UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO EDUCAÇÃO FÍSICA GUSTAVO GONZALO GUIMARÃES A NATAÇÃO DE BEBÊS: PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS, SUA DIDÁTICA E SUA RELAÇÃO COM A EDUCAÇÃO FÍSICA Rio Claro 2018 GUSTAVO GONZALO GUIMARÃES A NATAÇÃO PARA BEBÊS: PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS, SUA DIDÁTICA E SUA RELAÇÃO COM A EDUCAÇÃO FÍSICA Orientador: Prof. Dr. Luiz Augusto Normanha Lima Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Câmpus de Rio Claro, para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física. Rio Claro 2018 Dedico este trabalho à minha família e amigos. AGRADECIMENTO Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, por ter me dado a oportunidade de estar traçando meu caminho. Tenho certeza de que vovô Guimarães, vovó Aracy e Yayo estão me protegendo e me guardando por todos os caminhos que passo. Sem a minha família, meu pai Lívio Cássio, minha mãe Sandra, minha irmã Elisa, minha avó Yaya, meu tio Ricardo, minha tia Luísa, meu tio Levy, meu tio Pato, meus primos Eduardo, Marcos e Marcelo e Ricardo, eu não seria capaz de suportar e passar pelos desafios propostos a mim. Agradeço imensamente à minha namorada, Marcelle, que me deu suporte em todas as minhas dúvidas, além de me apoiar sempre. E por último, mas não menos importante, aos meus amigos de Cruzeiro, Raphael Mollica, Luiz Gustavo Souza, Lucas Ourique (Mumuco) e do grupo 183 e aos de Rio Claro, da República Catota, que foram a minha família durante meus anos de graduação. Sem sombra de dúvidas todas essas pessoas foram muito importantes para minha formação tanto pessoal quanto profissional. Para mais, quero agradecer também ao professor Luiz Normanha, que acreditou e não desistiu de mim, e me ajudou bastante nesse processo, com muita parceria. Todos os professores que tive a oportunidade de ter contato em todos esses anos, também contribuíram positivamente para meu crescimento acadêmico e pessoal. RESUMO A área de Natação para Bebês está dentro das atividades aquáticas e é uma área relativamente recente, se levarmos em consideração de que os primeiros estudos feitos com esse tema começaram da década de setenta e que anteriormente esse modo de interação com o ambiente aquático era um mito perante a visão da ciência. Depois que surgiram as primeiras pesquisas com esse tema apareceu então inúmeros conhecimentos e descobertas relacionados ao desenvolvimento psicomotor, cognitivo e social dos bebês, utilizando como instrumento de estimulo a natação. O objetivo deste estudo é realizar uma comparação entre os princípios pedagógicos e didáticos da Natação para Bebês com os princípios pedagógicos, didáticos e educacionais da Educação Física e verificar como a Natação para Bebês insere-se na Educação Física enquanto ferramenta educacional. Palavras-chave: Natação de Bebês. Princípios Pedagógicos. Didática. ABSTRACT The infant swimming area is within the aquatic activities and is a relatively recent area if we take into account that the first studies done with this theme began in the seventies and that previously this mode of interaction with the aquatic environment was a myth before the vision of science. After the first research with this theme appeared, then came innumerable knowledge and discoveries related to the psychomotor, cognitive and social development of the babies, using as an instrument to stimulate swimming. The aim of this study is to compare the pedagogical and didactic principles of swimming for infants with the pedagogical, didactic and educational principles of Physical Education and to verify how swimming for infants is part of Physical Education as an educational tool. Keywords: Swimming for babies. Pedagogical Principles. Didactic. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 9 2. OBJETIVO ....................................................................................................... 11 3. MÉTODO ......................................................................................................... 12 4. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 13 4.1 Desenvolvimento da natação: contribuições nacionais e internacionais ...... 13 4.2 Natação e Natação de Bebês: finalidades e benefícios .......................................... 17 4.2.1 Aspectos motores......................................................................................................................16 4.2.2 Aspectos cognitivos...................................................................................................................18 4.2.3 Aspectos afetivo-sociais............................................................................................................19 4.2.4 Aspectos terapêuticos...............................................................................................................20 4.2.5 Aspectos educacionais..............................................................................................................20 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 23 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 19 ORIENTADOR ....................................................................................................... 