UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CÂMPUS DE JABOTICABAL
PRODUTIVIDADE E SÓLIDOS SOLÚVEIS DA MELANCIA
IRRIGADA EM FUNÇÃO DE DOSES DE NITROGÊNIO
Rodrigo Hiyoshi Dalmazzo Nowaki
Engenheiro Agrônomo
2014
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CÂMPUS DE JABOTICABAL
PRODUTIVIDADE E SÓLIDOS SOLÚVEIS DA MELANCIA
IRRIGADA EM FUNÇÃO DE DOSES DE NITROGÊNIO
Rodrigo Hiyoshi Dalmazzo Nowaki
Orientador: Prof. Dr. Arthur Bernardes Cecílio Filho
Coorientador: Prof. Dr. Rogério Teixeira de Faria
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp,
Câmpus de Jaboticabal, como parte das
exigências para a obtenção do título de Mestre
em Agronomia (Produção Vegetal)
2014
Nowaki, Rodrigo Hiyoshi Dalmazzo
N946p Produtividade e sólidos solúveis da melancia irrigada em função
de doses de nitrogênio / Rodrigo Hiyoshi Dalmazzo Nowaki. – –
Jaboticabal, 2014
ix, 33 p. : il. ; 28 cm
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Câmpus
de Jabotiicabal, 2014
Orientador: Arthur Bernardes Cecílio Filho
Banca examinadora: Jairo Osvaldo Cazetta, Pablo Forlan Vargas
Bibliografia
1. Citrullus lanatus. 2. Fertilização nitrogenada. 3. Nutrição de
plantas. 4. Qualidade do fruto. I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 631.84:635.615
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação –
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
RODRIGO HIYOSHI DALMAZZO NOWAKI, filho de Jukitiro Nowaki e Ana
Maria Dalmazzo Nowaki e nascido em 12 de junho de 1985 na cidade de Marília-SP.
Graduou-se em Engenharia Agronômica em 22 de dezembro de 2011, pela
Universidade de Marília-UNIMAR. Durante toda a graduação realizou estágios na
área de Produção Vegetal. Foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP) no ano de 2010. Concluiu o curso com honra ao
mérito por ter sido o primeiro classificado da turma, obtendo média de 8,51. Em
março de 2012 ingressou no curso de Mestrado, em Agronomia – Produção Vegetal,
na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal. No decorrer de 24 meses cursou disciplinas
voltadas à área de Olericultura e afins, bem como o desenvolvimento do projeto de
dissertação, como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES), além de auxiliar na condução de experimentos na área em
questão.
“Eu ouço e esqueço. Eu vejo e lembro. Eu faço e entendo.”
(Confúcio)
A Deus, por me dar forças, sabedoria e paciência para poder enfrentar os
momentos de turbulência em minha vida, a Nossa Senhora, Mãe, que muito me
conduziu e iluminou meus passos e, que têm iluminado não só a minha vida, mas
como minha família e amigos queridos.
Aos meus pais, Jukitiro Nowaki e Ana Maria Dalmazzo Nowaki, aos meus
irmãos Alexandra, Fábio e Patrícia, pelo carinho, amor, amizade, compreensão, que
sempre acreditaram na minha capacidade e me incentivaram a buscar meus ideais.
Aos meus avós Francisco e Adélia, que têm sido para mim grandes exemplos
de vida, em todos os sentidos.
À minha namorada Lorena Scalioni Borges Dias, por ter me apoiado ao longo
de toda a minha carreira profissional, pelos incentivos, conselhos e principalmente,
pela companhia insubstituível.
Ao meu amigo Dr. Luiz Henrique Soares Santos Stefano, que de longas datas
tem me encorajado a enfrentar as dificuldades e seguir sempre em frente.
DEDICO
Aos novos amigos Anderson Fernando Wamser, Camila Arndt, Juan Waldir
Mendonça Cortez, Cláudia do Amaral Cruz e Tatiana Pagan, que estiveram
presentes durante essa jornada; com quem tive a honra de adquirir bons
ensinamentos e compartilhar bons momentos; que embora o trabalho tenha sido
árduo, a presença destes o tornou muito prazeroso e gratificante.
Ao Prof. Dr. Arthur Bernardes Cecílio Filho, pela orientação e confiança,
paciência e aprendizados de uma valia ímpar fornecida no decorrer do curso de
mestrado, mas principalmente, pela amizade.
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Dr. Rogério Teixeira de Faria, pela paciente coorientação
durante a condução do experimento e elaboração da Dissertação.
Ao Professor Paulo Eduardo Carnier por ter nos fornecido o local para
realização da irrigação.
À Aridenia Chaves Peixoto, ao auxílio no decorrer do experimento.
Aos funcionários Gláucio Oian, Inauro Santana de Lima e Reinaldo Aparecido
do Santos pelos ensinamentos, pela paciência, amizade e brincadeiras, tornando
todos esses 24 meses de muito trabalho em um período agradável e ao mesmo
tempo enriquecedor.
Ao Pesquisador Dr. Roberto Botelho Ferraz Branco, que muito contribuiu e
tem contribuído com o enriquecimento da minha formação profissional, assim como
pela amizade e aprendizados adquiridos, tanto durante a Graduação como no
decorrer do curso de Mestrado.
Àqueles que, mesmo não aqui citados, contribuíram para a confecção do
mesmo, até porque um bom relacionamento social com as pessoas é de suma
importância, até porque sozinhos nesse mundo não chegamos a lugar algum.
