UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA RELAÇÃO ENTRE A REATIVIDADE DE PONTOS DE ACUPUNTURA E ATIVIDADE FÍSICA COM AS AFECÇÕES ORTOPÉDICAS DETERMINADAS POR EXAMES DE IMAGENS EM EQUINOS NICOLE RUAS DE SOUSA Botucatu – SP Maio 2015 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA RELAÇÃO ENTRE A REATIVIDADE DE PONTOS DE ACUPUNTURA E ATIVIDADE FÍSICA COM AS AFECÇÕES ORTOPÉDICAS DETERMINADAS POR EXAMES DE IMAGENS EM EQUINOS NICOLE RUAS DE SOUSA Orientador: Prof. Titular Stelio Pacca Loureiro Luna Botucatu – SP Maio 2015 Tese apresentada junto ao programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Animal para obtenção do título de doutor. ii Nome do autor: NICOLE RUAS DE SOUSA Título: RELAÇÃO ENTRE A REATIVIDADE DE PONTOS DE ACUPUNTURA E ATIVIDADE FÍSICA COM AS AFECÇÕES ORTOPÉDICAS DETERMINADAS POR EXAMES DE IMAGENS EM EQUINOS COMISSÃO EXAMINADORA Prof. Titular Dr. Stelio Pacca Loureiro Luna Presidente e Orientador Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária FMVZ – UNESP – Botucatu Prof. Dr. Celso Antônio Rodrigues Membro Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária FMVZ – UNESP – Botucatu Prof. Dr. Jean Guilherme Fernandes Joaquim Membro Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública FMVZ – UNESP – Botucatu Prof. Dr. Luis Claudio Lopes Correia da Silva Membro Departamento de Cirurgia Universidade de São Paulo Prof. Dr. Pedro Vicente Michelotto Junior Membro Centro de Ciências Agrárias e Ambientais Pontifícia Universidade Católica do Paraná Data da Defesa: 28 de Maio de 2015. http://lattes.cnpq.br/4699697630884085 iii Dedicatória iv Dedico este trabalho aos meus pais, Lourival e Meire Que sempre me apoiaram nas minhas decisões Que sempre me deram força e incentivo para continuar Que sempre estiveram presentes nas alegrias e nas dificuldades E me fizeram ser a pessoa que sou hoje v Dedico ainda ao meu irmão gêmeo, Nevile Exemplo de perseverança, compartilhando conquistas e derrotas Apoiando sempre minhas decisões vi Agradecimentos vii Manifesto a minha gratidão a todos os envolvidos que contribuíram direta ou indiretamente para que a realização desse trabalho pudesse ser concluída Primeiramente, agradeço ao meu orientador Stelio Pacca Loureiro Luna, por mais uma vez ter confiado em mim como sua orientada, pela paciência e pelo apoio durante as dificuldades, sempre acrescentando novos ensinamentos. À Coordenação de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão de bolsa de estudos. À FMVZ – UNESP pela oportunidade concedida. Aos amigos e colegas de trabalho, Mayra Martins, Dietrich, Fabio Possebon, Karoline, Daniela Herrera pela disponibilidade por colaborar com o projeto. Aos proprietários, funcionários e/ou responsáveis de todos os locais que cederam seus animais para que o estudo pudesse ser realizado. Ao major Meryonne Moreira, à capitã Jennifer Baldez da Costa e aos tenentes Ivis Luiz Gomes de S. Xavier, Gilmara Araújo da Silva e Jerusa Palauro Spasiani do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército de Brasília por abrirem as portas e permitirem o uso dos seus animais para a realização desse trabalho e estarem sempre colabotativos. Ao Prof. Pantoja por me esclarecer todas as dúvidas para a análise estatística desse trabalho. À Prof. Vânia por estar sempre disposta a ajudar quando precisei com os exames de imagem. À equipe do ambulatório de acupuntura da FMVZ – UNESP, Heloísa, Luísa e Malu pela amizade e disponibilidade para ajudar quando precisei. Ao Dr. Phil Rogers e Dr. William McCormick por mostrarem novos horizontes sobre Medicina Tradicional Oriental, e estarem dispostos a me atender quando necessitei. Aos meus queridos amigos Nadia, Carla, Flávia, Fábio André, Viviana, Luciana Leal, Luciana Machado, Peres, Ana Paula, amigos da Banda Rock Resgate, por compartilharem os bons momentos com boas risadas e afastando os maus momentos com seu bom humor e carisma sempre. viii Ao Dr. Caio César, à Dra. Dóris, ao Dr. Ricardo Barone e ao acupunturista Alexandre por me ajudarem a manter meu equilíbrio físico e emocional durante todo o doutorado. Aos meus amigos de São Paulo Bia, Marcio, Karina, Michelle, Adriana, Bianka, Pamella, Sarah, Claudio, Rodrigo Coelho, Flávio, Carla Retamales, Tia Mari, Vó Ana, Will, Pato, e todos aqueles que não foram citados mas que com certeza fazem falta, pessoas cuja distância foi necessária para que eu pudesse concluir essa fase profissional da minha vida. A todos aqueles que, durante o doutorado, perdi a oportunidade de dizer uma última palavra de adeus e obrigada pela amizade, Wagner Bührer, Alexandre Graseffi, Anderson Cunha, Fabiano Magrão, Cláudio Lyra, que deixam apenas a saudade. Em especial ao meu namorado Artur, e à minha amiga Adriana Aguiar, que me ajudaram a superar a pior fase da minha vida, que sem eles eu não terminaria este trabalho. Aos animais, que sem eles, nada disso seria possível. ix Rachael Bermingham x Lista de tabelas xi LISTA DE TABELAS CAPÍTULO II Tabela 1 Número e porcentagem das raças de 116 equinos por atividade física......................................................................................................... 25 Tabela 2 Número e frequência da ocorrência de lesões ortopédicas em 116 equinos de diferentes atividades físicas ................................................. 26 Tabela 3 Número e frequência de locais anatômicos afetados em 116 equinos de diferentes atividades físicas ............................................................... 27 xii LISTA DE TABELAS CAPÍTULO III Tabela 1 Descrição da localização dos pontos de acupuntura avaliados em 116 cavalos .................................................................................................... 37 xiii Lista de figuras xiv LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO III Figura 1 Localização dos pontos de acupuntura avaliados em 116 cavalos ....... 37 Figura 2 Pressoalgímetro posicionado em posição perpendicular para avaliar a reação do acuponto............................................................................ 38 xv Lista de abreviações xvi LISTA DE ABREVIAÇÕES TA – Triplo Aquecedor ID – Intestino Delgado IG – Intestino Grosso E – Estômago VB – Vesícula Biliar BP – Baço-Pâncreas B – Bexiga MTO – Medicina Tradicional Oriental LNM – Limiar nociceptivo mecânico xvii Sumário xviii SUMÁRIO RESUMO .............................................................................................................. xxi ABSTRACT ............................................................................................................ xxii CAPÍTULO I .......................................................................................................... 1 Introdução ............................................................................................... 2 Revisão de Literatura .............................................................................. 3 CAPÍTULO II ......................................................................................................... 11 Artigo: Relação do tipo e local de injúrias ortopédicas com a atividade física em equinos ............................................................................................................... 11 Resumo ..................................................................................................... 12 Abstract ..................................................................................................... 13 Introdução ................................................................................................. 13 Material e Método .................................................................................... 14 Resultados ................................................................................................. 15 Discussão ................................................................................................... 16 Agradecimentos ......................................................................................... 21 Referências Bibliográficas .......................................................................... 21 Normas ....................................................................................................... 28 CAPÍTULO III ............................................................................................................ 32 Artigo: Avaliação da reatividade de pontos de acupuntura por pressoalgímetro em equinos com lesões ortopédicas .................................................................... 33 Resumo ....................................................................................................... 34 Abstract ....................................................................................................... 34 Introdução ................................................................................................... 35 Material e Método ...................................................................................... 36 Resultados e Discussão ................................................................................ 38 Agradecimentos ........................................................................................... 39 Referências Bibliográficas ........................................................................... 39 Normas ........................................................................................................ 43 xix CAPÍTULO IV ............................................................................................................ 54 Considerações Finais .................................................................................... 55 Referências ................................................................................................... 56 xx Resumo e Abstract xxi SOUSA, N. R. Relação entre a reatividade dos pontos de acupuntura e atividade física com as afecções ortopédicas determinadas por exames de imagem em equinos. Botucatu, 2015. 