RESSALVA Atendendo solicitação do autor, o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 08/05/2023. 2 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ―Júlio de Mesquita Filho‖ Instituto de Geociências e Ciências Exatas Câmpus de Rio Claro FERNANDO CAMILLO SANTOS CANO O SETOR PRODUTIVO DE BARRAS DE CEREAIS E PROTEICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO: CIRCUITOS ESPACIAIS DE PRODUÇÃO, CÍRCULOS DE COOPERAÇÃO E IMPLICAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS Tese de Doutorado apresentada ao Instituto de Geociências e Ciências Exatas do Câmpus de Rio Claro, da Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Auro Aparecido Mendes Rio Claro - SP 2021 3 4 FERNANDO CAMILLO SANTOS CANO O SETOR PRODUTIVO DE BARRAS DE CEREAIS E PROTEICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO: CIRCUITOS ESPACIAIS DE PRODUÇÃO, CÍRCULOS DE COOPERAÇÃO E IMPLICAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS Tese de Doutorado apresentada ao Instituto de Geociências e Ciências Exatas do Câmpus de Rio Claro, da Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Geografia. Comissão Examinadora Prof. Dr. Auro Aparecido Mendes (Orientador) Profa. Dra. Silvia Selingardi Sampaio Profa. Dra. Sandra Lencioni Profa. Dra. Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza Prof. Dr. Saulo Teruo Takami Resultado final: APROVADO Rio Claro, 08 de novembro de 2021. 5 Aos meus pais, Erlita Camillo Santos Cano e José Rafael Cano, inspiração de todos os meus dias! Responsáveis por construir meu caráter, discernimento e educação. Se caminhei até aqui, vocês foram o meu horizonte. 6 AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Auro Aparecido Mendes, por acreditar em mim e na minha busca pela ciência desde o segundo ano de graduação. Foram muitas conquistas compartilhadas, e dentre elas posso citar a iniciação científica com o apoio da FAPESP e a aprovação direta no doutorado. Sei bem que sem os seus conselhos, ensinamentos e orientações não alcançaria tamanho êxito. Hoje o considero mais que um orientador ou um colega de trabalho, mas um amigo que sempre está disponível para estender-me a mão nos momentos oportunos. Aos meus pais, Erlita Camillo Santos Cano e José Rafael Cano, a quem dedico esta tese. Pessoas amáveis, determinadas e pacientes, que nunca pouparam esforços para me dar o melhor todos os dias. À Maria Luzia Camillo Santos, minha avó, amiga e confidente de experiências da vida. Aquela que nunca largou a minha mão durante a minha trajetória, preocupando-se com meu bem-estar e a minha felicidade. À Liciane Ketty da Silva Braz, minha namorada, companheira e professora de Arte, com quem partilho angústias, preocupações e a luta pela educação brasileira. O carinho e a paciência de quem me viu passar tantos finais de semana lendo e estudando. Às Profas. Dra. Silvia Selingardi Sampaio e Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza, que acompanharam meu processo de maturidade acadêmica, ofertando-me com sabedoria e perspicácia os estudos da Geografia. Pela confiança na minha capacidade, em mim e na minha pesquisa, decidindo ofertar-me a vaga de um doutorado direto. À Profa. Dra. Sandra Lencioni e ao Prof. Dr. Saulo Teruo Takami, pessoas por quem tenho apreço e admiração, que dedicaram seu tempo para contribuir com essa investigação científica. Ao Prof. Dr. Rogério Gomes, que contribuiu com um parecer detalhado acerca da minha pesquisa. Ao Luís Fernando Riquetti, amigo de graduação, que me auxiliou na elaboração de diversos mapas e figuras. Ao André Chiodi, por ter me acolhido em Rio Claro como membro de sua família, oferecendo moradia e transporte no momento que mais precisei. Às indústrias pesquisadas que responderam o meu questionário, em especial Antônio Luiz Ishizaki, ex-diretor da Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda. 7 Às Prefeituras dos Municípios de Araçoiaba da Serra, Caçapava, Diadema e Matão, pelas informações das fábricas analisadas e pela concessão de documentos que fortaleceram minha pesquisa. À Secretaria Municipal de Educação de Elias Fausto, que me deu todo o respaldo para trabalhar e realizar a presente investigação científica, concomitantemente. À Miriam Ivonne, mi maestra, consejera y fuente de inspiración de los estudios y enseñanzas de la lengua española. 1 À Profa. Marisa Aparecida Merli Antonio, pela revisão do texto. Agradeço a todos que contribuíram, direta ou indiretamente, para a realização deste trabalho. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. 1 À Miriam Ivonne, minha professora, conselheira e fonte de inspiração dos estudos e ensinamentos da língua espanhola. 8 MUDE ―Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama. Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de TV, compre outros jornais, leia outros livros, Viva outros romances! Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor. A nova vida. 9 Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde, ou vice-versa. Escolha outro mercado, outra marca de sabonete, outro creme dental. Tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. [...] Mude. Lembre-se de que a Vida é uma só. Arrume um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.‖ MARQUES, E. In: Mude (ed. Pandabooks, 2005), prefácio de Antônio Abujamra. 10 RESUMO A presente investigação científica teve por objetivo espacializar os circuitos de produção e os círculos de cooperação de dois setores produtivos, quais sejam: barras de cereais e as barras proteicas. Dessa forma, as barras de cereais e proteicas demandam circuitos espaciais produtivos com sinergias, linkages e círculos de cooperação intensivos em inovações com profundas implicações sócio-espacial. Assim sendo, foram analisadas também, a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e as relações interindustriais na produção desses alimentos no período de 2000 a 2020. Considerando a escassez de trabalhos científicos acerca das implicações sócio-espacial desses setores produtivos no Brasil, os procedimentos metodológicos utilizados foram o levantamento bibliográfico e as pesquisas de campo junto às seis principais indústrias do estado de São Paulo e aos municípios que se encontram instaladas, que são eles: ADS Laboratório Nutricional Ltda. (Matão), Kobber Alimentos Ltda. (Diadema), Nestlé do Brasil Bebidas e Alimentos Ltda. (Caçapava), Supley Laboratório de Alimentos e Suplementos Nutricionais Ltda. (Matão), Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda. (Araçoiaba da Serra) e a United Mills Alimentos Ltda. (Sorocaba). Cabe ressaltar que as indústrias foram selecionadas de acordo com seu share of mind e sua participação no mercado nacional. Posteriormente, foram aplicados questionários às organizações que regulamentam o setor produtivo de barras de cereais e proteicas, quais sejam: Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (ABIA), Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (ABENUTRI), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para fins especiais e congêneres (ABIAD), Associação Brasileira das empresas do setor fitoterápico, suplemento alimentar e de promoção da saúde (ABIFISA) e Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (BRASNUTRI). Por fim, foi realizada a análise dos dados e a redação final. Palavras-chave: Produção de barras de cereais. Produção de barras proteicas. Círculo de cooperação. Circuito espacial de produção. 11 ABSTRACT The objective of this research was to spatialize the production circuits and cooperation circles of two productive sectors: cereal bars and protein bars. In this sense, cereal and protein bars demand productive spatial circuits with synergies, linkages, and intensive cooperation circles in innovations with profound socio-spatial implications. In addition, Research, Development, and Innovation (PD&I) and interindustrial relationships in food production in the period from 2000 to 2020 were also analyzed. The methodological procedures used were a bibliographic search and field research focusing on the six main industries of the state of São Paulo and the municipalities where they are installed, which are: ADS Laboratório Nutricional Ltda. (Matão), Kobber Alimentos Ltda. (Diadema), Nestlé do Brasil Bebidas e Alimentos Ltda. (Caçapava), Supley Laboratório de Alimentos e Suplementos Nutricionais Ltda. (Matão), Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda. (Araçoiaba da Serra) and United Mills Alimentos Ltda. (Sorocaba). It should be noted that the industries were selected according to their share of mind and their participation in the national market. Subsequently, questions were applied to the organizations that regulate the productive chain of cereal and protein bars, which are: Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (ABIA), Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (ABENUTRI), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para fins especiais e congêneres (ABIAD), Associação Brasileira das empresas do setor fitoterápico, suplemento alimentar e de promoção da saúde (ABIFISA) and Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (BRASNUTRI). Finally, the data was analyzed and finalized. Keywords: Cereal bars production. Protein bars production. Cooperation circles. Productive spatial circuit. 