vii
SUMÁRIO
Página
RESUMO.......................................................................................................... viii
SUMMARY ......................................................................................................... ix
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 3
3 MATERIAL E MÉTODOS.. ............................................................................. 7
3.1 Localização da área experimental ................................ ...............................7
3.2 Delineamento, tratamentos e parcela experimental ................................... 8
3.3 Instalação e condução do experimento ...................................................... 9
3.4 Características avaliadas ......................................................................... 13
3.5 Anális de dados .. ..................................................................................... 14
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................... ...............................15
5 CONCLUSÕES ............................................................................................. 25
6 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 26
viii
PRODUTIVIDADE E SÓLIDOS SOLÚVEIS DA MELANCIA IRRIGADA EM
FUNÇÃO DE DOSES DE NITROGÊNIO
RESUMO - O nitrogênio (N) é o segundo nutriente mais acumulado pela
melancieira, com grande influência na produtividade e qualidade dos frutos. A faixa
recomendada na literatura para a cultura é ampla, principalmente devido à
diversidade de clima, solo e manejo cultural Com base do exposto, o trabalho foi
desenvolvido com o objetivo de verificar a dose de N que maximiza a produtividade
e o teor de sólidos solúveis do híbrido Top Gun. O experimento foi realizado em
campo, na UNESP, em Jaboticabal, SP, Brasil, com a semeadura em 29-8-2013, em
Latossolo Vermelho Eutrófico. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos
ao acaso, com seis tratamentos, correspondentes às doses de N (0, 50, 100, 150,
200 e 250 kg ha-1) e quatro repetições. Utilizou-se sistema de irrigação por
gotejamento e a adubações de plantio e de cobertura foram realizadas manualmente
e em faixa a 10 cm da linha de cultivo. Observaram-se efeitos significativos da dose
de N no teor N-nitrato no solo, teor de N foliar, número de frutos total e comercial,
produtividade total e comercial (PC), e massa de fruto. A dose que alcançou a maior
PC (34,96 t ha-1) foi 184 kg ha-1 de N. Não houve efeito significativo das doses de N
sobre o teor de sólidos solúveis, com teor médio de 10,7%.
Palavra-chave: Citrullus lanatus, fertilização nitrogenada, nutrição de plantas,
qualidade do fruto
ix
PRODUCTIVITY AND SOLUBLE SOLIDS OF WATERMELON IRRIGATED AS
FUNCTION OF NITROGEN DOSES
SUMMARY - Nitrogen (N) is the second most accumulated nutrient by watermelon,
with great influence on yield and fruit quality. The recommended range in the
literature for the crop is large, mainly due to the diversity of climate, soil and crop
management. Based on the foregoing, the work was developed with the objective of
verifying the dose of N that maximizes productivity and total soluble solids hybrid Top
Gun. The experiment was conducted in the field, at UNESP, Jaboticabal, SP, Brazil,
with sowing on 29/08/2013 in Eutrofic Red Latossol. The experimental design was
randomized blocks with six treatments, corresponding to N rates (0, 50, 100, 150,
200 and 250 kg ha-1) and four replications. Was used for drip irrigation and
fertilization planting of coverage and system have been manually track and 10 cm
from the plants. We observed significant effects of N content in nitrate-N in the soil,
leaf N content, number of total and marketable fruit, total and marketable (PC)
productivity, and fruit weight. The dose that achieved the greatest PC (34.96 t ha-1)
was 184 kg ha-1 of N. There was no significant effect of N levels on soluble solids,
with an average content of 10.7%.
Keywords: Citrullus lanatus, nitrogen fertilization, plant nutrition, fruit quality
1
1 INTRODUÇÃO
Os principais países produtores de melancia (Citrullus lanatus) são China,
Turquia e Irã, sendo estes responsáveis por 82, 5 e 4% da produção mundial,
respectivamente. O Brasil é o quarto maior produtor com produção estimada em
2.198.624 toneladas, aproximadamente 2% da produção mundial, e produtividade
média de 22,32 t ha-1 (IBGE, 2013).
Essa hortaliça-fruto é uma das oleráceas de maior expressão econômica no
Brasil. É cultivada em várias regiões, com destaque para os Estados do Rio Grande
do Sul (421.647 mil t), Bahia (292.432 mil t), Goiás (272.650 mil) e São Paulo
(242.586 mil t) (IBGE, 2013).
Um dos principais fatores da baixa produtividade e qualidade dos frutos é o
inadequado manejo da nutrição da cultura (GRANGEIRO; CECÍLIO FILHO, 2004a).
Entre os nutrientes, o nitrogênio (N) merece destaque, pois se trata do segundo
nutriente mais absorvido pela planta (GRANGEIRO; CECÍLIO FILHO, 2004b;
VIDIGAL et al., 2009).
Além da produtividade, o N também exerce efeito sobre a qualidade dos
frutos de melancia aumentando sólidos solúveis, sendo considerado um importante
índice de qualidade em diversos países (MORAIS et al., 2008; ARAÚJO et al., 2011;
BARROS et al., 2012).
Em excesso, o N pode causar também diminuição da produtividade por
favorecimento às partes vegetativas da planta (MARSCHNER, 1995). Já em
deficiência na planta, há restrição ao crescimento, visto que o N faz parte de
proteínas, ácidos nucleicos e muitos outros importantes constituintes celulares,
incluindo membranas e diversos hormônios vegetais (SOUZA; FERNANDES, 2006).
Em quantidades inadequadas, pode ainda favorecer a ocorrência de doenças
(YAMADA, 2005; SANTOS et al., 2009; SEABRA JUNIOR et al., 2013).
A complexidade que envolve a administração de N à cultura da melancieira é
muito grande, pois o N aplicado via fertilizantes tem baixa taxa de recuperação pelas
plantas. Menos de 50% do total que é aplicado é absorvido (OKTEM et al., 2010;
HAWKESFORD et al., 2012), taxa que é influenciada por fatores do solo e clima
variáveis com as regiões de cultivo. Portanto, a adequação da dose de N à cultura é
2
de suma importância, uma vez que está diretamente relacionada com a
produtividade e qualidade dos frutos, rentabilidade da cultura (custo de produção) e
com o impacto ao ambiente (WESTERVELD et al., 2004; GONÇALVES et al., 2011).
O aumento na produção, proporcionado pelo emprego de fertilizantes, deve ser
acompanhado pelo aumento ou manutenção da qualidade dos frutos produzidos a
fim de que possam atender ao mercado consumidor de forma satisfatória
(GRANGEIRO; CECÍLIO FILHO, 2004b; MEDEIROS, 2008).
Com base do exposto, o trabalho foi desenvolvido com o objetivo de verificar
a dose de N que maximiza a produtividade e o teor de sólidos solúveis do híbrido
Top Gun.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
A olericultura é a atividade agrícola com grande emprego de fertilizantes por
unidade de área e em curto período de tempo (PAULA et al., 2011), os quais
respondem por uma parcela relevante dos custos de produção (NARLOCH et al.,
2002).
Em muitos sistemas de produção, a disponibilidade de nitrogênio (N) é quase
sempre um fator limitante, influenciando o crescimento da planta mais do que
qualquer outro nutriente (BREDEMEIER; MUNDSTOCK, 2000). Segundo Grangeiro
e Cecílio Filho (2004b) e Vidigal et al.(2009), o N é o segundo nutriente mais
absorvido pela cultura da melancieira. Trabalhos realizados por esses autores, com
os híbridos ‘Tide’ e ‘Crimson Sweet’, observaram que as plantas acumularam 138,8
e 105,8 kg ha-1, respectivamente.
