PEERMEABIL DE UNIV LIDADE D E DIFEREN VERSIDADE FACU SHELON CR DENTINÁR NTES SUB DESSE O A E ESTADU ULDADE DE PÓS-GRA CRISTINA SO RIA E ERO STÂNCIA ENSIBILIZ rientador: P Araraquara 2012 UAL PAULI E ODONTO ADUAÇÃO OUZA PINTO OSÃO DEN S ÁCIDAS ZANTES Prof. Dr. Jos ISTA “JÚL OLOGIA D O EM ODON O NTÁRIA. A S E AGENT sé Eduardo LIO DE ME DE ARARA NTOLOGIA AVALIAÇÃ TES Cezar Samp ESQUISTA AQUARA A ÃO paio FILHO” UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA SHELON CRISTINA SOUZA PINTO PERMEABILIDADE DENTINÁRIA E EROSÃO DENTÁRIA. AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS E AGENTES DESSENSIBILIZANTES Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Área de Periodontia, da Faculdade de Odontologia de Araraquara, Universidade Estadual Paulista para obtenção do título de Doutor em Odontologia. Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Cezar Sampaio Araraquara 2012 Pinto, Shelon Cristina Souza Permeabilidade dentinária e erosão dentária. Avaliação de diferentes substãncias ácidas e agentes dessensibilizantes / Shelon Cristina Souza Pinto.-- Araraquara: [s.n.], 2012. 139 f. ; 30 cm. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Cezar Sampaio 1. Sensibilidade da dentina 2. Dentifrícios 3. Erosão dentária I. Título Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marley C. Chiusoli Montagnoli, CRB-8/5646 Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Odontologia de Araraquara / UNESP SHELON CRISTINA SOUZA PINTO PERMEABILIDADE DENTINÁRIA E EROSÃO DENTÁRIA. AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS E AGENTES DESSENSIBILIZANTES COMISSÃO JULGADORA TESE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE DOUTOR Presidente e Orientador JOSÉ EDUARDO CEZAR SAMPAIO 2º Examinador JONI AUGUSTO CIRELLI 3º Examinador CARLOS ROSSA JUNIOR 4º Examinador LETÍCIA HELENA THEODORO 5º Examinador KARINA GONZALES SILVÉRIO RUIZ Araraquara, 20 de Janeiro de 2012 DDados Curriculares DADOS CURRICULARES SHELON CRISTINA SOUZA PINTO NASCIMENTO 1.8.1982 – PONTA GROSSA/PR FILIAÇÃO Hialvon Souza Pinto Luci Leifeld Pinto 2000/2004 Curso de Graduação Universidade Estadual de Ponta Grossa 2005/2005 Aperfeiçoamento em Endodontia Faculdade Herrero. 2006/2008 Curso de Pós-Graduação em Clínica Integrada (Terapêutica), nível de Mestrado, na Universidade Estadual de Ponta Grossa. 2008/2012 Curso de Pós-Graduação em Odontologia (Periodontia), nível de doutorado, na Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP-FOAr. 2010/2011 Estágio PDEE- doutorado sanduíche. The University of Manchester, Manchester, Reino Unido. DDedicatória e AAgradecimentos DEDICATÓRIA A Deus Por me dar força quando eu achava que não tinha, por proporcionar tantas conquistas. Agradeço por Ele estar presente sempre, nos momentos difíceis e nos momentos bons, fazendo dos meus sonhos… realidade! Ao meu noivo Matheus Por ser tão compreensivo, por me acalmar nos momentos estressantes desses anos de doutorado, por me ajudar não só com minhas responsabilidades, mas emocionalmente. Sem você não teria concluído essa etapa da minha vida. Obrigada meu amor, por cuidar tanto de mim. Te amo! Aos meus avós Hialvon e Luci Não há palavra capaz de traduzir meu agradecimento e minha gratidão em ter vocês sempre ao meu lado. Amo vocês. A minha mãe Márcia Sinto-me privilegiada em poder contar com seu apoio em todos os momentos da minha vida. Obrigada por tudo. Amo você. As minhas irmãs Paola e Melanie e minha tia Kris Pelo carinho e compreensão durante todos esses anos. Amo vocês. A todos meus familiares Por compreenderem minha ausência, pelos ensinamentos dos verdadeiros valores que devemos ter na vida. Agradeço muito, mesmo quando não puderam me orientar em certos caminhos, souberam valorizar minhas vontades e prioridades. Amo vocês! AGRADECIMENTO ESPECIAL Ao meu orientador Professor Dr. José Eduardo Cezar Sampaio por sua paciência em transmitir seu conhecimento de forma clara e com muita boa vontade em todos os momentos. Agradeço pela orientação, participação, pelas oportunidades, constante incentivo a minha formação profissional e por todo conhecimento transmitido. Não há modo de ensinar mais completo e verdadeiro do que o próprio exemplo. Deixo aqui minha grande admiração, eterna gratidão e respeito. AGRADECIMENTOS À Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Faculdade de Odontologia de Araraquara, na pessoa do seu Diretor Professor Dr. José Claudio Martins Segalla e Profa. Dra. Andréa Affonso B. Montandon (Vice- Diretora), pela oportunidade e incentivo. Ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia de Araraquara representado pelo Prof. Dr. Mario Tanomaru Filho pela contribuição a minha formação profissional. A todos os professores doutores do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Odontologia – Área de concentração: Periodontia, pelos conhecimentos transmitidos, pela amizade e pela grande disposição em colaborar. Ao Sr. Sebastião Anésio Dametto, técnico do Instituto de Química do Campus de Araraquara, por estar sempre disposto a colaborar. Agradeço a atenção e compreensão durante as muitas vezes que precisei da sua ajuda. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação e Cultura, pelo apoio financeiro para a realização deste Doutorado e também durante o período de estágio PDEE. À bibliotecária Ceres Maria Carvalho Galvão de Freitas pela atenção e disposição em ajudar nas correções desta tese de doutorado. Aos meus amigos do doutorado Rodrigo Cavassim, Roberta Grasseli Batitucci e Michele Carolina Pinheiro pela ajuda no desenvolvimento da parte experimental desse estudo. A todos os funcionários do Departamento de Diagnóstico e Cirurgia, em especial, Cláudia, Maria do Rosário, Regina Lúcia, Zezé e Estér, pelos momentos agradáveis que me proporcionaram durante nosso convívio. Aos funcionários da Seção de Pós-Graduação, Alexandre e Mara por serem sempre prestativos e atenciosos. Aos professores Roger Philip Ellwood, Iain Pretty e Hooi Pin Chew, aos físicos Christian Zakian e Andrew Taylor pelos conhecimentos adquiridos na Universidade de Manchester, e pelas oportunidades de pesquisa. À Colgate Palmolive, Reino Unido, pelo auxílio no desenvolvimento desta tese. Aos Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa pelo apoio constante na minha formação profissional. Aos meus amigos Christian Zakian, Juliana Gòmez, Silvia Salsone, Giuseppe Demichele, Parveen Bunglawala, Hooi Pin Chew, Matt Morgan, Brenda, Arnold e Maureen por terem sido minha família em Manchester, agradeço todo o carinho, amizade verdadeira, companhia, foram tantos momentos especiais, que torna muito difícil ter que deixar esse ano para trás. O tempo pode passar, mas essa amizade nunca será perdida. Sinto muita falta de vocês. Aos meus “segundos pais” Lúcia Helena Bandéca e José Luiz Bandéca por serem minha família nos últimos meses de doutorado. Aos meus amigos da pós-graduação Andressa Vilas Boas Nogueira, Chaine Pavone, Leila Coimbra, Michele Carolina Pinheiro, Sabrina Cruz Tfaile de Souza, Telma Blanca Lombardo Bedran, por compartilharem seus conhecimentos. Agradeço muito por toda amizade e companheirismo. Aos demais colegas do doutorado que contribuíram com o apoio e compreensão para a conclusão dessa tese. As minhas amigas Mariane Cavaretti, Carolina Naciben da Silva e Juliana Alcarás Saraiva pela amizade e carinho. Ao meu amigo e companheiro de viagens Humberto Oswaldo Schwartz, obrigada pela amizade, incentivo e companhia durante estes anos de doutorado. As minhas queridas amigas Anna Paula Drehmer, Bianca Calixto, Débora Roloff, Débora Romanini, Flávia Maris Muller, Fabiana Machado, Handrielly Thayná Roth, Simone Schmidt Werlang pela amizade, apoio e por entenderem minha ausência. A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização dessa tese de doutorado. SSumário SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS............................................................................................14 RESUMO ..............................................................................................................17 ABSTRACT ..........................................................................................................20 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................23 2 PROPOSIÇÃO ...................................................................................................33 3 MATERIAL E MÉTODO…...............................................................................34 4 CAPÍTULO 1 .....................................................................................................61 5 CAPÍTULO 2 .....................................................................................................68 6 CAPÍTULO 3 .....................................................................................................93 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................114 8 CONCLUSÃO..................................................................................................122 9 REFERÊNCIAS ...............................................................................................125 10 ANEXOS ........................................................................................................134 LLista de Figuras LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Preparo das amostras. A) Sulco na JAC. B) Sulco 4 mm abaixo a JAC. C) União dos sulcos......................................................................................37 FIGURA 2 – A) Remoção da Coroa; B) Separação da coroa e raiz; C) Porção radicular..................................................................................................................37 FIGURA 3 – A) e B) Abertura da câmara pulpar; C) Remoção do tecido pulpar......................................................................................................................37 FIGURA 4 – A) e B) Adaptação do espécime a suportes confeccionados com resina acrílica e a uma cânula de aço inoxidável...................................................38 FIGURA 5 – A) e B) O fragmento radicular, com exceção da área de dentina exposta, foi coberto com esmalte de coloração preta.............................................38 FIGURA 6 – Sistema utilizado para a determinação da permeabilidade dentinária................................................................................................................40 FIGURA 7 – Estágios sequenciais para avaliação da permeabilidade dentinária: A) Estágio 1: aplicação do ácido fosfórico; B) Estágio 2: raspagem da área de dentina exposta para criar smear layer; C) Estágio 3: desafio ácido por 5 min; D) Estágio 4: escovação; Estágio 5: escovação associada a dentifrício......................41 FIGURA 8 – Espécime de dentina com aproximadamente 3x5 mm....................43 FIGURA 9 – Dentifrício utilizado para o tratamento dos espécimes do grupo 2..............................................................................................................................44 FIGURA 10 – Dentifrício utilizado para o tratamento dos espécimes do grupo 3..............................................................................................................................45 FIGURA 11 – A) Espécimes mantidos em cassetes durante as fases de tratamento e exposição à bebida ácida. B) Espécimes suspensos em um bécker por meio de hastes plásticas. C) Espécimes suspensos no suco de laranja durante a fase de desafio ácido sob agitação......................................................................................45 FIGURA 12 – A- Câmera; B- Observação da indentação e posicionamento das linhas de medição da Microdureza Knoop; C- Posicionamento do espécime; D- Valores de Microdureza Knoop (HK)...................................................................49 FIGURA 13 – Peça de mão montada, com a finalidade de manter o dispositivo estável e espécimes colocados perpendicularmente à peça....................................50 FIGURA 14 – Espécime de dentina visualizado por meio do monitor. Uma distância de aproximadamente 3 mm foi estabelecida entre o topo da imagem e a parte mais convexa do espécime para permitir o reposicionamento do espécime durante os ciclos de avaliação................................................................................51 FIGURA 15 – Imagem capturada pelo OCT após 15 min de desafio ácido (grupo controle). A) Área de referência (esmalte ácido-resistente) e B) Área submetida aos ciclos de tratamento e de desafio ácido com as regiões selecionadas para serem avaliadas; C) Área de referência (esmalte ácido-resistente) e D) Área submetida aos ciclos de tratamento e desafio ácido coloridas – visão de topo; E) Área de referência (esmalte ácido-resistente) e F) Área submetida aos ciclos de tratamento e desafio ácido coloridas – visão lateral......................................................................................................................52 FIGURA 16 – Desenho esquemático das regiões a serem avaliadas pelo OCT. Superfície (10 pixels) e subsuperfície (50 pixels) em uma área de 512 pixels......................................................................................................................53 FIGURA 17 – Desenho esquemático da área teste (F(NC) – Intensidade de fluorescência na região exposta aos desafios ácidos); e área controle (F(C) – Intensidade de fluorescência na superfície coberta por esmalte ácido- resistente)...............................................................................................................55 FIGURA 18 – A) Área de referência coberta com esmalte ácido-resistente; B) Área submetida aos ciclos de tratamento e desafio ácido.......................................................................................................................55 FIGURA 19 – A) Estágio 2: Aplicação de ácido fosfórico a 37%; B) Estágio 3: Tratamento seguindo os grupos experimentais; C) Estágio 4: desafio ácido com suco de laranja........................................................................................................59 RResumo Pinto SCS. Permeabilidade dentinária e erosão dentária. Avaliação de diferentes substâncias ácidas e agentes dessensibilizantes [Tese de Doutorado]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP; 2012. RESUMO Os objetivos deste estudo in vitro foram quantificar as alterações da permeabilidade dentinária radicular após imersão dos espécimes de dentina a diferentes ácidos da dieta, e efeitos da escovação com ou sem dentifrício após desafio ácido; Comparar novos métodos de diagnóstico (Tomografia de Coerência Óptica – OCT e Fluorescência Induzida por Luz - QLF) e avaliar um dentifrício contendo alto teor de flúor e um dentifrício contendo 8% de arginina, carbonato de cálcio e monofluorfosfato de sódio como possível tratamento preventivo a erosão dentinária; Quantificar as alterações na permeabilidade dentinária radicular submetida ao tratamento com dentifrício contendo alto teor de flúor e dentifrício contendo 8% de arginina, carbonato de cálcio e monofluorfosfato de sódio como tratamento preventivo ao aumento da permeabilidade dentinária seguidos por desafio ácido. Espécimes de dentina foram confeccionados e submetidos a diferentes métodos para avaliação de túbulos dentinários (permeabilidade dentinária) e superfície da dentina (OCT, QLF e Microdureza Knoop). Os resultados mostraram que: Bebidas ácidas são capazes de causar exposição dos túbulos dentinários, removendo smear layer, e escovação associada ou não a dentifrícios podem diminuir a permeabilidade dentinária quando realizada logo após a ingestão de dieta ácida; O uso de dentifrícios contendo agente dessensibilizante antes de sofrer desafio ácido pode conferir um efeito protetor a superfície de dentina, porém não inibe completamente a progressão da erosão após inúmeros ciclos de exposição a ácidos; Escovação associada a dentifrícios contendo alto teor de flúor ou arginina-carbonato de cálcio são capazes de prevenir desgaste dos dentes e exposição dos túbulos dentinários in vitro. Portanto, os dentifrícios contendo agentes dessensibilizantes foram capazes de diminuir a permeabilidade dentinária e perda de minerais nos espécimes de dentina, quando estes foram expostos a desafios ácidos. Palavras-chave: Sensibilidade da dentina; Dentifrícios; Erosão Dentária. AAbstract Pinto SCS. Dentine permeability and tooth erosion. Evaluation of different acid substances and desensitizing agents [Tese de Doutorado]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP; 2012. ABSTRACT The aims of this in vitro study were to quantify alterations in the root dentin permeability submitted to different acids of diet, and brushing effect (sonic brush) with and without dentifrice after acid application; To compare novel detection methods (Optical Coherence Tomography - OCT and Quantitative Light Fluorescence - QLF), as well as to evaluate a high fluoride toothpaste (Duraphat™5000 ppm Fluoride Toothpaste) and a 8% arginine, calcium carbonate, sodium monofluorophosphate toothpaste (Colgate Sensitive Pro-Relief™) as a possible preventive treatment for dentine erosion; To quantify alterations in the root dentine permeability submitted to treatment with a high fluoride toothpaste (Duraphat™5000 ppm Fluoride Toothpaste) and 8% arginine, calcium carbonate, sodium monofluorophosphate toothpaste (Colgate Sensitive Pro-Relief™) as a preventive treatment for increasing dentine permeability followed by acid challenge. The results showed that acid beverages are able of causing dentinal tubules exposure by smear layer removal. Toothbrushing associated or not to dentifrice can decrease dentin permeability; however this decrease is small when toothbrushing is performed soon after exposure to acid diet; Dentifrice containing desensitizing agents application prior to an erosive challenge seems to confer a protective effect but did not completely inhibit progressive erosion after several acid challenges; Toothbrushing associated with a high fluoride or arginine- calcium carbonate toothpaste is able to prevent tooth wear and dentinal tubules exposure in vitro. Thus, dentifrices containing desensitizing agents were able to decrease dentine permeability and loss of minerals on dentine specimen, when it suffered acid challenges. Keywords: Dentin Sensibility; Dentifrices; Tooth Erosion. IIntrodução 1 INTRODUÇÃO O declínio da prevalência de doenças como a cárie e doença periodontal teve como consequência o aumento da manutenção dos dentes na cavidade bucal. No entanto, ao mesmo tempo, tem-se aumentado a incidência de outros problemas como a Hipersensibilidade Dentinária Cervical (HSDC) 26, 37. A HSDC é definida como uma dor aguda, transiente e bem localizada, em resposta a estímulo tátil, térmico, evaporativo, osmótico ou químico e que não pode ser atribuída a nenhum tipo de patologia dental. Esta dor não ocorre espontaneamente e não persiste após a remoção do estímulo8 . A HSDC atinge uma grande parcela da população, estando presente em todas as etnias ao redor do mundo. A literatura reporta que entre 8 e 35% da população na Argentina9, 8 a 30% da população nos Estados Unidos da América29 e 1/6 da população brasileira apresentam HSDC41. Um estudo recente realizado pela Canadian Advisory Board on Dentin Hypersensitivity8, reporta que entre 8 e 57% da população em geral apresenta HSDC. O completo entendimento e tratamentos eficazes e definitivos para esta condição ainda não estão estabelecidos. Em pacientes com doença periodontal crônica, entretanto, a prevalência da HSDC é mais elevada, pois a superfície radicular torna-se exposta em decorrência do processo da doença. Chabanski et al. 9 observaram uma prevalência de 72,5 a 98% nestes pacientes, sugerindo que o tratamento periodontal prévio e/ou a doença periodontal exercem um papel na etiologia da HSDC. A Teoria Hidrodinâmica proposta Brännström7 é atualmente a mais aceita para explicar a HSDC. Ela propõe que estímulos táteis, químicos, osmóticos e térmicos capazes de alterar em qualquer sentido o fluido existente dentro dos túbulos dentinários é capaz de estimular as fibras A-d adjacentes aos odontoblastos e assim desencadear um estímulo doloroso. Para que isto ocorra é necessário que os túbulos dentinários estejam expostos ao meio bucal a fim de receber tais estímulos capazes de desencadear a resposta dolorosa. Dois acontecimentos são essenciais no desenvolvimento da HSDC: o tecido dentinário deve estar exposto ao meio bucal e os túbulos dentinários devem estar abertos e patentes com a polpa dental. Absi et al. 1 relatam que elementos dentais que respondem ao estímulo para checagem da HSDC apresentam oito vezes mais túbulos dentinários expostos na região radicular que elementos dentais que não respondem ao estímulo, e ainda, o diâmetro dos túbulos dos dentes sensíveis é cerca de duas vezes maior que o dos elementos dentais sem sensibilidade. Apesar da HSDC ser atualmente uma condição comum, medidas preventivas visando controlar os fatores etiológicos e um produto ou protocolo ideal para tratamento vem sendo constantemente pesquisados e uma conduta ativa sobre esta condição ainda é um desafio43. Etiologia da HSDC De acordo com Walters44, a HSDC pode surgir a partir da perda de estrutura dental na região cervical (esmalte, dentina, cemento) ou pela desnudação da superfície radicular (migração da gengiva marginal). Deste modo, são muitos os fatores etiológicos que podem causar a HSDC. Dentre os fatores endógenos podemos citar: defeitos na formação dentária, defeitos na junção cemento-esmalte, doenças periodontais, doenças sistêmicas como bulimia, anorexia nervosa, hipertireoidismo e distúrbios gástricos. Já os fatores exógenos são: técnica de escovação incorreta, hábitos alimentares, trauma oclusal, procedimentos clínicos como cirurgias periodontais, tratamento ortodôntico, recessões gengivais e desgaste da estrutura dental18. A perda de estrutura dental se dá pelo desgaste dos dentes que pode ocorrer devido à atrição, abrasão e erosão. Estes processos físicos e químicos normalmente agem conjuntamente provocando o desgaste dos dentes6. A atrição é um desgaste fisiológico que afeta usualmente a superfície incisal e oclusal dos dentes, podendo atingir níveis patológicos com hábitos parafuncionais como o bruxismo25. A abfração tem como fator etiológico a presença de cargas oclusais excessivas, sendo que a forma e o tamanho da lesão dependem da direção, magnitude, frequência, duração e localização das forças exercidas sobre os dentes em contato25. A abrasão é causada pelo desgaste mecânico resultando em perda patológica de substância dentária6,47. A erosão dental é caracterizada pela perda progressiva de tecidos dentais devido a ação de um agente químico (ácido), sem participação bacteriana, de origem extrínseca ou intrínseca18, podendo resultar em significante desgaste dos dentes, particularmente na região cervical, onde o esmalte é muito fino25. As substâncias ácidas podem ser intrínsecas (ácido clorídrico presente no estômago) e extrínsecas (ácidos presentes na dieta, em ambientes de trabalho ou uso contínuo de medicamentos). A erosão dental promovida pela contínua ingestão de frutas ácidas e também de refrigerantes carbonados está frequentemente associada com a presença de hipersensibilidade dentinária5,18. Alguns estudos têm demonstrado que a dieta alimentar do paciente é um dos fatores etiológicos mais importantes, pois a ingestão frequente de alimentos e bebidas ácidas pode provocar a perda de estrutura