93 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista. Objetivou-se avaliar a reatividade de pontos de acupuntura por pressoalgímetro e a relação da atividade física com lesões ortopédicas em cavalos. Avaliaram-se 116 cavalos de adestramento, corrida, polo, reprodução-repouso, salto, trabalho e western com claudicação e confirmação do diagnóstico por imagem quanto à reatividade dos pontos de acupuntura, atribuindo graus de 0 quando a resposta era normal ou ausente, I, pequena, II, moderada e III, intensa, com resposta evasiva, mordedura ou coice, no qual apenas II e III foram correlacionados com o local da lesão pelo teste de qui quadrado, e a atividade física com o tipo e local de lesão pelo teste de Fisher. Foi realizado teste de Kruskall-Wallis seguido pelo teste de Dunn para avaliar a relação das reatividades I, II e III com o pressolagímetro. Desmites foram maiores em animais de corrida, western, e trabalho, e fraturas em animais de corrida e polo. Lesões de joelho foram maiores em adestramento que trabalho e de ombros maiores em salto que trabalho. Lesões tendíneas pélvicas foram menores em salto que adestramento, western e reprodução/repouso. Foram realizadas 5.336 mensurações em 23 acupontos bilaterais. A média geral dos valores do pressoalgímetro foi de 26 ± 6,43 N e as medianas correspondentes às pressões digitais de graus I, II e III foram de 24, 22 e 20 N respectivamente, com diferença significativa entre as mesmas, o que indica que a palpação apresenta uma boa correspondência com o pressoalgímetro para avaliar a reatividade dos pontos de acupuntura. Conclui-se que há relação entre local e tipo de lesão com atividade física e a avaliação palpatória dos pontos de acupuntura é útil na identificação de lesões de algumas estruturas. Palavras-chave: acupuntura, cavalos, lesões ortopédicas, algômetro, lesões esportivas. xxii SOUSA, N. R. Relation between age, breed, type and local of orthopedic injuries with sport modalities and evaluation of reactivity of acupuncture points in horses. Botucatu, 2015. 93 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista. This study aimed to evaluate the reactivity of acupuncture points by pressure algometer and the relation between physical activity and orthopedic lesions in horses. It was analyzed 116 horses of dressage, racing, polo pony, reproduction/at rest, jumping, work and western performance with lameness confirmed by image diagnosis for reactivity of acupoints with grade 0 when the answer was normal, I, small, II moderate and III, intense, with evasive response, bite or kick, which only II and III were correlated to site of injury by chi square test, and physical activity with type and site of injury by Fisher test. Kruskall-Wallis test was performed, followed by Dunn’s test to evaluate the relation between reactivity I, II and III with the pressure algometer. Desmitis were more prevalent in racehorses, western and work, and fractures in racehorses and polo pony. Stifle injuries were more prevalent in dressage than work, shoulder injuries were more prevalente in jumping than work. Hind tendon injuries were less prevalente in jumping than dressage, western and reproduction/at rest. 5336 measurements were performed in 23 bilateral acupoints. The overall mean values pressure algometer was 26 ± 6.43 N and the median corresponding to fingerprints of grades I, II and III were 24, 22 and 20 N, respectively, with significant difference between them, suggesting that palpation has a good correspondence with the pressure algometer to assess the reactivity of acupuncture points. We conclude that there is a relationship between location and type of injury with physical activity and palpation assessment of acupuncture points is helpful in identifying some structures injuries. Key-words: acupuncture, horses, orthopedic lesion, algometer, sport lesions. 1 Capítulo I 2 1. INTRODUÇÃO As injúrias ortopédicas nos cavalos ocorrem frequentemente, tanto em animais de competição como em animais para uso recreativo. A incidência depende do esporte e nível de desempenho do animal (Pool e Meagher, 1990; Barneveld e van Weeren, 1999; Meershoek et al., 2001; Murray et al., 2006; Scott, 2008). A queda no desempenho atlético, claudicações mal diagnosticadas e lesões incuráveis geram consequências econômicas e impacto na carreira do animal, o que pode inviabilizar a atividade atlética. Nesse sentido, a avaliação ortopédica, comumente utilizada em exames de pré-compra (McCormick, 2006; Michelotto, Rego e Dornbusch, 2007), serve de grande valia para o diagnóstico desses animais e para o direcionamento do tratamento. Aliado ao exame físico, um variado número de técnicas adicionais, como radiografia, ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética e termografia são importantes no exame de claudicação. Apesar de todos os recursos diagnósticos, ainda podem ocorrer resultados falso-negativos quando se utiliza o exame de claudicação tradicional (Couroucé- Malblanc et al., 2006), visto que podem não se detectar algumas lesões em um único exame. Ademais, limitações técnicas e/ou financeiras podem impedir a realização de exames de imagem distintos para se obter o diagnóstico definitivo. O exame diagnóstico pela Medicina Tradicional Oriental (MTO) contribui com a avaliação convencional para localizar a região anatômica relacionada com a lesão. Desenvolveram-se padrões baseados na palpação de pontos diagnósticos pela MTO (Merriam, 1997; Cain, 1998), e essa técnica pode ainda complementar o tratamento e reabilitar os animais com afecções ortopédicas (Schoen, 2000). Lesões subclínicas podem reduzir a longevidade e o desempenho atlético do animal, assim como reduzir o valor de compra. Não é incomum, mesmo após o uso de todas as modalidades diagnósticas disponíveis, ainda não chegar a um diagnóstico conclusivo. O diagnóstico precoce de doenças ortopédicas favorece o cuidado antecipado com o animal e possibilita melhora na carreira atlética, uma vez que, mesmo com injúrias, alguns animais podem permanecer com alto rendimento atlético, desde que tratados adequadamente (Schoen, 2000; Menarim et al., 2012; Ramzan et al., 2013). 3 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Claudicação em equinos 2.1.1. Principais lesões ortopédicas nos equinos Cavalos que treinam em esportes estão susceptíveis a sobrecarregar distintas estruturas anatômicas de acordo com as modalidades esportivas e nível de treinamento (Murray et al., 2006; Menarim et al., 2012). A habilidade atlética e o treinamento repetitivo e intensivo podem predispor injúrias específicas nos animais (Scott, 2008). Correlacionaram-se o risco e a região anatômica de lesões com a atividade que o animal pratica. O ligamento suspensório se revelou mais propenso a lesões tendo sua incidência descrita em pelo menos 11 atividades ou modalidades esportivas, como adestramento (Murray et al., 2010), turfe (Stover, 2003; Couroucé-Malblanc et al., 2006; Baxter, 2011), enduro (Baxter, 2011; Hinchcliff, Kaneps e Geor, 2013), passeio ou exposição (Baxter, 2011), atividades de western performance como tambor (Dabareiner et al., 2005; Scott, 2008; Menarim et al., 2012), laço, rédeas, apartação (Scott, 2008), Concurso Completo de Equitação (CCE) e adestramento (Murray et al., 2010). Lesões de casco como laminite, osteíte podal, doença do navicular ou abscesso subsolear também apresentaram grande ocorrência na maioria das modalidades esportivas, inclusive em animais de tração (Murray et al., 2006; Scott, 2008; Murray et al., 2010; Baxter, 2011; Menarim et al., 2012; Hinchcliff, Kaneps e Geor, 2013). Afecções de boleto, tarso, joelho, regiões sacroilíaca e lombar e tendinites de flexor digital superficial ocorrem em maior frequência em esportes como turfe (Stover, 2003; Couroucé-Malblanc et al., 2006; Baxter, 2011), salto, CCE e adestramento (Murray et al., 2006; Murray et al., 2010). Além disso, alterações de articulação carpometacárpica podem ocorrer na prática de atividades de western (Menarim et al., 2012) e corrida (Murray et al., 2006), enquanto que as afecções musculares podem ocorrer na prática de enduro (Hinchcliff, Kaneps e Geor, 2013) e tração (Baxter, 2011). Em levantamento realizado por Owen et al (2012) com cavalos utilizados para propósitos variados, 46% apresentaram lesões em região distal dos membros, ocorridos durante o exercício, cuja probabilidade se apresentou duas vezes maior em 4 cavalos que competem do que cavalos que não competem. Couroucé-Malblanc et al (2006) encontram alta prevalência de achados radiográficos anormais em French Trotters jovens utilizados para corrida/turfe, dos quais quase 18% estavam localizados no boleto plantar e 10,6% localizado em tarso proximal. Animais que praticam rédeas, sobrecarregam mais os membros pélvicos, como tarsos e pelve. As lesões mais comuns são desmite de suspensório, doença articular degenerativa (DAD) em articulação tarso-metatarso e carpo-metacarpo (Dyson, 2002). O estresse no aparato suspensório de membros pélvicos e torácicos em cavalos de salto é enorme, com maior predisposição para tendinites nos membros torácicos (Dyson, 2002). Em provas de CCE, a maioria das injúrias ocorre por tensões repetitivas de tecidos moles e articulações, sendo comum observar rabdomiólise exercional nas provas de três dias. Pode ocorrer também desmite de suspensório, tendinite de flexor digital superficial, trauma na articulação fêmoro-tíbio-patelar, doença articular em tarso-metatarso e metacarpo-falangeana e dor toracolombar e sacroilíaca (Dyson, 2002). 2.1.2. Limitações do exame ortopédico convencional O exame físico é indispensável para avaliar a claudicação em equinos, mesmo com a disponibilidade de equipamento radiográfico digital móvel e ultrassonografia. Essa pode ocorrer em consequência de traumas, anormalidades congênitas ou adquiridas, distúrbios de desenvolvimento, infecções, distúrbios circulatórios ou neurológicos, individuais ou associados. O exame clínico completo indicará o tipo de claudicação que o animal apresenta, qual(is) o(s) membro(s) afetado(s), auxiliará no diagnóstico, e indicará o tratamento e prognóstico da lesão (Baxter e Stashak, 2011). Mesmo após o exame clínico minucioso, resultados falso-negativos podem ocorrer visto que determinadas lesões podem não apresentar claudicação ou outros sinais clínicos (Ramzan et al., 2013). Em estudo realizado com 865 French Trotters de até dois anos de idade, 12% apresentavam alguma alteração radiográfica, sem apresentarem claudicação ou efusão sinovial (Couroucé-Malblanc et al., 2006). Em outro estudo, encontraram grau dois de anormalidades no exame de ultrassonografia de ligamento suspensório em quase 7% de 60 cavalos de corridas, sem alterações 5 clínicas (Ramzan et al., 2013). O’Neill e Bladon (2011) encontraram 29% de 21 cavalos com enostose sem presença de claudicação e atribuíram o fato a um achado incidental. 