12 RESUMEN Esta investigación tuvo como objetivo espacializar los circuitos de producción y los círculos de cooperación de dos sectores productivos, estos son: las barras de cereales y las barras de proteínas. De esa forma, las barras de cereales y proteínas requieren circuitos espaciales productivos con sinergias, relaciones interindustriales y círculos de cooperación intensivos en innovaciones con profundas implicaciones sócio-espaciales. Por lo tanto, también se analizó la investigación, el desarrollo, la innovación (I+D+i) y las relaciones interindustriales en la producción de estos alimentos en el período comprendido entre los años de 2000 y 2020. Considerando la escasez de trabajos científicos sobre las implicaciones sócio-espaciales de estas ramas productivas en Brasil, los procedimientos metodológicos utilizados fueron: pesquiza bibliográfica, investigación de campo con las seis principales industrias del estado de San Pablo y los municipios donde están instaladas, que son: ADS Laboratório Nutricional Ltda. (Matão), Kobber Alimentos Ltda. (Diadema), Nestlé do Brasil Bebidas e Alimentos Ltda. (Caçapava), Supley Laboratório de Alimentos e Suplementos Nutricionais Ltda. (Matão), Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda. (Araçoiaba da Serra) y United Mills Alimentos Ltda. (Sorocaba). Cabe mencionar que las industrias fueron seleccionadas según su cuota y conocimiento de la marca en el mercado nacional. Posteriormente, se aplicaron cuestionarios a las organizaciones que regulan el sector de la producción de barras de cereales y proteinas, así como: Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (ABIA), Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (ABENUTRI), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para fins especiais e congêneres (ABIAD), Associação Brasileira das empresas do setor fitoterápico, suplemento alimentar e de promoção da saúde (ABIFISA) y Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (BRASNUTRI). Por fin, se realizó el análisis de los datos y la redacción final. Palabras clave: Producción de barras de cereal. Producción de barras de proteína. Círculo de cooperación. Circuito de producción espacial. 13 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - A Santíssima Trindade ............................................................................................ 54 Figura 2 - Processo de concepção e desenvolvimento de alimentos funcionais ..................... 60 Figura 3 - Pirâmide de automação ........................................................................................... 63 Figura 4 - Indústria 4.0 e Fábrica Inteligente .......................................................................... 68 Figura 5 - Selo para aprovação de um alimento como FOSHU (Foods for Specified Health Use) ......................................................................................................................................... 113 Figura 6 - Etapas do processo de produção das barras de cereais ......................................... 121 Figura 7 - Fachada da indústria - Kobber .............................................................................. 158 Figura 8 - Imagem aérea da instalação fabril Kobber ........................................................... 159 Figura 9 - Imagem aérea da instalação fabril Vitafor ............................................................ 180 Figura 10 - Fachada da instalação fabril – Vitafor ................................................................ 180 Figura 11 - Isocrisp Bar Amendoim ...................................................................................... 181 Figura 12 - Imagem aérea da indústria Trio Alimentos ........................................................ 183 Figura 13 - As barras de cereais e proteicas da Trio ............................................................. 185 Figura 14 - Imagem aérea da instalação fabril Nestlé em Caçapava ..................................... 202 Figura 15 - A evolução na produção de barras de cereais - Neston Barra e Nesfit ............... 203 Figura 16 - Imagem aérea da instalação fabril Atlhetica ....................................................... 212 Figura 17 - Instalação fabril Atlhetica ................................................................................... 213 Figura 18 - Linha Atlhetica Best Whey Bar .......................................................................... 214 Figura 19 - Imagem aérea da instalação fabril Supley Laboratório ...................................... 216 Figura 20 - Filial da Supley Laboratórios (antiga Probiótica) ............................................... 217 Figura 21 - Power Protein Bar MAX Titanium (ADS Laboratório) ..................................... 218 Figura 22 - Circuito espacial de produção das barras de cereais ........................................... 224 Figura 23 - Circuito espacial de produção das barras de proteínas ....................................... 224 Figura 24 - Atores dos circuitos espaciais de produção ........................................................ 248 Figura 25 - Estrutura e governança ABIA ............................................................................. 255 Figura 26 - Cronologia da atividades da ABENUTRI .......................................................... 264 14 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Emprego formal em Diadema (2002 – 2018) ..................................................... 156 Gráfico 2 - Participação percentual dos setores econômicos no PIB de Sorocaba (%) ......... 170 Gráfico 3 - Valor adicionado bruto a preços correntes do setor Industrial de Sorocaba (Unidade: R$ x 1000) ............................................................................................................. 171 Gráfico 4 - Participação percentual dos setores econômicos no PIB de Araçoiaba da Serra (%) .......................................................................................................................................... 173 Gráfico 5 - Valor adicionado bruto a preços correntes do setor Industrial de Araçoiaba da Serra (Unidade: R$ x 1000) .................................................................................................... 175 Gráfico 6 - Participação percentual dos setores econômicos no PIB de Caçapava (%) ........ 193 Gráfico 7 - Valor adicionado bruto a preços correntes do setor Industrial de Caçapava (Unidade: R$ x 1000) ............................................................................................................. 194 Gráfico 8 - Participação percentual dos setores econômicos no PIB de Matão (%) ............. 208 Gráfico 9 - Valor adicionado bruto a preços correntes do setor Industrial de Matão (Unidade: R$ x 1000) .............................................................................................................................. 209 15 LISTA DE MAPAS Mapa 1 - As cinco principais indústrias produtoras de barras de cereais do Brasil (2020) ..... 34 Mapa 2 - Áreas alimentares do Brasil de acordo com Castro (1980) .................................... 102 Mapa 3 - Principais carências nutricionais brasileira por regiões segundo Castro (1980) .... 106 Mapa 4 - Localização das indústrias pesquisadas.................................................................. 144 Mapa 5 - Região Metropolitana de São Paulo ...................................................................... 146 Mapa 6 - Os principais eixos rodoviários da Região Metropolitana de São Paulo ............... 148 Mapa 7 - Região Metropolitana de Sorocaba ........................................................................ 164 Mapa 8 - Floresta Nacional Ipanema ..................................................................................... 178 Mapa 9 - Região Metropolitana do Vale do Paraíba e do Litoral Norte - 2015 .................... 189 Mapa 10 - Distriuição da Nestlé em nível mundial ............................................................... 198 Mapa 11 - As principais unidades fabris da Nestlé no Brasil ................................................ 201 Mapa 12 - Região Geográfica Imediata de Araraquara ......................................................... 206 Mapa 13 - Origem da matéria prima de barras de cereais no estado de São Paulo ............... 235 Mapa 14 - Origem da matéria prima de barras de proteínas no mundo ................................ 236 Mapa 15 - Principais mercados consumidores de barras de cereais e proteicas .................... 244 Mapa 16 - Localização dos principais agentes dos círculos de cooperação de barras de cereais e proteicas ............................................................................................................................... 249 16 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - As três categorias de conhecimento e suas vinculações territoriais ...................... 56 Quadro 2 - As inovações no sabor das barras proteicas pelas indústrias brasileiras pesquisadas ............................................................................................................................... 61 Quadro 3 - Circuito espacial de produção e círculo de cooperação do sistema agroindustrial .................................................................................................................................................. 84 Quadro 4 - Componentes químicos envolvidos em alguns mecanismos de ações benéficas causadas pela ingestão de alimentos funcionais ..................................................................... 116 Quadro 5 - Alimentos funcionais: suas características e componentes estruturais ativos .... 118 Quadro 6 - Tipologias das barras fabricadas pela Kobber Alimentos em 2020 .................... 161 Quadro 7 - As barras de cereais e proteicas produzidas pela Trio ........................................ 