RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta Tese será disponibilizado somente a partir de 30/09/2021. Unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Faculdade de Ciências e Letras Campus de Araraquara - SP VIVIAN GREGORES CARNEIRO LEÃO SIMÕES LITERATURA TÉCNICA DE INSTRUÇÃO: ANÁLISE DE CASO DAS ARTES METRICAE ARARAQUARA 2019 VIVIAN GREGORES CARNEIRO LEÃO SIMÕES LITERATURA TÉCNICA DE INSTRUÇÃO: ANÁLISE DE CASO DAS ARTES METRICAE Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Ciências e Letras – Unesp/Araraquara, para obtenção do Título de Doutora em Estudos Literários. LINHA DE PESQUISA: História literária e crítica ORIENTADOR: Prof. Dr. João Batista Toledo Prado BOLSA: Capes/CNPq ARARAQUARA 2019 VIVIAN GREGORES CARNEIRO LEÃO SIMÕES LITERATURA TÉCNICA DE INSTRUÇÃO: ANÁLISE DE CASO DAS ARTES METRICAE Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Ciências e Letras – Unesp/Araraquara, para obtenção do Título de Doutora em Estudos Literários. LINHA DE PESQUISA: História literária e crítica ORIENTADOR: Prof. Dr. João Batista Toledo Prado BOLSA: Capes/CNPq Data da Defesa: 30/09/2019 MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA: PRESIDENTE E ORIENTADOR: Prof. Dr. João Batista Toledo Prado Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus Araraquara. MEMBRO TITULAR: Prof. Dr. Brunno Vinícius Gonçalves Vieira Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus Araraquara. MEMBRO TITULAR: Prof. Dr. Marcos Martinho dos Santos Universidade de São Paulo – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo. MEMBRO TITULAR: Prof. Dr. Matheus Trevizam Universidade Federal de Minas Gerais – Faculdade de Letras, Belo Horizonte. MEMBRO TITULAR: Prof.ª Dr.ª Charlene Martins Miotti Universidade Federal de Juiz de Fora – Faculdade de Letras, Juiz de Fora. Local: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Letras UNESP – Câmpus de Araraquara À Vitória, minha luz! AGRADECIMENTOS Ao professor Dr. João Batista Toledo Prado, orientador e amigo desde os tempos da Iniciação Científica, pela confiança e paciência, pela leitura atenta e devolução de todos os meus textos sempre profusamente anotados, especial gratidão; À Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus Araraquara (FCL/UNESP - Araraquara), pela eficiente estrutura e competente corpo docente, a que devo toda a minha formação acadêmica; À Universidade Federal de Roraima pela oportunidade de crescimento na carreira acadêmica; Aos professores Dr. Brunno Vinícius Gonçalves Vieira, da FCL/UNESP-Araraquara, Dr. Marcos Martinho, da FFLCH/USP, Dr. Matheus Trevizam, da FALE/UFMG, e Dr.ª Charlene Martins Miotti, da FALE/UFJF, por prontamente aceitarem o convite à leitura deste trabalho, pela disposição ao diálogo e pelas valiosas contribuições para a versão final da Tese. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001 A Deus, por minha família! “Sem amor, eu nada seria!” Aos meus amados pais, Almir e Maria José, por serem o meu porto-seguro, exemplo inspirador de amor, generosidade e fé. Tudo devo a vocês. À minha muito doce irmã, Bruna, por tudo, sempre. Por você, o meu maior esforço para ser o melhor dos exemplos. Ao meu marido, Daniel, por toda nossa linda história e por todas as nossas conquistas recentes e futuras. À Vitória, minha filha! Com ternura e saudades, àqueles que comemoraram comigo o meu ingresso na Pós-graduação, mas não puderam presenciar a conclusão deste trabalho: Vô Valdo, Vó Rosa e Vó Teresa. Aos amigos, poucos, mas bons!, daqui, de lá e por aí!, cujo carinho e apreço só fortalece a distância: Nikita e Mônica; Daniela; Daniel; Raquel; Larissa; Henrique e Tatiana; Fábio, Charlene e Carlos Renato; Eliabe, Fabrício, Sheila e Ancelma; Auzenda Paula. Às boas pessoas que encontrei pelo caminho: funcionárias da Biblioteca e da Seção Técnica de Pós- Graduação da UNESP-FCLAr; James; Isabela; funcionários do Departamento de Recursos Humanos, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e da Coordenação de Curso de Letras da UFRR; Eduardo. Habet enim metrorum inter se ratio summam in cognoscendo voluptatem, qua et veterum sub quacumque lege tradita celeriter comprehendere et multa ipsi aemulante studio nova concipere animo atque informare possimus. Ita enim metrorum, quae ex origine noscenda e prototypis novem profluunt, inter se varietas multiformis et de praefinito veluti quorundam seminum numero innumerabilis copia est, ut ille loculus Archimedius e quattuordecim crustis eburneis, nunc quadratis, nunc triangulis, nunc ex utraque specie varie figuratis, [et] velut quibusdam membris artis struendae causa compositus proditur. A disposição dos metros entre si traz, de fato, um imenso prazer ao ser compreendida e, por meio dela, podemos tanto entender rapidamente aquela que foi ensinada sob todos os tipos de regras dos antigos, quanto conceber e dar forma a muitas novas, através de um trabalho capaz de rivalizar com o deles. Há, pois, uma variedade formal dos metros entre si que deriva desde uma origem que deve ser estudada a partir dos nove protótipos e uma quantidade inumerável deles, oriunda de um número predefinido como o daqueles embriões de metro, assim como aquela caixinha de Arquimedes feita de quatorze lâminas de marfim que se mostra ora com quadrados, ora com triângulos, ora com ambas as figuras, montadas de várias formas e como que confeccionadas para ensinar aquela arte por meio de certas peças. Élio Aftônio, GL VI, p. 100 RESUMO Os escritos técnicos antigos contemplam uma enorme variedade de textos bastante heterogêneos quanto a conteúdo e estilo. Esse conjunto de textos que veiculam conhecimentos com alto grau de especificidade e têm objetivo didático, vem, recentemente, despertando interesse não apenas pelos conteúdos difundidos por essas obras, mas para a forma de que se revestem, no intuito de entendê-los como “literatura”. Não há dúvida de que nos textos técnicos a atenção está voltada, principalmente, para a transmissão de instruções, ou, nos termos de Jakobson, para o seu valor referencial, entretanto, é equivocado dizer que todos eles dispensem qualquer pretensão estilística. Ao contrário, em tais obras ditas “interessadas” é possível encontrar mecanismos de linguagem mobilizados deliberadamente para o enriquecimento da trama textual e é possível dizer que muitos dos recursos linguísticos empregados nos textos técnicos antigos têm origem, essencialmente, nos conceitos mais importantes da retórica e oratória antigas. Aquelas Artes grammaticae cujo escopo principal é a matéria métrica e a formação dos versos latinos, isto é, as Artes metricae, são um caso ainda mais particular dentro do conjunto de textos técnicos antigos, seja por originalmente servirem à melhor compreensão dos poetas, seja por tratarem da própria matéria poética, métrica e versificação, ou ainda pela singularidade de seu público, versado nas artes gramaticais e interessado pelas “belas letras”. Ao delimitar o gênero “literatura técnica” na Antiguidade Clássica latina e investigar as origens das artes gramaticais, especialmente das que se dedicam ao estudo da métrica clássica, o presente trabalho pretende, a partir da análise do córpus, debater a pertinência desses tratados técnicos antigos no rol das obras literárias produzidas na Roma Antiga na medida em que: 1) apresentam literariedade, isto é, a preocupação com o aspecto formal do texto, não apenas com o conteúdo a ser transmitido; 2) aplicam os referidos princípios da Retórica Clássica, postulados por Cícero, no diálogo De oratore, nos manuais de retórica De inventione, obra anterior do próprio Cícero, e na Rhetorica ad Herennium, de autor desconhecido, e pelos tratados de retórica de Aristóteles e Quintiliano. O