R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 Desempenho de Bezerros de Corte Alimentados com Diferentes Fontes Protéicas Asso- ciadas à Silagem de Sorgo Colhida em Duas Alturas de Corte Fernando Miranda Vargas Júnior1, Luis Maria Bonecarrère Sanchez2, Leonir Luis Pascoal2, Marcus Vinicius Morais de Oliveira3 , Ione Maria Pereira Haygert 4, Adriana Frizzo4, Daniel Montagner4 RESUMO - Foram avaliadas três fontes protéicas (uréia - U, farinha penas - Fp e farelo soja - Fs) associadas a duas silagens de sorgo (silagens de sorgo corte alto - SCA e corte baixo - SCB) por intermédio do desempenho de bezerros de corte, confinados por 84 dias. Foram utilizados 36 bezerros mestiços (Charolês/RedAngus/Nelore), castrados, com cinco meses de idade e pesando em média 146,44 kg. Avaliaram-se o ganho de peso médio diário (GMD); o consumo de matéria seca expressos em kg/dia (CMS), percentagem de peso vivo (CMSPV) e peso metabólico (CMSPM); e a conversão alimentar (CA). O delineamento foi inteiramente casualizado por intermédio de um fatorial 3x2. Houve efeito significativo na interação silagem versus fonte protéica para a variável GMD, com o maior GMD para SCAFp (1,61 kg/animal/dia) versus a SCBFs (1,32 kg/animal/dia). Os demais parâmetros não diferiram estatisticamente quando analisada a interação ou isoladamente a silagem ou fonte protéica. A silagem de sorgo corte alto promoveu numericamente um maior GMD e CMS. Palavras-chave: confinamento, farinha de penas, ruminantes. Performance of Beef Calves Fed with Different Protein Sources Associated with Silage of Sorghum Harvested in Two Different Heights ABSTRACT- Three protein sources (urea - U; feather meal - Fm; soybean meal - Sm) associated to two sorghum silage (sorghum at high cutting - SHC; and sorghum at low cutting - SLC) were evaluated by measuring beef calf performance, confined for 84 days. Thirty-six crossbred (Charolês/RedAngus/Nelore) castrated calves, with five months of age and average weight alive on the 146.44 kg, were used. Average daily weight gain (DWG); the dry matter intake expressed in kg/day (DMI), percentage live weight (DMILW) and percentage of metabolic weight (DMIMW) and the feed : gain ratio (FGR) were evaluated. The treatments followed a 3x2 factorial in a completely randomized design. There was significant effect in the interaction silage versus protein source for variable DWG, with the higher DWG for SHCFm (1.61 kg/animal/day) versus SLCSm (1.32 kg/animal/day). The other parameters did not differ when the interaction or separately the silage or protein source was analyzed. The sorghum silage high cutting height promoted numerically higher DWG and DMI. Key Words: feather meal, feedlot, ruminant 1 Zootecnista - Estudante de Doutorado em Zootecnia da UNESP / FMVZ, Botucatu.-SP. E.mail: vargasjr@fca.unesp.br 2 Professor do Departamento Zootecnia da UFSM - RS. E.mail: bone@ccr.ufsm.br; pascoal@ccr.ufsm.br 3 Zootecnista - Estudante de Doutorado em Zootecnia da UFV - MG. E.mail: marcusvm@alunos.ufv.br 4 Mestre em Zootecnia. Introdução A diminuição da idade dos animais para o abate é um dos principais fatores para reduzir o ciclo de produção da bovinocultura de corte no Brasil e ao mesmo tempo obter animais precoces e carne de melhor qualidade. Ao se trabalhar com bovinos jo- vens pode-se aproveitar a melhor eficiência alimentar destes animais, fazendo com que as áreas de pasta- gens sejam liberadas mais cedo e que o retorno do capital investido seja mais rápido. Os requerimentos protéicos de ruminantes jovens são proporcionalmente mais elevados que os seus requerimentos energéticos, já que nesta fase o acúmulo de gordura é baixo e a deposição de músculo é elevada (Orskov, 1987). O N.R.C. (1985), destaca que a suplementação com proteína não degradável no rúmen pode ser um fator importante quando se traba- lha com altos níveis de ganho de peso, salientando que além de não degradável no rúmen, esta proteína, deve ser altamente disponível em nível intestinal. Assim, é interessante maximizar a síntese microbiana, complementando esta, caso haja necessidade, com uma proteína alimentar passante. A máxima produ- ção microbiana poderá ser obtida com alimentos altamente degradáveis como o farelo de soja, associ- 691 R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 VARGAS JR. et al. ado a fontes de nitrogênio não protéico como a uréia, desde que se mantenha a relação de nitrogênio dispo- nível no rúmen e a quantidade de energia liberada por intermédio da fermentação dos alimentos (AFRC, 1993). Pesquisas com farinha de penas