185 Quadro 8 - Indústrias do município de Caçapava – 2019 ..................................................... 191 Quadro 9 - Instalações fabris da Nestlé no Brasil – 2020 ..................................................... 200 Quadro 10 - Principais indústrias de Matão .......................................................................... 210 Quadro 11 - Linhas Produtivas Max Titanium......................................................................220 Quadro 12 - Fatores locacionais das indústrias pesquisadas ................................................. 227 Quadro 13 - Desvantagens locacionais das indústrias pesquisadas ...................................... 230 Quadro 14 - Possíveis implicações sócio-espaciais nos municípios pesquisados ................. 232 Quadro 15 - Políticas atrativas de novas indústrias (2010-2020).......................................... 232 Quadro 16 - Relações interindustriais com os setores: químico, farmacêutico e agropecuário ................................................................................................................................................ 246 Quadro 17 - Origem dos capitais das indústrias pesquisadas................................................ 246 17 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - A expansão das estradas de ferro entre os anos de 1854 e 1906 .......................... 131 Tabela 2 - Exportações totais do Estado de São Paulo (% do valor) ..................................... 136 Tabela 3 - Concentração espacial do valor da transformação industrial do estado de São Paulo ................................................................................................................................................ 137 Tabela 4 - Emprego formal no setor industrial do estado de São Paulo (1991-2010) ........... 141 Tabela 5 - Aspectos demográficos da RMSP (2000-2018) ................................................... 149 Tabela 6 - Produto Interno Bruto da RMSP (2015) ............................................................... 149 Tabela 7 - Distribuição de mão de obra por setores de atividade econômica (%): Municípios da Sub-região Sudeste ............................................................................................................ 152 Tabela 8 - Tipologias da indústria em Diadema e no Grande ABC (2017) .......................... 154 Tabela 9 - Crescimento populacional de Diadema (1970 - 2019) ......................................... 157 Tabela 10 - Crescimento populacional da RMS (2000 - 2018) ............................................. 165 Tabela 11 - Participação do setor agrícola no PIB das Regiões Metropolitanas Paulistas - 2015 ........................................................................................................................................ 166 Tabela 12 - Comparação dos empregos formais por setores industriais ............................... 167 Tabela 13 - Crescimento populacional de Sorocaba (1980-2019) ......................................... 169 Tabela 14 - Contribuição da indústria em Sorocaba para o VTI estadual – 2016 ................. 172 Tabela 15 - Crescimento populacional de Araçoiaba da Serra (1980- 2019) ........................ 173 Tabela 16 - Emprego e renda por setor econômico - 2011 .................................................... 175 Tabela 17 - Crescimento populacional de Caçapava (1980- 2019) ....................................... 195 Tabela 18 - Municípios da Região Imediata de Araraquara .................................................. 205 Tabela 19 - Crescimento populacional de Matão (1980- 2020) ............................................ 207 Tabela 20 - Análise comparativa dos fatores socioeconômicos e sócio-espacial dos municípios pesquisados .......................................................................................................... 222 Tabela 21 - Políticas de incentivos fiscais de Sorocaba ........................................................ 234 Tabela 22 - Mão de obra empregada nas indústrias pesquisadas .......................................... 237 Tabela 23 - Relação das indústrias pesquisadas com as universidades ................................. 239 18 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABC – Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul ABCD – Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema ABENUTRI – Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais ABIA – Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação ABIAD – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para fins especiais e congêneres ABIFISA – Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde ABITRIGO – Associação Brasileira das Indústrias do Trigo AGEM – Agência Metropolitana de Sorocaba ANBio – Associação Nacional de Biossegurança ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária APL – Arranjo Produtivo Local APP‘s – Aplicativos de dispositivos móveis APTA – Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios BCAA – Aminoácidos de Cadeia Ramificada BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento BRASNUTRI – Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais C&T – Conhecimento e Tecnologia CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAI – Complexo Agroindustrial CCQs – Círculos de Controle de Qualidade CEBRIM – Centro de Informação sobre Medicamentos CENDES – Centro de Estudios del Desarrollo CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CFF – Conselho Federal de Farmácia CFN – Conselho Federal de Nutrição CID – Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo CINVA – Centro de Inteligência e Negócios do Varejo CNI – Confederação Nacional da Indústria CNNPA – Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos 19 CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CONFEF – Conselho Federal de Educação Física CONSEA – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável COVID – Doença do Corona Vírus CPS – Sistema Ciber-Físico CT&I – Conhecimento, Tecnologia e Inovação EAD – Extensão Universitária nas modalidades Presencial e a Distância EIM – Erros Inatos do Metabolismo EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMPLASA – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano ENAF – Congresso Brasileiro de Esporte, Fitness e Saúde FAPESP – Fundação do Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FATEC – Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo FDA – Agência de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos FETIASP – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do estado de São Paulo FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGV – Fundação Getúlio Vargas FLONA – Floresta Nacional FMI – Fundo Monetário Internacional FOSHU – Alimentos de uso destino à promoção de saúde. GELAS – Gerência de Laboratórios de Saúde Pública GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social GGALI – Gerência-Geral de Alimentos GGCIP – Gerência-Geral de Conhecimento, Inovação e Pesquisa GGFIS – Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária GGGAF – Gerência-Geral de Gestão Administrativa e Financeira GGMED – Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos GGMON – Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária GGPAF – Gerência-Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados GGPES – Gerência-Geral de Gestão de Pessoas GGREG – Gerência-Geral de Regulamentação e Boas Práticas Regulatórias GGTAB – Gerência-Geral de Registro e Fiscalização de Produtos Fumígenos, derivados ou 20 não do Tabaco GGTES – Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde GGTIN – Gerência-Geral de Tecnologia da Informação GGTOX – Gerência-Geral de Toxicologia GGTPS – Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde GHCOS – Gerência-Geral de Produtos de Higiene, Perfumes, Cosméticos e Saneante GIP – Peptídeo Inibidor Gástrico GRNFSDU – Comitê de Nutrição e Alimentos para dietas especiais GT – Grupo de Trabalho GTCPL – Comitê de Cereais, Favas e Leguminosas GTFA – Comitê de Aditivos GTGP – Comitê de Princípios Gerais GTMAS – Comitê de Métodos de Análises GTMMP – Comitê de Leites e Derivados GTPFV – Comitê de Frutas Processadas IA – Inteligência artificial IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IDH – Índice de Desenvolvimento Humano IFBB – Federação Internacional de Fisiculturismo e Fitness IFSP – Instituto Federal de São Paulo IFT – Instituto de Tecnologia de Alimentos ILSI – Instituto Internacional de Ciências da Vida INSPER – Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo IOS – Internet dos serviços IOT – Internet das coisas IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IUFoST – União Internacional de Tecnologia e Ciência dos alimentos IQ – Instituto de Química (Unesp – Campus Araraquara) ISS – Imposto sobre Serviços 21 ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis KETs – Tecnologias Habilitadoras Chave M2M – Máquina a Máquina MACKENZIE – Universidade Presbiteriana Mackenzie MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MERCOSUL – Mercado Comum do Sul MMP – Macrometrópole Paulista MORVEN – Metodologia para o Diagnóstico Regional MTE – Ministério do Trabalho e Emprego NEPO – Núcleo de Estudos de População ―Elza Berquó‖ OMC – Organização Mundial do Comércio OMS – Organização Mundial da Saúde P&D – Pesquisa e Desenvolvimento PAT – Políticas Públicas de alimentação do trabalhador brasileiro PD&I – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação PDCAAS – Pontuação de Aminoácidos