MARÍA ELIZABETH PEÑA TÉLLEZ Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Araçatuba ARAÇATUBA -SP 2019 NÍVEL DE RUÍDO EM CLÍNICA DE ENSINO DE ODONTOLOGIA MARÍA ELIZABETH PEÑA TÈLLEZ Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de Araçatuba, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Odontologia Preventiva e Social. Orientadora: Profa. Assoc. Tânia Adas Saliba ARAÇATUBA -SP 2019 NÍVEL DE RUÍDO EM CLÍNICA DE ENSINO DE ODONTOLOGIA Catalogação na publicação (CIP) Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FOA / UNESP Téllez, María Elizabeth Peña. T275n Nível de ruído em clínica de ensino de odontologia / María Elizabeth Peña Téllez. - Araçatuba, 2019 69 f. : il. ; tab. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba Orientadora: Profa. Tânia Adas Saliba 1. Perda auditiva 2. Ruído ocupacional 3. Odontólogos 4. Ergonomia 5. Estudantes de odontologia I. T. Black D5 CDD 617.601 Claudio Hideo Matsumoto CRB-8/5550 Dedicatória Aos meus pais pelo carinho, afeto, incentivo e apoio incondicional apesar da distância. Gratidão eterna. À minha tia Haydée pelo carinho e acreditar sempre em mim. Aos meus tios Luis e Celio (in memoriam) que sempre me apoiaram nos meus sonhos e projetos. Aos meus filhos, minha força para lograr as metas em minha vida, meus melhores e maiores presentes. Ao meu esposo, por me motivar a continuar em frente das dificuldades, sυа presença significou segurança е certeza de qυе não estou sozinha nessa caminhada. Agradecimentos Agradeço primeiramente a minha querida orientadora professora Tânia Adas Saliba pela oportunidade, amizade e a confiança em mim depositada, pela ajuda experiente cuja dedicação e paciência serviram como pilares de sustentação para a conclusão dessa pesquisa. Agradeço cada minuto dedicado à orientação desse projeto. À professora Suzely Adas Saliba Moimaz por sua ajuda, apoio e sugestões. Obrigada por esclarecer tantas dúvidas, pelo ensinamento e ser tão atenciosa e paciente. À professora Cléa Adas Saliba Garbin pelo carinho e ajuda. Ao professor Fernando Chiba pelos ensinamentos. Aos professores do Programa de Odontologia Preventiva e Social, Nemre Adas Saliba, Orlando Adas Saliba, Artênio Jose Isper Garbin, Renato Moreira Arcieri e Ronald Jefferson Martins. À Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP nas pessoas do Diretor Prof. Tit. Wilson Roberto Poi, e Vice-Diretor Prof. Tit. João Eduardo Gomes Filho. Aos meus colegas de pós-graduação Lia, Jorge, Luis, Marcial, Bruno, Denise, Gabriela, Naiana, Lea, Gleice, Júlia, Liliane, Cláudia pelo companheirismo e amizade. Ao Nilton Cesar Souza, pela atenção e ajuda em todos os momentos. Aos funcionários da Biblioteca, em especial, Ana Claudia Grieger Manzatti. À Seção de Pós-Graduação (Valéria de Queiroz Marcondes Zagato, Cristiane Regina Lui Matos e Lilian Sayuri Mada), pela atenção e ajuda. À agência de fomento CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela bolsa de mestrado para o desenvolvimento da pesquisa. O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.” A satisfação está no esforço e não apenas na realização final.” MAHATMA GANDHI Téllez, MEP. Nível de ruído em clínica de ensino de odontologia. Dissertação (Mestrado em Odontologia Preventiva e Social) – Faculdade de Odontologia de Araçatuba. Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2018. RESUMO GERAL Na atualidade o ruído constitui um dos problemas ambientais mais relevantes. Na prática odontológica a exposição a ruídos deve ser controlada para evitar danos à saúde do profissional. Objetivou-se neste estudo investigar a presença de alterações auditivas e avaliar o conhecimento dos estudantes de odontologia sobre a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído; verificar os níveis de ruídos gerados durante o uso das canetas de baixa e alta rotação, assim como em diferentes pontos da Clínicas de Ensino de Odontologia durante as aulas práticas nos tratamentos odontológicos. Trata-se de um estudo transversal, amostra composta por 81 estudantes do terceiro ano curso diurno e quarto ano curso noturno de odontologia. Foi aplicado um questionário semiestruturado e auto administrado com questões referentes a transtornos auditivos, exames audiométricos e conhecimento da Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR).Com o propósito de verificar os níveis de ruído que atingem o operador e paciente durante a execução de tratamentos odontológicos, foram feitas medições usando como instrumento o decibelímetro Digital Profissional marca Hikari Hdb-882,a uma distância de 5 cm, 15cm e 50 cm do ouvido direito do operador com 5 segundos de duração. Foram medidos os ruídos gerados no ambiente da Clínica com todos os equipamentos em funcionamento colocando o aparelho em pontos pré-estabelecidos nos cantos e centro da clínica. Foi realizado a análise estatística, ao nível de significância de 5%. Os resultados mostraram a presença de transtornos auditivos em 14,8 % dos estudantes. Do total, 28,4 % haviam feito exames audiométricos; 24,6 % tem familiares com problemas de audição ;11,1 % doenças preexistentes;49,3 % necessitaram repetição durante uma conversa;34,4 % apresentam sintomas de irritabilidade no ambiente das aulas práticas e consideram as canetas de alta rotação o instrumento mais ruidoso. Em relação aos resultados sobre conhecimentos 93,8 % afirmaram que o cirurgião dentista é um profissional de risco para perda auditiva por ruído, mas 83,9 % ainda não recebeu orientação sobre o PAIR. Quanto ao uso do protetor auricular 77,7 % não conhecem, e apenas 3,7 % referem haver usado. Os resultados das medições mostraram ruidos elevados com canetas de alta rotação : 77,31 dB, 75,30dB y 73,52 dB a distancias de 5cm,15cm y 50 cm respectivamente do ouvido do operador .Com as peças de baixa rotação ,medias de 72,80dB ,71,60 dB y 70,26dB en iguais distancias . Na área clínica obtivemos: 72,90 decibéis (dB) (± 0,94 dp) ao centro; 74,2dB (± dp 0,91); 76,3dB (± dp 0,86); 73,4 dB (± dp 0,41); 74,2dB (± dp 0,30); nos cantos. Todos os valores estiveram acima dos níveis aceitos pela Organização Mundial da Saúde que estabelece a polução sonora a partir de 55 dB. Com a pesquisa, foi desenvolvido um aplicativo denominado EscutaSaúde, o qual permite medir os ruídos em tempo real, durante os tratamentos odontológicos, possibilitando ao profissional possuir o histórico dos registros. Conclui-se que há presença de transtornos auditivos em pequena parcela dos estudantes de odontologia e a grande maioria não apresenta conhecimento sobre a PAIR. Os ruídos gerados pelas canetas de baixa e alta rotação durante os tratamentos assim como os produzidos na área da clínica são elevados. Palavras chaves :perda auditiva, ruído ocupacional, odontólogos, ergonomia, estudantes de odontologia Téllez, MEP. Nível de ruído em clínica de ensino de odontologia. Dissertação (Mestrado em Odontologia Preventiva e Social) – Faculdade de Odontologia de Araçatuba. Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2018. Abstract At present noise is one of the most important environmental problems. In dental practice exposure to noise should be controlled to avoid damage to the health of the professional. The objective of this study was to investigate the presence of auditory alterations and to evaluate the knowledge of dentistry students about Noise-induced Auditory Loss; to verify the noise levels generated during the use of the low and high rotation pens, as well as in different points of the Dentistry Teaching Clinics during the practical classes in the dental treatments. his is a cross-sectional study, comprising 81 students from the third-year day course and fourth year night course of dentistry. A semi-structured and self-administered questionnaire was applied with questions related to auditory disorders, audiometric tests and knowledge of Noise-induced Auditory Loss (NIHL). In order to verify the noise levels reaching the operator and patient during the execution of dental treatments, measurements were made using the Hikari Hdb-882 Professional Digital decibel meter at a distance of 5 cm, 15 cm and 50 cm from the right ear of the operator with 5 seconds duration. Noises generated in the Clinic environment were measured with all the equipment in operation by placing the device in pre-set points in the corners and center of the clinic. Statistical analysis was performed at a significance level of 5%. The results showed the presence of auditory disorders in 14.8% of the students. Of the total, 28.4% had audiometric tests; 24.6% had family members with hearing problems, 11.1% had preexisting diseases, 49.3% needed repetition during a conversation, 34.4% had symptoms of irritability in the environment of the practical classes and considered high rotation pens the instrument more noisy. Regarding the results on knowledge, 93.8% stated that the dental surgeon is a professional at risk for noise hearing loss, but 83.9% still did not receive guidance on NIHL. Regarding the use of the auricular protector 77,7% do not know, and only 3,7% report to have used. The results of measurements showed high noises with high rotation pens: 77.31 dB, 75.30dB and 73.52 dB at distances of 5cm, 15cm and 50cm respectively from the operator's ear. With the low rotation parts, 72.80dB, 71.60 dB and 70.26dB at equal distances. In the clinical area we obtained: 72.90 decibels (dB) (± 0.94 dp) at the center; 74.2dB (± dp 0.91); 76.3dB (ñ dp 0.86); 73.4 dB (ñ dp 0.41); 74.2dB (± dp 0.30); in the corners. All values were above levels accepted by the World Health Organization which establishes sound pollution from 55 dB. With the research, developed an app called EscutaSaúde, which allows you to measure the noise in real time, during the dental treatment, enabling the professional to have the history of records. The presence of hearing disorders in dentistry students was concluded; lack of knowledge of the causes of NIHL. The noises generated by the pens of low and high rotation during the treatments as well as those produced in the clinic area are high. Keywords: hearing loss, noise, occupational, dentists, ergonomics, students, dental Lista de Abreviaturas PAIR: perda auditiva induzida pelo ruído dB: decibéis DP: desvio padrão CEP: Comissão de ética em pesquisa OMS: Organização Mundial da Saúde INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia ABNT: Associação Brasileira de Normas técnicas Lista de figuras Figura 1 -Decibelímetro Digital Profissional Hikari HDB 281............................. 31 Figura 2 -Posição do pesquisador nas medições da clínica.............................. 32 Figura 3- Esquema ilustrativo da clínica de graduação. UNESP 2018.............. 32 Lista de quadros Quadro 1 Bases de dados e descritores utilizados para a revisão de literatura ..............20 Quadro 2- Revisão de literatura........................................................................................21 Lista de tabelas e gráficos: Capítulo 1. Gráfico 1. Percentual de estudantes que utilizavam fones de ouvido segundo o período de uso. UNESP. Araçatuba 2018.................................................................................... 40 Tabela 1. Número e percentual de estudantes de odontologia segundo a percepção de problemas auditivos. UNESP. Araçatuba 2018................................................................ 41 Capítulo 2. Tabela 1. Média do nível de ruído das duas medições com o uso das canetas de alta rotação UNESP. Araçatuba 2018 ................................................................................... 55 Tabela 2. Média do nível de ruído das duas medições com o uso das canetas de baixa rotação UNESP. Araçatuba 2018.................................................................................... 56 Tabela 3. Média do nível de ruído das três medições em diferentes locais da clínica. UNESP. Araçatuba 2018................................................................................................. 56 Sumário Introdução Geral ..................................................................................... 16 Objetivos ................................................................................................. 19 Revisão de literatura ............................................................................... 21 Metodologia expandida ........................................................................... 30 Capítulo 1 Alterações auditivas, percepção e conhecimentos de estudantes sobre ruído em clínica de ensino odontológico. Introdução................................................................................................. 36 Metodologia .............................................................................................. 39 Resultados ................................................................................................ 40 Discussão .................................................................................................. 42 Conclusão .................................................................................................. 44 Referências ................................................................................................ 45 Capítulo 2 Nível de ruído em clínica odontológica de ensino durante tratamentos odontológicos. Introdução .................................................................................................. 50 Metodologia ................................................................................................ 53 Resultados .................................................................................................. 55 Discussão ................................................................................................... 57 Conclusão ................................................................................................... 59 Referências ................................................................................................. 60 Anexos ........................................................................................................ 