RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
135
COSTSA/PRAd/Unesp
NANOREGULAÇÃO: AVALIAÇÃO DOS
CENÁRIOS INTERNACIONAL E BRASILEIRO
NANOREGULATION: EVALUATION OF INTERNATIONAL
AND BRAZILIAN SCENARIOS
Carla dos Santos Riccardi1
Antonio Carlos Guastaldi2
1 Pós-doutoranda pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
Unesp, Instituto de Química, Campus de Araraquara. Graduação em Farmácia-
Bioquímica pela Unesp/FCF-Car. Mestre e Doutora em Biotecnologia pela mesma
instituição. Atua nas áreas de nanotecnologia aplicada à saúde, biomateriais,
nanotoxicologia e nanoregulação. Bolsista PDS/CNPq (Processo 150581/2012-2),
na área de biotecnologia, projeto intitulado “Impacto e riscos da nanotecnologia
aplicada à área da saúde”. E-mail: cariccardi@yahoo.com
2 Professor Titular do Curso de Química da Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho”, Unesp, Instituto de Química, Campus de Araraquara.
Graduação em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos.
Mestre e Doutor em Engenharia Metalúrgica pela Universidade de São Paulo,
Campus de São Carlos. Atua nas áreas de Engenharia de Materiais e Metalúrgica,
especificamente em biomateriais e corrosão. Responsável pelo Grupo de
Biomateriais, Unesp, IQ/CAr.
../../../../AppData/Local/Temp/7zO7C70.tmp/cariccardi@yahoo.com
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
136
Resumo: O artigo temático, além de destacar a importância
do desenvolvimento tecnológico em nanomaterias, reflete
criticamente o entendimento do impacto das nanopartículas
à saúde humana e ao meio ambiente. A importância de uma
regulação específica em nanotecnologia tornou-se um
desafio para as agências reguladoras. Os mecanismos de
gestão de risco de nanoprodutos foram analisados, com o
intuito de avaliar a atual situação mundial em
nanoregulação. Os impactos científicos, tecnológicos,
econômicos e sociais das nanotecnologias e as implicações à
curto e longo prazos foram avaliados, a partir de estratégias
internacionais e brasileiras. No âmbito internacional pôde-se
observar uma evolução em termos de diretrizes, decisões e
recomendações em nanosegurança provenientes da
academia, organizações não-governamentais, agências
reguladoras, indústrias e consumidores. Porém, no cenário
brasileiro não há um plano de ação em
legislação/fiscalização de nanoprodutos, e, os impactos
nanotoxicológicos são pouco difundidos no país.
Palavras-chave: Nanotecnologia; Nanotoxicologia; Nanose-
gurança; Nanoregulação.
Abstract: The thematic review, in addition to highlighting
the importance of technological development in
nanomaterials, critically reflects the understanding of the
impact of nanoparticles on human health and the
environment. The importance of specific regulations for
nanotechnology, it has become a challenge for regulatory
agencies. The mechanisms of nanorisk managements were
analyzed in order to evaluate the current global status on
nanoregulation. The impacts of scientific, technological,
economic and social of nanotecnology, as well as the short-
and long-term effects were evaluated, from Brazilian and
international strategies. It was observed an evolution in
terms of international levels, including directives, decisions
and recommendations on nanosafety from academia, non-
governmental organizations, regulatory agencies, industry
and consumers. However, in the Brazilian scenario there is
no action plan in legislation/inspection of nanoproducts, and
nanotoxicity aspects are not a well broadcast concept in the
country.
Keywords: Nanotechnology
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
137
Introdução e Relevância do Tema
O mercado mundial impulsiona a comercialização de novos produtos
com incrementos tecnológicos na escala nanométrica. Os setores em
expansão incluem roupas e equipamentos esportivos, cosméticos,
medicamentos, peças e tintas automobilísticas, embalagens e informática.
Desta maneira, as empresas investem de forma acelerada em Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação (P&D&I) na área.
Segundo alguns autores, os investimentos em P&D&I em
nanotecnologia crescem exponencialmente, e poderão ultrapassar a
projeção de 1,5 trilhões de dólares em 2015. Os dados da Tabela 1
indicam que as Nanociências e Nanotecnologias (N&N) são áreas
prioritárias nas agendas governamentais devido ao caráter estratégico no
desenvolvimento econômico e ao diferencial competitivo de mercado.
Dentro deste contexto, as aplicações com potencial em
nanotecnologia foram projetadas no gráfico da Figura 1, a partir do cálculo
em porcentagem relativa (US$ bilhões) gerada pelo mercado mundial na
área em 2012, obtido pela página eletrônica da BCC Research (2012), em
ordem de liderança de mercado.
Figura 1. Representação gráfica do mercado mundial de nanotecnologia, em
2012.
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
138
*Elaborado a partir de dados obtidos da literatura CGEE, 2008; GUIMARÃES, 2010;
FIRJAN, 2011.
Tabela 1. Avaliação mercadológica em nanotecnologia
MERCADO
NACIONAL
MERCADO
INTERNACIONAL
Faturamento
2010: R$115 milhões
(0,03% da produção mundial)
(Fonte: Firjan, 2011)
2010: US$383 bilhões
(Fonte: Firjan, 2011)
Projeção 2015:
US$ 1,0 a 2,5 trilhões
Número de
Empresas*
2010: 150 empresas
(Fonte: Firjan, 2011)
2.272 empresas
(Fonte: Nanowerk, 2012)
Produtos
2007: Embrapa, Faber Castell,
Ponto Quântico, Bunge, Nano
Endoluminal, Diklatex, Nanox,
Nanocore, Indústrias Químicas
de Taubaté, O Boticário,
Natura, CVD e Braskem
1.317 produtos
(Fonte: Woodrow Wilson
International Center for
Scholars, 2011)
Investimentos
em P&D&I
PNN (2000-2007):
R$ 160 milhões
MCT/CNPq/FNDCT/CAPES:
R$ 270 milhões
FAPEMIG/FAPESP:
R$ 135 milhões
US$10 bilhões/ano **
(Fonte: MCT, 2008)
Até 2011: US$65 bilhões ***
(Fonte: Científica Ltda)
* desenvolvendo produtos ou prestando serviços em nanotecnologia
** investimentos dos EUA, Japão e União Européia
*** investimentos governamentais
Em contrapartida, a gestão de riscos em nanotecnologia tornou-se
um desafio, que requer análise ponderada dos impactos à saúde e ao
meio ambiente.
A literatura relata uma dificuldade em ações regulatórias específicas
para os nanoprodutos, devido à complexidade em gerenciar os impactos e
propriedades dos materiais na escala nanométrica durante a cadeia
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
139
produtiva do produto e o ciclo de permanência no ambiente; em definir
dos níveis aceitáveis para exposição às nanopartículas; e, em estabelecer
uma gestão de riscos à saúde e ao meio ambiente a longo prazo.
Metodologia de Análise
A temática foi desenvolvida pela análise de guias de práticas
obrigatórias e não-obrigatórias, manuais de orientação em nanosegurança
e diretrizes em nanoregulação.
Vale a pena ressaltar que mais de 350 artigos científicos reportando
testes in vitro e in vivo, na área de nanotoxicologia, foram revisados pelos
autores deste trabalho, levando-se em consideração diferentes
nanomateriais, tais como: nanotubos de carbono, fulerenos, pontos
quânticos e nanopartíclulas de Ag, Au, Pt, TiO2, ZnO, CeO2, SiO2, CuO,
Ca3(PO4)2, Fe3O4 e Fe2O3, MoO3, Al2O3 entre outros.
Uma análise exploratória permitiu concluir que, a maioria dos
trabalhos científicos analisados indicou que algumas dessas
nanopartículas, disponíveis comercialmente ou sintetizadas em
laboratórios de pesquisa, apresentaram resultados positivos em testes in
vitro para análise de citotoxicidade, genotoxicidade, carcinogenicidade,
resposta inflamatória ou mecanismos de geração de radicais livres. Outro
fator importante foi o número expressivo de resultados contraditórios,
dependendo da metodologia escolhida para realização do teste in vitro.
Quanto aos testes in vivo, poucos trabalhos avaliam a
nanotoxicidade dessas nanopartículas nos sistemas respiratório (42),
nervoso (12), dérmico (15), cardiovascular (29), imunológico e
hematopoiético (11), renal (10), reprodutivo (2), musculoesquelético (4) e
efeitos genotóxicos (16), sendo que 90% dos testes foram aplicados
apenas para as nanopartículas de TiO2.
