Scientia ForeStaliS 175 Sci. For., Piracicaba, v. 41, n. 98, p. 175-183, jun. 2013 Variação genética em progênies de Jacaranda cuspidifolia Mart. utilizando o delineamento sistemático tipo “leque” Genetic variation in progenies of Jacaranda cuspidifolia Mart using the fan systematic design Marcela Aparecida de Moraes1, Selma Maria Bozzite de Moraes2, Erica Cristina Bueno da Silva1, Thaisa Yuriko Kuboyama Kubota¹, Alexandre Marques Silva³, Marcos Deon Vilela de Resende4 e Mario Luiz Teixeira de Moraes2 Resumo O conhecimento da variação genética existente em espécies arbóreas nativas tem ajudado a direcionar estratégias de conservação genética ex situ, com base em testes de procedências e progênies. Estes testes tem espaçamento fixo, não possibilitando avaliar o comportamento das diferentes progênies frente à esta variável de manejo. Uma das formas de se avaliar ao mesmo tempo a variação genética e diferen- tes espaçamentos de plantio numa pequena área é a utilização de delineamentos sistemáticos. Assim, o objetivo desse trabalho foi estimar o crescimento e a variação genética em Jacaranda cuspidifolia em diferentes espaçamentos. Utilizou-se um teste de progênies no delineamento sistemático tipo “leque”, com 30 raios concêntricos, com uma progênie por raio, distribuídas de forma aleatória, em ângulos de 12o. As plantas foram dispostas, nos raios, em progressão geométrica, de razão 1,21; correspondendo a nove espaçamentos por planta: 1,95 m2; 2,86 m2; 4,18 m2; 6,12 m2; 8,96 m2; 13,12 m2; 19,21 m2; 28,13 m2 e 41,19 m2, instalado em Selvíria/MS. Os caracteres altura, diâmetro a altura de 30 cm do solo (DA3) e so- brevivência foram avaliados aos 12 e 24 meses de idade. As estimativas dos parâmetros genéticos e dos espaçamentos foram avaliadas com base no procedimento REML/BLUP (máxima verossimilhança restrita/ melhor predição linear não viciada). As progênies apresentaram variação genética, sugerindo eficiência na estratégia amostral para a conservação ex situ. A espécie apresentou boa adaptabilidade em condições de campo, mostrando a melhor performance no espaçamento com 8,96 m²/planta, para todos os caracteres avaliados. O delineamento sistemático tipo “leque” possibilitou avaliar, numa pequena área, o comporta- mento silvicultural das plantas de J. cuspidifolia frente aos espaçamentos de 2 a 42 m2/planta (5.000 a 238 árvores/ha), amplitude esta que dificilmente seria avaliada via delineamentos aleatórios tradicionais. Palavras-chave: conservação genética, teste de progênies, manejo florestal e sistemas de plantio. Abstract Knowledge of genetic variation in native tree species has helped direct strategies of genetic ex situ conservation, based on provenances and progenies tests. These tests use fixed spacing, not allowing evaluating the behavior of different progenies under this management variable. One way to evaluate simultaneously the genetic variation and different spacing in a small planting area is to use a systematic design. The aim of this study was to estimate the genetic variation and to evaluate its performance in Jacaranda cuspidifolia under different spacing. We used a progeny test in a systematic fan design, arranged in a system of 30 concentric rays, with one progeny per ray, randomly, at angles of 12o. The plants were arranged in rays in geometric progression of ratio 1.21, corresponding to nine for plant spacing: 1,95 m2; 2,86 m2; 4,18 m2; 6,12 m2; 8,96 m2; 13,12 m2; 19,21 m2; 28,13 m2 e 41,19 m2 installed in Selvíria/MS. The traits height, height diameter of 30 cm to soil (DA3) and survival were evaluated at 12 and 24 months of age. Estimates of genetic parameters and spacing were evaluated using the procedure REML/BLUP (restricted maximum likelihood / best linear unbiased prediction). The progenies showed genetic variation, showing that the sample strategy to ex situ conservation was efficient. The species showed good adaptability in ¹Pós-graduanda em Agronomia. Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira / UNESP – Universidade Estadual Pau- lista “Júlio Mesquita Filho” – Av. Brasil Centro, 56 – Caixa Postal: 31 - Ilha Solteira (SP), CEP.15.385-000. E-mail: ma_apmoraes@yahoo.com.br; erica_cbs@yahoo.com.br; thaisayutiko@yahoo.com.br; ²Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimento e Sócio Economia; Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira / UNESP - Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” - Av. Brasil Centro, 56 – Caixa Postal: 31 - Ilha Solteira (SP), CEP15.385-000. E-mail: selma@agr.feis.unesp.br; teixeira@agr.feis.unesp.br; ³Mestre em Agronomia. Faculdade de Engenharia de ilha Solteira / UNESP Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” - Av. Brasil Centro, 56 – Caixa Postal: 31 - Ilha Solteira (SP), CEP15.385-000. E-mail: amsilva@agr.feis.unesp.br; 4Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA Florestas, CEP: 83411-000 Colombo(PR). E-mail: marcosdeon@cnpgc.embrapa.br; Firmino et al. – Variação genética em progênies de Jacaranda cuspidifolia Mart. utilizando o delineamento sistemático tipo “leque” 176 Sci. For., Piracicaba, v. 41, n. 98, p. 175-183, jun. 2013 the field and the best performance in treating five, equivalent to a 3 x 3 m spacing, with 8,96 m²/plant for all traits. The fan systematic design permitted to evaluate in a small area the silvicultural behavior of J. Cuspidifolia plants in spacing varying from 2 to 42 m2/plant (5.000 to 238 trees/ha); which could hardly be evaluat by the traditional designs. Keywords: conservation genetics, progeny test, forest management and planting systems. INTRODUÇÃO Jacaranda cuspidilifolia, vulgarmente conheci- da por jacarandá-caroba, pertence à família Big- noniaceae, apresenta altura de 5 a 10 m, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Ocorre ra- ramente dentro de uma floresta primária den- sa. Sua dispersão é maior em formações secun- dárias do Triângulo Mineiro e noroeste de São Paulo, onde é facilmente notada durante a flora- ção. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis (LORENZI, 1992). A madeira dessa espécie é indicada para várias finalidades e é uma árvore muito utilizada no paisagismo, pois quando florida é extremamente ornamen- tal. Em função disso, a escolha do espaçamento adequado para cada uma dessas finalidades ad- quire muita importância. O espaçamento entre plantas pode afetar o desenvolvimento e a produtividade das florestas plantadas, principalmente para as espécies de rápido crescimento. Espaçamento inadequado pode acentuar os efeitos da deficiência hídrica sobre as plantas, diminuindo a produtividade da floresta, em razão da intensa competição intra-específica por água, nutrientes, luz e es- paço (LELES et al., 1998). Vale et al. (1982) e Leite et al. (1997) observaram que a adoção de espaçamentos muito reduzidos geram árvores com produção de fuste de pequeno diâmetro e muitas árvores dominadas, o que compromete o volume final produzido. Isso mostra a impor- tância da definição de espaçamentos adequados para as diversas espécies nativas com potenciais para reflorestamento. Gomes (2002) realça que a escolha do espa- çamento adequado tem por objetivo proporcio- nar para cada indivíduo o espaço