2.2. Medicina Tradicional Chinesa 2.2.1. Histórico e Conceitos A acupuntura é um ramo da Medicina Tradicional Oriental (MTO), cujas técnicas também abrangem massagem (Tui-Na), fitoterapia chinesa, dietoterapia (Shu- Shieh), exercícios respiratórios (Qi-Gong), harmonização de ambientes (Feng Shui), arte marcial como meditação (Tai Chi Chuan), entre outras (Scognamillo-Szabó e Bechara, 2010; NCCAM, 2013). Há indícios de sua origem desde a pré-história, em torno de 2700 a.C., com início na Índia ou Tibet (Schoen, 2001), porém a sistematização do conhecimento e amadurecimento das técnicas ocorreram na China (Schoen, 2001; Scognamillo-Szabó e Bechara, 2010). Huang Di Nei Jing (Clássico do Imperador Amarelo), constitui um dos registros mais antigos sobre a MTC, senão o primeiro (Mann, 1994). Ainda assim, essa escrita integra nos dias atuais suas bases filosóficas, que consistem no conceito do equilíbrio do universo e da natureza, que na visão oriental, é composta por energia denominada chi ou Qi. Por sua vez, essa energia constitui dois princípios antagônicos que se complementam, designadas por Yin e Yang, forças que estão em constante influência mútua no universo. O conceito de equilíbrio considera que os sistemas orgânicos são integrados e interdependentes. Essa visão se torna bem clara quando se faz algumas analogias, como positivo e negativo, sistema nervoso simpático e parassimpático, resposta imune de citocinas anti-inflamatórias e pró-inflamatórias, corpo e mente, matéria e energia, entre outros (Mann, 1994; Angeli, Joaquim e LUNA, 2007). A energia fundamental Qi possui diferentes graus de manifestações, que são responsáveis pelas funções fisiológicas e manutenção da vida, conhecidos como substâncias fundamentais (Xue, Jin Ye, Jing, Shen), que fluem por todo o organismo através de canais ou meridianos, conectando os órgãos internos com as extremidades do corpo e nutrindo-os. Existem quatorze meridianos, dos quais dois percorrem na linha média ventral e dorsal e os outros doze, considerados principais, apresentam trajetos anatômicos bilaterais e regem determinados órgãos internos – Zang Fu – 6 (pulmão – P, intestino grosso – IG, estômago – E, baço-pâncreas – BP, coração – C, intestino delgado – ID, bexiga – B, rim – R, pericárdio – Pc, triplo-aquecedor – TA, vesícula biliar – VB e fígado – F). Neles encontram-se os pontos de acupuntura, que são as vias para acessar os órgãos internos através da pele, utilizados para diagnóstico e tratamento (Mann, 1994; Angeli, Joaquim e LUNA, 2007; Joaquim, 2012). 2.2.2. Bases neurofisiológicas e mecanismo de ação da acupuntura Com a introdução da MTC no ocidente, o interesse em descobrir o mecanismo de ação da acupuntura foi progressivo. Como o agulhamento de um ponto no dedo do pé é capaz de aliviar uma dor de cabeça? As respostas para essas e outras perguntas incentivaram pesquisas sobre a neurofisiologia da acupuntura, principalmente na área de analgesia, resultando em diversos modelos que propõem seu mecanismo de ação (Pomeranz, 1996; Luna, FANTONI e CORTOPASSI, 2002; Stux, Berman e Pomeranz, 2003; Shen, 2004). A acupuntura é o estímulo de determinados pontos no corpo, denominados acupontos, de modo a alcançar efeitos terapêuticos. O estímulo pode ser por meio de agulhas, calor (moxa), laser, injeção, entre outros (Schoen, 2000; Luna, FANTONI e CORTOPASSI, 2002). O acuponto é histologicamente diferenciado do ponto adjacente. Tal região consiste em fáscias de tecido conectivo, com maior concentração de terminações nervosas, vênulas, arteríolas, capilares, fibroblastos, células mesenquimais indiferenciadas e linfócitos (Schoen, 2000; Schoen, 2001; Clemmons, 2007; Zhao, 2008; Dorsher, 2009; Bai et al., 2011). A região do ponto de acupuntura possui menor resistência elétrica que a área adjacente. Identificou-se ainda maior presença de mastócitos nessa região (Scognamillo-Szabó e Bechara, 2001; Luna, FANTONI e CORTOPASSI, 2002; Kim et al., 2006). Quando os acupontos são estimulados, ocorre degranulação dos mastócitos e liberação de diversos neurotransmissores endógenos, como endorfinas, opioides, monoaminas, ocitocina, serotonina, encefalinas, entre outros (Luna, FANTONI e CORTOPASSI, 2002; Han, 2004; Cheng, 2011). Estes efeitos se relacionam ao mecanismo humoral da acupuntura, o qual proporciona antinocicepção, vasodilatação que incrementa a perfusão sanguínea local, estimula a regeneração tecidual e o 7 relaxamento muscular (Pomeranz, 1996; Scognamillo-Szabó e Bechara, 2001; Saarto et al., 2010). Outra teoria proposta para o mecanismo da acupuntura é a teoria segmentar ou neural (Angeli, Joaquim e LUNA, 2007; Zhao, 2008), uma importante via de acesso para o sistema nervoso central através do sistema nervoso periférico (Cheng, 2011). O trajeto anatômico dos meridianos coincide com os principais nervos periféricos e os pontos de acupuntura possuem íntima relação com as terminações nervosas. Os estímulos gerados são conduzidos por nervos periféricos para a medula espinhal, com participação de fibras aferentes Aβ, Aδ e C (Zhao, 2008). Demonstrou-se que o efeito da acupuntura pode ser inibido por anestesia local no ponto de acupuntura, anestesia perineural do nervo que inerva a região do ponto e até mesmo por secção do nervo ou da medula (Luna, FANTONI e CORTOPASSI, 2002), que indica a participação de estruturas segmentares e suprasegmentares (Karavis, 1997; Zhao, 2008). Vários autores propuseram diversas evidências dos meridianos, com bases anatômicas e fisiológicas (Lo, 2002; Ma et al., 2003; Schlebusch, Maric-Oehler e Popp, 2005). Foi postulado que o substrato físico dos meridianos deveria incluir feixes neurovasculares, anexos neuromusculares, terminações nervosas sensoriais, espaço perivascular e vasos perineurais (Clemmons, 2007; Bai et al., 2011). Outra evidência da existência dos meridianos são as zonas de Head, um conceito neuronal descoberto há mais de 100 anos por Sir Henry Head (1861 – 1940) (Head, 1893), que comparou áreas da sensibilidade cutânea em pacientes com doenças viscerais, com as características observadas em erupções de Herpes Zóster. Acredita-se que as zonas de Head coincidam com uma grande extensão dos dermátomos, que são áreas na pele inervadas pelo mesmo nervo espinhal (Beissner, Henke e Unschuld, 2011). Nas últimas décadas muitos autores propuseram conexões entre as zonas de Head e os acupontos (Zhang e Zhu, 1998; Gwirtz et al., 2007; Mayor, 2008), e relações entre os dermátomos e a inervação segmental (Karavis, 1997; Gwirtz et al., 2007; Zhao, 2008; Beissner, Henke e Unschuld, 2011). A teoria mais aceita para as zonas de Head é o reflexo viscerocutâneo, no qual neurônios víscero e somatoaferentes (nociceptivo) convergem na medula espinhal próximo à coluna lateral (Beissner, Henke e Unschuld, 2011), que coincidem com os pontos de assentimento do meridiano da Bexiga, cujo 8 trajeto percorre a linha paravertebral, onde se localizam os gânglios simpáticos do sistema nervoso autônomo (Karavis, 1997; Robinson, 2007; Cabioglu e Arslan, 2008). Já foi demonstrado que enfermidades viscerais podem refletir na superfície do corpo (Jarrell et al., 2011; McMakin e Oschman, 2013) e a estimulação somática também pode afetar a função visceral através dos reflexos autonômicos (Camilleri et al., 1984). Determinados pontos de acupuntura acompanham os dermátomos (segmento transversal do corpo), onde há um paralelismo com a distribuição simétrica de vasos e nervos espinhais. As estruturas somáticas e viscerais de um determinado dermátomo se comportam como um todo, havendo impacto em todas as suas estruturas quando há desequilíbrio de apenas uma delas (Sánchez-Araujo e Luckert-Barela, 2014). A informação sensorial somática de pele, músculos e articulações é transmitida para o sistema nervoso central por nervos aferentes somáticos e refletem respostas motoras e nas funções autonômicas (Kimura e Sato, 1997; Kotani et al., 2001). Estímulos nos membros torácicos ou pélvicos podem produzir respostas na frequência cardíaca, o que indica a organização somática do reflexo cardíaco (Kimura et al., 1995), aumentam o fluxo sanguíneo cerebral (Akaishi et al., 1990), estimulam a motilidade gástrica, assim como pinçamento do abdome, semelhante ao efeito da acupuntura (Sato et al., 1993) e aumenta a atividade nervosa eferente esplênica (Kimura, Nagai e Sato, 1994). Como diversos efeitos fisiológicos são desencadeados pela acupuntura, um único mecanismo não é capaz de explicar todos os efeitos observados. À vista disso, as pesquisas científicas desenvolvem distintas teorias que se complementam a fim de elucidar a questão da neurofisiologia da acupuntura (Schoen, 2000; Schoen, 2001; Angeli, Joaquim e LUNA, 2007; Joaquim, 2012). 2.3. Acupuntura em equinos A acupuntura em equinos parece ser tão antiga quanto a humana. Ocorreu quando os cuidados veterinários se tornaram necessários na sociedade chinesa, uma vez que os cavalos passaram a agregar valor na economia agrária e foram importantes para períodos de guerras (Schoen, 2000; Schoen, 2001; Robinson, 2007; Tangjitjaroen et al., 2009; Scognamillo-Szabó e Bechara, 2010). 