Campus de Ilha Solteira UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ENGENHARIA - CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTUDO DO DESEMPENHO DO AEROPORTO DA CIDADE DE BAURU - SP MANUELA BERNARDI DE SOUZA Orientador: Profª. Drª. Luzenira Alves Brasileiro Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Engenharia do Campus de Ilha Solteira – UNESP, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Engenheiro Civil. ILHA SOLTEIRA–SP 2024 Souza Estudo do desempenho do aeroporto da cidade de Bauru-SPIlha Solteira2024 41 Sim Trabalho de conclusão de cursoEngenharia CivilEngenharia civilNão . FICHA CATALOGRÁFICA Desenvolvido pelo Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação Souza, Manuela Bernardi de. Estudo do desempenho do aeroporto da cidade de Bauru-SP / Manuela Bernardi de Souza. -- Ilha Solteira: [s.n.], 2024 41 f. : il. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Civil) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Engenharia, Ilha Solteira, 2024 Orientador(a): Luzenira Alves Brasileiro Inclui bibliografia 1. Aeroporto. 2. Dimensionamento. 3. Conectividade . 4. Desempenho. S729e Elaborado por Raiane da Silva Santos - CRB - 8/1999 DEDICATÓRIA Aos meus pais, Edna e Rogério, a minha irmã Ana Olivia, dedico esse trabalho pelo apoio e amor incondicional. AGRADECIMENTOS Agradeço imensamente a Deus, por guiar e iluminar minha vida. Aos meus pais, Edna e Rogério, por me proporcionarem a oportunidade de estudar e chegar até aqui. A minha irmã, Ana Olívia, que foi um pilar durante a graduação. As minhas amigas e colegas em especial a Isabella Ramos, pelo apoio e incentivo aos estudos. A todos, agradeço o apoio incondicional em todos os momentos, carinho, amor e atenção. À minha professora e orientadora Luzenira Alves Brasileiro, por todas as conversas, ensinamentos, atenção, auxílio e confiança para realizar meu trabalho de conclusão de curso. Aos técnicos do Laboratório Central de Engenharia Civil de Ilha Solteira, da Biblioteca da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira e do Departamento de Engenharia Civil da Unesp. Ao Grupo PET e ao Tutor Rogério de Oliveira Rodrigues, por me proporcionar o contato com os pilares de ensino, pesquisa e extensão. Ainda, todos os amigos que fiz durante o período que estive neste grupo. A todos meus amigos e amigas da graduação, que levo comigo até hoje, pelo apoio intelectual, emocional, momentos e lembranças durante estes 5 anos. Em especial a minha querida casa nesses 5 anos a República Label que me proporcionou momentos incríveis e sempre estiveram ao meu lado. RESUMO O estudo analisa o Aeroporto de Bauru, destacando sua importância para a conectividade e economia regional. Observa-se um aumento no número de passageiros após a queda em 2020 devido à pandemia. Explora-se a infraestrutura do aeroporto, capacidade operacional e eficiência, com foco em indicadores de desempenho, tempos de espera e segurança. O objetivo é otimizar as operações e garantir uma experiência satisfatória para os passageiros, contribuindo para o crescimento econômico da região. O estudo busca identificar gargalos e propor melhorias para promover a eficiência, segurança e sustentabilidade do aeroporto, fortalecendo seu papel como hub regional. Com o dimensionamento chegamos em 146 baias de estacionamento, 10 balcões de check- in e uma sala de embarque que comporte 86 passageiros, atualmente o aeroporto possui 100 baias de estacionamento, 3 balcões e capacidade de 50 passageiros na sala de embarque. Palavras-chave: Aeroporto, dimensionamento, conectividade, desempenho. ABSTRACT The study examines Bauru Airport, highlighting its importance for regional connectivity and economy. There has been an increase in the number of passengers following the decline in 2020 due to the pandemic. The airport's infrastructure, operational capacity, and efficiency are explored, focusing on performance indicators, wait times, and security. The goal is to optimize operations and ensure a satisfactory experience for passengers, contributing to the economic growth of the region. The study aims to identify bottlenecks and propose improvements to enhance the efficiency, security, and sustainability of the airport, strengthening its role as a regional hub. With the sizing we arrived at 146 parking bays, 10 check-in counters and a departure lounge that can accommodate 86 passengers. Currently the airport has 100 parking bays, 3 counters and capacity for 50 passengers in the departure lounge. Key words: Airport, sizing, connectivity, performance Sumário 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7 2. OBJETIVO ............................................................................................................. 9 3. REVISÃO LITERÁRIA .......................................................................................... 10 3.1. ASPECTOS GERAIS ................................................................................................ 10 3.2. ASPECTOS ECONÔMICOS ..................................................................................... 10 3.3 . FUNCIONALIDADES DO TERMINAL DE PASSAGEIROS .................................. 11 3.3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................. 11 3.3.2. ACESSO AO AEROPORTO .................................................................................. 11 3.3.3. ESTACIONAMENTO.............................................................................................. 