córpus de análise selecionado para a presente investigação é o tratado técnico métrico acerca das modalidades técnicas métricas para a composição artística de poemas, Marii Victorini Artis Grammaticae Libri IIII, Os Quatro livros de Mário Vitorino sobre a Arte Gramatical, cuja autoria fora atribuída ao renomado rétor romano do séc. III Caio Mário Vitorino, e ao gramático romano Élio Aftônio sobre quem pouco se sabe. PALAVRAS-CHAVE: Literatura técnica; literariedade; Retórica Clássica, Artes grammaticae; Mário Vitorino; . ABSTRACT The ancient technical writings offer a great variety of different texts both in terms of content and style. This miscellany that provides a high specialized knowledge and aims clearly at a didactic goal has recently been calling attention not only by its content but also by the form they display in order to be understood as “Literature”. Without question the attention devoted to passing on instructions in the technical texts is their main purpose or, according to Jakobson, the attention devoted to their referential function. However, it is misconceived to say they forgo any stylistic aspiration. On the contrary, in such specific works it is possible to find a series of language mechanisms deliberately used for the enrichment of the texts. It is possible to say that many of the language resources applied in the technical texts have their origin essentially in some of the most important concepts from ancient rhetoric and oratory. Those Artes grammaticae whose main theme is metrics and the formation of Latin verses, i.e., the Artes metricae, are an even more particular case within the miscellany of ancient technical texts, be it for originally discussing poetry or leading to a better understanding of poets, be it for the singularity of its audience, experienced in the grammar arts and interested in belles-lettres. The present work aims at stablishing the genre “technical literature” in the Classic Latin Antiquity and at investigating the origins of the grammar arts, especially those concerning the study of classical metrics and yet, starting from the analysis of the corpus, to discuss the relevance of ancient technical treatises among literary works produced in Ancient Rome since they 1) possess literary value, it means, the concern with the formal aspect of texts and not only the content to be transmitted; 2) apply principles from Classical Rhetoric postulated by Cicero, in De oratore and in Da inventione, by the rhetoric treatises of Aristotle and Quintilian and by the work Rhetorica ad Herennium, from unknown author. The selected analysis corpus is the metric technical treatise about the metric technical modes to the artistic composition of poems, the work Marii Victorini Artis Grammaticae Libri IIII, whose authorship had been attributed to the renowned Roman rhetorician of the third century, Gaius Marius Victorinus, and to the Roman grammarian Aelius Aphthonius about whom little is known. KEYWORDS: Technical Literature; literary value; Classical Rhetoric; Artes grammaticae; Marius Victorinus and Aelius Aphthonius. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SEÇÕES DOS MARII VICTORINI ARTIS GRAMMATICAE LIBRI IIII LI Liber primus de Orthographia et de Metrica ratione [LI D. Voc.] De Voce [LI D. Litt.] De Litteris [LI D. Orthog.] De Orthographia [LI D. Syll.] De Syllabis [LI D. Enunt. Littm.] De enuntiatione Litterarum [LI D. Syllm. Nat. et Conex.] De Syllabarum natura et conexione [LI D. Ped.] De pedibus LII Liber secundus de prototypis speciebus nouem [LII D. Dac. M. ] De dactylico metro [LII D. Chor. M.] De choriambico metro [LII D. M. Proc.] De metro proceleumatico LIII Liber tertius de coniunctis inter se et mixtis metris pragmaticus [LIII Des. Num. quae Metm. Mult. Red.] [Desumma numeri quae metrorum multiplicatione redigitur] AUTORES E OBRAS AEL. Ser. Ver. R. Ver. C. Ver. A. Anonymi Epici et Lyrici Serioris aetatis uersus. Versus reciproci Versus aeui Catullian Versus aevi Augustei Bass. Carm. Metr. C. Caesius Bassus Carmen De metris, fragmenta Hom. Il. Od. Homerus. Ilíada Odisseia Hor. Ars Carm. Ep. Epod S. Saec. Ser. Q. Horatius Flaccus. Ars Poetica Carmina Epistulae Epodi Sermones Carmen Saeculare Sermones Ter. Maur. Terentianus Maurus De litteris, De Syllabis, De Metris. Verg. A. Ecl. G. P. Vergilius Maro. Aeneis Eclogae Georgica SUMÁRIO ESCLARECIMENTOS 12 APRESENTAÇÃO 14 PARTE A - OS TEXTOS TÉCNICOS DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 28 I. Sobre a definição de literatura técnica 29 I.1. O conhecimento gramatical na Antiguidade Clássica 39 II. Antecedentes gregos e desenvolvimentos romanos 42 II.1. A influência da língua grega no desenvolvimento da linguagem técnica em Roma 48 II.2. Lições de tradução: sobre a transformação do conhecimento do grego ao latim 53 II.3. A Prosa técnica gramatical na Roma antiga: as Artes grammaticae 56 II.3.1. Da origem da gramática e do ensino gramatical 56 II.3.2. Dos grammatici 66 II.3.3. Do início da gramática em Roma 71 II.3.4. Da reflexão sobre a escrita além da gramática: a métrica 80 II.3.5. Da literatura técnica gramatical e a transmissão textual 83 II.4. As Artes Metricae: o volume VI da obra de Heinrich Keil 86 II. 4. 1. Apresentação: fortuna crítica 86 II. 4. 3. Apresentação: córpus 90 PARTE B - ANÁLISE DE CASO. A Ars Metrica de Élio Aftônio e Mário Vitorino 92 III. Principais características dos textos técnicos antigos 93 III. 1. Características lexicais 95 III.1.1. Uma proposta de definição para “linguagem técnica” 101 III.1.2. Constituição do vocabulário técnico 112 III.1.2.1. Fatores linguísticos e extralinguísticos 114 III.1.2.2. Autor, leitor e obra: implicações no vocabulário técnico 118 III.1.2.2.1. Relação entre termos técnicos e as palavras do discurso cotidiano: coocorrência e mudança semântica 128 III.1.2.2.2. Problemas com variáveis terminológicas 134 III.1.2.3. Processos de constituição e atualização do vocabulário técnico 138 III.1.2.3.1. Empréstimos lexicais 139 III.1.2.3.2. Formação de novas palavras 160 III.1.3. Padronização e estabilidade da terminologia técnica 166 III.2. Características morfossintáticas 177 III.2.1. Os exempla no tratado técnico Marii Victorini Artis Grammaticae Libri IIII 178 III.2.1.1. III.2.1. Mecanismos morfossintáticos das listagens de exempla e os exempla ficta no tratado técnico Marii Victorini Artis Grammaticae Libri IIII 178 III.3. Características semânticas e estilísticas 200 III.3.1. Proêmios e preâmbulos 201 III.3.1.1. Proêmios dos textos técnicos antigos 201 III.3.1.2. Teoria antiga sobre os proêmios 204 III.3.1.3. Análise 206 III.3.2. Clareza e brevidade 209 III.3.2.1. Sistematicidade, clareza e brevidade nos textos técnicos antigos 209 III.3.2.2. Teoria antiga sobre clareza e brevidade 213 CONSIDERAÇÕES FINAIS 215 BIBLIOGRAFIA 219 VICTORINI ET APHTHONII EXCERPTA 234 VICTORINI ET APHTHONII CONCORDANTIAM 327 12 ESCLARECIMENTOS O presente trabalho adota o ponto de vista defendido por Keil (1961, xx), Hadot (1971, pp. 61-70) e Marioti (1967, pp. 50-62) a respeito da dupla autoria da obra Marii Victorini Artis Grammaticae Libri IIII. Segundo análise dos autores e investigação anterior empreendida por esta mesma pesquisadora (SIMÕES, 2014), obra gramatical que leva o nome do gramático e rétor do final do século III d.C. e início do século IV d.C., Mário Vitorino, e é a ele tradicionalmente atribuída, é, na verdade, produto da fortuita junção entre a Ars Grammatica de Mário Vitorino e o tratado De metris do gramático Élio Aftônio, contemporâneo a Vitorino, sobre quem há ainda hoje poucas informações. De acordo com Hadot (1961, p. 68) e Mariotti (1971, p. 50) essa é a hipótese mais verossímil para a evidente quebra