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, vol.07 (1/2), 1902, p.186 e 187. Anais do Parlamento Brasileiro – Câmara dos Deputados. Período referente à 3ª legislatura (1834- 1837). Acervo da FCHS, UNESP, Franca. “A imprensa de Minas Gerais (1807-1897)”. Por José Pedro Xavier da Veiga. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano III, v. 3, p.169-249, Ouro Preto, 1898. “Movimento polìtico de Minas Gerais em 1842”. Pelo pe. José Antonio Marinho. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano XIV, p.323-347, 1909. “Governo de Minas Gerais”. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano I, p. 3-22, Ouro Preto, 1896. “Representantes de Minas Gerais eleitos de 1821 a 1896”. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano I, p.23-96, Ouro Preto, 1896. “O Seminário de Mariana em 1831”. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano IX, n.1 e 2, p.367- 377, 1904. “Rebelião de 1833: documentos oficiais”. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano XVIII, p. 87- 268, Belo Horizonte, 1914. 256 “Conselho do Governo da Provìncia de Minas Gerais e Conselho Geral da Provìncia”. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano I, p.391-397, Ouro Preto, 1896. “Relação dos cidadãos que foram eleitos e reconhecidos Deputados à Assembleia Legislativa Provincial de Minas Gerais, desde a primeira legislatura (1835-1837) até a última (1888-1889)”. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano I, 1896, Ouro Preto, p.53-83. III. Jornais digitalizados: O Universal (Ouro Preto), 1825-1842. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ O Novo Argos (Ouro Preto), 1829-1834. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ O Homem Social (Mariana), 1832-1833. Acervo do Arquivo Nacional – Ministério da Justiça. Material reproduzido mediante solicitação formal realizada junto à Coordenação de Atendimento a Distância – COADI (HM). Astro de Minas (São João Del Rei), 1827-1839. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ O Telegrapho (Ouro Preto), 1830. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ O Brasil (Rio de Janeiro), 1840-1852. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ Pregoeiro Constitucional (Pouso Alegre), 1830-1831. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ A Mutuca Picante (Rio de Janeiro), 1834-1835. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ O Parlamentar (Rio de Janeiro), 1837-1839. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ Estrella Mariannense (Ouro Preto), 1830-1832. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ A Aurora Fluminense: Jornal Político e Literário (Rio de Janeiro), 1827-1839. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ Astréa (Rio de Janeiro), 1826-1832. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ O Sete d’Abril (Rio de Janeiro), 1833-1839. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ O Mentor das Brasileiras (São João Del Rei), 1829-1832. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ O Observador Constitucional (São Paulo), 1829-1832. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ 257 O Parahybuna (Barbacena), 1837-1839. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/ Pharol do Império (Rio de Janeiro), 1837. Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira/Fundação Biblioteca Nacional. 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