RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta dissertação será disponibilizado somente a partir de 29/11/2024. Thamirys da Costa Silva INFLUÊNCIA DO PLASMA DE BAIXA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES DA DENTINA HÍGIDA E AFETADA POR CÁRIE ARAÇATUBA – SP 2024 Thamirys da Costa Silva INFLUÊNCIA DO PLASMA DE BAIXA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES DA DENTINA HÍGIDA E AFETADA POR CÁRIE Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de Araçatuba, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Odontologia, Área de concentração: Dentística. Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique dos Santos Coorientadora: Ticiane Cestari Fagundes Tozzi Coorientadora: Ana Teresa Maluly Proni ARAÇATUBA – SP 2024 Catalogação na Publicação (CIP) Diretoria Técnica de Biblioteca e Documentação – FOA / UNESP Silva, Thamirys da Costa S586i Influência do plasma de baixa temperatura nas propriedades da dentina hígida e afetada por cárie / Thamirys da Costa Silva. – Araçatuba, 2024 55 f. : il. ; tab. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba Orientador: Prof. Paulo Henrique dos Santos Coorientadora: Profa. Ticiane Cestari Fagundes Tozzi Coorientadora: Profa. Ana Teresa Maluly Proni 1. Adesivos dentinários 2. Permeabilidade da dentina 3. Gases em plasma I. T. Black D2 CDD 617.6 Claudio Hideo Matsumoto – CRB-8/5550 Dedicatória A Deus Dedico este trabalho a Deus, pois ele me tornou capaz de tornar um sonho em realidade. Conquistei forças de onde pensei não ter, sair de Belém para Araçatuba com muitas incertezas e medo, mas, sempre ouvir que não há fardo maior do que eu consiga carregar. Afinal ele ouviu meus apelos e orações e guiou-me em todo o tempo nessa jornada me proporcionando sempre o melhor, além disto me apresentou grandes pessoas que me impulsionaram a ser melhor. Aos meus pais Vocês foram incansáveis; são meu exemplo de força, mesmo não concordando com a decisão, me apoiaram e em todos os meus voos à Belém, estavam ali à espera, com um abraço e muito carinho. Embora longe (3200Km), são presentes todos os dias em minha vida, nossas chamadas de vídeo aquecem minha alma, os valores que me passaram e o amor que dedicam a mim, tem me tornado resiliente na vida em geral. Alcançar esta conquista foi um feito em conjunto. Ao meu irmão Quem diria, não é mesmo? Você é meu parceiro e melhor amigo. Odeia o contato físico, mas sempre me abraça e diz para eu não desistir. Mesmo tão jovem, me mostra sua força, leveza e tranquilidade, essas descrições são primordiais para as tomadas de decisão nas horas mais difíceis. Te sou grata, por tentar cuidar de tudo em minha ausência, embora você ainda tenha receios de me sobrecarregar e me passe uma mensagem ou outra pedindo ajuda nas decisões, tens se saído bem sem o “eu” físico para te ajudar. Eu estou muito orgulhosa de você e em breve poderei te recompensar por me ajudar nesta reta final. Agradecimentos Especiais AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Ao meu orientador Professor Paulo Henrique dos Santos por aceitar em me orientar neste caminho. Tenho uma enorme admiração a sua pessoa, você acreditou no meu potencial, disse que não me arrependeria de morar em Araçatuba, mesmo sem me conhecer inicialmente. No início sempre tive receios e inseguras ao perguntar, achando eu que minhas dúvidas eram besteira. Fostes tão resiliente e compreensivo com os desafios que se seguiram, tornando-se um amigo para além da Universidade. Sua paciência, disposição e seu olhar atento aos detalhes, me fizeram compreender meus pequenos erros e lhe sou grata, pelo incentivo e objetividade em executar todas as tarefas pormenores que fossem, estas foram o que trouxe até aqui. Gratidão por tudo, principalmente por sua confiança em tempos difíceis e por me ajudar em momentos pessoais, sua resiliência é um ato de total inspiração. “Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme o Senhor, achará esse amigo.” (Eclesiastes 6: 16) As minhas coorientadoras Professoras Ana Teresa Maluly Proni e a Ticiane Cestari Fagundes Tozzi Por