62 16 Introdução geral: O ruído pode ser definido como a mistura de sons ou tons, cujas frequências diferem entre si por um valor inferior ao poder de discriminação de frequência do ouvido 1. Com o surgimento dos seres vivos na terra foram aparecendo os sons constituindo a sua vez parte fundamental da vida e a natureza. Com o passar do tempo a evolução do homem e o desenvolvimento tecnológico e industrial; os ruídos têm sido mais intensos e começaram a ser nocivos sobre todos os seres humanos e em consequência afetando a saúde, às vezes, de forma irreversível. Na atualidade, o ruído constitui um dos problemas ambientais mais relevantes, tendo uma grande dimensão social, porque as fontes que o produzem formam parte da vida cotidiana: atividades e locais de lazer, vias de comunicação, meios de transporte, desenvolvimento industrial, etc.2 Para entender como o ruído pode afetar a audição é preciso que o estímulo sonoro seja conduzido pelo meato acústico até o tímpano, membrana altamente inervada, as vibrações da membrana timpânica estimulam movimentos dos três ossículos da audição projetando-as pela cavidade timpânica até a janela do vestíbulo, localizado na orelha interna. Depois as ondas sonoras estimulam a ação dos líquidos contidos, que vez incitam os receptores da audição contidos na cóclea a convertem as vibrações mecânicas em impulsos nervosos. Os impulsos são conduzidos pelos sensores cocleares do nervo vestíbulo coclear até a área da audição do lobo temporal do cérebro, onde as sensações auditivas são traduzidas como sons.3 O nível de ruído tolerado pelo ouvido humano é de 70 decibéis4 sendo que os níveis acima desta medida são prejudiciais para o sistema auditivo, e é considerado um contaminante ambiental muito grave. A extensão do dano provocado pelo ruído depende da intensidade (decibéis) e a frequência(hertz) dos sons expostos ao ruído. A exposição a altos níveis do ruído é bem conhecida como a causa da perda da audição.5,6 17 As consequências não auditivas do ruído não resultam diretamente da energia sonora produzida, mas sim do stress causado. Estudos mostram associações entre o ruído e contrações musculares, aumento da pressão arterial, estreitamento dos vasos sanguíneos, insônia, perda da concentração, depressão, alterações de percepção e desorientação espacial.7 Em 1995 a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) declarou que o ruído era considerado como uma das principais causas dos maiores problemas de saúde nos EUA, já que aproximadamente 30 milhões de trabalhadores estavam expostos a níveis de ruídos prejudiciais à audição no ambiente de trabalho. Na América Latina 17% da população exposta ao ruído com jornadas de 8 horas diárias, durante os 5 dias da semana, com uma exposição entre 10 e 15 anos, apresenta perda da audição.8,9,10 Uma das funções da audição está relacionada à aquisição e desenvolvimento da linguagem oral, essencial nas relações interpessoais, e com o meio ambiente, por isso, o ruído e suas repercussões na saúde , a maneira de estabelecer seu controle, têm sido objeto de estudos no campo da Saúde Pública, da Acústica, da Fisiologia e da engenheira.11 Na atualidade a perda auditiva vem ocorrendo mais prematuramente aos 40-59 anos de idade, em comparação com décadas anteriores em que ocorria aos 60-65 anos, originada pelo processo do envelhecimento.12Muitas pesquisas têm sido feitas para avaliar o nível de ruído em consultório 12,13,14,15 provocados pelos aparelhos utilizados nos diversos tratamentos odontológicos. Em um estudo foram testadas 20 marcas de motores de alta rotação, experimentalmente em manequins, imitando paciente, os autores encontraram níveis entre 70 a 92 dB (NA), e alertaram que os ruídos do ultrassom para limpeza de dentes, ultrassom para limpeza de instrumentais, sugador de alta potência, vibrador de gesso e o som ambiente poderiam contribuir para a perda auditiva.12 18 Nas escolas de odontologia, durante as aulas práticas em clinicas de ensino, o ambiente acústico pode apresentar altos níveis de ruído quando comparadas com outros locais, devido ao som produzido pelos aparelhos usados em vários consultórios ao mesmo tempo.16 Atualmente, com toda evolução tecnológica, os equipamentos foram sendo aperfeiçoados para melhorar a qualidade no trabalho do cirurgião dentista, mas ainda, o ruído no ambiente do consultório odontológico, é um fator que não pode ser negligenciado porque a carga horaria às vezes passa despercebida pelo profissional. Com a pesquisa foi desenvolvido um aplicativo denominado EscutaSaúde, para a prevenção dos ruídos durante os tratamentos odontológicos, com ele o cirurgião dentista pode medir os ruídos em tempo real, levar o registro histórico de níveis e tempo de exposição ao ruído. É importante que pesquisas sejam realizadas para avaliar o nível de ruído existente em consultórios e locais de ensino odontológico além do conhecimento que alunos e profissionais possuem sobre o risco que pode apresentar o ruído na saúde e a prevenção do mesmo. 19 Objetivo geral: Determinar transtornos auditivos e níveis de ruído existentes em clínica de ensino odontológico durante as aulas práticas do curso de graduação em odontologia. Objetivos específicos:  Investigar transtornos auditivos e o conhecimento dos estudantes com relação a Perda Auditiva Induzida por Ruído.  Identificar os níveis de ruído dos instrumentos rotatórios (canetas de baixa, alta rotação) que atingem o operador e o paciente, durante a realização do tratamento odontológico, realizando medições próximas e a distância.  Identificar os níveis ruídos em clínica odontológica de ensino com todos os consultórios em funcionamento. 20 Quadro 1. Bases de dados para revisão de literatura Lilacs, Scielo, Pubmed, Bireme e Web of Science Descritores utilizados Ruído ocupacional, perda auditiva, odontologia, odontólogos, saúde laboral, ergonomia 21 Quadro 2 -Revisão de literatura Autor Ano País/Cidade Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões Doris C. Palma(1) 1999 Brasil (Porto Alegre) Levantamento bibliográfico Abordar alterações provocadas pela exposição ao ruído. Os feitos do ruído na audição e a prevenção Estabelecer medidas preventivas e valorar cada caso (uma vez estabelecida a doença) com o devido encaminhamento. Virgina Ramos Keenan(2) 1999 Brasil (Porto alegre) Inquérito Verificar informações dos profissionais sobre perda de audição e sua prevenção no consultório odontológico Questionários a 67 odontólogos Os resultados mostraram pouco conhecimento sobre a perda auditiva e sua prevenção. Ana Tereza Torres Paraguay(3) 1999 Brasil (Recife) Inquérito Verificar se o ruído no consultório exerce alterações na acuidade auditiva do odontólogo. Pesquisar o padrão audiologico do odontólogo Amostra de 15 odontólogos na faixa etária de 25 a 45 anos Perda auditiva pelo ruído é previsível e evitável. Medidas de proteção devem ser tomadas para limitar ou prevenir os danos aos ouvidos. Adriana Lacerda, Sandra Cristina Sabbaga de Melo ,Simone Dzierwa Mezzadri,Walkiria Garcia Zonta(4) 2002 Brasil (Curitiba) Estudo transversal Avaliar o nível de pressão sonora no consultório Medição de nível de pressão sonora (Simpson) e áudio calibrador em ambiente silencioso até ruidoso com todos os