Portanto, pode-se concluir que existem pontos a serem esclarecidos
para um maior entendimento científico dos mecanismos de ação das
nanopartículas em humanos, bem como a padronização e normatização de
metodologias específicas para avaliar a nanotoxicidade.
Recomendações Mundiais em Segurança à Saúde e ao Meio
Ambiente
Um progresso tem sido realizado em programas de políticas públicas
internacionais na área de nanotecnologia, com o intuito de estreitar as
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
140
colaborações e reunir esforços para o delineamento de uma regulação
específica em nanotecnologia. Desta forma, vários planos de ação
informal, projetos de lei e programas de incentivo à pesquisa em
nanosegurança foram propostos pelas principais entidades e empresas
interessadas no tema nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha,
Suiça, Noruega, Holanda, Rússia, Índia, Japão, Nova Zelândia e Austrália;
além de ação de organizações não-governamentais (ONGs), das Nações
Unidas, da UNESCO e outras entidades internacionais em padronização.
América do Norte
Canadá
Os Departamentos Federais de Saúde e Meio Ambiente do Canadá
(ENVIRONMENT & HEALTH CANADA, 2007) e Conselho de Academias
Canadenses (CCA, 2008), divulgaram uma agenda do plano regulatório no
país. A avaliação considerou que as pesquisas em metrologia, mecanismos
de ação das nanopartículas em sistemas biológicos, e ações em
vigilância/fiscalização, podem ser consideradas como estratégias para
gerenciar os riscos à saúde e impactos os ambientais da nanotecnologia.
Estados Unidos
Os investimentos na área de nanosegurança vêm crescendo desde
2005 (35 milhões de dólares), com uma projeção de US$105 milhões para
o final de 2013 (PCAST, 2012).
Desde 2003, o país discute assuntos regulatórios em N&N. Diversas
consultas públicas foram realizadas para considerar as prioridades, dentro
do Programa de Iniciativa Nacional em Nanotecnologia, relativas aos
aspectos de riscos ocupacional e ambiental à exposição de nanopartículas.
A literatura incluiu ações governamentais, recomendações em empresas,
universidades, institutos e centros de pesquisas, e diretrizes das agências
reguladoras (Figura 2). Os documentos reúnem dados satisfatórios para
iniciativas em padronização, normatização e nanosegurança. As etapas de
gestão de riscos envolvem medidas de controle de engenharia, seleção
dos nanomateriais, uso de equipamentos de segurança geral, proteção
individual, higiene pessoal e limpeza do local de trabalho, rotulagem e
sinalização, transporte, treinamento, procedimentos operacionais padrões
e referências para consulta, bem como revisão e adaptação da literatura.
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
141
Figura 2. Sigla/endereço eletrônico dos principais documentos em
nanosegurança nos Estados Unidos.
Ásia
Os paises Japão, China, Índia e Tailândia foram selecionados quanto
às iniciativas em N&N e diretrizes em nanosegurança. As perspectivas em
nanotecnologia no continente asiático podem ser acompanhadas pelos
endereços eletrônicos do Programa de Informação Tecnológica Asiático
(ATIP, 2003) e da Coorporação Econômica Asiática (APEC, 2012).
Japão
As N&N foram consideradas as áreas prioritárias do governo, a partir
do Segundo Plano Básico de Ciência e Tecnologia, que vigorou entre 2001
e 2005 (CGEE, 2008).
Por outro lado, o Japão despontou tardiamente em iniciativas de
avaliação dos impactos da nanotecnologia, em relação aos E.U.A. e
Europa. Em 2005, o tema foi abordado no Simpósio Internacional
“Nanotechnology and Society” (ISHIZU et al., 2008). Somente em 2008, o
governo lançou uma nova iniciativa em ação conjunta governo/setor
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
142
privado/cooperação internacional, para a padronização e normatização em
nanosegurança, após uma análise do risco das nanopartículas à saúde
humana (SANDHU, 2008). Em 2009, um guia de recomendações foi
elaborado por dados voluntários, com a intenção de reduzir os riscos à
saúde e ao meio ambiente pelo manuseio de nanomateriais (MOE, 2009).
Índia
O Conselho de Missão em Nanotecnologia anunciou intenções de
elaboração de um plano regulatório em nanotecnologia (PTI, 2010).
Tailândia
Em 2003, a Agência Nacional de Desenvolvimento em Ciência e
Tecnologia (NSTDA, National Science and Technology Development
Agency), criou o Centro Nacional em Nanotecnologia da Tailândia
(NANOTEC, National Nanotechnology Center), constituído por 12 centros
de pesquisas com 400 pesquisadores, e com perspectivas de incorporar
100 novos investigadores a cada ano e atingir o índice de 1% do PIB para
os nanoprodutos até 2013 (NANOTEC, 2010).
Em nanosegurança, o NANOTEC tem incentivado debates públicos
de conscientização da população sobre os impactos da nanotecnologia.
China
O mercado de nanoprodutos, em 2005, foi de 5,4 bilhões de dólares,
com perspectivas de 145 bilhões de dólares em 2015 (PHYSORG, 2010).
Desta forma, o país destacou-se como um dos participantes mais
expressivos na área de N&N, devido ao apoio do governo, conquistando o
terceiro lugar em P&D&I, perdendo apenas para os E.U.A. e do Japão.
Acima de 4500 documentos foram publicados pela Academia de Ciências
da China sobre o tema N&N (ATIP, 2003).
Em 2000, o Ministério de Ciência e Tecnologia de China criou um
comitê de especialistas em N&N, projetando o país nos setores de
nanoeletrônica, nanomateriais e nanobiotecnologia, que constituem as
prioridades em P&D&I até 2020 (GUIMARÃES, 2010).
As primeiras ações com o intuito de analisar as normas regulatórias
para a escala nanométrica surgiram em 2004 (SAC/TC279, Securities
Association of China).
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
143
As agências chinesas envolvidas na regulação da nanotecnologia
são: o Ministério de Proteção Ambiental (MEP, Ministry of Environmental
Protection); a Administração da Padronização da China (SAC), a
Administração Estatal de Segurança do Trabalho (SAWS, State
Administration of Work Safety); e a Administração Estatal de Alimentos e
Medicamentos (SFDA, State Food and Drug Administration). Sendo que
todos os produtos químicos devem ser listados no Inventário das
Substâncias Químicas Fabricadas ou Importadas (IECSC, Inventory of
Existing Chemical Substances Produced or Imported in China), em
vigência na China (JARVIS e RICHMOND, 2011).
Em 2010, a legislação sofreu uma adequação ao REACH da União
Européia, que requer informações sobre a avaliação e gestão dos riscos à
saúde humana e o meio ambiente, para a comercialização dos
nanoprodutos na Europa (JARVIS e RICHMOND, 2011).
Assim, pôde-se constatar que a China é um participante ativo nos
processos internacionais de normalização em nanotecnologia. Jarvis e
Richmond (2011) citaram 22 normativas nacionais estabelecidas pelas
agências: Administração Geral de Qualidade Supervisão e Quarentena
(AQSIQ, General Administration of Quality Supervision, Inspection and
Quarantine), Administração da Padronização da China (SAC), Associação
Chinesa da Indústria Têxtil e Comissão Nacional de Desenvolvimento e
Reforma (NDRC, National Development and Reform Commission).
Oceania
Austrália
Os aspectos em nanosegurança foram consolidados pelas propostas
das indústrias de nanotecnologia do país, medidas de precaução em
produtos alimentícios e arquivos de detalhamento dos modelos
regulatórios do NICNAS (National Industrial Chemicals Notification and
Assessment Scheme) (FSANZ, 2008; NICNAS, 2009).
Nova Zelândia
O Ministério da Pesquisa, Ciência e Tecnologia em cooperação com
Royal Society da Nova Zelândia, organizaram um evento em 2009, para
discutir temas sobre controle em locais emergentes, responsabilidade em
gestão de riscos e metodologias de avaliação dos riscos (MORST, 2009).
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
144
Europa
Pela revisão pôde-se observar que a Europa, desde 2002, atua
significativamente na definição e atualizações de terminologias em N&N,
bem como na avaliação e gestão dos riscos dos nanoprodutos.