Corrigida para Digestibilidade de Proteínas PDUI – Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado PIA – Produto Interno Anual PIB – Produto Interno Bruto PNUD – Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PR – Paraná PUC – Pontíficia Universidade Católica RAIS – Relação Anual de Informações Sociais RDC – Resolução da Diretoria Colegiada RMC – Região Metropolitana de Campinas RMRP – Região Metropolitana de Ribeirão Preto RMS – Região Metropolitana de Sorocaba RMSP – Região Metropolitana de São Paulo RMVPLN – Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte SBCTA – Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados 22 SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SECEX – Secretaria do Comércio Exterior SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SISAN – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SP – São Paulo UFABC – Universidade Federal do ABC UFSCar – Universidade Federal de São Carlos UGF – Universidade Gama Filho UNESP – Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖ UNIANDRADE – Centro Universitário Campus de Andrade UNIARA – Universidade de Araraquara UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo UNINTER – Centro Universitário Internacional UNIP – Universidade Paulista UNISO – Universidade de Sorocaba VTI – Valor da Transformação Industrial WPC – Whey Protein Concentrado WPI – Whey Protein Isolado 23 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 24 CAPÍTULO 1 - EMBASAMENTO TEÓRICO: REESTRUTURAÇÕES PRODUTIVAS E AS INDÚSTRIAS CONTEMPORÂNEAS .......................................................................... 35 1.1. Circuitos espaciais de produção e círculos de cooperação ......................................... 35 1.2 Ciência, tecnologia e sociedade: círculo de cooperação das indústrias de barras de cereais proteicas ........................................................................................................ 52 1.3 Indústrias 4.0 e suas tecnologias disruptivas na produção de alimentos ...................... 62 1.4 Considerações sobre o cenário atual de crises e pandemia ........................................... 71 CAPÍTULO 2 - OS ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS, FUNCIONAIS E OS SUPLEMENTOS ALIMENTARES NA SOCIEDADE DE CONSUMO CONTEMPORÂNEA ..................................................................................................... 75 2.1 A construção histórico-temporal dos regimes alimentares na contemporaneidade ...... 75 2.2 A alimentação e a dinâmica agroindustrial brasileira ................................................... 79 2.3 Contextualização histórica brasileira na tríade: alimento, espaço e sociedade ............. 93 2.3.1 As matrizes culturais brasileiras: indígena, africana e portuguesa ......................... 93 2.3.2 Das especificidades regionais à perda da identidade cultural............................... 100 2.4 Definições, histórico e a importância dos alimentos funcionais ................................. 112 2.4.1 Barras de cereais e os alimentos ultraprocessados ............................................... 119 2.5 Definições, histórico e a importância dos suplementos alimentares .......................... 122 2.5.1 Barras de proteínas e o whey protein ................................................................... 127 CAPÍTULO 3 - DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO ESTADO DE SÃO PAULO: RECORTE SÓCIO-ESPACIAL DAS INDÚSTRIAS SELECIONADAS .................. 129 3.1 Da atração à desconcentração industrial ..................................................................... 129 3.1.1 Bases históricas e geográficas da ocupação paulista ............................................ 129 3.1.2 Do complexo cafeeiro à industrialização.............................................................. 134 3.1.3 Desconcentração industrial a partir da região metropolitana de São Paulo ......... 138 3.2 Análise locacional das indústrias de barras cereais e proteicas .................................. 141 3.3 Região Metropolitana de São Paulo ............................................................................ 145 3.3.1 Caracterização geográfica e econômica ............................................................... 145 3.3.2 Aspectos demográficos, econômicos e históricos de Diadema ............................ 151 24 3.3.3 Kobber: da fundação à nova instalação fabril ...................................................... 157 3.4 Região Metropolitana de Sorocaba ............................................................................. 162 3.4.2 Aspectos demográficos, econômicos e históricos de Sorocaba ............................ 167 3.4.3 Aspectos demográficos, econômicos e históricos de Araçoiaba da Serra ............ 172 3.4.4 Vitafor: da Fundação ao desenvolvimento de novos nichos de mercado ............. 179 3.4.5 Trio: da fundação à sua instalação no interior de São Paulo ................................ 182 3.5 Município de Caçapava .............................................................................................. 187 3.5.1 O Vale do Paraíba e a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN) .................................................................................................................... 187 3.5.2 Aspectos demográficos, econômicos e históricos de Caçapava ........................... 190 3.5.3 Nestlé e sua linha fit: os alimentos ultraprocessados ........................................... 195 3.6 Município de Matão .................................................................................................... 204 3.6.1. Região Geográfica Imediata de Araraquara ........................................................ 204 3.6.2 Aspectos demográficos, econômicos e históricos de Matão ................................ 207 3.6.3 Atlhetica: da fundação à consolidação de novos sabores ..................................... 211 3.6.4 Max Titanium: da fundação à fusão com a Probiótica ......................................... 215 3.7 Análise comparativa dos municípios pesquisados ..................................................... 221 CAPÍTULO 4 - ANÁLISE COMPARATIVA DAS INDÚSTRIAS PESQUISADAS .............. 224 4.1 Circuitos espaciais de produção .................................................................................. 224 4.2 Círculos de cooperação ............................................................................................... 247 4.2.1 Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para fins especiais e congêneres (ABIAD) ........................................................................................................................ 250 4.2.2 Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (ABIA) .............................. 254 4.2.3 Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (BRASNUTRI) .............................................................................. 259 4.2.4 Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (ABENUTRI) ..... 263 4.2.5 Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (ABIFISA) ............................................................................. 266 4.2.6 Conselho Federal de Nutrição (CFN) ................................................................... 269 4.2.7 Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) ............................................... 271 4.2.8 Conselho Federal de Farmácia (CFF) ................................................................... 272 4.2.9 Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do estado de São Paulo (FETIASP) ........................................................................................................... 273 25 4.2.10 Poder Público Estadual ....................................................................................... 276 4.2.11 Poder Público Federal ......................................................................................... 278 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 284 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 288 APÊNDICES ................................................................................................................................ 312 Apêndice A- Questionário industrial ................................................................................ 312 Apêndice B - Questionário associações ............................................................................ 318 Apêndice C - Questionário prefeituras ............................................................................. 319 24 INTRODUÇÃO As barras de cereais são alimentos ultraprocessados, de consumo rápido, que possuem multicomponentes e uma formulação complexa. Os ingredientes devem ser combinados de forma adequada para garantir que se complementem mutuamente nas características de sabor, textura e propriedades físicas, particularmente no ponto de equilíbrio de atividade de água. As barras de cereais englobam substâncias formuladas a partir de uma massa cozida, com adição de pasta de frutas e de cereais, como granola. As barras proteicas são suplementos alimentares considerados alimentos funcionais e de consumo rápido derivados da proteína do soro do leite e da mistura de componentes com maior qualidade biológica. 