suficiente para se obter o crescimento máximo com a melhor qualidade e menor custo; sem, entretanto des- considerar a questão da proteção ao solo. O es- paçamento ótimo é capaz de fornecer o maior volume do produto em tamanho, forma e quali- dade desejável, sendo função do sítio, da espécie e do potencial do material genético utilizado. Em geral, os experimentos em campo envol- vendo espécies florestais ocupam extensas áreas em virtude da utilização de grandes espaçamen- tos por serem de grande porte. Isso é um fator limitante para os estudos dessas espécies flores- tais, pois contribui em um número reduzido de indivíduos a serem utilizados na instalação de um experimento devido à disponibilidade de área no local e recursos para instalação, manu- tenção e avaliações. Desta forma, o uso de ex- perimentos tradicionais tem limitado o estudo de número de espaçamentos ensaiados. Além disso, mesmo que tenha uma área de grande ex- tensão disponível para instalar esses experimen- tos com grandes números de espaçamentos, não seria viável, pois não conseguiria garantir a ho- mogeneidade dentro dos blocos, inflacionando o erro experimental, e consequentemente dimi- nuindo a sensibilidade na competição dos efei- tos dos tratamentos (STAPE, 1995). Visando superar tais restrições, foram pro- postos na década de 1960 alguns delineamentos alternativos, entre eles os delineamentos siste- máticos de Nelder (1962). Dentre estes deline- amentos, propostos por Nelder (1962), o deli- neamento sistemático tipo “leque” tem sido o mais utilizado em experimentação de campo, inicialmente em horticultura, sendo posterior- mente introduzido na área agrícola para cul- turas puras e consorciação, e foram usados na área florestal para estudos preliminares (BLEAS- DALE, 1966; FREEMAN, 1964; HUXLEY, 1985; IMADA et al., 1997; PANETSOS, 1980; STAPE, 1995). Além de permitir avaliar maior núme- ro de espaçamentos possíveis, os delineamen- tos sistemáticos também se destacam pela sua compacidade, necessitando de pequenas áreas experimentais que facilitam o manejo e abran- gência. No entanto, dois fatores são limitantes na utilização desse delineamento. O primeiro é que o arranjo sistemático (não casualizado) das plantas não permite o uso das análises conven- cionais por ferir o princípio básico da casuali- zação na alocação dos tratamentos. A falta da casualização não garante a independência dos erros associados a cada unidade experimental, tornando as unidades experimentais correla- cionadas. O segundo é a alta sensibilidade para valores perdidos. Segundo Nelder (1962), devi- 177 Sci. For., Piracicaba, v. 41, n. 98, p. 175-183, jun. 2013 do à inexistência de bordadura entre plantas e entre linhas, a ocorrência de falhas e mortalida- de de algumas árvores faz com que as plantas vizinhas tenham área disponível de crescimen- to diferente daquela inicialmente estabelecida para os tratamentos. Assim, quando uma planta é perdida, o espaçamento das plantas vizinhas é alterado, e com isso esses valores não podem ser incluídos no conjunto de dados, e informações consideráveis são excluídas das análises. Mas se as ocorrências forem em pequeno número e aleatórias dentro do experimento, Gomez e De Datta (1972) propuseram eliminar da análise experimental dados de todas as plantas na vizi- nhança das falhas ou de mortes. Recentemente, Stape e Binkley (2010) utili- zaram o delineamento de Nelder para avaliar o desempenho silvicultural de Eucalyptus dunnii em diferentes espaçamentos e materiais genéticos, encontrando resultados similares aos delinea- mentos clássicos o que indica favorável