sintática e semântica que existe dentro do capítulo De syllabis, no primeiro livro da Ars – que corresponde à página 31, linha 17, da edição de Keil –, e explicação mais aceita também para outros traços presentes na obra indicadores dessa dupla autoria, tais como a descontinuação no desenvolvimento do capítulo De syllabis, a substancial alteração na progressão da exposição dos conceitos gramaticais e métricos e o emprego da palavra igitur, dentre outras examinadas pelos pesquisadores. Para Hadot (1961, p. 68) e Mariotti (1971, p. 50), a confusão entre as duas obras seria proveniente do acaso, consequência provável de um erro de copista. De acordo com as análises dedicadas à composição do tratado técnico e exames dos manuscritos remanescentes, o trecho inicial e o trecho final do grande volume, nos quais estão expostos os princípios da arte métrica e a doutrina métrica do poeta Horácio, respectivamente, são atribuídos a Vitorino e correspondem aos intervalos das páginas p.1 a p. 31 e p. 173 a p. 185 dos Grammatici Latini (GL) de Keil, já o intervalo das páginas p. 31 a p. 173 é, pelos pesquisadores acima mencionados, atribuído a Aftônio. Essa lacuna certamente remonta ao século IV, já que Rufino de Antioquia menciona como sendo de Vitorino trechos da obra de Aftônio (HADOT, 1971, 68). Assim, ainda que esta pesquisadora, consoante Keil (1961, xx), Hadot (1971, pp. 61-70) e Marioti (1967, pp. 50-62), reconheça a dupla autoria do tratado técnico sobre métrica clássica Marii Victorini Artis Grammaticae Libri IIII, para efeito de delimitação de córpus1, neste trabalho considerar-se-á a obra em sua totalidade, isto é, a edição presente no volume VI 1 Por padrão neste trabalho, estabeleceu-se a grafia aportuguesada para a palavra latina corpus sugerida pelo orientador da pesquisa, João Batista Toledo Prado, que trata sobre a questão no artigo PRADO, J. B. T. Por uma normalização ortográfica de palavras latinas incorporadas ao português. Cadernos de Letras da UFF , v. 35, p. 37- 48, 2008. 13 Scriptores Artis Metricae do GL de Keil (1961), como texto-fonte; buscar-se-á também distinguir, se de Vitorino, se de Aftônio, a autoria de cada uma das passagens analisadas. A respeito da gravura que ilustra, não por acaso, a capa do trabalho, trata-se de uma representação linear do quebra-cabeças geométrico de Arquimedes de Siracusa (287-212 a.C.) descrito em fragmentos de um tratado que leva o nome Stomachion e é o mais antigo quebra- cabeças matemático conhecido. Este jogo também é chamado de loculus Arquimedes (caixinha de Arquimedes ), consiste em 14 peças planas poligonais que reunidas formam um quadrado, e podem combinar-se de formas infinitas reconstituindo o quadrado original ou muitas outras figuras como um elefante, um barco, uma espada, uma torre, como hoje se faz com os tangrans. As inúmeras possibilidades de combinação entre as peças levaram os antigos a associarem o problema de Arquimedes às regras de composição métrica de textos, tanto da poesia como da prosa antigas descritas e normatizadas pelos tratados técnicos sobre métrica antiga, como os Marii Victorini Artis Grammaticae Libri IIII. O primoroso arranjo das longas e breves e do número finito de pés e metros do latim fazem nascer múltiplas combinações para a elaboração textual, por isso foram associadas ao Stomachion de Arquimedes por Ausônio, Césio Basso, Atílio Fortunaciano e por Aftônio, em trecho do córpus de análise que serve a epígrafe do presente trabalho. 215 CONSIDERAÇÕES FINAIS A constituição de uma terminologia própria marca, em toda ciência, o advento ou o desenvolvimento de uma conceitualização nova, assinalando, assim, um momento decisivo de sua história. Poder-se-ia mesmo dizer que a história particular de uma ciência se resume na de seus termos específicos. Uma ciência só começa a existir ou consegue se impor na medida em que faz existir e em que impõe seus conceitos, através de sua denominação. (BENVENISTE, 1989, p. 252. In KRIEGER, 2000, p. 210) Ao mesmo tempo em que a utilização de termos técnicos inequívocos, que trabalham em função da clareza e objetividade do texto, e dos monorreferenciais, que também contribuem para dirimir as ambiguidades do texto técnico, termos que caracterizam a linguagem especializada, o vocabulário técnico que se destaca pela alta precisão semântica é um dos principais fatores responsáveis por garantir a univocidade e a estabilidade da terminologia de uma dada τέχνη. Se, por um lado, a manutenção de uma terminologia técnica uniforme, por constituir um padrão para os estudos e descrições, é necessária para a construção e propagação do conhecimento técnico, não se pode negar que não é apenas o uso da linguagem comum que está sempre em movimento, como afirma Varrão276, mas também a linguagem técnica passa por esse movimento. No discurso metalinguístico antigo, por exemplo nas obras de Varrão, Quintiliano, Donato e Diomedes, deu-se o alvorecer das discussões sobre o uso e variação da linguagem que tanto despertam o interesse do pensamento linguístico moderno. No que diz respeito à literatura técnica antiga, tais discussões são matizadas principalmente em função da terminologia técnica em toda sua complexidade, o que tentamos, neste trabalho, esquadrinhar, com o olhar voltado, num primeiro momento, para a terminologia das Artes metricae, propondo-lhe uma definição e examinando os processos que favoreceram a sua constituição, bem como aqueles outros que a atualizaram, ampliaram, enriqueceram e modificaram ao longo dos tempos. Ainda assim, acerca dos aspectos lexicais dos textos técnicos produzidos pela Antiguidade Clássica que versam sobre métrica, há um imenso território inexplorado. Apenas por meio de uma abordagem meticulosa que observe atentamente as particularidades de cada tratado antigo sobre a métrica clássica, mas que também os considere inseridos em seu conjunto, isso é, como integrantes do grande córpus das artes metricae que se 276 Consuetudo loquendi est in motu, “o hábito de fala está em [perpétuo] movimento”, escreveu Varrão no seu De lingua latina, Liber IX, XI. 17. 216 formou ao longo de séculos, é que será possível verificar questões mais intrincadas como a manutenção e o impacto das variações e dos processos de atualização da terminologia métrica nos tratados antigos que buscavam descrever essa τέχνη, bem como nos estudos modernos sobre a métrica clássica, dos quais derivam ainda questões outras que desviam a atenção do dinamismo lexical para, por exemplo, os problemas de tradução da linguagem técnica. Desse modo, além de trazer para o domínio da métrica clássica as discussões em torno da terminologia técnica antiga, levadas a cabo pelos pesquisadores aqui citados, a contribuição que o presente trabalho pretende deixar para os modernos estudos sobre a métrica antiga é uma Concordantia, com as principais noções e conceitos acerca da métrica clássica expressos pelos termos técnicos empregados por Vitorino e Aftônio, autores dos Quatro Livros de Mário Vitorino sobre a Arte Gramatical. Excertos da obra gramatical de Vitorino e Aftônio foram também submetidos à análise morfossintática que procurou evidenciar que aquela que é considerada a principal característica dos textos técnicos, a saber, a sua terminologia (FÖGEN, 2009, p. 16), não opera sozinha em favor da comunicação especializada, pelo contrário, a estrutura textual das obras voltadas para a difusão do conhecimento técnico são revestidas de complexos mecanismos mobilizados pelos autores para dotar as suas obras de clareza e objetividade. Se, à primeira vista, tais características pareçam ter como principal motivação a transferência de conhecimento técnico- científico e finalidade didática, apenas com uma