29 DISCENTE ..................................................................................................................... 30 9 1. INTRODUÇÃO Incontestavelmente a utilização do meio aquático não é um hábito recente, o homem da pré-história já fazia uso desse meio com bastante frequência (Tahara, Santiago & Tahara, 2006). Naquele tempo, provavelmente, o animal racional, protegendo-se contra os eventuais ataques dos inimigos, imaginou um meio seguro de repousar, podendo assim através do nado locomover-se para alcançar o descanso ou a sua residência (Santos, 2009). A natação está e sempre esteve em desenvolvimento, sendo utilizada para diversos objetivos – segundo Lewillie (1983), citado por Saavedra et al. (2003), ela fez parte da educação em Roma, e um exemplo disso é que dentro das suas termas existiam piscinas com mais de setenta metros de comprimento, afinal nos países do norte da Europa a natação era vista como uma atividade benéfica; e os romanos possuíam uma visão mais lúdica de se tratar água (Lewin, 1979; Reyes, 1998). Já no Renascimento é possível observar que a consciência corporal é um pouco mais aprofundada no que diz respeito às atividades aquáticas, deste modo, essa prática passa a ser considera como uma matéria idônea dentro das atividades físicas (Reyes, 1998) – e como fruto desta concepção, surgem os primeiros escritos referentes à natação, como é o livro do alemão Nicholas Wymman (1538), por exemplo. A natação vem evoluindo cada vez mais e mostrando sempre seus benefícios, principalmente relacionados à saúde, em aspectos mentais e físicos (Veslaco, 1997), além de proporcionar um ambiente facilitador de aprendizagem e de desenvolvimento de sujeitos, contribuindo também com autonomia e desenvolvimento social dos mesmos (A relação do desempenho escolar com a pratica da natação, 2013). Do mesmo modo, essa prática oferece diversos fins, como: competitivo, recreativo, segurança, terapêutico, condicionamento físico ou simplesmente um meio de relaxamento e ócio (Barbosa Campos Daibert, Joyce(2008), para mais, os praticantes são motivados por lazer, necessidade e esporte ou saúde (Veslaco, 1997). A modalidade em questão é também uma das modalidades esportivas mais praticadas no mundo dentro de clubes, academias e clínicas (Tahara, Santiago & Tahara, 2006), sendo que atualmente o Brasil é considerado um país muito desenvolvido nessa área, além de ser julgado um dos melhores do mundo em relação aos seus praticantes, à qualidade, ao aperfeiçoamento dos professores e a excelência das academias especializadas (Kerbej, 2002). 10 Além do mais, as atividades em meio aquoso representam importantes instrumentos para determinados grupos, como gestantes, asmáticos, portadores de necessidades educativas especiais, terceira idade, pessoas que necessitam de uma reabilitação postural e para bebês (desenvolvimento infantil 0 à 6 anos) (Tahara et al., 2006), com essa atividade conseguimos obter resultados positivos devido aos inúmeros fatores benéficos que a natação oferecer (Tahara et al., 2006). Esta monografia, portanto, procura relacionar Educação Física e Natação para Bebês, como uma área para o curso de Educação Física em suas duas possibilidades, Licenciatura e Bacharelado. Atualmente a Natação de Bebês está consolidada em estabelecimentos que vão das diversas academias de natações espalhadas pelo mundo todo, assim como em diversas escolas particulares. Poderia sem dúvida ser uma política publica para ser implementada em creches e estabelecimentos que dependem da área de Educação Física Infantil, como escolinhas para os primeiros passos, ou escolas do 0 aos 6 anos de idade. O entendimento desta forma é que a Natação de Bebês é sim um assunto bastante pertinente e interessante para o profissional de Educação Física seja para o Bacharelado, incontestavelmente como, também, para o licenciado, pois estabelece vínculos com o estudo da Aprendizagem Motora, os estudos psicossociais, cognitivos, que possibilitam uma constante exigência para o professor de Educação Física, seja ele Bacharelado ou Licenciado, que a cada momento tem sido cada vez mais exigido na sociedade no desenvolvimento de estudos e pesquisas voltados a Natação de Bebês para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física. A Natação de Bebês foi uma das áreas