utilização do delineamento em leque, pela sua simplicida- de e menor ocupação de espaço no campo, forne- cendo informações valiosas para as decisões bási- cas sobre o espaçamento para plantios e material genético. Entretanto, os trabalhos sobre variação genética em espécies arbóreas nativas utilizando este delineamento, são escassos na literatura. As- sim, julgou-se oportuno estudar a variação gené- tica e avaliar o desenvolvimento silvicultural de J. cuspidifolia, em diferentes espaçamentos, a partir de um teste de progênies, utilizando um delinea- mento sistemático tipo “leque”. MATERIAL E MÉTODOS Sementes de 30 árvores (matrizes) de uma população natural de Jacaranda cuspidifolia, loca- lizada no município de Ilha Solteira – SP foram coletadas em julho de 2006. A escolha das árvo- res matrizes foi realizada de forma inteiramente casualizada (aleatória). A partir desse material, foi instalado um teste de progênies na FEPE (Fa- zenda de Ensino, Pesquisa e Extensão), perten- cente à FEIS/UNESP, localizada em Selvíria/MS, nas coordenadas geográficas 51º22’W e 2022’S e altitude aproximada de 335m. O clima da região é do tipo Aw, definido como tropical úmido com estação chuvosa no verão e saca no inverno, segundo a classificação interna- cional de Köeppen, apresentando temperatura, precipitação e umidade relativa media anual de 24,5ºC, 1.370 mm e 64,8%, respectivamen- te (HERNANDEZ et al., 1995). O solo da área experimental foi previamente classificado como Latossolo Vermelho Distrófico típico, muito ar- giloso, A moderado, hipodistrófico, álico, cauli- nitico, férrico, epicompactado, muito profundo e moderadamente ácido (EMBRAPA, 1999). Delineamento sistemático tipo “leque” O teste de progênies foi instalado em 6 de novembro de 2006, em delineamento siste- mático tipo “leque”, conforme o modelo (IA) proposto por Nelder (1962), e reforçado por Bleasdale (1966) e Chalita (1991). Este arran- jo fica totalmente caracterizado ao definirem-se os valores do raio inicial r0 (distância do centro do círculo a bordadura interna), a razão da pro- gressão geométrica dos raios (α), o ângulo entre os mesmos (θ) e a área (Ai) entre as plantas no teste de progênies, que foi estimada com base na expressão: 2 1.. 2       − = α αθ i i r A utilizada por Stape (1995); em que: θ = 12o ou 0,2094 rd; r0 = 5,76 m; α = 1,21. No presente teste de progênies de J. cuspidifo- lia foram utilizadas 30 progênies, dispostas em um sistema de 30 raios concêntricos, com uma progênie por raio, distribuída de forma alea- tória, em ângulos (θ) de 12o. Em cada um dos raios as plantas das progênies foram dispostas em progressão geométrica de razão (α) igual a 1,21, a partir de r0 = 5,76 m. Essa disposição pro- porcionou o estudo de nove espaçamentos por planta: 1,95 m2; 2,86 m2; 4,18 m2; 6,12 m2; 8,96 m2; 13,12 m2; 19,21 m2; 28,13 m2 e 41,19 m2. Uma ilustração referente a esta disposição pode ser observada nas Figuras 1a e 1b e na Tabela 1. Os caracteres silviculturais: altura total de plantas (ALT, m), diâmetro a altura de 30 cm do solo (DA3, cm) e a sobrevivência (SOB, %) fo- ram avaliados aos 12 e 24 meses após o plantio. Estimativas dos parâmetros genéticos As estimativas dos parâmetros genéticos para os caracteres silviculturais foram obtidas pelo método REML/BLUP (máxima verossimilhan- ça restrita/melhor predição linear não viciada), empregando-se o software genético-estatístico SELEGEN-REML/BLUP (RESENDE, 2007). A metodologia adotada do modelo linear mis- to (aditivo univariado) – REML/BLUP, foi a do modelo 19 do software SELEGEM, que é específi- co para este delineamento