12 3.3.4. HALL ...................................................................................................................... 12 3.3.5. BALCÕES DE CHECK IN ...................................................................................... 13 3.3.6. SALA DE EMBARQUE........................................................................................... 13 3.3.7. SALA DE DESEMBARQUE ................................................................................... 13 4. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 15 5. ESTUDO DE CASO ................................................................................................. 18 5.1. CONDIÇÕES GERAIS .............................................................................................. 18 5.2. CARACTERIZAÇÃO DO AEROPORTO ................................................................... 19 6. RESULTADOS ......................................................................................................... 23 6.1. DIMENSIONAMENTO DO ESTACIONAMENTO ...................................................... 23 6.2. PROCESSO DE CHEGADAS ................................................................................... 25 6.3. SERVIÇO DE CHECK IN .......................................................................................... 29 6.4. SERVIÇO DE EMBARQUE ....................................................................................... 32 6.5 CAPACIDADE DA SALA DE EMBARQUE ................................................................. 33 7. DISCUSSÃO ............................................................................................................ 35 8. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 37 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 38 1. INTRODUÇÃO Localizado no estado de São Paulo, o aeroporto de Bauru desempenha um papel crucial na conectividade e mobilidade da região, servindo como ponto de acesso para passageiros e cargas. Em nações geograficamente extensas com uma população dispersa, observa- se um maior número de aeroportos de pequeno porte em comparação com os aeroportos de grande porte, segundo Button (2010). Essa distribuição visa atender a toda a população. Entretanto, é essencial que os aeroportos sejam cuidadosamente planejados, monitorados e operados por entidades locais, estaduais ou federais, sendo que, recentemente, têm sido concedidos a entidades da iniciativa privada. No contexto brasileiro, a regulação do transporte aéreo é responsabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que assumiu as funções anteriormente desempenhadas pelo Departamento de Aviação Civil (DAC). No ano de 2021, registrou-se um acréscimo de 30% no número de viajantes, totalizando 67,4 milhões de passageiros em voos tanto domésticos quanto internacionais, em comparação com o ano anterior de 2020, que foi fortemente impactado pela pandemia. Contudo, ao contrastar com o ano de 2019, anterior à pandemia, o ano de 2021 testemunhou uma redução expressiva de quase 43,5% no volume de passageiros.[1] No cenário de 2022, a tendência foi de crescimento, com o transporte de 97,8 milhões de passageiros, representando um aumento significativo em relação ao ano anterior.[2] Bauru, estrategicamente posicionada em São Paulo, destaca-se como um importante centro econômico e industrial. O Aeroporto de Bauru desempenha um papel vital no apoio às atividades comerciais e turísticas da região, conectando-a a outras localidades nacionais e internacionais. Compreender a relevância econômica do aeroporto é fundamental para avaliar seu desempenho em termos de impacto financeiro e desenvolvimento regional. O estudo abordará detalhadamente a infraestrutura do Aeroporto de Bauru, incluindo pistas, terminais, instalações de carga e serviços auxiliares. Uma análise da capacidade operacional será conduzida para identificar eventuais gargalos e oportunidades de melhoria. Isso é crucial para garantir que o aeroporto possa lidar eficientemente com o aumento do tráfego aéreo e proporcionar uma experiência satisfatória aos passageiros. A eficiência operacional é um fator chave para o sucesso de qualquer aeroporto. Neste estudo, serão explorados indicadores de desempenho, tempos de espera, procedimentos de embarque e desembarque, bem como medidas de segurança. O objetivo é garantir que o Aeroporto de Bauru opere de maneira eficaz, promovendo não apenas a conveniência, mas também a segurança dos passageiros e das operações aeroportuárias. Este estudo do desempenho do Aeroporto de Bauru busca contribuir para o aprimoramento contínuo das operações aeroportuárias, promovendo a eficiência, segurança e sustentabilidade, além de fortalecer a posição da cidade como um hub essencial para a mobilidade e o crescimento econômico. 2. OBJETIVO O objetivo deste estudo é analisar e avaliar diversos aspectos relacionados ao funcionamento e eficiência do aeroporto, a fim de proporcionar insights valiosos para otimizar suas operações como estacionamento, balcões de check-in e sala de embarque além de atender às crescentes demandas da comunidade. 