9 Pratica-se e investiga-se a Medicina Veterinária Tradicional Oriental (MVTO constantemente na atualidade . Vários estudos relatam a eficácia da acupuntura em diversas condições clínicas em cavalos, tais como as osteomusculares, neurológicas, gastrointestinais, reprodutivas ou respiratórias (Klide, 1984; McCormick, 1990; Alvarenga et al., 1998; Schoen, 2000; Angeli e Luna, 2008; Shmalberg e Xie, 2009; Tangjitjaroen et al., 2009). Outrossim, uma das aplicações clínicas mais comum da MVTO em equinos compreende o diagnóstico e o tratamento de claudicação (Schoen, 2000; Luckenbill, 2006; Shmalberg e Xie, 2009; Joaquim, 2012). Verificou-se que algumas lesões osteomusculares manifestavam um padrão de repetição na sensibilidade à palpação de determinados pontos de acupuntura. Esses estão relacionados com os meridianos que cursam na área afetada, e dessa forma podem ser avaliados por exame físico a fim de diagnosticar tais afecções, cuja vantagem sobre a avaliação clínica convencional consiste na possibilidade de detectar condições subclínicas (McCormick, 1997; Cain, 1998; Schoen, 2000; Luckenbill, 2006). Uma concordância de 52,17% foi encontrada na avaliação de cavalos para pré- compra comparando a forma convencional com o método tradicional oriental (Michelotto, Rego e Dornbusch, 2007)(Michelotto, Rego e Dornbusch, 2007)(Michelotto, Rego e Dornbusch, 2007)(Michelotto, Rego e Dornbusch, 2007)(Michelotto, Rego e Dornbusch, 2007). Foram identificados 22 animais com síndrome do joelho, pela avaliação oriental, dos quais 21 foram confirmados o diagnóstico em joelho por exames de imagem, incluindo doença articular degenerativa, lesões de ligamento patelar e ligamento colateral medial, osteocondrite e lesão de menisco (Michelotto Jr et al., 2014). Como exposto anteriormente, padrões podem ser observados na sensibilidade à palpação, que caracterizam as síndromes, cujo objetivo é localizar a região anatômica que apresenta a lesão (Cain, 1998; Fleming, 2001). O mesmo ponto pode refletir sensibilidade em afecções em mais de uma articulação, portanto a avaliação completa de todos os pontos se faz necessária a fim de chegar a um diagnóstico conclusivo pela MTC (Cain, 1998; Fleming, 2001). A acupuntura veterinária vem crescendo ao redor do mundo (Memon e Sprunger, 2011) e ganhando espaço dentro do meio científico. Trata-se de uma técnica terapêutica e diagnóstica que pode incorporar benefícios à medicina convencional 10 ortodoxa, de fácil acesso e custo-benefício favorável, além de proporcionar boa resposta terapêutica em casos desafiadores que não obtiveram resposta com o tratamento convencional (Kotani et al., 2001; Joaquim, 2012; de Fourmestraux, Tessier e Touzot-Jourde, 2014). Mesmo com as vantagens que a MTO oferece, não é encorajado que o veterinário se baseie exclusivamente no diagnóstico pela acupuntura. A medicina integrativa, que une o conhecimento oriental ao conhecimento ocidental, associado ao manejo adequado, ainda é a melhor opção para que se obtenha sucesso no diagnóstico e tratamento dos animais. 11 Capítulo II 11 Relação do tipo e local de lesões ortopédicas com a atividade física em equinos. Artigo enviado para o periódico Ciência Rural. ISSN impresso: 0103-8478 ISSN eletrônico: 1678-4596 12 Relação do tipo e local de lesões ortopédicas com a atividade física em equinos 1 Relation between age, type and local of orthopedic injuries with physical activity in 2 horses 3 Nicole Ruas de Sousa1, Stelio Pacca Loureiro Luna1, Dietrich Pizzigatti1, Mayra Teixeira 4 Alas Martins2, Fabio Sossai Possebon3 5 RESUMO 6 As modalidades esportivas influenciam a prevalência e predisposição de lesões 7 musculoesqueléticas em cavalos. Objetivou-se avaliar a prevalência da idade, local e tipo de 8 lesões ortopédicas de cavalos submetidos a diversas atividades físicas. Foram avaliados 116 9 prontuários de equinos de adestramento, corrida, polo, reprodução-repouso, salto, trabalho e 10 western, de raças e idades variadas, com histórico de claudicação e confirmação do 11 diagnóstico por imagem por radiografia ou ultrassonografia da lesão ortopédica. O efeito da 12 atividade física sobre o sítio anatômico afetado e tipo de lesão foi realizado pelo teste de 13 Exato de Fisher. A prevalência de desmite foi em ordem decrescente em animais de corrida, 14 western, e trabalho. Foi maior o número de fraturas em animais de corrida e polo do que 15 trabalho. As alterações de joelho foi maior em adestramento que trabalho e estes apresentaram 16 menor ocorrência de lesões de ombro que os de salto. As lesões tendíneas de membros 17 pélvicos foram menores nos de salto que nos de adestramento, western e reprodução/repouso. 18 Conclui-se de forma geral que há uma relação entre idade, local e tipo de lesão com as 19 atividades físicas. 20 Palavras-chave: cavalos, lesões esportivas, ortopedia veterinária. 21 22 23 1 Depto de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) – Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Botucatu – SP. 2 Depto de Clínica Veterinária – FMVZ – UNESP – Botucatu – SP. 3 Depto de Higiene Veterinária e Saúde Pública – FMVZ – UNESP – SP. 13 ABSTRACT 24 Equine sport modalities influence the prevalence and predisposition of musculoskeletal 25 injuries in horses. This study aimed to evaluate the prevalence of age, race, location and type 26 of orthopedic injuries of horses undergoing various sports. Data was analyzed from 116 27 horses of different breeds and ages. Sport modalities included dressage, racing, polo pony, 28 reproduction/at rest, jumping, work and western. All horses had a history of orthopedic 29 lameness and image diagnose by radiography or ultrasound. The effect of sport on the 30 affected anatomical site and type of lesion was performed using Fisher's exact test. The 31 prevalence of desmitis was in descending order racing animals, western, and horses for work. 32 The number of fractures was greater in racing and polo pony animals than horses for work. 33 Stifle changes was greater in dressage horses than horses used for work and both had a lower 34 incidence of shoulder injuries than jumping horses. Hind limb tendon injuries were lower in 35 jumping than in dressage, western and reproduction/at rest horses. It was concluded that there 36 is a relationship between sport modalities and age, race, place and type of pathology. 37 Key-word: horses, athletic injuries, veterinary orthopedics. 38 INTRODUÇÃO 39 As modalidades esportivas e os programas de treinamento influem na prevalência e 40 predisposição de injúrias musculoesqueléticas e claudicações em cavalos (Evans e Walsh, 41 1997; Murray et al., 2006; Menarim et al., 2012), de acordo com a sobrecarga das estruturas 42 anatômicas, relacionada ao tipo de esporte e nível de treinamento (Murray et al., 2006). 43 As claudicações ameaçam o desempenho e geram consequências econômicas e 44 impacto na carreira atlética do animal, podendo até inviabilizar seu uso no esporte (Evans e 45 Walsh, 1997; Couroucé-Malblanc et al., 2006; Menarim et al., 2012). A detecção precoce de 46 injúrias musculoesqueléticas permite prevenir novas lesões, uma vez que alguns animais 47 tratados adequadamente podem permanecer com alto rendimento atlético mesmo lesionados 48 14 (Schoen, 2000; Dyson, 2002; Menarim et al., 2012; Ramzan et al., 2013). À vista disso é 49 importante determinar a prevalência de lesões que causam claudicações associadas a esportes 50 específicos e que afetem o uso do cavalo (Menarim et al., 2012). 51 Em cavalos utilizados para propósitos variados, 46% apresentaram lesões em região 52 distal dos membros, ocorridos durante o exercício, cuja probabilidade foi duas vezes maior 53 em cavalos que competem do que os que não competem (Owen et al., 2012). Há um 54 predomínio de lesões em ligamento suspensório em cavalos de salto, rédeas e Concurso 55 Completo de Equitação (CCE) (Murray et al., 2006). French Trotters utilizados para corrida 56 apresentaram alta prevalência de achados radiográficos anormais, dos quais 18% no boleto 57 plantar e 11% em tarso proximal (Couroucé-Malblanc et al., 2006). Em animais que praticam 58 rédeas as lesões mais comuns são desmite de suspensório e doença articular degenerativa 59 (DAD) nas articulações tarso-metatarso e carpo-metacarpo (Dyson, 2002). 60 Diversos trabalhos já relataram os fatores de risco de lesões em cavalos de 61 adestramento (Murray et al., 2006; Riggs, 2010), CCE (Murray et al., 2005), corrida (Bailey 62 et al., 1997; Parkin, 2008) e cavalos para uso geral (Owen et al., 2012). 63 O prognóstico de lesões em um mesmo local não é o mesmo para distintas disciplinas 64 atléticas. Dessa forma, reconhecer o que está envolvido no treinamento e no manejo de 65 cavalos de determinadas atividades, auxilia planejar os programas de reabilitação (Dyson, 66 2002). 67 O objetivo desse trabalho foi avaliar a prevalência do local e tipo de lesões ortopédicas 68 de cavalos submetidos a diversas atividades físicas. 69 MATERIAL E MÉTODO 70 Avaliaram-se 116 casos clínicos de equinos de raças e idades variadas, com histórico 71 de claudicação, com confirmação do diagnóstico de lesão ortopédica por imagem por 72 radiografia ou ultrassonografia, entre janeiro de 2012 a agosto de 2014. 73 15 Os diagnósticos foram categorizados em sítios anatômicos afetados e tipo de lesão 74 apresentada e os animais foram categorizados em grupos de acordo com a atividade física 75 praticada: adestramento (rédeas), corrida (turfe), polo, reprodução-repouso, salto (hipismo), 76 trabalho (guarda, carrossel e tração) e Western (apartação e três tambores). 77 A estatística para diferenciar o tipo e local das lesões em cada esporte foi o teste de 78 Fisher. Para diferenciar a idade entre as modalidades utilizou-se a análise de variância. O teste 79 exato de Fisher também foi utilizado para diferenciar sexo e raça entre as modalidades, com 80 nível de significância de 5% (SAS® e GraphPad InStat® 3.05). 81 RESULTADOS 82 Dos 116 prontuários, 43% eram fêmeas e 57% machos. A proporção de fêmeas foi 83 maior nas atividades de polo, reprodução-repouso e western. Nas atividades de corrida, salto e 84 trabalho houve maior proporção de machos. Em adestramento a proporção foi a mesma para 85 ambos os sexos. Os animais de corrida foram os mais jovens, com idade média de 3±1 ano, e 86 os animais de polo, reprodução-repouso, salto e trabalho tinham idade média de 11 a 14 anos. 87 A distribuição do número e porcentagem de ocorrência de lesões ortopédicas em cada 88 atividade física está demonstrada na Tabela 2. Predominou desmite em animais de western 89 quando comparados com os de trabalho (p=0,04) e os de corrida apresentaram maior 90 ocorrência de tendinite comparados com western (p=0,03). Foi maior o número de fraturas em 91 animais de corrida comparados com trabalho (p=0,02) e salto (p=0,005) e nesses últimos a 92 ocorrência de fraturas foi menor do que nos de polo (p=0,02). 93 A porcentagem das injúrias em locais anatômicos por atividade física está expressa na 94 Tabela 3. As alterações de joelho foi maior em adestramento que trabalho (P=0,04). Estes 95 apresentaram menor ocorrência de lesões de ombro que os de salto (p=0,01). As lesões 96 tendíneas de membros pélvicos foram menores nos de salto que nos de adestramento (p=0,02), 97 western (p=0,04) e reprodução/repouso (p=0,03). 98 16 Devido ao baixo número de animais, não foi possível avaliar o risco relativo de 99 injúrias por atividade física por meio do uso da regressão logística. 