Resumidamente, o Comitê Europeu concluiu que as metodologias atuais
em nanosegurança requerem algumas modificações, a fim de lidar com
gestão de riscos dos nanoprodutos.
União Européia
As iniciativas em nanoregulação da União Européia iniciaram com a
publicação do Instituto Danish de Metrologia Fundamental, propondo
definições em nanometrologia, e, com a criação do maior evento em
nanotecnologia da Europa, NanoEuroForum (DFM, 2002).
Os documentos de orientação da União Européia, compreendem:
2004: Documento de orientação de nanosegurança em cosméticos (SCCP,
2004); Proposta de criação de uma agenda estratégica de P&D&I (EUROPEAN
COMMISSION, 2004);
2005-2009: Plano de Ação em N&N: normatização, práticas de
comercialização, barreiras sociais e políticas ao empreendedorismo na Europa,
acordos de licença entre a indústria e organizações de P&D&I, e, avaliação
dos riscos à saúde ocupacional e ao ambiente, durante as fases do ciclo de
produção/descarte dos nanoprodutos (EURACTIV, 2005);
2006: Consulta pública e considerações para a criação de um banco de dados
e redes de excelência em nano(eco)toxicologia (CORDIS, 2006); Agenda em
pesquisas com ações conjuntas das indústrias, universidades e Comissão
Europeia para avaliar os impactos da nanomedicina, exigências éticas,
avaliação risco/benefício, aceitação pública, regulação e questões de
propriedade intelectual (EUROPEAN COMMISSION, 2006);
2007: Incentivo em P&D&I para novas metodologias (in vitro e in vivo) de
análise de segurança em nanoprodutos cosméticos (SCCP, 2007);
2008: Incentivo ao processo regulatório europeu, pela Comissão do Emprego
e dos Assuntos Sociais (CESA, Committee on Employment and Social Affairs)
(EUROPEAN PARLIAMENT, 2008); Código de Conduta para a produção
industrial e uso de nanotubos de carbono elaborado pela Associação de
Produtores de Nanotubos de Carbono da Europa (PACTE, Producers
Association of Carbon Nanotubes in Europe) (PACTE, 2008); Proposta de 26
emendas para a regulação de novos produtos alimentares no mercado
europeu, relatada pelo Comitê do Meio Ambiente, Saúde Pública e Segurança
em Alimentos (EUROPEAN PARLIAMENT, 2008);
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
145
2009: Lançamento do projeto NANOSAFE2, propondo novas metodologias de
caracterização, detecção e monitoramento de nanopartículas; normas para
minimizar a exposição ocupacional e impactos ao meio ambiente; estimar os
níveis de exposição; recomendações quanto aos efeitos nocivos a saúde; e,
definição dos aspectos sociais da nanotecnologia.
Em termos de legislação, as principais revisões regulatórias,
compreeendem:
Legislação (EC) No 987/2008 (EUROPEAN COMMISSION, 2008);
Proposta de adequação para produtos alimentícios (EUROPEAN
PARLIAMENT, COM(2007)0872 – C6-0027/2008 – 2008/0002(COD));
Proposta de aspectos regulatórios em nanomateriais (EUROPEAN
PARLIAMENT, COM(2008)0366 – 2008/2208(INI));
Proposta de reformulação da regulação em produtos cosméticos (EUROPEAN
PARLIAMENT, (COM(2008)0049 C6-0053/2008 2008/0035(cod));
Legislação (EC) No 1223/2009: revisão do tema nanosegurança em produtos
cosméticos (EUROPEAN PARLIAMENT, 2009);
Proposta de Plano de Ação em Padronização 2010-2013: atualização e
transparência de atos normativos relatados pela Comissão Européia COM
(2011)/754197 (EUROPEAN COMMISSION, 2011).
Alemanha
A indústria Bayer AG (2007), publicou um guia de boas práticas para
produção e uso dos nanomateriais negociados pela empresa.
A Associação de Indústrias Químicas Alemãs (VCI, German Chemical
Industry Association) emitiu as recomendações de manuseio, avaliação de
níveis aceitáveis, e a lista de nanomateriais de uso seguro (VCI, 2008).
O guia (BGI/GUV-I 850-0e, 2008) estabeleceu recomendações de
segurança para manusear nanomateriais em laboratórios.
Em 2010, o Instituto do Trabalho e Saúde do Seguro Social de
Acidentes Alemão, enfatiza a necessidade de regulação específica para os
nanomaterias pela REACH da União Européia (DGUV, 2010).
Russia Européia
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
146
O governo ruso lançou, em 2009, um endereço eletrônico
(www.portalnano.ru) para compartilhar informações sobre os programas
de nanotecnologia. O portal propõe um escopo da investigação científica e
regulação nacional (NANOWERK, 2009).
Noruega
A Agência de Controle de Poluição da Noruega (NPCA, Norwegian
Pollution Control Authority) vem promovendo iniciativas para o registro
voluntário e sistema de notificação obrigatória dos nanoprodutos do país
(SFT, 2009).
Suíça
Um Código de Conduta em N&N foi elaborado pela associação IG
DHS (2008) para proporcionar transparência aos consumidores de
nanoprodutos. Sendo que as empresas devem adotar uma gestão de
riscos: benefício da incorporação, valor agregado ao produto versus
produto tradicional, evidências de efeitos adversos específicos do
nanoproduto, especificações técnicas e os potenciais riscos a longo prazo.
O Conselho Federal Suíço aprovou um plano de ação para incentivar
a pesquisa científica na análise dos efeitos nocivos das nanopartículas, e,
promover uma divulgação do tema (FOPH, 2008).
O documento IMPART (Improving the understanding of the impact of
nanoparticles on human health and the environme) recomenda o
manuseio seguro de nanomateriais cerâmicos, nanotubos de carbono,
pontos quânticos e fulerenos (McCORMACK, D. et al., 2008).
Holanda
O país segue os regulamentos estabelecidos pela Comissão Européia
e o Princípio da Precaução (SER, 2009).
Em 2010, o relatório do Instituto Nacional do Meio Ambiente e
Saúde Pública descreveu a importância da determinação de valores
máximos de exposição ocupacional às nanopartículas, enquanto não
houver dados científicos confiáveis (DEKKERS, S.; HEER, C., 2010).
A Universidade de Tecnologia de Delft reportou as diretrizes de
nanosegurança para os alunos e os funcionários da instituição, com o
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
147
cumprimento das etapas: eliminar a utilização dos nanomateriais, se
possível; substituir por materiais isentos de nanopartículas; ou se não
aplicáveis, submeter o processo ao isolamento em sistema fechado, a um
sistema de purificação de nanoparticulados do ar e adotar medidas de
proteção individual (SCHMIDT-OTT, A. et al., 2010).
França
A fim de estimular a participação dos cidadãos, o governo lançou um
debate com dezessete reuniões públicas. Cada encontro abordou um tema
individual e o endereço eletrônico
contém os documentos informativos sobre os riscos e benefícios da
nanotecnologia para acesso público (BIRD, K., 2009).
Irlanda
Um relatório foi publicado pela Autoridade de Segurança Alimentar,
destacando os possíveis riscos da nanotecnologia na cadeia alimentar; a
necessidade de adequação do quadro regulamentar da União Européia em
gestão de risco; e, prioridade de uma legislação específica para os
nanoprodutos (FOOD SAFETY AUTHORITY OF IRELAND, 2008).
Reino Unido
Desde 2007, os fornecedores de produtos contendo nanopartículas
seguem os documentos de orientação publicados pelo British Standards
Institution (BSI, 2007a; 2007b), que devem ser cumpridos até a
elaboração de uma norma britânica específica na área.
Em 2009, o documento emitido pelo governo em resposta a Royal
Commission on Environmental Pollutions, divulga cinco temas de
revelância: coordenação do governo sobre a N&N; proteção à saúde
humana e o meio ambiente; consolidação em base de evidências
científicas; direcionamento em regulação/fiscalização; e, incentivar o
engajamento público (RCEP, 2009).
Em 2010, a página eletrônica "Nanotechnologies: Influence and
Inform the UK Strategy", foi divulgada, convidando os interessados da
academia, indústria, governo e outras organizações interessadas em
debates sobre nanotecnologia. De maneira geral, o resultado da consulta
pública indicou pedidos de esclarecimento quanto ao aporte financeiro do
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
148
governo em P&D&I, questões de nanosegurança, e eficácia na
coordenação das atividades de comercialização e fiscalização (BIS, 2009).