experimental, consi- derando o teste de progênie de polinização livre Firmino et al. – Variação genética em progênies de Jacaranda cuspidifolia Mart. utilizando o delineamento sistemático tipo “leque” 178 Sci. For., Piracicaba, v. 41, n. 98, p. 175-183, jun. 2013 Tabela 1. Valores da distância radial, área por planta e densidade de plantas para 9 tratamentos (espaçamentos) no delineamento sistemático tipo “leque”. Table 1. Values of the radial distance, area per plant and plant density for 9 treatments (spacing) in the fan systematic design Tratamentos Distância radial (m) Área m2/árv. Densidade Árv./ha 1 (B) 5,76 1,33 7.505,5 2 6,97 1,95 5.126,4 3 8,42 2,86 3.501,4 4 10,20 4,18 2.391,5 5 12,35 6,12 1.633,4 6 14,94 8,96 1.115,7 7 18,08 13,12 762,0 8 21,87 19,21 520,5 9 26,47 28,13 355,5 10 32,03 41,19 242,8 11 (B) 38,75 60,30 165,8 (B) Bordadura. (B) Border. Figura 1a. Croqui de instalação do teste de progênies de Jacaranda cuspidifolia, em delineamento sistemático tipo “leque”. Figure 1a. Installation sketch of progeny test of Jacaranda cuspidifolia, in the fan systematic design. Figura 1b.Valores do raio inicial (r0), raios dos tratamentos (r1 a rn), ângulo entre raios (θ) e a área associada a cada planta (A1 a An) no delineamento sistemático tipo “leque” (adaptado de STAPE, 1995). Figure 1b.Values of initial ray (r0), ray treatment (r1 a rn), angle between rays (θ) and the area associated with each plant (A1 a An) in the fan systematic design (adapted from STAPE, 1995). (assumidos como progênies de meios irmãos), segundo o procedimento proposto por Resende (2002): y = Xr + Za + e, em que: “y “ é o vetor de dados; “ r “ é o vetor dos efeitos de repetição ou círculos (assumidos como fixos) somados à mé- dia geral; “a” é o vetor dos efeitos genéticos adi- tivos individuais (assumidos como aleatórios); “e” é o vetor de erros ou resíduos (aleatórios). As letras maiúsculas representam as matrizes de incidência para os referidos efeitos. 179 Sci. For., Piracicaba, v. 41, n. 98, p. 175-183, jun. 2013 Assim, os efeitos de círculos foram ajustados como efeito fixos na coluna de blocos e são re- ferentes aos efeitos de espaçamento. Em cada círculo a progênie aparece uma só vez, como se fosse parcelas de uma planta. Por outro lado, os efeitos dos raios (com diferente material genéti- co) foram ajustados na coluna de progênies. As- sim, é possível uma inferência simultânea para a melhor progênie no melhor espaçamento, bem como a estimativa de parâmetros genéticos (RESENDE, 2007). RESULTADOS E DISCUSSÃO a) Análise de variância e estimativa dos parâmetros genéticos O teste de progênies ocupou uma área de 5.972 m², sendo 270 m² (4,5%) ocupado pelas bordaduras (Figura 2). Diferenças significativas entre as progênies de Jacaranda cuspidifolia foram observadas para todos os caracteres silviculturais avaliados, exceto para a sobrevivência (Tabela 2). Esse resultado evidencia que existe variação genética dentro dessa população para os caracte- res avaliados que pode ser explorada em progra- mas de conservação e melhoramento genético. A sobrevivência foi alta, variando de 94,1% a 95,9% (aos 24 e 12 meses de idade respec- tivamente), o que indica ótima adaptação das progênies nas condições locais do experimento, (Tabela 2). Estes resultados estão de acordo com os observados por Aguiar et al. (1999) que tra- balharam com espécies nativas do cerrado, vi- sando recuperar uma área totalmente degrada no município de Selvíria-MS e verificaram que a espécie J. cuspidifolia foi que apresentou a maior taxa de sobrevivência. De modo geral, as médias dos caracteres