hidrolisada, como fonte protéica passante na alimentação de bovinos de corte são limitadas, sendo que as maiores dificulda- des encontradas para se utilizar esta fonte protéica nas rações é a sua baixa palatabilidade. Contudo, a grande disponibilidade deste material em certas regi- ões do país, os seus elevados teores de aminoácidos, principalmente de cistina, e o baixo custo por unidade de proteína podem justificar o uso deste produto (Rakes et al., 1968). A capacidade dos animais em consumir alimentos o suficiente para atender os seus requerimentos de mantença e de produção é um dos fatores mais importantes nos sistemas de alimenta- ção, e em grande parte dependente dos volumosos (NRC, 1997). Os volumosos em geral apresentam uma concen- tração de nutrientes baixa e o suprimento das neces- sidades nutricionais de um animal adulto acaba ocor- rendo devido a sua elevada capacidade digestiva, o que não ocorre com os animais jovens. Havendo assim, a necessidade de se utilizar volumosos de melhor qualidade nutritiva para estas categorias. Certótes et al. (1998), observaram uma tendência de aumento linear nos níveis de proteína bruta e matéria seca e um decréscimo nos níveis de lignina da base para o ápice da planta de sorgo no momento da ensilagem. Deste modo, a realização de um corte mais alto no caule da planta de sorgo no momento da ensilagem, pode ser uma alternativa para reduzir a quantidade de caule, e ao mesmo tempo promover um aumento da digestibilidade. No entanto, Brondani et al. (2000) destacou e Keplin (1996) comprovou, com planta de milho, que a elevação da altura de corte com o objetivo de aumentar o conteúdo energético da silagem e também não trazer ao mesmo tempo para o silo partes do colmo com menor digestibilidade, deve ser feita com moderação. Já que existe uma relação direta entre a altura de corte com a produti- vidade (kg NDT/ha). Pois, se esta for demasiada- mente diminuída em função da altura de corte, poderá haver inviabilização da utilização desta silagem, devido ao aumento do custo da tonelada dessa silagem. O objetivo deste experimento foi avaliar três fontes protéicas (uréia, farelo de soja e farinha de penas) associadas a dois tipos de silagens de sorgo por meio do desempenho de bezerros de corte confinados. Material e Métodos O experimento foi conduzido no Setor de Nutri- ção Animal do Departamento de Zootecnia da Uni- versidade Federal de Santa Maria, na cidade de Santa Maria - RS. Foram utilizados 36 bezerros de corte mestiços (Charolês/RedAngus/Nelore), castrados, com cinco meses de idade e peso vivo médio inicial de 146,44 kg. Os animais foram distribuídos em um fatorial 3x2, sendo três fontes protéicas e duas silagens de sorgo ensiladas com alturas de corte diferentes, formando assim os tratamentos: T1 = silagem corte alto + concentrado contendo uréia (SCAU); T2 = silagem corte baixo + concentrado contendo uréia (SCBU); T3 = silagem corte alto + concentrado contendo farinha de penas (SCAFp); T4 = silagem corte baixo + concentrado contendo farinha de penas (SCBFp); T5 = silagem corte alto + concentrado contendo farelo de soja (SCAFs); T6 = silagem corte baixo + concentrado contendo farelo de soja (SCBFs). A formulação das dietas e os teores de matéria seca e proteína bruta dos ingredientes e das dietas são apresentadas nas Tabelas 1 e 2, respectivamente. As dietas foram formuladas para terem a mesmo teor protéico, cerca de 15% de proteína bruta e mantiveram uma relação volumoso : concentrado de 45 : 55%, na matéria seca. Para a confecção da silagem de sorgo utilizou-se o híbrido AG 2005 E (granífero), sendo que na silagem de corte baixo (SCB) a planta foi cortada a uma altura média de 20 cm, e na de corte alto (SCA) a 45 cm do solo. No momento do corte os grãos encontravam-se farináceos duros. Na Tabela 3 são apresentados os teores de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose, hemicelulose e lignina para as silagens de sorgo corte alto (SCA) e baixo (SCB) e na Tabela 4, as digestibilidade in vitro da matéria orgâ- nica digerível (MOD) - grama de matéria orgânica/ 100g MS, para as silagens de sorgo corte alto e baixo, grão de milho, farelo de soja e farinha de penas. Os bezerros foram distribuídos casualmente em grupos de três por baia, totalizando 12 baias (4x15m2) em um confinamento semicoberto. O período de confinamento foi de 84 dias, sendo 21 dias de adap- tação às dietas e a instalação e 63 dias para a coleta de dados. As pesagens dos animais, em intervalos de 21 dias, foram realizadas após estes permanecerem em jejum absoluto de 12 a 14 horas. O