O N é um nutriente com função estrutural, sendo componente de
aminoácidos, amidas, proteínas, ácidos nucléicos, nucleotídeos, coenzimas,
hexoaminas, clorofila e metabólitos secundários. Esses compostos estão
relacionados com a defesa da planta e com os processos bioquímicos e fisiológicos,
tais como a fotossíntese, respiração, desenvolvimento e atividade das raízes,
absorção iônica de nutrientes, crescimento e diferenciação celular (TAIZ; ZEIGER,
2004).
Dada a sua importância e a alta mobilidade no solo, o N tem sido
intensamente estudado no sentido de maximizar a eficiência do seu uso. Para tanto,
tem-se procurado diminuir as perdas do N no solo (BREDEMEIER; MUNDSTOCK,
2000). O N está sujeito a grande número de reações no solo, sendo difícil de ser
manejado eficientemente. Os fatores que podem ocorrer após a aplicação do
fertilizante nitrogenado no solo são: lixiviação na forma de nitrato (NO3
-), volatização
de amônia (NH3) e emissão de N2, N2O e outros óxidos de nitrogênio (MANTOVANI
et al., 2007). A lixiviação do N, por exemplo, é o fenômeno mais preocupante que
ocorre em solos com carga líquida negativa (DUQUE et al.,1985), pois implica em
grandes perdas do nutriente, principalmente em regiões com altas precipitações
pluviométricas e em solos arenosos (SANGOI et al., 2003).
4
De acordo com Trani et al. (1997), deve-se aplicar 30 kg ha-1 de N na
semeadura e de 50 a 100 kg ha-1 em cobertura. Para Andrade Júnior et al. (2006), a
dose de N necessária para obtenção da máxima produtividade (60,17 t ha-1) de
melancia foi de 97,61 kg ha-1. Já Morais et al. (2008) verificaram que a melhor
produtividade (68,59 t ha-1) foi obtida com 267 kg ha-1 de N, mostrando assim grande
variação na dose a ser recomendada. Sabe-se que a demanda pelo nutriente
depende da cultivar e seu potencial produtivo (LIMA JÚNIOR et al., 2005) e é
influenciado por diversos fatores, entre eles a densidade de plantio (SANTOS et al.,
2002; FELTRIM et al., 2011; RAMOS et al., 2012), a forma de aplicação do
fertilizante e as condições edafoclimáticas (MOUSINHO et al., 2003; ANDRADE
JÚNIOR et al., 2006, 2007; MORAIS et al., 2008).
De acordo com Trani e Raij (1997), os teores de N na folha da melancieira
considerada adequada estão entre 25 e 50 g kg-1 de matéria seca. Para Malavolta et
al. (1997) e Furlani (2004), as plantas deficientes apresentam teores foliares
menores do que 10 g kg-1 ao passo que acima de 50 g kg-1 de N podem ser
observados sintomas de toxicidade. Já Vidigal et al. (2006), o teor em deficiência é
de 15,3 g kg-1.
Tanto o excesso quanto a falta de N pode acarretar desordens fisiológicas na
planta, com reflexos negativos na produtividade e qualidade dos frutos (ENGELS;
MARSCHNER, 1995; PURQUERIO et al., 2003).
A deficiência de N na melancieira causa clorose gradual das folhas mais
velhas, redução do crescimento de folhas mais novas, aumento da distância entre
essas folhas, bem como a redução do crescimento da planta (SOUZA;
FERNANDES, 2006; VIDIGAL et al. 2006). Para Prado (2008), as plantas
deficientes, em geral, apresentam cloroplastos pequenos, baixo conteúdo de
clorofila e proteínas, altos teores de açúcares e aumento da pressão osmótica,
diminuição de flores e dormência de gemas laterais, o que resulta em baixa
produtividade.
Por outro lado, uma das consequências do excesso de N às plantas é o
aumento demasiado das partes vegetativas em detrimento do reprodutivo
(abortamento de flores), prolongando o ciclo da cultura (MARSCHNER, 1995;
CARRIJO et al., 2004; PRADO, 2008). Prado (2008) salienta que o efeito do
5
excesso de N na reprodução pode estar relacionado ao desequilíbrio dos
fitormônios. Araújo et al. (2011) observaram aumento linear do comprimento da
rama e do número de folhas de melancieira com incremento na dose de N de zero
até 250 kg ha-1, porém, com redução do número de frutos por planta.
Avaliando concentrações de N no cultivo do melão rendilhado, em sistema
hidropônico, Purquerio et al. (2003) verificaram que conforme o aumento da
concentração, maior foi o percentual de matéria seca da parte aérea (folhas e
hastes) em relação ao total acumulado pela planta, com reflexo negativo sobre o
acúmulo de matéria seca do fruto e na produtividade comercial.
Excesso de N afeta, também, a resistência da planta a doenças, pois elevada
concentração de N na planta reduz a produção de compostos fenólicos (que tem
ação fungistática), diminuindo a resistência aos agentes patogénicos (SANTOS et
al., 2009). Para Engels e Marschener (1995), o N aumenta a concentração de
aminoácidos e de amidas no apoplasto e na superfície foliar, que, aparentemente,
tem maior influência do que os açúcares no desencadeamento de doenças fúngicas.
Ou seja, há produção de tecidos jovens e suculentos, podendo prolongar o estádio
vegetativo, criando condições favoráveis ao ataque de patógenos (SEABRA JUNIOR
et al., 2013).
A qualidade da melancia também é influenciada por esse nutriente (MORAIS
et al., 2008; ARAÚJO et al., 2011; BARROS et al., 2012), e é decisiva na
comercialização dos frutos. O excesso de N pode causar, também, frutos aquosos e
insípidos (MORAES, 2006), ou seja, com baixo teor de sólidos solúveis (SS)
(ARAÚJO, 2001; MOUSINHO et al., 2003), além de reduzir o período de
armazenamento e a resistência ao transporte em virtude do aumento da suculência
(PRADO, 2008).