da natação que mais se desenvolveu nos últimos anos: (Tahara et al., 2006), que até a década de 1970 ainda era vista com muitos mitos e preconceitos, tendo em vista que as primeiras publicações científicas sobre esse assunto surgiram apenas em 1981, a partir daí a situação foi revertida. (Tahara et al., 2006). São inúmeras as vantagens que as atividades aquáticas podem oferecer nesta etapa, como por exemplo, a melhora o desenvolvimento neuromotor, o fortalecimento da musculatura, a estimulação de um sono mais tranquilo, além de reforçar o apetite, ativar e oferecer mais mobilidade às articulações e proporcionar a sociabilização, como a capacidade de tornar-se sociável, entre outros (Tahara et al., 2006). Considerando que estamos lidando com uma prática pedagógica que exerce grandes influências extrínsecas no desenvolvimento infantil (0 à 6 anos), 11 apresentando estímulos motor e psicomotor mais aprimorados com as aulas, além de proporcionar também ao desenvolvimento infantil aspectos do desenvolvimento- afetivo cognitivo e social (SILVA; MARTINS; MORAIS; COMES 2009), é de suma importância a observação e discussão dessa temática (A IMPORTÂNCIA DO PRÉ- NATAL E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM, 2010). Apesar do crescente número de estudos nesse campo, e do aperfeiçoamento de professores no Brasil serem superiores em relação aos outros países, ainda é sentida a deficiência de profissionais/professores de Educação Física – ao se depararem com o meio aquoso como “ferramenta de trabalho” – que entendam as práticas de atividades aquáticas não só de forma recreativa, mas também de forma pedagógica e terapêutica, tomando conhecimento de sua importância no desenvolvimento infantil. Com isso, este trabalho de conclusão de curso pode ser uma contribuição para se desnudar o véu de preconceitos definitivamente com uma área importantíssima para a Educação Física, inclusive renegada nas propostas curriculares e que trata da primeira Educação Física Humana quando o ser tem que aprender a Ser, tornar-se humano. Desta forma é que foi colocado para este trabalho o objetivo deste de relacionar os princípios pedagógicos da Natação de Bebês e da Educação Física, discursando sobre as vantagens de se ter essa prática como mais uma disciplina a ser explorada em propostas curriculares da Educação Física em seus cursos de bacharelado, assim como para os licenciados que têm se deparado com escolas que possuem piscina, principalmente escolinhas e creches dos 0 aos 6, primeiros passos e que praticam em seus ambientes escolares a Natação de Bebês. 2. OBJETIVO O objetivo desse estudo é mostrar que os princípios pedagógicos da Natação de Bebês, são uma base para os princípios pedagógicos da Educação Física, por ser 12 uma atividade especial para os primeiros momentos da vida de um ser humano. Assim esta monografia pretende revelar como esta atividade pode inserir-se na área da licenciatura da Educação Física, mostrando suas vantagens ao desenvolvimento psicomotor, cognitivo e social dos bebês, participando da educação como um todo, motor, psíquico e social da pessoa. Afirmando a importância de tal atividade dentro do âmbito educacional e portanto nas perspectivas curriculares da licenciatura e do bacharel em Educação Física. 3. MÉTODO Será realizada uma revisão de literatura sobre a Natação de Bebês desde seu início, na década de setenta até a atualidade, utilizando-se de referências da 13 área pedagógica da Educação Física. 4. REVISÃO DE LITERATURA 4.1 Desenvolvimento da natação: contribuições nacionais e internacionais A humanidade sempre teve uma relação de descobertas e desafios com relação 14 ao meio aquático, e assim segue até hoje, logo, é importante partimos de um ponto de significado da natação, para darmos início às temáticas deste trabalho de conclusão de curso, e consequentemente obtermos maior grau de entendimento deste estudo – destaco aqui então, a definição de natação, segundo Saavedra, et al (2003), onde diz que é uma habilidade que consegue fazer com que o ser humano consiga deslocar-se intencionalmente em um meio liquido, isso se deve as força propulsivas que são acarretadas pelos movimentos dos braços, pernas e tronco, esses movimentos sincronizados permitem que se vença a resistência que se opõe ao avanço. A partir de tal ponto, se colocarmos dentro da natação um objetivo “desportivo”, teremos uma atividade na qual o ser humano pratica um esporte olímpico regulamentado, com o objetivo de deslocar-se da forma mais rápida possível na água, graças às forças propulsivas que geram os movimentos dos membros superiores, inferiores e corpo como um todo, que lhe permitem vencer as resistências que se opõem ao avanço do nadador (Arellano, 1992). Sendo assim, é possível dizer que a natação