3. REVISÃO LITERÁRIA 3.1. ASPECTOS GERAIS No ano de 2022 por uma pesquisa realizada pelo IBGE (Índice Brasileiro de Geografia e Estatística) a população de Bauru era de 379.146 habitantes com um IDHM (Índice de desenvolvimento humano municipal) de 0,801, ficando na vigésima posição do ranking estadual. A cidade é estrategicamente localizada no interior do estado de São Paulo devido a sua posição em relação a centros urbanos próximos, e fica a 178 km da capital. A área da unidade territorial é 667.684 km² com densidade demográfica de 567,85 hab./km². A figura 1 apresenta a localização do município de Bauru dentro do estado de São Paulo.[5] Figura 1 - Localização geográfica do município de Bauru em São Paulo Fonte: [5] 3.2. ASPECTOS ECONÔMICOS Bauru possui um parque industrial diversificado, com destaque para indústrias alimentícias, metalúrgicas, químicas e de confecção. A presença de indústrias contribui para a geração de empregos e o crescimento econômico da cidade. Iniciativas empreendedoras e a promoção de inovação são características crescentes em Bauru, com a busca por impulsionar setores de tecnologia e startups. 3.3. FUNCIONALIDADES DO TERMINAL DE PASSAGEIROS 3.3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Um terminal de passageiros no aeroporto é uma estrutura projetada para facilitar o embarque, desembarque e trânsito de passageiros entre aeronaves e áreas de acesso terrestre, como estacionamentos e transportes públicos. Geralmente, um terminal de passageiros é composto por uma série de áreas e instalações, incluindo áreas de check-in, áreas de segurança, sala de embarque, portões de embarque, e áreas de coleta de bagagem. Essas áreas são projetadas para garantir que o fluxo de passageiros seja organizado e eficiente, proporcionando uma experiência confortável e conveniente durante toda a jornada de viagem. 3.3.2. ACESSO AO AEROPORTO O acesso ao aeroporto para passageiros e aeronaves refere-se à facilidade com que pessoas e aeronaves podem chegar ao aeroporto e se mover dentro dele. Este acesso é crucial para garantir a eficiência das operações aeroportuárias e a conveniência dos passageiros. O acesso terrestre para passageiros: o aeroporto deve ser facilmente acessível por meio de uma variedade de modos de transporte terrestre, como carro, ônibus, trem ou táxi. Isso envolve a presença de vias de acesso bem- sinalizadas e direcionadas ao terminal de passageiros, além de estacionamentos adequados e transporte público eficiente. O acesso aéreo para aeronaves: O aeroporto deve fornecer pistas de pouso e decolagem adequadas, bem como espaços de estacionamento e taxiamento para aeronaves. Essas instalações devem ser dimensionadas para acomodar o tráfego aéreo esperado, tanto em termos de número de voos quanto de tipos de aeronaves. Em resumo, o acesso ao aeroporto para passageiros e aeronaves é fundamental para garantir uma operação eficiente desde a chegada do passageiro ao aeroporto até no trajeto que realiza dentro do mesmo, atualmente com o crescimento dos aeroportos existem alguns que utilizam ônibus entre os terminais para levar e trazer passageiros, facilitando e deixando o trajeto mais cômodo para o usuário. 3.3.3. ESTACIONAMENTO O planejamento do estacionamento do aeroporto é essencial para garantir uma experiência conveniente e eficiente para os passageiros e visitantes que utilizam o aeroporto. O primeiro passo no planejamento do estacionamento é entender a demanda esperada e projetar a capacidade do estacionamento de acordo. Isso pode envolver a análise do volume de passageiros, tipos de veículos (como carros de passageiros, táxis e vans de transporte), duração típica de estadia e tendências sazonais. O estacionamento deve ser localizado de forma estratégica, oferecendo fácil acesso ao terminal de passageiros. Isso pode envolver estacionamentos localizados próximos ao terminal para curta permanência (drop-off e pick-up rápido) e estacionamentos remotos para longa permanência, com serviços de transporte para o terminal. O layout do estacionamento deve ser eficiente e intuitivo, facilitando a circulação de veículos e pedestres. Isso inclui a organização de vagas de estacionamento, direção do tráfego, sinalização clara e acesso seguro para pedestres. Ao considerar esses aspectos no planejamento do estacionamento do aeroporto, é possível criar uma infraestrutura que atenda às necessidades dos passageiros de forma eficiente, segura e sustentável. 3.3.4. HALL O Hall do terminal aeroportuário abrange uma variedade de facilidades destinadas a garantir o conforto dos passageiros e visitantes, como banheiros, áreas para troca de fraldas, espaços de descanso e locais para compras e refeições, como livrarias, lojas de conveniência e lanchonetes. O tamanho do aeroporto está diretamente relacionado à melhoria dessas instalações, que devem ser instaladas após uma análise eficiente da demanda. Implementar qualquer atividade sem uma análise de viabilidade pode resultar em prejuízo para o proprietário, devido à possível falta de demanda para sustentar o empreendimento no mercado. Além disso, o layout do hall deve ser cuidadosamente planejado para garantir uma distribuição eficaz das instalações, visando proporcionar maior conforto e satisfação aos usuários, atendendo às suas necessidades de forma adequada. 