No mesmo ano, o Comitê de Ciência e Tecnologia, relatou as
preocupações do governo britânico quanto ao uso dos nanomateriais na
produção de alimentos. O Comitê considerou que houve uma falta de
transparência da indústria em divulgar suas pesquisas, sendo sugerido:
maior comunicação para esclarecimento do público; divulgação pública de
uma lista de todos os alimentos e embalagens de alimentos contendo
nanomateriais; ações de financiamento para pesquisa científica em
avaliação de risco dos nanomateriais; criação de um banco de dados de
acesso público, sendo que, a participação da indústria na elaboração da
lista de dados deve ser obrigatória e não voluntária; envio de processo
formal de avaliação de risco de nanoprodutos alimentícios à Autoridade
Européia para a Segurança dos Alimentos (UK PARLIAMENT, 2010).
Organizações Não-Governamentais
A Tabela 2 apresenta os principais documentos, elaborados pelas
ONGs, sobre os conceitos em gestão de riscos da nanotecnologia: IRGC
(International Risk Governance Council), ICON (International Council on
Nanotechnology) e SAICM (Strategic Approach to International Chemicals
Management).
Tabela 2. Caracterização e gestão de riscos em nanotecnologia
ONGs
Endereço eletrônico
IRGC
http://www.irgc.org/issues/nanotechnology/
ICON
http://www.goodnanoguide.org/HomePage
SAICM
http://icon.rice.edu/projects.cfm?doc_id=12201
Outras Atividades Normativas
Outras organizações vêm indicando a importância de parcerias
internacionais para uma regulação específica dos nanoprodutos.
http://www.irgc.org/issues/nanotechnology/
http://www.goodnanoguide.org/HomePage
http://icon.rice.edu/projects.cfm?doc_id=12201
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
149
Em 2010, a OECD elaborou uma série de publicações em segurança
de nanomateriais manufaturados. O documento incentivou patrocinadores
de Planos de Desenvolvimento de Dossiês (DDPs) para testes em
nanomateriais. Uma lista de 14 nanomateriais prioritários foi selecionada
para a organização de informações quanto às propriedades físico-
químicas, descarte ambiental e toxicologia dos nanomateriais.
As organizações internationais em normatização estabeleceram as
recomendações ISO/TR 12885-2008, ASTM E2456-06 e ASTM E2535-07.
De maneira geral, abordam boas práticas de manipulação, segurança
ocupacional e ambiental, definição internacional de padronização de
terminologias em nanotecnologia, normas de segurança em casos de
exposições pertinentes ou na ausência de informações de exposição e
risco. Porém, não descrevem os riscos à saúde para uma exposição a
longo prazo aos consumidores de nanoprodutos.
A UNESCO e a Comissão Mundial de Ética do Conhecimento
Científico e Tecnológico (COMEST, 2005), reuniram um grupo de
especialistas para promover um debate de esclarecimentos sobre o
Princípio da Precaução, com o objetivo de oferecer uma plataforma ética
para garantir a gestão adequada dos riscos, e informações transparentes
ao público e aos órgãos governamentais, sobre o impacto das novas
tecnologias.
Concluindo, pela análise da literatura internacional, foi possível
avaliar uma evolução em termos de nanosegurança ocupacional, no
entanto, os impactos à saúde humana, provenientes do consumo dos
nanoprodutos, ainda são desconhecidos. A maioria dos documentos sobre
o tema enfatiza que os formuladores de políticas públicas mundiais
precisam desenvolver estruturas de base científica para gerenciar os
riscos associados com o desenvolvimento das N&N.
No cenário brasileiro, as ações em P&D&I e medidas em
nanosegurança e nanoregulação também foram relatadas.
Resumidamente, podemos avaliar que a Política Nacional de N&N atuou de
forma acelerada, a partir de 2003, com o apoio do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI, 2002) para tornar essa área estratégica
para o país, em função do potencial competitivo e inovador, com caráter
na geração de conhecimento, desenvolvimento tecnológico e agregação de
valor econômico, político e social. Porém, destacamos dentro deste
contexto a questão:
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
150
Qual o posicionamento do Brasil em termos da nanotoxicologia e
regulação dos nanoprodutos?
As redes de excelência em N&N foram criadas por uma ação do
governo brasileiro como uma estratégia de entendimento científico,
geração e difusão da inovação, e debates sobre as áreas prioritárias. O
sistema atual brasileiro consiste de 24 redes cooperativas, 16 institutos
nacionais de ciência e tecnologia, oito laboratórios nacionais e,
aproximadamente, 2,5 mil pesquisadores e 3,5 mil estudantes. O Brasil
representa 1,9% das publicações científicas mundiais na temática
nanotecnologia (COELHO, D., 2012). No âmbito empresarial, segundo a
análise da Firjan (2011), existem 150 empresas nacionais atuantes no
setor (Tabela 1).
Em 2006, uma rede acadêmica ReLANS (Rede LatinoAmericana de
Nanotecnologia e Sociedade ) foi criada para promover
discussões sobre o desenvolvimento da N&N na América Latina e as
implicações econômicas, políticas, ambientais, sociais, legais e éticas; com
coordenação bilateral entre a Universidade Autonoma de Zancatecas
(UAZ, México) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR, Curitiba, Brasil).
A Tabela 3 foi elaborada pelos dados obtidos da literatura (MCTI,
2002; CGEE, 2008; DIEESE, 2005; GUIMARÃES, 2010; LEDESMA, 2010),
e destaca a evolução das principais ações brasileiras em N&N. A análise da
literatura indica que o Brasil apresentou um grande avanço em políticas
de Ciência, Tecnologia e Inovação, com investimentos acima de 50
milhões de reais nas áreas de Nanotecnologia e Nanobiotecnologia. As
atividades apoiadas pela Ação Transversal foram as seguintes: Jovens
Pesquisadores, Programa de Laboratórios Nacionais, Programa de
Laboratórios Estratégicos, Cooperação entre Empresa e Instituições de
Pesquisa, Programa de Redes de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação,
Cooperação Internacional, Incubadoras de Empresas e Editoração de
Material de Divulgação da Nanotecnologia (MCTI, 2008).
Desta forma, a iniciativa brasileira em nanotecnologia promoveu o
aumento da competitividade do país no mercado mundial por meio da
articulação entre os setores privado, governamental e academia. Como
resultado, o Brasil ocupa um lugar privilegiado na América Latina,
despontando como o país que mais investe no desenvolvimento das N&N.
Tabela 3: Panorama das principais ações brasileiras em nanotecnologia
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
151
Ano
Descrição*
2000
- Programa nacional em nanociências e nanotecnologia (N&N)
- Primeiro encontro de pesquisadores brasileiros do CNPq
- Iniciativa de contatos em N&N nos E.U.A. e Europa
2001
- Livro Verde (Conferência Nacional de C&T&I)
- Visita ao Brasil do consultor científico dos E.U.A.
- Divulgação do documento do Comitê de Articulação em N&N
- Chamada pública MCTI/CNPq de propostas de redes em N&N
- Divulgação do programa dos Institutos do Milênio em N&N
- Quatro redes em nanotecnologia foram formadas
2002
- Centros nacionais de referência em nanotecnologia
- Missão da Alemanha-Brasil para colaboração em N&N
2003
- Programa Plurianual PPA 2004-2007
2004
- Política Tecnológica, Industrial e de Comércio Exterior (PITCE)
- Implantação do Laboratório Nacional de Micro e Nanotecnologia
- Ação Transversal de Nanotecnologia nos Fundos Setoriais
- Instituída a Rede BrasilNano
- Lei de Inovação (10.973/2004)
- Lei do Bem (11.196/2005)
- Centro Brasileiro-Argentino de Nanotecnologia (CBAN)
2005
- Selecionadas 10 Redes Nacionais de Nanotecnologia
- Programa Nacional de Nanotecnologia (PNN)
2007
- Plano de Ação em C&T&I 2007-2010 (PACT I)
2008
- Inauguração do Centro de N&N Cesar Lattes
- Lançamento da Política de Desenvolvimento Produtivo – PDP
2009
- Fórum de Competitividade em Nanotecnologia
- Centro Virtual Brasileiro-Mexicano de Nanotecnologia
2010
- Construção do prédio para Bionanotecnologia/IPT-SP
2011
- MCTI/CNPq: redes nanotoxicologia e nanoinstrumentação
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
152
* Elaborada a partir das referências CGEE,2004 e 2008; Guimarães, 2010; MCTI;
DIEESE, 2005; Ledesma, 2010
Em oposição à evolução em N&N, o panorama em termos de
avaliação dos riscos à saúde e ao meio ambiente apresentou pouca
divulgação pelos planos de ações no país. A presente revisão aponta
apenas dois textos em chamadas públicas:
...“Informar a sociedade sobre os impactos da nanotecnologia na vida dos
cidadãos e sobre as novas oportunidades e riscos de obsolescência que a nova
tecnologia pode trazer para os produtos e processos atuais”... (PPA 2004-
2007 MCT, 2003: 9).
...“Estabelecer políticas sobre questões éticas e os impactos sociais dos
produtos baseados em nanotecnologia”... (PPA 2007-2010 MCT 2007:144).
