PEDRO HENRIQUE COLLADO ANÁLISE DOS EFEITOS POLUENTES DOS GASES METANO E DIÓXIDO DE CARBONO ADVINDOS DA AGRICULTURA NO BRASIL E PRINCIPAIS PAÍSES EMISSORES Sorocaba, Brasil 2023 PEDRO HENRIQUE COLLADO ANÁLISE DOS EFEITOS POLUENTES DOS GASES METANO E DIÓXIDO DE CARBONO ADVINDOS DA AGRICULTURA NO BRASIL E PRINCIPAIS PAÍSES EMISSORES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba, Universidade Estadual Paulista (UNESP), como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental. Orientador: Prof. Dr. Leandro Cardoso de Morais Sorocaba, Brasil 2023 Sistema de geração automática de fichas catalográficas da Unesp. Biblioteca do Instituto de Ciência e Tecnologia, Sorocaba. Dados fornecidos pelo autor(a). Essa ficha não pode ser modificada. Collado, Pedro Henrique C697a Análise dos efeitos poluentes dos gases metano e dióxido de carbono advindos da agricultura no Brasil e principais países emissores / Pedro Henrique Collado. -- Sorocaba, 2023 55 f. : il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado - Engenharia Ambiental) - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Ciência e Tecnologia, Sorocaba Orientador: Leandro Cardoso de Morais 1. Engenharia Ambiental. 2. Impacto Ambiental. 3. Proteção Ambiental. 4. Agricultura Sustentável. 5. Gases estufa. I. Título. Pedro Henrique Collado ANÁLISE DOS EFEITOS POLUENTES DOS GASES METANO E DIÓXIDO DE CARBONO ADVINDOS DA AGRICULTURA NO BRASIL E PRINCIPAIS PAÍSES EMISSORES Sorocaba, 05 de Abril de 2023 Prof. Dr. Leandro Cardoso de Morais Orientador Trabalho aprovado por meio de parecer, homologado pelo Conselho de Curso em reunião de 05 de abril de 2023. Sorocaba/SP 2023 Resumo Neste trabalho, é analisada a participação da agricultura no aumento do efeito estufa e as alterações climáticas e seu impacto sobre a agricultura, levando em consideração os cenários brasileiros e dos principais países emissores. O clima é afetado por vários impactos diretamente ligados aos gases emitidos pela agricultura, causando danos de várias formas, incluindo o efeito estufa, responsável pela liberação de gases como Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), Hidrofluorocarbonos, Perfluorocarbonos (CF4, C2F6) e Hexafluoruro de enxofre (SF6) (FAO, 2014). Este estudo se concentrará apenas em dois dos gases mencionados, Dióxido de carbono (CO2) e Metano (CH4). Palavras chave: Efeito estufa; Mudanças climáticas; Agricultura brasileira; Dióxido de Carbono; Gás Metano. Abstract In this study, the participation of agriculture in the increase of the greenhouse effect and climate change and its impact on agriculture is analyzed, taking into account the Brazilian scenarios and the main emitting countries. The climate is affected by several effects directly linked to the gases emitted by agriculture, causing damage in various ways, including the greenhouse effect, responsible for the release of gases such as Carbon Dioxide (CO2), Methane (CH4), Nitrous oxide (N2O), Hydrofluorocarbons, Perfluorocarbons (CF4, C2F6) and Sulfur Hexafluoride (SF6) (FAO, 2014). This study will only focus on two of the gases mentioned, Carbon Dioxide (CO2) and Methane (CH4). Key words: Greenhouse effect; Climate changes; Brazilian agriculture; Carbon dioxide; Methane gas. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - O gráfico analisa a simulação de causas humanas e naturais do aquecimento global do ano de 1850 a 2020 (IPCC, 2021). ....................................... 16 Figura 2 - Demonstrativo das fontes de energia de carvão, eletricidade, óleo combustível, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, gasolina e gás natural com seus respectivos usos para obtenção de energia no mundo desde o ano de 1970 até 2019 (FLAMMINI, 2022). .................................................................................................... 20 Figura 3 - Demonstrativo dos dados de alcance das metas do plano ABC na agricultura brasileira do ano de 2010 à 2018 (MENEZES, 2022). .............................................. 24 Figura 4 - Tendência de emissões de GEE em alguns países no ano de 1990 a 2020, incluindo as emissões do setor de uso da terra, mudança no uso da terra e silvicultura (UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2022) ................. 31 Figura 5 - O gráfico mostra a quantidade de emissão de GEE mensuradas em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 na China (RITCHIE, 2022). ....................................................................................................... 32 Figura 6 - O gráfico mostra a quantidade de emissão do gás Metano (CH4) em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 na China (RITCHIE, 2022). ....................................................................................................... 33 Figura 7 - O gráfico mostra a quantidade de emissão de GEE mensuradas em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 nos Estados Unidos (RITCHIE, 2022). .......................................................................................... 34 Figura 8 - O gráfico mostra a quantidade de emissão do gás Metano (CH4) em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 nos Estados Unidos (RITCHIE, 2022). .......................................................................................... 35 Figura 9 - O gráfico mostra a quantidade de emissão de GEE mensuradas em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 no Brasil (RITCHIE, 2022). ....................................................................................................... 36 Figura 10 - O gráfico mostra a quantidade de emissão do gás Metano (CH4) em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 no Brasil (RITCHIE, 2022). ....................................................................................................... 40 Figura 11 – Balanço das fontes de emissão e remoção para o cálculo da quantidade de carbono no solo em 2019 (SEEG, 2019). ............................................................. 