consultórios em funcionamento Os níveis de pressão sonora encontrados podem causar desconforto, mas não risco ou danos à saúde 22 Quadro 2 -Revisão de literatura Continuação Autor Ano País Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões Renato José Berro, Katia Nerm(5) 2004 Brasil (São Paulo) Estudo transversal Avaliar o nível de ruído em altas frequências dos equipamentos odontológicos em diferentes procedimentos da prática clínica. Com um analisador de frequência, medindo as faixas de 4.000 Hz, 5.000 Hz, 6.300Hz e 8.000 Hz. Um boneco simulador de pacientes foi usado para praticar as intervenções Todos os aparelhos usados no consultório odontológico produzem ruídos de alta frequência. O consultório odontológico é um ambiente ruidoso Nelly Foster Ferreira (6) 2005 Brasil (Araçatuba) Estudo transversal Analisar o nível do ruído de 3 marcas de canetas de alta rotação -Identificar qual é menos lesivo ao profissional -Verificar atenuações produzidas pelos protetores auriculares Foram feitas no total de 740 medições, com atenuações em decibel nas frequências de bandas de 1/1 oitavas das 4 marcas diferentes de protetores auriculares do tipo plug, disponíveis, atualmente, no mercado. O profissional deve adotar medidas preventivas. O uso do protetor auricular, não obrigatório, mas para evitar lesões ao logo da profissão 23 Quadro 2 -Revisão de literatura continuação Autor Ano País Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões Artênio José Isper Garbin, Cléa Adas Saliba, Nelly Foster Ferreira, Newtom Ferreira Luis(7) 2005 Brasil (Araçatuba) Estudo transversal Medições feitas em 80 alunos com dosímetro durante as 8 horas de trabalho Os níveis de ruído mostram uma atividade não insalubre de acordo as normas de segurança, mas sobrepassam o limite de 65dB da norma de conforto acústico. Bianca Oliveira Torres (8) 2007 Brasil (Natal) Inquérito Investigar o conhecimento sobre PAIR em académicos de odontologia em relação aos níveis de ruído a que estão expostos 167 acadêmicos de ambos sexos . Os profissionais têm conhecimento sobre o PAIR, os ruídos têm nível permissível, mas podem provocar prejuízos à saúde dos profissionais Marcelo Ricardo Azevedo Dellias(9) 2007 Brasil (Piracicaba) Revisão de literatura Identificar riscos e os problemas relacionados à saúde do cirurgião dentista no ambiente de trabalho. Realizar estudos com mais frequência, ter rigorosa observância da biossegurança no local do trabalho. Edgard Crosato, L Elizete ,Edgard Michel-Crosato ,Maria Gabriela Haye Biazevic.(10) 2007 Brasil (São Paulo) Estudo transversal, experimental Identificar a pressão sonora das canetas de lata rotação Foram utilizadas três marcas diferentes de canetas de alta rotação A média de pressão sonora das três canetas de alta rotação não ultrapassou o limite da NR-15 de 85 dB, mas ficou acima dos 65 decibéis indicados como padrão de qualidade pela norma ISO. Diante do exposto, o profissional deve adotar meditas preventivas para evitar lesões auditivas. 24 Quadro 2 -Revisão de literatura continuação Autores Ano País Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões José Agustín Pujana García Salmones, Manuel Javier Toriz Maldonado, Guillermo Silva Rodriguez, María del Carmen Bonastre Morera, María del Socorro Monroy Cuenca, Eduardo Llamosas Hernández(11) 2007 México (Iztalaca) Estudo transversal Identificar e medir ruídos presentes no exercício da odontologia Medições feitas em 4 clinicas durante três períodos do tempo, início, meio e antes do final durante 15 segundos. O ruído gerado no exercício da odontologia sobrepassa os limites estabelecidos na norma mexicana. Recomendam o uso de protetores de ouvido pelo odontólogo. Hussein M Elmehdi(12) 2010 Emiratos Arabes Transversal tipo inquérito Avaliar o nivel de ruído e sua relação com ansiedade e medo da população Medidor digital colocado no centro e longe da parede a 5-7cm da equipe dental e ângulo de 45 grau, 20 seg quando a caneta é operada no máximo. Inquérito do paciente ao escutar o ruído Os ruídos gerados tem influência na ansiedade e o medo dos pacientes aos tratamentos dentais Tatiana de Cassia Viana Pereira Oliveira(13) 2011 Brasil (Minas Gerais) Revisão de literatura Buscar evidencias publicadas de riscos ocupacionais a que estão expostos os cirurgiões dentistas Enumerar as doenças ocupacionais assim como suas características. Melhoras as condições do trabalho, a organização no ambiente de trabalho melhora a qualidade de vida do professional 25 Edmir Américo Lourenço, Janaína Medina da Rocha Berto, Sávio Butignolli Duarte, João Paulo Martins Greco.(14) 2011 Brasil/Jundaí Estudo de serie, prospectivo Medir intensidade de ruídos de motores, verificar se são lesivas para o ouvido humano. Medições com o decibelímetro, medições serviço público e privado Limites de ruído permissíveis, mas nos consultórios do serviço público a intensidade é maior que nos consultórios particulares 26 Quadro 2 -Revisão de literatura continuação Autores Ano País Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões JC,Nascimento dos Santos L,Matos de Cravlho HJ(15) 2011 Brasil (João Pessoa) Estudo de caso Avaliação acústica de um consultório Levantamento físico do ambiente de trabalho, medições de ruidos interno e externos da identificação das atividades desenvolvidas, da identificação das fontes externas e internas de ruídos e da medição dos níveis destes. Estes últimos foram comparados com a NBR 10.152 (ABNT, 1987). O ambiente não atende aos parâmetros acústicos e que, apesar de os níveis de ruído medidos não causarem danos à saúde dos usuários, provocam desconforto. Thitiworn Choosong,Wandee Kaimook,Ratchada Tantisarasart,Puwanai Sooksamear,Satith Chayaphum,Chanon Kongkamol, Wisarut Srisintorn, Pitchaya Phakthongsuk(16) 2011 Tailandia Estudo transversal Determinar à exposição ao ruído do odontólogo, assistente dental e técnico do laboratório 113 dentistas e auxiliares dentais divididos em 3 grupos: 55 Dentistas., 49auxiliares dentais e 9técnicos de laboratório O pessoal da odontologia está exposto a elevados níveis de ruído que sobrepassam os limites permissíveis Ferrando K, Chirife T, Jacquett (17) 2012 Paraguay observacional, descritivo, de corte transverso Determinar a exposição a ruídos pelo exercício profissional em docentes odontólogos de uma Universidade privada 90 docentes odontólogos de uma Universidade Privada de Assunção, participaram do estudo, voluntariamente, um total de 70 docentes, com idade entre 30 e 87 anos. Os dados apresentados a seguir ressaltam que os profissionais docentes estão expostos a diferentes tipos de ruídos que com o tempo poderiam ocasionar perda auditiva Glissia Gisele Alves, Eduardo Sérgio Donato Duarte Filho, Fábio Henrique de Sá Leitão Pinheiro Petrônio José de Lima Martelli(18) 2012 Brasil Revisão de literatura Discutir riscos, medidas de proteção e boas práticas dos auxiliares no consultório odontológico Revisão de artigos científicos nas bases de dados Precisam se de medidas que garantam uma boa capacitação profissional, a fim de erradicar práticas inadequadas e reforçar a implementação de regras proteção