Do nosso conhecimento, os dois editais para criação das Redes
Nacionais em Nanotecnologia incluíram o tema das implicações éticas,
ambientais e sociais; porém, não houve um aporte financeiro para o
desenvolvimento nesta temática, ou incentivo na formação de equipes
multidisciplinares envolvendo cientistas nas áreas sociais e humanas ou
especialistas em nanoregulação. Somente em 2011, uma ação do governo
apoiou a criação de redes cooperativas de P&D&I em nanotoxicologia e
nanoinstrumentação (MCTI/CNPq No 17/2011).
Perspectivas Regulatórias no Brasil
Em março de 2012, o Governo notificou a criação de um Comitê
Interministerial de Nanotecnologia como uma ação de coordenadoria do
MCTI, sendo que os membros representantes pertencem aos Ministérios
da Agricultura, da Defesa, do Desenvolvimento, da Educação, do Meio
Ambiente, de Minas e Energia, e da Saúde (D.O.U. 10/07/2012 nº 132).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2012)
promoveu, em outubro de 2012, um debate sobre a temática
nanotecnologia e vigilância sanitária. Os conceitos, as perspectivas na
área e os riscos sanitários foram colocados em pauta de reunião. Os
participantes que contribuíram com a discussão do tema foram: André
Luís Gemal (Professor da UFRJ); João Batista Bó (MDIC); Adalberto Fazzio
(SEDETEC); e William Waissmann (Fiocruz).
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
realizou uma audiência pública, em 29 de novembro de 2012, para
discutir a atual situação da nanotecnologia no Brasil (SCHUTTEL, M.,
2012). Os convidados para o debate incluíram: Roberto Brandão
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
153
Cavalcanti (MMA); Adalberto Fazzio (SEDETEC); Pedro Binsfeld (MS);
Eronides Felisberto Silva Júnior (UFPE); Arline Arcuri (Fundacentro);
Wilson Engellmann (Unisinos); Thomaz Ferreira Jensen (Dieese); e Paulo
Martins (Renanosoma).
Discussão
Em termos gerais, as estratégias mundiais de regulação em
nanotecnologia destacam o processo de auto-regulamento como sendo a
base para uma projeção de legislação específica para os nanoprodutos.
Desta forma, as agências reguladoras internacionais têm obtido sucesso
na implementação de normativas de segurança em saúde ocupacional e
minimização do impacto ambiental para os nanomateriais.
Porém, pôde-se avaliar que em alguns países, por exemplo, o Brasil,
os instrumentos de regulação/fiscalização confrontam-se com os
aspectos: dificuldade para o escalonamento de processos; custo elevado
de alguns nanomateriais; dificuldades nas etapas de controle de qualidade
e gestão de riscos; e, preocupação de rejeição pública aos nanoprodutos.
Desta forma, uma lentidão em iniciativas em nanoregulação foi observada
analisando-se a literatura.
As agências reguladoras estão conscientes quanto à importância do
tema e dispostas a promover debates de forma transparente, com o
intuito de esclarecer o público em geral, consumidores e demais partes
envolvidas na comercialização de nanoprodutos.
Portanto, o governo e as agências reguladoras brasileiras deveriam
atuar sinérgicamente em termos de gestão de riscos em nanotecnologia e
incentivo nas análises das etapas de identificação, caracterização e gestão
dos riscos específicos aos nanomateriais; atuar de forma transparente na
divulgação do tema aos consumidores; e, investir em pesquisas de
inovação para o desenvolvimento de novas metodologias analíticas para a
mensuração das nanopartículas de forma seletiva, pois em alguns casos
não se deve projetar o comportamento toxicológico de apenas uma classe
de nanocompostos para uma determinação mais abrangente de todos os
aspectos de segurança e regulação.
A inclusão no mercado de novos produtos, muitas vezes, envolvem
alegações no valor agregado pela nanotecnologia, ou ainda, na falta de
especificações de rotulagem dos nanomateriais incorporados por proteção
de segredo industrial. Porém, o grande questionamento em
nanotecnologia, foca-se na consolidação de informações quanto ao
impacto dos nanoprodutos com o aumento da produção industrial,
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
154
manipulação e exposição. E novamente, a proteção aos nanoprodutos
engloba a argumentação de que há necessidade de maiores evidências
científicas que comprovem a toxicidade de alguns nanomateriais,
representando um grande desafio para as agências reguladoras.
Neste contexto, os aspectos essenciais que envolvem os desafios da
regulação podem ser evidenciados pelas barreiras das diferentes
corporações em discutir a temática e a falta de harmonização das
agências governamentais para decidir uma regulação específica
nanotecnologia, por se tratar de uma ação complexa. Em contrapartida,
diferentes produtos envolvendo a incorporação de nanopartículas
assumem a liderança no mercado nacional, sem ciência dos consumidores
quanto a divulgação de informações consistentes sobre a nanotoxicidade.
Em uma notícia apresentada pelo coordenador-geral de Assuntos
Regulatórios do Ministério da Saúde, Pedro Binsfeld, em 2012, foi
evidenciado que a literatura científica mundial na área de nanotecnologia
questiona a existência de poucas publicações relacionadas à questão da
segurança. Na ocasião, o coordenador comentou que apesar do grande
número de trabalhos em pesquisa para aplicações de novas tecnologias
terapêuticas, menos de 10% avalia a questão da segurança e dos
aspectos sanitários e regulatórios (FUNCAP, 2012).
Em nosso trabalho de revisão pôde-se avaliar que não há uma
correlação significativa entre o número de publicações dos trabalhos
científicos, indexados no Science Citation Index (1993 a 2013), envolvendo
as aplicações da nanotecnologia e os estudos dos riscos à saúde humana e
ao meio ambiente. As palavras-chave e os respectivos números de
publicações foram: “nanoparticles” (240.849), nanoparticles and toxicity”
(7.975 trabalhos) e “nanoparticles and ecotoxicity” (224 trabalhos). Em
2004, surgiu o termo “nanotoxicology” (2 publicações). Sendo que até julho
de 2013, encontrou-se um número de 709 trabalhos.
O fato a ser argumentado neste artigo, fundamentado na literatura
científica em nanotoxicologia, evidencia que as propriedades físico-
químicas das nanopartículas isoladamente podem não corresponder à
avaliação da toxicidade de um material, pois ao entrar em contato com
um sistema biológico, as propriedades podem ser rapidamente alteradas,
sendo que a incorporação das nanopartículas deve-se aos processos de
ingestão, inalação e contato com a pele. Há poucos trabalhos citados na
literatura envolvendo testes in vitro e in vivo para os nanomaterais em
comparação com a ampla pesquisa em síntese e caracterização de
nanopartículas.
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
155
Outro aspecto importante que devemos ressaltar, após a revisão da
legislação internacional em nanoprodutos, é que todas as ações de
segurança estabelecidas, até o momento, visam apenas a precaução
quanto à exposição ocupacional e minimização dos efeitos nocivos de
descarte desses nanomateriais, levando em consideração a composição
química desses compostos e apontando as mesmas medidas de segurança
das substâncias químicas perigosas. Porém, não há indícios quantos aos
reais efeitos do uso contínuo dos nanoprodutos à saúde humana.