dental ou simplesmente remover o smear layer, levando muitas vezes a HSDC23,32,48. Segundo Pashley28, durante os procedimentos de raspagem e alisamento radicular (RAR) remove-se cemento e uma porção de dentina radicular, porém os túbulos dentinários permanecem ocluídos por smear layer, formada por fragmentos de tecido mineralizado ou não, provenientes do corte ou desgaste da estrutura dentária com instrumentos manuais ou rotatórios, diminuindo a permeabilidade dentinária e impedindo a passagem dos estímulos. Dessa forma, a HSDC pode ocorrer após alguns dias do procedimento de RAR, quando a escovação ou a ingestão de alimentos ácidos provocaria a perda dessa camada3. Evidências in vitro indicam que tanto ácidos fortes como fracos, que compõem alimentos e bebidas ácidas, podem remover o smear layer e expor os túbulos dentinários1,13,49. Por esse motivo, o consumo diário e excessivo de frutas cítricas, bebidas ácidas e vinagres são um potencial fator de risco à erosão dentária48. Lussi et al. 21 relataram que o consumo excessivo e não usual de substâncias específicas da dieta, como suco de limão, suco de laranja e bebidas de cola carbonatadas, está associado ao aparecimento de erosão dentária. Clark et al. 11 observaram que existe uma associação positiva entre a freqüência de ingestão de alimentos específicos e bebidas ácidas e persistência da HSDC. Por isso, é de fundamental importância que o Cirurgião-Dentista oriente seu paciente quanto à dieta alimentar, controlando a ingestão de ácidos para que se tenha um tratamento eficaz da HSDC e também para prevenir a sua recorrência11,13,33. Outro aspecto importante a ser considerado é o efeito da escovação sobre a superfície dental desmineralizada pela ação do ácido. Prati et al. 34 constataram in vitro que a escovação sem dentifrício imediatamente após a exposição dentinária a bebidas ácidas, reduzia a permeabilidade da dentina devido à oclusão parcial dos túbulos com debris. Também verificou que o dentifrício pode exercer um papel protetor, prevenindo a completa remoção de smear layer e reduzindo a HSDC pela produção de uma nova smear layer artificial e depósitos dentro dos túbulos. Entretanto, outros autores verificaram que o atrito da escova em combinação com a desmineralização superficial da dentina pelos alimentos ácidos pode acelerar a perda da estrutura dental36,47. Austin et al. 4 fizeram uma investigação in vitro para avaliar o desgaste produzido pela erosão e pela abrasão, separadamente ou em combinação, utilizando diferentes tipos de tratamentos. Esses autores concluíram que a erosão produz maior remoção de estrutura dental que a abrasão isoladamente. No entanto, a combinação erosão/abrasão tem como resultado não a soma das remoções, mas sim o produto delas. De acordo com os resultados obtidos em seu trabalho, West et al. 47 concluíram que, nos casos de HSDC, a escovação não deve ser realizada imediatamente após a ingestão de alimentos ácidos. Dentro dessa linha de pesquisa que busca correlacionar HSDC e dieta ácida, Corrêa et al. 12 determinaram o pH de algumas frutas, bebidas e condimentos com o objetivo de indicar uma dieta para pacientes com HSDC. Esses autores concluíram que o aconselhamento dietético deve fazer parte do tratamento da HSDC, enfatizando principalmente a substituição de dietas com pH mais baixo por dietas com pH mais alto. Zandim et al. 48 constataram que o vinagre balsâmico estava associado a menor exposição de túbulos dentinários, sendo assim, o mais indicado para consumo pelos pacientes que apresentam HSDC. Dentre os vinagres testados, o vinagre balsâmico possuía o maior valor de pH. Ainda seguindo esta linha de pesquisa, Pinto et al. 32, observaram maior remoção de smear layer pelas bebidas contendo ácido cítrico (suco de limão e laranja). O tipo do ácido pode ser um fator importante na determinação do potencial erosivo de bebidas ácidas32. Além disso, o padrão de erosão demonstrado por diferentes bebidas ácidas, também pode ser influenciado pelo pH, titulação e capacidade tampão da saliva32,49. Tratamento da HSDC Alternativas terapêuticas para reduzir a HSDC têm sido introduzidas visando a redução da excitabilidade das fibras nervosas dentro da polpa ou obliteração dos túbulos dentinários abertos27,31,33,42. No entanto, até o momento, o tratamento da HSDC ainda não está bem estabelecido. Agentes de obliteração de túbulos dentinários podem atuar por meio da precipitação de proteínas, precipitação de cristais sobre ou dentro dos túbulos dentinários ou por meio de técnicas restauradoras convencionais6,27,31,37. Inúmeros agentes e protocolos de tratamento têm sido empregados para a dessensibilização da dentina, tais como: gel fluoretado, vernizes cavitários e dentifrícios. Existe pouca informação com relação aos efeitos desses agentes sobre os túbulos dentinários abertos31. Dentifrícios podem ser um importante tipo de tratamento para vários problemas dentários, já que estes são facilmente acessíveis a população. A incorporação de agentes dessensibilizantes nos dentifrícios tem como principal objetivo facilitar o tratamento da HSDC, tais como: nitrato de potássio, cloreto de estrôncio e mais recentemente 8% de arginina associada ao carbonato de cálcio, além de dentifrícios contendo alta concentração de flúor31-32,35. Os sais de potássio podem ser efetivos no tratamento da HSDC quando aplicados topicamente ou na forma de dentifrícios42,45. Estes sais podem agir por meio da capacidade de penetrar nos túbulos dentinários e reagir com íons cálcio do fluido dentinário para formar cristais insolúveis, ou por meio da despolarização de fibras nervosas42. Segundo Peacock, Orchardson30, após comparar formulações diferentes de potássio na redução da excitabilidade de fibras nervosas em raízes de nervos espinhais dessecados de ratos, existe a necessidade de concentrações altas dos íons para que estes sejam efetivos na redução do potencial de ação sendo que melhores resultados na redução da excitabilidade nervosa foram encontrados pelos sais de citrato ou tartárico de potássio. Produtos contendo alta concentração de flúor têm mostrado efeitos positivos na oclusão de túbulos dentinários, levando ao alívio da sensibilidade. Estes agentes incluem vernizes fluoretados (22.500 ppm de flúor) e dentifrícios com alta concentração de flúor (5000 ppm de flúor) 22. Dentifrícios contendo alta concentração de flúor e géis fluoretados podem ser usados em casa, por meio de moldeiras personalizadas por um período de tempo a cada dia ou durante a prática de escovação diária. Estes produtos contendo alta concentração de flúor e de uso caseiro requerem uso contínuo antes que o alívio da dor devido a hipersensibilidade dentinária seja alcançado27. Embora alguns métodos tradicionais para o tratamento da HSDC tenham sido clinicamente avaliados e fornecido algum alívio da dor pelos pacientes, profissionais continuaram procurando alternativas terapêuticas mais efetivas27. Kleinberg et al. 20 introduziram uma nova tecnologia para o tratamento da HSDC baseada no papel que a saliva desempenha, naturalmente, na redução da hipersensibilidade dentinária. Os componentes essenciais desta nova tecnologia são arginina, um aminoácido que é positivamente carregado em pH fisiológico (pH 6,5-7,5) e carbonato de cálcio, fonte de cálcio. Estes componentes tem mostrado ocluir fisicamente túbulos dentinários e reduzir HSDC efetivamente14,31,38. O dentifrício contendo uma concentração de 8% de arginina e carbonato de cálcio, chamado Colgate Sensitive Pro-Alívio® (Colgate Palmolive, Ind. Ltda), pode ser aplicado na área de dentina exposta pelo profissional ou como tratamento caseiro diário por meio da escovação ou fricção com a ponta do dedo27,38. A combinação de arginina com carbonato de cálcio forma uma camada rica em cálcio na superfície de dentina e no interior dos túbulos dentinários, selando-os e proporcionando alívio da dor14,38. Petrou et al. 31 demonstraram que a oclusão dos túbulos permanece intacta mesmo após exposição a ácidos. Embora a realização de ciclos erosivos intercalados ao tratamento com o dentifrício não tenham sido avaliados. Durante a realização do tratamento da HSDC, é importante lembrar que os fatores etiológicos e predisponentes devem ser investigados e reparados, já que de nada adianta um tratamento efetivo sem a eliminação da causa. Afinal, se esta não for eliminada a condição de dor pode voltar em pouco tempo. PProposição 2 PROPOSIÇÃO Hipótese Geral Avaliar alterações da permeabilidade e erosão dentinária após desafios ácidos e novas alternativas de tratamento. Capítulo 1: o objetivo deste estudo in vitro foi quantificar as alterações da permeabilidade dentinária radicular após imersão dos espécimes de dentina a diferentes ácidos da dieta, e efeitos da escovação com ou sem dentifrício (citrato de potássio a 5%) após desafio ácido. Capítulo 2: os objetivos do estudo foram comparar novos métodos de diagnóstico para a erosão dentinária (Tomografia de Coerência Óptica - OCT e Fluorescência Induzida por Luz Quantitativa - QLF) e avaliar um dentifrício contendo alto teor de flúor e um dentifrício contendo 8% de arginina, carbonato de cálcio e monofluorfosfato de sódio como possível tratamento preventivo à erosão dentinária. Capítulo 3: o estudo teve como objetivo comparar o efeito de dois dentifrícios (Duraphat 5000 – alto teor de flúor e Pro-Alívio – arginina a 8% associada ao carbonato de cálcio e monofluorfosfato de sódio) na prevenção de alterações da permeabilidade dentinária induzida por desafio ácido. MMaterial e Método 3 MATERIAL E MÉTODO ESTUDO I Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Odontologia de Araraquara, Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho”, (Protocolo #52/04). Seleção dos dentes A amostra do estudo consistiu de vinte e cinco terceiros molares humanos extraídos por razões cirúrgicas de pacientes jovens (idade média: 22 anos), obtidos no Banco de Dentes Humanos da Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP. As coroas clínicas foram seccionadas e somente o segmento radicular foi utilizado (n=5 para cada grupo). Como critério de seleção, os dentes deveriam apresentar a superfície radicular íntegra, principalmente no terço cervical. Dentes com restaurações, lesões de cárie e lesões de abrasão ou erosão foram excluídos. Os meios de estocagem e armazenagem foram trocados semanalmente, minimizando a deterioração. Os dentes com um mês, mas não mais que seis meses após a extração, foram selecionados. Preparo dos dentes Uma fresa cilíndrico-cônica (nº 3203 KG Sorensen) em alta rotação, sob refrigeração foi utilizada para confeccionar dois sulcos paralelos entre si na face mais plana da superfície radicular de cada um dos elementos dentais. O primeiro sulco foi confeccionado ao nível da junção amelocementária com profundidade correspondente à metade do diâmetro da fresa (Figura 1A) e outro, aproximadamente, 4 mm apical ao primeiro sulco (Figura 1B). Em seguida, com a mesma fresa, foi realizada a união dos sulcos para remoção do cemento e exposição da dentina na área previamente delimitada (Figura 1C). Com a utilização de um disco diamantado dupla face em baixa rotação (KG Sorensen), um corte transversal foi realizado acima da junção amelocementária, dividindo o elemento dental em dois fragmentos (Figura 2A e 2B). Apenas o fragmento contendo a porção radicular foi utilizado nas demais etapas do experimento (Figura 2C). Em seguida, foi realizada abertura da câmara pulpar com auxílio de uma broca cilíndrico-cônica 3071 (KG Sorensen) (Figura 3A e 3B) e o tecido pulpar foi cuidadosamente removido com limas Hedströem (Maillefer, Dentsply®, Tulsa, Oklahoma, EUA) (Figura 3C), sendo posteriormente, adaptados em suportes confeccionados com resina acrílica e a uma cânula de aço inoxidável de