sil- viculturais foram incrementados com o decorrer do tempo. Para a altura das plantas, aos 12 e 24 meses de idade atingiu uma média de 1,26 m e 3,24 m, respectivamente, o que corroboram com incrementos médios anuais de 0,105 m e 0,135 m. Para o DA3, variou de 2,87 (12 meses) a 4,92 cm (24 meses), apresentando incremen- tos médios anuais de 0,240 cm e 0,205 cm. Isto demonstra que a espécie apresenta um desen- volvimento muito bom em nível de campo na região do estudo (Tabela 2). Os coeficientes de variação experimental (CVe) para os caracteres silviculturais variaram de 25,8% a 31,7%, para a altura e 19,1% a 31,0% para o DA3 (Tabela 2). Essa tendência de aumento do CVe em função da idade do experimento, evidencia que os efeitos ambientais em função dos diferentes trata- mentos (espaçamentos) entre as parcelas e tam- bém pelas progênies estarem em pleno desenvol- vimento vegetativo, que ainda não estabilizaram na condição do atual sítio de plantio. O coeficiente de variação genética (Tabela 2) foi menor para a sobrevivência (4,9% a 5,1%), seguido do DA3 (9,9% a 10,2%) e pela altura (9,4% a 11,3%), indicando que o caráter altura foi o que expressou a maior variação genética entre as progênies, portanto maior potencial para a seleção. O coeficiente de herdabilidade para a média entre progênies foi alto para a altura (variando de 0,53 a 0,54) e para o DA3 (0,48 a 0,72) e baixo para a sobrevivência (0,28 a 0,35), apresentando controle genético nos ca- racteres para a seleção, em destaque o DA3. A acurácia, que representa a relação entre o valor genético verdadeiro e o estimado, foi alta para a altura e DA3, com valores variando de 69% a 84%. Isso indica alta precisão no acesso à va- riação genética verdadeira a partir da variação fenotípica observada nos caracteres. Os resulta- dos obtidos para esta população de J. cuspidifolia estão dentro do padrão de variação observado para outras espécies arbóreas estudadas por ca- racteres quantitativos, como Gallesia integrifolia (FREITAS et al., 2008), e Balfourodendron riede- lianum (SEBBENN et al., 2007). O coeficiente de variação relativa se mante- ve para o caráter altura em 0,36, enquanto que para o DA3 foi de 0,54 (1° ano) a 0,32 (2° ano), conduzindo as estimativas consideráveis de her- dabilidade em nível de média de progênies e acurácia seletiva (Tabela 2). Em geral, os resulta- dos também indicam que os caracteres altura e DA3 são os mais indicados para a seleção, devi- do aos maiores valores de variação genética, her- dabilidade e acurácia seletiva e do coeficiente de variação relativa (CVr). Desse modo, a precisão na seleção, neste teste, foi alta considerando os valores desses parâmetros genéticos. Para imple- mentação de um teste de progênies de segunda geração ou para conservação genética da espé- cie, a seleção de progênies será mais eficiente se for feita em base do caráter altura ou DA3. Todavia, conforme os resultados obtidos nas estimativas da análise de variância e dos parâ- metros genéticos demonstraram que, existe uma perspectiva futura de se utilizar esse material para o melhoramento genético da espécie, uma vez que, estes resultados sugerem a possibilida- de de ganhos genéticos para os caracteres que apresentaram diferenças significativas, pela sele- Firmino et al. – Variação genética em progênies de Jacaranda cuspidifolia Mart. utilizando o delineamento sistemático tipo “leque” 180 Sci. For., Piracicaba, v. 41, n. 98, p. 175-183, jun. 2013 ção das melhores progênies e dos melhores in- divíduos dentro das progênies. Também pode- -se optar por estratégia de conservação ex situ da