39 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 9 1.1 O efeito estufa e seus gases 11 1.2 Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas 12 2 OBJETIVOS 13 2.1 Objetivo Geral 13 2.2 Objetivos Específicos 13 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 14 3.1 Histórico e cenário climático mundial 14 3.2 Setor agrícola: Aspecto mundial 17 3.2.1 Emissões de dióxido de carbono 18 3.2.2 Emissões de metano 21 3.3 Políticas brasileiras para o controle da emissão de GEE: Plano ABC 22 3.4 Estratégias para redução das emissões de GEE na agricultura 25 3.4.1 Sistemas de Integração 26 3.4.2 Sistemas de plantio direto 27 3.4.3 Agricultura sintrópica 27 4 METODOLOGIA 29 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 30 5.1 China 31 5.2 Estados Unidos 33 5.3 Brasil 35 6 CONCLUSÕES 40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 41 9 1 INTRODUÇÃO O aquecimento global é uma questão presente em nosso dia a dia há algum tempo, e suas consequências afetam diversos aspectos, incluindo a vida, o meio ambiente e a economia. Dentro deste cenário, vários estudos começaram a ser desenvolvidos para entender a causa do aquecimento global e as possíveis formas de se amenizar ou até mesmo resolver esse problema (SANTOS, 2022). Esse aumento de temperatura vem sendo causado pela influência de processos naturais. Contudo, fatores antropogênicos, ou seja, relacionados à ação humana, foram se tornando cada vez mais relevantes no aumento da temperatura na terra e nos últimos dez anos já vem sendo considerado o mais grave causador (MIKHAYLOV, 2020). As mudanças climáticas globais são causadas por duas principais razões: Alterações no campo magnético da Terra e GEE presentes na atmosfera da Terra (MIKHAYLOV, 2020). O segundo é um processo natural que acontece quando a atmosfera retém a radiação solar, aumentando a temperatura da Terra e mantendo as condições favoráveis para a vida (MOTA, 2018). Os principais gases responsáveis pelo efeito estufa são o dióxido de carbono (CO2), o óxido nitroso (N2O) e o metano (CH4). A emissão de CO2 está ligada principalmente ao uso de combustíveis fósseis e às transformações de uso da terra. O CH4 é gerado pela queima de combustíveis fósseis e por atividades agrícolas. Já o N2O resulta em sua maioria da agricultura. (IPCC, 2007). No meio ambiente o aquecimento global é responsável pelo aumento do aparecimento de diversos fenômenos catastróficos como a intensificação de furacões, tufões, inundações, aumento do volume dos oceanos, tempestades, desertificação, derretimento das camadas de gelo dos polos, chuvas em algumas regiões e seca em outras (SANTOS, 2022). O impacto das mudanças climáticas na agricultura é uma preocupação relevante, já que o setor agrícola depende da previsibilidade climática e dos processos meteorológicos para o planejamento de plantio e colheita. As 10 mudanças climáticas podem resultar em alterações na temperatura, regime de chuvas, intensidade de pragas e doenças, impactando a qualidade e disponibilidade de plantio em certas regiões. O aumento da temperatura também afeta diretamente o desenvolvimento das plantações. A combinação de calor, períodos prolongados de seca, baixa umidade e forte incidência solar aumenta a necessidade de irrigação (ASSIS, 2021). De acordo com a ONU (2021), A elevação da temperatura tem como resultado a transformação das produções agrícolas no Brasil. É esperado que as culturas de algodão, arroz, café, feijão, girassol e milho experimentem uma drastica redução em suas áreas de cultivo, o que obrigará a mudança dessas culturas para regiões que não são apropriadas para o seu cultivo atualmente. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC), desde o seu quarto relatório em 2007, é relatado que a agricultura contribui significativamente para o aquecimento global, pois cerca de 19% a 23% das emissões de GEE estufa advêm da produção agrícola e mudanças no uso da terra. Além disso, as tendências indicam que esses números tendem a aumentar drasticamente, uma vez que, com o crescimento da população mundial, estima-se que haverá uma necessidade de aumento de 70% na produção de alimentos para alimentar uma população mundial de cerca de 10 bilhões de pessoas até 2050 (GLOBAL ENVIRONMENT FACILITY, 2019). Essas estimativas trazem a necessidade de uma reflexão com base na necessidade de uma superprodução agrícola, para suprir as necessidades da população mundial, mas que precisa estar associada a uma produção sustentável, com mínima produção de GEE. Devido a gravidade e importância das circunstâncias atuais de aquecimento, hoje a luta contra as emissões desses gases é internacional. Cúpulas mundiais dedicadas a este problema estão sendo mantidas e documentos estão sendo criados com o objetivo de organizar uma solução global para o problema. Há portanto um grande avanço nas pesquisas referente aos assuntos, trazendo enorme engajamento em descobrir a origem desses gases dentro do contexto agrícola e fazendo o monitoramento das emissões dos países comprometidos com essa causa, 11 descobrindo e comparando as técnicas usadas para que seja possível atingir as metas de redução estabelecidas. 1.1 O efeito estufa e seus gases O clima da Terra é determinado pela energia que ela recebe do Sol e pelo calor que é devolvido ao espaço. O processo é controlado pela atmosfera, que contém gases que agem como uma barreira para a dissolução de calor da Terra, absorvendo a radiação infravermelha emitida pelo Sol e pela Terra, e reemitindo-a em todas as direções. Como resultado, parte dessa energia é mantida pela superfície da Terra, ao invés de ser refletida para o espaço (BERTOLAMI, 2020). Estes gases são referidos como gases de efeito de estufa, tendo como principais componentes vapor d'água (H2O), óxido nitroso (N2O), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), ozono (O3) e outros. Estes gases são fundamentais para assegurar que a temperatura da Terra se mantenha em um nível que possibilite a existência de água líquida na superfície do planeta, o que é fundamental para a vida. Embora ocorra de maneira natural na Terra, o efeito de estufa não é uma característica constante e mudanças na composição da atmosfera levam a mudanças no próprio efeito de estufa (JUNGES, 2018; BERTOLAMI, 2020). O vapor de água é aproximadamente responsável por 50% do efeito estufa na Terra, enquanto as nuvens contribuem com 25%, o CO2 com 20% e os demais gases com 5%. Embora o vapor de água seja o maior contribuinte para o efeito estufa, ele é condensável e sua quantidade na atmosfera depende da temperatura, ao invés de ser a causa dela. Por outro lado, o dióxido de carbono é um gás não condensável que pode permanecer por centenas de anos na atmosfera, o que o torna fortemente relacionado às eras de gelo. Nestas eras, existe uma correlação entre os níveis de CO2 e a temperatura. Quando há altos níveis de CO2, a temperatura também é alta (período interglacial), enquanto baixos níveis de CO2 são acompanhados por temperaturas baixas (período glacial, era do gelo) (JUNGLES, 2018). O gás metano por sua vez é o segundo gás que mais contribui para o aquecimento global de origem antrópica. De acordo com VIEIRA (2009), o metano 12 possui um potencial de absorção 24 vezes mais efetivo que o CO2, embora o tempo de vida do CO2 na atmosfera seja em torno de 50 a 200 anos, sendo bem maior que o tempo de vida do metano, que é cerca de 12 anos. É importante lembrar que a dissociação do metano também produz CO2. Hoje, existe um consenso amplo de que o aquecimento global está relacionado a um agravamento do efeito estufa, causado pela atividade humana. Desde o início da era industrial, as ações humanas têm alterado significativamente a composição da atmosfera e a utilização da superfície terrestre, resultando em um aumento do dióxido de carbono (CO2). Isso é comprovado pelo IPCC, que em seus relatórios apresenta evidências científicas cada vez mais sólidas e confiáveis (JUNGLES, 2018; BERTOLAMI, 2020). 