aproximadamente 3 cm de comprimento, cujo diâmetro era compatível com o tubo de polietileno (18 gauge) (Figura 4A e 4B) usado no sistema para determinar a permeabilidade dentinária. O vedamento do fragmento, assim como da cânula, com a base de acrílico foi realizado com um adesivo à base de cianoacrilato. Todo o fragmento radicular, com exceção da área de dentina exposta, foi coberto com esmalte de coloração preta (Figura 5A e 5B). Após a secagem do esmalte, as amostras foram armazenadas em água destilada para evitar o seu ressecamento. FIGURA 1 - Preparo das amostras. A) Sulco na JEC. B) Sulco 4 mm abaixo a JAC. C) União dos sulcos. FIGURA 2 - A) Remoção da Coroa; B) Separação da coroa e raiz; C) Porção radicular. FIGURA 3 - A) e B) Abertura da câmara pulpar; C) Remoção do tecido pulpar. FIGURA 4 - A) e B) Adaptação do espécime a suportes confeccionados com resina acrílica e a uma cânula de aço inoxidável. FIGURA 5 - A) e B) O fragmento radicular, com exceção da área de dentina exposta, foi coberto com esmalte de coloração preta. Após o preparo, os espécimes foram aleatoriamente distribuídos em 5 grupos (n=5), de acordo com a bebida ácida a qual estes foram imersos. O pH das bebidas foi medido a temperatura ambiente antes de cada teste: Suco de laranja (ácido cítrico): 3,35; Coca-Cola (ácido fosfórico): 2,45; vinagre (ácido acético): 2,47; vinho branco (ácido tartárico): 3,35 e suco de limão (ácido cítrico): 2,10. Cada espécime foi conectado ao dispositivo para a medição da permeabilidade dentinária radicular após cada um dos seguintes estágios sequenciais: Estágio 1: aplicação tópica de ácido fosfórico a 37% sobre a superfície dentinária durante 30 segundos, com a finalidade de se obter permeabilidade máxima (100%), seguido por lavagem com água destilada (Figura 6A). Estágio 2: Raspagem e alisamento radicular com cureta Gracey 5-6 (50 movimentos - Millenium®; Golgran Ind. Com. de Instrumentos Odontológicos Ltda, São Paulo, SP, Brasil) para criar smear layer, em seguida, lavagem com água destilada (Figura 6B). Estágio 3: Espécimes foram imersos em 5 mL de bebida ácida por 5 minutos (suco de laranja, coca-cola, vinagre, vinho branco e suco de limão), em seguida, lavagem com água destilada (Figura 6C). Estágio 4: Escovação utilizando escova sônica e água destilada durante 3 minutos, seguida por lavagem com água destilada (Figura 6D). Estágio 5: Escovação com 0,5 g de dentifrício (citrato de potássio a 5% - Colgate Sensitive®; Colgate-Palmolive Ind. E Com. Ltda., São Paulo, SP, Brasil) e escova sônica, durante 3 minutos, em seguida, lavagem com água destilada (Figura 6D). FIGURA 6 - Estágios sequenciais para avaliação da permeabilidade dentinária: A) Estágio 1: aplicação do ácido fosfórico; B) Estágio 2: raspagem da área de dentina exposta para criar smear layer; C) Estágio 3: desafio ácido por 5 min; D) Estágio 4: escovação; Estágio 5: escovação associada a dentifrício. Avaliação da Permeabilidade dentinária Para a avaliação da permeabilidade dentinária, os segmentos radiculares foram conectados a um sistema contendo um béquer com água destilada no interior de uma panela de pressão adaptada para receber pressão de um cilindro de nitrogênio (Figura 7). O líquido presente no béquer sai da panela através de um tubo de polietileno, passa por um microcapilar de vidro, e novamente, por meio de um tubo de polietileno atinge o espécime, o qual se encontra na extremidade final do sistema. Ao atingir a amostra, o líquido é forçado a sair para a superfície externa, ou seja, pela área de dentina previamente exposta e que não foi vedada pelo esmalte preto. O registro do deslocamento linear de uma bolha de ar no microcapilar por meio de uma régua milimetrada possibilita a determinação do fluxo de líquido por minuto, ou seja, o deslocamento da bolha é convertido em F = fluxo, em μL/min D = deslocamento da bolha, em mm t = tempo , em min deslocamento de volume (μl/minuto). Baseado no diâmetro (25 μl) e no comprimento (65 mm) do microcapilar , pode-se calcular o fluxo de líquido pela seguinte fórmula: A bolha de ar é inserida no sistema pela simples desconexão e re- conexão da amostra do tubo de polietileno e uma seringa é usada para ajustar a posição da bolha no microcapilar. A pressão utilizada para forçar a saída do líquido através da dentina foi de 10 psi. Essa pressão foi constante durante todo o experimento, sendo a mesma controlada por um regulador de pressão adaptado no cilindro de nitrogênio. FIGURA 7 - Sistema utilizado para a determinação da permeabilidade dentinária. A condutibilidade hidráulica foi expressa como uma porcentagem do valor máximo para cada espécime. Portanto, cada espécime foi considerado seu próprio controle. ESTUDO II Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de odontologia de Araraquara, Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho”, (Protocolo #34/10). Preparo dos espécimes de dentina Vinte e quatro terceiros molares extraídos, livres de cárie e previamente estocados em solução salina, foram utilizados no estudo. Uma fresa cilíndrico-cônica em alta rotação, sob refrigeração foi utilizada para confeccionar dois sulcos paralelos entre si (0,5 mm de profundidade) sobre as superfícies radiculares de cada dente (Vestibular e Lingual): um sulco foi realizado na junção cemento-esmalte (Figura 1A) e o outro, 4 mm apical ao primeiro (Figura 1B). Em seguida, com a mesma fresa, foi realizada a união dos sulcos para remoção do cemento e exposição da dentina na área previamente delimitada (Figura 1C). Com a utilização de um disco diamantado um corte transversal foi realizado acima da junção amelocementária, com a finalidade de remover a coroa. Dois blocos de dentina, com aproximadamente 3x5 mm (Figura 8), foram obtidos de cada dente, um da superfície vestibular e outro da superfície lingual, obtendo-se um total de 48 espécimes. FIGURA 8 - Espécime de dentina com aproximadamente 3x5 mm. Metade da área de cada espécime foi protegida com uma fita sem a presença de resíduos (a qual não contamina a superfície dentinária), para que a outra metade fosse coberta com uma fina camada de esmalte ácido resistente (esmalte transparente para unhas, Revlon, Manchester, Reino Unido). Esta camada protegida pelo esmalte de unha serviu para proteger a superfície radicular sadia como área controle antes da exposição a solução desmineralizadora (suco de laranja). Após a aplicação do esmalte na área controle, a fita foi removida, e esta metade do espécime foi considerada a superfície teste. Durante as avaliações, os espécimes foram mantidos em 1 mL de água destilada. Antes das avaliações por meio de QLF e OCT, os espécimes foram secos por 10 segundos, utilizando seringa tríplice fixada a 10 cm de distância da superfície dentinária. Previamente aos tratamentos os espécimes foram estocados em saliva artificial por 1 dia antes da primeira avaliação utilizando as técnicas de QLF, OCT e Microdureza Knoop (Baseline). Tratamento Cada espécime de dentina foi imerso em dentifrício (300 mg/mL) durante 3 minutos em temperatura e pH controlados sob constante agitação, utilizando um agitador magnético (IKA® C-MAG MS10, IKA® Werke GmbH & Co.KG/ Alemanha). Os seguintes grupos foram testados: - Grupo 1 – Controle Negativo (Volvic®, Água Mineral, pH 7.8). - Grupo 2 – 5000F: Duraphat®5000 toothpaste (Colgate Palmolive – 5000ppm de Flúor, pH 8.3) (Figura 9). - Grupo 3 - Arginina: Colgate ProAlívio® (Colgate Palmolive – 8% de arginina e carbonato de cálcio, pH 8.8) (Figura 10). FIGURA 9. Dentifrício utilizado para o tratamento dos espécimes do Grupo 2. FIGURA 10 - Dentifrício utilizado para o tratamento dos espécimes do Grupo 3. Após o tratamento, os espécimes foram cuidadosamente lavados com água destilada (15 mL). As avaliações por meio de OCT, QLF e Microdureza Knoop foram realizadas novamente. Ciclos de Erosão (Intervalos de desafio ácido) Após o tratamento, os espécimes foram suspensos em dois béqueres por meio de hastes de plástico. Oito espécimes foram suspensos em cada béquer de 1L, contendo 600 mL de suco de laranja (Sainsbury’s® Orange Juice, Manchester, Reino Unido) (pH 3.72±0.03) (Figura 11A, 11B, 11C). O suco de laranja foi gentilmente agitado por meio de um agitador magnético (IKA® C- MAG MS10, IKA® Werke GmbH & Co.KG/ Alemanha) durante 15 minutos (Figura 11C). Os espécimes foram removidos do suco de laranja e cuidadosamente lavados com 15 mL de água destilada, removendo o excesso de ácido presente na superfície. FIGURA 11 - A) Espécimes mantidos em cassetes durante as fases de tratamento e exposição à bebida ácida. B) Espécimes suspensos em um béquer por meio de hastes plásticas. C) Espécimes suspensos no suco de laranja durante a fase de desafio ácido sob agitação. No grupo controle, os espécimes foram mantidos em 600 mL de água mineral não-carbonatada (Volvic®, Danone Ltd, Manchester, UK) sob 3 minutos de constante agitação. Uma água mineral não-carbonatada foi utilizada devido a esta não provocar efeitos demineralizantes ou remineralizantes sobre a dentina40. As medidas (microdureza Knoop, OCT e QLF) foram realizadas durante 5 dias (dia 1 – Baseline; após tratamento com dentifrício e após desafio ácido; dias 2-5 – após tratamento com dentifrício e após desafio ácido) (Fluxograma 1). O suco de laranja foi trocado a cada 15 minutos de desafio ácido. FLUXOGRAMA 1 - Desenho experimental do estudo. Ciclo 1 – passos do 1 ao 7. Ciclos 2 – 5: iniciaram-se no passo 4. Armazenamento dos espécimes Os espécimes foram incubados durante a noite (10 horas) em 5 mL de saliva artificial entre cada ciclo, com temperatura e pH controlado. A composição da saliva artificial usada foi: 1.5 mmol/l Ca(NO3)2 4H2O; 0.9 mmol/l Na2HPO4 2H2O; 150 mmol/l KCl; 0.02 mol/l H2NC(CH2OH)3 (TRIS); 0.05 μg/ml NaF, pH 7.0. Microdureza Knoop As medidas de microdureza foram realizadas utilizando um microindentador de diamante (microindentador Knoop) (Figura 12A, 12B, 12C, 12D) sob uma força de 10 g aplicada por 5 segundos (Microhardness Tester FM- 700; Future-Tech Corporation, Japão) 17. Os espécimes foram posicionados com a superfície plana voltada ao microindentador e fixados de forma reprodutível e com a visão precisa do microindentador (Figura 12C). Uma área de superfície de aproximadamente 1 x 1 mm2 que está perpendicular a direção de carga do penetrador foi identificada na área de dentina exposta (metade do espécime exposta ao tratamento e desafio ácido). Três indentações foram realizadas em cada espécime durante cada ciclo de tratamento e desafio ácido na área identificada. Os valores de Microdureza Knoop foram calculados e valores médios foram obtidos15. Resultados da mudança de microdureza (SMC) foram calculados baseados nas diferenças entre a microdureza inicial (Baseline) e os intervalos de tempo subsequentes (dados normalizados). O SMC foi calculado: SMC = (Kb – Kd) Kb onde Kb é o número médio de microdureza Knoop no Baseline e Kd o número médio de microdureza Knoop após desmineralização. Os espécimes foram estocados em água destilada entre as avaliações para mantê-los constantemente hidratados, considerando que a dentina seca pode causar mudanças na dureza e contração dos tecidos10. Tomografia de Coerência Óptica (OCT) Um sistema OCT (Tomografia de Coerência Óptica) comercialmente disponível (OCS1300SS, Thorlabs Ltd, UK) foi utilizado para capturar imagens FIGURA 12 – Microdurômetro utilizado para medir a microdureza Knoop. A- Câmera; B- Observação da indentação e posicionamento das linhas de medição da Microdureza Knoop; C- Posicionamento do espécime; D- Valores de Microdureza Knoop (HK). seccionais da área de dentina exposta a tratamento com dentifrício e desafios ácidos. O OCS1300SS usa uma tecnologia de domínio Fourier para geração de imagens de mais alta definição a uma velocidade de varredura muito