100 DISCUSSÃO 101 Observou-se que há uma relação direta entre o tipo de atividade física de cada 102 modalidade esportiva com as lesões ortopédicas em cavalos e nossos resultados de forma 103 geral corroboram estudos anteriores realizados em outro países (Cheney, Liou e Wheat, 1973; 104 Meershoek et al., 2001; Dyson, 2002; Dabareiner et al., 2005; Murray et al., 2006; Dyson, 105 2007; Cogger et al., 2008; Scott, 2008; Murray et al., 2010; Menarim et al., 2012) e podem 106 ser úteis para identificar alguns fatores de risco que predispõem a estas injúrias, para se 107 propor mudanças de manejo e treinamento, a fim de prevenir perdas e sofrimento dos animais, 108 devido a lesões incuráveis, que também resultam em perdas financeiras. 109 Os cavalos de salto, trabalho e reprodução-repouso foram os de maior idade, similar 110 ao reportado anteriormente (Murray et al., 2006) em cavalos de salto e adestramento, o que 111 sugere que animais de elite necessitam de treinamento mais prolongado. Em animais de 112 trabalho e reprodução/repouso, o destino de animais para outro fim não ocorre como nos de 113 competição, o que justifica seu uso prolongado nestas atividades, que não exigem tanto 114 quanto um animal de esporte. 115 No hipismo, os cavalos precisam saltar obstáculos com precisão, a uma determinada 116 velocidade e serem capazes de fazer curvas acentuadas, algumas vezes no galope (Dyson, 117 2002). Na aterrissagem do salto, a força de reação do solo contra os membros torácicos é 118 muito maior comparada ao trote normal (Schambardt et al., 1993; Meershoek et al., 2001; 119 Murray et al., 2006), daí a probabilidade de lesões ser maior nos membros torácicos do que 120 nos pélvicos, como observado nesse estudo e na literatura, em que as regiões mais acometidas 121 foram boleto, tendão e casco torácicos (Dyson, 2002; Boswell et al., 2003; Murray et al., 122 2006), e tendência maior para lesões de reações ósseas, como sesamoidites e osteítes, em 123 17 relação à animais de corrida e de desmites em relação aos de western, como reportado 124 anteriormente (Murray et al., 2006), onde se observou maior ocorrência de doença do 125 navicular e lesões em ligamento suspensório. 126 Houve uma tendência de cavalos de salto terem mais lesões de boletos pélvicos 127 comparados com os de trabalho. Tais lesões podem se relacionar com o tiro de largada, que 128 aumenta o estresse no aparato suspensório de membros pélvicos. 129 Na atividade de adestramento, o cavalo deve ser obediente aos comandos do cavaleiro. 130 Os exercícios dessa modalidade fortalecem os músculos, principalmente ao redor das 131 articulações (Dyson, 2002). No adestramento o cavalo deve deslocar seu centro de gravidade 132 para a região caudal, o que sobrecarrega os membros pélvicos (Dyson, 2002). Nesse estudo, 133 as regiões mais acometidas foram os joelhos comparados aos animais de trabalho e os tendões 134 pélvicos comparados aos de salto, o que se justifica pela sobrecarga dos membros pélvicos 135 requerida nessa atividade, com a mudança caudal do eixo de gravidade e aumento do tempo 136 de apoio dos membros pélvicos para realizar os movimentos dos membros torácicos (Dyson, 137 2002; Kold e Dyson, 2003; Murray et al., 2006). 138 No turfe é comum a ocorrências de lesões musculares por fadiga (Dabareiner et al., 139 2005; Menarim et al., 2012) e estudos anteriores relatam maior risco de lesões tendíneas de 140 membros torácicos (Williams et al., 2001) e fraturas de carpo e pelve (Pool e Meagher, 1990; 141 Pilsworth et al., 1994; Murray et al., 2006). Esse estudo também demonstrou maior 142 ocorrência de fraturas comparado com animais de trabalho e salto. Houve também uma 143 tendência de mais lesões de carpo em animais de corrida que western, polo, trabalho e salto e 144 de tendões torácicos quando comparados com western, polo, salto e reprodução ou repouso, 145 corroborando achados anteriores (Pool e Meagher, 1990; Pilsworth et al., 1994; Williams et 146 al., 2001; Dabareiner et al., 2005; Menarim et al., 2012). 147 18 Cavalos de corrida executam altas velocidades e podem sofrer pequenos danos nos 148 ossos que requerem tempo para reparação. No período de remodelamento ósseo, há um risco 149 temporário de osteoporose, por ação dos osteoclastos e predisposição a injúrias (Hernandez, 150 Hawkins e Scollay, 2001; Riggs, 2002; Stover, 2003; Parkin, 2008). Quando se submete os 151 animais ao exercício antes da recuperação total, aumenta o risco de fraturas, o que justifica a 152 alta ocorrência de fraturas nesse esporte. Os membros torácicos funcionam como um 153 amortecedor de impacto durante a corrida. Nesse momento, com o membro totalmente 154 estendido, os ângulos do boleto e do carpo são forçados ao seu limite, proporcionalmente à 155 velocidade. Dessa forma a força do solo contra o casco reage por todo o membro torácico, 156 desde os tendões até o carpo (Cheney, Liou e Wheat, 1973; Burn, Portus e Brockington, 157 2006), o que explica a ocorrência das alterações de carpo e tendões torácicos observadas no 158 presente estudo. 159 A modalidade de western performance inclui rédeas, apartação, prova de laço, três 160 tambores, entre outros e a raça predominante é o quarto-de-milha (Dabareiner et al., 2005; 161 Scott, 2008), como observado nesse estudo. Na prova dos três tambores, o cavalo realiza um 162 movimento de trevo a galope ao redor de três tambores. Rapidamente acelera e desacelera 163 para fazer as voltas em diferentes direções, geralmente em um tempo de 15 a 17 segundos. Na 164 prova de apartação, cavalo e cavaleiro devem realizar movimentos próprios de modo que 165 consigam manter um bovino apartado do rebanho por algum tempo. Para isso são necessárias 166 rápidas paradas e voltas abruptas na tentativa de espelhar o movimento do bovino apartado e 167 impedi-lo de retornar ao rebanho (Scott, 2008). Os movimentos característicos dessas provas 168 incluem alta velocidade com paradas e mudanças de direções abruptas. Esses movimentos 169 associados ao padrão da raça predispõem a determinadas injúrias. Entretanto ao contrário de 170 outros relatos (Dabareiner et al., 2005; Menarim et al., 2012), nesse estudo evidenciou-se 171 maior ocorrência de lesões em tendões pélvicos comparados com animais de salto, com 172 19 tendência à maior frequência de lesões de joelhos comparados a animais de salto e trabalho e 173 de tarsos comparados com animais de salto. 174 A osteoartrite de tarso pode ser uma anormalidade comum na atividade de três 175 tambores (Dabareiner e Carter, 2003; Dabareiner et al., 2005; Menarim et al., 2012). O tipo 176 de treinamento com paradas e voltas abruptas repetidas vezes e a superfície em que os animais 177 treinam e competem são fatores que influenciam tais tipos de injúrias (Scott, 2008). Além 178 disso, esse tipo de exercício promove forças de torque, compressão e cisalhamento nos tarsos, 179 enquanto que as freadas abruptas em alta velocidade, às vezes com curvas de até 360°, podem 180 gerar forças que predispõem a lesões nos joelhos e tendões pélvicos, o que explicaria a 181 ocorrência destas injúrias nessa modalidade (Scott, 2008; Menarim et al., 2012). 182 Relatos sobre injúrias ortopédicas em animais de polo são escassos (Lobato, 2013). De 183 acordo com a American Polo Horse Association, essa disciplina consiste de quatro a seis 184 chukkers (períodos) de sete minutos em que o cavaleiro usa um taco próprio para acertar a 185 bola. Utiliza-se um cavalo diferente para cada chukker, devido ao desgaste do animal. É uma 186 modalidade em que o cavalo está em constante mudança de velocidade e paradas em diversas 187 direções, pode atingir velocidades de até 56 km/h e há predisposição ao choque entre cavalos 188 e cavaleiros (Lobato, 2013). A raça e o tamanho do animal são de preferência do cavaleiro, o 189 que se confirma nesse estudo em que 79% dos animais eram sem raça definida. As 190 características do cavalo de polo são únicas. Almeja-se um animal com a velocidade dos 191 cavalos de corrida, o manuseio de um cavalo de working cow horse, o equilíbrio de um cavalo 192 de adestramento e a bravura de um cavalo de salto (American Polo Horse Association). Dessa 193 forma, raças puras não preenchem todas as necessidades para um cavalo de polo. 194 As causas mais comuns de lesões ortopédicas na modalidade de polo se relacionam à 195 alta velocidade, com impacto entre cavalos e o taco (Lobato, 2013). Em concordância com 196 outros estudos, demonstrou-se uma maior ocorrência de fraturas em animais de polo e uma 197 20 tendência para mais lesões musculares, comparado aos animais de salto (Baxter, 2011), porém 198 não se observou rabdomiólise (McGowan, Posner e Christley, 2002). Outro achado desse 199 estudo relacionado às colisões e movimentos em alta velocidade foi uma tendência maior para 200 lesões de cotovelos comparados com animais de trabalho e de salto, o que é compreensível 201 por ser uma articulação que permanece exposta aos traumas durante o jogo. 202 Dentre as limitações desse estudo, o mesmo foi realizado com históricos e registros 203 dos animais no próprio haras e/ou centros hípicos de onde provieram. Embora alguns 204 resultados corroborem com estudos anteriores, o número de amostras por atividade física não 205 foi o almejado, parcialmente pelo fato que muitos animais que poderiam ser examinados, não 206 apresentavam exame de imagem, fundamentais para um diagnóstico conclusivo e que fez 207 parte dos critérios de inclusão. Outra limitação foi que os diagnósticos foram realizados por 208 mais de uma dezena de veterinários, com experiências diferentes, o que não necessariamente 209 indica um diagnóstico preciso de um especialista da área. 210 A partir da identificação das lesões ortopédicas se pode ter uma base para definir os 211 fatores de risco inerentes a cada disciplina atlética, a fim de propor mudanças que possam 212 reduzir ou abolir tais riscos. Dessa forma pode-se aumentar o tempo de carreira de animal, a 213 habilidade atlética e reduzir os custos e perdas devido às claudicações e às quedas de 214 desempenho. 215 Estudos internacionais nesse escopo são escassos e podem não fazer referência aos 216 nossos fatores como o ambiente, o treinamento, o manejo ou a pista de competição, 217 necessitando, daí a importância de estudos regionais que indiquem as características das 218 lesões e dos fatores de risco que proporcionam perdas no âmbito equestre. 219 Conclui-se de forma geral que há uma relação entre local e tipo de lesão com as 220 modalidades esportivas. 