consumo de matéria seca foi determinado através da diferença Desempenho de Bezerros de Corte Alimentados com Diferentes Fontes Protéicas Associadas à Silagem...692 R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 Tabela 1- Composição percentual, na matéria seca, das dietas corte alto + uréia (SCAU); corte baixo + uréia (SCBU); corte alto + farinha de penas (SCAFp); corte baixo + farinha de penas (SCBFp); corte alto + farelo de soja (SCAFs); corte baixo + farelo de soja (SCBFs) Table 1- Percentage composition, in dry matter, of the diets high cutting + urea (SHCU); low cutting + urea (SLCU); high cutting + feather meal (SHCFm); low cutting + feather meal (SLCFm); high cutting + soybean meal (SHCSm); low cutting + soybean meal (SLCSm) Ingredientes Tratamentos 1 Ingredients Treatments1 SCAU SCBU SCAFp SCBFp SCAFs SCBFs SHCU SLCU SHCFm SLCFm SHCSm SLCSm SCA2 45,00 - 45,00 - 45,00 - SHC2 SCB3 - 45,00 - 45,00 - 45,00 SLC3 Grão milho 43,93 43,93 38,40 37,30 33,00 31,00 Grain corn Farelo de soja 10,00 10,00 10,00 10,00 21,00 23,00 Soybean meal Farinha de penas - - 5,60 6,70 - - Feather meal Uréia 1,43 1,81 - - - - Urea Calcário calcítico 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 Calcite calcareous Enxofre4 0,07 0,09 - - - - Sulfur4 Mistura mineral 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 Mineral salt 1 Uma grama/dia/animal de ionóforo (lasalocida sódica). 2 ,3SCA, SCB - silagem de sorgo corte alto e baixo, respectivamente. 4 Flor de Enxofre 96%, sendo ajustada a relação nitrogênio/enxofre em 9:1. 1 One gram/animal/day of ionophore (lasalocid sodic). 2,3 SHC, SLC - silage sorghum high and low cutting, respectively. 4 Flower of sulfur 96%, being adjusted the relationship nitrogen/sulfur in 9:1. Tabela 2- Porcentagem de MS e PB dos ingredientes e das dietas corte alto + uréia (SCAU); corte baixo + uréia (SCBU); corte alto + farinha de penas (SCAFp); corte baixo + farinha de penas (SCBFp); corte alto + farelo de soja (SCAFs); corte baixo + farelo de soja (SCBFs) Table 2 - Percentage of DM and CP of ingredients and of the diets high cutting + urea (SHCU); low cutting + urea (SLCU); high cutting + feather meal (SHCFm); low cutting + feather meal (SLCFm); high cutting + soybean meal (SHCSm); low cutting + soybean meal (SLCSm) Ingredientes Percentual de PB em cada dieta Ingredients Percentage of CP in each diets % M S %PB SCAU SCBU SCAFp SCBFp SCAFs SCBFs %DM %CP SHCU SLCU SHCFm SLCFm SHCSm SLCSm SCA1 48,05 7,91 3,56 - 3,56 - 3,56 - SHC1 SCB2 50,69 6,15 - 2,77 - 2,77 - 2,77 SLC2 Grão milho 87,03 7,50 3,19 3,16 2,88 2,80 2,47 2,32 Grain corn Farelo soja 89,06 45,91 4,59 4,59 4,59 4,59 9,64 10,56 Soybean meal Farinha penas 92,22 77,92 - - 4,36 5,22 - - Feather meal Uréia 100,0 280,0 4,0 5,1 - - - - Urea % PB - - 15,46 15,74 15,39 15,38 15,67 15,65 %CP 1, 2 SCA, SCB - silagem de sorgo corte alto e baixo, respectivamente. 1, 2 SHC, SLC - silage sorghum high and low cutting, respectively. 693 R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 VARGAS JR. et al. entre o alimento oferecido menos às sobras. Deste modo, tanto os alimentos oferecidos como as sobras eram coletadas diariamente, pesadas e amostradas. As amostras diárias eram congeladas formando uma amostra composta de sete dias por baia. Posterior- mente, realizaram-se análises dos teores de MS e PB da semana por baia. As variáveis avaliadas foram o ganho de peso médio diário (GMD); o consumo de matéria seca expressos em kg/dia (CMS), em percentagem de peso vivo (CMSPV) e em relação ao peso metabó- lico (CMSPM); e a conversão alimentar (CA). Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado na forma de um fatorial 3x2, sendo três fontes protéicas a uréia, a farinha de penas e o farelo de soja, e duas silagens a silagem sorgo corte alto (SCA) e a silagem sorgo corte baixo (SCB). Cada tratamento foi composto de duas repetições repre- sentando cada repetição a média de três animais, totalizando 36 animais. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste Tukey, em nível de 5%, sendo utilizado como covariável o peso vivo inicial. Os dados foram analisados por intermédio do pro- grama estatístico SAS (1990). Também foi executado através da técnica de degradabilidade in situ, utilizando-se dois bois holan- deses - com peso vivo médio de 450 kg - providos de cânulas ruminal, um estudo com o intuito de se observar o desaparecimento ruminal da MS e PB dos ingredientes incluso nas dietas experimentais. Este ensaio foi realizado segundo os procedimentos des- critos no A.F.R.C. (1992). Os bois permaneceram confinados individualmente, em baias de alvenaria provida de cocho e bebedouro automático; sendo as amostras dos alimentos moídas em peneira de 1 e 4mm, e colocadas em sacos de náilon de 21x10cm, com porosidade de 48micras, nas quantidades de 15 e 5mg de MS/cm2, para os alimentos concentrados e volumosos respectivamente. Os tempos de incuba- ção dos alimentos concentrados foram de 0, 2, 6, 8, 24 e 48hs e das silagens de 0, 8, 12, 24, 48 e 72hs. Ao final do ensaio todos os sacos foram retirados do rúmen, e juntamente com os sacos do tempo zero foram lavados por turbilhonamento até que a água ficasse completamente limpa. Os sacos foram secos em estufa de 650C por 24hs; posteriormente realizado a determinação de PB, através do método Kjeldahl (Silva, 1990). Os valores de degradabilidade da MS e PB foram calculados através do modelo Dg = a + b (1-exp-ct), descrito por Orskov & Mc Donald (1979), que subdivide os alimento degradado no rúmen nas frações ‘’a’’ (rapidamente degradável), ‘’b’’ (lenta- Tabela 3- Teores de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose, hemicelulose e lignina para as silagens de sorgo corte alto (SCA) e baixo (SCB) Table 3 - Contents of fiber in neutral detergent (NDF), fiber in acid detergent (ADF), cellulose and hemicellulose, lignin for the sorghum silage high (SHC) and low (SLC) cutting Ingredientes Porcentagem na matéria seca Ingredients Percentage of dry matter FDN FDA Celulose Hemicelulose Lignina NDF ADF Cellulose Hemicellulose Lignin SCA 37,22 20,88 16,76 16,34 3,28 SHC SCB 40,24 24,62 19,86 15,62 3,31 SLC Tabela 4 - Digestibilidade in vitro da matéria orgânica digerível (MOD) Table 4 - Digestibility in vitro of the digestible organic matter (DOM) SCA2 SCB3 Grão milho Farelo soja Farinha penas SHC2 SLC32 Grain corn Soybean meal Feather meal MOD1 48,53 42,18 55,34 73,32 30,52 DOM1 1 Grama de matéria orgânica/100 g MS; 2,3 SCA, SCB - silagem sorgo corte alto e baixo, respectivamente. 1 Gram of organic matter/100g DM; 2,3 SHC, SLC - silage sorghum high and low cutting, respectively. Desempenho de Bezerros de Corte Alimentados com Diferentes Fontes Protéicas Associadas à Silagem...694 R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 mente degradável) e ‘’c’’ (taxa de degradação de ‘’b’’ por unidade de tempo); sendo a degradabilidade efetiva calculada pelo modelo Dge = a + bc / c + k, descrito por Mc Donald (1981), sendo ‘’k’’ a taxa fracional de passagem do alimento pelo rúmen por unidade de tempo. Na Tabela 5, estão descritos os valores dos coeficientes ‘a’, ‘b’, ‘c’ e as degradabilidades efetivas, para as velocidades de passagem se 2, 5 e 8 %/h, da matéria seca e proteína bruta dos ingredientes incluídos nas dietas. Tabela 5 - Valores dos coeficientes ‘a’, ‘b’, ‘c’; e as degradabilidades efetivas, para velocidades de passagem se 2, 5 e 8 %/h, da matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) dos ingredientes incluso nas dietas Table 5 - Values of coefficients ‘a’, ‘b’, ‘c’; and of effective degradability, for rate of passage if 2, 5 and 8%/h, of the dry matter (DM) and crude protein (CP) of the ingredients included in the diets Ingredientes Coeficientes Degradabilidade efetiva Ingredients Coefficients Effective degradability a b c 2%/h 5%/h 8%/h MS DM SCA1 31,52 53,31 0,0376 66,30 54,40 48,80 SHC1 SCB2 32,82 55,90 0,0383 69,50 57,10 50,90 SLC2 Grão milho 32,09 67,91 0,0525 81,30 66,90 59,00 Grain corn Farelo soja 36,07 63,93 0,0538 82,70 69,20 61,80 Soybean meal Farinha penas 22,44 15,79 0,0982 35,60 32,90 31,10 Feather meal PB CP SCA 41,68 49,47 0,0330 72,50 61,40 56,10 SHC SCB 24,63 64,72 0,0393 67,50 53,10 45,90 SLC Grão milho 28,02 71,98 0,0332 72,09 56,70 49,10 Grain corn Farelo soja 16,45 83,55 0,0493 75,90 57,90 48,30 Soybean meal Farinha penas 23,30 15,71 0,1169 36,60 34,20 32,50 Feather meal 1, 2 SCA, SCB - silagem de sorgo corte alto e baixo, respectivamente. 