superior. Esta tecnologia apresenta uma banda larga de frequência de varredura a laser com saída centrada em 1325 μm. Apresenta uma resolução axial de 9 mm e resolução transversal de 15 mm. A peça de mão foi montada, com a finalidade de manter o dispositivo estável (Figura 13). Os espécimes foram colocados perpendicularmente à peça de mão (Figura 13). O dispositivo foi posicionado de forma a permitir o reposicionamento da amostra e alinhamento durante os diferentes intervalos de avaliações (ciclos de tratamento e desafios ácidos). FIGURA 13 - Peça de mão montada, com a finalidade de manter o dispositivo estável e espécimes colocados perpendicularmente à peça. O feixe de luz do OCT foi configurado para digitalizar um comprimento de 5 mm na direção do eixo x e uma profundidade axial de 3 mm. A coordenada X e Y do feixe de luz para cada espécime foi anotada em todos os intervalos de tempo avaliados. Para permitir o reposicionamento do espécime, uma distância de 3.0 ± 0.1 mm era estabelecida entre a área mais convexa da superfície deste ao topo da margem da imagem exibida no software (Figura 14). A variação dinâmica da luz do OCT foi mantida ao redor de 20-30 decibéis (dB). O ruído presente nas imagens era removido antes da captura de cada uma delas. FIGURA 14 - Espécime de dentina visualizado por meio do monitor. Um programa personalizado MATLAB (MathWorks, California, US) foi usado para analisar as mudanças de intensidade da luz retroespalhada do OCT com o tempo (Figura 15). Os B-scans de cada espécime obtidos em cada avaliação foram alinhados e uma região de interesse similar foi selecionada para todos os intervalos de tempo avaliados (16 A-scans em cada espécime). FIGURA 15 - Imagem capturada pelo OCT após 15 minutos de desafio ácido (grupo controle). A) Área de referência (esmalte ácido-resistente) e B) Área submetida aos ciclos de tratamento e de desafio ácido com as regiões selecionadas para serem avaliadas; C) Área de referência (esmalte ácido-resistente) e D) Área submetida aos ciclos de tratamento e desafio ácido – visão de topo; E) Área de referência (esmalte ácido-resistente) e F) Área submetida aos ciclos de tratamento e desafio ácido – visão lateral. Após a normalização dos dados, uma curva de intensidade da profundidade resolvida foi então gerada. A atenuação ou a extinção (At) da intensidade de luz retroespalhada na área desmineralizada é representada pela função abaixo: At = Isubsuperfície Isuperfície Isubsuperfície é a intensidade de luz retroespalhada no nível subsuperficial, o qual não é afetado pela desmineralização (50 pixels abaixo a superfície do espécime). Isuperfície é a intensidade de luz retroespalhada no nível superficial, o qual sofreu desmineralização (10 pixels abaixo da superfície da dentina) (Figura 16). FIGURA 16 - Desenho esquemático das regiões a serem avaliadas pelo OCT. Superfície (10 pixels) e subsuperfície (50 pixels) em uma área de 512 pixels. Fluorescência induzida por luz quantitativa (QLF) Um conjunto QLF foi empregado. Este consistiu de diodos emitindo luz azul em um anel iluminador e uma câmera colorida CCD acoplada com um filtro amarelo. Lentes com comprimento focal de 50 mm e tubo de extensão de 20 mm foram usadas para capturar um campo de visão de aproximadamente 330 mm por 450 mm. As imagens foram capturadas em uma caixa preta evitando a interferência de qualquer tipo de luz por meio de software apropriado (Esquema 1). Propriedades ótimas de luz tais como fator de ganho e brilho foram determinados após a obtenção de histogramas dos valores de pixel do canal verde. Estas propriedades foram mantidas para todos os espécimes durante os ciclos de avaliação para assegurar que saturação de sinal não ocorreram até o final do estudo. Após a normalização dos dados pelos valores encontrados no Baseline, a perda de intensidade de fluorescência verde, ∆F, na área de dentina exposta comparada a área de dentina coberta foi calculada da seguinte forma: ∆F = F(NC) – F(C) sendo F(NC) a intensidade de fluorescência verde na área exposta (“não coberta” com esmalte ácido-resistente) e F(C) a intensidade de fluorescência verde na área de dentina protegida por esmalte ácido-resistente (controle) (Figura 17 e 18A e 18B). FIGURA 17 - Desenho esquemático da área teste (F(NC) – Intensidade de fluorescência na região exposta aos desafios ácidos); e área controle (F(C) – Intensidade de fluorescência na superfície coberta por esmalte ácido-resistente). FIGURA 18 - A) Área de referência coberta com esmalte ácido-resistente; B) Área submetida aos ciclos de tratamento e desafio ácido. ESQUEMA 1 - Especificações do QLF (Fluorescência de Luz Quantitativa) empregado no estudo. ESTUDO III Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de odontologia de Araraquara, Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho”, (Protocolo #60/10). Preparo das amostras O preparo das amostras foi realizado seguindo os mesmos passos do Estudo I (Páginas 33 e 34; Figuras 1, 2, 3, 4 e 5) 32. Grupos Experimentais Os espécimes foram aleatoriamente distribuídos dentro de 3 grupos (n=10), de acordo com o tipo de tratamento: - Grupo 1 (Controle Negativo): Água Destilada. - Grupo 2 (5000 F): Dentifrício Duraphat® 5000 (Colgate Palmolive – 5000ppm de Flúor). - Grupo 3 (Arginina): Colgate Pro-Alívio® (Colgate Palmolive – 8% de arginina, carbonato de cálcio). O tratamento dos espécimes foi conduzido seguindo as instruções do fabricante. A área de dentina exposta foi cuidadosamente escovada com 3 g de dentifrício por 1 minuto. O dentifrício Duraphat®5000 contém 5 mg de flúor em 1 g de dentifrício. Para o grupo controle, a área de dentina exposta foi escovada com água destilada por 1 minuto. Após o tratamento, os espécimes foram cuidadosamente lavados com água destilada (15 mL). Intervalo de desafio ácido Imediatamente após o tratamento, os espécimes foram mantidos em um suco de laranja comercialmente disponível (Laranja caseira, Minute Maid Mais, Coca Cola®, SP, Brasil) (pH 3.80±0.04). O suco de laranja (15 mL) foi gentilmente agitado durante 5 minutos com auxílio de um agitador (Fisher Scientific®). Os espécimes foram removidos da bebida ácida e cuidadosamente lavados com 15 mL de água destilada com a finalidade de remover o excesso de ácido presente na superfície de dentina exposta. O pH do suco de laranja foi medido a temperatura ambiente antes da realização do desafio ácido. Avaliação da Permeabilidade Dentinária Foi realizada de acordo com o estudo I 32. No entanto, os estágios de avaliação seguiram o modelo citado abaixo (avaliação da permeabilidade foi realizada após cada estágio): Estágio 1: Baseline. Permeabilidade dentinária foi medida antes do condicionamento ácido com a finalidade de observar se o ácido fosfórico foi capaz de abrir túbulos dentinários. Estágio 2: aplicação tópica de ácido fosfórico a 37% sobre a superfície dentinária durante 30 segundos, com a finalidade de se obter permeabilidade máxima (100%), seguido por lavagem com água destilada (Figura 19A). Estágio 3: Escovação usando escova sônica (Colgate Palmolive 360o, Colgate Palmolive, SP, Brasil) de acordo com os grupos experimentais (Figura 19B). Estágio 4: espécimes foram imersos em 15 mL de suco de laranja (Minute Maid Original, The Coca-Cola Company, Sao Paulo, SP, Brasil), por 5 minutos sob agitação, e lavados com água destilada (Figura 19C). FIGURA 19 - A) Estágio 2: Aplicação de ácido fosfórico a 37%; B) Estágio 3: Tratamento seguindo os grupos experimentais; C) Estágio 4: desafio ácido com suco de laranja. A condutância hidráulica foi expressa como uma porcentagem do valor máximo para cada espécime. Portanto, cada espécime foi considerado como seu próprio controle com a finalidade de analisar o efeito preventivo do dentifrício seguido por desafio ácido. CCapítulo 1 AArtigo publicado na Brazilian Dental Journal X x x x x x CCapítulo 2 AArtigo a ser submetido – Caries Research In vitro assessment of quantitative optical methods for assessing early dentine erosion progression and the evaluation of preventive treatments S.C.S. Pintoa, C.M. Zakianb, H.P. Chewc, I.A. Prettyb, R.P. Ellwoodb, J.E.C. Sampaioa. aDepartment of Oral Diagnosis and Surgery, Sao Paulo State University, Araraquara Dental School, Sao Paulo, Brazil. bColgate Palmolive, Dental Health Unit, The University of Manchester, Manchester, United Kingdom. cDepartment of Conservative Dentistry, Faculty of Dentistry, University of Malaya, Kuala Lumpur, Malaysia. Detection and treatment of Dentine erosion: An In vitro Study. Key Words Dentine erosion • Surface microhardness test • Quantitative Light Fluorescence • Optical Coherence Tomography • Fluoride Toothpaste Corresponding author: Dr. Christian M. Zakian, BSc, PhD Research Fellow The Dental Health Unit, 3A Skelton House Manchester, Manchester Science Park, Manchester M15 6SH Tel: 0161 226 12 11. Fax: 0161 232 4700 E-mail: christian.zakian@manchester.ac.uk Declaration of Interests: Roger Philip Ellwood is an employer from Colgate Palmolive. Abstract The aim of the present study was to test two techniques for dentine erosion assessment and the impact of different toothpastes on the prevention of early erosion. Dentine de- and remineralization were evaluated through Surface Microhardness (SMH) and compared to Quantitative Light-induced Fluorescence (QLF) and Optical Coherence Tomography (OCT). Human dentine specimens were treated with toothpaste or mineral water (control group) followed by an erosive challenge and storage overnight in artificial saliva. These procedures were performed over 5 days. For the control group, toothpaste treatment was excluded. The following two dentifrices were tested: Duraphat® 5000 (5000 ppm Fluoride) and Colgate ProRelief® (8% arginine plus calcium carbonate and 1450 ppm Fluoride). All groups have shown a progressive decrease of SMH and increasing of scattering for OCT, indicating mineral loss and the tested toothpastes demonstrated significantly less softening than control group. No statistical significant among groups were found for QLF. SMH was able to detect statistical differences between the toothpaste treatment and a higher preventive effect was found with the 5000 ppm treatment. Thus, SMH and OCT techniques were able to detect a protective effect when toothpaste slurries were used prior the acid challenge in vitro. Introduction Epidemiological studies suggest that the prevalence and incidence of pathological tooth wear (TW) is increasing [Dugmore and Rock 2003; Sanhouri et al., 2010]. The aetiology of the spectrum of TW presentations is complex but early detection, therapeutic interventions to prevent further tooth wear, and education to minimize causative factors are key to preventing the condition becoming a significant problem later in life [Lussi et al., 2008; Hornby et al., 2009]. Clinical assessment and monitoring of dental erosion in vivo is challenging [Huysmans et al., 2011]. A number of clinical indices have been proposed [Bartlett, Ganss and Lussi 2008; Margaritis et al., 2011] but these are unlikely to be sensitive enough to quantify erosion with sufficient sensitivity to allow comparison of different treatments [Margaritis et al., 2011]. It is possible that some of the techniques predominantly employed for the assessment of dental caries such as Quantitative light- induced fluorescence (QLF) and Optical coherence tomography (OCT) may also have utility for the assessment for erosion both in vivo and in vitro. Quantitative light-induced fluorescence (QLF) is a visible light system that allows detection of early caries and the longitudinal monitoring of changes over time [Stookey 2004, Pretty 2006]. Previous studies have reported a direct relationship between the mineral content of the enamel with its optical properties, particularly