0064 064 - ATIVIDADES DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA DAS FAMÍLIAS DO ASSENTAMENTO ESTRELA DA ILHA, EM ILHA SOLTEIRA, SP - Valéria da Silva Modenese (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Antonio Lázaro Sant´Ana (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Carlos Augusto Moraes e Araujo (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Tomás Augusto Alvarenga (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Flaviana Cavalcanti da Silva (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Lucas Cordeiro Rigonato (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Marcos Estevão Feliciano (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Ismael Soares Filho (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Keler de Oliveira Lima (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira), Gabriela dos Santos Souza (Faculdade de Engenharia, UNESP, Ilha Solteira) - lelamodenese@hotmail.com Introdução: O trabalho de extensão iniciou-se no final de 2004 e está vinculado ao projeto “Capacitação Técnica e Organizacional das Famílias do Assentamento Estrela da Ilha, em Ilha Solteira, SP” (Proex/Unesp). A equipe é composta por três professores e cerca de 15 alunos dos cursos de graduação Agronomia, Ciências Biológicas e Zootecnia, e do curso de pós- graduação em Agronomia da Unesp Ilha Solteira. A partir de 2008 o grupo adotou o nome “Guatambu – Grupo de Extensão e Pesquisa sobre Desenvolvimento Rural e Sustentabilidade”. Objetivos: O objetivo do trabalho de extensão no Assentamento Estrela da Ilha é realizar acompanhamento técnico e organizacional das famílias, visando a melhoria de sua formação técnica, da gestão do lote e de suas condições de vida, e também propiciar aos alunos da Unesp, a oportunidade de aprimorar o conhecimento sobre os assentamentos rurais e exercitar o trabalho de extensão rural em uma perspectiva educativa e crítica. Métodos: Foram realizados, durante o período, palestras e cursos temáticos, demonstrações práticas no campo, reuniões com grupos de agricultores/famílias e uma excursão técnica a uma propriedade leiteira em Potirendaba (SP). Também foram realizados acompanhamentos sistemáticos de alguns produtores por meio de visitas regulares ao lotes. Como técnicas de apoio, fizemos croquis detalhados dos lotes visitados, levantamento de custos de técnicas propostas no mercado local, e distribuição de cartilhas do Instituto Giramundo Mutuando que ministrou cursos sobre agroecologia. Resultados: Nas várias demonstrações práticas e visitas técnicas procuramos resolver dúvidas técnicas dos assentados sobre suas respectivas produções, além de ajudar na implantação de novas técnicas nos lotes, como o pastejo rotacionado aos produtores de leite, técnicas de sanidade e higiene do rebanho, uso de técnicas alternativas para auxiliar na produção e a organização do lote. Além destas atividades grupais, realizamos acompanhamento sistemático de alguns produtores, de modo a auxiliar e orientar as mudanças no sistema produtivo, para que estes lotes servissem de diferentes modelos (pois as necessidades e interesses são diversos) para os demais assentados. Nestas visitas foram feitos croquis detalhados de cada lote, o produtor relatava também possíveis dificuldades enfrentadas e os alunos, em um processo de diálogo, sugeriam medidas que deveriam ser tomadas ou traziam a questão para ser resolvida por um professor especialista na área ou para ser discutida no grupo. Embora seja necessário conciliar o pouco tempo disponível dos alunos e o trabalho de extensão, a avaliação das atividades desenvolvidas mostra que esta parceria traz ganhos tantos para os produtores como para a formação profissional dos alunos da Unesp.