1.2 Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas O IPCC foi fundado em 1998 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização Meteorológica Mundial com o objetivo principal de reunir e fornecer informações precisas sobre as alterações climáticas, além de servir como uma referência para as negociações globais relacionadas ao assunto. A finalidade é fornecer informações úteis que possam ser usadas para a elaboração de políticas climáticas. Até agora, o IPCC é responsável pela publicação de seis relatórios de avaliação conhecidos como AR. Eles são produzidos por centenas de cientistas líderes que se oferecem como coordenadores de autores principais e autores principais dos relatórios. Estes, por sua vez, recrutam centenas de outros especialistas como autores contribuintes para fornecer conhecimento complementar em áreas específicas. Os autores dos relatórios são atualmente agrupados em três grupos de trabalho: Grupo de Trabalho I (Bases da Ciência Física), Grupo de Trabalho II (Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade) e Grupo de Trabalho III (Mitigação das Mudanças Climáticas). Isso permite que milhares de publicações anuais sejam avaliadas e resultem em resumos 13 sobre o que se sabe sobre as mudanças climáticas, seus impactos, riscos futuros e opções de adaptação e mitigação (IPCC, 2022). 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Analisar a contribuição do setor agrícola na emissão de GEE com foco no gás Dióxido de Carbono (CO2) e Metano (CH4) e comparar os dados obtidos entre Brasil e os principais emissores da atualidade. 2.2 Objetivos Específicos ● Realizar um levantamento bibliográfico sobre as emissões e impactos dos gases Dióxido de Carbono (CO2) e Metano (CH4) diretamente ligados à agricultura através de mecanismos de busca direcionados, como Google Scholar, SciELO e JSTOR. ● Realizar um comparativo entre as emissões dos gases Dióxido de Carbono (CO2) e Metano (CH4) do Brasil e principais países emissores de GEE da atualidade. 14 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Histórico e cenário climático mundial As mudanças climáticas podem ser descritas como variações no clima a nível global ou regional que se mantêm por períodos prolongados, podendo alterar o equilíbrio dos ecossistemas e que podem ter origem tanto de processos naturais, quanto da ação do homem, colaborando desta forma para o agravamento e aceleração do aumento da temperatura no planeta, impactos esses que podem durar séculos. (ARTAXO, 2020; INPE, 2020). A Terra já experimentou diversas mudanças climáticas ao longo de seus 4,5 bilhões de anos, causadas por eventos como o deslocamento das placas tectônicas, impactos com meteoros, erupções vulcânicas e variações na intensidade solar (CASAGRANDE, 2021). Estas mudanças foram tão intensas que, no passado, regiões próximas ao equador, que são consideradas as mais quentes do planeta, eram cobertas por geleiras (ALMEIDA; CARNEIRO, 1995). As mudanças climáticas podem ser causadas por uma combinação de fatores internos e externos. Segundo Silva (2009), os fatores internos incluem variabilidades nos sistemas climáticos, como vulcanismo, atividade solar e composição da atmosfera. Por outro lado, os fatores externos são resultantes da ação humana e são conhecidos como antropogênicos. No que tange o efeito estufa, este é conceituado como um fenômeno natural que ocorre quando a atmosfera terrestre repleta de gases retém a radiação solar, aquecendo a terra e permitindo com isso que haja as condições essenciais para a vida na Terra. Gases conhecidos como gases do efeito estufa (GEE) têm a capacidade de absorver parte da radiação vinda da superfície da Terra e reemitir de volta, resultando na presença de quase o dobro de energia na atmosfera em relação à quantidade recebida do Sol, tornando o clima cerca de 30ºC mais quente do que seria sem a presença destes gases (MOTA, 2018; ALBUQUERQUE, 2019). 15 A preocupação sobre a temática pela comunidade científica passou a ser reconhecida pela primeira vez no final dos anos de 1980, onde meteorologistas já começaram a associar que as ações humanas pudessem estar contribuindo ativamente com o aumento da temperatura do planeta. Estas informações baseavam- se, na época, nos resultados obtidos por modelos globais simulados por maquinas em centros de pesquisas (CASAGRANDE, 2021). Desde a criação do IPCC em 1988, a evidência de agravamento das mudanças climáticas aumentou significativamente. O IPCC tem o objetivo de reunir governos de todo o mundo para discutir questões relacionadas ao clima e coletar informações produzidas por cientistas e pesquisadores de todo o mundo. Através desse trabalho, foi confirmada a hipótese de que as alterações climáticas são realmente ocorrendo, sendo influenciadas fortemente por ações humanas. Em 1992 ocorreu no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), evento o qual demonstrou o interesse internacional para um desenvolvimento socioeconômico com o uso dos recursos naturais através de meios mais sustentáveis na economia (PEGUIM, 2020; SILVA, 2020). O quinto relatório do IPCC, publicado em 2013 (AR5), destacou que a influência humana no aquecimento global é evidente e que a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento são as principais causas do aumento da temperatura observado desde a metade do século XX (MARENGO, 2018; TAVARES, 2021). Em dezembro de 2015, a 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, conhecida como COP 21 ou "Acordo de Paris", foi realizada. O objetivo do evento era desenvolver um tratado global para a redução de emissões de CO2 a partir de 2020. Os governos participantes se comprometeram a atuar para permanecer uma temperatura média mundial abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais (1850-1900) e esforçar-se para barrar o aumento a 1.5°C. O Brasil também se comprometeu a alcançar metas de redução de emissões em sua economia como um todo. (LAL, 2016; AUBERTIN, 2021). Em agosto de 2021, o sexto relatório (AR6) foi publicado, trazendo uma análise aprofundada sobre as mudanças climáticas e comprovando as afirmações anteriores. 16 Este relatório oferece um grau mais elevado de precisão nas análises sobre o que está acontecendo e nas projeções para o futuro (ROCHA, 2021). Os dados mais recentes presentes no último relatório (AR6) de 2021 demonstram que o planeta está com uma média em torno de 1.1°C maior em comparado à média registrada entre 1850 e 1900, usada como referência de temperatura normal pois não havia ainda a interferência humana ativa no clima, e esses números continuam em progressão, como é notado na FIGURA 1. Na verdade, ao analisar as áreas continentais, é possível verificar que esse número apresenta-se ainda maior, alcançando 1.6°C comparado a 0.9°C nos oceanos. Figura 1 - O gráfico analisa a simulação de causas humanas e naturais do aquecimento global do ano de 1850 a 2020 (IPCC, 2021). Também é destacado a ligação inquestionável com os GEE, especialmente com o CO2 (dióxido de carbono), que atingiu uma concentração recorde de 410 partes por milhão (ppm) em 2019, a mais elevada dos últimos 2 milhões de anos, juntamente com a crescente concentração de CH4 (metano) e N2O (óxido nitroso), conforme destaca o IPCC AR6 (2021). 