3.3.5. BALCÕES DE CHECK IN A demanda por balcões de check-in em aeroportos é influenciada por vários fatores, incluindo o tamanho do terminal, o volume de passageiros, as práticas de check-in das companhias aéreas e as tendências do setor. Quanto maior o número de passageiros que utilizam o aeroporto, maior será a demanda por balcões de check-in. Aeroportos com alto tráfego de passageiros precisarão de mais balcões para acomodar a demanda. A demanda por balcões de check-in pode variar ao longo do dia, com horários de pico durante as horas de maior movimento. Durante esses períodos, mais balcões podem ser necessários para lidar com o volume aumentado de passageiros. O tamanho do terminal e sua capacidade de processamento de passageiros influenciam diretamente a demanda por balcões de check-in. Terminais maiores geralmente exigem mais balcões para atender às necessidades dos passageiros. 3.3.6. SALA DE EMBARQUE A sala de embarque de um aeroporto deve oferecer conforto aos passageiros que esperam pelo horário de seu voo. Assim como acontece com os balcões de check-in, os horários de pico durante o dia podem resultar em uma demanda significativamente maior por espaço nas salas de embarque. Durante esses períodos, é importante que as salas de embarque possam acomodar confortavelmente todos os passageiros que aguardam seus voos. Com isso os espaços devem contar com serviços para o usuário como sanitários, locais de descanso e possivelmente algumas instalações voltadas ao entretenimento do passageiro e entender esses elementos é essencial para garantir que o aeroporto possa oferecer uma experiência satisfatória aos passageiros. 3.3.7. SALA DE DESEMBARQUE A sala de desembarque deve dedicar especial atenção à sua sinalização, devido à diversidade de objetivos dos passageiros que a utilizam. Enquanto alguns passageiros em trânsito precisam ser direcionados imediatamente para a próxima sala de embarque, outros que chegaram ao destino final necessitam de orientação para encontrar suas bagagens ou saírem do aeroporto. Ademais, é essencial que a sala de desembarque disponha de instalações comuns, como banheiros e áreas de descanso, e seja organizada de maneira a facilitar o fluxo dos passageiros em direção à saída de forma eficaz e intuitiva. Destaca-se, portanto, a relevância crucial da sinalização, considerando não apenas as diferentes demandas dos passageiros, mas também a necessidade de direcionamento para áreas específicas, como alfândega ou imigração, de acordo com a nacionalidade ou tipo de voo. 3.4. TEORIA DE FILAS A Teoria de Filas é uma área da pesquisa operacional que estuda o comportamento de sistemas onde entidades, como clientes ou pacotes de dados, aguardam em uma fila para serem atendidas. No contexto de aeroportos, a aplicação da Teoria das Filas pode ser valiosa para otimizar processos, reduzir tempos de espera e melhorar a eficiência operacional. Em aeroportos, é importante definir o sistema em questão, identificando assim os pontos de entrada, ou seja, Check-in e os pontos de saída por onde saem passageiros e retiram bagagens, sala de desembarque. 4. MATERIAIS E MÉTODOS Para realizar esse dimensionamento, são necessárias três informações fundamentais: ● Distribuição dos diferentes modais de transporte na cidade de Bauru; ● Número de passageiros durante o horário de pico ● Quantidade de acompanhantes de cada passageiro. Assim foi usado a Teoria de Filas para a simulação e realização do dimensionamento. Calculamos basicamente três processos, a chegada, o atendimento e o dimensionamento. Na equação 1 temos a representação do processo de chegada 𝜆 = 𝑁 𝑇 [Equação 1] Sendo: 𝜆: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠 (𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠/𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜); 𝑁: 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠 (𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠); 𝑇: 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 (𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜). A equação 2 representa o processo de atendimento de um serviço. 𝜇 = 1 𝑇 [Equação 2] Sendo: 𝜇: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠/𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜); 𝑇: 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 (𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜). Por fim, o dimensionamento é determinado pela equação 3 a qual representa o índice de congestionamento do sistema. 𝜌 = 𝜆 𝜇𝐶 [Equação 3] Sendo: 𝜌: Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑠𝑡𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎; 𝜆: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 (𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠/𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜); 𝜇: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜/𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜); 𝐶: 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜. Se: ρ<1: sem formação de filas; ρ>1: formação de filas; ρ=1: sem formação de filas, mas o sistema opera na sua capacidade máxima, com todos os canais de atendimento ocupados. Para calcular o número total de pessoas no complexo aeroportuário usaremos: 𝐷 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑥(1 + 𝑁º 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑛ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠) [Equação 4] Para calcular a chegada dos passageiros ao aeroporto o processo se dá de forma estocástica. 