verificação mais atenta dos expedientes textuais a que os autores técnicos recorrem para a elaboração de seus tratados é possível constatar que tais mecanismos linguísticos não servem apenas à função referencial de que os textos técnicos antigos estão impregnados, mas, pelo contrário, segundo Fögen (2011, p. 453) não se pode afirmar que uma prosa mais artística não seja de modo algum praticada na literatura técnica antiga. O bom estilo é ainda uma questão para muitos escritores técnicos; e não se poderia afirmar que eles não se preocupam com as formas com as quais eles apresentam o seu material (FÖGEN, 2011, p. 543) Vale dizer que se há controvérsias a respeito do papel que desempenham os escritores frente a sua arte, no que diz respeito à gramática e a métrica, essas questões têm menor peso uma vez que os textos eram escritos por gramáticos, metricistas, retóricos, sobre os quais já se falou no início deste trabalho. Sobre as artes grammaticae, restam as questões relativas ao seu público leitor e finalidade: como compêndio de conhecimentos ou como manual para fins didáticos em sala de aula. 217 O único que pode construir uma ponte para o acesso do leitor não-especialista ao vocabulário especializado é o autor, que se vale de mecanismos discursivos para tornar palatável a linguagem técnica, e adoçar o amargo sabor da ciência (alusão à famosa formulação de Lucrécio), por meio, por exemplo, de adendos, digressões que esclareçam a matéria examinada e, principalmente, de explicações acerca do vocabulário técnico. Tais expedientes, entretanto, não pertencem ao campo instituído do vocabulário, mas ao plano de expressão, isto é, concerne às características pragmáticas e estilísticas do texto que examinam o modo como os autores se apropriam do conteúdo e entregam-no de volta ao seu público leitor. Como este trabalho vem ressaltando, são poucos os estudos que voltam o olhar para o texto técnico como objeto linguístico e literário, suas características, nuanças, construções particulares; grande parte das investigações modernas examinam tais textos pela perspectiva de seu conteúdo e conhecimentos por eles transmitidos: Pesquisas sobre linguagens e textos técnicos ganharam um novo renascimento nos últimos anos. Apesar de algumas publicações inovadoras, é difícil ignorar o fato de que ainda há uma grande quantidade de trabalho pioneiro a ser feito. Isso inclui até algumas ferramentas básicas, como edições, traduções e comentários, uma vez que muitos tratados técnicos gregos e romanos ainda não estão acessíveis de forma a satisfazer os padrões modernos. Para os estudiosos que estudam esses textos, será indispensável uma abordagem interdisciplinar e o conhecimento de uma variedade de línguas [...] (FÖGEN, 2011, p. 461).277 O presente trabalho pretende constituir uma contribuição ao estudo dos textos técnicos, mais especificamente daqueles que se dedicam à descrição dos metros latinos, que perfazem o córpus desta investigação, pertencentes ao grande conjunto das Artes grammaticae, sua história, características e fontes. 277 Cf. Fögen (2011, p. 461): “Research on ancient technical languages and texts has seen a welcome revival in recent years. Despite some ground breaking publications it is hard to overlook the fact that there is still a great deal of pioneering work to be done. This includes even some basic tools such as editions, translations and commentaries, since many Greek and Roman technical treatises are not yet accessible in a way that satisfies modern standards. For scholars studying these texts, an interdisciplinary approach and the knowledge of a variety of languages (including non-Indo-European ones such as Arabic for areas like ancient medicine) will be indispensable”. 218 BIBLIOGRAFIA I. Do córpus DAHLMENN, H. Zur Ars grammatica des Marius Victorinus. Mainz/Wiesbaden: Verlag der Akademie der Wissenschaften und der Literatur in Kommission bei Franz Steiner Verleger GMBH, 1970. HADOT, P. Marius Victorinus: Recherches sur sa vie et ses oeuvres. Paris: Études augustiniennes, 1971. KEIL, H., (KEILII, H.) Grammatici Latini: Scriptores Artis Metricae. Leipzig: Georg Olms Verlagsbuchhandlug, 1961 LUQUE MORENO, J. Presentación. Scriptores latini de re metrica. Concordantiae -Indices. Granada: Universidad de Granad/Departamento de Filologia Latina, 1987. MARIOTTI, I. Marii Victorini Ars Grammatica. Introduzione, texto critico e commento a cura di Italo Mariotti. Firenze: Felice Le Monier, 1967. VITORINO, (VICTORINUS). Marii Victorini Artis Grammaticae Libri IIII. In: KEIL, H. (KEILII, H). Grammatici Latini, vol. VI: Scriptores Artis Metricae. Leipzig: Georg Olms Verlagsbuchhandlung, 1961, 6 v. Bases de dados Corpus de textes linguistiques fondamentaux. Publication em lingne de 99 ouvrages importants (145 volumes, 807 textes) de la linguistique (sous la forme de base de données et outillée). Site: http//ctlf.ens-lyon.fr. Corpus grammaticorum Latinorum. Accès aux sources grammaticales de la Latinité tardive: recherche, parcours textuels et bibliographie. Endereço eletrônico: http://htl2.linguist.jussieu.fr:8080/CGL/text.jsp. Grand Corpus des grammaires françaises, des remarques et des traités sur la langue (XIVe - XVIIe siècles), sous la direction de B. Colombat, J.-M Fournier et W. AyresBennett. Classiques Garnier Numérique. II. Bibliografia geral AGUILAR, David Paniagua. El Panorama Literario Técnico-Científico En Roma/ Et Docere Et Delectare. Ediciones Universidad, Salamanca, 2006. ALEXANDRE JUNIOR, Manuel. Introdução. In: ARISTÓTELES [384-322 a.C.]. Retórica. 2 ed., revista. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2005. ALLAN, Willian. History, genre, text. In: Classical Literature. A very short introduction. Oxford: Oxford University Press, 2014. http://htl2.linguist.jussieu.fr:8080/CGL/text.jsp 219 ARISTÓTELES [384-322 a.C.]. Retórica. 2 ed., revista. Trad. de Manuel Alexandre Jr., Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2005. ARISTÓTELES. Poética: tradução, prefácio, introdução, comentário e apêndices de Eudoro de Sousa. Trad. Eudoro de Sousa. 5 ed. [S.d.]: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1998a. ARISTÓTELES. Poétique. Trad. Barbara Gernez. Paris: Les Belles Lettres, 2001. ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. Trad. Jaime Bruna. 7 ed. São Paulo: Cultrix, 1997. ASTIN, A. E. Cato the Censor. Oxford: Clarendon Press, 1978 AULETE, Caldas. Aulete Digital – Dicionário contemporâneo da língua portuguesa: Dicionário Caldas Aulete, vs online. AUROUX, Sylvain. (Org.) Histoire des idées linguistiques. Tome 1. La naissance des métalangages en Orient et en Occident. Liège: Pierre Mardaga, 1989. AUROUX, Sylvain. (Org.) Histoire des idées linguistiques. Tome 2. Le développement de La grammaire occidentale. Liège: Pierre Mardaga, 1989. AUROUX, Sylvain. A revolução tecnológica da gramatização. Trad. Eni Puccinelli Orlandi. Campinas: Editora da Unicamp, 1992. AUROUX, Sylvain. La raison, le langage et les normes. Paris, Presses Universitaires de France, 1998, p. 185 - 197. BAKHTIN, Mikhail. “A tipologia do discurso na prosa”. In: LIMA. Luiz Costa. Teoria da literatura em suas fontes. v.1. Seleção, introdução e revisão técnica, Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, pp. 487-510. BARATIN, Marc. À l’origine de la tradition artigraphique latine, entre mythe et réalité. In. KOERNER, Ernst Frideryk Konrad; AUROUX, Sylvain; NIEDEREHE, Hans-Josef;. VERSTEEGH, Kess. (Eds.). History of the Language Sciences/ Histories des sciences du langage/ Geschichte der Sprachwissenschaften : An International Handbook on the Evolution of the Study of Language from the Beginnings to the Present. Berlin/ New York : Walter de Gruyter, 2000, pp. 459-466. BARATIN, Marc. La constitution de la grammaire et de la dialectique. In: AUROUX, Sylvain. (dir) Histoire des idées linguistiques (1). Liège-Bruxelles: Mardaga, 1989, p. 186-206. BARATIN, Marc. La naissance de la Syntaxe a Rome. Paris: Minuit, 1989. BARATIN, Marc. Le De grammaticis et rhetoribus de Suétone: un texte polémique? In: Histoire Épistemologie Langage, v. 20, 1998, pp. 81-90. BARATIN, Marc. Sur la structure des grammaires antiques. In: DE CLERQ, Jan.; DESMET, Piet. [edit.] Florilegium historiographiae linguisticae – Études d’historiographie de la 220 linguistique et de grammaire comparée à la mémoire de Maurice Leroy. Peeters: Louvain-la- Neuve, 1994, pp. 143-157. BARATIN, Marc; DESBORDES Françoise. L’analyse linguistique dans l’Antiquité Classique. Vol. 1: Les théories. Paris: Klincksieck. 