1, 2 SHC, SLC - silage sorghum high and low cutting, respectively. Resultados e Discussão Os resultados obtidos para peso vivo inicial (PI), peso vivo final (PF), ganho de peso médio diário (GMD), ganho de peso total no período (GP) dos tratamentos SCAU, SCBU, SCAFp, SCBFp, SCAFs e SCBFs encontram-se na Tabela 6. A avaliação dos resultados permite inferir que ocorreram diferenças significativas no PF, GMD e GP entre as dietas. O tratamento SCAFp proporcio- nou os maiores PF, GMD e GP e diferiu estatistica- mente no GMD do tratamento SCBFs, proporcionan- do um ganho de peso 22,15% superior a este, não havendo diferenças significativas entre os demais tratamentos. Todavia, mesmo não havendo diferen- ças o tratamento SCAFp, que combina uma silagem de maior nível energético e um menor nível de proteína degradável no rúmen, apresentou um ganho de peso médio 4,95 e 11,03% superior a média dos tratamentos SCAU, SCBU e SCAFs; e ao tratamen- to SCBFp, respectivamente. Na Tabela 7, são apresentados o consumo de matéria seca, expresso em kg/dia (CMS), percenta- gem do peso vivo (CMSPV) e em função do peso 695 R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 VARGAS JR. et al. metabólico (CMSPM); o consumo de proteína bruta (CPB); e a conversão alimentar (CA) dos tratamen- tos SCAU, SCBU, SCAFp, SCBFp, SCAFs e SCFs; e na Tabela 8 a estimativa dos parâmetros de ganho de peso médio diário (GMD), consumo diário de matéria seca (CMS) e conversão alimentar (CA), para os fatores silagens e fontes protéicas. As variáveis CMS, CMSPV, CMSPM, CPB e CA não diferiram entre os tratamentos, sendo os consumos médios de matéria seca expressos em kg/ dia, percentagem de peso vivo e peso metabólico de 6,83 kgMS/animal/dia, 3,52 kgMS/100kgPV e 134,49 gMS/PV0,75, respectivamente. Verificou-se, portan- to, um elevado consumo para esta categoria animal, já que esta ingestão de matéria seca equivale ao de uma vaca leiteira de alta produção. Isto pode ser explicado pela alta velocidade de passagem do ali- mento pelo trato gastrintestinal, sem que ocorresse diminuição da digestibilidade, o que se deduz pela CA - com média de 4,58 kg MS/kg de ganho. O consumo de proteína bruta foi semelhante entre os tratamentos e compatível com ganho de peso preconizado pelo N.R.C., (1996). A variável CA do tratamento SCAFp, apesar de não diferir estatisticamente dos demais, apresentou numericamente melhor CA, sendo 13,4% superior ao tratamento SCBFs. Não foram verificadas diferenças significativas entre os fatores quando estes foram analisados sepa- radamente. Todavia, os animais que consumiram a silagem de SCA apresentaram numericamente me- lhor desempenho que os animais alimentados com a SCB, com GMD e CMS superiores em 8,72 e 5,10%, respectivamente, além de uma CA 4,07% menor; sendo isto um reflexo da sua melhor qualidade nutri- tiva (menores teores de FDN, FDA, lignina - Tabela 3), maior digestibilidade da matéria orgânica (Tabela 4) e maior degradabilidade ruminal da proteína bruta (Tabela 5). Brondani et al. (2000), no entanto, observaram que a silagem de sorgo, feita com a planta cortada a 45 cm de altura versus a cortada em 19 cm, propor- cionava melhor desempenho, quando fornecida a bezerros confinados, devido à maior concentração de energia. Sendo isto um reflexo do menor percentual de colmo, da parte inferior da planta, existente na silagem. Estes autores observaram GMD e CMS 11,6 e 1,3% superior para a silagem de corte alto, respec- tivamente, e CA 10,2% menor. Ao analisar as fontes protéicas, verifica-se que as dietas com farelo de soja tenderam a proporcionar ganhos de peso inferiores as outras fontes. Já as dietas com farinha de penas apesar de serem menos degradadas no rúmen, devido a sua baixa solubilida- de, foram potencialmente absorvidas no intestino compensando assim a menor síntese microbiana. O elevado consumo também influenciou no desempe- nho dos animais, já que este possivelmente propor- cionou uma alta taxa de passagem dos alimentos, permitindo assim aumento da proteína verdadeira que chegou no intestino delgado, compensando quantitativamente a menor qualidade dos aminoácidos da farinha de penas, comparada com a proteína microbiana. Já as dietas contendo uréia possivelmente permitiram sintetizar uma quantidade de proteína microbiana, que somada a proteína dietética não degradada, foram suficientes para promover também o alto desempenho apresentado pelos animais. Tabela 6 - Peso vivo inicial e final; ganho de peso diário e total no período dos tratamentos SCAU, SCBU, SCAFp, SCBFp, SCAFs e SCFs1 Table 6 - Initial and final live weight, daily and total in the period weight gain of the treatments SHCU, SLCU, SHCFm, SLCFm, SHCSm and SLCSm1 Tratamentos Peso vivo (kg) Ganho peso (kg) Treatments Live weight (kg) Weight gain (kg) Inicial Final Diário Total Initial Final Daily Total SCAU 150,07 242,74 ab 1,527 ab 96,29 ab SHCU SCBU 144,53 243,16 ab 1,536 ab 96,73 ab SLCU SCAFp 146,90 247,84 a 1,610 a 101,40 a SHCFm SCBFp 146,43 237,50 ab 1,450 ab 91,05 ab SLCFm SCAFs 151,93 243,42 ab 1,540 ab 96,97 ab SHCSm SCBFs 138,80 229,32 b 1,318 b 82,89 b SHCSm Média 46,44 240,67 1,497 94,22 Average CV (%) - 1,99 5,06 5,08 CV (%) 1 SCAU - silagem corte alto + uréia; SCBU - silagem corte baixo + uréia; SCAFp - silagem corte alto + farinha de penas; SCBFp - silagem corte baixo + farinha de penas; SCAFs - silagem corte alto + farelo de soja; e SCBFs - silagem corte baixo + farelo de soja; a ,b Letras diferentes na coluna indicam diferença significa- tiva pelo teste de Tukey a 5%. 