no consultório 27 Quadro 2 -Revisão de literatura continuação Autores Ano País Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões Arindam Dutta,Kundabala Mala,Shasshi Rashmi Acharya(19) 2013 India Estudo transversal Avaliar os níveis dos ruídos na clínica de dentistrica e endodontia Com um decibelímetro (sonômetro) fizeram medições em quatro horários de trabalho, ativados em intervalos de 3 min e gravado máximo e mínimo nas clinicas de graduação e pós-graduação Maior ruído na clínica de graduação Yanara Espinoza Ormeño Karen Hernández Cazcarra Gabriela Ortega López Mabel Pilquil Fernández(20) 2013 Chile/Santiago Estudo não experimental, analítico e transversal Caracterizar o desempenho auditivo de estudantes e egressados de odontologia 63 estudantes odontólogos divididos em 3 grupos Estudantes e odontólogos com maior tempo de exposição ao ruído presentam pior desempenho nas provas acústicas Héctor Hernández Sánchez(21) 2013 Cuba/Habana Revisão Bibliográfica Analises da influência do ruído sobre a saúde Pesquisa nas bases de dados O ruído tem influência no médio ambiente. Estabelecer o controle dos níveis de ruído Eduardo Fuentes L, Consuelo Rubio M, Felipe Cardemil M(22) 2013 Chile/Santiago Corte transversal Determinar si la presencia de escotoma en las frecuencias 3,4 y 6 kHz está asociada a la exposición a ruido de implementos dentales. 50 estudantes de odontologia expostos ao ruído e 107 não expostos de outros carreiras Geram se condições acústicas desfavoráveis nos laboratórios de odontologia 28 Quadro 2 -Revisão de literatura continuação Autores Ano País Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões Yousuf A,Ganta S,Nagaraj A,Pareek,atri M,Sidig M(23) 2014 India (Jaipur) Inquérito Determinar a influência do nível de ruído nas moléstias e medo do paciente Estudo de 180 pacientes, 90 em clinicas privadas e 90 em Dental College de Jaipur. Por meio de uma escala se avalio o nível de moléstia e medo ao ruído.Inquérito pacientes entre 15-50 anos Os ruídos têm influência no medo e o nível de moléstias do paciente durante o atendimento Lotify Qsaibati, Ousama Ibrahim(24) 2014 Siria (Damasco) Estudo transversal Medição dos níveis do ruído durante o ensino na clínica dental Medições a 15 cm simulando a posição do operador, foram feitas em intervalos de 20 seg. entre o máximo e o mínimo. Outras medições feitas no centro da clínica (20) aparelhos em funcionamento. Foram feitas com um sonômetro BEHA UNITEST 93517, Germany) medições em laboratórios a 15 cm e 2m Os limites detectados foram considerados de risco, é necessário a redução dos níveis de ruído até lograr o conforto acústico Suzely Adas Saliba Moimaz, Adriana Cristina Oliva ,Nemre Adas Saliba,Danielle Bordin,Tânia Adas Saliba Rovida,Cléa Adas Saliba Garbin(25) 2015 Brasil (S.J Rio Preto) Estudo transversal, tipo inquérito e observacional Avaliar condições de trabalho, e a satisfação e qualidade de vida 83 profissionais dos 12 municípios do Departamento da Saúde Rio Preto Observações e entrevistas Desconforto com o ambiente sonoro, ambiente fisico de trabalho insalubre Artênio José Ísper Garbin, Cléa Adas Saliba Garbin, Renato Moreira Arcieri,Tânia Adas Saliba R, Ana Carolina da Graça Fagundes Freire(26) 2015 Brasil(Araçatuba) Estudo transversal, descritivo e observacional Avaliar a prevalência das doenças ocupacionais musculo esqueléticas 80 dentistas do setor público e privado A presença das doenças ocupacionais é devido ao excesso de horas nos tratamentos dentais com uma postura incorreta 29 30 Quadro 2 -Revisão de literatura continuação Autores Ano País Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões Juana Castro Espinosa ,Sirly Ortiz Julio ,Guillermo Tamayo Cabeza, Farith González Martinez (27) 2015 Colombia (Cartagena) Estudo Descritivo Descrever os níveis do ruído a que estão expostos os estudantes da universidade da Cartagena Medições em cubículos odontológicos e corredores feitas com o sonómetro marca PYLE- pspl41 Recomendam o uso de protetores auriculares Natana Paula Osmarin, Joseane Viccari Calza(28) 2016 Brasil/Passo Fundo Quantitativo experimental Avaliar o nível de ruído produzido dentro da clínica odontológica 80 aferições de nível de ruído. O Decibelímetro posicionado e preso no tripé a nível do ouvido do cirurgião dentista, durante 3 horas e 30 min, 5 vezes por semana, 20 dias. Decibelímetro Digital Hikari/HDB-882. É importante estar atento às condições adequadas de trabalho dos profissionais e estabelecer medidas preventivas para evitar os efeitos nocivos causados pelo ruído. Myers J, Jonh AB,Kimball S,FruitsT (29) 2016 Estados Unidos (Oklahoma) Estudo transversal Avaliar o nível de ruídos nos consultórios, risco de prevalência de zumbidos de ouvido (tinnitus)e a perda auditiva induzida pelos ruídos. Medições de níveis de ruídos com uso de canetas e sugador. Questionário para determinar a presença de zumbidos de ouvido (tinnitus). Os resultados mostram que o cirurgião dentista está exposto ao risco de elevados níveis de ruídos produzidos por canetas e sugador. A necessidade da intervenção educativa nos profissionais. 31 Quadro 2 -Revisão de literatura continuação Autores Ano País Tipo de pesquisa Objetivo Amostra Principais conclusões Felipe Enrique Lozano Castro, Ana María Díaz Soriano, Jean Carlos Wilmer Payano Arcos, Francisco Isidoro Sánchez Rengifo, Enma Dajanne Ambrocio Barrueto, María del Carmen Huapaya Pardavé, Cristina Reguera Izquierdo, Pérez Rojas(30) 2017 Perú (Lima) Estudo transversal Determinar o nível do ruído durante os procedimentos odontológicos nas Áreas de Operatória dental, Próteses fija, Endodontia 80 registros sonoros de procedimentos nos 4 departamentos (Protesis.f, operatória, odontopediatria, endodontia) com sonômetro digital o nível de ouvido e a 45 cm. Os procedimentos clinico odontológicos estavam dentro os limites sonoros permissíveis. Yadia Grass Martínez, Mario Castañeda Deroncelé, Glenda Pérez Sánchez, Leyxi Rosell Valdenebro, Lisandra Roca Serra(31) 2017 Cuba (Santiago de |Cuba) Estudo observacional, descritivo e transversal Identificar os níveis do ruído no ambiente laboral no Serviço da Estomatologia Inquérito em 59 trabalhadores (se presentam ou não sintomas acústicos) Medições feitas em Departamento de Próteses, Conservadora, Ortodontia e Periodontia pelo especialista em risco físico dos ruídos internos e de fundo. -Ruídos por encima do estabelecido que podem provocar perda auditiva Munhoz G, Bozza A, Lopes A.