todo o apoio, pela paciência. Por sempre estar à disposição para auxiliar no que fosse preciso para a melhoria do trabalho. Sempre foi aquele que apontava o que poderia melhorar e nos ajudou a chegar até aqui. Aos Professores do departamento de dentística Professores André Luiz Fraga Briso e Anderson Catelan por todo incentivo na pós- graduação, após meu orientador ter que se ausentar e ir a sua jornada em Toronto. Por auxílio e ajuda nas atividades laboratoriais, vocês foram criteriosos nas minhas apresentações das aulas e consequentemente aprimoraram muito meu conhecimento durante este trajeto. As amigas que Araçatuba me presenteou Larissa dos Santos Moraes e Laura Cesário por serem uns anjos, me auxiliaram no momento mais difícil em Araçatuba. Vocês passaram dificuldades junto a mim, me apoiaram e me fizeram enxergar para além da pós-graduação. Muito obrigada por tanto, seu esforço em me fazer rir e sua paciência, força e resiliência, levo em meu coração. Vocês são o fruto de vossos esforços, ao longo desta jornada, que Deus seja sempre convosco. Saiba que estão em minhas orações e que tenho um enorme carinho por vocês, que suas jornadas sejam de muito sucesso! Sou grata! A minha psicóloga Se tornou para além de uma profissional, Samantha Moreira, obrigada por ser essa pessoa maravilhosa. Me inspiro em sua resiliência, porque além de ser ouvinte és compassiva em seu comportamento como profissional. Você é a primeira pessoa que recorro a quaisquer coisas da minha carreira e vida pessoal, em minha maior dificuldade, você me fez acreditar em minha capacidade e me propôs forças para não desistir ao caminhar. Obrigada por tudo em geral, sua amizade é recíproca. Seu esforço te levará em locais grandiosos e eu torço muito por seu sucesso pessoal e profissional. Aos meus familiares Muito do meu sucesso profissional vem da força que recebo de todos aqueles que estão ao meu redor, meus familiares. Realizar pós-graduação sempre foi um sonho e vocês me apoiaram e emanaram energias positivas a cada conquista e passo realizado. Eu não saberia descrever ao certo as palavras que me motivam a ir além. Acredito que cada conselho recebido, me proporciona paz e alegria, sendo assim, eu tentarei compartilhar todas as pequenas conquistas junto de vós, eu os amo com todo meu coração. Aos meus mentores na UFPA Se hoje estou em uma das melhores Universidades foi porque eu tive bons conselhos para ir em busca de realizar inscrição. Aos Professores Pedro Luiz de Carvalho e Miki Taketomi Saito, vocês tornaram o meu caminho mais fácil, eu fui bem instruída e aconselhada a ver a rotina, linhas de pesquisa entre muitas outras coisas, para enfim determinar o caminho. Atualmente, ainda recebo seus conselhos e os ouço atentamente, pois suas trajetórias, resiliência e força são capazes de realizar grandes feitos dentro e fora da UFPA. Obrigada por serem ótimos e estarem sempre presente em minha vida, sou grata por confiarem em meu sucesso e por me estenderem a mão a quaisquer coisas da minha carreira que está apenas começando. “Se você pode sonhar, você pode fazer. Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo. Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade.” Walt Disney A minha amiga de Belém Eluane Serra de Lima por sempre ter a paciência e a disponibilidade de me ouvir e ajudar por WhatsApp. Pôr os desabafos da vida em geral e principalmente pelas risadas em momentos difíceis. Foste a minha melhor companheira à distância. Quanta gratidão pela pessoa que tens se tornado. A minha Família adotiva em Belém Em especial a Bruna Oeiras Cordeiro, eu não tenho palavras que definem os seus atos, somos amigas há tanto tempo e te sou grata por me incentivar a acreditar no meu potencial, mesmo quando eu digo que não sou capaz. Estamos juntas mesmo com a distância física, sua resiliência faz dessa amizade ser algo exponencial. Obrigada por ter pais maravilhosos que me recebem de braços abertos todas as vezes que volto à Belém, por seus irmãos se tornarem meus, pela acolha e escuta. Meu aprendizado se tornou mais eficaz com vossas