1981 BARATIN, M. La littérarité comme performance de textes techniques: les Artes grammaticae antiques. In: XVIII Congresso Nacional de Estudos Clássicos, 2011. Rio de Janeiro, 2011 (Conferência de encerramento) BARTHES, Roland. “Escritores e Escreventes”. In Ensaios Críticos. Lisboa, Ed. 70, 1977. BARTHES, Roland. A retórica antiga. In: COHEN, Jean et al. Pesquisas de retórica. Trad. de Leda Pinto Mafra Iruzun. Petrópolis: Vozes, 1975. p. 147-232. BEAUJEU, Jean. "La littérature technique des Grecs et des Latins", Actes du Congrès de Grenoble de l’Association G. Budé (1948)., Paris, Belles-Lettres, 1949, 21-79 apud FLEURY, Phillippe. "Les textes techniques de l'Antiquité. Sources, études et perspectives", Euphrosyne, 18, 1990, 359-394. BICKEL, Ernst. Historia de la literatura romana. Madrid: Gredos, 1987. BIGNONE, Ettore. Historia de la literatura latina. Buenos Aires: Losada, 1952. BLOOM, Harold. A angústia da influência. Trad. Arthur Nestrovski. Rio de Janeiro: Imago, 1991. BRANDÃO, Jacyntho Lins. Antiga musa: arqueologia da ficção. Belo Horizonte: UFMG, 2005. BRANDÃO, R. O. A tradição sempre nova. São Paulo: Ática, 1976. BRODSKY, J. Menos que um. Trad. S. Flaksman. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Aurélio. Novo dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s/d. BURKE, Edmund. Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do sublime e do belo. Campinas: Papirus, EdUNICamp, 1993. CAIRNS, Francis. Generic Composition in Greek and Roman Poetry. Corrected and with new material. First edition published in 1972. Ann Arbor: Michigan Classical Press, 2007. CAIRUS, Henrique Fortuna. O lugar dos clássicos hoje: o super-cânone e seus desdobramentos no Brasil. In: VIEIRA, Brunno & THAMOS, Márcio. Permanência clássica: visões contemporâneas da Antiguidade greco-romana. São Paulo: Escrituras, 2011. CALLEBAT, Louis. “Languages techniques et langue commune.” In G. Calboli, ed., Latin vulgaire – latin tardif II: Actes du IIème Colloque international sur le latin vulgaire et tardif. Tübingen, 1990, 45–56. 221 CALLEBAT, Louis. “Sciences, techniques et langages”. Voces 8-9, 1997-1998, pp. 141-153. CALVINO, Italo. Porque ler os clássicos. Trad. Nilton Moulin. São Paulo: Cia. das Letras, 1993. CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Princípios de linguística geral. 7. ed. com atual. ortogr. Rio de Janeiro: Padrão, 1989. CAMPOS, Geir. Pequeno dicionário de arte poética. Rio de Janeiro: Conquista, 1960. CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 9ª ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006. CANFORA, Luciano. A biblioteca desaparecida: histórias da biblioteca de Alexandria. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. CANTÓ, Josefa Llorca. “Sistema educativo. Los grammatici: críticos literarios, eruditos y comentaristas” In. CODOÑER, Carmen. (ed.), Historia de la literatura latina, Madrid, Cátedra, 1997, pp. 741-753. CARDOSO, Zélia de Almeida. A literatura latina. São Paulo: Martins Fontes, 2011. CART, Adrien. e outros. Gramática latina. Trad. Maria Evangelina V. N. Soeiro. São Paulo: TAQ/EDUSP, 1986. CARTELLE, Enrique Montero. “Prosa técnica no gramatical”. In. CODOÑER, Carmen. (ed.), Historia de la literatura latina, Madrid, Cátedra, 1997, pp. 975-817. CASSIN, Barbara. O efeito sofístico: sofística, filosofia, retórica e literatura. Trad. Ana Lúcia de Oliveira, Maria Cristina Franco Ferraz e Paulo Pinheiro (Trad. Dos documentos). São Paulo: Editora 34, 2005. CATÃO. Da agricultura. Tradução, apresentação e notas: Matheus Trevizam. Campinas: Editora da Unicamp, 2016. CELENTANO, Maria Silvana (ed.). Ars/Techne: Il manuale tecnico nelle civiltà greca e romana. Collana del Dipartimento di Scienze dell'Antichità Sez. filologica 2. Chieti: Edizioni dell'Orso, 2003. CHEVILLARD, J.-L. Le rôle de l'exemple dans l'argumentation: le cas de la littérature tamoule savante. Langages, v. 2, n. 166, p. 32-46, 2007. Disponível em: . Acesso em: 01 jul. 2012. CHEVILLARD, J.-L. et al. L'exemple dans quelques traditions grammaticales (formes, fonctionnement, types). Langages, v. 2, n. 166, p. 5-31, 2007. Disponível em: . Acesso em: 01 jul. 2012 CHIAPPETTA, Angélica. “Retórica e crítica literária na Antiguidade”. Phaos, Revista de Estudos Clássicos, vol. 1, p. 39-60, 2001. 222 CÍCERO. Em defesa do poeta Árquias. Introdução, tradução e notas de Maria Isabel Rebelo Gonçalves. 2. ed. Lisboa: Editorial Inquérito, 1986. CÍCERO. “De optimo genere oratorum/Sobre el mejor género de oradores”, en F. Lafarga (ed.), El discurso sobre la traducción en la historia. Antología bilingüe, Barcelona, EUB, pp. 32- 44. Trad. de José Ignacio García Armendáriz, 1996. CÍCERO. Retórica a Herênio. Trad. Ana Paula Celestino Faria e Adriana Seabra. São Paulo, Hedra, 2005. CÍCERO. Do Orador. 1.122-159 (trad. de Adriano Scatolin). Nuntius Antiquus. Belo Horizonte, v. 12, n. 2, p. 264-287, 2016. CICÉRON. L'Orateur; Du meilleur genre d'orateurs. Texte étábli et traduit par Albert Yon. Paris: Les Belles Lettres, 1964. CITRONI, Mário. “I destinatari contemporanei”. In: CAVALLO, Guglielmo; FEDELI, Paolo & GIARDINA, Andrea (Orgs.). Lo spazio letterario di Roma antica, v. I: Salerno Editrice, 1989. Vol. I, pp. 53-116. CLACKSON, James (ed.) A Companion to the Latin Language. Malden, MA: Wiley- Blackwell, 2011, 445 – 463. CODOÑER, Carmen. (ed.), Historia de la literatura latina, Madrid, Cátedra, 1997. CODOÑER, Carmen., “La enciclopedia. Un género sin definición. Siglos I a.C.-VII d.C.”, In: FOSSATI, Clara. (cur.), L’enciclopedismo dall’Antichità al Rinascimento: Giornate filologiche Genovesi. Genova: D.AR.FI.CL.ET, 2011, pp. 116-153. COLOMBAT, Bernard. Uma história das ideias linguísticas. Trad. Jacqueline Léon, Marli Quadros Leite. 1.ed. São Paulo: Contexto, 2017. COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Trad. Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Ed. da UFMG,1999. CONSO, Danièle. “Comment définir et délimiter le vocabulaire technique des arpenteurs latins?”. In: CONSO, Danièle; GONZALES, Antonio;GUILLAUMIN, Jean-Yves (Eds. ) Les vocabulaires techniques des arpenteus romains. Besançon: Presses universitaires de Franche-Comté, 2005. CONTE, Gian Biagio. Latin Literature: A History. Baltimore, 1994. CORREIA, Margarita. Terminologia, neologia e normalização: como tratar os empréstimos neológicos. In: Terminómetro [revista virtual], número especial: A terminologia em Portugal e países de língua portuguesa em África. Disponível em: . Acesso em: 15 de junho de 2019. CROWLEY, Terry. “Chapter Seven: Grammatical, Semantic and Lexical Change”, Crowley, Terry. An Introduction to historical linguistics. (3rd edn). Oxford: Oxford University Press, 1997. 