fluorescence loss measured by QLF [Stookey 2004, Pretty et al., 2003]. Optical coherence tomography is a high-resolution non-destructive optical technique [Brezinski 2006]. It produces cross-sectional images of internal biological structures, employing near-IR low-coherence light, to obtain images at a depth of 1-2 mm in scattering tissues such as human dentine [Lee et al., 2009]. Therapeutic approaches for the control of enamel and dentine erosion are also clearly important. Studies have evaluated the use of fluoride to protect dental tissues from an acid challenge. Formation of fluorappatite will reduce enamel and dentine solubility [Saxegaard and Rölla 1988] and it has been suggested that the use of toothpaste with high fluoride concentration may reduce tooth erosion [Diamanti et al., 2010]. However, conflicting results were obtained from different experimental conditions and study designs [Hornby et al., 2009; Magalhães et al., 2008; Wang et al., 2011]. The addition of calcium carbonate to sodium monofluorophosphate toothpaste has been shown to reduce demineralization and enhance remineralisation [Cury et al., 2005]. A new toothpaste formulation based upon 8% arginine, calcium carbonate, and 1450ppm fluoride as sodium monofluorophophate has been developed and validated as a highly effective treatment for dentine hypersensitivity [Cummins 2009; Petrou et al., 2009]. The mode of action relies on the precipitation of calcium and phosphate containing material on the tooth surface and it is possible that this layer may also afford some protection against acid erosion. The aims of the present in vitro study were to compare novel detection methods (OCT and QLF), as well as to evaluate a high fluoride toothpaste (Duraphat™5000 ppm Fluoride Toothpaste) and a 8% arginine, calcium carbonate, sodium monofluorophosphate toothpaste (Colgate Sensitive Pro-Relief™) as a possible preventive treatment for dentine erosion. Material and Methods Preparation of Dentine Specimens Twenty-four extracted, caries free human third molars previously stored in normal saline were used in the study. A high-speed cylindrical diamond bur (KG Sorensen, Barueri, SP, Brazil) was used under copious irrigation to make two parallel grooves 0.5mm deep on the root surfaces of each tooth (buccal and lingual): one at the cementoenamel junction and the other 4 mm apical to the first. The area between the two grooves was flattened with the same bur [Leite et al., 2010] leading to remove of cementum and dentine exposure. The roots were then cut in the first groove in order to remove the crown. Two dentine blocks, approximately 3x5 mm, were obtained from each tooth, one from the buccal and one from the lingual surface, obtaining a total of 48 specimens. One half of the exposed surface was protected with a non-residue masking tape while the other half was coated with a thin layer of acid resistant varnish, transparent nail polish (Revlon, Manchester, UK), that served to protect the sound root as the control area before exposure to the demineralization solution. After the application of the varnish was completed, the masking tape was removed to leave that half to be exposed to the acid- challenge intervals. During the evaluations, specimens were kept in 1ml of distilled water. The specimens were air dried for 10 seconds with compressed air fixed at 10 cm from the teeth before QLF and OCT assessment. Baseline: Specimens were stored in artificial saliva for 1 day before evaluating in QLF and OCT techniques and surface microhardness measurements recorded (Figure 1). Treatment Each dentine specimen was immersed in toothpaste (3 g toothpaste/ 10 ml distilled water, in a total of 153 g toothpaste/ 510 ml distilled water) for 3 min at temperature and pH controlled under constant stirring on a magnetic stirrer (IKA™ C- MAG MS10, IKA™ Werke GmbH & Co.KG/ Germany). The following groups were tested: - Group 1 - Control: Negative Control (Volvic™, Mineral water, pH 7.8) - Group 2 – 5000F: Duraphat™5000 toothpaste (Colgate Palmolive – 5000ppm Fluoride, pH 8.3). - Group 3 - Arginine: Colgate Pro-Relief™ (Colgate Palmolive – 8% arginine, calcium carbonate, pH 8.8). After treatment, the specimens were carefully rinsed with distilled water (15 ml). The OCT, QLF and SMH evaluations performed again. Erosion-cycle (Acid-challenge intervals) Specimens were suspended with plastic rods in a commercially available orange juice (Sainsbury’s® Orange Juice, Manchester, UK) (pH 3.72±0.03). Two 1-litre beakers were used with eight specimens suspended in 600 ml of orange juice in each beaker, and the orange juice was gently stirred with a magnetic stirrer (IKA™ C-MAG MS10, IKA™ Werke GmbH & Co.KG/ Germany) for 15 minutes. The specimens were removed from the orange juice and carefully rinsed with 15 ml of distilled water to remove acid excess from the surface. For the negative control group, specimens were kept in 600 ml of a non- carbonated mineral water (Volvic™, Danone Ltd, Manchester, UK), since it cannot provoke neither de- or remineralizing effects [Shellis 1988], under 3 min of constant stirring. The measurements were performed during 5 days (day 1- baseline; after treatment and after erosion; day 2-5- after treatment and after erosion). The orange juice was changed after every 15 minutes of erosion. Storage overnight The specimens were incubated overnight (10 hours) in 5 ml artificial saliva among each cycle, with temperature and pH controlled. The composition of the artificial saliva prepared was: 1.5 mmol/l Ca(NO3)2 4H2O; 0.9 mmol/l Na2HPO4 2H2O; 150 mmol/l KCl; 0.02 mol/l H2NC(CH2OH)3 (TRIS); 0.05 μg/ml NaF, pH 7.0 [Vieira et al., 2005]. Surface Microhardness Surface Microhardness measurements were performed with a Knoop diamond under a force of 10 g applied for 5 seconds (Microhardness Tester FM-700; Future-Tech Corporation, Japan) [Hara et al., 2003]. The teeth were place flat on the translation stage and fixed at a reproducible position with the precision view of the micro-indentor. A surface area of approximately 1 x 1 mm2 that is perpendicular to the direction of the load of the indenter was identified at the uncoated half of the dentine window for indentation. Three indentations were made on each specimen during each measurement time point at the identified area. The Knoop numbers (K) were calculated and averaged [de-Melo et al., 2010]. The outcome of surface microhardness change (SMC) was calculated based upon the differences between the surface microhardness of at baseline and the subsequent time intervals (normalized data). The SMC was calculated as: SMC = (Kb – Kd) Kb with Kb as the mean Knoop microhardness number at baseline and Kd as the mean Knoop number after demineralization. Specimens were stored in distilled water among the assessments to keep them constantly hydrated, as drying of the dentine would cause changes in hardness and contraction [Chu and Lo 2008]. Optical Coherence Tomography (OCT) A commercially available OCT system (OCS1300SS, Thorlabs Ltd, UK) was used to capture cross sectional images of the eroded dentine area. The OCS1300SS uses the Fourier Domain technology and incorporates a broadband, frequency swept laser and the output centered at 1325µm. It has an axial resolution of 9 µm and transverse resolution of 15 µm in air. The hand probe was mounted on a ‘stand’ with the beam facing downwards. The specimens were placed on a translational stage perpendicular to the hand probe. The stage was fixed with a repositioning jig that enables the sample to be repositioned to the same position and alignment during the different measuring time point. The OCT light beam was configured to scan a length of 5mm at x-axis direction and an axial depth of 3mm. The y-axis position of the light beam on the tooth surface was located at a cross section with the least observed specular reflection. The X and Y coordinate of the light beam for each specimen was recorded for replication at all the measuring time points. The distance of the specimen surface to the probe was determined using the most convex area at 3.0 ± 0.1 mm from the top margin in the displayed window of the image capture software. The dynamic range of the OCT light was maintained to be around 20 – 30 decibels (dB). The background noise was removed before the acquisition of each image. A customized MATLAB-generated program (MathWorks, California, US) was used to analyse the changes of the intensity for OCT backscattered light in time (Figure 2). The B-scans of each sample from the different measuring time points were aligned and a similar region of interest was selected for all measuring time points (16 A-scans in each specimen). After normalization of the data, a mean depth-resolved intensity curve was then generated. The attenuation or extinction (At) of the intensity of the backscattered light at the demineralized area is represented by the function below At = Isubsurface Isurface Isubsurface is the intensity of backscattered light at a subsurface level which is not affected by demineralization (50 pixels below of dentine surface). Isurface is intensity of backscattered light at a superficial level where demineralisation occurred (10 pixels below of dentine surface). Quantitative Light-induced Fluorescence (QLF) A bespoke QLF set up was employed. The set-up consisted of blue light-emitting diodes in a ring illuminator casing and a 3-charged coupled device (CCD) colour camera installed with a long-pass yellow filter. A 50 mm focal length-imaging lens with a 20 mm extension tube was used to capture a field of view of approximately 330 mm by 450 mm. The images were taken in a dark enclosure and the capturing of the images was done via bespoke software. Optimum lighting properties such as the gain factor and brightness were determined after obtaining histograms of the pixel value of the green channel for all samples before subjected to erosion to ensure that saturation of signal did not occur towards the end of the study. After the data normalization by baseline, the loss of intensity of green fluorescence, ∆F, at the non-coated area as compared to the coated area (Figure 3) was calculated as follows: ∆F = F(NC) – F(C) With F(NC) as the intensity of green fluorescence at the non-coated area and F(C) the intensity of green fluorescence at the coated area. Statistics The primary outcome variables were the change in Knoop Hardness Number (SMH, gold standard), Quantitative Light Fluorescence (QLF) and Optical Coherence Tomography (OCT) during the demineralization/remineralization cycles. Histograms showed a normal distribution of the data. Comparison among the time periods for each technique was undertaken using ANOVA with Repeated Measures Test, as these values are dependent. The groups were compared in each time period using One-Way ANOVA. These tests were performed using SPSS version 19.1 (SPSS Inc., IBM Company, United States). Results Microhardness Mean and standard deviation values of surface microhardness SMH in sound and following pre-softeningas well as during the cycles are given provided in Table 1. It shows that, at the end of the cycles (5 days of treatment and erosive challenge - once per day) all groups presented lower values compared to their corresponding pre-softened readings. As expected, Group 1 - Control presented a higher decrease of SMH values, revealing more dentine mineral loss than Groups 2 – 5000F and 3 - Arginine due to their exposure to citric acid at different time intervals. A statistically significant difference from Baseline was observed for all time intervals in Group 1 and Group 3. For Group 2, this difference was observed at 45 min acid challenges interval and onwards (Repeated measures ANOVA, p<0.05) (Figure 2). The statistical analysis