𝜆 = 𝐶 30 [Equação 5] Para calcularmos o tempo médio de check-in, temos: 𝜇 = 1 �̅� [Equação 6] A caracterização das chegadas e atendimentos é feita por análise dos padrões tanto de passageiros, voos quanto bagagens. Onde também são avaliados a taxa de chegada média e o tempo médio de atendimentos para diferentes processos no aeroporto. Caracterização das Chegadas e Atendimentos: ● Analisa os padrões de chegadas de passageiros, voos e bagagens. ● Avalia a taxa de chegada média e o tempo médio de atendimento para diferentes processos no aeroporto. Modelagem Matemática: ● Utiliza equações matemáticas para representar o comportamento da fila, como a Lei de Little, que relaciona o número médio de clientes no sistema, a taxa média de chegada e o tempo médio de atendimento. Parâmetros do Sistema: ● Determine os parâmetros do sistema, como capacidade de atendimento, número de guichês de check-in, esteiras de bagagem, etc. Análise de Desempenho: ● Avalie métricas de desempenho, como tempo médio de espera na fila, tempo médio de atendimento, taxa de ocupação dos recursos, entre outras. ● Identifique gargalos e pontos críticos no sistema. Simulação e Otimização: ● Utilize ferramentas de simulação para modelar diferentes cenários e testar estratégias de otimização. ● Considere ajustes na alocação de recursos, reorganização de processos ou implementação de novas tecnologias para melhorar a eficiência. Monitoramento Contínuo: ● Estabeleça um sistema de monitoramento contínuo para acompanhar as mudanças nas condições operacionais e ajustar as estratégias conforme necessário. Integração com Tecnologia: ● Considere a implementação de tecnologias como sistemas de automação, sensores e inteligência artificial para aprimorar a eficiência do aeroporto e reduzir os tempos de espera. A aplicação da Teoria das Filas em aeroportos pode contribuir significativamente para aprimorar a experiência dos passageiros, otimizar recursos e garantir um fluxo mais eficiente de pessoas e bagagens. Vale ressaltar que a complexidade do ambiente aeroportuário demanda uma abordagem detalhada e adaptada às características específicas de cada local. Figura 2. Ilustração Teoria de filas FONTE: Elaborado pela própria autora. Assim, é possível caracterizar o desempenho desse sistema ao calcular métricas, tais como o tempo médio de espera dos clientes na fila, de chegada e saída. 5. ESTUDO DE CASO 5.1. CONDIÇÕES GERAIS Foi realizado uma pesquisa e estudo de caso in loco no aeroporto de Arealva/Bauru visando coletar dados que nos auxiliaram a realizar o dimensionamento do estacionamento, balcão de check-in e checkout bem como análise e dimensões de sala do hall e de embarque. . Entrada de clientes clientes Atendi mento Fila Clientes atendidos Sistema de filas 5.2. CARACTERIZAÇÃO DO AEROPORTO O aeroporto de Bauru atualmente só conta com uma companhia atuando semanalmente. A companhia azul e tem 2 voos fixos o primeiro acontece todo sábado com destino a cidade de Porto Seguro (BA) e diariamente saem 2 voos para o aeroporto de Viracopos na cidade de Campinas (SP) em dois horários às 10:30 e as 15:30h Voos da cia AZUL. Tabela 1: Horário dos voos da companhia Azul. Voos Azul DIA N° DO VOO ORIGEM HORA DA SAÍDA DESTIDO CHEGADA 2° a Domingo 4920 (JTC) 10:25 VCP 11:25 2° a Domingo 4531 (JTC) 15:25 VCP 16:25 Sábado 2513 (JTC) 15:55 (BPS) 18:00 2° a Domingo 4975 (VCP) 09:05 (JTC) 10:05 2° a Domingo 4530 (VCP) 14:05 (JTC) 15:05 Sábado 2512 (BPS) 12:00 (JTC) 14:10 Fonte: Elaborada pela própria autora. A aeronave que faz o trajeto Bauru (JTC) Campinas (VCP) é a ATR-72 a qual tem capacidade de transportar 70 passageiros, e é considerada ideal para curtas distâncias, podendo chegar até 460 km/h e tem a capacidade de bagagem de 20kg por passageiros, a cabine também inclui cozinha e banheiros separados. Figura 3: Imagem aeronave ATR-72 Fonte:[6]. Figura 4: vista de cima aeronave ATR-72 Fonte:[7]. O trajeto Bauru (JTC) a Porto Seguro (BPS) é com a aeronave Embraer 195 E2 opera com capacidade para transportar até 132 passageiros, é o terceiro maior modelo da Embraer e da sua classe é a aeronave mais sustentável e econômica. A cabine também inclui cozinha e banheiros separados, além disso oferece entrada USB-A para os passageiros. Figura 5: Imagem aeronave Embraer 195 Fonte:[7]. Tabela 2: Dados das operações de pouso e decolagem. SEGUNDA-FEIRA SEXTA-FEIRA Hora Operação Aeronave C(pass) Hora Operação Aeronave C(pass.) 09:05 pouso ATR-72 70 09:05 pouso ATR-72 70 10:25 decolagem ATR-72 70 10:25 decolagem ATR-72 70 14:05 pouso ATR-72 70 14:05 pouso ATR-72 70 15:25 decolagem ATR-72 70 15:25 decolagem ATR-72 70 TERÇA-FEIRA SÁBADO Hora Operação Aeronave C(pass) Hora Operação Aeronave C(pass.) 09:05 pouso ATR-72 70 09:05 pouso ATR-72 70 10:25 decolagem ATR-72 70 10:25 decolagem ATR-72 70 14:05 pouso ATR-72 70 12:00 pouso Embraer 195 E2 132 15:25 decolagem ATR-72 70 14:05 pouso ATR-72 70 QUARTA-FEIRA 15:25 decolagem ATR-72 70 Hora Operação Aeronave C(pass) 15:55 decolagem Embraer 195 E2 132 09:05 pouso ATR-72 70 DOMINGO 10:25 decolagem ATR-72 70 Hora Operação Aeronave C(pass.) 14:05 pouso ATR-72 70 09:05 pouso ATR-72 70 15:25 decolagem ATR-72 70 10:25 decolagem ATR-72 70 QUINTA-FEIRA 14:05 pouso ATR-72 70 Hora Operação Aeronave C(pass) 15:25 decolagem ATR-72 70 09:05 pouso ATR-72 70 10:25 decolagem ATR-72 70 14:05 pouso ATR-72 70 15:25 decolagem ATR-72 70 Fonte: Elaborado pela própria autora Figura 6: Diagrama de tempo de operações Fonte: Elaborado pela própria autora É possível notar que os voos se mantêm os mesmos durante a semana e a maior alteração é no final de semana o qual tem o acréscimo de duas novas operações um pouso e uma decolagem. Pode ser extraído do diagrama o horário de pico. 6. RESULTADOS 6.1. DIMENSIONAMENTO DO ESTACIONAMENTO É relevante destacar que, próximo aos horários de pouso e decolagem dos voos, há uma