1 SHCU - silage high cutting + urea; SLCU - silage low cutting + urea; SHCFm - silage high cutting + feather meal; SLCFm - silage low cutting + feather meal; SHCSm - silage high cutting + soybean meal; and SLCSm - silage low cutting + soybean meal; a,b Different letters in the column indicate significant difference for the test of Tukey at 5%. Desempenho de Bezerros de Corte Alimentados com Diferentes Fontes Protéicas Associadas à Silagem...696 R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 Um alto CMS também foi verificado por Oliveira (1999), que não encontrou diferenças significativas para GMD e CMS, quando comparou dietas contendo silagem de sorgo como volumoso associado com farelo de soja ou farinha de penas como parte do concentrado. No entanto, este autor verificou nume- ricamente maior ganho de peso e consumo de MS para as dietas contendo o farelo de soja, contrariando os resultados obtidos nesta pesquisa. Já Huston & Shelton (1971), observaram uma tendência de redu- ção dos ganhos de peso de cordeiros alimentados com dietas contendo silagem de sorgo e farinha de penas, quando comparada com aqueles animais que recebe- ram dietas contendo o farelo de soja. No entanto, Zinn & Shen (1998), destacam que o aumento do consumo de energia com a suplementação protéica pode ser resultado direto da proteína da dieta suplementar a qual satisfaz a necessidade específica de aminoácidos limitantes; assim, a proteína suplementar pode esti- mular o consumo de energia e indiretamente melhorar a aceitabilidade da dieta, acentuando a função diges- tiva e a velocidade de passagem pelo trato gastrintestinal. Tabela 7- Consumo de matéria seca, expressos em kg/dia (CMS), em percentagem do peso vivo (CMSPV) e em função do peso metabólico (CMSPM); consumo de proteína bruta (CPB); e conversão alimentar (CA) dos tratamentos SCAU, SCBU, SCAFp, SCBFp, SCAFs e SCFs1 Table 7- Dry matter intake, express in kg/day (DMI), in percentage of the live weight (DMILW), in relation of the metabolic weight (DMIMW), crude protein intake (CPI), and the feed:gain ratio (FGR) of the treatments SHCU, SLCU, SHCFm, SLCFm, SHCSm and SLCSm1 Tratamentos CMS2 CMSPV3 CMSPM 4 CPB5 CA6 Treatments DMI2 DMILW 3 DMIMW 4 CPI 5 FGR6 SCAU 6,91 3,54 132,35 1,068 4,50 SHCU SCBU 6,80 3,49 130,53 1,070 4,45 SLCU SCAFp 6,97 3,54 132,59 1,073 4,33 SHCFm SCBFp 6,60 3,44 127,91 1,015 4,56 SLCFm SCAFs 7,11 3,63 135,84 1,114 4,61 SHCSm SCBFs 6,58 3,51 129,73 1,030 5,00 SHCSm Média 6,83 3,52 134,49 1,062 4,58 Average CV (%) 4,67 4,71 4,61 4,72 6,18 CV (%) 1 SCAU - silagem corte alto + uréia; SCBU - silagem corte baixo + uréia; SCAFp - silagem corte alto + farinha de penas; SCBFp - silagem corte baixo + farinha de penas; SCAFs - silagem corte alto + farelo de soja; e SCBFs - silagem corte baixo + farelo de soja; 2, 3, 4, 5, 6 kg MS/animal/dia; kgMS/100kgPV; gMS/PV0,75; kgPB/animal/dia; CMS/GMD, respectivamente. 1 SHCU - silage high cutting + urea; SLCU - silage low cutting + urea; SHCFm - silage high cutting + feather meal; SLCFm - silage low cutting + feather meal; SHCSm - silage high cutting + soybean meal; and SLCSm - silage low cutting + soybean meal. 2, 3, 4, 5, 6 kg DM/animal/day; kgDM/100kgLW; gDM/LW0,75; kgCP/animal/day; DMI/WGD, respectively. Jordan & Jordan (1955) e Jordan & Croom (1957), também verificaram desempenhos semelhantes em dietas contendo mistura de farelo de soja e farinha de penas quando comparadas com dietas contendo ape- nas o farelo de soja, sendo verificado, no entanto, uma tendência de um maior consumo para a dieta com farinha de penas, o que não ocorreu nesta pesquisa onde as diferentes fontes protéicas promoveram con- sumos semelhantes. Todavia, resultados semelhan- tes foram encontrados por Church et al. (1982), que verificaram que quando o farelo de soja foi substitu- ído parcialmente pela farinha de penas o ganho de peso e a qualidade das carcaças de novilhos perma- neceu semelhante, sendo que o mesmo ocorreu quan- do o farelo de algodão e a uréia foram inclusos nestas comparações. Pascoal (1992), também não verificou diferenças em proteínas de alta ou de baixa degradabilidade ruminal, quando fornecidas a bovi- nos de corte confinados, sendo utilizado como fontes protéicas à uréia, o farelo de soja e a farinha de carne. Na Tabela 9 é descrita