O teor de sólidos solúveis (SS) é uma importante característica organoléptica
e um parâmetro fundamental para a avaliação de qualidade, que expressa a
concentração de açúcares e outros sólidos diluídos na polpa ou suco do fruto (LEÃO
et al., 2006). Muitos países adotam os valores do conteúdo de SS como referência
de mercado para aceitabilidade, com variação de 8 a 10 oBrix (VÁSQUEZ et al.,
2005), podendo alcançar valores acima de 12 oBrix (ARAÚJO et al., 2011; BARROS
et al., 2012).
6
Dessa forma, as alterações manifestadas sobre a fisiologia da planta e
expressas, principalmente, no crescimento vegetativo, podem afetar a produtividade
comercial e a qualidade dos frutos (PURQUERIO et al., 2005).
7
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização da área experimental
O experimento foi conduzido em campo, no Setor de Olericultura e Plantas
Aromático-Medicinais, pertencente à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias,
da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, em Jaboticabal, SP. A altitude local é de 614 m;
com latitude de 21º14’05”S e longitude de 48º17’09”O.
No período experimental, as temperaturas média, média das máximas e
média das mínimas foram 24,2, 31,8 e 17,6ºC, respectivamente. As temperaturas
registradas no decorrer do ciclo estão apresentadas na Figura 1. A umidade relativa
do ar variou de 33 a 91% e radiação solar global de 3,7 a 27,9 MJ m-2 dia-1. A
precipitação pluvial acumulada no período foi de 226 mm, distribuída em 14 dias de
chuva (Figura 2).
Figura 1. Temperaturas máxima (Tmáx.), média (Tmed.) e mínima (Tmín.) durante a
condução do experimento em 2012, em Jaboticabal, SP (Fonte: Departamento de
Ciencias Exatas, Unesp, Jaboticabal).
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Te
m
p
e
ra
tu
ra
(
o
C
)
Tmáx
Tmed
Tmín
8
Figura 2. Precipitação pluvial (PP) e volume irrigação (VI) durante a condução do
experimento em 2012, em Jaboticabal, SP (Fonte: Departamento de Ciencias
Exatas, Unesp, Jaboticabal).
O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Vermelho
Eutrófico (EMBRAPA, 2006) e as características químicas da camada de 0 a 0,20m
encontram-se na Tabela 1. Na análise granulométrica, foram constatados 565, 200 e
104 e 131 g kg-1 de argila, silte, areia fina e grossa, respectivamente, o que o
caracteriza como argiloso.
Tabela 1. Resultados da análise química do solo da área experimental.
pH
(CaCl2)
M.O
(g dm-3)
P resina
(mg dm-3)
S-SO4
2-
(mg dm-3)
K+ Ca2+ Mg2+ H+Al Al3+ SB CTC V%
(mmolc dm-3)
5,3 22 90 8 3,2 19 6 25 0 28 53 53
3.2 Delineamento, tratamentos e parcela experimental
O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com seis tratamentos,
correspondentes às doses de N (0, 50, 100, 150, 200 e 250 kg ha-1) e quatro
repetições.
0
5
10
15
20
25
30
35
Pr
ec
ip
ita
çã
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ou
ir
rig
aç
ão
(m
m
) PP
VI
9
Cada parcela experimental foi constituída por três linhas de cultivo com 12
plantas, perfazendo um total de 36 plantas e área de 90 m2. Foram consideradas
como área útil da parcela as oito plantas centrais da linha central. A bordadura,
portanto, correspondeu às duas linhas laterais e às duas plantas de cada
extremidade da linha central (bordadura).
3.3 Instalação e condução do experimento
Após aração e gradagem, fez-se a calagem com calcário (PRNT = 125%,
48% de Ca e 16% de Mg), em área total, e incorporação com grade 60 dias antes da
semeadura, aplicando-se 720 kg ha-1 do produto para elevar a saturação por bases
do solo a 70% (TRANI et al., 1997).
A adubação de plantio foi realizada em sulcos de, aproximadamente, 0,30 m
de profundidade, com 120 kg ha-1 de P2O5 e 30 kg ha-1 de K2O, conforme
recomendação de TRANI et al. (1997), utilizando-se de superfosfato simples e
cloreto de potássio.
Já as adubações de cobertura, tanto para os tratamentos como para o
controle, as doses foram parceladas em cinco aplicações divididas igualmente, com
intervalo de sete dias e início aos 13 dias após a emergência (DAE).
Como fonte de N, utilizaram-se os fertilizantes nitrato de potássio (13% de N-
NO3
- e 36,5% de K+) e nitrato de amônio (16,5% de N-NO3
- e 16,5% de N-NH4
+). As
quantidades de nitrato de amônio foram calculadas a fim de completar a quantidade
de N estabelecida no tratamento em relação à quantidade de N fornecida pelo nitrato
de potássio. A partir do início do florescimento, 30 DAE, parte do N foi fornecido pelo
nitrato de cálcio (1% de N-NH4
+, 14,5% de N-NO3
- e 19% de Ca2+), em dose
equivalente a 36 kg ha-1 de Ca, dividido nas últimas três coberturas. Para o
tratamento sem aplicação de N (tratamento controle), utilizou-se apenas o cloreto de
potássio (60% de K2O), com dose de 75 kg ha-1 de K2O para fornecimento de K.
A semeadura do híbrido Top Gun foi realizada em 29-8-2013, logo após a
adubação de plantio, colocando-se duas sementes por cova, com 3 a 4 cm de
profundidade, no espaçamento entre linhas de 2,5 m e 1 m entre plantas na linha.
10
Dois dias após a emergência, realizou-se o desbaste mantendo-se uma planta por
cova.
O híbrido Top Gun foi escolhido por ser o principal híbrido utilizado pelos
agricultores do Estado de São Paulo. Este híbrido possui como principais
características: planta vigorosa, formato do fruto redondo - ovalado, casca verde
escura com estrias claras, polpa vermelha brilhante com excelente textura, massa
fresca de frutos de 10 – 12 kg e ciclo de 90 a 95 dias (SYNGENTA SEEDS, 2013).