17 Segundo Rocha (2021), existe um efeito contrário ao aquecimento global causado pelo efeito estufa, no qual as partículas de poluição urbana refletem a energia do sol de volta para o espaço, causando um efeito de resfriamento. Essa redução no aquecimento global é mencionada na IPCC de 2021, com estimativa de 0.5°C de diminuição até o momento. Assim, o efeito dos aerossóis e fuligem presentes na atmosfera está disfarçando cerca de um terço do aquecimento global já ocorrido. De acordo com Santos (2022), os fenômenos climáticos intensificados como tempestades, inundações, desertificação, tufões, furacões e o derretimento das camadas de gelo dos polos, bem como o aumento do volume dos oceanos, chuvas em algumas regiões e seca em outras, são consequências do aquecimento global. Além disso, segundo Rocha (2021), nos próximos séculos, haverá efeitos irreversíveis, como o aquecimento, a acidificação e a desoxigenação nos oceânos, tendo um impacto direto e significativo na biodiversidade marinha. Segundo Moreira (2022), o elevamento do nível do mar é resultado do derretimento das geleiras polares, causando uma expansão da água marinha nas regiões costeiras. Além disso, a extinção de espécies é esperada devido às suas necessidades específicas de ambiente, devido ao aumento da radiação e do calor solar proveniente das brechas na camada de ozônio. De acordo com Spirandeli (2022), acontecimentos climáticos extremos já são registrados em todo o mundo e estão associados ao aquecimento global. Alguns exemplos incluem secas na Espanha, Austrália, Amazônia e sul do Brasil, invernos mais intensos na Ásia e Europa, ondas de calor na Europa durante o verão, ciclone Catarina no Brasil, furacões intensos e recorrentes no Atlântico Norte, entre outros. Além disso, a diminuição da qualidade do ar também é mencionada como problema ambiental, especialmente em áreas urbanas e industriais, onde os gases poluentes representam um risco para a saúde e a qualidade de vida dos habitantes. 3.2 Setor agrícola: Aspecto mundial 18 Com a crescente população mundial, estima-se que haja um aumento de 70% na produção de alimentos até 2050 para atender aos 10 bilhões de habitantes previstos (GLOBAL ENVIRONMENT FACILITY, 2019; DIAS, 2021). Além disso, com a urbanização prevista de crescer de 55% para 70%, isso impactará a produção de alimentos e os hábitos alimentares. Esses fatores combinados terão um grande impacto sobre as terras aráveis disponíveis para a produção (LOPES, 2022; SABRY, 2021). Para atender a essa demanda, estima-se que até 2050 haverá um aumento de 200 milhões de hectares nas terras aráveis, com ênfase na África Subsaariana e na América Latina (LOPES, 2022). Os países desenvolvidos e com atividades agrícolas intensas são os maiores contribuintes para as emissões de GEE. A World Resources Institute (2016) publicou um acompanhamento das emissões dos países mais responsáveis, tanto passado quanto presente. As evidências apontam que a China é o maior emissor, seguida pelos Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão. O Brasil é o sexto maior emissor anual. Nos países mais industrializados, as atividades que mais contribuem para o efeito estufa são a queima de combustíveis fósseis e atividades industriais. Já no Brasil, mais de 70% das emissões de gases estão relacionadas a mudanças no uso da terra e remoção de florestas para fins agrícolas (BRASIL, 2010). Vasconcelos (2019) explica que a mudança no uso da terra é quando se converte áreas com vegetação local para pastos ou sistemas agrícolas, resultando na queima de biomassa vegetal e mineralização da matéria orgânica do terreno. Sendo portanto um importante emissor de GEE, a mudança de uso da terra também resulta na perda da proteção natural e exposição da matéria orgânica do solo (MOS) a agentes que causam sua degradação. 3.2.1 Emissões de dióxido de carbono O CO2 é um gás natural da atmosfera, mas sua presença é insignificante em situações naturais, como erupções vulcânicas (SPIRANDELI, 2022). Das emissões que ocorrem à atmosfera, cerca de 25% do CO2 são originadas do solo, importante reservatório de carbono. Isso ocorre pois, na agricultura, o 19 cultivo do solo por meio de aração e gradagem aumenta a perda de matéri a orgânica do solo, tendo grande relação a emissão do gás com a quantidade de ruptura dos agregados e solo revolvido. (GARCIA, 2020). Além disso, imediatamente após a adição de material orgânico no solo, ocorre um aumento da população e microorganismos que, através da ação respiratória celular, elevam a emissão do CO2. (VASCONCELOS, 2019). O setor da cana-de-açúcar é um dos principais pilares da agricultura brasileira e, ao mesmo tempo, a mais utilizada fonte de energia por biomassa no país. Isso se deve à alta demanda, sendo o etanol derivado da planta o biocombustível mais amplamente utilizado (Nolêto, 2011; Pina, 2021). O processo de colheita da cana de açúcar era, tradicionalmente, iniciado com a queima das folhas. Embora seja uma prática fácil e que garante a qualidade da cana para o seu processamento, tem impactos negativos significativos na qualidade do solo das áreas cultivadas. Além de causar outros problemas ambientais, como a emissão de gases poluentes e a deposição de cinzas nas áreas urbanas, a queima também prejudica a estrutura do solo, acelerando a decomposição da matéria orgânica e comprometendo a sustentabilidade do sistema. No entanto, devido a alta pressão da sociedade e da necessidade da redução da emissão de GEE, este método vem sendo utilizado sem o uso do fogo, através da colheita mecanizada (PORTELA, 2021). Outro fator que leva a uma alta emissão de carbono é a energia gasta nas fazendas durante os procedimentos relacionados à agricultura, principalmente para realização de cultivo de culturas, colheita, aquecimento de culturas protegidas em estufas, secagem e armazenamento de culturas e bombeamento de água. Essa energia surge da combustão de combustíveis fósseis e por consequência tem a liberação dos gás carbônico para sua utilização (ROSA, 2021; FLAMMINI, 2022). Em sua pesquisa, Fammini (2022) indica que o uso de energia em fazendas é um componente importante e crescente das emissões de GEE na agricultura, correspondendo a 892 Mt CO2eq ano dentre os países analisados. Ressalta também 20 que as emissões da combustão móvel na agricultura (geralmente tratores ou outras máquinas de campo) representam uma grande parcela na maioria dos continentes. Fica evidenciado, como mostra a Figura 2, que a energia elétrica é a fonte de energia mais utilizada, seguida pelo óleo diesel e pelo carvão. Figura 2 - Demonstrativo das fontes de energia de carvão, eletricidade, óleo combustível, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, gasolina e gás natural com seus respectivos usos para obtenção de energia no mundo desde o ano de 1970 até 2019 (FLAMMINI, 2022). 