conhecida popularmente hoje começou a ser moldada na Inglaterra (século XIX), onde foi construída em Londres a primeira piscina coberta, e nove anos depois (em 1837), foi realizada a primeira competição (REYES, 1998). Em 1896, quando ocorreram os primeiros jogos olímpicos (JJ.OO.) em Atenas, a modalidade já era presente com provas de 200, 500 e 1200 metros; nos jogos seguintes, em Paris, mais precisamente no ano de 1900, a natação continuava trazendo surpresas – acrescentando as provas de 100 e 200 metros livres, 200 metros costas e 60 metros submarinos, sendo que as mesmas eram disputadas no rio Sena (RODRÍGUEZ, 1997). Em seguida, no ano de 1904, nos EUA, ocorreram as primeiras provas de natação em uma piscina dentro dos jogos olímpicos, essas provas foram as de 100, 200 e 400 jardas livres, 100 jardas costas e 400 jardas peito (RODRÍGUEZ, 1997). Devido à grande visibilidade que a natação vinha alcançando dentro dos jogos olímpicos começaram então a surgir, em 1905, os primeiros estudos científicos – no caso, o estudo de Dubois-Reymond (citado por LEWILLIE, 1983) que mediu a força que exerce um nadador atado a um bote tendo que deslocar o mesmo; dita força se registra com um dinamômetro. Poucos anos mais tarde, Houssay (citado por LEWILLIE, 1983) estuda o nadador atado a velocidade zero. Visivelmente a natação estava em ascensão, e por conta dessa evolução 15 relativamente rápida da mesma, a variação quanto ao calendário de provas a disputar e sua regulamentação era contínua e pouco clara, portanto foi sentida a necessidade de montar uma organização responsável por padronizar esse esporte que crescia mundialmente; em vista disso, em 1908, contando inicialmente com oito países – Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria e Suécia (F.I.N.A., 2000), nasceu a F.I.N.A. (Fédération International de Natation Amateur), com os 3 propósitos principais: criar e estabelecer um único padrão de regras para a natação, os saltos e o waterpolo; analisar os recordes mundiais e fazer uma lista dos mesmos; organizar e dirigir as competições nos Jogos Olímpicos. Até o surgimento da F.I.N.A. e inclusive até aproximadamente quatro anos depois, apenas homens participavam da natação em JJ.OO, a mudança e avanço dessa situação aconteceu somente nos jogos olímpicos de Estocolmo (Suécia), em 1912, onde as mulheres participaram pela primeira vez das provas de natação, o que é considerado um marco na história (Pries Devide, Fabiano). A participação do gênero feminino na natação teve papel social muito importante, não só mundial, mas também no âmbito nacional, tendo em vista que nessa época, no Brasil, esse gênero vivia em uma sociedade que identificava a vida feminina quase que exclusivamente aos valores domésticos (Pries Devide, Fabiano). Portanto, começa na década de 1920 (em terras brasileiras) uma disseminação da prática esportiva no âmbito feminino, esse assunto tomou proporções midiáticas, sendo mencionado em diversos artigos – um dos exemplos foi a revista Tricolor, editada pelo FFC (Oliveira, 1928). Segundo Oliveira (1928), a revista Tricolor publicava artigos com essa temática, os mesmos se encontravam numa sessão especial de “assuntos femininos”. À título de curiosidade, a revista publicou os temas “Sports femininos” (Oliveira, 1929a) e “A mulher moderna e a cultura physica” (Oliveira, 1929b); escritos por Magdala da G. Oliveira, esses artigos traziam assuntos como a importância da prática esportiva (traduzida como “arte de ser forte”) na saúde das mulheres, e para a maternidade e o fortalecimento da raça. Pensando na construção social da década em questão, a “cultura machista” era presente, o que fica claro ao analisar publicações dessa mesma revista, afinal ela trazia também artigos relacionados com “a incompatibilidade de esportes, como futebol e boxe, com a delicadeza feminina” (Schpun, 1999). Neste cenário a natação então se destacou, pois se considerava que a mesma apresentava traços que se adequavam às mulheres da época, ou seja, aquilo que se interpretava como “natureza 16 feminina”, utilizando-se da justificativa de que a água lembra a maternidade, e em tal contexto as mulheres brasileiras podiam até competir, ao contrário do atletismo e do tênis, nos quais afirmavam que a “frágil constituição feminina” impediria os bons resultados, além de contribuir para a perda da sua graciosidade (Schpun, 1999). Para a história da natação é relevante ainda ressaltar que os artigos de revistas traziam também preocupação e uma forte crítica com relação ao desprezo que algumas mulheres tinham com os esportes, porque na época se assumia que a “cultura física” levava as mulheres a cultivarem coisas extremamente importantes para esse período, como beleza, força e saúde femininas, afinal defendia-se