contribuições. Aos meus amigos da academia Bruno Martins e Romário Brito, por me incentivarem a realizar exercícios físicos e me fazer entender tudo sobre o assunto, mesmo à distância. Por seus atos memoráveis e sua força em realizar tarefas. Fostes fundamental em minha jornada, sua sabedoria em me tirar de casa para os treinos e nossas conversas profunda sobre a vida, me tornaram constante e melhor. A minha jornada na pós-graduação teve um salto enorme. Meu coração se enche de gratidão ao lembrar de vocês. A minha família em Araçatuba A família Gomes me adotou e me proporcionou diversas risadas, a convivência, me fez enxergar a beleza na simplicidade e para além disso, me fez ver o quão belo é amar a Deus sobre todas as coisas. Me levaram à igreja e me disseram o quão importante é se manter firme em meio as tempestades. Perdemos o pastor em dezembro de 2023. e ainda vivemos sob o luto de uma perca, mas fica o carinho nas memórias construídas. Obrigada por tanto. Aos meus colegas da Pós-graduação Eu não saberia exemplificar os feitos e explicar a gratidão que sinto por cada pessoa que partilha o dia a dia em nosso departamento. Embora muitas vezes eu fosse introvertida e tímida, aprendi com cada um a tornar-me ágil em tarefas clínicas e laboratoriais, para além disto, eu aprendi o que significa a palavra “esforço” na prática, isto foi fundamental para que eu chegasse até aqui. Que possamos compartilhar muito desses momentos e dividirmos as experiências, vivências e até as caronas para juntos crescermos ao longo desta jornada chamada pós-graduação. Aos meus alunos de iniciação científica Ritipael, Aisha e Isabela pela paciência e disposição para desenvolver as pesquisas e me ajudarem nas minhas análises. Ambos possuem um futuro brilhante como profissionais, pois possuem o comprometimento e a garra necessários para crescimento e desenvolvimento pessoal. Obrigada pela parceria e amizade que desenvolvemos ao longo da convivência. Agradecimentos AGRADECIMENTOS À Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, na pessoa do diretor da Faculdade de Odontologia de Araçatuba Prof. Tit. Alberto Carlos Botazzo Delbem por disponibilizar meios para o desenvolvimento das pesquisas, por nossas reuniões esclarecedoras a respeito dos equipamentos que estão sob sua supervisão, seu auxilio foi de grande valia e com muito carinho, no equipamento de goniômetro vinculado ao departamento de pediatria da Faculdade de Odontologia da Unesp – FOA e por todos os outros ensinamentos passados durantes os meses que estive acessando as dependências do mesmo, para elaboração e execução desta pesquisa. Ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia, na pessoa do coordenador Prof. Dr. Wirley Gonçalves Assunção por oferecer a oportunidade de cursar a pós-graduação e incentivar a pesquisa, por sua atenção ao conversar e administrar muito bem os problemas dos pós-graduandos dentro de suas respectivas áreas. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001, pela concessão de Bolsa durante os meses do Mestrado a qual fui contemplada. Aos funcionários da Seção de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp, Cristiane Regina Lui Matos, Valéria de Queiroz Marcondes Zagatto, Lilian Sayuri Mada, Eduardo Moure Cícero e Camila de Abreu Rodrigues Rosa, pela disponibilidade em sempre solucionar os problemas e solucionar as dúvidas que surgiram durante esses dois anos. Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Unesp pela disponibilidade em ajudar e incentivar o aluno de pós-graduação sempre a manter-se atualizado e motivado. Aos Professores do Programa de Pós-Graduação em Odontologia – FOA/Unesp, pelo conhecimento compartilhado durante o curso, tudo foi de grande valia. Aos professores do Departamento de Odontologia Preventiva Restauradora e do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, em especial aos Prof. Dr. André Luiz Fraga Briso, Profa. Dra. Ticiane Cestari Fagundes Tozzi, Prof. Sílvio José Mauro, Profa. Aimee Maria Guiotti e Profa. Maria Cristina Rosifini Alves Rezende, por todos os ensinamentos compartilhados e