2 A partir de seu consumo e da prática de uma atividade física regular obtém-se a melhora da qualidade de vida, melhor desempenho muscular e bem-estar. As pesquisas visando aumentar o valor agregado dos alimentos e o seu enriquecimento encontram-se em curso, objetivando isolar determinados componentes para produção de alimentos funcionais. A demanda por alimentos funcionais, enriquecidos e vitaminados, está crescendo mundialmente e a ingestão de alimentos balanceados é a maneira correta de evitar ou mesmo corrigir problemas de saúde. O crescimento desses setores, em tempos de aceleração contemporânea, deve-se a vários fatores que, a partir de uma construção histórico-social delimitada pelo consumo, consolida a procura de uma parcela da sociedade que busca a qualidade de vida e/ou por alimentos para consumo rápido. Portanto, considerando os poucos trabalhos existentes sobre essa temática abordada, a tese da presente pesquisa é que a produção de barras de cereais e proteicas demanda intensas relações entre o setor agrícola e as indústrias de alimentos, farmacêutica e química para o fornecimento de matérias-primas e insumos, compondo os seus circuitos espaciais de produção, bem como de relações intangíveis (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) e uma mão de obra qualificada que constituem os seus círculos de cooperação. Assim sendo, a produção de barras de cereais e proteicas necessita de uma rede articulada no espaço por diferentes serviços, tecnologias, transportes, mão de obra e mercados que leva à concentração da maioria das indústrias no estado de São Paulo. 2 Hasler (1998) destaca que essa conotação é adotada para alimentos funcionais, pois esses alimentos proporcionam um benefício fisiológico adicional, além daquele de satisfazer as necessidades nutricionais básicas. Exemplos de componentes com maior qualidade biológica: Vitaminas antioxidantes (A, C, E), ácido fólico, ubiquinona, flavonóides, isoflavonas, catequinas, antocianinas, carotenóides, licopeno e fenólicos. 25 O objetivo geral da pesquisa consiste em espacializar os circuitos de produção e os círculos de cooperação desses alimentos e avaliar as implicações SÓCIO-ESPACIAIS nas cidades selecionadas onde as indústrias encontram-se instaladas. Considerando o aumento do consumo de alimentos para o consumo rápido e as reestruturações produtivas nas indústrias de barras de cereais e proteicas, os objetivos específicos da pesquisa analisaram:  As relações de produção e os linkages existentes no circuito espacial de produção das barras de cereais e proteicas, destacando os fluxos produtivos desde os locais e fontes fornecedoras de matérias-primas, as redes produtivas/networks e os canais de distribuição (logística);  As implicações SÓCIO-ESPACIAIS das indústrias pesquisadas, principalmente no que concerne à geração de emprego, arrecadação municipal, atração de novas indústrias e serviços, e suas relações com universidades e institutos de pesquisas, no período de 2000 a 2020, nos municípios selecionados;  Os fatores responsáveis pela localização dos estabelecimentos industriais selecionados nessa pesquisa;  A importância da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na fabricação de barras de cereais e proteicas;  As sinergias existentes no processo produtivo (entre indústrias e entre diferentes atividades econômicas envolvidas), que tornam os alimentos cada vez mais funcionais, enriquecidos e fortificados. De acordo com pesquisa realizada pela Euromonitor em 2018 (CARREIRO, 2019), o Brasil foi o 4º colocado em consumo de alimentos saudáveis no ranking global e movimentou cerca de US$ 35 bilhões no ano de 2018. Segundo a pesquisa, entre os anos de 2014 e 2018, o crescimento do setor de alimentos e bebidas saudáveis foi, em média, de 12,3% ao ano, e em 2019 seu crescimento anual atingiu cerca de 40% no Brasil (CARREIRO, 2019). No mercado nacional verifica-se que são poucas, porém grandes indústrias, que dominam hegemonicamente a produção de barras de cereais e proteicas. No caso da presente pesquisa, foram investigadas as seguintes indústrias: ADS Laboratório Nutricional Ltda. (Matão), Kobber Alimentos Ltda. (Diadema), Nestlé do Brasil Bebidas e Alimentos Ltda. (Caçapava), Supley Laboratório de Alimentos e Suplementos Nutricionais Ltda. (Matão), Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda (Araçoiaba da Serra) e a United Mills Alimentos Ltda. (Sorocaba). Tais indústrias de barras de cereais e barras proteicas foram selecionadas nessa pesquisa de acordo com sua participação no mercado nacional. Os municípios compreendidos 26 acima, situados no estado de São Paulo, contemplam o recorte espacial dessa tese, tendo como recorte temporal os circuitos espaciais, círculos de cooperação, bem como as relações interindustriais ou os linkages ocorridas nas últimas duas décadas (2000 a 2020). Segundo Baudrillard (1995), Lipovetsky (2007) e Bauman (2008), o advento da sociedade de consumo ou sociedade dos consumidores trouxe em seu bojo transformações radicais no modo de organização social e nas relações entre indivíduos. Dessa forma, a alimentação de uma parcela da sociedade mundial formou-se a partir de um sistema agroalimentar que caracterizou a internacionalização do capital, impondo, muitas vezes, dietas alimentares para amplos estratos da população urbana, principalmente de grandes metrópoles. Nessa perspectiva, a construção histórica dos regimes alimentares permeou distintos caminhos espaço-temporais, inclusive com estratificação da compra em classes econômicas e a partir das desigualdades que foram geradas. Assim sendo, em diferentes regiões do mundo, a fome coexiste com um tipo de dieta urbana, que garante algo secundário, acrescido da alimentação principal. As barras de cereais e proteicas fazem parte dessa dieta urbana de uma parcela da sociedade mundial que vive principalmente em metrópoles e, que pode ingerir alimentos de consumo rápido e/ou de uma benéfica suplementar. Cabe, portanto, compreender as dinâmicas histórico-temporais dos regimes alimentares na contemporaneidade, bem como as suas imbricações espaciais. Os regimes alimentares, com base nos estudos de Friedmann e McMichael (1989), evidenciam as relações sistêmicas entre as dietas alimentares e os fenômenos sociais em sua conjuntura global, a partir das transformações econômicas. Entretanto, faz-se necessário descrever as relações capitalistas que aprofundam a divisão territorial do trabalho e a desigualdade sócio-espacial. A partir das contribuições de Souza (2013), a análise sócio-espacial compreende a totalidade de relações sociais e o espaço, simultaneamente, abrangendo-os numa totalidade que resultam da interação de ambos. A justiça social e a qualidade de vida seriam aspectos fundamentais para qualificar a vida urbana em seu desenvolvimento sócio-espacial. Portanto, analisar as implicações sócio-espacial é compreender as formas, funções, estruturas e os processos preexistentes no espaço, ao modo de produção e formação de uma sociedade. 27 A construção de regimes alimentares perpassa diferentes significações ao longo do tempo, manifestando representações religiosas, artísticas e morais de uma cultura. Dessa forma, é lícita a necessidade de uma breve contextualização histórico-temporal da alimentação contemporânea. Por exemplo, a industrialização alterou, significativamente, os modos de produção, distribuição e as relações sociais de trabalho em todos os níveis espaciais. Atualmente, todas as esferas do sistema capitalista estão subordinadas à ótica do capitalismo financeiro e/ou informacional. Todavia, esta lógica é insuficiente para descrever a indústria de alimentos hodierna que, assim como cada atividade econômica, mantém as suas especificidades, por exemplo, a singularidade de sua dinâmica competitiva e capacidade inovativa. A Revolução Verde definiu os novos padrões para a agricultura e a indústria de alimentos processados que, nos dias atuais, passa por novas ressignificações. As mudanças em curso devem afetar profundamente as empresas e países, pois requerem inovações que demandam conhecimentos científicos densos e multidisciplinares. A nova perspectiva para os alimentos deve reunir não apenas propriedades funcionais ou correção dos problemas de saúde, mas são também medicamentos que buscam prevenir doenças futuras. Nessa perspectiva, coexistem as novas lutas competitivas no mercado entre as líderes mundiais em tecnologias de alimentos, Nestlé e a Unilever, e as empresas pequenas ou locais, com menor rentabilidade. Cada empresa possui um grau ou esforço em gastos com P&D e tipo de inovação (radical, caso raro, incremental ou adaptativo), necessário ou incorporado na fabricação de barras de cereais e proteicas, distinguindo-as de outros produtos. Em geral, as tecnologias dos produtos dessa indústria são imitáveis e a competição se dá pela diferenciação de produtos a que ocorre via marketing, liderança na fabricação de novos produtos (mudanças incrementais), design e fixação da marca. Ademais, as mudanças em curso devem alterar profundamente essas características. O cenário que compõe a transformação dos padrões alimentares está intrinsecamente associado à categoria tempo, no tocante à aceleração contemporânea do ritmo de vida das pessoas. O ritmo contemporâneo impõe um estilo de vida cada vez mais acelerado, que evidencia a nova divisão social do trabalho. Dessa forma, as pessoas reorganizam o tempo das atividades em seu cotidiano e sua forma de consumir alimentos, uma vez que lhes são impostos rígidos limites de horários no trabalho. A aceleração contemporânea intensifica a busca e o consumo de alimentos de fácil preparação, considerados rápidos ou até mesmo prontos, assim como barras de cereais e 28 proteicas. O ritmo acelerado leva a um consumo cada vez maior de alimentos funcionais e enriquecidos por meio do