que esses aspectos não eram “dons naturais”, mas sim conquistas oriundas da cultura física, entre outros (Pries Devide, Fabiano). Do mesmo modo, começava a se criticar as circunstâncias que a cultura da época proporcionava, como o fato de que meninas eram afastadas das atividades físicas na infância, diferente dos meninos, que eram incentivados à prática esportiva (Pries Devide, Fabiano). Isto é, a concepção da natação nesse cenário foi de certa forma, significativa e positiva para a mesma, afinal ela começou a ser vista com olhos para além do campo esportivo, possibilitando a abertura de diferentes propósitos e finalidades para a natação – sendo que o envolvimento do gênero feminino e a construção social da época, além de outros fatores, viabilizaram a ocorrência dessa situação Por um lado a natação de um modo geral ganhou seu espaço social e logo se afirmou como uma necessidade do ser, por outro lado a Natação de Bebês, não teve este desenvolvimento tão amplamente difundido desde os primórdios da Natação. Na realidade a Natação de Bebês inicia-se em meados dos anos setenta, e era envolta por uma onda de desconfiança e preconceitos com que se dispunha a implementá-la. O sentimento preconceituoso com esta Natação de Bebês, certamente estava ligado ao sentimento de medo ao meio líquido, um pensamento de dúvida e de surpresa, como um bebezinho, que nem sabia andar totalmente protegido pelos pais e familiares, com todo o cuidado do mundo, passa a ser arremessado em uma piscina envolvido com aquele sentimento de medo que sempre existiu de um bebê cair em uma piscina acidentalmente. Tudo isso ligado a concepção que não somos do meio liquido e, portanto corremos risco de vida nele. Mas isso na verdade é a maior capacidade da Natação de Bebês de quebrar os mitos e preconceitos e mostrar que somos tão aquáticos quanto terrestres e que ser aquático é uma condição de sobrevivência em qualquer meio. 17 4.2 Natação e Natação de Bebês: finalidades e benefícios A prática da natação traz benefícios independentemente da faixa etária em que o sujeito se encontra (Soares, Pagani e Lima, 2014), para mais, essa prática já não esta sendo mais vista como um fim exclusivamente desportivo, começou a se popularizar com o crescimento de casas com piscina nos Estados Unidos, pois foi a razão para que se iniciasse a prática da natação infantil, tendo em vista que as piscinas domésticas apresentavam risco direto às crianças, afinal a faixa etária tem como forte característica a curiosidade (Catteau e Garoff, 1990). Desse modo, não demorou muito para que surgisse e fosse comprada a ideia de preparação das crianças para o meio aquoso (Bonachela, 2001 citato por Dalla Déa, 2014). Bonachela (2001) e apud Dalla Déa (2014) pontuam que para além da segurança, a atividade em questão acabou se tornando também um instrumento de sociabilizarão, do mesmo modo, os autores acrescentaram à natação o objetivo terapêutico e de lazer. Considerando-se outros fins para as atividades aquáticas, Valesco (1997) define a natação para quatro finalidades: Saúde: produção de efeitos benéficos ao físico e a mente; Lazer: oportunidade de satisfações emocionais; Necessidade: sobrevivência ou reabilitação; Esporte: performance e resultados. Ao final do século XX, a natação passou a ser vista como, também, uma forma de estudar o desenvolvimento da criança, a fim de obter dados sobre o amadurecimento e sobre o sistema nervoso central (Kerbej, 2002). Tais estudos nos revelam que todo bebê já possui um impulso natural em relação à água (MATOS, 2009), segundo Fontanelli e Fontanelli (1985); Petria (1992), citados por AZEVEDO et al, 2008, a não ser que a criança apresente certo trauma, todo bebê tem uma afinidade pura com a água, e isso se deve ao fato de que durante o tempo que o bebê está dentro da água ele relembra as suas experiências dentro do útero, o que nos leva a concluir que a água é, de certa maneira, agradável e prazerosa (Zulietti e Souza 2002). É possível observar que a área da natação que mais foi explorada nos últimos dez anos foi a que esta destacada neste trabalho, propriamente dita como atividade aquática para bebês e pré-escolas (Kerbej, 2002); essa prática se enquadra bem nas finalidades de saúde e necessidade, mas não excluem as finalidades de lazer e esporte, definidas por Valesco (1997). Segundo Kerbej (2002); Fonseca (1995) citados por Azevedo (2009), o fato de que os primeiros 22 meses de vida do sujeito influenciam demasiadamente no processo 18 do desenvolvimento das habilidades motoras e da vida futura do mesmo é uma grande justificativa para os estudos focarem nessa temática. Desta maneira, fica clara a relação dessa justificativa com os benefícios que a natação de bebês proporciona, segundo Azevedo et al (2009), a natação infantil: “Proporciona benefícios físicos, orgânicos, sociais, terapêuticos e recreativos, melhora a adaptação na água, aprimora a coordenação motora, desenvolve noções de espaço e tempo, prepara o psicológico e o neurológico para o auto salvamento, aumento da resistência cardiorrespiratória e muscular.” Sendo assim, serão discorridos, em forma de tópico neste trabalho, os benefícios da Natação de Bebês relacionados ao desenvolvimento motor, ‘’ (...)definido como uma alteração continua do comportamento motor ao longo do ciclo da vida(...)’’ (Gallahue 2003. p. 96); cognitivo, que segundo Piaget dependia da adaptação, ou seja, quanto mais respostas fossem necessárias ao ambiente melhor serio o desenvolvimento (TEIXEIRA, 2015); afetivo-social, relacionado a relação entre outras crianças, familiares e pessoas do convívio (FARIA, 2001); usando também essa atividade para fins terapêuticos e educacionais tendo como base um referencial teórico. 4.2.1 Aspectos motores. O desenvolvimento motor está diretamente relacionado às mudanças motoras, pensando no desenvolvimento de crianças de 0 a 2 anos. Gallahue e Ozmun (2005) separam esse desenvolvimento em duas fases, sendo elas: motora reflexiva e motora rudimentar. A fase motora reflexiva se inicia dentro do útero da mãe, ali o feto faz movimentos involuntários, podendo duras até os 12 meses de vida, com reflexos primitivos como sugar e localizar pelo olfato, e reflexos posturais como: se arrastar, agarrar e sustentar o peso corporal; já a fase motora Rudimentar, presente nos bebês desde o nascimento até os 24 meses de vida, consiste em movimentos sequencialmente esperados, mas com ritmo inconstante, entendendo ações básicas contornando ações estabilizadoras, como controlar os movimentos de pescoço e tronco, assim conseguindo equilibrar a cabeça e conseguindo manter-se sentado ou 19 de pé; tarefas manipulativas de agarrar, alcanças e soltar; e os movimentos locomotores de arrastar-se, engatinhar e caminhar. A natação para essa faixa etária age como uma ótima atividade para o desenvolvimento motor, uma vez que este processo ocorra de forma natural, pois a criança vivência de forma espontânea uma motricidade aquática dinâmica essencial à sua evolução (AZEVEDO et al 2009; SOARES, PAGANI, LIMA, 2014). As atividades aquáticas atuam também como um pré-estimulo motor, a justificativa para tal se deve ao fato de a criança se deslocar em meio líquido antes de se deslocar fora da água, portanto os padrões de movimento realizados pelas mesmas são compatíveis ao nível de maturação, desenvolvimento e idade (SOARES, PAGANI, LIMA, 2014). O ABC do BEBÊ (2003, p. 35) diz que: “A água proporciona ao bebê a sensação de perda da gravidade ao mesmo tempo em que lhe apresenta uma enorme variedade de novos movimentos que não poderia efetuar fora desta. (...) ajuda-o a explorar a motricidade e pode levá-lo a começar a caminhar mais cedo, levando a um melhor desenvolvimento neuromotor, uma vez que lhe é proporcionada um maior número de sensações importantes. O movimento é outro aspecto importante, uma vez que, na piscina, o bebê não encontra muitos apoios e tem de estar constantemente a movimentar-se no colo dos pais ou monitores, o que lhe exige um esforço extra, desenvolvendo melhor os músculos e o aparelho cardiorrespiratório(...)” Reforçando e confirmando a fala de Azevedo, na qual defende que o processo da Natação de Bebês tem de ser o mais natural possível, ZULIETTI; SOUZA (2002) acrescenta que se as atividades propostas forem realmente adequadas, ocorrerá uma potencialização do desenvolvimento das capacidades motoras. De acordo com Pereira, Saccani e Valentini (2009) os programas de Natação de Bebês potencializam o processo de desenvolvimento de aquisições motoras na primeira infância, contribuindo com o desenvolvimento motor dos bebês não importando o gênero. 4.2.2 Aspectos cognitivos. Segundo a teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget (1896 – 1980), constata-se que a função desse sistema é de auxílio à adaptação ao ambiente. Nesse 20 mesmo estudo, Piaget fragmentou o desenvolvimento cognitivo em quatro estágios, no caso: sensório-motor, do nascimento até 18ª 24 meses; pré-operatório, de 1 1/2 ou 2 anos a cerca de 6 ou 7 anos; operatório concreto, dos 7 ou 8 anos ate os 11 ou 12 anos de idade; operatório formal, dos 11 ou 12 anos de idade em diante (Teixeira, 2015). As atividades aquáticas para bebês atuam no estagio “sensório-motor”, neste estágio a criança ao relacionar-se com o meio através do movimento, organiza e estrutura o seu conhecimento da realidade que a rodeia, aprendendo a distinguir diversos objetos, porém não tendo um senso de permanência do objeto (Teixeira, 2015). Por esse motivo é aconselhável que os pais não sejam