a análise econômica em função dos tratamentos. A quantidade residual de material que ficou na lavoura ao se cortar as plantas 697 R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 VARGAS JR. et al. Tabela 8 - Estimativa dos parâmetros de ganho de peso médio diário (GMD), consumo diário de matéria seca (CMS) e conversão alimentar (CA), para os fatores silagens e fontes protéicas Table 8 - Estimate of the parameters of daily weight gain (DWG), intake dry matter (DMI) and the feed:gain ratio (FGR), separately for the factors silage and sources protein GMD1 CMS2 CA3 DWG1 DMI2 FGR3 Silagens (Silage) Silagem sorgo corte alto (Silage sorghum high cutting) 1,559 7,00 4,48 Silagem sorgo corte baixo (Silage sorghum low cutting) 1,434 6,66 4,67 Fontes protéicas (Sources protein) Uréia (Urea) 1,531 6,85 4,47 Farinha de Penas (Feather meal) 1,530 6,78 4,44 Farelo de soja (Soybean meal) 1,429 6,85 4,81 1, 2, 3 kg/dia; kgMS/animal/dia; CMS/GMD, respectivamente (1, 2, 3 kg/day; kgDM/animal/day; DMI/DWG, respectively). Tabela 9 - Análise econômica em função das dietas corte alto + uréia (SCAU); corte baixo + uréia (SCBU); corte alto + farinha de penas (SCAFp); corte baixo + farinha de penas (SCBFp); corte alto + farelo de soja (SCAFs); corte baixo + farelo de soja (SCBFs) Table 9 - Economical analysis in function of the diets high cutting + urea (SHCU); low cutting + urea (SLCU); high cutting + feather meal (SHCFm); low cutting + feather meal (SLCFm); high cutting + soybean meal (SHCSm); low cutting + soybean meal (SLCSm) Ingredientes Tratamentos 1 Ingredients Treatments1 SCAU SCBU SCAFp SCBFp SCAFs SCBFs SHCU SLCU SHCFm SLCFm SHCSm SLCSm Consumo - animal/dia na MS Intake - animal/day in DM Concentrado 3,80 3,74 3,83 3,63 3,91 3,62 Concentrate Volumoso 3,11 3,06 3,14 2,97 3,20 2,96 Roughage Custos - Costs Concentrado/100 kg na dieta (US$)1 7,53 7,60 7,69 7,76 7,86 7,97 Concentrate/100 kg in diet (US$)1 Volumoso/100 kg na dieta (US$)2 1,26 1,13 1,26 1,13 1,26 1,13 Roughage/100 kg in diet (US$)2 Concentrado/Animal/dia (US$) 0,286 0,284 0,295 0,282 0,307 0,288 Concentrate/Animal/day (US$) Volumoso/Animal/dia (US$) 0,039 0,035 0,040 0,034 0,040 0,034 Roughage/Animal/day (US$) Alimentação/Animal/dia (US$) 0,325 0,319 0,334 0,315 0,348 0,322 Feeding/Animal/day (US$) Total: Alimentação/Animal (US$) 19,53 19,14 20,05 18,93 20,87 19,32 Total: Feeding/Animal/day (US$) Custo geral (US$)3 27,93 27,37 28,67 27,07 29,84 27,62 General costs (US$)3 Ganho de peso em arrobas 4 3,38 3,39 3,56 3,19 3,40 2,91 Weight gain in arroba 4 Receita bruta: ganho em arrobas (US$)5 69,94 70,25 73,65 66,13 70,43 60,20 Gross income: gain in arrobas (US$)5 Receita líquida (US$) 42,01 42,88 44,98 39,06 40,59 32,58 Net income (US$) 1 Dados utilizados: milho (122,75 US$/t MS), farelo de soja (175,37 US$/t MS), farinha de penas (194,44 US$/t MS) e uréia (180,58 US$/ t MS); sendo US$ 1,00 = 1,08 reais (Data used: corn (122.75 US$/t DM), soybean meal (175.37 US$/t DM), feathers of meal (194.44 US$/t DM) and urea (180.58 US$/t DM), being US$ 1.00 = 1.08 R$). 2 Custo baseado no rendimento: SSCA= 12.466 kg MS/ha e custo de 27,99 US$/t MS/ha ; SSCB=13.790 kg MS/ha e custo de 25,19 US$/ t MS/ha (Costs based on the income: SHC = 12.466 kg DM/ha and cost of 27.99 US$/t DM/ha; SLC=13.790 kg DM/ha and cost of 25.19 US$/t DM/ha). 3 No custo geral está incluído o custo com a alimentação e operacional, sendo este último estimado em 30% do custo geral (In the General Cost is included the cost with the feeding and operational, being this last dear in 30% of the general cost). 4 Relativo ao ganho peso durante os 60 dias de confinamento considerando um rendimento de carcaça de 55% (Relative to the weight gain during the 60 days of confinement considering an income of carcass of 55%). 5 Valor da arroba considerada = 20,7 US$, média dos últimos 20 anos (Value of the arroba considered = 20.7 US$, average of the last 20 years). Desempenho de Bezerros de Corte Alimentados com Diferentes Fontes Protéicas Associadas à Silagem...698 R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.690-698, 2003 de sorgo a 45 cm acima do solo, em comparação as que foram cortadas a 20 cm acima do solo, foi de 10%, sendo que este valor fez o diferencial no custo de produção em relação às silagens. A receita líquida de todos os tratamentos foi muito boa, sendo isso reflexo do excelente desempenho dos animais, notifi- cado pelo alto ganho de peso diário e ótima conversão alimentar. Verifica-se também que, com exceção do tratamento SCBFs, todos os outros mantiveram uma receita