toda convivência durante esse tempo, seja nas aulas do Mestrado ou durante os estágios PAADES e acompanhamento dos laboratórios e clínicas da graduação. Aos servidores técnicos administrativos, Carlos Suetake, Autran Santiago e Marcell por toda a paciência em demonstrar a higienização dos equipamentos e convivência que tivemos durante ao longo desses dois anos. Obrigada por todas as conversas, risadas e por todo companheirismo durante os Laboratórios e Clínicas da Graduação! Ao secretário, Jorge Luis Trevelim do Departamento de Odontologia Preventiva e Restauradora, por toda a disponibilidade em me ajudar e por sua gentileza sempre, és uma pessoa muito querida a mim! A Profa. Juliana Aparecida Delben e ao Bruno Mena Cadorin, que doaram o equipamento à Faculdade de Odontologia da Unesp – FOA e que representam a empresa WIER – Tecnologia Plasma e Ozônio, pelo desenvolvimento do equipamento utilizado durante a pesquisa, por todos os ensinamentos e ficha técnica repassados durante esses dois anos a qual gerou e contribui na elaboração e execução desta pesquisa. À toda equipe do Prof. Dr. Paulo Henrique Dos Santos, Ana Teresa Maluly Proni, Mariana Elias Queiroz e Henrico Badaoui Strazzi Sahyon, por toda receptibilidade, gentileza e disponibilidade em ajudar desde as minhas pequenas dúvidas a correção de resumos para apresentação em congressos acadêmicos, ademais por vossos conselhos sobre a vida, a carreira acadêmica e resiliência durante o caminhar. Sou grata pela atenção e gentileza que sempre tiveram comigo, os levo como grandes referências. Epígrafe “Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar". Josué 1:9 Resumo RESUMO Silva TC. Influência do plasma de baixa temperatura nas propriedades da dentina hígida e afetada por cárie [dissertação]. Araçatuba: Universidade Estadual Paulista, 2024. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da aplicação do plasma de baixa temperatura (PBT) à base de argônio associado ou não ao oxigênio nas características superficiais da dentina hígida e afetada por cárie. Quarenta e oito molares humanos, tiveram suas superfícies dentinárias expostas e divididos em três grupos de acordo com o pré-tratamento da dentina com PBT (à base de argônio, à base de argônio + 2% de oxigênio e sem tratamento com PBT). A superfície de dentina média foi exposta nos dentes hígidos, enquanto a superfície da dentina afetada por cárie foi identificada com auxílio de um evidenciador de cárie a partir de dentes clinicamente cariados. O grupo que recebeu aplicação do plasma de argônio foi submetido a ionização por 30 segundos à 3mm de distância. No grupo que recebeu a aplicação do PBT a base de argônio com oxigênio, ele foi misturado ao argônio na concentração de 2% pelo mesmo tempo e distância de aplicação. Os dentes foram levados a um microdurômetro (Micromet 5114) para mensuração da microdureza e a um goniômetro (DSA 100S) para análise do ângulo de contato, energia de superfície, componente polar e apolar da energia de superfície e energia total livre de interação (n=8). Os dados obtidos foram submetidos a testes estatísticos ANOVA dois fatores e Tukey (α=0,05). Os resultados mostraram que a aplicação do PBT alterou as propriedades dos diferentes substratos dentinários, sendo que plasma de argônio sem oxigênio na dentina afetada por cárie aumentou os valores de energia de superfície em comparação ao grupo controle sem causar alteração significante no ângulo de contato, na microdureza superficial e na energia total livre de interação. Já a adição do oxigênio ao argônio embora também tenha apresentado melhora nas propriedades físicas, quando comparada ao grupo controle afetado por cárie, apresentou menores valores de energia de superfície e maiores valores de ângulo de contato em comparação ao grupo sem oxigênio. Assim, a aplicação do PBT à base de argônio poderia ser uma alternativa para tratamentos em dentina afetada por cárie. Entretanto, o emprego do oxigênio para geração do PBT não foi benéfico para a maioria das propriedades avaliadas. Palavras-chave: adesivos dentinários; permeabilidade