Portanto, quais seriam os impactos aos consumidores após uma
exposição a longo prazo desses nanoprodutos? Sabemos, que as agências
reguladoras vêm negligenciando o aspecto das propriedades específicas de
nanopartículas no organismo. Os mecanismos reguladores atuais
possibilitam, por exemplo, que um nanoproduto seja disponibilizado no
mercado sem um controle rigoroso por novos testes de toxicidade que
deliniariam com maior precisão os níveis aceitáveis dos nanocompostos no
organismo e meio ambiente. Outro desafio regulatório brasileiro limita-se
a interface de implementação de uma legislação específica aos
nanoprodutos e o sistema de vigilância/fiscalização pública.
Os autores ressaltam a oportunidade dada, pelo Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, Processo PDS n°
150581/2012-2), para o desenvolvimento de um projeto de revisão da
literatura nos temas nanosegurança, nanotoxicologia e nanoregulação, no
que se refere a uma avaliação nacional e internacional das políticas
governamentais, modelos organizacionais e diretrizes regulatórias.
Portanto, incentivando o aprimoramento e difusão do conhecimento na
temática de avaliação dos potenciais riscos dos nanoprodutos e seus
impactos sociais, ambientais, sanitários, éticos e regulatórios.
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Nanotecnologia em debate
na Anvisa. Out. 2012. Disponível em:
. Acesso em: 13 jul. 2013.
ASIA-PACIFIC ECONOMIC COOPERATION (APEC). APEC first innovation technology
dialogue and its results. May 2012. Disponível em:
. Acesso em: 17 jun. 2013.
ASIAN TECHNOLOGY INFORMATION PROGRAM (ATIP). Nanotechnology organizations and
programs in China. Beijing, Oct. 2003. 18 p. Disponível em:
. Acesso em: 26 jun. 2013.
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2012+noticias/nanotecnologia+e++%0btema+de+debate+na+anvisa
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2012+noticias/nanotecnologia+e++%0btema+de+debate+na+anvisa
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2012+noticias/nanotecnologia+e++%0btema+de+debate+na+anvisa
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2012+noticias/nanotecnologia+e++%0btema+de+debate+na+anvisa
http://www.apec2012.ru/news/20120527/462635807.html
http://www.atip.org/atip-publications/atip-reports/2003/7422-atip03-054-nanotechnology-organizations-and-programs-in-china.html
http://www.atip.org/atip-publications/atip-reports/2003/7422-atip03-054-nanotechnology-organizations-and-programs-in-china.html
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
156
ASTM E2456-06 Standard terminology relating to nanotechnology. 2006. 4 p. Disponível
em: Acesso em: 02 jul.
2013.
ASTM E2535-07 Standard guide for handling unbound engineered nanoscale particles in
occupational settings. 2007. 25 p. Disponível em:
. Acesso em: 02
jul. 2013.
BAYER AG. Bayer code of good practice for production and on-site use of nanomaterials.
2007. 3 p. Disponível em:
. Acesso em: 24 Jun. 2013.
BCC Research. Market forecasting: nanotechnology. Wellesley, MA, 2012. Disponível em
. Acesso em: 15 jun.
2013.
BG RCI. Working safely in laboratories: basic principles and guidelines. 2008.
Disponível em:
. Acesso em: 24 jun. 2013.
BIRD, K. France launches public debate on nanotechnology. 2009. (Press release).
Disponível em:
. Acesso em: 26 jun. 2013.
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Um novo patamar para a
ciência brasileira. 2002. Disponível em:
. Acesso em: 11 jul. 2013.
______. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Programa nacional de
nanotecnologia. 2008. Disponível em:
. Acesso em: 12 jul.
2013.
______. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). MCTI/CNPq N° 17/2001.
Apoio à criação de redes cooperativas de pesquisa e desenvolvimento em
Nanotoxicologia e Nanoinstrumentação. 2011. Disponível em:
. Acesso em: 12 jul. 2013.
BRASIL. Portaria interministerial n. 510 de 9 de julho de 2012. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, n. 132, 10 jul 2012. Seção 1, p. 81.
BRITISH STANDARDS INSTITUTION (BSI, 2007a). Guidance on the labeling of
manufactured nanoparticles and products containing manufactured nanoparticles.
London, 2007. 24 p. Disponível em:
. Acesso em: 26
jun. 2013.
BRITISH STANDARDS INSTITUTION (BSI, 2007b). Nanotechnologies: Part 1: good
practice guide for specifying manufactured nanomaterials. London, 2007. 22 p.
Disponível em:
http://enterprise.astm.org/SUBSCRIPTION/E2456-06.pdf
http://enterprise.astm.org/filtrexx40.cgi?+REDLINE_PAGES/E2535.htm
http://www.bccresearch.com/market-research/nanotechnology/
http://bgi850-0.vur.jedermann.de/index.jsp?isbn=bgi850-0&alias=bgc_%0bbi850_0_bi850_0e_1%3e
http://bgi850-0.vur.jedermann.de/index.jsp?isbn=bgi850-0&alias=bgc_%0bbi850_0_bi850_0e_1%3e
http://www.cosmeticsdesign-europe.com/Formulation-Science/France-launches-public-debate-on-nanotechnology
http://www.cosmeticsdesign-europe.com/Formulation-Science/France-launches-public-debate-on-nanotechnology
http://memoria.cnpq.br/editais/ct/2011/017.htm
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2011/06/PAS130_567_5096.pdf
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
157
. Acesso
em: 26 jun. 2013.
CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS (CGEE). Convergência tecnológica.
Brasília, Jun. 2008. 81 p.
COELHO, D. Câmara dos deputados discute nanotecnologia. 2012. Disponível em:
. Acesso em: 10 jul. 2013.
COMMUNITY RESEARCH AND DEVELOPMENT INFORMATION SERVICE (CORDIS).
Commission Requests Opinions on Nano(eco)toxicology. Feb. 2006. Disponível em:
.
Acesso em: 20 jun. 2013.
COUNCIL OF CANADIAN ACADEMIES (CCA). Small is different: a science perspective on
the regulatory challenges of the nanoscale. Ottawa, July 2008. 8 p. Disponível em:
. Acesso em: 27 jun. 2013.
DANISH INSTITUTE OF FUNDAMENTAL METROLOGY (DFM). The need for measurement
and testing in nanotechnology. Feb. 2002. 16 p. Disponivel em:
. Acesso em: 20 jun. 2013.
DEKKERS, S.; de-HEER, C. Provisional nano-reference values: applicability of the concept
and of published methods. Jan. 2010. Disponível em:
. Acesso
em: 28 jun. 2013.
DEPARTMENT FOR BUSINESS INNOVATION & SKILLS (BIS). Nanotechnologies: Influence
and Inform the UK strategy. 2009. Disponível em:
. Acesso em: 26 jun. 2013.
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS
(DIEESE). Política Industrial no Brasil: o que é a nova política industrial? 2005. (Nota
Técnica n. 11)
ENVIRONMENT & HEALTH CANADA. Proposed regulatory framework for nanomaterials
under the Canadian Environmental Protection Act of 1990. Ottawa, 2007. 21 p.
Disponível em:
. Acesso em: 27 jun. 2013.
ENVIRONMENT, HEALTH AND SAFETY PUBLICATIONS SERIES ON THE SAFETY OF
MANUFACTURED NANOMATERIALS (OECD). Guidance manual for the testing of
manufactured nanomaterials. 1st. rev., 2010. 92 p. Disponível em:
. Acesso
em: 02 jul. 2013.
EURACTIV.com. Commission defines action plan for nanotechnologies. Junho 2005.
Disponível em:
. Acesso em: 20 jun. 2013.