(32) 2017 Brasil/São Paulo Estudo observacional analítico ocupacional Identificar os conhecimentos dos cirurgiões dentistas com respeito aos riscos associados à saúde auditiva Questionário tipo misto a 50 cirurgiões dentistas Informações reduzidas sobre o ruído e poucas medidas preventivas. Noelia Yesica Martínez Cántaro Isabel Ayca Castro Wender Condori Quispe(33) 2018 Perú Descritivo de corte transversal Estabelecer relação entre os níveis de audiometria e o ruído ocupacional nos estudantes de odontologia 74 estudantes de odontologia Estudantes com maior tempo de exposição ao ruído pior desempenho nas provas acústicas 32 33 Metodologia expandida Trata-se de um estudo transversal, realizado em clínica de ensino de graduação em odontologia, de uma faculdade pública do estado de São Paulo, Brasil. A população de estudo foi constituída por 81 estudantes, do terceiro ano do curso diurno e quarto ano de odontologia do curso noturno. A seleção desse universo deve-se ao fato dos acadêmicos estarem desenvolvendo atividades práticas que envolviam atendimento clinico, estando em contato com o ruído ocupacional. Foram incluídos todos os estudantes regularmente matriculados e que desejaram participar da pesquisa, e como critérios de exclusão aqueles que não estavam presentes nas clinicas depois de 3 tentativas de aplicação dos questionários. Para o desenvolvimento da pesquisa foi realizado um estudo piloto com 6 estudantes não incluídos na pesquisa, para verificar o questionário e a capacitação do operador na coleta das medições de ruídos. Os dados foram coletados em duas etapas. Na primeira etapa aplicou-se o questionário durante as aulas práticas da disciplina de dentística restauradora, o preenchimento do mesmo foi feito quando os estudantes terminaram as atividades docentes. As variáveis de estudo avaliaram: condição sociodemográfica; transtornos auditivos; hábitos relacionados com a audição; sobre as aulas práticas e o conhecimento acerca da PAIR. As variáveis da condição sociodemográfica foram: idade, gênero e ano de estudo. Nas variáveis referidas a transtornos auditivos relacionavam a presença ou não deles e quais sintomas em caso afirmativo; referente a tratamento, exames audiométricos e seus resultados; familiares com transtornos da audição, doenças preexistentes e uso de medicamentos. Informação sobre hábitos de aumentar o volume da televisão, ouvir música, uso de fones de ouvido, pedir repetição numa conversa e a dificuldade ou não para entender a fala num ambiente silencioso. Com relação as aulas práticas, como eles 34 se sentem em relação ao ruído existente, o tempo de práticas e a exposição ou não a outro ambiente ruidoso. A Perda Auditiva Induzida pelo Ruído, o conhecimento das causas, orientações recebidas, considere ao cirurgião dentista como profissional de risco para a perda auditiva e o uso dos protetores auriculares. Em um segundo momento foi realizada a mensuração dos ruídos, o instrumento empregado foi o decibelímetro Digital Profissional marca Hikari Hdb-882, aparelho que mede a vibração sonora em decibéis, na escala de 30 a 130 dB (escala utilizada para medir a resposta do ouvido com som de baixa intensidade, usada para estabelecer o nível de contaminação acústica) e calibrado pelo INMETRO, seguindo as instruções correspondentes pelo operador(Figura 1). Figura 1. Decibelímetro digital profissional Hikari HDB Primeiramente foi selecionada amostra de forma aleatória por sorteio dos estudantes participantes da pesquisa para coletar os dados em 10 consultórios durante o uso das canetas de alta e baixa rotação; foram feitas duas medições a cada distância, durante 5 segundos, e em dois períodos diferentes das aulas práticas pelo mesmo operador, com o decibelímetro em 3 posições ,formando ângulo reto com o chão (Figura 2):  A nível do ouvido direito do operador a distância de 5 cm  A nível do ouvido direito do operador a distância de15 cm  A nível do ouvido direito do operador a distância 50cm 35 Figura 2. Posição do operador nas medições da clínica. UNESP. 2018 Foram calculadas as médias dos valores de ruídos em decibéis obtidos em cada distância. Foi preciso um processo de calibração do aparelho e treinamento com a cooperação do operador e paciente para evitar a fala ou outro ruído que alterasse as medições que foram feitas na clínica de ensino durante as aulas práticas. Os dados foram registrados em uma ficha com a data da toma de mostra. Para identificar os níveis de ruídos no ambiente geral da clínica foram realizadas medições de ruídos com os aparelhos odontológicos em funcionamento, em pontos pré- estabelecidos da área, como demostra na figura 3: nos cantos (pontos A, B, C, D) e centro (ponto E) da clínica de ensino odontológico. A numeração dos pontos foi realizada no sentido horário a partir da entrada da clínica. O decibelímetro foi posicionado pelo operador a uma distância de 1 metro do chão. (Figura 3) Figura 3. Esquema ilustrativo da clínica de graduação. UNESP 2018 36 Foram realizadas três medições em cada ponto, com duração de 30 segundos cada uma em três momentos padronizados em que os equipamentos odontológicos estavam em funcionamento. O valor em decibéis registrado foi o máximo obtido no aparelho em cada medição. Depois de realizadas todas as medições, foram calculados as médias e o desvio padrão. Os resultados obtidos nos questionários e fichas foram analisados por meio do programa Epi Info 7.2 e apresentados em tabelas e gráficos. O presente estudo seguiu todos os princípios éticos da Declaração de Helsinque, sendo preservada a confidencialidade das fontes de informações. Todos os estudantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participar desta pesquisa e o projeto foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Araçatuba sob parecer FOA/2.559.211-2018. 37 Capítulo 1. Alterações auditivas, percepção e conhecimentos de estudantes sobre ruído em clínica de ensino odontológico. Resumo. As condições adequadas do ambiente de trabalho são fundamentais para o bom desenvolvimento das atividades a serem realizadas pelo cirurgião dentista. Nas aulas práticas de odontologia pode haver níveis elevados de ruído e em consequência, causar alterações auditivas nos estudantes. O objetivo nesta pesquisa foi identificar as alterações auditivas nos estudantes de odontologia e avaliar o conhecimento com relação a perda auditiva induzida pelo ruído. Trata- se de estudo transversal, tipo inquérito, como amostra foram estudantes do terceiro ano curso diurno e quarto ano de odontologia do curso noturno. As variáveis estudadas foram sobre os transtornos auditivos e o conhecimento do PAIR (perda auditiva induzida pelo ruído). Os resultados mostram a presença de transtornos auditivos em14,81% dos estudantes, só receberam tratamento o 7,41%. Quanto a exames audiométricos 28,40% já havia realizado sendo 25,43% com o resultado normal. Dos estudantes, 24,69% tem familiares com problemas da audição e 11,11 % tenham doenças preexistentes;49,38%precisam repetição durante uma conversa e 34,47%se sente irritado no ambiente das aulas práticas e consideram as canetas de alta rotação o aparelho mais ruidoso. Em relação aos desfechos sobre conhecimentos 93,83% afirmaram que o cirurgião dentista e um profissional de risco para perda auditiva por ruído, mas só 83,95% ainda não recebeu orientação sobre o PAIR. Respeito ao protetor auricular 77,78% conhecem, mas 3,70% refere ter usado. Conclui-se que os estudantes de odontologia apresentam transtornos auditivos induzidos pelo ruído assim como o local das aulas práticas é considerado ruidoso, é preciso o maior o conhecimento dos riscos do ruído nos alunos e a utilização de medidas de prevenção para evitar a perda da audição a longo prazo. Palavras Chaves: perda auditiva, ruído