da dentina; gases em plasma. Abstract ABSTRACT Silva TC. Influence of low-temperature plasma on the properties of sound and caries-affected dentin [dissertation]. Araçatuba: São Paulo State University, 2024. The aim of this study was to evaluate the effect of low-temperature argon and oxygen-based plasma application on the surface characteristics of caries-affected dentin. Forty-eight human molars had their dentin surfaces exposed and were divided into three groups based on dentin pretreatment with LTP (argon-based, argon/oxygen-based, and untreated). The dentin surface was exposed in healthy teeth, while the caries-affected dentin surface was selected using a caries indicator. The argon plasma group underwent ionization for 30 seconds at 3mm. In the argon/oxygen group, oxygen was mixed with argon at a concentration of 2% for the same time and application distance. Teeth were subjected to Micromet 5114 microhardness measurements and DSA 100S goniometer analysis for contact angle, surface energy, dispersive and acid-base component, and total free interaction energy (n=8). The data were subjected to Shapiro-Wilk normality test, variance homogeneity, two-way ANOVA, and Tukey's test (α = 0.05). Results showed that LTP application altered the properties of different dentin substrates concerning mechanical physical properties. Argon plasma without oxygen association on caries-affected dentin surface yielded higher surface energy values compared to the control group without significant changes in contact angle, surface microhardness and total free interaction energy. However, adding oxygen to argon, while showing improvement in physical properties compared to the caries-affected control group, resulted in lower surface energy values and higher contact angle compared to the non-oxygen group. Thus, argon based LTP application could be an alternative for treating affected dentin. However, oxygen use for LTP generation was not beneficial for the evaluated properties. Keywords: dentin-bonding agents; dentin permeability; plasma gases. Listas e Sumário LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Fluxograma do estudo 31 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Distribuição dos grupos experimentais em função da aplicação do plasma de baixa temperatura (PBT) 30 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Valores de Microdureza Knoop (KNH) nos diferentes substratos em função do tratamento de superfície (média ± desvio padrão) Tabela 2 – Valores de ângulo de contato nos diferentes substratos em função do tratamento de superfície (média ± desvio padrão) Tabela 3 – Valores de energia de superfície Ys (mN/m) nos diferentes substratos em função do tratamento de superfície (média ± desvio padrão) Tabela 4 – Valores do componente dispersivo da energia de superfície YsLW (mN/m) nos diferentes substratos em função do tratamento de superfície (média ± desvio padrão) Tabela 5 – Valores do componente ácido-base YsAB (mN/m) da energia de superfície nos diferentes substratos em função do tratamento de superfície (média ± desvio padrão) Tabela 6 – Valores de energia livre total de interacao ∆Gsws TOTAL nos diferentes substratos em função do tratamento de superfície (média ± desvio padrão) 36 37 37 38 39 39 LISTA DE ABREVIATURAS % Porcentagem ® Marca registrada µm Micrômetro A Área ANOVA Análise de Variância Ar Gás argônio cm² Centímetro quadrado et al. E colaboradores F Força L/min Litro por minuto mm Milímetro mW MiliWatt Nm Nanômetro O Gás oxigênio ºC Grau Celsius PBT Plasma de baixa temperatura R Razão s Segundos UV Luz ultravioleta α Alpha SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 26 2 MATERIAIS E MÉTODO .............................................................................................. 30 2.1 Seleção dos dentes ....................................................................................................... 30 2.2 Preparo dos dentes ....................................................................................................... 