substituídos nem mesmo por profissionais capacitados da área e sim auxiliados e instruídos pelos mesmos. Vale ressaltar que a criança ainda não possui nesta fase memoria permanente e por esse motivo qualquer pessoa (objeto) estranha que entrar em seu pequeno círculo pode causar algum desconforto emocional, e a presença dos pais diminui o estranhamento por parte do bebê (ZULIETTI, SOUZA, 2002). Não é objetivo da Natação de Bebês fazer com que a eles aprendam os quatro nados (borboleta, costas, peito e crawl), afinal a criança nesta fase ainda não possui uma coordenação ou padrão motor suficientes para isso, mas vai adquirir uma melhor resistência física, estimular um aumento da capacidade pulmonar e aumento de sua motricidade de uma forma geral (Nascimento, 1984). Segundo Bresges (1980) apud Zulietti e Souza (2002) o bebê não aprende a nadar, ele aprende a fazer uso de suas habilidades inatas (grande flutuabilidade, reserva de oxigênio, inconsciência do perigo, entre outros) para eventualmente, quando perceber uma situação de perigo na água possa saber o que fazer para sair de tal exposição. Seguindo a mesma linha, Martins et al (2006) citado Andrade e Silva (2016) acrescentam a esse pensamento que uma das intenções das atividades aquáticas para crianças dessa faixa etária é a de guiar e descomplicar a capacidade de explorar, se deparar e experenciar vivências sensório-perceptivas, sem se relacionar diretamente com a modalidade esportiva de natação e seus estilos e técnicas. Bresges (1980), assegura que a natação deve colaborar ajudando no processo evolutivo psicomorfológico da criança, contribuindo no desenvolvimento de sua psicomotricidade e reforçando o início de sua personalidade. 21 4.2.3 Aspectos afetivo-sociais. O desenvolvimento afetivo-social envolve as trocas e laços afetivos construídos com familiares e pessoas do convívio, e se inicia no primeiro contato físico com a mãe (FARIA, 2001). Segundo Lima (2003), é na ‘’ escolinha’’ que a criança vai começar a estabelecer suas primeiras relações sociais, com a ajuda de sua professora e colegas de sala. A vida social do bebê será iniciada com o contato com outras crianças. É importante que não só a criança mas como a mãe faça essas relações com outras mães, assim trocando experiências para assim favorecer futuras amizades e aprendizados que farão com que o relacionamento com as primeiras fases da maternidade sejam menos desgastantes. Lagrange,1974, diz que Socialmente, o bebê precisa adaptar-se e seguir algumas regras, regras essas, que as vezes controlam o seu comportamento, isso acarreta em tensão interna e causando desconforto interno e condensação de energia motora, fazendo com que pare de perceber o meio externo e assim prejudicando seu desenvolvimento sócio-afetivo. Com uma boa proposta de atividades, respeitando as restrições e nível de desenvolvimento infantil a água, se torna um instrumento que oferece liberação dessa energia, através de movimentos, havendo descarga motora, relaxamento muscular, e por conseqüência, psíquico (LAGRANGE, 1974). No aspecto psicológico os benefícios se manifestam principalmente com a elevação da auto-estima, diminuição do estresse e aumento da disposição (SOARES; PAGANI; LIMA, 2014). Nas aulas deve-se procurar por exercícios que buscam a segurança, confiança do bebe, como os que estimulam o agarrar, busca pelo apoio, estimulando ao auto- salvamento, contando também com os mais tradicionais como flutuação, respiração frontal e nado cachorrinho (LIMA, 2003). Assim buscando um equilíbrio emocional, que favorece as relações sociais através do convívio com outras crianças e adultos, acarretando em mais momentos de intenso convívio e troca de afetividade (LIMA, 2003) 4.2.4 Aspectos terapêuticos. Muitas pessoas quando procuram a Natação de Bebês, a confundem com 22 hidroterapia, cabe ao professor esclarecer ao pai que ‘’ a natação para bebe não constitui um caráter terapêutico, mas pode complementar atendimentos desse caráter’’ (foganholi, 2009, p.224). A autora afirma também que é valido informar aos pais, quando preciso, as diferenças existentes no trabalho da Educação Física e do da Fisioterapia. Saad, S. N., traz a fala de que, em crianças especiais, a natação apara bebes tem um certo valor terapêutico e recreativo. Além de contribuir como estratégia preventiva de doenças do aparelho respiratório, conforme amplia a resistência, com a inalação de ar num ambiente úmido e quente como o da piscina, possibilita que o ar chegue nas vias aéreas inferiores em melhor temperatura, mais húmido e limpo, precavendo, com isso, vários transtornos pulmonares, como por exemplo, acúmulo de secreção ou irritação da parede brônquica provocada pelo ar frio (FERNANDES, 2007). Melhora também as funções psicomotoras, como