21 3.2.2 Emissões de metano No solo, o metano (CH4) é obtido como resultado do processo de oxidação da matéria orgânica por microrganismos. Este gás possui grande importância devido a sua capacidade 21 vezes maior em comparação com o dióxido de carbono, pois suas moléculas possuem mais facilidade e capacidade para a absorção da luz infravermelha térmica, levando a um maior efeito de aquecimento. A emissão é principalmente causada pela queima de biomassa, aterros, cultivo em áreas alagadas, criação de animais ruminantes e uso de combustíveis fósseis (PORTELA, 2021). As emissões humanas correspondem a 64% das emissões totais de metano na atmosfera da Terra (VASCONCELOS, 2019). No sul do Brasil, o cultivo de arroz ocorre uma vez por ano e é seguido por um longo período de descanso. O Rio Grande do Sul é responsável pela maior parte da produção do arroz no Brasil, devido à presença de "terras baixas" ideais para a produção de arroz irrigado por inundação (MABONI, 2021). O cultivo de arroz irrigado mantém a área alagada intermitentemente por meses, e as condições anaeróbicas resultam na produção de metano através da decomposição de compostos orgânicos por bactérias metanogênicas. Esse metano é posteriormente transportado da camada inferior da lâmina d'água para a atmosfera, principalmente pelo parênquima da própria planta de arroz (LIMA, 2021; SONG et al, 2015). Segundo MABONI (2021), há diversas formas de reduzir as emissões de metano. Estas incluem a administração diferenciada da irrigação, melhoramentos genéticos nas plantas e drenagem eficiente na área de cultivo durante a entressafra, assim como a incorporação rápida dos resíduos de arroz após a colheita, o que acelera o processo de decomposição da matéria orgânica e, consequentemente, reduz a disponibilidade de compostos na próxima temporada de plantio. Isso foi comprovado por estudos como o de BAYER et al. (2015). 22 3.3 Políticas brasileiras para o controle da emissão de GEE: Plano ABC Desde 2004, o Brasil tem buscado controlar as queimadas na Amazônia por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que permitiu o acesso às imagens geradas por sistemas de monitoramento por satélite, permitindo que a populaçãop em geral pudesse fiscalizar os índices de desmatamento do local. Além disso, houve também a criação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) em 2004, integrando o combate ao desmatamento às políticas do Estado (SILVA, 2020). No decorrer da 15ª Conferência das Partes (COP15) que ocorreu no 5 anos após, o governo brasileiro assumiu com a meta de redução de 36,1% a 38,9% das emissões de GEE até 2020. Para tanto, foi criada a Política Nacional de Mudança do Clima por meio da Lei n° 12.187, que determina as metas de redução de emissões. No ano seguinte, o Decreto n° 7.390 instituiu o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas (Plano ABC), que prevê as ações de mitigação e adaptação climática para o período de 2010 a 2020, e estabelece os métodos para alcançar as metas da PNMC. O Plano ABC tem como objetivo permitir o financiamento para agricultores, visando aumentar as ações de mitigação de emissões de GEE, reparo de áreas degradadas, redução do desmatamento, aumento da qualidade do solo, fixação de biomassa e tratamento de resíduos. Isso é alcançado incentivando a adoção de Sistemas de Produção Sustentáveis (SPS) na agropecuária. Para atender às necessidades distintas de cada estado brasileiro, foi planejada uma proposta de incentivos para o fortalecimento da governança estadual, por meio das secretarias estaduais de agricultura. Esta proposta visa a formação de grupos gestores estaduais (GGE), que poderão elaborar seus próprios Planos Estaduais ABC (LOPES, 2022). Também é importante salientar a diferença entre o Plano ABC e o Programa ABC. O primeiro estabelece as ações, metas e monitoramento da execução dos 23 programas, enquanto o segundo é uma linha de crédito rural que permite a implementação do Plano ABC. Esse crédito fornece recursos para o setor rural e indústrias agrícolas para cobrir projetos, investimentos ou comercialização, fortalecendo assim o setor agrícola, melhorando o uso da terra e gerando renda (FERNANDES, 2019, GIANETTI, 2021). Segundo Manzatto et al. (2020), entre os anos de 2010 e 2018 foram registrados resultados positivos no que diz respeito à reparação de pastagens degradadas. Com o financiamento do programa, 3.31 milhões de hectares foram recuperados, porém, sem levar em conta o financiamento, esse número chegou a 10.44 milhões de hectares, o que representa 70% da meta de 15 milhões de hectares estabelecida. Em relação à adoção da tecnologia de integração lavoura-pecuária- floresta (iLPF), a meta foi superada em 146%, enquanto que no uso da tecnologia de plantio direto (SPD), a meta foi superada em 59%. Já no caso da fixação biológica de nitrogênio (FBN) na expansão do plantio de soja, foi correspondente a 181% da meta estabelecida. Menezes (2022) cita que, no que abrange a agricultura neste mesmo período de 2010 a 2018, o Plano ABC obteve resultados superiores ao estipulado em sua meta em dois de seus programas. No programa de Fixação Biológica de Nitrogênio - FBN alcançou 181% de sua meta, onde teve 9.97 milhões de hectares plantados. Já o programa de Sistema de Plantio Direto alcançou 125% de sua meta, obtendo 9,97 milhões de hectares plantados. E por fim o programa de Florestas Plantadas alcançou 37% de sua meta, chegando em um total de 1.10 milhões de hectares plantados (FIGURA 3). 