A irrigação das plantas foi realizada por gotejamento. O sistema foi composto
por uma bomba hidráulica centrífuga, acoplada a um motor elétrico de 2,2 kW (3 cv)
de potência de eixo, rotação de 3.400 rpm; vazão da bomba de 8,5 m3 h-1 para uma
altura monométrica de 320 kPa (32 m.c.a.) e rendimento de 70%; um sistema de
filtragem composto por um filtro de disco de 120 mesh para evitar o entupimento dos
gotejadores, acoplado logo após a bomba; válvulas reguladoras de pressão
instaladas após o filtro e ao início de cada parcela e, próximo à estas, instaladas
para monitoramento da pressão por meio de um manômetro móvel; tubulações de
PVC com diâmetro nominal (DN) de 50 mm e pressão nominal (PN) 0,4 bar; linhas
secundárias de PVC de DN 35 mm e PN 0,4 bar e linhas de derivação (LD) nas
parcelas, de PVC de mesmos DN e PN das linhas secundárias. Das linhas de
derivação saíram três linhas laterais portagotejadores (LL) por parcela, de polietileno
de baixa densidade e 16 mm e DN, espaçadas de 2,5 m entre si. Em cada LL
haviam gotejadores inseridos internamente ao tubo, espaçados de 0,5 m entre si,
com vazão nominal de 1,4 L h-1 para pressão de serviço de 0,3 a 2,5 bar. Os
gotejadores utilizados foram autocompensantes e antidrenantes.
O manejo da irrigação foi realizado por meio da estimativa diária da
evapotranspiração da cultura (ETc), utilizando-se da expressão: ETc = ETo x Kc,
sendo que ETo é a evapotranspiração de referência (mm dia-1) e Kc é o coeficiente
de cultura (adimensional). Na Figura 3, são expressos os valores de ETo e ETc.
11
Figura 3. Evapotranspiração de referência (ETo) e evapotranspiração da cultura
(ETc) durante a condução do experimento em 2012, em Jaboticabal, SP (Fonte:
Departamento de Ciencias Exatas, Unesp, Jaboticabal).
A evapotranspiração de referência foi calculada pelo Sistema Clima (FARIA et
al., 2002) utilizando dados diários da Estação Meteorológica da Unesp, Câmpus de
Jaboticabal. Os valores de Kc (Tabela 2) foram obtidos na literatura (GRANGEIRO et
al., 2006), com adaptação da duração das fases para o híbrido Top Gun.
Tabela 2. Valores de Kc conforme a fase fenológica da melancieira.
Fase
fenológica*
Duração da fase
(dias)
Kcb Ke Kc
I 23 (28) 0,15 0,10 a 0,20 0,25 a 0,35
II 17 (20) ------------- Interpolado entre I e III --------------
III 20(24) 1,00 0,05 a 0,10 1,05 a 1,10
IV 15(18) -------------- Interpolado entre III e V -------------
V - 0,75 0,15 0,30
DIII** 60(72)
DIV 75 (90) 0,75
* I, II, III, IV e V – Inicial (Semeadura – 10% AC1), Vegetativo (10% AC–75% AC), Frutificação (75% AC–IM2),
Maturação (IM-M3) e Final, respectivamente;
** DIII e DIV - Duração dos períodos da semeadura ao final da fase III e IV, respectivamente.
1AC - área coberta, 2IM – início da maturação, 3M – maturação;
Fase fenológica: I - Semeadura – 10% AC; II - 10% AC–75% AC.
Kcb - coeficiente de cultura basal, Ke – evaporação do solo e Kc - coeficiente de culura
0
1
2
3
4
5
6
7
8
ET
o
e
ET
c
(m
m
) ETo
ETc
12
A fim de distribuir a lâmina durante o ciclo semanal de irrigação, a cultura foi
irrigada três vezes por semana aplicando-se 2/3 da demanda hídrica total da
semana anterior na primeira e segunda aplicações. A quantidade da terceira
aplicação foi a diferença entre as lâminas aplicadas na primeira e segunda irrigação
e a quantidade requerida para a semana em curso.
Tensiômetros foram instalados nas unidades experimentais referente aos
tratamentos 2 e 4, na profundidade 0,30 m, visando o monitoramento da umidade do
solo. Os mesmos estavam locados a 0,05 m das plantas. As leituras dos
tensiômetros foram realizadas com tensímetros de punção, três vezes por semana.
O potencial de água no solo (ψ, kPa) para cada profundidade (h1, cm) e altura de
medida em relação ao nível do solo (h2, cm) foi calculado por: ψ=-Tens+0.0981
(h1+h2).
Os valores positivos de ψ transformados para cm de coluna de água (10 kPa)
foram utilizados na curva de retenção de água no solo obtida para o local e ajustada
pela equação de van Genuchten (1980) para calcular corrigir a umidade do solo
para a condição saturada (Tabela 3). A equação e os coeficientes são os seguintes:
⌈ | | ⌉
em que o Ɵs representa o conteúdo de água na saturação (kg kg-1), Ɵr o conteúdo
de água residual (kg kg-1), α (hP a-1), n e m coeficientes de ajuste da equação e ψ o
potencial hídrico (hPa).
Tabela 3. Coeficientes de retenção de água no solo ajustada pela equação de van
Genuchten.
Profundidade
(cm)
Coeficiente
Ɵs Ɵr α N m
0-26 0,486 0,188 0,019 1,897 0,473
Devido à alta incidência de mosca branca (Bemisia tabaci) e com o intuito de
criar uma barreira física, utilizou-se o tecido de polipropileno, Agrotêxtil®, branco e
13
com gramatura de 25 g m-2, até 30 DAE quando iniciou florescimento. O tecido ficou
sobre as plantas, a uma altura de 0,5 m do solo, sustentado por um arame esticado
e preso a mourões fincados nas extremidades de cada bloco.
Os ingredientes ativos utilizados nas aplicações para controle de pragas e
doenças na cultura da melancieira foram: Tiosufanato-metilico, deltametrina,
tiametoxam, azoxistrobina e acetamiprido.
3.4 Características avaliadas
Concentração de N-nitrato na solução do solo (mg dm-3): foi obtido com o
auxílio de medidor portátil com micro-eletrodo seletivo (Cardy Meter – Horiba
Inc.). Por parcela, foram usados dois extratores com cápsula cerâmica
microporosa, instalado à frente da planta central da linha de avaliação, a 0,30 m
de profundidade, a 0,10 m da linha de gotejadores, que estava, por sua vez, a
0,10 m da linha da planta. Foram obtidos extratos de solução do solo no início do
florescimento (fruto com 0,05 m de diâmetro), que correspondeu a 33 DAE. Para
a extração da solução do solo foi feita, no extrator, aplicação de vácuo superior a
60 kPa, com bomba manual de vácuo a pistão. Após 24 horas da aplicação do
vácuo, antes da irrigação, as soluções de solo acumuladas nos extratores foram
coletadas com o auxílio de seringa de sucção acoplada a um tubo de plástico. As
amostras foram acondicionadas em frascos de polipropileno.