significativa movimentação de pessoas no complexo aeroportuário, as quais utilizam uma variedade de modais de transporte, como táxis, ônibus e veículos particulares. Diante desse cenário, torna-se essencial dimensionar um estacionamento capaz de atender à demanda desses veículos no aeroporto. No diagrama de tempo de operações, podemos identificar o horário de pico, no qual ocorre o maior influxo de passageiros. Neste caso, observamos que nos finais de semana, sábado e domingo, ocorre uma convergência máxima de 272 passageiros. Das 14:05h às 15:55h aos sábados e aos domingos 272 passageiros em um pouso e duas decolagens. Dessa forma para calcular o número total de pessoas no complexo aeroportuário usaremos a equação 4, para esse caso adotaremos o número de acompanhantes como 1 𝑁º 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑛ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 1 Dessa forma o número total de pessoas no aeroporto nesse horário de pico, equivale à: 𝐷 = 272(1 + 1) = 544 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 Portanto, para determinar a divisão modal, é necessário entender as condições de transporte da cidade, a fim de estimar a porcentagem da demanda que utiliza cada modal disponível. Bauru não dispõe de uma rota de ônibus que inclua o aeroporto, seja operada pelo setor público ou por empresas privadas. Assim, as únicas opções para os passageiros chegarem ao aeroporto são utilizando seus automóveis particulares ou recorrendo ao serviço de táxi. Ao analisarmos o comportamento da população da cidade de Bauru, e devido ao estudo realizado in loco podemos adotar uma divisão modal entre automóveis particulares e táxis, uma vez que não existe nenhuma rota de ônibus que chegue ao aeroporto, nem publica nem privada. 𝑇á𝑥𝑖 = 20% (109 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠) 𝐴𝑢𝑡𝑜𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 80% (435 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠) Levando em conta a quantidade de passageiros por modal de transporte, temo: 𝑇𝑡𝑎𝑥𝑖 = 3 𝑝𝑎𝑠𝑠/𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑇𝑎𝑢𝑡𝑜𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 4 𝑝𝑎𝑠𝑠/𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜 O número de vagas requerido é determinado pela divisão do número de pessoas em cada modal pela taxa de passageiros por veículo correspondente, resultando no número de baias necessárias. 𝐵𝑎𝑖𝑎𝑠𝑡𝑎𝑥𝑖 = 109 3 = 37 𝑏𝑎𝑖𝑎𝑠 𝐵𝑎𝑖𝑎𝑠𝑎𝑢𝑡𝑜𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 435 4 = 109 𝑏𝑎𝑖𝑎𝑠 Atualmente, há uma área designada para o estacionamento de veículos em frente ao aeroporto com 100 baias disponíveis, conforme ilustrado na Figura 7. Figura 7: Estacionamento do aeroporto. Fonte: Acervo da autora. 6.2. PROCESSO DE CHEGADAS Este processo apresenta um comportamento estocástico, ou seja, as chegadas ocorrem no tempo e no espaço segundo as leis da probabilidade. Começaremos calculando o valor de 𝜆 representado na equação 5: Para este procedimento, ao analisarmos os parâmetros relacionados aos passageiros que partirão do Aeroporto de Bauru, como a quantidade de balcões de check-in necessários, as dimensões da sala de embarque e do saguão de passageiros, o valor de C considerado refere-se apenas à capacidade de decolagem. Dado que apenas um avião está decolando, o valor de C será equivalente à capacidade do avião, ou seja, 132 passageiros. Portanto, podemos calcular o valor de λ usando a Equação 1. 𝜆 = 132 30 = 4,4 Adotaremos o valor de λ como sendo 5, e, com isso, procederemos à simulação do processo de chegadas e do processo de atendimento nos balcões de check-in. Para a simulação do processo de chegadas, será crucial conhecer a função de distribuição de probabilidade. Com isso, teremos vários valores de λ variando de 0 a 5 para uma probabilidade entre 0 e 100. 𝜆 = 5𝑃 100 Tabela 3: Valor de λ 0 𝜆 5 0 P 100 Fonte: elaborado pela própria autora. Realizaremos esta simulação com o auxílio de uma tabela utilizando o software Excel, com os seguintes parâmetros: Tabela 4: Processo de chegada PROCESSO DE CHEGADAS T(min) P (100) λ(pass) D(pass) Fonte: elaborado pela própria autora. T: variação de tempo de 1 em 1 minuto; P: Valor aleatório variando entre 0 e 100; λ: Número de passageiros que chegam no respectivo intervalo de tempo; D: Número de passageiros acumulados. O valor de λ é calculado para cada valor de P (valor de 0 a 100 gerado por uma série aleatória a partir do software Excel), e os valores alcançados são apresentados na Tabela 3. Tabela 4: Processo de chegadas Fonte: elaborado pela própria autora. T(min) P(100) λ(pass) D(pass) 0 59 3 3 1 89 4 7 2 15 1 8 3 38 2 10 4 54 3 13 5 35 2 15 6 17 1 16 7 25 1 17 8 96 5 22 9 25 1 23 10 54 3 26 11 3 0 26 12 78 4 30 13 51 3 33 14 85 4 37 15 72 4 41 16 28 1 42 17 42 2 44 18 6 0 44 19 89 4 48 20 69 3 51 21 66 3 54 22 64 3 57 23 72 4 61 24 9 0 61 25 40 2 63 26 61 3 66 27 81 4 70 28 41 2 72 29 39 2 74 30 50 3 77 31 29 1 78 32 4 0 78 33 75 4 82 34 22 1 83 35 65 3 86 36 87 4 90 37 2 0 90 38 73 4 94 39 44 2 96 40 98 5 101 41 65 3 104 42 39 2 106 43 32 2 108 44 54 3 111 45 60 3 114 46 62 3 117 47 86 4 121 48 93 5 126 49 14 1 127 50 23 1 128 51 49 2 130 52 50 3 133 PROCESSO DE CHEGADAS Com os dados da Tabela 4, podemos construir uma curva que representa o processo de chegadas como demonstrado na Figura 8, a seguir. Figura 8: Processo de chegada Fonte: elaborado pela própria autora. Analisando a curva do processo de chegada, é possível perceber que todos os passageiros chegam ao aeroporto em 53 minutos. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112 114 116 118 120 122 124 126 128 130 132 134 136 138 140 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 D em an d a (p as sa ge ir o s) Tempo (minutos) Processo de chegada 6.3. SERVIÇO DE CHECK IN Nessa etapa dimensionaremos a quantidade de balcões de check-in necessária para atender a todos os passageiros do aeroporto, a qual será importante para conhecermos alguns indicadores: • Tempo médio gasto por passageiros para realizar o serviço de check- in; Foram coletados dados reais do Aeroporto de Bauru para determinar o tempo médio que cada passageiro leva para completar o serviço de check-in. Assim, o valor adotado será: �̅� = 3 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠/ 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜 Utilizando a equação 6: 𝜇 = 1 �̅� = 0,35 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 / 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 • Índice de congestionamento (ρ) 𝜌 = 1,5 Assim, o número de balcões é calculado pela Equação 3: 𝜌 = 𝜆 𝜇. 𝐶 → 𝐶 = 𝜆 𝜇. 𝜌 𝐶 = 𝜆 𝜇. 𝜌 = 5 0,35.1,5 = 10 𝑏𝑎𝑙𝑐õ𝑒𝑠 Assim, podemos proceder com a simulação do check-in. A distribuição considera as informações da Tabela 4, incluindo o número calculado de balcões e o tempo necessário para cada passageiro completar o check-in. O objetivo é determinar se o número de balcões dimensionados é adequado para atender à demanda existente ou se há necessidade de ampliação devido a filas excessivas. A Tabela 5 ilustra a simulação do check-in de passageiros. Tabela 5: Simulação check-in passageiros. Fonte: elaborado pela própria autora. T(minutos) λ(pass) Balcão 1 Balcão 2 Balcão 3 Balcão 4 Balcão 5 Balcão 6 Balcão 7 Balcão 8 Balcão 9 Balcão 10 0 3 0_3 0_3 0_3 1 4 1_4 1_4 1_4 1_4 2 1 2_5 3 2 3_6 3_6 4 3 4_7 4_7 4_7 5 2 5_8 5_8 6 1 6_9 7 1 7_10 8 5 8_11 8_11 8_11 8_11 8_11 9 1 9_12 10 3 10_13 10_13 10_13 11 0 12 4 12_15 12_15 12_15 12_15 13 3 13_16 13_16 13_16 14 4 15 4 15_18 15_18 15_18 15_18 16 1 16_19 17 2 17_20 17_20 18 0 19 4 19_22 19_22 19_22 19_22 20 3 20_23 20_23 20_23 21 3 21_24 21_24 21_24 22 3 22_25 22_25 22_25 23 4 23_26 23_26 23_26 23_26 24 0 25 2 25_28 25_28 26 3 26_29 26_29 26_29 27 4 27_30 27_30 27_30 27_30 28 2 28_31 28_31 29 2 29_32 29_32 30 3 30_33 30_33 30_33 31 1 31_34 32 0 33 4 33_36 33_36 33_36 33_36 34 1 34_37 35 3 35_38 35_39 35_40 36 4 36_39 36_39 36_39 36_39 37 0 38 4 38_41 38_41 38_41 38_41 39 2 39_42 39_42 40 5 40_43 40_43 40_43 40_43 41 3 40_43 41_44 41_44 41_44 42 2 42_45 42_45 43 2 43_46 43_46 44 3 44_47 44_47 44_47 45 3 45_48 45_48 45_48 46 3 46_49 46_49 46_49 47 4 47_50 47_50 47_50 47_50 48 5 48_51 48_51 48_51 49 1 48_51 48_51 49_51 50 1 50_53 51 2 51_54 51_54 52 2 52_55 52_55 53 0 54 0 55 0 Na Tabela 5, os valores representam o momento em que o passageiro chegou ao balcão para fazer o check-in e o momento em que o passageiro saiu, formando um par de números em cada célula. Para explicar, consideremos a primeira linha da Tabela 4. No momento 0, temos 3 passageiros chegando ao aeroporto (λ = 3). Como o tempo médio gasto por passageiro para fazer o check-in é de 3 minutos, esses passageiros, dirigiram-se ao balcão 1, 2 e 3 respectivamente no momento 0, ocupará o balcão até o momento 3, formando o primeiro par representado na Tabela 5 (0_3). Além disso, para facilitar a visualização do processo, destacamos o período em que cada passageiro permanece no balcão, correspondente a 3 minutos. Em alguns casos, ocorre a chegada de um passageiro quando todos os balcões estão ocupados, o que resulta na formação de uma fila. Neste estudo, nos momentos 40 e 48, podemos observar essa situação, conforme destacado na Tabela 5. É importante destacar que mesmo com a formação de filas nesses casos, o tempo de espera será de no máximo 1 minuto por passageiro, o que não caracteriza um desconforto significativo para ele. É interessante organizar os dados em curvas que representam a entrada dos passageiros para fazer o check-in e a curva que representa sua saída, conforme mostrado no gráfico da Figura 9. Figura 9: Curvas de check-in Fonte: elaborado pela própria autora. 03 69 121518212427303336394245485154576063666972757881848790939699102105108111114117120123126129132135138141 0 2 4 6 8 1012141618202224262830323436384042444648505254565860 D em an d a (p as sa ge ir o s) Tempo (minutos) Curvas de Check in Chegada Saída Atualmente o aeroporto possui 3 balcões de check-in da companhia Azul Como ilustrado na figura 10. Figura 10: Balcões de check-in da Azul. Fonte: Acervo da autora. 6.4. SERVIÇO DE EMBARQUE Essa é a etapa na qual o passageiro apresenta o documento de identificação e o cartão de embarque, caracterizando então um período muito curto para a realização dessas atividades. Para isso adotaremos um tempo de embarque por passageiro, portanto: �̅� = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠/ 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜 �̅� = 0,167 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠/ 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜 𝜇 = 1 �̅� = 6 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 / 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 Além disso, é fundamental determinar o intervalo de tempo antes da decolagem em que a porta de embarque é aberta para que os passageiros apresentem seus bilhetes e sejam encaminhados para a aeronave. Esse período varia de acordo com a capacidade do voo, pois quanto maior o número de passageiros, mais tempo é necessário para direcioná-los à aeronave e decolar no horário previsto. Considerando que os voos típicos do aeroporto estudado são de pequeno porte, podemos estabelecer a abertura da porta de embarque 15 minutos antes da decolagem. Isso permite direcionar e acomodar os passageiros para a decolagem mantendo a pontualidade. Para visualizar este parâmetro, podemos criar um gráfico (Figura 12) que represente o serviço de embarque de passageiros, iniciando 22 minutos antes do horário de decolagem e concluindo a tempo. Figura 11: Curva de embarque Fonte: elaborado pela própria autora. 