24 Figura 3 - Demonstrativo dos dados de alcance das metas do plano ABC na agricultura brasileira do ano de 2010 à 2018 (MENEZES, 2022). De acordo com Gomes (2018), o Programa ABC foi considerado instável, possuindo oscilações importantes na quantidade de contratos de cada estado e no todo de contratos por ano safra. Além disso, em nenhum dos anos previstos os recursos disponíveis foram totalmente contratados. Isso demonstra a falta de atratividade para os agricultores, sendo necessária uma revisão das vantagens disponíveis para que haja maior adoção e, consequentemente, melhorando o atingimento das metas de redução das emissões assumidos livremente pelo país. O fato é reforçado por Freitas (2020), que cita que o acesso ao crédito pelo produtor possui dificuldades, principalmente quando se leva em conta o perfil e região das atividades agropecuárias. Destaca-se ainda as grandes exigências solicitadas, como boa elaboração dos projetos, georreferenciamento e cadastramento ambiental rural do território que será financiado, incluindo a apresentação de documentações do imóvel rural. Por fim, com a soma dos obstáculos, tem-se a falta do aceite para contratação de empréstimo, independendo do estado e regiões da federação. Apesar das dificuldades enfrentadas, o plano ABC teve sua continuidade confirmada para o período de 2021 a 2030 (Plano ABC+). Este plano apresenta uma ampliação das tecnologias disponíveis, passando de seis para nove. Entre as novas tecnologias estão o Sistema de Plantio Direto com hortaliças, a Terminação Intensiva e os Sistemas Irrigados, incluindo um destaque para os Sistemas Agroflorestais. Além disso, o plano também destaca o desenvolvimento das estratégias para nos adaptarmos à mudança climática e inclui a Abordagem Integrada da Paisagem (AIP) 25 para a administração do uso do solo em propriedades rurais, microrregiões e territórios (BRASIL, 2021). 3.4 Estratégias para redução das emissões de GEE na agricultura Para compreender as soluções relacionadas às mudanças climáticas, é preciso compreender dois conceitos. O primeiro é a adaptação às mudanças climáticas, que se refere a mudar nossos comportamentos, sistemas e, em alguns casos, até nossos estilos de vida, para proteger nossas pessoas, economias e meio ambiente dos impactos das mudanças climáticas. O segundo é a mitigação das mudanças climáticas, que entende-se por esforçar-se para evitar ou, pelo menos, diminuir as emissões de GEE na atmosfer, visando diminuir o aumento da temperatura global. Estes dois termos, embora similares, possuem diferenças que são necessárias à compreensão e obtêm caráter complementar para que as ações a serem tomadas no processo de reversão da situação climática mundial sejam alcançadas (ROCHA, 2019). Embora estudos comprovem a situação atual com relação ao aquecimento global e mesmo que as projeções futuras sejam claras, Spirandeli (2022) cita algumas barreiras às tomadas de ações. Como o caráter hipotético do aquecimento global que, levando em consideração que o cenário demonstra previsões que são lidas em gráficos e tabelas, mas que serão vividos por gerações futuras, demandam ações movidas por altruísmo daqueles que possuem poder para a tomada das decisões. Além da vida moderna, a qual precisará passar por grandes mudanças no estilo de vida. De acordo com Cintra (2020), as principais estratégias para a redução das emissões de GEE incluem a utilização de fontes de energia renovável, a elaboração de políticas públicas para prevenção ao desflorestamento e a utilização de práticas conservacionistas na agricultura. Alguns sistemas de uso e manejo do solo também podem ajudar a reduzir a emissão de GEE, tais como o plantio direto e a integração lavoura-pecuária ou lavoura-pecuária-floresta. 26 Facilitar o sequestro de carbono pelo solo mediante práticas ecológicas como agricultura de conservação, cultivo de cobertura morta e agrofloresta, se implantadas em nível global, promoveriam a redução da emissão de GEE, segurança alimentar e a recuperação de áreas degradadas (LAL, 2016). 3.4.1 Sistemas de Integração O uso de Sistemas Integrados é uma técnica de produção agropecuária que combina diferentes sistemas de produção, como agrícola, pecuário e florestal, em uma única área. Isso pode trazer vários benefícios, como melhorar a qualidade do solo, melhorar as condições de vida para os animais e aumentar a produtividade da lavoura. Existem várias combinações possíveis, incluindo o Sistema Silvicultoril ou Integração Lavoura-Floresta (iLF), o Sistema Agropastoril ou Integração Lavoura-Pecuária (iLP), o Sistema Agrossilvipastoril ou Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e o Sistema Silvipastoril ou Integração Pecuária-Floresta (iPF) (SOUSA, 2022). De acordo com Kichel (2019), sistemas de integração agropecuária são antigos e têm sido reutilizados com o objetivo de promover uma agricultura mais sustentável. Para que a sustentabilidade seja alcançada, é necessário garantir que a produção resultante seja mantida ou melhorada, sem prejudicar o meio ambiente e contribuindo com toda a sociedade. Além disso, é importante manter ou aumentar as vantagens econômicas para os produtores. Na escolha e implantação de sistemas de integração, é importante considerar diversos fatores para garantir o sucesso. Um dos principais é a análise das condições edafoclimáticas e da qualidade do solo no local. Para assegurar a eficiência dos sistemas, é fundamental que o solo possua porosidade necessária para a circulação de água e gases, e resistência adequada para o crescimento e desenvolvimento das raízes das culturas. Outro importante fator para a escolha do sistema de integração é o econômico, onde a disponibilidade de recurso econômico e tecnológico está totalmente ligado à amplitude do projeto. O sistema silvipastoril é considerado o mais econômico e prático 27 de ser implementado, já sistemas que envolvem lavoura necessitam de maiores investimentos (SOUSA, 2022). 3.4.2 Sistemas de plantio direto A técnica de Plantio Direto é uma prática conservacionista que evita a gradagem do solo durante a preparação para o plantio ou rotação de culturas. Isso previne a erosão do solo, a perda de nutrientes e portanto, a redução da produtividade (MANZATTO et al, 2019). Segundo a Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP), ([201-?]), este sistema possui três pilares: a cobertura se matem no solo (palhadas ou plantas vivas ) a ausência de agitação do solo (restrito às covas para mudas ou linha de semeadura), e a variedade de plantas no rodízio de cultivos. Com isso, ao ser comparado aos sistemas que utilizam o preparo do solo, é possível obter diversas vantagens como a recuperação da matéria orgânica, a diminuição da emissão de gases produtores do efeito estufa, da biodiversidade e da resiliência do terreno, entre outros benefícios, o que permite o progresso de uma agricultura sustentável. 