revealed significant differences (One-way ANOVA, p< 0.05) between groups for each time point. Group 2 – 5000F was able to prevent dentine erosion better than Group 3 - Arginine, however after 45 min in erosion both groups did not show statistical differences (Figure 4). Quantitative Light-induced Fluorescence (QLF) Table 1 gives an overview of mean and standard deviation of QLF metrics measured at each cycle. No statistically significant differences were found when a comparison among time intervals was evaluated (Repeated Measures ANOVA, p<0.05). Comparison among groups for each time intervals revealed greater erosive effect for Group 1- Control than Group 2- 5000F and 3- Arginine after 15 min stirring in orange juice. No statistical significant differences were found among groups for the remaining time intervals (Figure 5). Optical Coherence Tomography (OCT) Table 1 shows mean values and standard deviations of optical coherence tomography measurements at each cycle of evaluation. It shows that, at the end of the cycles, Groups 1- Control and 3- Arginine presented lower values compared to their corresponding pre-softened readings. No statistically significant differences were found between baseline and after erosion on the last cycle (cycle 5) for Group 2- 5000F and 3- Arginine (ANOVA with repeated measures, p>0.05). Comparison among the time intervals showed significant more scattering after 75 min of orange juice exposure for Group 1. Group 1 also presented statistically significant differences comparing baseline with 15 min, 30 min, 60 min and 75 min of acid- challenge. However, no differences have been shown among the acid-challenge intervals (evaluations after orange juice exposure) (Figure 6). Demineralization was most severe in the Group 1 – Control. No significant differences were found between the toothpaste groups. Comparison among techniques The relation among techniques was analysed comparing the statistical differences among groups and among time intervals for each group. SMH and OCT data showed similar trend over time. However, after the first erosive challenge, OCT was not able to detect significant differences of scattering in each time interval. QLF and SMH data were not able to demonstrate the same similarity than OCT and SMH. SMH was considered the gold standard, since this methodology has been shown a successful technique to analyse dental erosion in previous researches [Lussi et al., 2008; Lussi et al., 2011; Bertassoni et al., 2011]. Discussion The purpose of this study was to determine whether quantitative light-induced fluorescence (QLF) and optical coherence tomography (OCT) could be used to non- destructively assess dentine erosion on root surfaces, trying to find a method that could be applied in vivo. A further aim was to demonstrate whether the methodologies are able to detect if the lesions are less susceptible to erosive challenge after treated with two different toothpastes. In order to evaluate the utility of QLF and OCT to measure dentine erosion, SMH was used as a gold standard technique. SMH is a simple way to obtain accurate information about early erosion in vitro [Diamanti et al., 2010; Schlueter et al., 2011] and the measurements can be performed with either a Knoop or a Vickers diamond indenter. In the present study, a Knoop diamond indenter has been chosen, which is more sensitive to changes in the most superficial layer of an eroded lesion [Schlueter et al., 2011]. Although flattened polished surfaces are necessary for the accurate assessment using the microhardness technique [Schlueter et al., 2011], such surfaces have been shown to be more susceptive to acids challenge than natural, non polished, surfaces [Ganss et al., 2000]. Therefore, non-polished specimens were used in this study. Due to the small measurement area, the natural curvature of the tooth may not pose a particular problem for hardness measurements in this study design [Attin, 2006]. SMH and OCT data have demonstrated similar trend over time. Prior studies have shown that OCT presents a potential for quantitative estimation of dentine lesion depth and mineral loss [Natsume et al. 2011]. The present study demonstrated good agreement between techniques for the first measurements; however changes during time intervals for days 2, 3, 4 and 5 were not as evident for OCT. Despite SMH has been used extensively to test dental erosion, some limitations can also be demonstrated for this methodology. The indentations can be reduced in length by 30% 24 hours after indentation [Herkstroter et al., 1989], due to retraction of exposed matrix after compression and shrinkage due to desiccation, which may suggest that hardness is not the best method to test dentine erosion [Schlueter et al., 2011]. Trying to avoid this limitation, surface SMH was performed 3 hours after orange juice exposure and wet surfaces were used. Considering the experimental design proposed for this study, the time interval to perform the evaluation could not be more than 3 hours, since it was necessary to measure the dentine specimens 2 times per day. Larger indentations may explain the higher statistical significant differences found to SMHcompared to OCT in most of time intervals. Quantitative light-induced fluorescence was not able to show a relationship with SMH. Although QLF has been used as a successful technique to detect initial caries in enamel [Durmusoglu et al., 2011; Lippert et al., 2011], the same was not observed for dentine lesions. The measurement of enamel erosion has been demonstrated in enamel – but again not in dentine [Pretty et al., 2004]. Differences in optical properties between enamel and dentine may explain the results obtained when dentine erosion is measured by QLF. Dentine has a more complex structure, consisting of collagen-based organic matrix, minerals and tubules; hydroxyapatite crystals of dentine are smaller than those of enamel [Zolotarev and Grisimov 2001]. Furthermore, QLF can be affected to some extent by the wet or dry surfaces, by stains and fissure morphology [Ferreira Zandoná et al., 1998]. QLF traditionally monitors fluorescence loss following enamel demineralisation. While a number of mechanisms have been proposed for this each of them would suggest that, when considering the assessment of dentine, an increase in fluorescence would be noted. Given the high chance of image saturation the small differences seen in fluorescence gain in dentine samples may not be detected by the current QLF systems. The QLF results showed higher fluorescence (as predicted) after 75 min stirring in orange juice. These results also seemed to be affected by the reference area, which presented a loss of fluorescence over time. The presence of stains due to repeated exposure to orange juice in association with varnish might be an explanation for the decreasing of fluorescence in the reference area. Another explanation for the increasing of fluorescence may be related with the high collagen exposure after repeated exposure to acid challenges. Considering the mechanisms of QLF and the optical properties of dentine the QLF technique may not be a suitable means of measuring dentine erosion [Banerjee and Boyde 1998]. Due to the reported increase in the prevalence of dental erosion [Dugmore and Rock 2003; Sanhouri et al., 2010], approaches to control dentine erosion will become increasingly important. The study has tested two dentifrices as potential inhibitors of dentine erosion, Duraphat® 5000 (5000 ppm Fluoride) and ProRelief® (1450 ppm Fluoride) (Colgate Palmolive Ltd). Rios et al. [2008] have tested two concentrations of fluoride toothpaste (1,100 ppm and 5,000 ppm) in enamel erosion and no statistical significant differences were found between them. However, Diamanti et al. [2010] found higher preventive effect of dentine erosion for 5000ppm and 2800 ppm F than 1450 ppm F toothpaste. The dissimilarities in experimental parameters, such as different de- remineralization ratios and mineral content, distribution of initial artificial lesions (enamel or dentine), different periods of acids challenges and treatments may explain the different results reported to date in the literature. In agreement with previous studies [Magalhães et al., 2008; Diamanti et al., 2010], this current study has demonstrated that fluoride application is effective in increasing dentine’s resistance to erosive challenge. Surface adsorption and hetero-ionic exchange with surface hydroxyl ions are important mechanisms to fluoride uptake by apatite crystals [Diamanti et al., 2010]. In the present study, high and low fluoride concentrations were applied to partially demineralized dentine over a large surface, which provides a wide reactive area prior to each period of remineralization. It is known that fluoride can cause a marked inhibition of hard tissue dissolution by acid, if it is in sufficient concentration [Diamanti et al., 2010]. Besides fluoride, other dentifrice components have been considered for teeth wear treatment. The presence of calcium and calcium sources are also an important influence in the overall balance of dental re- and demineralization in erosive processes. Calcium carbonate and sodium monofluorophosphate dentifrices have been shown to reduce enamel demineralization and enhance remineralization in situ [Hara and Zero 2008]. An innovative technology by combining arginine and calcium carbonate with sodium monofluorophosphate, Colgate ProRelief™, has been developed for treating dentine hypersensitivity [Cummins 2009]. In this study, ProRelief™ was as effective than Duraphat™ toothpaste to increase the dentine’s resistance to erosive losses. A prior study [Petrou et al., 2009] has clearly shown that the arginine associated with calcium carbonate is highly effective in occluding dentinal tubules. The authors also demonstrated that the occlusion achieved is resistant to acid challenges. Arginine is able to facilitate the adherence of calcium carbonate to the surface in a basic pH. Furthermore, arginine and calcium carbonate triggers the deposition of phosphate on dentine surface and within dentinal tubules [Petrou et al., 2009]. For the acid resistance test period, as expected, all groups have shown a progressive decreasing of surface microhardness and an increasing of scattering for OCT, indicating dentine mineral loss, due to their exposure to orange juice. Nevertheless, at the end of the experimental design, the experimental groups demonstrated significantly less softening than the control. During the treatment phases, the control group has also shown some remineralization, which probably explained by the exposure to artificial saliva overnight. However, the protection provided by a very thin pellicle is small [Amaechi et al., 1999] and does not withstand a subsequent acid challenge. Although OCT has shown relation with surface microhardness to detect dentine de- and remineralization, the methodologies have still limitations. Therefore, a combination of techniques should be employed to assess dentine erosion in vivo. As demonstrated in the present study, dentifrice application prior to an erosive challenge seems to confer a protective effect but did not completely inhibit progressive erosion. It should be noted that the challenge in this in vitro study was substantial and likely to be in excess of that experienced in vivo. Conclusion The results suggest that the dentifrices may present a protective effect against acid challenges on exposed dentine surfaces. There is a need to consider the development of detection devices and clinical trial methodologies that can be applied in vivo. The complex aetiology of erosion combined with the cyclical nature of the challenge present significant challenges for