líquida semelhante, havendo no entanto, uma tendência dos tratamentos com silagem de corte alta apresentarem melhor receita. Conclusões A silagem feita com planta de sorgo granífero, variedade AG 2005 E, cortada a 45 cm do solo no momento da ensilagem possibilitou numericamente maiores consumos de matéria seca e ganho de peso diário, independentemente da fonte protéica (uréia, farinha de penas, farelo soja) utilizada no concentrado. A silagem de sorgo corte alto associado ao concen- trado contendo farinha de penas proporcionou maiores respostas nas variáveis ganhos de peso vivo final, diário e total no período, que a silagem de sorgo corte baixo associado ao concentrado contendo farelo de soja. Literatura Citada AGRICULTURAL AND FOOD RESEARCH COUNCIL- A.F.R.C. Energy and protein requirements of ruminants. An advisory manual prepared by the AFRC Technical Committee on Responses to Nutrients. CAB International/ UK, 1993. 159p. AGRICULTURAL AND FOOD RESEARCH COUNCIL- AFRC. Nutritive requirements of ruminants animals protein. Nutrition Abstracts and Reviews (Series B), v.62, n.12, p.787-835, 1992. BRONDANI, I.L.; ALVES FILHO, D.C.; BERNARDES, R.A.C. Silagem de alta qualidade para bovinos. In: RESTLE, J. et al. (ed.) Eficiência na produção de bovinos de corte. Santa Maria: Universidade Federal, 2000. 369p. CERTÓTES, L.; SANCHEZ, L.M.B.; OLIVEIRA, M.V.M. et al. Estudo sistemático das secções da planta de sorgo forrageiro. In: JORNADA ACADÊMICA INTEGRADA, 13., 1998, UFSM, Santa Maria. Anais..., Santa Maria, 1998. p.366. CHALUPA, W. Methods for estimating protein requirements and feed protein values for ruminants. Feedstuffs, n.52, p.18-20, 1980. CHURCH, D.C.; DAUGHERTY, D.A.; KENNICK, W.H. Nutritional evaluation of feather and hair meals as protein sources for ruminants. Journal of Animal Science, v.54, n.2, p.337-344, 1982. Recebido em: 29/07/02 Aceito em: 19/11/02 HUSTON, J.E.; SHELTON, M. An evaluation of various protein concentrates for growing-finishing lambs. Journal of Ani- mal Science, v.32, p.334-338, 1971. JORDAN, R.M.; CROOM, H.G. Feather meal as a sources of protein for fattening lambs. Journal of Animal Science, v.16, p.118-124, 1957. JORDAN, R.M.; JORDAN, P.S. Comparative value of feather meal and soybean meal as a protein supplements for fattening lambs. Journal of Animal Science , v.14, p.1211-1212, 1955. KEPLIN, L.A.S. Silagens de grãos úmidos. Informativo Pioneer- Nutrição Animal, 1996. 4p. Mc DONALD, I. Short note: A revised model for the estimation of protein degradability in the rumen. Journal of Agricultural Science, v.96, p.251-252, 1981. NATIONAL RESEARCH COUNCIL - N.R.C. Nutrient requirements of beef cattle. 7.rev.ed. Washington, D.C.: National Academy Press, 1996. 242p. NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC. Predicting feed intake of food producing animals. Washington, D.C.: National Academy Press, 1997. 85p. NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC. Ruminant nitrogen usage. Washington, D.C.: National Academy Press, 1985. 138p. OLIVEIRA, M.V.M. Avaliação das farinhas de peixe e pena, para bezerros leiteiros confinados aos 60 dias de idade, através de dietas calculadas em termos de proteína bruta ou proteína metabolizável. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 1999. 101p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Santa Maria, 1999. ORSKOV, E.R. The feeding of ruminants, principles and practice. Rowett Research Institute, Aberdeen. Chalcombre Publications, 1987. 91p. ORSKOV, E.R.; Mc DONALD, I. The estimation of protein degradability in the rumen from incubation measurements weighted according to rate of passage. Journal of Agricultural Science, v.92, p.499-503, 1979. PASCOAL, L.L. Efeito da proteína de alta ou de baixa degradabilidade ruminal associada a cana-de-açúcar ou ao capim napier na alimentação de bovinos confinados. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 1992. 159p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Santa Maria, 1992. RAKES, A.H.; DAVENPORT, D.G.; PETTYJOHN, J.D. et al. Hydrolyzed feather meal as a protein supplement for lactating dairy cows. Journal of Dairy Science, v.51, n.10, p.1701- 1702, 1968. SILVA, D.J. Análise de alimentos (Métodos químicos e bio- lógicos). Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 1990. 160p. STATISTIC ANALYSIS SYSTEM - SAS. User’s guide. Cary: 1990. 890p. ZINN, R.A.; SHEN, Y. An evaluation of ruminally degradable intake protein and metabolizable amino acid requirements of feedlot calves. Journal of Animal Science , v.76, p.1280-1289, 1998.