223 CRUSIUS, Federico. Iniciación en la métrica latina. Versión y adaptación de Ángeles Roda. Prólogo de Javier Echave-Sustaeta. Barcelona: Bosch, 1951. CULIOLI, Antoine. Pour une linguistique de l'énonciation: opérations et représentations. Paris: Ophrys, 1990. CURTIUS, Ernst Robert. Literatura europeia e Idade Média latina. Tradução de P. Rónai e T. Cabral. São Paulo: Hucitec, Edusp, 1996. DALZELL, Alexander. The philosophical language of Lucretius. In. Dalzell, A. The criticism of didatic poetry, 1996, pp. 72-103. DANGEL, Jacqueline. Cesures et pauses syntaxiques dans l'Énéide: structures verbales et incidences métriques. Révue d'Études Latines, v. 61, p. 284-311,1984. DANGEL, Jacqueline. Le poète architecte. Arts métriques et Art poétique latins. Paris: Éditions Peeters, 2001. DE MEO, Cesidio. Lingue techniche del latino. Bolonha, Pàtron, 1986. DESBORDES, Françoise. “La Rhétorique”, In: AUROUX, Sylvain. (Org.) Histoire des idées linguistiques. Liège: Pierre Mardaga, 1989. DESBORDES, Françoise. Concepções sobre a escrita na Roma antiga. Trad. de Fúlvia Machado L. Moretto e Guacira Marcondes Machado Leite. São Paulo: Ática, 1995. DEZOTTI, Lucas Consolin. Arte menor e Arte maior de Donato: tradução, anotação e estudo introdutório. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP, 2011 (dissertação de mestrado – programa de Pós-graduação em Letras Clássicas). DUBOIS, Jean. et al. (ed.). Dicionário de linguística. Tradução e organização de Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 1998. ECO, Umberto. (Org.). História da beleza. Trad. Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2015. FARIA, Ernest. Gramática superior da língua latina. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1958. FEENEY, Denis. Beyond Greek: the beginnings of latin literature. Cambridge, Mass. / Londres. Harvard University Press, 2016. FERNANTES, Rosado. Introdução. In: HORÁCIO. Arte poética. Introdução, tradução e comentários de R. M. Rosado Fernandes. Lisboa: Inquérito. 2ª ed., 1984. FLEURY, Phillippe. “Traités de mécanique et textes sur les machines” GROS, Pierre. Les littératures techniques dans l'Antiquité romaine: statut, public et destination, tradition (Entretiens sur l'Antiquité classique, tome 42), Fondation Hardt, Vandoeuvres-Genève, 1996, pp. 45 – 75. FLEURY, Phillippe. "Les textes techniques de l'Antiquité. Sources, études et perspectives", Euphrosyne, 18, 1990, 359-394. 224 FÖGEN, Thorsten. “Patrii sermonis egestas”: Einstellungen lateinischer Autoren zu ihrer Muttersprache. Ein Beitrag zum Sprachbewußtsein in der römischen Antike. Munich and Leipzig. 2000 FÖGEN, Thorsten. “The transformation of Greek scientific knowledge by Roman technical writers: On the translating of technical texts in antiquity.” Antike Naturwissenschaft und ihre Rezeption 15: 91–114, 2005. FÖGEN, Thorsten. Antike Fachtexte/ Ancient Technical Texts. Berlin and New York: Walter de Gruyter, 2005. FÖGEN, Thorsten. Latin as a Technical and Scientific Language, In: CLACKSON, James. (ed.) A Companion to the Latin Language. Malden, MA: Wiley-Blackwell, 2011, 445 – 463. FÖGEN, Thorsten. Technical Literature, in HOSE, Martin; SCHENKER, David. (ed.). A Companion to Greek Literature. Blackwell Companions to the Ancient World. Malden, MA; Oxford; Chichester: Wiley Blackwell, 2016, pp. 266-281. FÖGEN, Thorsten. Wissen, Kommunikation und Selbstdarstellung. Zur Struktur und Charakteristik römischer Fachtexte der frühen Kaiserzeit. Munich, 2009. FÓNAGY, Iván. Le langage poétique: forme et fonction. In: BENVENISTE, Émile et al. Problèmes du langage. Paris: Gallimard, 1966. p. 72-116. FONDA, Enio Aloisio. O ecletismo filosófico de Horácio. Trans/Form/Ação, Marília, v. 20, n. 1, p. 57-69, 1997, Available from . access on 1 Aug. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31731997000100004. FONSECA, Carlos Alberto. O conceito de variação linguística nas teorias da linguagem na Índia antiga. Clássica, supl. 2, p. 101-7,1993. FORTES, Fábio da Silva. “SERMONIS CVSTOS SIVE POETARVM INTERPRES: Acerca do ofício do gramático em Roma”. Calíope 24, 2012, Rio de Janeiro: p. 51-66. FORTES, Fábio da Silva. Gramática e identidade (greco-)romana: o caso do “prefácio” de Prisciano às Institutiones grammaticae (séc. VI d.C). Signum: Estudos da Linguagem, v. 18, p. 313-333, 2015. FORTES, Fábio da Silva. Οὐκ τέχνη ἐστὶν ῤητορικὴ: Sexto Empírico e a crise da retórica no Império Romano. Romanitas: Revista de Estudos Grecolatinos, v. 4, p. 90-104, 2014. FORTES, Fábio da Silva; FREITAS, Fernando Adão Sá; ROCHA, Eduardo Lacerda Faria; MORAES, Henrique Silva; SILVA, Hudson Carlos Alves. Reabilitando os pensadores antigos para uma Linguística do século XXI. CODEX: Revista Discente de Estudos Clássicos, v. 4, p. 53-73, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31731997000100004 225 FORTES, Fábio da Silva; FREITAS, Fernando Adão Sá. O contato linguístico e cultural entre o grego e o latim: reflexos na constituição da disciplina gramatical em Roma. Veredas (UFJF. Online), v. 19, p. 3-13, 2015. FURLAN, Mauri. Brevíssima História da Teoria da Tradução no Ocidente - I. Os Romanos. Cadernos de Tradução (UFSC), Florianópolis-SC, v. VIII, p. 11-28, 2003. GAFFIOT, Félix. Dictionnaire illustré latin-français. Paris: Hachette, 1934. GIANOTTI, Gian Franco. “I testi nella scuola”. In: CAVALLO, Guglielmo; FEDELI, Paolo & GIARDINA, Andrea (Orgs.). Lo spazio letterario di Roma antica, v. II. Roma: Salerno Editrice, 1989. Vol. I, pp. 469 - 505. GREIMAS, Algirdas; COURTÉS, Joseph. Dicionário de semiótica. Trad. de Alceu Dias Lima et d. São Paulo: Cultrix, 1983. GREIMAS, Algirdas. De l'imperfection. Périgueux: Pierre Fanlac, 1987. GREIMAS, Algirdas. Semântica estrutural: pesquisa e método. Trad. de H. Osakabe e Izidoro Blikstein. 2. ed. São Paulo: Cultrix, EdUSP, 1976. GROS, Pierre. Les littératures techniques dans l'Antiquité romaine: statut, public et destination, tradition (Entretiens sur l'Antiquité classique, tome 42), Fondation Hardt, Vandoeuvres-Genève, 1996. GUERREIRA, Agustín Ramos. “Literatura técnica de la época republicana: la prosa técnica”. In. CODOÑER, Carmen. (ed.), Historia de la literatura latina, Madrid, Cátedra, 1997, pp. 755-772. GUERREIRA, Agustín Ramos. “Literatura técnica post-augústea”. In. CODOÑER, Carmen. (ed.), Historia de la literatura latina, Madrid, Cátedra, 1997, pp. 777-794. HARVEY, Paul. Dicionário Oxford de literatura clássica grega e latina. Trad. de Mário da Gama Kury. Rio de Janeiro: Zahar, 1987. HERRERO-LLORENTE, Victor Jose. La lengua latina en su aspecto prosódico. Madrid: Gredos, 1971. HORÁCIO. Arte poética. Introdução, tradução e comentários de Raul Miguel Maria Rosado Fernandes. Lisboa: Inquérito. 2ª ed., 1984. HOSE, Martin & SCHENKER, David (ed.). A Companion to Greek Literature. Blackwell Companions to the Ancient World. Malden, MA; Oxford; Chichester: Wiley Blackwell, 2016, pp. 266-281. HUIZINGA, Johann. Homo ludens. São Paulo: EdUSP, Perspectiva, 1971. JAKOBSON, Roman. “A Dominante” In: Teoria da Literatura em suas Fontes (org) Luis Costa Lima - Rio de Janeiro: 1983 226 JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. Tradução de Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1987. JESUS, Carlos Renato Rosário. A formulação do ethos na retórica antiga. Rónai - Revista de estudos clássicos e tradutórios, v. 1, p. 60-72, 2013. JESUS, Carlos Renato Rosário. Introdução à prosa rítmica na Antiguidade Clássica: estudo e tradução do Orator de Cícero. 1. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2013. v. 1. 232p . JESUS, Carlos Renato Rosário. Preâmbulo à noção de prosa artística na Antigüidade clássica: o Orator, de Cícero. Anais do SETA (UNICAMP), v. 1, p. 139-144, 2006. KAHN, Charles H. Pitágoras e os pitagóricos: uma breve história. Trad. Luis Carlos Borges, Edições Loyola, São Paulo, 2007. KASTER, Robert. A. “The grammarian’s authority”. In: Classical Philology, vol. 75, n. 3, 1980, pp. 216-241. KASTER, Robert. A. Guardians of Language: The Grammarian and Society in Late Antiquity. Berkeley: University of California Press, 1986. KRIEGER, Maria da Graça. "Heterogeneidade e dinamismo do léxico: impactos sobre a lexicografia», Confluência: revista do instituto de Língua Portuguesa. N.o 46 – 1.