221 21 Quanto à idade e tipos de lesões ortopédicas, há um predomínio de animais jovens no 222 turfe, com maior prevalência de lesões ortopédicas provenientes de eventos traumáticos, como 223 tendinite, desmites e fraturas. Nos animais mais velhos predominam lesões degenerativas 224 relacionadas à idade, como doença articular, em modalidades esportivas que requerem um 225 treinamento mais prolongado e vida atlética longa, como os de salto e polo ou os de trabalho e 226 reprodução-repouso, que não mais atuam no esporte. Em animais de adestramento 227 predominam as doenças articulares e nos de western, as desmites. 228 Quanto à porcentagem das injúrias ortopédicas distribuídas pelos membros conclui-se 229 que prepondera alterações em membros torácicos nos animais de turfe, polo, salto e trabalho e 230 nos pélvicos nos de adestramento, reprodução-repouso e de western. 231 O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Faculdade de 232 Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP – Botucatu, sob protocolo nº 213/2012 – CEUA. 233 AGRADECIMENTOS 234 À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pela concessão de bolsa. 235 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 236 Bailey, C. et al. 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Clínica e Reprodução 282 Animal, Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Medicina Veterinária. 283 McGowan, C.; Posner, R.; Christley, R. Incidence of exertional rhabdomyolysis in polo 284 horses in the USA and the United Kingdom in the 1999/2000 season. The Veterinary 285 Record, v. 150, n. 17, p. 535-537, 2002. ISSN 0042-4900. 286 Meershoek, L. S. et al. Forelimb tendon loading during jump landings and the influence of 287 fence height. Equine Veterinary Journal, v. 33, n. S33, p. 6-10, Apr 2001. 288 Menarim, B. C. et al. Radiographic Abnormalities in Barrel Racing Horses with Lameness 289 Referable to the Metacarpophalangeal Joint. Journal of Equine Veterinary Science, v. 32, n. 290 4, p. 216-221, 2012. ISSN 0737-0806. 291 Murray, J. et al. Risk factors for cross-country horse falls at one-day events and at two-/three-292 day events. The Veterinary Journal, v. 170, n. 3, p. 318-324, 2005. ISSN 1090-0233. 293 Murray, R. C. et al. Association of type of sport and performance level with anatomical site 294 of orthopaedic injury diagnosis. Equine Veterinary Journal, v. 38, n. S36, p. 411-416, 295 2006. ISSN 2042-3306. Available at: < http://dx.doi.org/10.1111/j.2042-3306.2006.tb05578.x 296 Murray, R. C. et al. Identification of risk factors for lameness in dressage horses. The 297 Veterinary Journal, v. 184, n. 1, p. 27-36, 4// 2010. ISSN 1090-0233. Available at: < 298 http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1090023309001270 >. 299 Owen, K. R. et al. Identification of risk factors for traumatic injury in the general horse 300 population of north-west England, Midlands and north Wales. Equine Veterinary Journal, 301 v. 44, n. 2, p. 143-148, 2012. ISSN 2042-3306. Available at: < 302 http://dx.doi.org/10.1111/j.2042-3306.2011.00387.x >. 303 Parkin, T. D. Epidemiology of racetrack injuries in racehorses. Veterinary Clinics of North 304 America: Equine Practice, v. 24, n. 1, p. 1-19, Apr 2008. 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RAÇA/USO adestr corrida polo repr - rep salto trabalho western andaluz (n) 2 0 0 0 1 0 0 % 25% 0% 0% 0% 3% 0% 0% apaloosa (n) 0 0 0 0 2 1 0 % 0% 0% 0% 0% 6% 3% 0% arabe (n) 0 0 0 0 2 1 0 % 0% 0% 0% 0% 6% 3% 0% BH (n) 2 0 3 0 15 0 0 % 25% 0% 21% 0% 43% 0% 0% bretão (n) 0 0 0 0 0 2 0 % 0% 0% 0% 0% 0% 7% 0% lusitano (n) 0 0 0 1 3 0 0 % 0% 0% 0% 20% 9% 0% 0% MLM (n) 2 0 0 2 0 0 0 % 25% 0% 0% 40% 0% 0% 0% MLP (n) 2 0 0 0 0 0 0 % 25% 0% 0% 0% 0% 0% 0% PSI (n) 0 13 0 0 6 0 0 % 0% 100% 0% 0% 17% 0% 0% QM (n) 0 0 0 1 3 2 12 % 0% 0% 0% 20% 9% 7% 100% SRD (n) 0 0 11 1 3 23 0 % 0% 0% 79% 20% 9% 79% 0% Total (n) 8 13 14 5 35 29 12 % 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% BH (brasileiro de hispismo); MLM (mangalarga marchador); MLP (mangalarga paulista); PSI (puro sangue inglês); QM (quarto de milha); SRD (sem raça definida); adestr (adestramento); repr-rep (reprodução – repouso). 26 Tabela 2 – Número e frequência da ocorrência de lesões ortopédicas em 116 equinos de diferentes atividades físicas. adestramento corrida polo reprodução - repouso salto trabalho western n % n % n % n % n % n % n % desmite 4 27% 4 27% 2 13% 2 25% 11 18% 7 14% 7 39% tendinite 2 13% 4 27% 2 13% 0 0% 8 13% 8 16% 0 0% reação óssea 2 13% 0 0% 1 6% 1 13% 15 24% 8 16% 3 17% doença articular 7 47% 3 20% 7 44% 4 50% 18 29% 18 37% 6 33% fratura 0 0% 4 27% 3 19% 0 0% 1 2% 2 4% 1 6% lesão muscular 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 3 6% 0 0% outros 0 0% 0 0% 1 6% 1 13% 9 15% 3 6% 1 6% total 15 100% 15 100% 16 100% 8 100% 62 100% 49 100% 18 100% 27 Tabela 3 – Número e frequência de locais anatômicos afetados em 116 equinos de diferentes atividades físicas. Local da lesão adestramento corrida polo n % n % n % Boleto pélvico 1 7% 0 0% 2 12% Boleto torácico 3 20% 3 20% 2 12% Carpo 0 0% 3 20% 1 6% Casco pélvico 0 0% 0 0% 0 0% Casco torácico 0 0% 0 0% 2 12% Coluna 0 0% 0 0% 0 0% Cotovelo 0 0% 0 0% 2 12% Coxofemoral 1 7% 0 0% 0 0% Joelho 3 20% 2 13% 0 0% Metacarpo 0 0% 1 7% 1 6% Metatarso 0 0% 0 0% 1 6% Ombro 0 0% 0 0% 1 6% Tarso 2 13% 0 0% 2 12% Tendão/ligamento pélvico 3 20% 0 0% 1 6% Tendão/ligamento torácico 2 13% 6 40% 2 12% Total 15 100% 15 100% 17 100% Local da lesão reprodução - repouso salto trabalho western n % n % n % n % Boleto pélvico 1 13% 10 16% 2 4% 2 11% Boleto torácico 1 13% 11 18% 7 15% 3 17% Carpo 0 0% 4 7% 3 6% 0 0% Casco pélvico 1 13% 2 3% 3 6% 0 0% Casco torácico 1 13% 9 15% 4 8% 1 6% Coluna 0 0% 2 3% 0 0% 0 0% Cotovelo 0 0% 1 2% 0 0% 0 0% Coxofemoral 0 0% 1 2% 3 6% 0 0% Joelho 1 13% 3 5% 1 2% 3 17% Metacarpo 0 0% 2 3% 2 4% 1 6% Metatarso 0 0% 1 2% 0 0% 0 0% Ombro 1 13% 0 0% 5 10% 0 0% tarso 0 0% 3 5% 5 10% 3 17% Tendão/ligamento pélvico 2 25% 1 2% 3 6% 3 17% Tendão/ligamento torácico 0 0% 11 18% 10 21% 2 11% Total 8 100% 61 100% 48 100% 18 100% 28 Normas da Revista Ciência Rural Normas para publicação 1. CIÊNCIA RURAL - Revista Científica do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria publica artigos científicos, revisões bibliográficas e notas referentes à área de Ciências Agrárias, que deverão ser destinados com exclusividade. 2. Os artigos científicos, revisões e notas devem ser encaminhados via eletrônica e editados em idioma Português ou Inglês. Todas as linhas deverão ser numeradas e paginadas no lado inferior direito. O trabalho deverá ser digitado em tamanho A4 210 x 297mm com, no máximo, 25 linhas por página em espaço duplo, com margens superior, inferior, esquerda e direita em 2,5cm, fonte Times New Roman e tamanho 12. O máximo de páginas será 15 para artigo científico, 20 para revisão bibliográfica e 8 para nota, incluindo tabelas, gráficos e figuras. Figuras, gráficos e tabelas devem ser disponibilizados ao final do texto e individualmente por página, sendo que não poderão ultrapassar as margens e nem estar com apresentação paisagem. 3. O artigo científico (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução com Revisão de Literatura; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão e Referências; Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição; Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração Modelo Animal). 4. A revisão bibliográfica (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução; Desenvolvimento; Conclusão; e Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração Modelo Animal). 5. A nota (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Texto (sem subdivisão, porém com introdução; metodologia; resultados e discussão e conclusão; podendo conter tabelas ou figuras); Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração Modelo Animal). http://submission.scielo.br/index.php/cr/index http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo1a.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo1a.pdf http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo_humano.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo_animal.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo3a.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo3a.pdf http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo_humano.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo_humano.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo_animal.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo2a.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo2a.pdf http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo_humano.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/modelo_animal.doc 29 6. O preenchimento do campo "cover letter" deve apresentar obrigatoriamente as seguintes informações: a) Qual o problema científico estudado neste manuscrito? b) Qual a abordagem empregada para resolver o problema estudado? c) Quais os principais resultados/conclusões do estudo que possam encorajar ao editor enviar o manuscrito para revisores? d) Qual é a contribuição à ciência que justifica a publicação do manuscrito como artigo na Ciência Rural? Para maiores informações acesse o seguinte tutorial. 7. Não serão fornecidas separatas. Os artigos encontram-se disponíveis no formato pdf no endereço eletrônico da revista www.scielo.br/cr. 8. Descrever o título em português e inglês (caso o artigo seja em português) - inglês e português (caso o artigo seja em inglês). Somente a primeira letra do título do artigo deve ser maiúscula exceto no caso de nomes próprios. Evitar abreviaturas e nomes científicos no título. O nome científico só deve ser empregado quando estritamente necessário. Esses devem aparecer nas palavras-chave, resumo e demais seções quando necessários. 9. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas com letras maiúsculas seguidas do ano de publicação, conforme exemplos: Esses resultados estão de acordo com os reportados por MILLER & KIPLINGER (1966) e LEE et al. (1996), como uma má formação congênita (MOULTON, 1978). 10. As Referências deverão ser efetuadas no estilo ABNT (NBR 6023/2000) conforme normas próprias da revista. 10.1. Citação de livro: JENNINGS, P.B. The practice of large animal surgery. Philadelphia : Saunders, 1985. 2v. TOKARNIA, C.H. et al. (Mais de dois autores) Plantas tóxicas da Amazônia a bovinos e outros herbívoros. Manaus : INPA, 1979. 95p. 10.2. Capítulo de livro com autoria: GORBAMAN, A. A comparative pathology of thyroid. In: HAZARD, J.B.; SMITH, D.E. The thyroid. Baltimore : Williams & Wilkins, 1964. Cap.2, p.32-48. 