Teor de N foliar (g kg-1): no aparecimento de flores femininas (35 DAE), de 6 às
8 horas da manhã, foi realizada amostragem da folha para avaliação do teor de N
de acordo com Malavolta et al. (1997). Foram colhidas as sextas folhas, a partir
da ponta da rama, de oito plantas por parcela. Realizou-se lavagem das folhas em
água deionizada, em seguida colocadas para secar em estufa com circulação
forçada de ar a 65°C, até massa constante. Após secagem, as amostras foram
moídas e providenciadas as digestões para determinação dos teores de N-total,
conforme metodologia descrita por Bataglia et al. (1983).
Número de frutos total e comercial (unidades ha-1): foram colhidos e contados
o número de frutos, total e comercial, considerando-se como frutos comerciais
14
aqueles com massa maior ou igual a 7 kg e que não apresentavam rachaduras e
podridões. Iniciou-se a colheita quando os frutos atingiram maturidade fisiológica
(seca da gavinha localizada na base fruto).
Produtividade total e comercial de frutos (kg ha-1): Os frutos foram pesados e
a produção por parcela foi calculada. Em função da máxima produtividade
comercial, calculou-se a produtividade relativa.
Sólidos solúveis (Brix): aleatoriamente, dois frutos de cada unidade
experimental tiveram o teor de sólidos solúveis avaliado. Os frutos foram cortados
ao meio e coletado uma pequena porção de polpa, da região central do fruto,
obtido o suco e feita a leitura em refratômetro portátil.
3.5 Análise de dados
Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e de
regressão, com auxílio do programa estatístico ASSISTAT (versão 7.6) (SILVA e
AZEVEDO, 2009), adotando-se a equação significativa e coeficiente de
determinação.
15
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O teor de N-nitrato na solução do solo (NIT) foi influenciado significativamente
pelas doses de N (Tabela 4).
Tabela 4. Resumo da análise de variância pelo teste F e médias de nitrato na
solução do solo (NIT) e teor de nitrogênio foliar (NF) da melancieira ‘Top Gun’ em
função das doses de N.
Fator NIT NF
Valores de F
Dose de N 4,39* 14,32**
Regr. 1º grau 15,34** 57,56**
Regr. 2º grau 3,40ns 0,006ns
CV (%) 51,82 3,89
Médias
N (kg ha-1) mg dm-3 g kg-1
0 11,89 39,18
50 15,75 38,48
100 23,09 43,94
150 19,77 43,38
200 25,84 43,29
250 56,46 39,18
ns, * e ** = teste F não significativo a 5%, e significativo a 5 a 1%
de probabilidade, respectivamente
Houve ajuste de equação linear para as médias de NIT em função das doses
de N. O menor e maior teor de NIT foram 7,62 mg dm-3 e 43,31 mg dm-3,
respectivamente, aos 33 dias após a emergência (DAE) (Figura 4).
16
Figura 4. Teor de N-nitrato na solução do solo (Y1) e nitrogênio foliar (Y2) da
melancieira ‘Top Gun’ em função de doses de nitrogênio, no início do florescimento
(33 DAE) e início do florescimento feminino (35 DAE), respectivamente.
Avaliando o teor de NIT do solo em diferente épocas (17, 29, 39, 53 e 73 dias
após o trasnplante), em função de doses de N (79,8; 106,4; 133,0; 159,6 e 213,2 kg
ha-1), com os híbridos Shadow e Top Gun, e em Argissolo Vermelho Amarelo,
Feltrim (2010) observou diferença entre os tratamentos, apenas aos 53 dias após o
transplante (DAT), ajustando-se à equação linear, com valor variando de 3,67 a 5,76
mg dm-3. Nas demais épocas, ou seja, 17, 29, 39 e 73 DAT, os valores médios
observados foram 6,70; 6,60; 6,34 e 1,24 mg dm-3, respectivamente. Heckman
(2003), em culturas anuais, afirma que a faixa de teor de NIT no solo considerada
adequada é de 25 a 30 mg dm-3. A variação entre teores de nitrato no solo
observados na literatura pode ser, segundo Sangoi et al. (2003) e Rambo et al.
(2004), devido à profundidade de amostragem, com o sistema de preparo do solo,
tipo de solo e forma de aplicação dos fertilizantes nitrogenados. Na busca pela
eficiência da adubação nitrogenada, o objetivo é a sincronia entre disponibilidade de
N no solo e demanda desse nutriente pela planta, nos seus estádios críticos
(RAMBO et al., 2004; CREWS; PEOPLES, 2005). No caso da melancieira, o estágio
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
0 50 100 150 200 250
N
-n
itr
at
o
(m
g
dm
-3
)
Nitrogênio (kg ha-1)
Y 1= 7 ,625+0 ,14274x R 2= 0 ,69 F= 15 ,34 * *
Y 2= 38 ,78+0 ,03003x R 2= 0 ,78 F=57 ,56 **
Y1
Y2
N
itr
og
ên
io
fo
lia
r (
g
kg
-1
)
17
crítico corresponde ao início do aparecimento de flores femininas (MALAVOLTA et
al., 1997).
O teor de nitrogênio foliar (NF) da melancieira respondeu positivamente ao
incremento na dose de N (Tabela 4), observando-se ajuste linear. Com aumento da
dose, o NF foi de 38,8 g kg-1 para 46,3 g kg-1 (Figura 4). Os teores observados estão
na faixa considerada adequada para a cultura da melancieira, entre 25 e 50 g kg-1 de
N (TRANI e RAIJ, 1997), e conforme Malavolta et al. (1997), que consideram as
plantas deficientes quando menores do que 10 g kg-1 e de toxicidade acima de 50 g
kg-1 de N. As doses de N utilizadas neste trabalho resultaram em teores superiores
aos obtidos por Feltrim et al. (2011), que não observaram efeito significativo de
doses NK (79,8; 106,4; 133,0; 159,6 e 213,2 kg ha-1) (teor médio de 29,5 g kg-1), na
melancieira ‘Shadow’. Por outro lado, os teores foram menores do que os
observados por Goreta et al. (2005), 49,3 a 60,8 g kg-1, quando aplicaram 115, 195 e
275 kg ha‑1 de N à melancieira ‘Crimson Sweet’.
O número de frutos total (NFT) foi influenciado significativamente pela dose
de N (Tabela 5).