3.4.3 Agricultura sintrópica A conservação e ampliação das florestas é crucial para as ações de combate ao aquecimento global, pois são responsáveis por muitos serviços ecossistêmicos, como a circulação de nutrientes, regulação do clima e da água, produção de oxigênio e acúmulo de carbono. Estes dois últimos processos acontecem através da fotossíntese, na qual compostos de carbono são absorvidos e guardados nas árvores, especialmente nas folhas, raízes, outras estruturas e madeira, liberando oxigênio para o ambiente. Dessa forma, as florestas são responsáveis por acumular uma grande quantidade de carbono gerado(SPIRANDELI, 2022). A agricultura sintrópica é considerada uma iniciativa de base natural, sendo conceituado como um sistema agroflorestal que tem a sucessão ecológica como principal estratégia, produzindo uma floresta natural a qual não utiliza de transgênicos, 28 prezando pela variedade de produtos que são cultivados, não utilizando de biocidas sintéticos ou fertilizantes e por inclinar-se à autonomia de matérias-primas de qualquer origem, já que se promete criar o próprio adubo dentro do sistema. Dessa forma o funcionamento assemelha-se ao funcionamento de uma floresta nativa, com manejo que acelera os processos naturais e potencializa a produtividade. (GATELLI, 2022). Este modelo agrícola apresenta cinco princípios de sustentação: a cobertura do solo, a maximização da fotossíntese, a estratificação florestal, a sucessão florestal e o manejo ativo do sistema (EILLS, 2021). Com a permanência das espécies no sistema por mais tempo, tem-se uma das soluções mitigadoras caracterizada pelo sequestro do carbono. Isso ocorre utilizando- se de espécies lenhosas de ciclo longo. O processo de fotossíntese realizado pelas espécies vegetais resulta no sequestro de carbono ocorrendo sua fixação na biomassa lenhosa destas espécies e fixação no solo na forma de matéria orgânica, retendo boa parte do CO2 (GATELLI, 2022). O modelo agrícola utilizado atualmente é altamente dependente de insumos externos e o sistema perde sua fertilidade conforme o tempo avança, até o solo atingir seu limite e tornar-se improdutivo, sendo inevitavelmente abandonado. Já no sistema agroflorestal sintrópico, quanto mais velho o for, mais assemelha-se a uma floresta natural e com o tempo o sistema atinge o equilíbrio, sendo capaz de se auto regular e se auto sustentar, dispensando insumos externos (GATELLI, 2022). 29 4 METODOLOGIA A estratégia inicial deste trabalho foi produzir uma pesquisa geral sobre a temática para montar um arsenal de estudos que providenciasse as informações necessárias para podermos analisar com propriedade o assunto, garantindo conclusões relevantes sobre o tema. Para tal, utilizou-se como metodologia a busca das informações originadas de artigos científicos, periódicos, trabalhos acadêmicos, dissertações, conferências e convenções as quais tratam do assunto abordado ou dessem subsídios para a construção da pesquisa. Também foi selecionado com prioridade todo conteúdo que fosse atual, levando em consideração um máximo de 5 anos desde sua publicação até o ano atual, mas não somente estes, dando também abertura para todo conteúdo que fosse relevante à pesquisa, para que desta forma as informações trazidas fossem atualizadas e coerentes com o cenário atualmente vivido. Fazendo assim, com que houvesse a contextualização das informações e atualização de alguns dados. A princípio houve a introdução conceitual dos assuntos que seriam abordados no trabalho, contextualizando sobre a temática e permitindo assim a continuidade do assunto. Posteriormente, realizou-se uma busca quanto à situação mundial no setor agrícola, para que se fosse possível compreender o papel do Brasil neste cenário e, posteriormente, compreender quais as possíveis soluções e práticas encontradas e apontadas para as problemáticas encontradas. 30 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, as emissões globais de GEE alcançaram uma média de 54,4 GtCO2e entre 2010 e 2019. Há previsão de um aumento de, pelo menos, 0,26 GtCO2e, ou 0,2%, sem considerar dados sobre o uso da terra, mudanças no uso da terra e silvicultura, os quais ainda não estavam disponíveis para as projeções. Isso indica que as emissões devem ser similares ao ano de 2021, e podem superar os anos anteriores. De 2019 para 2020 houve uma grande queda nas emissões, equivalente a 4.7%, a maior queda absoluta desde 1970, resultado obtido devido à pandemia da Covid-19, no entanto o efeito teve um curto período, com aumento contínuo posterior. Já segundo o SEEG (2021), o Brasil foi possivelmente o único país a contabilizar aumento das emissões no ano de 2020. O principal fator a explicar a elevação foi o desmatamento, em especial na Amazônia e no Cerrado. Em 2020 o setor de agricultura, silvicultura e mudanças no uso da terra foram responsáveis por 18% do total das emissões, o correspondente à 9.5 GtCO2eq (IPPC, 2021). Esse mesmo setor foi responsável pela redução das emissões em diversos países, atuando como um sumidouro líquido dos gases. Sem contabilizar as liberações e retirada de gases desse setor, as emissões totais seriam maiores em até 33% na Federação Russa, 17% nos Estados Unidos da América, 9% na Índia, e cerca de 8% na China e na União Européia. Porém, a situação não é a mesma para o Brasil e Indonésia, onde esse mesmo setor é responsável por 44% e 22% das emissões totais, como mostra a Figura 4 (UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2022). 31 Figura 4 - Tendência de emissões de GEE em alguns países no ano de 1990 a 2020, incluindo as emissões do setor de uso da terra, mudança no uso da terra e silvicultura (UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2022) 5.1 China A China é mundialmente a maior emissora de GEE, representando em 2019, 27% do total de emissões mundiais. De acordo com Larssen (2021), o país alcançou um marco em 2019, onde as emissões de GEE da China ultrapassaram o limite de 14 gigatoneladas pela primeira vez, atingindo 14.093 milhões de toneladas métricas de CO equivalente (MMt CO e), representando um aumento de 25% comparado à última década. Com esses resultados, a China conseguiu superar todas as emissões combinadas dos outros países, que juntos somam um total de 14,057 MMt CO e no mesmo ano. Em contrapartida, também é lembrado que a China é um grande país, com uma população de 1.4 bilhões de pessoas e, ao fazer um comparativo das emissões per 32 capita do país, ela permanece com níveis consideravelmente mais baixos do que as do mundo desenvolvido. No ano de 2019, as emissões per capita da China chegaram a 10.1t, sendo menores em comparação com os 17.6 toneladas/capita dos Estados Unidos, considerado o maior emissor per capita do mundo (LARSEN, 2021). O setor de agricultura neste país no ano de 2019 foi causador da emissão de 663 milhões de toneladas de CO2eq, o que é em torno de 5% do total de emissões (FIGURA 5). Figura 5 - O gráfico mostra a quantidade de emissão de GEE mensuradas em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 na China (RITCHIE, 2022). Também é possível verificar pela figura 6 o gás metano (CH4) isoladamente, mostrando que dentre os setores onde este gás foi emitido, o de agricultura foi detentor de 319 milhões de toneladas emitidas, também medidas em equivalentes de dióxido de carbono (CO2eq). 33 Figura 6 - O gráfico mostra a quantidade de emissão do gás Metano (CH4) em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 na China (RITCHIE, 2022). 