30 2.3 Análise de Microdureza dos diferentes substratos dentinários .............................. 32 2.4 Análise do ângulo de contato, energia livre de superfície, componente polar e apolar da energia de superfície e energia total livre de interação ................................ 33 3 ANÁLISE ESTATÍSTICA .............................................................................................. 35 4 RESULTADOS ............................................................................................................... 37 5 DISCUSSÃO................................................................................................................... 42 6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 46 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 48 ANEXOS................................................................................................................................. 53 Introdução 26 1 INTRODUÇÃO A odontologia adesiva passou por grandes mudanças em seus protocolos nos últimos anos, envolvendo não somente o desenvolvimento de novos materiais, mas também a modificação do tratamento ao substrato onde estes são aplicados. Neste contexto, a adesão à dentina ainda se mostra como um grande desafio clínico, devido à alta complexidade desse tecido quando exposto na cavidade bucal em seu comportamento químico e biológico1,2. Embora o processo restaurador envolvendo materiais adesivos tenha sido otimizado nos últimos anos, ainda é passível de falhas, especialmente no sistema etch-and-rinse, associando-o a qualidade da técnica que ocorre por infiltração monomérica do sistema adesivo no substrato. Este, quando aplicado sobre a dentina que foi previamente desmineralizada por meio do condicionamento ácido à superfície, apresenta dificuldade de infiltração total em maior área de profundidade, o que poderia levar ao não preenchimento de toda matriz colágena exposta3. Consecutivo a isto, o processo de polimerização da cadeia monomérica resultaria em micro falhas na interface dente-restauração, reduzindo a longevidade da interface resina-dentina4. Além dos aspectos mecânicos, a adesão em longo prazo depende de alguns fatores químicos que se associam a boa formação da camada híbrida, a fim de proporcionar maior selamento marginal da interface adesiva5-8. A dentina em sua forma íntegra é um tecido mineralizado de origem conjuntiva9, com estrutura interior acelular, apresentando, de uma forma geral, 70% de conteúdo mineral, 18 a 20% de matriz orgânica e 10 a 12% de água8-10. Sua estrutura interna é composta por matriz colágena, espaço periodontoblástico, prolongamentos odontoblásticos entre outras subdivisões, que embora sejam interligados ao complexo dentina-polpa, sua comunicação ocorre através da dentina tubular, com a presença de fluídos dentinários na camada de superfície11, a qual é absorvida no processo adesivo. Quando há instalação de um processo carioso, tal estrutura sofre modificações clínicas e nas terminações nervosas, incluindo a textura de consistência amolecida, coloração amarelo-amarronzada, alta umidade e menor proteção térmica a polpa12. A dentina infectada se apresenta como um tecido com alta umidade e baixa resistência a remoção por instrumentos manuais12, apresentando, em muitos casos, resposta inflamatória da polpa13. Além disto, a lesão se estende, em sua maioria, na parede tubular e sua defesa tecidual é passível de falha, pois o processo carioso eleva a permeabilidade celular do meio resultando, em alguns casos clínicos, na exposição do tecido pulpar. A dentina afetada é 27 manifestada mais nas paredes próximas a junção cemento-esmalte, livre de grande profundidade, apresentando um tecido mais rígido e seco à remoção mecânica14. Esse processo carioso tem sido considerado na literatura como inativo, passível de regeneração tecidual, proporcionando maiores chances de sucesso no processo de adesão13. A dentina afetada por cárie apresenta em média 2,7 vezes mais água que a dentina hígida, e quando desidratada ocorre uma contração de 82μm, aproximadamente 10x mais que a dentina hígida10-15. Ao realizar uma avaliação