10.3. Capítulo de livro sem autoria: COCHRAN, W.C. The estimation of sample size. In: ______. Sampling techniques. 3.ed. New York : John Willey, 1977. Cap.4, p.72-90. TURNER, A.S.; McILWRAITH, C.W. Fluidoterapia. In: ______. Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo : Roca, 1985. p.29-40. http://www.ufsm.br/ccr/revista/coverletter_pt.htm http://www.scielo.br/cr 30 10.4. Artigo completo: O autor deverá acrescentar a url para o artigo referenciado e o número de identificação DOI (Digital Object Identifiers), conforme exemplos abaixo: MEWIS, I.; ULRICHS, CH. Action of amorphous diatomaceous earth against different stages of the stored product pests Tribolium confusum(Coleoptera: Tenebrionidae), Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae), Sitophilus granarius (Coleoptera: Curculionidae) and Plodia interpunctella (Lepidoptera: Pyralidae). Journal of Stored Product Research, Amsterdam (Cidade opcional), v.37, p.153-164, 2001. Disponível em: . Acesso em: 20 nov. 2008. doi: 10.1016/S0022-474X(00)00016-3. PINTO JUNIOR, A.R. et al (Mais de 2 autores). Resposta de Sitophilus oryzae (L.), Cryptolestes ferrugineus (Stephens) e Oryzaephilus surinamensis (L.) a diferentes concentrações de terra de diatomácea em trigo armazenado a granel. Ciência Rural , Santa Maria (Cidade opcional), v. 38, n. 8, p.2103-2108, nov. 2008 . Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2008. doi: 10.1590/S0103- 84782008000800002. 10.5. Resumos: RIZZARDI, M.A.; MILGIORANÇA, M.E. Avaliação de cultivares do ensaio nacional de girassol, Passo Fundo, RS, 1991/92. In: JORNADA DE PESQUISA DA UFSM, 1., 1992, Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria : Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, 1992. V.1. 420p. p.236. 10.6. Tese, dissertação: COSTA, J.M.B. Estudo comparativo de algumas caracterísitcas digestivas entre bovinos (Charolês) e bubalinos (Jafarabad). 1986. 132f. Monografia/Dissertação/Tese (Especialização/ Mestrado/Doutorado em Zootecnia) - Curso de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria. 10.7. Boletim: ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo : Departamento de Produção Animal, 1942. 20p. (Boletim Técnico, 20). 10.8. Informação verbal: Identificada no próprio texto logo após a informação, através da expressão entre parênteses. Exemplo: ... são achados descritos por Vieira (1991 - Informe verbal). Ao final do texto, antes das Referências Bibliográficas, citar o endereço completo do autor (incluir E-mail), e/ou local, evento, data e tipo de apresentação na qual foi emitida a informação. 10.9. Documentos eletrônicos: MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as possibilidades do tratamento cirúrgico. São Paulo : Departamento de Cirurgia, FMVZ-USP, 1997. 1 CD. GRIFON, D.M. Artroscopic diagnosis of elbow displasia. In: WORLD SMALL ANIMAL VETERINARY CONGRESS, 31., 2006, Prague, Czech Republic.Proceedings… Prague: WSAVA, 31 2006. p.630-636. Acessado em 12 fev. 2007. Online. Disponível em: http://www.ivis.org/proceedings/wsava/2006/lecture22/Griffon1.pdf?LA=1 UFRGS. Transgênicos. Zero Hora Digital, Porto Alegre, 23 mar. 2000. Especiais. Acessado em 23 mar. 2000. Online. Disponível em: http://www.zh.com.br/especial/index.htm ONGPHIPHADHANAKUL, B. Prevention of postmenopausal bone loss by low and conventional doses of calcitriol or conjugated equine estrogen.Maturitas, (Ireland), v.34, n.2, p.179-184, Feb 15, 2000. Obtido via base de dados MEDLINE. 1994-2000. Acessado em 23 mar. 2000. Online. Disponível em: http://www. Medscape.com/server- java/MedlineSearchForm MARCHIONATTI, A.; PIPPI, N.L. Análise comparativa entre duas técnicas de recuperação de úlcera de córnea não infectada em nível de estroma médio. In: SEMINARIO LATINOAMERICANO DE CIRURGIA VETERINÁRIA, 3., 1997, Corrientes, Argentina. Anais... Corrientes : Facultad de Ciencias Veterinarias - UNNE, 1997. Disquete. 1 disquete de 31/2. Para uso em PC. 11. Desenhos, gráficos e fotografias serão denominados figuras e terão o número de ordem em algarismos arábicos. A revista não usa a denominação quadro. As figuras devem ser disponibilizadas individualmente por página. Os desenhos figuras e gráficos (com largura de no máximo 16cm) devem ser feitos em editor gráfico sempre em qualidade máxima com pelo menos 300 dpi em extensão .tiff. As tabelas devem conter a palavra tabela, seguida do número de ordem em algarismo arábico e não devem exceder uma lauda. 12. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira responsabilidade do(s) autor(es). 14. Será obrigatório o cadastro de todos autores nos metadados de submissão. O artigo não tramitará enquanto o referido item não for atendido. Excepcionalmente, mediante consulta prévia para a Comissão Editorial outro expediente poderá ser utilizado. 15. Lista de verificação (Checklist .doc, .pdf). 16. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação. 17. Os artigos não aprovados serão arquivados havendo, no entanto, o encaminhamento de uma justificativa pelo indeferimento. 18. Em caso de dúvida, consultar artigos de fascículos já publicados antes de dirigir-se à Comissão Editorial. 19. Todos os artigos encaminhados devem pagar a taxa de tramitação. Artigos reencaminhados (com decisão de Reject and Ressubmit) deverão pagar a taxa de tramitação novamente. http://www.ufsm.br/ccr/revista/checklist1.doc http://www.ufsm.br/ccr/revista/checklist1.pdf http://cienciarural.web811.uni5.net/?___store=default 32 Capítulo III 33 Avaliação da reatividade de pontos de acupuntura por pressoalgímetro em equinos com lesões ortopédicas Artigo a ser enviado para o periódico Journal of Equine Veterinary Science ISSN: 0737-0806 34 Avaliação da reatividade de pontos de acupuntura por pressoalgímetro em equinos com lesões ortopédicas Nicole Ruas de Sousa1, Stelio Pacca Loureiro Luna1, Dietrich Pizzigatti1, Mayra Teixeira Alas Martins2, Fabio Sossai Possebon3 RESUMO A palpação de pontos de acupuntura (acupontos) para diagnóstico de lesões ortopédicas é comumente realizada em equinos. O pressoalgímetro quantifica a nocicepção e poderia ser uma ferramenta objetiva nessas condições. O objetivo desse trabalho foi analisar a reatividade de pontos de acupuntura por meio do pressoalgímetro, estabelecendo o limiar nociceptivo mecânico (LNM) em cavalos com claudicação de origem ortopédica e comparar com o exame de palpação de acupontos. Avaliaram-se 116 cavalos de raças e idades variadas, submetidos a atividades físicas diversas. Os acupontos foram palpados e categorizados de acordo com o grau de resposta à palpação como 0, quando a resposta era normal ou ausente, I, pequena, II, moderada e III, intensa, com resposta evasiva, mordedura ou coice. A seguir apenas os pontos sensíveis à palpação (I, II, e III) foram avaliados com um pressoalgímetro até que houvesse uma reação de contração da musculatura ou refugo. Foram realizadas 5.336 mensurações em 23 acupontos bilaterais. A média geral dos valores do pressoalgímetro foi de 26 ± 6,43 N e as medianas correspondentes às pressões digitais de graus I, II e III foram de 24, 22 e 20 N respectivamente, com diferença significativa entre as mesmas, o que indica que a palpação apresenta uma boa correspondência com o pressoalgímetro para avaliar a reatividade dos pontos de acupuntura. Palavras-chave: algômetro, cavalos, nocicepção, acupuntura ABSTRACT The palpation of acupuncture points (acupoints) for diagnosis of orthopedic lesions is generally used in horses. The pressure algometer quantifies the nociception and it could be an objective tool under these conditions. The aim of this study was to evaluate the reactivity of acupoints by pressure algometer, which it established mechanical nociceptive threshold (MNT) in horses with orthopedic lameness, and to compare with the palpation exam of acupoints. 116 horses underwent various physical activities, with different breeds and ages were evaluated. The acupoints were palpated and categorized according to the grade of response to palpation as 0, when the response was normal or absent, I, small, II, moderate and III, intense, with evasive response, bite or kick. Following, only points sensitive to palpation (I, II, and III) were evaluated with a pressure algometer until there was a reaction of contraction of the muscles or refuse. 5336 measurements were performed in 23 bilateral acupoints. The overall mean values pressoalgímetro was 26 ± 6.43 N 35 and the median corresponding to fingerprints of grades I, II and III were 24, 22 and 20 N, respectively, with significant difference between them, suggesting that palpation has a good correspondence with the pressure algometer to assess the reactivity of acupuncture points. Key-words: algometer, horses, nociception, acupuncture INTRODUÇÃO As lesões ortopédicas em cavalos geram impacto na qualidade de vida dos animais e econômico na indústria equestre [1]. O diagnóstico é essencial para instituir o tratamento adequado [2; 3]. A dor miofascial e a sensibilidade de pontos-gatilhos pode não se corresponder à alterações radiográficas ou laboratoriais e seu diagnóstico depende de uma avaliação manual acurada para identificar a dor frente à sensibilidade local, contudo a quantificação baseada na palpação manual é imprecisa e subjetiva [4; 5]. Desta forma, os equipamentos que quantifiquem a sensibilidade local podem fornecem uma avaliação objetiva da nocicepção e reduzir a disparidade de avaliações entre os clínicos veterinários [3]. O pressoalgímetro é um equipamento que quantifica a nocicepção em humanos e animais [6; 7]. Pode ser utilizado para avaliar a eficácia analgésica de fármacos e a hiperalgesia [8]. Seu funcionamento se baseia na detecção do limiar nociceptivo mecânico (LNM), que é a pressão mínima que induz uma resposta de aversão do animal [9]. Para tal o estímulo deve se relacionar a intensidade da dor percebida, sem causar dano ou lesão no animal avaliado[8]. A variabilidade individual da espécie e do animal, como a espessura da pele e fluxo sanguíneo [10], pigmentação da epiderme [11] e a distribuição dos nociceptores influenciam a percepção do estimulo [8], o que dificulta definir o limiar para um teste nociceptivo. Adicionalmente em cavalos, a contração muscular pode ser desencadeada pela presença de insetos, que é um fator de confusão para a determinar o limiar. Para garantir a reprodutibilidade dos resultados, a taxa de aplicação de força deve ser constante, em direção perpendicular à área avaliada [8; 9]. O teste de LNM foi validado em equinos sadios [12], para avaliar pontos-gatilhos em humanos [5] e na dor de coluna de cavalos [3; 7]. A correspondência dos pontos-gatilhos com os pontos de acupuntura é 71% em humanos [13], pois ambos apresentam bases neurofisiológicas semelhantes. Na acupuntura equina a sensibilidade de acupontos podem indicar alterações em determinadas regiões anatômicas ortopédicas [14; 15] ou viscerais [16; 17]. No entanto tal avaliação é subjetiva, já por ser realizada apenas pela palpação, o que pode apresentar resultados variáveis de avaliação entre os clínicos [7]. 