aprofundamento da técnica nos processos produtivos, destacados em rótulos de produtos com o sinal de adição ―(+)‖, incremento ou acréscimo de algumas substâncias em suas formulações, como, por exemplo: +fibras, +proteínas e +vitaminas. As constantes e rápidas transformações das relações sociais têm imbricações espaço- temporais, principalmente no que tange à aceleração das trocas, conexões, sinergias e networks entre regiões distintas e a seletividade no acesso a determinados espaços. Urge, portanto, compreender as dinâmicas histórico-temporais dos regimes alimentares na contemporaneidade, bem como suas imbricações sócio-espacial, com os conceitos de circuito espacial da produção e círculo de cooperação. O método analítico empregado nessa pesquisa se fundamenta em Santos (1996a), que destaca a importância da forma-conteúdo e como essa relação influencia dialeticamente o espaço. Portanto, devem-se compreender os pares teórico-empíricos, funções-processos, formas-conteúdos, espaço-tempo, natural-artificial como referência analítico-reflexiva, entendidos dialeticamente. Os procedimentos metodológicos que foram empregados são os seguintes: levantamento bibliográfico, levantamento de dados primários e secundários, pesquisa junto aos órgãos responsáveis pela regulamentação do setor, as indústrias e os municípios selecionados; e a análise dos dados obtidos. Assim sendo, após a definição da problemática e os objetivos da tese, foi eleita uma série de procedimentos metodológicos que serão aqui apresentados detalhadamente. 1) Levantamento Bibliográfico Específico: Inicialmente, foi realizado um levantamento bibliográfico específico para a argumentação proposta nos capítulos iniciais da pesquisa. O Capítulo 1, intitulado ―Embasamento Teórico: Reestruturações Produtivas e as Indústrias Contemporâneas‖, foi dividido em 4 eixos principais que fundamentam teoricamente a presente pesquisa, quais sejam: a) Circuitos Espaciais de Produção e Círculos de Cooperação; b) Conhecimento, Inovação e Território; c) Indústria 4.0 e suas Tecnologias disruptivas na produção de alimentos; d) Considerações sobre o cenário atual de crises e pandemia. Dessa forma, foram utilizados autores clássicos e contemporâneos para enriquecer a análise da realidade complexa, densa e dinâmica estudada. No item a. destacam-se os autores: Barrios (1986), Santos (1978, 1979, 1986, 1988, 1996a, 1996b, 1997, 2000, 2005), Massey (1984), Moraes (1985, 2017), Hilferding (1985), Chesnais (1996), Storper (1997), Mendes (1997, 2009, 2015), Castells (1999, 2010), Porter (1999), Gilly e Torre (2000), Santos e Silveira 29 (2001), Arroyo (2006, 2017), Selingardi-Sampaio (2009), Lencioni (2010), Castillo e Frederico (2010), entre outros. No item b. os autores tomados como referência foram: Scott e Storper (1988), Gama (2001), Ferrão (2002), Asheim e Gertler (2005), Arbix (2007), Vale (2012) e Goddard, Robertson e Vallance (2012). Posteriormente, no item c. foram discutidos os novos condicionantes que integram as tecnologias disruptivas, entre os domínios físico, digital e biológico, com a 4ª Revolução Industrial ou Indústria 4.0. Destarte, as pesquisas de Schwab (2016) foram utilizadas como principal referencial teórico do último capítulo de embasamento teórico. A discussão do Capítulo 2, denominado ―Os Alimentos Ultraprocessados, Funcionais e os Suplementos alimentares na Sociedade de Consumo Contemporânea‖, define os objetos de pesquisa sob a contextualização histórico-temporal dos regimes alimentares, da Revolução Verde e dos interesses da sociedade hodierna, cada vez mais alienada e individualizada. No Capítulo 2, foram utilizados como referencial teórico os trabalhos desenvolvidos por autores que possuem formação acadêmica diversa, dentre eles geógrafos, economistas, engenheiros de alimento, médicos e sociólogos, destacando-se: Castro (1980), Friedmann e McMichael (1989), Baudrillard (1995), Ortigoza (2001, 2008), Oliveira (1997), Lipovetsky (2007), Bauman (2008), Pinheiro (2008), Missagia e Rezende (2011), Abramovay (2012). O Capítulo 3, ―Desenvolvimento econômico, industrial e sócio- espacial no estado de São Paulo‖, trata das transformações histórico-econômicas que produziram transformações espaciais e sociais no decorrer da passagem de uma economia agrária, industrial e de serviços no estado de São Paulo, para a atual economia baseada na financeirização, no grande capital e afetada pelas sucessivas crises contemporâneas. Nessa perspectiva, foi construído o cenário que compõe o atual momento político, econômico e industrial brasileiro, fundamentado nos seguintes autores: Dean (1971), Prado Jr. (1972), Rattner (1972), Furtado (1976), Cano (1977), Milliet (1982), Silva (1980), Oliveira (1982), Mendes (1991), Diniz e Crocco (1996), Firkowski (2002), Lencioni (2008) e Selingardi- Sampaio (2009). 2) Levantamentos de dados secundários: Para consolidar as bases estatísticas pesquisadas, principalmente no Capítulo 3, foi realizado o levantamento de dados secundários com os seguintes estruturantes e suas contribuições: o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), com dados referentes aos municípios onde se situam as indústrias selecionadas na pesquisa e a participação industrial desses municípios em relação ao estado de São Paulo; o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com dados contidos na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e informações referentes aos estabelecimentos e empregos formais ocupados 30 nas indústrias pesquisadas, o que nos permitirá direcionar a análise para o estado de São Paulo; a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), na qual foram analisadas as bases estatísticas do Perfil dos Municípios Paulista; a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), permitindo elucidar o conjunto de leis que regulam o setor pesquisado; o Centro de Inteligência e Negócios do Varejo (CINVA da SA.-Varejo), que realiza pesquisas constantes para o varejo de autosserviço. Sobretudo, foram gerados dados estatísticos do setor de barras de cereais e proteicos no que tange à comercialização e distribuição do produto no mercado nacional. Por conseguinte, os dados obtidos geraram tabelas, gráficos e cartogramas temáticos. Os programas utilizados para representação gráfica e cartográfica foram Microsoft Excel, Corel Draw e ArcGIS 10.5. 3) Resultados: O Capítulo 4 compreende a análise da conjuntura dos circuitos espaciais de produção e dos círculos de cooperação das barras de cereais e proteicas do estado de São Paulo. Cabe salientar que os resultados foram obtidos pelos questionários (Apêndices A, B e C), destacando-se a dificuldade de adentrar as instalações fabris no atual período de pandemia. De acordo com a pesquisa da SA.-Varejo (2020), as indústrias selecionadas na pesquisa estão entre as 10 maiores produtoras de barras de cereais e proteicas do Brasil. Em tempos de pandemia, as indústrias contribuíram de forma parcial com a presente pesquisa, respondendo apenas alguns apontamentos do questionário e dúvidas por telefone. Para compreender a produção, comercialização e a distribuição de seus produtos foram realizados levantamentos acerca dos fatores locacionais da área de instalação das fábricas, as matérias- primas constituintes das barras de cereais, seus linkages, suas etapas produtivas e a logística de escoamento de mercadoria. Para entender seu círculo de cooperação, objetivou-se deter nos agentes que compõem seus fluxos imateriais, que são: Associações, Conselhos, Sindicatos; Centros de Pesquisa, Laboratórios e Universidades; e as esferas do poder público. Os dados obtidos foram analisados criticamente à luz do embasamento teórico empregado, tabulados e espacializados pelos programas Microsoft Excel e o ArcGIS 10.5. Desse modo, chegou-se aos resultados das indústrias pesquisadas, principalmente no que concerne à geração de emprego, arrecadação municipal, linkages e suas relações com Universidades e Institutos de Pesquisa, no período de 2000 a 2020. 4) Pesquisa de Campo: Como etapa subsequente da pesquisa, foram analisadas as dinâmicas espaciais engendradas nos fluxos materiais e imateriais das indústrias. O estado de São Paulo foi selecionado para o estudo empírico, sobretudo por concentrar os fenômenos mais 31 importantes da pesquisa em foco, recebendo os fluxos nacionais e internacionais. O trabalho de campo foi realizado em três fases de execução. A primeira ocorreu nos municípios paulistas onde estão instaladas as fábricas, para investigar a atração municipal e a fluidez do espaço urbano. Nessa etapa, ocorreram novos questionamentos aos órgãos municipais responsáveis, como Prefeitura, Conselho de Desenvolvimento Econômico, Secretaria da Indústria e do Comércio. A segunda fase consistiu na aplicação de formulários junto às indústrias produtoras de barras de cereais e proteicas selecionadas: ADS Laboratório Nutricional Ltda. (Matão), Kobber Alimentos Ltda. (Diadema), Nestlé do Brasil Bebidas e Alimentos Ltda. (Caçapava), Supley Laboratório de Alimentos e Suplementos Nutricionais Ltda. (Matão), Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda (Araçoiaba da Serra) e a United Mills Alimentos Ltda. (Sorocaba), todas localizadas no estado de São Paulo. Cabe salientar que o desejo foi realizar as visitas técnicas e aplicar pessoalmente os formulários, porém devido à disseminação do Covid-19 foram dificultados os acessos presenciais. A terceira fase foi enviar novos questionários para os agentes que compõem o segmento industrial alimentício e de suplementos alimentares, quais sejam: Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (ABIA), Associação Brasileira das Indústrias do Trigo (ABITRIGO), Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (ABENUTRI), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) e Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (BRASNUTRI). Por fim, foi lícito validar a hipótese dessa investigação científica, de que a produção de barras de cereais e proteicas demandam intensas relações entre o setor agrícola e as indústrias de alimentos, farmacêutica e química para o fornecimento de matérias- primas e insumos, bem como de relações intangíveis (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) e de uma mão de obra qualificada. Assim sendo, constatou-se que o estado de São Paulo possui uma rede articulada de serviços, tecnologias e transportes responsáveis por suscitar a produção de barras de cereais e proteicas. A partir dos procedimentos metodológicos, fez-se necessário esclarecer alguns atributos que delimitam a tese, que são: o recorte temporal, o recorte espacial e as indústrias selecionadas. Para Sposito (2006, p. 144), para ―o encaminhamento da pesquisa, aqui entendida em seu sentido mais amplo, a definição do objeto requer, ao mesmo tempo, a clara delimitação de um recorte territorial e um recorte temporal‖. Dessa forma, objetivou-se organizar o conjunto de práticas metodológicas para operacionalizar empiricamente os estudos e investigar a hipótese proposta. 