espécies. Considerando-se a possibilidade de utilização do experimento para a coleta de sementes, já que a população encontra-se sob forte pressão antrópica. b) Análise dos espaçamentos De modo geral, verificou-se que os valores médios para os caracteres avaliados foram inver- samente proporcional a área útil disponível para cada planta, correspondente aos seus respecti- vos espaçamentos de plantio. Assim, a medida em que aumentou-se o espaçamento (acima do tratamento 6, aos 12 meses e 5 aos 24 meses), ocorreu uma diminuição no desenvolvimento (em altura e diâmetro) das árvores. Para o caráter altura, o tratamento 5 foi o que apresentou os melhores valores, varian- do de 1,38 a 3,81 m, o que corresponde a uma densidade de 8,96 m²/planta e espaçamento de aproximadamente 3 x 3 m. Entretanto, no tra- tamento 1 as progênies apresentaram as piores performance, variando de 1,16 a 2,49 m, o que corresponde a uma densidade de 1,95 m²/plan- ta e espaçamento de 1 x 2 m, isso deve-se a uma intensa competição por água, luz e nutrientes entre as progênies (Tabela 3). Os valores do DA3 apresentaram o mesmo desempenho que para o caráter altura, variando de 3,19 cm (12 meses) a 5,72 cm (24 meses) no tratamento 5 e 2,68 cm (12 meses) a 3,96 cm (24 meses) no tratamento 1 (Tabela 3). Comparando-se estes valores com outras espé- cies arbóreas nativas crescendo no mesmo espa- çamento, verifica-se que, em geral, J. cuspidifolia do presente estudo atingiu valores maiores que Tectonia grandis, aos 24 meses após o plantio com 2,8 m de altura e 3,50 cm de diâmetro a altura do peito (DAP) (MACEDO et al., 2005) e Bertholletia excelsa, aos 12 meses de idade, as plantas tinham uma altura média de 1,22 m e um diâmetro médio de 0,8 cm e, aos 24 meses Tabela 2. Estimativas da média geral (m), coeficiente de variação experimental (CVe), acurácia (râa), herdabilidade média (h²m), coeficiente de variação relativa (CVr), coeficiente de variação genética individual (CVgi) e o LRT (Teste da razão de verossimilhança, χ²: qui-quadrado da deviance) em um teste de progênies de Ja- caranda cuspidifolia, em delineamento sistemático tipo “leque”, em Selvíria – MS. Table 2. Estimates of overall average (m), coefficient of variation (CVe), accuracy (râa), average heritability (h²m), relative coefficient of variation (CVr), individual genetic coefficient of variation (CVgi), and the LRT (like- lihood ratio test, χ²: qui-square deviance) in a progeny test of Jacaranda cuspidifolia, in the fan systematic design, in Selvíria – Mato Grosso do Sul State. Idade (meses) Caráter m CVe (%) râa h²m CVgi (%) CVr LRT(c2) ALT (m) 1,26 25,8 0,73 0,54 9,4 0,36 8,94* 12 DA3 (cm) 2,87 19,1 0,84 0,72 10,2 0,54 27,43** SOB (%) 95,92 20,1 0,59 0,35 4,9 0,24 2,69 ns ALT (m) 3,24 31,7 0,73 0,53 11,3 0,36 7,77* 24 DA3 (cm) 4,92 31,0 0,69 0,48 9,9 0,32 5,56* SOB (%) 94,07 24,7 0,52 0,28 5,1 0,21 1,48 ns ALT: altura; DA3: diâmetro a altura de 30 cm do solo; SOB: sobrevivência; *significativo a 5%, com 0,5 grau de liberdade; ns não significativo ALT: height; DH3: height diameter of 30 cm to soil; *significative at 5%, with 0.5 degree of freedom; ns nonsignificative. Tabela 3. Média dos caracteres silviculturais, por tratamento (espaçamento) e idade de avaliação, em um teste de progênies de Jacaranda cuspidifolia, em delineamento sistemático tipo “leque”, em Selvíria-MS. Table 3. Average of silvicultural traits per treatment (spacing) and age of evaluation in a progeny test of Jacaranda cuspidifolia, in the fan systematic design, in Selvíria – MS. Tratamentos (m²/planta) Idade (meses) Altura (m) DA3 (cm) Sob (%) 12 24 12 