36 O objetivo deste trabalho foi comparar a reatividade de pontos de acupuntura com o uso do pressoalgímetro em equinos, estabelecendo-se o LNM em animais com histórico de claudicação de origem ortopédica e comparar com o escore clínico subjetivo da palpação. MATERIAL E MÉTODO O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Instituição, sob protocolo nº 213/2012. Foram avaliados 116 cavalos de raças e idades variadas, entre janeiro de 2012 a agosto de 2014, provenientes de diversos haras e hípicas. Todos os animais foram avaliados em seu local de origem. Os animais foram contidos apenas por um cabresto, segurados por um funcionário local, porém com um espaço para mover-se livremente a fim de facilitar a observação da resposta do LNM. Não se realizou sedação em nenhum caso para não interferir na resposta ao estímulo [7]. Palpou-se os acupontos diagnósticos, com o auxílio de uma tampa plástica de agulha hipodérmica, iniciando-se pela região cervical, seguindo pelo dorso, mais precisamente na região paravertebral, região ilíaca, glúteos e região caudal dos membros pélvicos (tabela 1; figura 1). Durante a palpação obedeceu-se o sistema de pontos diagnósticos propostos por Cain (1998). Intituíu-se o grau de resposta à palpação como 0, quando havia uma resposta normal ou ausente, I, pequena, II, moderada e III, intensa, com resposta evasiva, mordedura ou coice [18]. A seguir apenas os acupontos sensíveis à palpação (I, II, e III) foram avaliados com um pressoalgímetro eletrônico (figura 2), com uma probe de ponta plana de 1 cm de diâmetro, para detectar o LNM em Newtons (N) [8]. Posicionou-se o pressoalgímetro perpendicular ao ponto e pressionou-se de acordo com a velocidade indicada, luz verde para aumentar e vermelha para reduzir a pressão, até que ambas estejam apagadas, o que indica a velocidade de pressão ideal. O estímulo foi interrompido quando houvesse reação de contração muscular ou refugo [2], adotando um limiar máximo de pressão de 30 N. Neste momento anotou-se o valor registrado no aparelho. Um único examinador participou das avaliações, não ciente do diagnóstico. Para avaliar os pontos cervicais próximos à cabeça, tapou-se delicadamente o olho do animal, a fim de evitar que o animal observasse a proximidade do aparelho. As avaliações foram realizadas em ambientes com pouco estímulo auditivo e sonoro. Usaram-se repelentes e ventilador para evitar falsa resposta positiva frente aos insetos. Após os testes de normalidade, adotou-se o teste de Kruskall-Wallis para comparar as pressões digitais I, II e III com o valor do pressoalgímetro, seguido pelo teste de Dunn para comparar as medianas dois a dois. Foi utilizado o mesmo teste para comparar as medianas do pressoalgímetro entre os pontos dos segmentos cervicais, torácicos e lombossacros. Para correlacionar o valor da pressão digital com o valor do pressoalgímetro, realizou-se teste de Spearman. 37 Figura 1 – Localização dos pontos de acupuntura avaliados por pressoalgímetro em 116 cavalos Tabela 1 – Descrição da localização dos pontos de acupuntura avaliados por pressoalgímetro em 116 cavalos Point Location TH16 Caudal border of the brachiocephalicus muscle, between the C1-C2 space SI16 Dorsal border of the brachiocephalicus muscle at the level of the C2-C3 LI18 Along the line of the ventral mandible to the depression just above the jugular groove Knee Three tsun cranial to the cranial border of the scapula, at thelevel of C5 LI17 On the brachiocephalic m 2 cun* craniodorsal the cranial border of the scapula, in a depression 2⁄3 the distance from at the cranial junction of the scapula and scapular cartilage GB21 In a depression located halfway along the cranial edge of the scapula ST10 Place the heel of your hand on the point of the shoulder (right hand on right shoulder) and grab the muscle above jugular groove with the thumb and index finger; the index finger marks ST-10 SI9 Large depression along the caudal border of the deltoid muscle at its juncture with the lateral and the long heads of the triceps brachii SP20 At the fourth intercostal space at the level of the elbow BL13 At the caudal edge of the scapular cartilage (eighth intercostal space), 3 cun lateral to the dorsal midline (in the iliocostal muscle groove) BL14 At the ninth intercostal space, 3 cun lateral to the dorsal midline (in the iliocostal m. groove). BL15 At the tenth intercostal space, 3 cun lateral to the dorsal midline (in the iliocostal m. groove). BL18 At the 14th intercostal space, 3 cun lateral to the dorsal midline (in the iliocostal m. groove). BL19 At the 15th intercostal space, 3 cun lateral to the dorsal midline (in the iliocostal m. groove). B20 At the 17th intercostal space, 3 cun lateral to the dorsal midline (in the iliocostal m. groove). BL21 Cranial to the last rib, 3 cun lateral to the dorsal midline (in the iliocostal m. groove) BL22 Caudal to the last rib, 3 cun lateral to the dorsal midline (in the iliocostal m. groove) GB27 0.5 cun craniodorsal to the cranial aspect of the iliac spine E30 In a depression just ventral to the ventral border of the tuber coxae Stilfe At the origins of biceps femoris m. Hock At the origins of semitendinosis m. BL36 In the groove between the biceps femoris and the semitendinosis mm, at the level of the center of anus BL39 At the ventral extent of the groove between the biceps femoris and the semitendinosis mm, at the level of the stifle *1 cun or 1 tsun: As the width of the last rib 38 Figura 2 – Pressoalgímetro posicionado em posição perpendicular para avaliar a reação do acupontos Para determinar a sensibilidade e especificidade, foi considerado o valor do pressolagímetro como padrão ouro, no qual o limiar máximo de 30 N foi considerado como reação dolorosa negativa à palpação digital, e os valores diferentes de 30 N foram considerados como reação dolorosa positiva à palpação digital. Para tanto, realizou-se o teste de qui quadrado, comparando a ausência (30 N) ou a presença de reação dolorosa do pressoalgímetro (<30 N) versus a ausência (0) ou a presença (I, II, III) de reação dolorosa à pressão digital. O nível se significância dos testes foi de 5%. RESULTADOS E DISCUSSÃO O estudo incluiu 116 cavalos provenientes de outro estudo com objetivos distintos, dos quais 43% eram fêmeas e 57% machos, com idade média de 10,5 ± 6,71 anos (6 meses a 29 anos), de raças variadas, com predominância de crossbreed e que atuavam nas atividades de adestramento, western performance, trabalho, corrida, salto, pólo, reprodução ou repouso. Foram realizadas 5336 mensurações em 23 pontos de acupuntura bilaterais. A média geral dos valores do pressoalgímetro foi de 26 ± 6,43 N. Fischer (1987) demonstrou em humanos que é necessário um pistão maior que 0,5 cm de diâmetro para transmitir a pressão para tecidos mais profundos. Probes mais largas que possuem maior área de contato geram maiores LNM do que probes menores, embora não essa correspondência não seja linear [19]. Daí se utilizar um pistão de 1,0 cm de diâmetro nesse estudo em cavalos, que possuem maior musculatura que os humanos. As medianas da avaliação do pressoalgímetro de todos os pontos correspondentes as pressões digitais de graus I, II e III foram de 24, 22 e 20 N respectivamente. Todos os valores apresentaram diferença significativa entre eles, o que indica que a palpação realizada pelo examinador nesse estudo poderia substituir o uso do pressoalgímetro, principalmente quando não 39 há disponibilidade do equipamento. Ressalta-se que a prática e a experiência do avaliador podem interferir na confiabilidade dos valores do pressoalgímetro, assim como da palpação manual, e o treinamento é aconselhável em ambos os casos. Embora subjetiva, a palpação desempenha importante papel na propedêutica clínica tanto em casos de dor em coluna [7], como para diagnóstico pela acupuntura em cavalos, para direcionar a intervenção terapêutica [15]. Alguns dos erros metodológicos ao se utilizar o pressoalgímetro incluem falha na padronização da taxa de aplicação de pressão, a inconstância na taxa de aplicação da pressão, falta de treino no uso do equipamento sensibilidade exagerada do animal não relacionada à dor (falso positivo) ou adaptação ao estímulo (falso negativo). O aparelho utilizado nesse estudo foi o eletrônico, que indica a taxa de aplicação da força e garante mesma constante em todos os animais. A sensibilidade exagerada ou adaptação podem ocorrer quando se realizam várias medidas repetidas no mesmo animal [2; 20]. Um estudo recente que validou o teste de LNM em membros de equinos a sensibilidade e especificidade foram de 100% e 97% respectivamente e a confiabilidade intra- e inter- observador foi considerada boa, diferente do reportado por [2] em que observou-se 24% de adaptação e 8% de sensibilização. Como o objetivo inicial de nosso trabalho foi avaliar a sensibilidade dos pontos de acupuntura em animais com alterações ortopédicas, realizou-se apenas uma medida para cada ponto em cada animal, após a avaliação por palpação, o que evitou a adaptação ou sensibilização. Embora trabalhos anteriores [2; 9] tenham utilizado uma sequência de palpação, tal procedimento não interfere nas medidas de LNM [2]. Nesse trabalho palparam-se os pontos de acordo com Cain (1998) e para padronizar, estabeleceu-se uma sequência de palpação, mas os lados do animal submetido à palpação foram aleatórios [9]. Conclui-se que a palpação apresenta uma boa correspondência com o pressoalgímetro para avaliar a reatividade dos pontos de acupuntura. AGRADECIMENTOS À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pela concessão de bolsa. REFERÊNCIAS [1] Murray, R., Dyson, S., Tranquille, C. and Adams, V. 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