ocupacional, estudantes de odontologia 38 Abstract The conditions of the work environment are essential for the good development of the activities to be performed by the surgeon dentist. In class practice of dentistry there may be high levels of noise and as a result, cause changes in hearing. The objective of this research was to identify auditory changes in dentistry students and evaluate the knowledge with respect to noise-induced hearing loss.This is a cross-sectional study, survey type, as were students of the third year course day and fourth year dental course. The variables studied were about hearing disorders and the knowledge of the PAIR (noise- induced hearing loss). The results show the presence of auditory disorders em14 .81 percent of students, only received treatment the 7.41%. As audiometric examinations 28.40% had already done 25.43% with the result being normal. Of students, 24.69% got familiar with problems of hearing and 11.11% have preexisting conditions; 49.38% need repetition during a conversation and 34.47% feel angry in the environment of practical lessons and consider the pens of high speed the unit more Ruidoso. In relation to outcomes on knowledge 93.83% stated that the dental surgeon and a professional risk for hearing loss through noise, but only 83.95% has not yet received guidance about the PAIR. Respect to the earplug 77.78% 3.70% meet, but have used. It is concluded that dentistry students present noise induced hearing disorders as well as the location of the practical classes is considered noisy, it takes the greater knowledge of the hazards of noise in students and the use of preventive measures to prevent hearing loss in the long run. Key words: hearing loss, occupational noise, dental students 39 Introdução: As condições adequadas do ambiente de trabalho são fundamentais para o bom desenvolvimento das atividades a serem realizadas pelo cirurgião dentista. Na atualidade esta profissão torna-se cada dia mais competitivo o fato de que exige um aumento das jornadas laborais.1 As vivências no local de trabalho repercutem na vida cotidiana, no contexto profissional, doméstico e social, interferindo na qualidade de vida.2 A odontologia é uma profissão que gera muitos riscos para a saúde do cirurgião- dentista quando não se trabalha com posturas adequadas. No consultório odontológico geram-se ruídos em função principalmente dos aparelhos de baixa e alta rotação, chamados estruturas cortantes rotatórias bastantes empregadas na pratica clínica, o profissional por tanto fica exposto a fatores que o longo prazo afeta a saúde, como por exemplo: surdez, estresse, hipertensão, conjuntivite, herpes, micose, varizes e infeções cruzadas.3,4,5 O ruído pode ser definido como a mistura de sons ou tons, cujas frequências diferem entre si por um valor inferior ao poder de discriminação de frequência do ouvido, ou seja, é qualquer sensação sonora considerada indesejável6.O nível de ruído tolerado pelo ouvido humano é de 70 decibéis7, sendo que níveis acima desta medida são prejudiciais para o sistema auditivo e é, considerado um contaminante ambiental muito grave. A extensão do dano provocado pelo ruído depende da intensidade, frequência dos sonidos expostos ao ruído. A exposição a altos níveis do ruído é bem conhecida como a causa da perda da audição 8,9 Em 1995 a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) declarou que o ruído foi considerado como uma das principais causas dos maiores problemas de saúde nos EUA, já que aproximadamente 30 milhões de trabalhadores estavam expostos a níveis de ruídos prejudiciais à audição no ambiente de trabalho, e que na América Latina o 17% da 40 população exposta ao ruído com jornadas de 8 horas diárias durante os 5 dias da semana , com uma exposição entre 10 e 15 anos , presenta perda da audição.10,11,12 A função principal da audição está relacionada à aquisição e desenvolvimento da linguagem oral, essencial nas relações interpessoais e com o meio ambiente, por isso o ruído e suas repercussões na saúde assim como a maneira de estabelecer seu controle tem sido objeto de estudos no campo da Saúde Pública, da Acústica, da Fisiologia y da engenheira.13 No final da década do 50,com o desenvolvimento do primer torno manual de turbina 14 iniciaram se os estudos sobre a Perdida Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR), entre os profissionais da odontologia e tempo depois com a aparição das turbinas pneumáticas e motores especiais da alta velocidade aumentou o problema da sonorização no ambiente do trabalho do consultório odontológico.15 Para regular as condições de exposição das pessoas aos ruídos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a norma NBR 10.152 (ABNT, 1987) Acústica – Avaliação do ruído ambiental em recintos de edificações visando o conforto dos usuários – Procedimento, que estabelece limites para os ruídos de fundo nos ambientes construídos, objetivando o conforto acústico. Essa norma é indicada, inclusive, pela NR-17 (Ergonomia) (NORMA..., 1990) ao relacionar o problema acústico a problemas ergonômicos da atividade de trabalho. No caso dos consultórios odontológicos, a NBR 10.152 (ABNT, 1987) estabelece um limite de 35 a 45 dB (A) na sala de atendimento, e de 40 a 50 dB na sala de espera, sendo o primeiro valor o de conforto, e o segundo o limite admissível para o ruído.16,17 Na atualidade a perda auditiva é mais prematura, nas décadas anteriores esta ocorria aos 60-65 anos originada pelo processo do envelhecimento agora aparece entre os 40-59 anos18. Muitas pesquisas têm sido feitas para avaliar o nível de ruído no consultório3,5,7,10,11,12,15 provocados pelos aparelhos utilizados nos diversos tratamentos odontológicos. Em pesquisa com 20 marcas de motores de alta rotação, 41 experimentalmente em manequins, imitando paciente, os autores encontraram níveis entre 70 a 92 dB (NA), e alertaram que os ruídos do ultrassom para limpeza de dentes, ultrassom para limpeza de instrumentais, sugador de alta potência, vibrador de gesso e o som ambiente poderiam contribuir para a perda auditiva.19,20 Nas escolas de odontologia, durante as aulas práticas em clinicas de ensino, o ambiente acústico pode apresentar altos níveis de ruído quando comparadas com outros locais, devido ao som produzido pelos aparelhos usados em vários consultórios ao mesmo tempo21. Sendo assim é importante que pesquisas sejam realizadas para avaliar o nível de ruído existente em consultórios e locais de ensino odontológico além do conhecimento que alunos e profissionais possuem sobre o risco que pode apresentar o ruído na saúde e a prevenção do mesmo. 