6o Congresso de Extensão Universitária Saúde 1011 - PROJETO ARTINCLUSIVA DO INSTITUTO DE ARTES - Suely Master (Instituto de Artes, UNESP, SP), Ana M. Kyan (nstituto de Artes, UNESP, SP), Valéria E. Rodrigues (nstituto de Artes, UNESP, SP), Elisabete P. Nobrega (nstituto de Artes, UNESP, SP), José Antônio do Carmo (nstituto de Artes, UNESP, SP), Viviane F. Silva (nstituto de Artes, UNESP, SP), Sheila P. Campos (nstituto de Artes, UNESP, SP), Beatriz N. Barreto (nstituto de Artes, UNESP, SP), Gabriela M. Pareto (nstituto de Artes, UNESP, SP), Felipe Luis Fachim (nstituto de Artes, UNESP, SP) - suely.master@uol.com.br. Introdução: A maioria da população de pessoas com deficiência tem seus direitos negados seja por causa dos obstáculos que enfrentam no seu cotidiano seja pela falta de serviços disponíveiS. Objetivos: Promover a Inclusão Social por meio do trabalho com expressões artísticas tendo em vista a melhoria da auto-estima, da sociabilização e da autonomia. Métodos: No primeiro encontro, os participantes respondem um Questionário de Qualidade de Vida que é reapresentado a cada semestre. São oferecidas oficinas semanais de artes visuais e artes cênicas, com 2 horas de duração, que são fotografadas e anotadas. Resultados: Como o projeto ainda está em andamento, optamos por apresentar aqui o relato de experiência de uma aluna, que nos dá uma idéia muito boa dos resultados obtidos. “Atualmente, temos quatro participantes no grupo, cada um com suas questões bastante particulares. P. tem um tempo muito acelerado. Tem dificuldade de se manter muito tempo focado na mesma atividade. Porém, algumas mudanças já são perceptíveis. P. chega sorrindo todo dia para as oficinas, antes apenas andava curvado e em silêncio. Não falava muito. Depois de um tempo, começou a estabelecer comunicação com as pessoas. Os outros dois meninos têm um tempo bastante mais lento que o considerado normal. Mas, acredito que por motivos diferentes. J. leva uma aula inteira na realização de um único trabalho manual, pois faz devagar, com muita dedicação e atenção. É bastante criativo, propõe novas formas de realizar determinados trabalhos. É muito afetivo e gosta de fazer todos se sentirem bem. Já H. demora muito para começar o trabalho. Possivelmente por conta de uma auto-estima muito baixa. H. teve paralisia cerebral, e apesar de não possuir danos em sua cognição, não possui controle sobre seu corpo e, portanto, dificuldade na realização dos trabalhos manuais. O principal trabalho que devemos ter com H. é com sua auto-estima. R. foi a última a integrar o grupo. Chegou a pouco tempo e já trouxe modificações. É extremamente carinhosa e se demonstra muito feliz em estar no grupo. Logo demonstrou confiança no grupo, confidenciando que se sente muito sozinha e sofre muito por ter, segundo ela, “cabeça de 15 anos, apesar de ter 29”. É criativa e muito comunicativa. CONCLUSÃO: Em seis meses de encontros, cada participante já apresenta melhoras individuais; o grupo está adquirindo consistência e se integrando enquanto coletivo - a sociabilidade entre os integrantes é perceptível. Este projeto parece ter grande importância na vida daqueles que dele participam, tanto dos integrantes quanto dos terapeutas. Um dos subprodutos do projeto é a aproximação entre Artes e Saúde, o que implica na possibilidade de gerar novos conhecimentos científicos na confluência pouco explorada dessas áreas. p.1011 6º Congresso de Extensão Universitária da Unesp, 2011. Águas de Lindóia, SP. Anais eletrônico... PROEX/UNESP. ISSN nº 2176-9761.