º semestre de 2014, Rio de Janeiro, 2014, pp. 324-334. Disponível em http://dx.doi.org/10.18364/rc.v1i46.22, acesso em 01 de maio de 2019. KRIEGER, Maria da Graça; FINATTO, Maria José Bocorny. Introdução à Terminologia: teoria & prática. São Paulo: Contexto, 2004. KRIEGER, Maria da Graça. Terminologia revisitada. DELTA, São Paulo , v. 16, n. 2, p. 209- 228, 2000. Available from . access on 20 May 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-44502000000200001. KRISTEVA, Julia. História da linguagem. trad. Maria Margarida Barahona. Lisboa: Edições 70, 1969. LAUSBERG, Heinrich. Elementos de retórica literária. Trad., prefácio e aditamentos de Raúl Miguel Rosado Fernandes. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982. LAVARENNE, Maurice. Initiation a la métrique et a la prosodie latines. Paris: Magnard, 1948. LAW, Vivien. La grammaire latine durant le haut moyen âge. In: AUROUX, Sylvain. (org.). Histoire des idées linguistiques. Mardaga, 1992 LEGRAND, Phillipe E. La poésie aléxandrine. Paris: Payot, 1924 http://dx.doi.org/10.18364/rc.v1i46.22 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-44502000000200001 227 LEHMANN, Aude. "Vtilitas et delectatio". Varron théoricien de l'esthétique classique. Latomus. Revue d'Études Latines. Varron critique littéraire. Régard sur les poètes latins archaïques. Bruxelles, v. CCLXII, p. 259-277, 2002 LEHMANN, Winfred P. Historical Linguistics. An Introduction. 3ª ed. Nova Iorque. Routledge, 1992. LEITE, Leni Ribeiro. Difusão e recepção das obras literárias em Roma. In: SILVA, Gilvan Ventura da; LEITE, Leni Ribeiro. As múltiplas faces do discurso em Roma: textos, inscrições, imagens. Vitória: Edufes, 2013. LEWIS, Charlton T. & SHORT, Charles. A Latin dictionary. Oxford: Clarendon Press, 1980. LÈVY, Carlos. “Cicéron créateur du vocabulaire latin de la connaissance: essai de synthèse”. In: la langue latine, langue de la philosophie. Actes du colloque organisé par l’Ecole française de Rome avec le concours de l’Université de Rome “La Sapienza” (Rome 17-19 mai 1990), 1992, p. 91-106. LIDDELL, Henry George & SCOTT, Robert. Greek-English Lexicon. Oxford: Oxford University Press, 1968. LIMA, Alceu Dias & THAMOS, Márcio. “Verso é para cantar: e agora, Virgílio?” In: Alfa: revista de linguística (Unesp), São Paulo, v. 49 , n. 2, p. 125-131, 2005. LIMA, Alceu Dias. A poética da expressão: estudo do hexâmetro datílico como fator da expressividade na poesia latina. Araraquara. artigo inédito, 1996. LIMA, Alceu Dias. Forma, substância e métrica. Araraquara: artigo inédito, 1996. LIMA, Alceu Dias. Poesia latina: anotações linguísticas e fonoestilísticas. In: ______ et al. Latim: da fala à língua. Araraquara: UNESP - FCL, 1992, p. 107-15. LIMA, Luiz Costa. “A questão dos gêneros”. In: LIMA, Luiz Costa. Teoria da literatura em suas fontes. v.1. seleção, introdução e revisão técnica, Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, pp. 253-294. LIMA, Luiz Costa. “Hermenêutica e abordagem literária”. In: LIMA, Luiz Costa. Teoria da literatura em suas fontes. v.1. seleção, introdução e revisão técnica, Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, pp. 63-96. LONGIN. Du sublime. 3. ed. Trad. H. Lebègue. Paris: Les Belles Lettres, 1965. LOPEZ EIRE, Antonio. Quince rasgos de los lenguajes científico-técnicos del Griego Antiguo. Humanitas, v.51, 1999, p.3-21. LUCRÈCE. De la nature. Introduction et notes de Henri Clouard. Paris: Garnier, 1954. LUQUE MORENO, Jesús. “La métrica en la linguística latina”. Florentia iliberritana: Revista de estudios de antigüedad clásica, Nº 8, 1997; (Ejemplar dedicado a: Homenaje al profesor Manuel Sotomayor Muro en su 75 aniversario), págs. 259-274 228 LUQUE MORENO, Jesús. «La retórica antigua y la articulación del languaje», In: RIBEIRO, José. A retórica greco-latina e a sua perenidade, v. 1, Porto: Instituto de Estudos Clássicos (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) / Fundação Eng. António de Almeida, 2000, pp.305-321. LUQUE MORENO, Jesús. Arsis, Thesis, Ictus: las marcas del ritmo en la música y en la métrica antiguas. Granada: Universidad de Granada, 1994. MAROUZEAU, Jules. Introduction au latin. 3. ed. Paris: "Les Belles Lettres", 1970. MAROUZEAU, Jules. Traité de stylistique latine. Paris: "Les Belles Lettres", 1946. MARROU, Henri-Irénée. História da educação na Antiguidade. Trad. De Mário Leônidas Casanova, São Paulo: Editora Herder, 1969. MARTIN, René & GAILLARD, Jacques. Les genres littéraires à Rome. Paris: Nathan, 1990. MARTINS, Paulo. “Breve história da crítica da Literatura Latina”. Clássica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos. Vol. 21, Nº 2 (2008). MOISÉS, Massaud. A criação literária. Poesia. São Paulo: Cultrix, 1995. MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários, ed. 17. São Paulo: Cultrix, 2008. MORAES, João Quartim de Moraes. Epicuro: Máximas Principais, Edições Loyola, São Paulo, 2010. NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática. História, teoria e análise, ensino. São Paulo: Editora UNESP, 2002. NEVES, Maria Helena de Moura. A vertente grega da gramática tradicional. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2005. NEVES, Maria Helena de Moura. O legado grego na terminologia gramatical brasileira. Alfa, São Paulo, v. 55, n. 2. P. 641-664, 2011. NICOLET, Claude. « Les littératures techniques dans le monde romain », In: GROS, Pierre. Les littératures techniques dans l'Antiquité romaine: statut, public et destination, tradition (Entretiens sur l'Antiquité classique, tome 42), Fondation Hardt, Vandoeuvres- Genève, 1996, p. 1-17. NORDEN, Eduard. La prosa d'arte antica. Traduzione italiana a cura di Benedetta Heinemann Campana. Roma: Salerno, 1986. NOUGARET, Louis. Traité de métrique latine classique. Paris. Klincksieck, 1948. PARATORE, Ettore. História da literatura latina. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983. 229 PARRONI, Piergiorgio. “Scienza e produzione letteraria”. In: CAVALLO, Guglielmo; FEDELI, Paolo & GIARDINA, Andrea (Orgs.). Lo spazio letterario di Roma antica, v. I. Roma: Salerno Editrice, 1989. Vol. I, pp. 469 - 505. PAZ, Octavio. O arco e a lira. Trad. de O. Savary. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. PEREIRA, Marcos Aurélio. De officio grammatici: os capítulos gramaticais da Institutio oratoria de Quintiliano e o papel do mestre de Gramática. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 1997b. 147 p. PEREIRA, Marcos Aurélio. A. Quintiliano e a gramática antiga. In: Clássica, v. 13/14, 2000/2001, pp. 367-373. PEREIRA, Marcos Aurélio. “Natureza e lugar dos discursos gramatical e retórico em Cícero e Quintiliano”. Phaos, Campinas, v. 1, p. 143-157, 2001. PERINI, Giorgio Bernardi. Fondamenti di metrica. In: TRAINA, Afonso, PERINI, Giorgio Bernardi. Propedêutica al latino universitario. 3. ed. Bolonha: Pàtron, 1982. p. 201-41. PERNOT, Laurent. La rhétorique dans l'Antiquité. Paris: Librairie Générale Française, 2000. PERUTELLI, Alessandro. Il texto come maestro. In: : CAVALLO, Guglielmo; FEDELI, Paolo & GIARDINA, Andrea (Orgs.). Lo spazio letterario di Roma antica. Roma: Salerno Editrice, 1989. Vol. I, p. 277-310. PETERLINI, Ariovaldo Augusto. A Retórica na tradição latina. In: MOSCA, Lineide do Lago Salvador [org.]