researchers in this increasingly important area of mineralised tissue study. Acknowledgment This study was supported by CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). We thank Prof. Marília Afonso Rabelo Buzalaf (Sao Paulo University, Bauru, SP) for the artificial saliva preparation and Mr. Brian Bader for the assistance during the specimen preparation. References Amaechi BT, Higham SM, Edgar WM, Milosevic A: Thickness of acquired salivary pellicle as a determinant of the sites of dental erosion. J Dent Res 1999;78: 1821-1828. Attin T: Methods for assessment of dental erosion. Monogr Oral Sci 2006;20: 152-172. Banerjee A, Boyde A: Autofluorescence and mineral content of carious dentine: scanning optical and backscattered electron microscopic studies. Caries Res 1998; 32(3):219-26. Bartlett D, Ganss C, Lussi A: Basic Erosive wear examination (BEWE): a new scoring system for scientific and clinical needs. Clin Oral Investig 2008;Suppl 1: 565- 568. Bertassoni LE, Habelits S, Marshall SJ, Marshall GW: Mechanical recovery of dentin following remineralization in vitro – An indentation study. J Biomechanics 2011;44: 176-181. Brezinski M: Optical coherence tomography: principles and applications. London: Elsevier; 2006. Chu CH, Lo EC: Microhardness of dentine in primary teeth after topical fluoride applications. J Dent 2008;36(6): 387-391. Cummins D: Dentin Hypersensitivity: From diagnosis to a breakthrough therapy for everyday sensitivity relief. J Clin Dent 2009;20(Spec Iss): 1-9. Cury JA, Simoes GS, Del Bel Cury AA, Gonçalves NC, Tabchoury CP: Effect of a calcium carbonate-based dentifrice on in situ enamel remineralization. Caries Res 2005;39: 255-257. De-Melo MA, Passos VF, Alves JJ, Barros EB, Santiago SL, Rodrigues LK: The effect of diode laser irradiation on dentin as a preventive measure against dental erosion: an in vitro study. Lasers Med Sci 2011;26: 615-621. Diamanti I, Koletsi-Kounari H, Mamai-Homata E, Vougiouklakis G: Effect of fluoride and of calcium sodium phophosilicate toothpastes on pre-softened dentine demineralization and remineralization in vitro. J Dent 2010;38: 671-677. Dugmore CR, Rock WP: The progression of tooth erosion in a cohort of adolescents of mixed ethnicity. Int J Paediatric Dent 2003;13: 295-303. Durmusoglu O, Tagtekin DA, Yamkoglu F: Clinical evaluation of demineralization and remineralization of intact root surface lesions in the clinic by a quantitative light-induced fluorescence system. Lasers Med Sci 2011 [Epub ahead of print]. Ferreira Zandoná AG, Analoui M, Schemehorn BR, Eckert GJ, Stookey GK: Laser fluorescence detection of demineralization in artificial occlusal fissures. Caries Res 1998; 32(1):31-40. Ganss C, Klimek J, Schwarz N: A comparative profilometric in vitro study of the susceptibility of polished and natural human enamel and dentine surfaces to erosive demineralization. Arch Oral Biol 2000;45(10): 897-902. Hara AT, Queiroz CS, Paes Leme AF, Serra MC, Cury JA: Caries progression and inhibition in human and bovine root dentine in situ. Caries Res 2003;37: 339- 344. Hara AT, Zero DT: Analysis of the erosive potential of calcium-containing acidic beverages. Eur J Oral Sci 2008;116: 60-65. Herkstroter FM, Witjes M, Ruben J, Arends J: Time dependency of microhardness indentations in human and bovine dentine compared with human enamel Caries Res 1989;23: 342-344. Hornby K, Evans M, Long M, Joiner A, Laucello M, Salvaderi A: Enamel benefits of a new hydroxyapatite containing fluoride toothpaste. Int Dental J 2009;59: 325- 331. Huysmans MC, Chew HP, Ellwood RP: Clinical studies of dental erosion and erosive wear. Caries Res 2011;45(suppl1): 60-68. Lee C, Darling CL, Fried D: Polarization-sensitive optical coherence tomography imaging of artificial demineralization on exposed surfaces of tooth roots. Dental Mat 2009;25: 721-728. Leite FR, Sampaio JE, Zandim DL, Dantas AA, Leite ER, Leite AA: Influence of root- surface conditioning with acid and chelating agents on clot stabilization. Quint Int 2010;41(4): 341-349. Lippert F, Lynch RJ, Eckert FJ, Kelly SA, Hara AT, Zero DT: In situ fluoride response of caries lesions with different mineral distributions at baseline. Caries Res 2011;45(1): 47-55. Lussi A, Megert B, Eggenberger D, Jaeggi T: Impact of different toothpastes on the prevention of erosion. Caries Res 2008;42: 62-67. Lussi A, Schlueter N, Rakhmatullina E, Ganss C: Dental Erosion – An overview with emphasis on chemical and histopathological aspects. Caries Res 2011;45(suppl1): 2-12. Magalhães AC, Rios D, Machado MA, Silva SMB, Buzalaf MA: Effect of Nd:YAG irradiation and fluoride application on dentine resistance to erosion in vitro. Photomed Laser Surg 2007;26(6): 559-563. Margaritis V, Mamai-Homata E, Koletsi-Kounari H, Polychronopoulou A: Evaluation of three different scoring systems for dental erosion: A comparative study in adolescents. J Dent 2011;39: 88-93. Natsume Y, Nakashima S, Sadr A, Shimada Y, Tagami J, Sumi Y: Estimation of lesion progress in artificial root caries by swept source optical coherence tomography in comparison to transverse microradiography. J Biomed Opt 2011;16(7):071408. Petrou I, Heu R, Stranick M, Lavender S, Zaidel L, Cummins D, Sullivan R, Hsueh C, Gimzewski JK: A breakthrough therapy for dentin hypersensitivity: How dental products containing 8% arginine and calcium carbonate work to deliver effective relief of sensitive teeth. J Clin Dent 2009;20(Spec Iss): 23-31. Pretty I: Caries detection and diagnosis: novel technologies. J Dent 2006;34(10): 727- 739. Pretty IA, Edgar WM, Higham SM: The validation of Quantitative light-induced fluorescence to quantify acid erosion of human enamel. Arch Oral Biol 2004;49:285-294. Pretty IA, Ingram GS, Agalamanyi EA, Edgar WM, Higham SM: The use of fluorescence to monitor de- and re-mineralization of in vitro root caries. J Oral Rehabil 2003;30: 1151-1156. Rios D, Magalhães AC, Polo RO, Wiegand A, Attin T, Buzalaf MA: The efficacy of a highly concentrated fluoride dentifrice on bovine enamel subjected to erosion and abrasion. J Am Dent Assoc 2008;139: 1652-1656. Sanhouri NM, Ziada HM, Ahmed GI, Kamis AH: Tooth surface loss, prevalence and associated risk factors among 12-14 years school children in Khartoum State, Sudan. Community Dent Health 2010;27(4): 206-212. Saxegaard E, Rölla G: Fluoride acquisition on and in human enamel during topical application in vitro. Scand J Dent Res 1988;96(6): 523-535. Schlueter N, Hara A, Shellis RP, Ganss C: Methods for the measurement and characterization of erosion in enamel and dentine. Caries Res 2011;45(suppl 1): 13-23. Shellis RP: A microcomputer program to evaluate the saturation of complex solutions with respect to biominerals. Comput Appl Biosci 1988;4(3): 373-379. Stookey GK: Optical Methods – Quantitative Light Fluorescence. J Dent Res 2004;83(Spec Iss C): C84-C88. Vieira AEM, Delbem ACB, Sassaki KT, Rodrigues E, Cury JA, Cunha RF. Fluoride dose response in pH-cycling models using bovine enamel. Caries Res 2005;39: 514- 520. Wang X, Megert B, Hellwig E, Neuhaus KW, Lussi A: Preventing erosion with novel agents. J Dentistry 2011;39: 163-170. Zolotarev VM, Grisimov VN: Architectonics and Optical properties of dentin and dental enamel. Opt Spectros 2001;90(5): 753-759. Figure 1. Experimental Design to evaluate dentine erosion over the time. For the first cycle, baseline measurements were taken for each technique before the treatment phase. For cycle 2, 3, 4 and 5 the evaluations started at step 4. Table 1. Mean and standard deviation of Surface Microhardness (SMH) values and the corresponding normalized SMH compared by baseline measured at each time point for all groups. Figure 2. OCT image after 15min in acid-challenge interval (control group). A) Reference area (Varnish) and B) eroded area with the selected region to be evaluated in a top view; C) Reference area (Varnish) and D) eroded area in false-colour intensity image of top view; E) Reference area (Varnish) and F) eroded area in a lateral view. Figure 3. QLF image. A) Reference area (Varnish) and B) Eroded area showing the selection to be analysed. Figure 4. Mean and standard deviation of SMH over time. Time intervals: B- Baseline; T – Treatment; E – Erosive challenge. Statistical differences between time and one step before. (i) Statistical differences among times of erosive challenge (i= number of prior acid-challenge intervals cycles to where difference is statistically different. * (i)Statistical differences among Groups (i = which Group shows statistical difference) (G1 – Volvic® Mineral Water ; G2 – Duraphat®; G3 – ProArgin®). Figure 5. Mean and standard deviation of QLF over time. Time Intervals: B- Baseline; T – Treatment; E – Erosion. Statistical differences between time and one step before. (i) Statistical differences among times of erosive challenge (i= number of prior acid-challenge intervals cycles to where difference is statistically different). * (i)Statistical differences among Groups (i = which Group shows statistical difference) (G1 – Volvic® Mineral Water ; G2 – Duraphat®; G3 – ProArgin®. Figure 6. Mean and standard deviation of OCT over time. Time Intervals: B- Baseline; T – Treatment; E – Erosion. Statistical differences between time and one step before. (i) Statistical differences among times of erosive challenge (i= number of prior acid-challenge intervals cycles to where difference is statistically different). * (i)Statistical differences among Groups (i = which Group shows statistical difference) (G1 – Volvic® Mineral Water ; G2 – Duraphat®; G3 – ProArgin®. CCapítulo 3 AArtigo submetido - Brazilian Dental Journal Author: S.C.S. Pinto et al. Preventive effect of toothpaste followed by acid challenge Preventive effect of a high fluoride toothpaste and arginine-carbonate toothpaste on dentinal tubules exposure followed by acid challenge: a dentine permeability evaluation. Shelon Cristina Souza PINTO Michele Carolina PINHEIRO Rodrigo CAVASSIM José Eduardo Cezar SAMPAIO Department of Oral Diagnosis and Surgery, Araraquara Dental School, São Paulo State University, Araraquara, SP, Brazil Correspondence:Shelon Cristina Souza Pinto, Departamento de Diagnóstico e Cirurgia, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Odontologia de Araraquara, Rua Humaitá, 1680,14801-903 Araraquara, SP, Brasil. Fone/Fax:+55-16-3301-6369/3301-6374.e-mail: shelonsouzap@gmail.com SUMMARY The aim of the study was to quantify alterations in the root dentine permeability submitted to treatment with a high fluoride toothpaste and 8% arginine, calcium carbonate, sodium monofluorophosphate toothpaste as a preventive treatment for dentinal tubules exposure followed by acid challenge. Thirty-third molars were sectioned below the cementoenamel. The root segments were connected to a hydraulic pressure apparatus to measure dentine permeability after the following sequential steps (n=10 per group): I) Baseline; II) treatment with phosphoric acid for 30 s (maximum permeability); III) Toothbrushing (1 min) according to the experimental groups (G1- control; G2- 5000 ppm fluoride toothpaste; G3- 8% arginine-calcium carbonate toothpaste); IV) acid challenge for 5 min (orange juice). The data were converted into percentage, considering stage II as 100%. The results have shown a statistically significant decreasing on dentine permeability after treatment with toothpaste (Friedman test and Dunn’s post hoc test). Comparison among groups demonstrated a high increasing on dentine permeability when acid challenge was performed after toothbrushing with distilled water (control group) (Kruskal-Wallis and Dunn’s post hoc test). Thus, toothpaste treatment may provide sufficient resistance on dentine surface, preventing dentinal tubules exposure after acid challenge. Key