32 Todavia, a delimitação desses atributos foi etapa inicial de consecução do trabalho, pois o processo deve ser contextualizado e articulado de maneira a corresponder à multiescalaridade e às particularidades presentes no tempo-espaço. Conforme Sposito (2006), a articulação entre períodos, adequadamente recortada, nos permite reconhecer tempos que sejam relevantes historicamente e, portanto, teoricamente para a análise do período escolhido. Segundo Oliveira (2015), as barras de cereais e proteicas surgiram nos Estados Unidos na década de 1980, intensificados pelo culto ao corpo e a da prática de atividades físicas na costa oeste. Todavia, seu maior crescimento (69%) ocorreu no período que compreende os anos de 2001 a 2006. No mercado brasileiro, o início da fabricação de barras de cereais ocorreu no ano de 1994, com a Nutrimental S/A Indústria e Comércio de Alimentos, localizada na Região Metropolitana de Curitiba. A consolidação nacional do setor ocorreu apenas em meados dos anos 2000, quando, pela praticidade de seu consumo, novas indústrias de alimentos ingressaram ao setor. Em 2000, a Nestlé S.A produziu sua primeira barra de cereal, com a marca Neston. Segundo o próprio site da empresa, seu desenvolvimento foi amplo no período de 10 anos (2000-2010), fato que a impulsionou, em 2014, a relançar suas barras de cereais sob uma nova marca chamada Nesfit. Nesse contexto, foi elaborada a Resolução RDC nº 263, em 22 de setembro de 2005, pelo Ministério da Saúde, através da ANVISA. Segundo a Resolução RDC nº 263 (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANVISA, 2005), as barras de cereais são produtos obtidos de partes comestíveis de cereais, que podem ser submetidos a processos de maceração, moagem, extração, tratamento térmico e outros procedimentos produtivos seguros para alimentação. A partir da definição proposta pelo Ministério da Saúde, aumentou o número de diversificações na produção de barras de cereais e novas empresas de alimentos aderiram ao segmento. No Brasil, as barras de proteínas eram comercializadas para auxiliar a suplementação de atletas desde os anos 2000. Entretanto, foi a partir de 2010 que esse produto se popularizou no mercado nacional através do apelo do consumo em massa. Segundo Fortune Business Insights (s. d.), as vendas de barras proteicas ultrapassaram 4,6 bilhões de dólares em todo o mundo no ano de 2019. No mesmo ano, a Nutrimental lançou sua primeira linha do produto no Brasil. Atualmente, as barras de cereais e proteicas são comercializadas por 52 empresas no Brasil, sendo diversificadas em indústrias e distribuidores (SA.-VAREJO, 2020). A partir do ano 2000, passaram a integrar o setor 51 novas empresas. Durante esse período, ocorreram 33 diversas modificações, principalmente no que tange às implicações sócio-espacial, inovação, P&D, marketing e legislação. Considerando o cenário descrito e procurando compreender o panorama atual do setor de barras de cereais e proteicas, foi delimitado o recorte temporal da presente pesquisa nos últimos 20 anos (2000 a 2020). O recorte espacial da presente pesquisa compreende o estado de São Paulo. A justificativa para tal escolha se deve a ser este o maior estado produtor de barras de cereais e proteicas do Brasil. Desse modo, o estado de São Paulo possui o maior fluxo tangível e intangível de alimentos funcionais, nutracêuticos e suplementos alimentares nacionais. Atualmente, o setor de barras de cereais é composto por 52 empresas, sendo 28 delas localizadas no estado de São Paulo. Segundo a SA.-Varejo (2020), no ano de 2020 apenas 3 indústrias que estão instaladas no estado paulista possuem 40% do fornecimento de barras de cereais do Brasil. Intrínseco ao recorte espacial da pesquisa, foram selecionadas as 6 indústrias nas quais foram analisados seus circuitos espaciais produtivos, círculos de cooperação, linkages ou relações interindustriais, P&D, entre outros fatores que compõem a produção de barras de cereais e proteicas do estado de São Paulo. As indústrias e suas localizações produtivas selecionadas na pesquisa são: ADS Laboratório Nutricional Ltda. (Matão), Kobber Alimentos Ltda. (Diadema), Nestlé do Brasil Bebidas e Alimentos Ltda. (Caçapava), Supley Laboratório de Alimentos e Suplementos Nutricionais Ltda. (Matão), Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda. (Araçoiaba da Serra) e United Mills Alimentos Ltda. (Sorocaba). Conforme pesquisa da SA.Varejo (2020), as 5 principais indústrias produtoras de barras de cereais do Brasil são: 1) Nutrimental, 2) Nestlé, 3) United Mills, 4) Ritter, e 5) Pepsico, conforme o Mapa 1. Sabendo que das 6 principais indústrias desse setor no Brasil, 4 delas (Nestlé, United Mills, Kellogg‘s e Pepsico) possuem suas instalações fabris localizadas no estado de São Paulo, descrever suas atividades é fundamental para compreender a produção de barras de cereais e proteicas no Brasil. Urge destacar o estudo da SA.Varejo (2020) que é utilizado amplamente como fonte de dados primários e secundários na presente pesquisa. O estudo contou com a participação de 3.445 varejistas de todo o país que apontaram, em questionário, as três marcas mais vendidas em suas lojas no segmento de barras de cereais. Após o recebimento dos questionários, foram atribuídos pesos às marcas conforme a ordem em que foram apontadas, dando origem ao 34 share of mind 3 de cada uma. O passo seguinte foi classificá-las em ordem decrescente de índice de fornecimento total no Brasil. A partir disso, chegou-se a classificação das empresas por categoria, citada acima. Mapa 1 - As cinco principais indústrias produtoras de barras de cereais do Brasil (2020) Fonte: elaborado pelo autor a partir de SA.Varejo (2020). A problemática da presente pesquisa analisa o setor de barras de cereais e proteicas desenvolvido no estado de São Paulo, que passou pelos processos de reestruturação produtiva e desconcentração industrial da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Todavia, esses fatores contribuíram para que mudanças do ponto de vista da localização, da organização da empresa, do trabalho industrial e das inovações fossem notadas, pois foi a partir das implementações provenientes desses processos que as relações interindustriais ou os linkages e os circuitos produtivos se tornaram complexos, até serem capazes de ampliar o papel do espaço geográfico na divisão territorial do trabalho. 3 O share of mind é uma ferramenta de marketing que busca medir, por meio de dados estatísticos, o quanto as pessoas pensam sobre determinada empresa e as soluções que ela oferece. Dessa forma, um alto índice significa que as os clientes foram fidelizados e consumem seus produtos. 284 CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa realizada validou a hipótese dessa investigação científica, de que a produção de barras de cereais e proteicas demanda intensas relações entre o setor agrícola e as indústrias de alimentos, farmacêutica e química, para o fornecimento de matérias-primas e insumos, bem como relações intangíveis (PD&I) e necessidade de uma mão de obra qualificada. Constatou-se também que o estado de São Paulo abriga uma rede articulada de variáveis e atrativos (serviços, tecnologias, transportes, mão de obra e mercados) responsável por compreender a principal produção brasileira de barras de cereais e proteicas. Esta rede encontra-se lastreada em uma rede urbana com metrópoles e cidades grandes e médias que são dententoras de grandes contigentes populacionais, os quais representam ainda importantes mercados. É licito considerar que as indústrias de barras de cereais e proteicas foram influenciadas pelo processo de desconcentração industrial, provocado por desvantagens locacionais da metrópole paulista. Embora estas indústrias tenham surgido a partir da década de 1990, no estado de São Paulo, os efeitos das ―deseconomias de aglomeração‖ continuaram condicionando a opção de novas indústrias por se instalarem no interior do estado. Primeiramente, esse movimento foi realizado através do espraiamento da metrópole para uma cidade-região, compreendendo os municípios que se encontravam num raio de aproximadamente 200 quilômetros da cidade de São Paulo-SP. Atualmente, conforme constatado na pesquisa, municípios como Caçapava e Sorocaba encontram-se na Macrometrópole Paulista, já apresentam desvantagens locacionais, quais sejam: aumento no custo de terrenos, mão de obra, aluguéis, representação sindical e problemas logísticos. Por exemplo, foi relatado pelas indústrias que se encontram nesses municípios o aumento do trânsito e do custo para a sua reprodução. Assim sendo, as indústrias pesquisadas estudam a possibilidade de transferir suas instalações fabris para outros municípios distantes da Macrometrópole Paulista. No que tange às implicações sócio-espacial, a possibilidade de transferência das indústrias pesquisadas pode ocasionar o desemprego de muitos trabalhadores desses municípios, principalmente na Nestlé e na Vitafor, que prestam serviço diretamente ou indiretamente à produção. Como assinalado na pesquisa, municípios menores, como Araçoiaba da Serra, dependem exclusivamente dessas indústrias para continuar investindo em infraestrutura, geração de emprego e atrair novas empresas. 