. Retóricas de ontem e de hoje. São Paulo: Humanitas-Publicações FFLCH/USP, 1997. p. 199-144. POSSENTI, Sírio. A questão dos estrangeirismos. In: FARACO, Carlos Alberto (Org.). Estrangeirismos: guerras em torno da língua. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Parábola, 2004, p. 163-76. POUND, Ezra. A arte da poesia: ensaios escolhidos. Trad. de Heloysa de Lima Dantas e José Paulo Paes. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1991. PRADO, João Batista Toledo. Canto e encanto, o charme da poesia latina: contribuição para uma Poética da Expressividade em língua latina. São Paulo, 1997. 210 p. Tese (Doutorado em Letras Clássicas) — Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. PRADO, João Batista Toledo. A configuração do espaço poético: concepções sobre Metricologia latina. In: VII Congresso da APEC (Associação Portuguesa de Estudos Clássicos)/ CECH-UC (Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra), 2009, Évora. Espaços e paisagens. Antiguidade Clássica e heranças contemporâneas. Anais do VII Congresso da APEC (Associação Portuguesa de Estudos Clássicos)/ CECH-UC (Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra). Vol. I Lgs e Lits. Grécia e Roma. Coimbra: APEC/CECH, 2009, v.1. p. 103-111. 230 QUINTILIAN. The Institutio Oratoria of Quintilian. With an English translation by H. E. Butler. London: William Heinemann, 1953, 4v. REBOUL, Olivier. Introdução à retórica. Tradução Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2004. ROBINS, Robert Henry. Pequena História da Lingüística. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1983. ROBY, Courtney Ann. Latin Didactic, Scientific, and Technical Literature. Oxford Handbooks Online. Disponível em: http://www.oxfordhandbooks.com/view/10.1093/oxfordhb/9780199935390.001.0001/oxfordh b-9780199935390-e-100. Acesso em 7 de jun. 2017. ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática normativa da língua portuguesa. 40 ed. Rio de Janeiro: J.Olimpio, 2001 ROCHA PEREIRA, Maria Helena da. Estudos de história da cultura clássica. Vol. II: Cultura romana. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984 RODRÍGUEZ, Concepción López. «Retórica, música y crítica literaria en Dionisio de Halicarnaso » », In : RIBEIRO, José Ferreira. A retórica greco-latina e a sua perenidade, v.1, Porto: Instituto de Estudos Clássicos (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) / Fundação Eng. António de Almeida, 2000, pp.335-343. RUSSELL, Donald ed. Quintilian: The Orator’s Education. 5 vols. Loeb Classical Library. London: Cambridge University Press, 2001. SAID ALI, Manuel. Gramática Histórica da Língua Portuguesa. Revisão e ampliação de M. E. Viaro. 8. ed. Brasília: Editora da UNB, 2001. SALGADO, Joaquim Carlos. A ideia de justiça no mundo contemporâneo: fundamentação e aplicação do direito como maximum ético. Belo Horizonte: Del Rey, 2006. SANTOS, Marcos Martinho. A teoria dos gêneros na leitura dos textos antigos. In: Contemporaneidad de los clásicos en el umbral del tercer milenio: actas del Congreso Internacional, 1999, Havana (Cuba). Contemporaneidad de los clásicos en el umbral del tercer milenio: actas del Congreso Internacional. Murcia, 1998. p. 599-604. SANTOS, Marcos Martinho. La reconnaissance du poétique dans le 'De poematibus' de Diomède. Interférences. Ars scribendi, v. 6, p. 1-37, 2012. SARAIVA, Francisco. R. dos Santos. Novíssimo Diccionario Latino-Portuguez. 9. ed. Rio de Janeiro: Garnier, 2006 SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. 9. ed. Trad. A. Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, s/d. SCATOLIN, Adriano. Cícero. “Do orador” 1.78-122. Translatio, Porto Alegre, n. 10, p. 79- 89, 2015. http://www.oxfordhandbooks.com/view/10.1093/oxfordhb/9780199935390.001.0001/oxfordhb-9780199935390-e-100 http://www.oxfordhandbooks.com/view/10.1093/oxfordhb/9780199935390.001.0001/oxfordhb-9780199935390-e-100 231 SCATOLIN, Adriano. A invenção no Do orador de Cícero: um estudo à luz de Ad Familiares I, 9, 23. Tese de Doutorado – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. SCHIEFSKY, Mark. “Technical Terminology in Greco-Roman Treatises on Artillery Construction.” In Antike Fachtexte = Ancient technical texts, edited by Thorsten Fögen, 253– 270. Berlin: De Gruyter, 2005. SIMOES, Vivian Carneiro Leão. Quod erat demonstrandum: Exempla e formação do cânone em Mário Vitorino e Élio Aftônio. Dissertação (Mestrado em Pós-Graduação em Estudos Literários) - Faculdade de Ciências e Letras - UNESP - Câmpus de Araraquara, 2013. SOUSA, Francisco Edi de Oliveira. Reflexos da recepção no texto literário latino a partir da Ars Poetica de Horácio. Revista de Letras, n. 23, vol.1/2, p. 27-32, 2001. STAMPINI, Ettore. Metrica di Orazio. Torino, Giovanni Chiantore. 1921. SUETÔNIO. De grammaticis et rhetoribus. Edição de R. Kaster. Oxford: Clarendon, 1995. TEIXEIRA, Francisco Diniz. D. Os Fragmenta de Césio Basso: leitura crítica e tradução anotada. Araraquara: Faculdade de Ciências e Letras- UNESP- FCLAr, 2005 (dissertação de mestrado - programa de Estudos Literários). TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009. TREVIZAM, Matheus. “Apresentação”. In: CATÃO, Marco Pórcio. Da agricultura. Tradução, apresentação e notas: Matheus Trevizam. Campinas: Editora da Unicamp, 2016. TREVIZAM, Matheus. “Prazeres da Literatura latina de instrução”. PhaoS, vol.10. Campinas, 2010, pp. 103-138. TREVIZAM, Matheus. Linguagem e gênero na literatura agrária latina: Catão, Varrão e Virgílio. Sínteses - Revista dos Cursos de Pós-Graduação. Campinas, vol. 11, 2006 (b), p. 527- 539. TREVIZAM, Matheus. Linguagem e interpretação na Literatura agrária latina. Tese de doutoramento inédita. Campinas: IEL-UNICAMP, 2006. TREVIZAM, Matheus. Os desafios da tradução de textos “agronômicos” latinos. RÓNAI: Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios. UFJF – Juiz de Fora, MG, 2018 V.6 N.1 – pp. 46- 59. TYNIANOV, Yuri & JAKOBSON, Roman. “Da evolução literária”. In: EIKHENBAUM, Boris et alii. Teoria da literatura: formalistas russos. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 105-118. TYNIANOV, Yuri & JAKOBSON, Roman. “Os problemas dos Estudos Literários e Linguísticos”. In: EIKHENBAUM, Boris et alii. Teoria da literatura: formalistas russos. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 95-98. 232 VALERY, Paul. “Discurso sobre a estética”. In. LIMA. Luiz Costa. Teoria da literatura em suas fontes. v.1. seleção, introdução e revisão técnica, Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p. 15-34. VARRÃO. Das coisas do campo. Tradução, introdução e notas: Matheus Trevizam. Campinas: Editora da Unicamp, 2012. VEGÉCIO. Compêndio da Arte Militar. Trad. João Gouveia Monteiro e José EduardoBraga. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2009. VIEIRA, Brunno. V. G.; ZOPPI, Pedro. C. . O melhor gênero de oradores (introdução, tradução e notas da obra De optimo genere Oratorum de Cícero). Scientia Traductionis, v. 10, p. 4-15, 2011a. VIEIRA, Brunno V. G.s; OLIVEIRA, JANE KELLY De . Alguns Apontamentos sobre Cícero Tradutor de Poesia. Scientia Traductionis, v. 1, p. 133-140, 2011b. VINOGRADOV, Viktor. V. “As tarefas da estilística”. In: EIKHENBAUM, Boris. et alii. Teoria da literatura: formalistas russos. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 89-94 Von ALBRECHT, Michael. Historia de la literatura romana: desde Andrónico hasta Boecio. Traducción castellana de D. Estefanía e A. Pociña Perez. Barcelona: Herder, 1997. 1v. Von ALBRECHT, Michael. Masters of Roman prose: From Cato to Apuleius. Trad. Neil Adkin. Leeds, Francis Cairns Publications, 1989. WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria da literatura e metodologia dos estudos literários. Tradução Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2003.