nos casos de crianças com asma ou bronquite (BRESGES, 1980; FERES,1999) 4.2.5 Aspectos educacionais. A Natação de Bebês procura respeitar os limites de desenvolvimento da criança dentro do processo de aprendizagem; a aula depende da interação da criança com o meio, o bebe é estimulado a isso, seja essa interação feita através de pessoas ou objetos; cada conhecimento relaciona-se e é um reforço para o próximo aprendizado. Essas também são características de um método de aprendizado chamado construtivismo (Pereira, 2013). Segundo Leão ,1999, essa teoria de aprendizado, em relação à educação, é a de que a aprendizagem não é passada simplesmente para o aluno, cabe ao professor criar formas e situações que estimulem o avanço cognitivo de cada criança na sua individualidade, promovendo o desenvolvimento das estruturas de pensamento global do indivíduo em seus aspectos cognitivos, sociais e afetivos. Para além das explicações das teorias desenvolvimentistas, a Natação de Bebês, integra o ser em sua totalidade, em sua existência, pois ao ser uma atividade do meio liquido define a existência do ser neste meio. A Natação de Bebês integra o psiquismo e a motricidade, visando um desenvolvimento global com foco em aspectos afetivos, motores e cognitivos que levam o indivíduo à tomar consciência do seu corpo por meio do movimento, atingindo 23 diretamente o desenvolvimento psicomotor (ARAÚJO; SILVA, 2013). A psicomotricidade vista pelo aspecto pedagógico auxilia em resolver dificuldades que são presentes no cotidiano das crianças, numa integração entre pensamento e ação, contornando funções neurofisiológicas e psíquicas (PENHA; ROCHA, 2010). Dourado, 2013 reforça a ideia de que a natação ajuda no desenvolvimento da psicomotricidade com o auxílio de atividades lúdicas que favorecem o desenvolvimento nos aspectos físico, mental, afetivo e sociocultural. É função do professor é oportunizar situações que desafiam e interferir somente quando necessário, dar oportunidade para o individuo agir e compreender a organização das atividades desenvolvidas. É importante saber quando interferir, esse é um aspecto importante no desenvolvimento da criança, o professor deve saber como e por que interferir. Cabe a ele então, ter a percepção das necessidades de cada aluno e assim mostrar a relevância da qualidade do afeto nas relações corporais para uma melhor interação sócio-afetiva (FILHO, 2003). Quanto antes as crianças tiverem contato com o meio aquático, mais chances terão de desenvolver o aprendizado com mais simplicidade e mais rápido, sendo assim, a natação se torna meio essencial para iniciar a educação física na criança e fundamental para começar uma aprendizagem mais organizada. Oque auxiliará no desenvolvimento psicomotor e construção do esquema corporal e em sequência a integração e a maturação (PENHA; ROCHA, 2010). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Natação de Bebes é um assunto para estar nas rodas de conversa sobre uma área de atuação do professore de Educação Física. Certamente se para estes profissionais não for interesse, esta atividade certamente rondará as conversas entre terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros debruçados em saber como é diferente quando a educação de um ser humano passa no seu primeiro estágio pelo meio liquido. Este estudo mostrou a relação entre Natação de Bebês e Educação Física, “des-preconceitualizando”, no sentido de tirar os preconceitos que não seja um assunto para profissionais da Educação Física. Apesar da Natação de Bebês nunca 24 aparecer nos currículos e muitas vezes passar despercebida entre os programas das disciplinas de natação, pode ser um conteúdo que é desprezado e essencialmente importante para a Educação Física. Somente com a tirada do véu do preconceito que a Natação de Bebês pode se consagrar uma ferramenta e uma área de estudo a pesquisa e ao ensino da Educação Física para licenciados e bacharéis. REFERÊNCIAS Kerbej, F. (2002). Natação: algo mais que os 4 nados. São Paulo: Manole. Lewin, G. (1979). Natação. Madrid: Pila Teleña. Reyes, R. (1998). Evolução da natação espanhola através dos campeonatos de natação de inverno e verão desde 1977 a 1996. Tese de doutoramento – não publicado. Universidade de las Palmas de Gran Canaria, Canárias, Espanha. 25 Saavedra, J., Escalante, Y. & Rodríguez, F. (Novembro de 2003). A evolução da natação. Revista digital – Buenos Aires, 66, pp.1-14. Santos, A. (2009). Natação para bebés – a presença participativa dos pais nas aulas de natação dos bebés. Monografia de licenciatura em Educação Física, Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-Goiás, Itumbiara-GO, Brasil. Tahara, A., Santiago, D. & Tahara, A. (Dezembro de 2006). 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