5.2 Estados Unidos Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), o setor agrícola do país foi responsável pela emissão total de 635.1 MMTCO2e no ano de 2020, um equivalente a 11% do total das emissões do país, conforme é visível na Figura 7. Desses 11%, o manejo do solo foi responsável por 50% (316.2 MMTCO2e), vindo principalmente de emissões dos solos, associadas a práticas agrícolas que aumentam a disponibilidade de nitrogênio, perturbam os solos e aumentam a oxidação (por exemplo, fertilização, irrigação, drenagem, cultivo, preparo do solo, mudanças no uso da terra e deposição de esterco animal nos solos) (ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY, 2022). De acordo com os dados do Our World in Data, em 2019 os Estados Unidos teve uma emissão de 381,83 milhões de toneladas de CO2eq no setor de agricultura, como mostra a Figura 7, sendo possível verificar também que o setor de Mudanças 34 de uso da terra e silvicultura foi causador de um sumidouro de 230,21 milhões de toneladas de CO2eq. Figura 7 - O gráfico mostra a quantidade de emissão de GEE mensuradas em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 nos Estados Unidos (RITCHIE, 2022). Também é possível verificar pela Figura 8 o gás metano (CH4) isoladamente, mostrando que dentre os setores onde este gás foi emitido, o setor de agricultura foi responsável pela emissão de 202.14 milhões de toneladas, também medidas em equivalentes de dióxido de carbono (CO2eq). 35 Figura 8 - O gráfico mostra a quantidade de emissão do gás Metano (CH4) em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 nos Estados Unidos (RITCHIE, 2022). 5.3 Brasil No Brasil o cenário se mostra um pouco diferente quando comparado aos países anteriores. De acordo com os dados do Our World in Data, em 2019 o país foi o causador da emissão de 504.27 milhões de toneladas de CO2eq no setor de agricultura, sendo este o principal setor nas emissões. Quanto ao setor de Mudanças de uso da terra e silvicultura, diferentes dos outros países onde atuava como sumidouro das emissões, no brasil ocorre o efeito contrário e, além disso, também é o segundo maior responsável pelas emissões, contribuindo com um total de 394.37 milhões de toneladas de CO2eq, como mostra a Figura 9. 36 Figura 9 - O gráfico mostra a quantidade de emissão de GEE mensuradas em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 no Brasil (RITCHIE, 2022). Também é possível verificar pela figura 10 o gás metano (CH4) isoladamente, mostrando que dentre os setores onde este gás foi emitido, o setor de agricultura foi responsável pela emissão de 68.52 milhões de toneladas, também medidas em equivalentes de dióxido de carbono (CO2eq). 37 Figura 10 - O gráfico mostra a quantidade de emissão do gás Metano (CH4) em equivalente de carbono (CO2eq) nos diferentes setores no ano de 2019 no Brasil (RITCHIE, 2022). Já a estudo do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) de 2020, feita pelo Observatório do Clima com a ajuda das organizações IMAFLORA, IPAM, ICLEI e IEMA repassa informações um pouco diferentes das usadas para comparativos mundiais. Isso ocorre pois o SEEG reporta as emissões líquidas, que são a métrica adotada pelo governo federal, mas prefere, por padrão, expressar os dados nacionais em emissões brutas. De acordo com o SEEG (2020), no ano de 2019 o setor agropecuário foi o responsável por emitir 598,7 milhões de toneladas de CO2eq, sendo 61.1% relacionado à fermentação entérica, 32.2% de manejo do solo. Também foi contabilizada nestes dados referentes ao setor de agricultura a calagem, antes estabelecida no setor de mudança de uso da terra, sendo somada às emissões da agropecuária no Quarto Inventário Nacional, alterações que foram adotadas pelo SEEG, no subsetor de solos manejados. Os outros subsetores, como o cultivo de arroz irrigado, queima de resíduos agrícolas e manejo de dejetos animais em especial da 38 palha da cana-de-açúcar, são responsáveis pelos 6,7% restantes das emissões nacionais do setor de agropecuária para 2019. O setor de Mudanças do uso da terra e floresta apresenta diferenças de dados entre o SEEG e o Our World in Data. Isso ocorre pois SEEG dá prioridade às emissões brutas, tornando este setor o principal emissor GEE no país. Em relação às emissões líquidas, é responsável por 363 milhões de toneladas de CO2e e 968 milhões de toneladas de emissões brutas em 2019. A maioria das emissões brutas (93%) é causada por mudanças de uso da terra, com 87% (841 MtCO2e) destas emissões vindo do desmatamento da Amazônia (SEEG, 2019). As fontes de remoção de carbono no setor agropecuário (florestas plantadas, pastos bem manejados, lavouras sob sistema de plantio direto e sistemas integrados Lavoura-Pecuária-Floresta) também é comparada com às fontes emissoras (pastos degradados e lavouras sob sistema de plantio convencional), como mostra na Figura 11. Nesta comparação, nota-se um aumento de 1% de 2018 para 2019. Essa diminuição na remoção de carbono foi ocasionada devido a elevação das emissões vindas de lavouras sob sistema de plantio convencional e pastos degradados, de 0.4% e 3.8%. 39 Figura 11 – Balanço das fontes de emissão e remoção para o cálculo da quantidade de carbono no solo em 2019 (SEEG, 2019). 40 6 CONCLUSÕES Conclui-se portanto que o aquecimento global persiste avançando e possui consequências diretas na agricultura, como citado por Assis (2021). Com o aumento da temperatura global haverá uma maior dificuldade na previsibilidade do clima e serão necessárias novas adaptações ambientais e geográficas para o plantio de algumas culturas. Isso aliado ao grande aumento da demanda de alimentos prevista para os próximos anos poderá trazer grandes dificuldades, tanto na disponibilização dessa demanda, como nas práticas de redução das emissões. A análise revelou também que as emissões de gases estufa estão relacionadas ao Produto Interno Bruto (PIB) dos países. Isso é evidente ao observarmos os EUA e a China, que possuem os maiores PIBs do mundo e são os maiores emissores de GEE. O Brasil ocupa a sétima posição entre as regiões com maior emissão. No entanto, ao contrário de outros países, tem uma emissão significativamente maior quando se somam os setores de agropecuária e mudanças no uso da terra e floresta. Isso é principalmente devido ao fato de que o setor de mudanças no uso da terra e floresta ser amplamente visto como um sumudouro em outros países, enquanto no Brasil é o setor com a maior emissão bruta.. Quando se trata de reduzir as emissões na agricultura, estratégias como florestas plantadas, lavouras sob sistema de plantio direto, pastos bem gerenciados e sistemas integrados têm resultados positivos na mitigação dos gases, mas para alcançar resultados ainda maiores, é preciso reduzir as fontes emissoras como lavouras sob sistema de plantio convencional e pastos degradados, que ainda estão em crescimento. 41 REFERÊNCIAS ALMEIDA, F. F. M. de; CARNEIRO, C. D. R. Geleiras no Brasil. Ciência Hoje, v. 19, n. 112, p. 24-31, 1995. ALBUQUERQUE, A.; COSTA, J.; SARAIVA J.; LIÇA J. Ambiente e recursos naturais. In Alterações Climáticas – Boas Práticas de Engenharia. Ordem dos Engenheiros, Lisboa, Portugal, Tema 5, p. 106-136, 2019. 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