24 12 24 1 1,16 2,49 2,68 3,96 96,7 96,7 2 1,22 2,99 2,88 4,07 93,3 86,7 3 1,15 2,90 2,64 4,24 100,0 96,7 4 1,16 2,86 2,78 4,60 90,0 90,0 5 1,38 3,81 3,19 5,72 100,0 100,0 6 1,40 3,71 2,95 5,58 96,7 96,7 7 1,27 3,50 2,90 5,70 96,7 93,3 8 1,35 3,42 2,92 5,40 96,7 93,3 9 1,26 3,53 2,85 5,45 93,3 93,3 Tratamentos: 1 = 1,95 m2; 2 = 2,86 m2; 3 = 4,18 m2; 4 = 6,12 m2; 5 = 8,96 m2; 6 = 13,12 m2; 7 = 19,21 m2; 8 = 28,13 m2; 9 = 41,19 m2. Treatments: 1 = 1,95 m2; 2 = 2,86 m2; 3 = 4,18 m2; 4 = 6,12 m2; 5 = 8,96 m2; 6 = 13,12 m2; 7 = 19,21 m2; 8 = 28,13 m2; 9 = 41,19 m2. 181 Sci. For., Piracicaba, v. 41, n. 98, p. 175-183, jun. 2013 de idade as plantas apresentaram 2,09 m e 2,50 cm de altura e diâmetro médio, respectivamente (FERNANDES et al., 1993). Porém, outras pes- quisas encontradas na literatura relatam valores maiores em espécies nativas como a Jacaranda copaia que, aos 14 meses de idade, tinha altura de 2,57 m e diâmetro médio de 7,66 cm (BAR- BOSA et al., 2002) e J. cuspidifolia consorciada com Astronium fraxinifolium, aos 12 meses de idade, que apresentou de 1,70 m e um DA3 de 7,31 cm (AGUIAR, 2002). Assim, estes resulta- dos revelam que a espécie J. cuspidifolia apresen- ta um crescimento mediano em seus caracteres silviculturais, no espaçamento 3,0 x 3,0, com- paradas as outras espécies nativas mencionadas. As progênies apresentaram uma boa adaptabi- lidade em condições de campo durante os perío- dos estudados, apresentando a melhor desempe- nho no tratamento 5, com 100% de sobrevivência, submetidas a uma densidade de 8,96 m²/planta. Porém, no tratamento 4 foi onde ocorreram o maior número de mortes das progênies, variando de 87,0% a 93,3% de sobrevivência, correspon- dendo a uma densidade de 6,12 m²/planta, equi- valente a um espaçamento de 2 x 3 m (Tabela 3). Macedo et al. (2002) consideram que o potencial de estabelecimento de espécies florestais, avalia- do por meio da porcentagem de sobrevivência, expressa a capacidade de adaptação e vigor das mudas, frente as reais condições ecológicas obser- vadas no campo, pós-plantio definitivo. Visto que essas estão sob as diferentes condições de campo que, normalmente, as mudas de espécies flores- tais diferem em suas expressões fenotípicas, as quais retratam fielmente as magnitudes e efeitos das interações genótipo x ambiente. Evidencia-se, portanto, que o delineamen- to sistemático tipo “leque” criou gradientes de espaçamentos capazes de influenciar os ca- racteres silviculturais estudados, confirmando as potencialidades de uso deste delineamento nos estudos de espaçamentos florestais (LAND; NANCE, 1987; NAMKOONG, 1966; TENNENT, 1975; WRIGHT, 1976). CONCLUSÕES As progênies de Jacaranda cuspidifolia apresen- tam variabilidade genética suficiente podendo ser recomendado para coleta de sementes para várias finalidades e conservação genética ex situ; O caráter indicado para a seleção, em um eventual programa de melhoramento genético, é a altura de plantas; A sobrevivência de J. cuspidifolia foi alta (94% a 98%), evidenciando boa adaptação das progê- nies as condições locais do experimento; O plantio das plantas no espaçamento de aproximadamente 3 x 3 m, propiciona as melhores performances em altura, diâmetro e sobrevivência; O delineamento sistemático tipo “leque” pode ser sugerido quando se tem a finalidade de estimar a variação genética e conhecer os pa- drões de resposta aos espaçamentos de espécie florestal (uma população), numa amplitude que dificilmente seria avaliada via delineamen- tos aleatórios tradicionais. REFERÊNCIAS AGUIAR, A.V. 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