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2011/06/PD6699-1_568_6831.pdf
http://www.olharnano.com/artigos/88002/149001/C%C3%A2mara%20dos%20deputados%20discute%20nanotecnologia
http://www.olharnano.com/artigos/88002/149001/C%C3%A2mara%20dos%20deputados%20discute%20nanotecnologia
http://www.olharnano.com/artigos/88002/149001/C%C3%A2mara%20dos%20deputados%20discute%20nanotecnologia
http://cordis.europa.eu/fetch?CALLER=NEWSLINK_EN_C&RCN=25210&ACTION=D
http://www.nanolawreport.com/JulyCanadaReport.pdf
ftp://ftp.cordis.europa.eu/pub/nanotechnology/docs/nano_measurement-testing_022002_en.pdf
ftp://ftp.cordis.europa.eu/pub/nanotechnology/docs/nano_measurement-testing_022002_en.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2011/06/601044001_536_5547.pdf
http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20100105081059/%0binteractive.bis.gov.uk/nano/
http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20100105081059/%0binteractive.bis.gov.uk/nano/
http://www.ec.gc.ca/subsnouvelles-newsubs/default.asp?lang=%0bEn&n=FD117B60-1
http://www.ec.gc.ca/subsnouvelles-newsubs/default.asp?lang=%0bEn&n=FD117B60-1
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2010/08/JT03284642_520_9319.pdf
http://www.euractiv.com/science/commission-defines-action-plan-nanotechnologies/article-140902
http://www.euractiv.com/science/commission-defines-action-plan-nanotechnologies/article-140902
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
158
EUROPEAN COMMISSION. Technology platforms: from definition to implementation of a
common research agenda. Luxembourg, Sept. 2004. 88 p. Disponível em:
. Acesso em: 20 jun. 2013.
EUROPEAN COMMISSION. Nanomedicine: nanotechnology for health. Luxembourg, Nov.
2006. 39 p. Disponível em:
.
Acesso em: 21 jun. 2013.
EUROPEAN COMMISSION. EC n. 987/2008 amending Regulation (EC) n. 1907/2006 of
the European Parliament and of the Council on the Registration, Evaluation, Authorization
and Restriction of Chemicals (REACH) as regards Annexes IV and V. 2008. 6 p.
Disponível em:
. Acesso em: 21 jun. 2013.
EUROPEAN COMMISSION. 2010-2013 Action plan for European standardisation. July
2011. Disponível em:
. Acesso em: 21
jun. 2013.
EUROPEAN PARLIAMENT. Report on regulatory aspects of nanomaterials. 2008. 6 p.
(COM (2008)0366 2008/2008 (INI). Disponível em:
Acesso em: 21 jun.
2013.
______. Report on the proposal for a regulation of the European Parliament and of the
Council on Novel Foods and Amending Regulation (EC) (COM(2007)0872 – C6-0027/2008
– 2008/0002(COD)). Disponível em:
. Acesso em: 21 jun. 2013.
______. Proposal for a Regulation of the European Parliament and of the Council on
Cosmetic Products (RECAST) (COM(2008)0049 C6-0053/2008 2008/0035(COD)).
Disponível em:
. Acesso em: 24 jun. 2013.
______. Regulation (EC) N° 1223/2009 of the European Parliament and of the Council on
Cosmetics Products. Official Journal of the European Union, 22 Dec. 2009. 151 p.
Disponível em:
.
Acesso em: 24 jun. 2013.
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (FIRJAN).
Nanotecnologia e a competitividade da indústria brasileira. Rio de Janeiro, 2011. 10 p.
Disponível em:
.
Acesso em: 15 jun. 2013.
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2009/09/tp_report_defweb_en_241_9849.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2009/09/tp_report_defweb_en_241_9849.pdf
ftp://ftp.cordis.europa.eu/pub/nanotechnology/docs/nanomedicine_bat_en.pdf
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:268:%0b0014:0019:EN:PDF
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:268:%0b0014:0019:EN:PDF
http://ec.europa.eu/enterprise/policies/european-standards/files/%0bstandards_policy/action_plan/doc/standardisation_action_plan_en.pdf
http://ec.europa.eu/enterprise/policies/european-standards/files/%0bstandards_policy/action_plan/doc/standardisation_action_plan_en.pdf
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//NONSGML+REPORT+A6-2009-0255+0+DOC+PDF+V0//EN
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//NONSGML+REPORT+A6-2009-0255+0+DOC+PDF+V0//EN
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT%0b+REPORT+A6-2008-0512+0+DOC+XML+V0//EN
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT%0b+REPORT+A6-2008-0512+0+DOC+XML+V0//EN
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+TA+P6-TA-2009-0158+0+DOC+XML+V0//EN
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+TA+P6-TA-2009-0158+0+DOC+XML+V0//EN
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2009:342:0059:0209:en:PDF
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2009:342:0059:0209:en:PDF
http://www.firjan.org.br/data/pages/2C908CE921D61B940121E3EC6FB6353F.htm
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
159
FEDERAL OFFICE OF PUBLIC HEALTH (FOPH). Synthetic nanomaterials: action plan.
Berne, 2008. 20 p. (Report)
FOOD SAFETY AUTHORITY OF IRELAND. The relevance for food safety of applications of
Nanotechnology in the Food and Feed Industries. Dublin. 2008. 82 p. Disponível em:
.
Acesso em: 26 jun. 2013.
FOOD STANDARDS AUSTRALIA NEW ZEALAND (FSANZ). Proposed amendments to part
3 of the FSANZ application handbook. Oct. 2008. 6 p. Disponível em:
. Acesso em: 20 jun. 2013.
FUNDAÇÃO CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
(FUNCAP). Nanotecnologia na pauta da Câmara dos deputados. Dez. 2012. Disponível
em:
. Acesso em: 11 jul. 2013.
GERMAN CHEMICAL INDUSTRY ASSOCIATION (VCI). Responsible production and use of
nanomaterials. Frankfurt, Mar. 2008. 54 p. Disponível em:
. Acesso em: 24 jun. 2013.
GERMAN SOCIAL ACCIDENT INSURANCE (DGUV). Nanomaterials in the workplace.
Berlin, May 2010. 20 p. Disponível em: . Acesso em: 27 jun. 2013.
GUIMARÃES, C. F. C. Desenvolvimento da nanotecnologia em empresas brasileiras e suas
potenciais implicações para o emprego. 2010. 134 f. Dissertação (Mestrado em
Tecnologia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2010.
IG DHS. Code of conduct: nanotechnologies. 2008. 2 p. Disponível em:
Acesso em: 24 jun. 2013.
ISHIZU, S. et al. Toward the responsible innovation with nanotechnology in Japan: our
scope. Journal of Nanoparticle Research, Dordrecht, v. 10, n. 2, p. 229-254, 2008.
ISO/TR 12885: 2008 Nanotechnologies: health and safety practices in occupational
settings relevant to nanotechnologies. 2008. Disponível em:
. Acesso em: 02 jul. 2013.
JAPAN. Ministry of the Environment Government (MOE). Guidelines for preventing the
environmental impact of manufactured nanomaterials. Mar. 2009. 5 p. Disponível em:
. Acesso em: 17 jun. 2013.
JARVIS, D. S. L.; RICHMOND, N. Regulation and governance of nanotechnology in China:
regulatory challenges and effectiveness. European Journal of Law and Technology,
Belfast, v. 2, n. 3, 2011.
http://www.fsai.ie/assets/0/86/204/b81b142b-9ef7-414c-9614-3a969835b392.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2009/07/Proposed%20Amendments%20to%20Application%20Handbookoct%2020081_155_4757.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2009/07/Proposed%20Amendments%20to%20Application%20Handbookoct%2020081_155_4757.pdf
http://www.funcap.ce.gov.br/index.php/noticias/44224-nanotecnologia-na-pauta-da-camara-dos-deputados
http://www.funcap.ce.gov.br/index.php/noticias/44224-nanotecnologia-na-pauta-da-camara-dos-deputados
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2011/06/vci_nanomaterial_papers_575_4254.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2011/06/vci_nanomaterial_papers_575_4254.pdf
http://publikationen.dguv.de/dguv/pdf/10002/i-5149%3e.
http://publikationen.dguv.de/dguv/pdf/10002/i-5149%3e.
http://www.innovationsgesellschaft.ch/media/archive2/publikationen/CoC_Nanotechnologies_english.pdf
http://www.innovationsgesellschaft.ch/media/archive2/publikationen/CoC_Nanotechnologies_english.pdf
http://www.innovationsgesellschaft.ch/media/archive2/publikationen/CoC_Nanotechnologies_english.pdf
http://link.springer.com/journal/11051
http://www.iso.org/iso/iso_catalogue/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=52093
http://www.iso.org/iso/iso_catalogue/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=52093
http://www.iso.org/iso/iso_catalogue/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=52093
http://www.env.go.jp/chemi/nanomaterial/eibs-conf/guideline_0903_%0benab.pdf
http://www.env.go.jp/chemi/nanomaterial/eibs-conf/guideline_0903_%0benab.pdf
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
160
LEDESMA, A. R. G.. Metrologia, normalização e regulação de nanomateriais no Brasil:
proposição de um modelo analítico-prospectivo. 2010. 186 f. Dissertação (Mestrado em
Pós-graduação em Metrologia, Qualidade e Inovação) - Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro, 2010.