histológica do tecido infectado e afetado, os estudos mostram que o tecido somente afetado apresenta maior quantidade de colágeno passível de reorganização, (32,37%) comparado ao tecido infectado (12,71%)16. Atualmente, os tratamentos restauradores eletivos são minimamente invasivos, com o intuito de preservar maior quantidade de tecido sadio ou passível de recuperação, incluindo a manutenção da dentina afetada, mas não infectada pelo processo carioso17,18. No entanto, dúvidas ainda existem se esse tecido afetado contém ou não microrganismos que podem, em longo prazo, gerar uma recidiva do processo carioso12. Nesse contexto, uma das técnicas de modificação da superfície dentinária com alto potencial antimicrobiano envolve a aplicação do plasma de baixa temperatura (PBT) ou cold plasma19. Denominado como o quarto estado da matéria, o plasma é um gás ionizado, inerte, de temperatura próxima a do corpo humano e de baixo consumo energético20. O PBT tem sido inserido na área médica devido sua rápida ação antimicrobiana, capacidade de penetração em microcavidades, superfícies irregulares e profundas, incluindo seu efeito inibitório aos patógenos presentes na smear layer21-24. O processo de ionização de um gás pelo plasma de baixa temperatura leva a formação de espécies reativas de oxigênio19, as quais, uma vez dentro das células dos microrganismos, causam sua inativação e destruição por meio de estresse oxidativo no interior da membrana, sem causar danos aos tecidos subjacentes20-25. Strazzi-Sahyon et al.15 utilizando o PBT em diferentes tempos e concentrações, observaram que a aplicação do gás argônio associado ao oxigênio melhorou a capacidade de umedecimento e energia livre de superfície da dentina hígida, com preservação de sua composição química e da rugosidade de superfície19-22. Alguns estudos mostram que a aplicação do plasma de baixa temperatura aumenta a resistência de união adesivo/dentina em substratos desmineralizados, quando comparados a substratos não tratados com o plasma26,27. No entanto, são escassos estudos envolvendo a aplicação do plasma de baixa temperatura em dentina afetada por cárie. Dessa forma, o objetivo no presente estudo foi avaliar o efeito da aplicação do plasma de baixa temperatura à base de argônio associado ou não ao oxigênio nas 28 características de superfície da dentina afetada por cárie. Duas hipóteses nulas foram testadas: (1) que a aplicação do plasma de argônio de baixa temperatura associado ou não ao oxigênio não causaria alteração nas propriedades físicas e na microdureza superficial da dentina hígida ou afetada por cárie e (2) não haveria diferença nas características de superfície entre as dentinas hígida ou afetada por cárie, independente da aplicação do PBT. 46 6 CONCLUSÃO A utilização do pré-tratamento do plasma de baixa temperatura à base de argônio parece ser promissora quando aplicada sobre a dentina afetada por cárie, uma vez que promoveria melhoria nas características físicas da superfície do substrato, sem causar alteração na microdureza de superfície. Entretanto, o emprego do oxigênio para geração do PBT não foi benéfico para a maioria das propriedades avaliadas. Referências 48 REFERÊNCIAS 1. Warreth A, Abuhijleh E, Almaghribi MA, Mahwal G, Ashawish A. Tooth surface loss: A review of literature. Saudi Dent J. 2020 Feb;32(2):53-60. 2. Naujokat H, Harder S, Schulz LY, Wiltfang J, Flörke C, Açil Y. Surface conditioning with cold argon plasma and its effect on the osseointegration of dental implants in miniature pigs. J Craniomaxillofac Surg. 2019 Mar;47(3):484-90. 3. Sadeghi Mahounak F, Abbasi M, Ranjbar Omrani L, Meraji N, Rezazadeh Sefideh M, Kharrazi Fard MJ, et al. Effect of root dentin pretreatment on micro-push-out bond strength of fiber posts to root canal dentin: Cold Atmospheric Argon Plasma (CAAP) and Ethylenediaminetetraacetic Acid (EDTA). Int J Dent. 2021 May;2021:5571480. 4. Perdigão J. Current perspectives on dental adhesion: (1) Dentin adhesion - not there yet. Jpn Dent Sci Rev. 2020 Nov;56(1):190-207. 5. 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