18
Tabela 5. Resumo da análise de variância e médias do número de frutos total (NFT)
e comercial (NFC), produtividade total (PT) e comercial (PC), massa de frutos total
(MFT) e comercial (MFC), e teor de sólidos solúveis (SS) da melancia ‘Top Gun’ em
função das doses de N.
Fator NFT NFC MFT MFC PT PC SS
Valores de F
Dose de N 15,42** 7,71** 2,16ns 1,45ns 15,79** 7,30** 0,28ns
Regr. 1º grau 22,23** 25,13** 3,67ns 1,04ns 52,5** 23,1** 0,99ns
Regr. 2º grau 6,42* 8,5* 6,10* 5,84* 18,2** 8,99** 0,10ns
CV (%) 16,14 32,18 10,32 7,82 17,86 33,7 4,68
Médias
N (kg ha-1) ------ unid ha-1 ------- ----- kg fruto-1------ ------- kg ha-1 -------- ºBrix
0 2.481 1.042 6,68 7,89 14,21 8,60 10,55
50 3.592 1.830 7,40 8,60 26,69 16,13 10,55
100 4.100 3.200 8,28 9,05 34,20 29,12 10,70
150 5.866 3.618 7,78 8,73 44,24 31,45 10,65
200 6.311 4.722 8,20 9,02 51,23 41,99 10,90
250 4.900 3.200 7,56 8,33 37,54 27,58 10,60
ns, * e ** = teste F não significativo a 5%, e significativo a 5 a 1% de probabilidade, respectivamente
Verificou-se ajuste de equação quadrática para NFT em função da dose de N
com ponto de máxima de 5.534 frutos ha-1 na dose de 193 kg ha-1 de N (Figura 5).
19
Figura 5. Número de frutos total (Y1) e comercial (Y2) da melancieira ‘Top Gun’ em
função de dose de nitrogênio.
Salienta-se que com a dose zero de N, obteve-se ainda NFT acima que 2.326
(42% do máximo NFT), evidenciando a alta fertilidade natural do solo, isso muito em
função do histórico de cultivos de hortaliças já realizados na área.
O resultado de NFT observado divergiu do encontrado por Barros et al. (2012)
com ‘Crimson Sweet’ pois, em espaçamento entre plantas de 3 x 1 m, os autores
obtiveram efeito linear decrescente no número de frutos de melancia, de
aproximadamente 44,5%, mediante aumento na dose de N de zero para 250 kg ha-1.
Os autores justificaram o efeito negativo do N sobre a frutificação, onde o excesso
de N resulta em aumento demasiado da vegetação, em detrimento do reprodutivo
(abortamento de flores), prolongando o ciclo da cultura (MARSCHNER, 1995). Em
meloeiro, é possível que ocorra redução de 35% das flores femininas e cerca de
50% de flores hermafroditas quando em excesso de N (GOTO; TIVELLI,1998;
FERRE 2003). Avaliando doses de N-K2O na melancieira ‘Shadow’, Feltrim et al.
(2011) não obtiveram diferença no número de frutos. Além destes fatores, o sistema
radicular fica menor em relação à parte aérea, deixando a planta mais suscetível ás
deficiências hídrica e de nutrientes, principalmente fósforo e potássio (PRADO,
2008).
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0 50 100 150 200 250
N
úm
er
o
de
fr
ut
os
(u
ni
d
ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha-1)
Y1=2326,196+33,25646x-0,08618929x2
R2= 0,89 F= 6,42*
Y2=764,3036+33,89118x-0,09011786x2
R2= 0,88 F= 8,5*
Y1
Y2
20
O número de frutos comerciais (NFC) foi influenciado significativamente pelas
doses de N (Tabela 5) e verificou-se ajuste quadrático para as médias (Figura 5). O
maior NFC (3.950,7 frutos ha-1) foi obtido com 188 kg ha-1 de N, representando 71%
do NFT.
De acordo com Prado (2008) e Lopes et al. (2011), com o desenvolvimento
foliar excessivo, em virtude de elevadas doses de N, o efeito positivo do N na
fotossíntese líquida diminui pelo autossombreamento. Segundo Silva et al. (2011),
quando há intenso autossombreamento das superfícies de assimilação e a
interceptação da radiação pela folhagem, em muitos pontos, não é mais suficiente
para manter um balanço positivo de carbono, como consequência, a produção
diminui. Goreta et al. (2005) observaram não apenas efeito linear decrescente no
número de frutos total (7610 a 7000) como também para comercial (5030 a 3650)
quando ministradas doses entre 115 e 275 kg ha-1 de N.
A massa de frutos total (MFT) e comercial (MFC) foram influenciadas
significativamente pelas doses de N (Tabela 5) e houve ajustes de equações
quadráticas para as médias observadas (Figura 6).
Figura 6. Massa do fruto total (Y1) e comercial (Y2) da melancieira ‘Top Gun’ em
função de doses de nitrogênio.
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
0 50 100 150 200 250
M
as
sa
(k
g)
Nitrogênio (kg ha-1)
Y1=6,686607+0,0189017901x-0,00006160714x2
R2= 0,84 F= 6,10*
Y2=7,973214+0,01473929x-0,0000525x2
R2 = 0,85 F= 5,84*
Y1
Y2
21
A máxima de MFT e MFC (8,13 kg e 9 kg, respectivamente), foram obtidas
quando aplicados153 e 128 kg ha-1 de N. Entretanto, considerando apenas o NFC (>
7 kg), quando não houve aplicação de N, produziu frutos com 7,97 kg. Entretanto,
embora a ausência da adubação nitrogenada tenha produzido 42% do NFT máximo,
o incremento na dose de N (zero a 128 kg ha-1), resultou em aumento do MFT
(23%), com reflexo positivo no NFC (71% do NFT).
Barros et al. (2012) obtiveram frutos com 7 kg quando aplicados doses de 92
kg ha-1 de N, e máxima de 9,45 kg com 249 kg ha-1 de N.
As respostas de NFT, NFC, MFT e MF à adubação nitrogenada foram
semelhantes e seguiram coerência com o descrito para efeito do N na melancieira,
corroborando com as informações apresentadas por Andrade Júnior et al. (2006).
Menor NFC pode ser explicado pelo aumento no NFT, que mesmo com ajuste
quadrático, pode-se atribuir maior competição entre os frutos por fotoassimilados, o
que diminuiu a MFC. Resultados semelhantes foram obtidos por Bertin et al. (1998),
com a cultura do tomateiro e Valantin-Morinson et al. (2006) com o meloeiro, onde o
aumento do número de frutos fixados induziu à competição por fotoassimilados entre
drenos e leva à diminuição da massa individual de frutos. Andrade Júnior et al.