McCORMACK, D. et al. Guidance booklet on safe handling of nanoparticles. 2008. 22 p.
Disponível em:
. Acesso em: 24 jun. 2013.
NANOSAFE 2. Safe production and use of nanomaterials. 2009.
Disponível em:
. Acesso em: 22 jun. 2013.
NANOWERK. Russian government launches Nanotechnology Internet Portal. June 2009.
Disponível em:
. Acesso em: 24 jun. 2013.
NATIONAL INDUSTRIAL CHEMICALS NOTIFICATION AND ASSESSMENT SCHEME
(NICNAS). Proposal for regulatory reform of industrial nanomaterials. Nov. 2009. 20 p.
Disponível em:
. Acesso em 21 jun. 2013. Acesso em: 22 jun. 2013.
NATIONAL NANOTECHNOLOGY CENTER (NANOTEC). Thailand nanotech plan moves
ahead. Jan. 2010. Disponível em:
. Acesso em: 18 jun. 2013.
NEW ZEALAND. Ministry of Research, Science & Technology (MORST). Nanotechnology :
here and now. Apr. 2009. 24 p. Disponível em:
. Acesso em: 01 jun. 2013.
NORWEGIAN POLLUTION CONTROL AUTHORITY (SFT). Businesses asked to declare use
of nanomaterials. June 2009. Disponível em:
< http://www.teknologiradet.no/print.aspx?m=11&amid=7830>. Acesso em: 24 jun.
2013.
PPA 2004-2007. Desenvolvimento da nanociência e da nanotecnologia. Brasília : MCT,
2003. p. 9. Disponível em: . Acesso
em: 12 jul. 2013.
PPA 2007-2010. Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento nacional. Brasília
: MCT , 2007. p. 144. Disponível em:
. Acesso em: 12 jul. 2013.
PHYSORG. Nanotechnology in China is focusing on innovations and new products. Aug.
2010. Disponível em: . Acesso em: 20 jun.
2013.
PRESIDENT'S COUNCIL OF ADVISORS OF SCIENCE AND TECHNOLOGY (PCAST). Report
to the President and Congress on the Fourth Assessment of the National Nanotechnology
http://www.temas.ch/Impart/ImpartProj.nsf/984DDE17160ECB4FC12574F6004B4BB7/$FILE/WP4_GuidanceBooklet_311008.pdf
http://www.temas.ch/Impart/ImpartProj.nsf/984DDE17160ECB4FC12574F6004B4BB7/$FILE/WP4_GuidanceBooklet_311008.pdf
http://www.nanosafe.org/scripts/home/publigen/content/templates/show.asp?P=63&L=EN&ITEMID=13
http://www.nanosafe.org/scripts/home/publigen/content/templates/show.asp?P=63&L=EN&ITEMID=13
http://www.nanosafe.org/scripts/home/publigen/content/templates/show.asp?P=63&L=EN&ITEMID=13
http://www.nanowerk.com/news/newsid=11025.php
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2009/12/NICNAS_Nano_PUBLIC_DISCUSSION_PAPER_PDF_413_8973.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2009/12/NICNAS_Nano_PUBLIC_DISCUSSION_PAPER_PDF_413_8973.pdf
http://www.scidev.net/global/technology/news/thailand-nanotech-plan-moves-ahead.html
http://www.scidev.net/global/technology/news/thailand-nanotech-plan-moves-ahead.html
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2010/07/Nanotechnology%20here%20and%20now_489_2605.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2010/07/Nanotechnology%20here%20and%20now_489_2605.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2010/07/Nanotechnology%20here%20and%20now_489_2605.pdf
http://www.teknologiradet.no/print.aspx?m=11&amid=7830
http://www.mct.gov.br/upd_blob/0002/2361.pdf
http://www.mct.gov.br/upd_blob/0021/21439.pdf
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
161
Initiative 2012. Washington, DC : The White House : Executive Office of the President,
2012. 46 p.
PRESS TRUST OF INDIA (PTI). India to have nanotechnology regulatory board son. Feb.
2010. Disponível em:
. Acesso em: 02 jun.
2013.
PRODUCERS ASSOCIATION OF CARBON NANOTUBES IN EUROPE (PACTE). Code of
conduct for the production and use of carbon nanotubes. Mar. 2008. 3 p. Disponível em:
. Acesso
em: 21 jun. 2013.
SANDHU, A. Setting the standard. Nature Nanotechnology, London, v. 3, n. 2, p. 63-64,
2008.
SCHMIDT-OTT, A. et al. Preventing exposure to nanomaterials at the faculty of applied
sciences. The Netherlands, 2010. 13 p. Disponível em:
. Acesso em: 24 jun. 2013.
SCHUTTEL, M. Governo discute regulamentação do setor de nanotecnologia. Notícias,
dez. 2012. Disponível em:
. Acesso em: 13 jul. 2013.
SCIENTIFIC COMMITTEE ON CONSUMER PRODUCTS (SCCP). Request for a scientific
opinion: safety of nanomaterials in cosmetic products. European Union, Jan. 2004. 3 p.
Disponível em:
.
Acesso em: 20 jun. 2013.
______. Preliminary opinion on safety of nanomaterials in cosmetic products. Brussels,
June 2007. 56 p. Disponível em:
Acesso
em: 21 jun. 2013.
SOCIAAL-ECONOMISCHE RAAD (SER). Working conditions committee. Nanoparticles in
the workplace: health and safety precautions. Mar. 2009. 68 p. Disponível em:
Acesso em: 26 jun. 2013.
UNITED KINGDOM GOVERNMENT RESPONSE TO THE ROYAL COMMISSION ON
ENVIRONMENTAL POLLUTION (RCEP). Novel materials in the environment: the case of
nanotechnology. Norwich, 2009. 29 p. Disponível em:
. Acesso em: 27
jun. 2013.
UNITED KINGDOM PARLIAMENT. Nanotechnologies and food. London : Authority of the
House of Lords. Jan. 2010. 2 v. Disponível em:
. Acesso em: 27 jun. 2013.
http://www.business-standard.com/article/economy-policy/india-to-have-nanotechnology-regulatory-board-soon-110021800216_1.html
http://www.business-standard.com/article/economy-policy/india-to-have-nanotechnology-regulatory-board-soon-110021800216_1.html
http://www.cefic.org/Documents/Other/PACTE_Code%20of%20conduct.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2011/06/TNW_Guidelines_Nano_Safety_versie_2_100909_572_7527.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2011/06/TNW_Guidelines_Nano_Safety_versie_2_100909_572_7527.pdf
http://nanotech.law.asu.edu/Documents/2011/06/TNW_Guidelines_Nano_Safety_versie_2_100909_572_7527.pdf
http://www.fiepr.org.br/observatorios/biotec-agricola-florestal/%0bFreeComponent21849content203466.shtml
http://www.fiepr.org.br/observatorios/biotec-agricola-florestal/%0bFreeComponent21849content203466.shtml
http://ec.europa.eu/health/ph_risk/committees/04_sccp/docs/sccp_nano_en.pdf
http://ec.europa.eu/health/ph_risk/committees/04_sccp/docs/sccp_o_099.pdf
http://www.ser.nl/~/media/files/internet/talen/engels/2009/2009_01/2009_01.ashx
http://www.official-documents.gov.uk/document/cm76/7620/7620.pdf
http://www.publications.parliament.uk/pa/ld/ldsctech.htm
RICCARDI, Carla dos Santos; GASTALDI, Antonio Carlos. Nanoregulação: avaliação dos cenários
internacional e brasileiro. R. Laborativa. v. 2, n. 2, p. 135-162, out./2013.
http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa.
162
WORLD COMMISSION ON THE ETHICS OF SCIENTIFIC KNOWLEDGE AND TECHNOLOGY
(COMEST). The precautionary principle. Paris : UNESCO, 2005. 54 p. Disponível em:
. Acesso em: 02 jul.
2013.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao CNPq (Processo 150581/2012-2) pelo fomento à
execução do trabalho.
Artigo apresentado em 30/07/2013
Aprovado em 16/08/2013
Versão final apresentada em 07/09/2013
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001395/139578e.pdf