285 Os municípios distantes da Macrometrópole Paulista também se encontram polarizados por outros centros urbanos. Todavia, esses centros urbanos são cidades pequenas ou médias que cumprem o papel principal de atratividade locacional. Nessas cidades encontram-se universidades, centros de pesquisa, prestação de serviço especializado e até mesmo uma infraestrutura capaz de assegurar boas condições para a instalação de novas indústrias. Como investigado na pesquisa, Araraquara oferece esse conjunto de fatores locacionais que beneficia outros municípios próximos, como Matão. Nesse sentido, Araraquara e outras cidades do interior paulista tornam-se atrativas pela sua organização espacial e por se inserirem nos dois circuitos da economia urbana (circuito inferior e circuito superior). É a partir do estabelecimento de redes que esses municípios distantes da cidade-região garantem a circulação e a fluidez de seus espaços. Portanto, as redes eliminam as distâncias e os nós espaciais, assegurando que os fluxos materiais e imateriais perpassem as diferentes escalas: local, regional e global. A presença e a distribuição de redes pelo território proporcionam movimento à produção e ainda relevam a forma desigual de como o território é apropriado. A integração se deve ao fato de cada centro urbano fazer parte de várias redes de cidades que desempenham múltiplos papéis e que se encontram associadas ao uso corporativo das multinacionais. Como constatado na pesquisa, a Nestlé faz o uso do território a partir de um município pequeno do interior de São Paulo, pois se encontra organizada em rede emanando seus fluxos para outros países onde se encontra a sua parcela técnica e administrativa. Os resultados da presente pesquisa situaram o conjunto de variáveis que compõem os circuitos espaciais de produção, os círculos de cooperação e as implicações sócio-espacial das barras de cereais e proteicas. As análises comparativas entre as indústrias permitiram analisar o uso do território e do lugar. Assim sendo, foi possível analisar as diferentes etapas produtivas, desde a aquisição das matérias-primas até a distribuição e comercialização dos produtos, entendendo assim a dialética do lugar (da produção) e do mundo (lugar do consumo e do comando da produção). A análise dessa totalidade envolveu agentes de diferentes níveis de capital, trabalho, política, organização e tecnologia, que se integram num sistema de cooperação para estruturar uma atividade econômica. Os círculos de cooperação foram fundamentais para garantir os fluxos intangíveis que dinamizaram, por meio das sinergias, os intercâmbios de capitais, ideias, informações, ordens e mensagens. Dentre os agentes que estruturam os setores de barras de cereais e proteicas, foram destacados: Associações, Bancos, Conselhos, Instituições, Ministérios e Sindicatos. Portanto, entidades públicas e privadas. 286 Os poderes públicos estadual e federal contribuem para o setor pesquisado no que tange à regulamentação das instâncias produtivas, desde a aquisição dos insumos até o consumo final. Também compreendem em suas atribuições políticas públicas de desenvolvimento econômico e de incentivo para as indústrias. Dessa forma, é fundamental que as indústrias tenham acesso ao crédito, como foi constatado na esfera estadual, com a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) e o Banco do Povo Paulista, bem como na esfera federal, com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Através dessas contribuições os setores de barras de cereais e proteicas podem ser fortificados. Os círculos de cooperação das barras de cereais e proteicas perpassam o uso intensivo de ciência, tecnologia (C&T), pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Apenas o setor de barras de cereais é constituído de 52 empresas que comercializam as suas diferentes tipologias. Assim sendo, o desenvolvimento de novas fórmulas, substâncias e processos contemplam, em suas networks, relações interindustriais ou linkages, parcerias com laboratórios, universidades e centros de pesquisa. As inovações contidas no mercado de alimentos permeiam as necessidades de seus consumidores, e, dessa forma, as barras de cereais e proteicas contemplam a aceleração contemporânea representada pelo ritmo de vida das pessoas em metrópoles ou grandes cidades. Nesse contexto, as barras buscam facilitar a ingestão de calorias, sendo uma alternativa rápida para as pessoas que reorganizam o tempo das atividades cotidianas e sua forma de consumir alimentos, uma vez que lhes são impostos rígidos limites de horários no trabalho e deslocamento. Além do mais, os setores pesquisados possuem uma necessidade latente de consumir produtos que contemplem a saúde, a beleza e a estética. Nesse caso, as barras de proteínas servem como suplementos alimentares que são consumidos associados à prática de uma atividade física, diferentemente das barras de cereais, que são alimentos ultraprocessados, constituídos por gorduras e açúcares, devendo ser evitados no consumo diário. Cabe mencionar, entretanto, que as estratégias de marketing de algumas indústrias pesquisadas ainda associam os alimentos ultraprocessados a formas saudáveis de vida. Essa contradição reflete num movimento político-ideológico de representação de costumes, usos e tradições de uma cultura. Os alimentos carregam diferentes significações que foram construídas ao longo do tempo pelos regimes alimentares. Cada regime compreendeu as relações capitalistas que aprofundaram a divisão territorial do trabalho e as desigualdades sociais de uma economia vigente. Assim sendo, o Brasil constituiu seu regime alimentar pela miscigenação dos povos indígenas, europeus e africanos. 287 Posteriormente, as heranças regionais diversificaram o regime alimentar brasileiro. Primeiro, pela disponibilidade de alimentos em vista das condições climáticas dos diferentes lugares e, segundo, pela identidade criada a partir das resignações histórico-culturais. Cabe mencionar que o espaço (lugares) também condiciona diretamente a escolha da refeição das pessoas, principalmente nas grandes cidades e metrópoles. Com isso, a alimentação pode tornar-se também mais um compromisso a ser realizado dentre as tarefas do dia a dia. Nesse contexto, surgiram a alimentação de fast-food, comidas congeladas, drive- thru 47 , food trucks 48 e os sistemas de entregas (delivery). Todos esses novos condicionantes, fundamentados na produção e industrialização dos alimentos, transformaram o regime alimentar brasileiro. Faz-se necessário entender que esse movimento de aproximação entre as indústrias e os alimentos iniciou-se na Revolução Verde. Paulatinamente, foram reconfigurados os modos de fazer, preparar e combinar os alimentos. Portanto, é importante resgatar as tradições culinárias regionais que, ao longo do tempo, foram perdidas pelos sistemas produtivos. Numa perspectiva futura, a composição de alimentos, suplementos alimentares e medicamentos deverão se estreitar. Desse modo, será necessário buscar novas interpretações sobre esses componentes para distingui-los através de leis, resoluções e legislações. A informação será primordial para que os consumidores saibam a procedência, composição e efeitos desses produtos, e ainda compreendam como uma dieta com esses componentes poderá transformar suas vidas. As mudanças em curso devem afetar profundamente as indústrias e os países, pois requerem inovações que demandam conhecimentos científicos, densos e multidisciplinares. Em uma nova perspectiva, os alimentos funcionais e nutracêuticos deverão reunir não apenas propriedades com benefícios adicionais ao valor nutritivo, mas se tornarem também medicamentos para prevenção de doenças futuras (osteoporose, colesterol etc). Por fim, será nos condicionantes da Quarta Revolução Industrial que as indústrias se reestruturarão para atender às demandas do mercado. Assim sendo, a biotecnologia e a nanotecnologia transformarão cada vez mais os alimentos. Destarte, as sinergias existentes no processo produtivo tornarão os alimentos cada vez mais funcionais, enriquecidos e fortificados. 47 É o termo em inglês para serviços de venda de produtos, normalmente fast food, que permite ao cliente comprar o produto sem sair do carro. Drive thru deriva-se de ―drive-through‖ que significa literalmente através do carro. 48 Trazido do inglês como caminhão de comida, é um veículo que transporta e vende comida em determinados lugares. 288 REFERÊNCIAS 3G SOLUÇÕES AMBIENTAIS. 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