(2006) obtiveram massa de fruto total de 8,98 kg, próxima ao obtido neste trabalho,
com 103 kg ha-1 de N.
A produtividade total (PT) e produtividade comercial (PC) foram influenciadas
pelas doses de N (Tabela 5). Com base nas equações quadráticas ajustadas para
as médias observadas, as máximas PT e PC foram de 44,77 t ha-1 e 34,96 t ha-1,
quando aplicados187 kg ha-1 e 184 kg ha-1 de N, respectivamente (Figura 7).
Valores semelhantes para PT foram obtidos por Barros et al. (2012), quando
avaliaram a melancieira ‘Crimson Sweet’ em função de doses de N (zero a 250 kg
ha-1 de N) aplicadas também de modo convencional (manual) e em cultivo irrigado.
Esses autores obtiveram PT máxima de 44,43 t ha-1 com 144,76 kg ha-1 de N. Já
Morais et al. (2008), com a melancieira ‘Charleston Gray’ irrigada, obtiveram máxima
produtividade (68,59 t ha-1) com 267 kg ha-1 de N, também com adubação manual.
Menor dose de N para maximizar produtividades foram obtidas por Goreta et
al. (2005). Andrade Júnior et al. (2006 e 2009), quando utilizaram fertirrigação,
evidenciaram a maior eficiência desse sistema na recuperação do N aplicado.
22
Andrade Júnior et al. (2006), por exemplo, obtiveram PT de 66,77 t ha-1 com 104,48
kg ha-1 de N.
Figura 7. Produtividade total (Y1) e produtividade comercial (Y2) da melancieira ‘top
Gun’ em função de doses de nitrogênio.
Salienta-se que para obter a máxima PC (34,96 t ha-1), a dose de N utilizada
representou 98,4% da dose de N necessária para maximizar a PT (44,77 t ha-1). A
PC obtida neste trabalho foi superior à encontrada por Mousinho et al. (2003), de
30,8 t ha-1 obtida com 222,1 kg ha-1 de N, também utilizando-se do sistema de
adubação convencional e irrigação, e muito aquém da PC obtida por Andrade Júnior
et al. (2006), de 60,17 t ha-1, com apenas 97,61 kg ha-1de N, porém, com
fertirrigação. Vale ressaltar que Andrade Júnior et al. (2006), consideraram como
produtividade comercial os frutos com massa acima de 6 kg.
Na Figura 8, tem-se a relação entre a produção relativa (PR), obtida pela
razão entre a produtividade comercial estimada em casa dose e a produtividade
máxima comercial. Dessa forma, foram estabelecidas três faixas de produção
relativa PR: baixa (PR <70%), média (70 ≤ PR < 90%) e alta (90 ≤ PR ≤ 100%), para
as quais foram relacionadas aos teores de NF e NIT no solo (Figura 8).
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
0 50 100 150 200 250
Pr
od
ut
iv
id
ad
e
(k
g
ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha-1)
Y1=14205,94+326,8069x-0,8736304x2
R2= 0,89 F= 18,2**
Y2= 6206,5+313,3764x-0,8537929x2
R2= 0,87 F= 8,99**
Y1
Y2
23
Figura 8. Produtividade relativa (PR %), teor de nitrogênio foliar (NF) e teor de N-
nitrato na solução do solo (NIT) em função de doses de nitrogênio.
Para obter entre 90% e 100% da PR, os teores de NIT no solo correspondem
à faixa de 24,6 a 33,89 mg dm-3 e os valores de NF de 42,4 a 44,3 g kg-1.
Com quase 234% no aumento de NIT no solo (7,6 para 17,9 mg dm-3), a
melancieira respondeu com incremento de 52,25% da PR. Para incremento de 70%
para 100% da PR, o NIT no solo passou de 17,9 para 33,89 mg dm-3, o que
correspondeu ao incremento de 189% de NIT. Entretanto, o NF teve menor variação
comparada ao teor de NIT na solução do solo. Para obtenção de 70% para 100% da
PR, o NF foi apenas de 8,3%. Vale ressaltar ainda que houve redução de 10% da
PR quando o teor de NF foi maior que 46,13 g kg-1, possivelmente por um efeito e
toxicidade. De acordo com Malavolta et al. (1997), esse teor está acima de 50 g kg-1
de N.
As doses de N não influenciaram o teor de sólidos solúveis (SS) (Tabela 5). A
média de SS foi 10,7%, e encontra-se superior ao mínimo recomendado para a
comercialização (ANDRADE JÚNIOR et al., 2006; ARAÚJO et al., 2011; BARROS et
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 50 100 150 200 250
PR
(%
)
Nitrogênio (kg ha-1)
N
F
(g
k
g-
1 )
Baixo Médio Alto
17,9 24,61 33,89
7,62 14,76 21,89 29,03 36,17 43,31
NIT (mg dm-3)
44,3
42,4
40,9
72 119 184
NF
24
al., 2012). Entretanto, Barros et al. (2012), quando avaliaram ‘Crimson Sweet’,
observaram diferença significativa para SS, com ajuste quadrático, com teor máximo
de 12,2 ºBrix, obtido com 162,75 kg ha-1 de N. O SS foi semelhante aos obtidos por
alguns autores avaliando doses de N em melancieira, com valores médios de 9,8 a
10,7 ºBrix (ANDRADE JÚNIOR et al., 2006; ANDRADE JÚNIOR et al., 2007;
MORAIS et al., 2008).
25
5 CONCLUSÕES
A produtividade comercial máxima da melancieira ‘Top Gun’ atinge 34,96 t ha-1
com a aplicação de 184 kg ha-1 de N.
Doses de até 250 kg ha-1 de N não afetaram o teor de sólidos solúveis dos
frutos.
26
6 REFERÊNCIAS
ANDRADE JÚNIOR, A. S.; DIAS, N. S.; Figueiredo Junior, L. G. M.; RIBEIRO, V. Q.;
SAMPAIO, D. B. Produção e qualidade de frutos de melancia à aplicação de
nitrogênio via fertirrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental, v.10, n.4, p.836-841, 2006.
ANDRADE JÚNIOR, A. S.; DIAS, N. S.; LIRA, R. B.; FIGUEREDO JUNIOR, L. G. M.;
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