6.5 CAPACIDADE DA SALA DE EMBARQUE Podemos determinar a capacidade da sala de embarque se tivermos informações sobre a taxa de atendimento para o embarque e o tamanho 0 20 40 60 80 100 120 140 35 40 45 50 55 60 65 D em an d a (p as sa ge ir o s) Tempo (minutos) Curva de embarque máximo da fila durante o processo de embarque. O valor de (μ ) foi previamente fornecido e corresponde a 6 passageiros por minuto, enquanto o tamanho máximo da fila durante o processo de embarque é obtido da Figura 12, que relaciona as curvas de saída do serviço de check-in com a curva de embarque. Figura 12: Fila máxima durante o serviço de embarque. Fonte: elaborado pela própria autora. A fila máxima ocorre no minuto 38. Através da equação a seguir, é possível obter a capacidade máxima da sala de embarque 𝐶 = 𝜇𝑒 + 𝑄𝑚𝑎𝑥 = 6 + 80 = 86 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 Figura 13: Sala de embarque Fonte: Acervo da autora. 7. DISCUSSÃO Obtendo as informações da simulação realizada e dos dados, os quais foram calculados podemos realizar as seguintes análises. Na figura 14 quando sobrepomos as curvas de entrada de check-in de chegada de saída de check-in e de embarque podemos tirar as seguintes conclusões: Figura 14. Curvas de chegada, check-in e embarque Fonte: elaborado pela própria autora. Inicialmente, podemos examinar o gráfico em relação à formação de filas no serviço de check-in. Durante a simulação, considera-se que o passageiro chega ao aeroporto e se dirige ao balcão de check-in. Após completar este serviço, o passageiro segue para a sala de embarque e aguarda a abertura do portão que dá acesso à aeronave. Assim, a curva de chegada e a curva de entrada para o check-in estão principalmente sobrepostas na maior parte do tempo, indicando que a maioria dos passageiros chega e encontra um balcão disponível para realizar o serviço (considerando 10 balcões disponíveis). Em alguns pontos destacados no gráfico, podemos observar momentos em que a curva de entrada para o check-in não se sobrepõe à curva de chegada dos passageiros no aeroporto. Nestes momentos, ocorre a formação de filas. É importante destacar que, mesmo com a formação de fila em um momento, a fila máxima é composta por apenas 2 pessoas que esperarão apenas 1 minuto. Portanto, essa situação não deve ser considerada caótica, e não é necessário propor a abertura de um novo balcão para resolver esse problema. Outro parâmetro importante a ser analisado é o tempo que os passageiros permanecem na sala de embarque após o check-in. Durante este período, é crucial verificar se a sala é capaz de acomodar a quantidade de passageiros que irão para lá, e se está devidamente equipada com assentos, banheiros e, possivelmente, áreas de entretenimento, como cafés ou lojas de conveniência. 8. CONCLUSÕES Este trabalho demonstrou atuais condições do aeroporto de Bauru e realizar uma análise para fornece sugestões de melhorias para o desempenho do aeroporto. Levando em conta os cálculos e atividades apresentados, podemos tirar as seguintes conclusões ao examinar a sobreposição da curva de chegada e a curva de entrada para o check-in indica que a maioria dos passageiros chega ao aeroporto e encontra um balcão disponível para realizar o serviço. Isso sugere uma eficiência razoável no processo de check-in, considerando os 10 balcões hipotéticos propostos neste trabalho. Em alguns pontos destacados no gráfico, observamos momentos em que a curva de entrada para o check-in não se sobrepõe à curva de chegada dos passageiros, indicando a formação de filas. No entanto, a fila máxima é composta por apenas 2 pessoas, que esperarão apenas 1 minuto. Portanto, essa situação não deve ser considerada caótica, e não é necessário propor a abertura de um novo balcão para resolver esse problema. Essas análises indicam que, no geral, o estacionamento possui menos baias para os automóveis do que o dimensionado, possui 100 e dimensionamos 146, o processo de check-in está funcionando atualmente com 3 balcões onde foram dimensionados 10 e a sala de embarque opera com capacidade de 50 passageiros quando deveria ter 86 passageiros de capacidade segundo o dimensionamento. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] BUTTON, kenneth. Economic Aspects of regional airport development. In: Development of Regional Airports – Theoretical Analyses and Cases Studies. Southampton, Boston: WITPress, 2010, cap 1. [2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Bauru. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp/bauru.html. Acesso em: 8 dez. 2023. [3] SANTOS, Jair Pereira dos. Aplicação do Estudo de Filas: Filas de Aeronaves em Aeroportos - Estudo de Caso do Aeroporto de Congonhas "Jair Pereira dos Santos". 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