42 Metodologia Trata-se de um estudo transversal realizado em clínica de ensino de graduação em odontologia, de uma faculdade pública do estado de São Paulo, Brasil. O universo da pesquisa foi composto por todos os alunos do terceiro ano do curso diurno e quarto ano do curso noturno de odontologia.A seleção desse universo deveu-se ao fato dos acadêmicos estarem desenvolvendo atividades práticas que envolviam atendimento clinico, estando em contato com o ruído ocupacional. Foram incluídos todos os estudantes regularmente matriculados e que aceitaram participar da pesquisa e como critérios de exclusão aqueles que não estavam presentes nas clinicas depois de 3 tentativas de aplicação dos questionários. Os dados foram coletados durante as aulas práticas da disciplina de dentistica restauradora, por uma única pesquisadora devidamente treinada empregando um questionário estruturado e autoaplicável, com questões fechadas e abertas. O questionário foi previamente testado em um estudo piloto com 6 estudantes que não faziam parte da amostra. As variáveis de estudo foram: presença de transtornos auditivos, sintomas, doenças preexistentes, familiares com transtornos auditivos, realização de exames audiométricos e conhecimento da Perda Auditiva Induzida pelo Ruído. Após apresentação dos objetivos aos participantes foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A pesquisa foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição em que foi realizada a pesquisa e obedeceu aos princípios éticos de pesquisas com seres humanos Os resultados obtidos nos questionários foram analisados por meio do programa Epi Info 7.2 e apresentados em tabelas e gráficos. 43 Resultados Do total de 81 participantes 59 (72,84%) eram mulheres e 22(27,16%) homens. A faixa etária dos estudantes estava compreendida entre 19 e 26 anos. Do total de estudantes de odontologia 14,81% apresentavam transtornos auditivos, sendo o zumbido, cefaleia, otalgia e otorreia os mais frequentes. Com relação ao tratamento só 7,41 % afirmaram ter realizado. Do total, 28,40% haviam realizado exames audiométricos. Dentre os entrevistados 24,69% afirmaram ter algum familiar com transtorno auditivo. Quanto as doenças preexistentes 88,89% negaram,11,11% responderam afirmativamente, 9,88% apresentaram transtornos nas tiroides, 2,47% transtornos nervosos e 3,70 % cardiopatia. O 49,38 % dos pesquisados afirmaram precisar de repetição durante uma conversa. Em relação ao hábito de ouvir música 88,75% respondeu afirmativamente, sendo 73,91% até 2 horas no dia, 71,79% referiram o uso de fones de ouvido e 72,13% por mais de 5 anos. (gráfico 1) Gráfico 1. Percentual de estudantes que utilizavam fones de ouvido segundo o período de uso. Araçatuba 2018. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Más de 5 años 1 a 3 años 3 a 4 años menos de 1 año 44 9 6 2 Estudantes que usam fones de ouvido 44 Quanto a percepção e sintomas em relação ao ruído no ambiente de práticas clínicas de odontologia, nota-se que 40,74% sentem-se confortáveis,34,57% irritados, 22,22% cansados e 2,47 desmotivados. Questionados se eles conhecem o que é a perda auditiva induzida pelo ruído, as respostas mais frequentes foram “perda da audição “e “dificuldade em ouvir”. Também foram questionados se eles consideravam o cirurgião dentista um profissional de risco para a perda da audição, e 93,83 % deles responderam afirmativamente. Sobre as causas da PAIR na odontologia as respostas quase em sua totalidade coincidiam com o ruído provocado pelas canetas de alta e baixa rotação. Quanto a receber alguma orientação sobre a perda auditiva induzida pelo ruído somente 13 (16,05%) responderam afirmativamente. Em relação aos protetores auriculares 77,78% conhecem sua função, mas 96,30 % negou o uso. Tabela 1. Número e percentual de estudantes de odontologia segundo a percepção de problemas auditivos. UNESP. Araçatuba 2018 VARIAVEL SIM NÃO n % n % Você sabe o que é protetor auricular 63 77,78 18 22,22 Há usado protetor auricular 3 3,70 78 96,30 Você acha que o cirurgião dentista é um profissional de risco para a perda auditiva induzida por ruído? 76 93,83 5 6,17 Já recebeu alguma orientação sobre a perda auditiva 13 16,05 68 83,95 Durante uma conversa precisa de repetição 40 49,38 41 50,62 Exames audiométricos realizados 23 28,40 58 71,60 n % Resultados dos exames audiométricos Normal Alterado 21 2 25,93 2,47 Como se sente em relação ao ruído no ambiente onde está fazendo aulas práticas de odontologia? Do aulas práticas de odontologia? Irritado Confortável Cansado Desmotivado 28 33 18 2 34,57 40,74 22,22 2,47 Familiares com transtornos auditivos 20 24,69 Doenças preexistentes 9 11,11 45 Discussão Neste estudo sobre transtornos auditivos em estudantes de odontologia, observa se que os estudantes apresentam sintomas associados aos níveis de ruídos produzidos pelos aparelhos em funcionamento durante as aulas práticas na clínica de ensino como mostram pesquisas anteriores realizadas também em estudantes de odontologia9,13,19,20,23 Embora podem ter relação com o grau de suscetibilidade ao ruído que podem presentar algumas pessoas respeito a outras19 . Poucos estudantes afirmaram ter recebido tratamento por transtornos na audição, entrevistados referem ter realizado exames audiométricos sendo normais em maior porcento, resultado que coincide com pesquisa realizada na Escola de Audiologia da Faculdade de medicina na Universidade de Chile26 onde foram feitas avaliações audiométricas em estudantes e profissionais onde apesar de não existirem diferencias significativas tem uma tendência a pior desempenho em determinadas frequências em aqueles maiormente expostos pelos anos de estudo ou trabalho, similares resultados também foram obtidos León Leal 27(2013) em medições audiométricas feitas em estudantes de odontologia da Universidade de Cartagena de índias . Em relação ao hábito de ouvir música, a maioria dos estudantes responderam afirmativamente, com uso prolongando de fones de ouvido durante o dia. Em estudos realizados também com estudantes de odontologias foram observados resultados similares .25,26 No estudo realizado por Jurado Medina28 (2017) sobre avaliação os níveis de ruído a maioria dos participantes relataram sentir-se irritado em relação ao ruído na clínica, resultado que coincide com os achados nesta pesquisa. Os entrevistados consideraram as canetas de alta rotação como o aparelho mais ruidoso, resultado que corrobora pesquisas feitas sobre os níveis de ruído dos aparelhos em funcionamento no consultório odontológico .3,5,7,16,19 46 Na avaliação do conhecimento dos estudantes eles foram questionados se eles consideravam o cirurgião dentista um profissional de risco para a perda da audição e a maioria respondeu afirmativamente. Na pesquisa de Oliveira Torres (2007) assim como em estudo mais recente realizado por Santana Silva M, et.al (2016) com estudantes de odontologia foi obtido resultado similar. Com respeito ao PAIR (perda auditiva induzida por ruído) que é uma doença profissional de enorme prevalência nas comunidades urbanas industrializadas, sendo decorrente da exposição contínua a níveis elevados de pressão sonora 16 e pode comprometer a qualidade de vida do cirurgião dentista que está exposto a ruídos produzidos quando somados à jornada diária de trabalho 19 apesar da maioria dos estudantes conhecer suas causas e suas medidas de proteção afirmam não ter recebido algum tipo de orientação sobre a mesma , porem afirmam ter conhecimento com respeito aos protetores auriculares, mas não usam eles em sua grande maioria, estes resultados foram similares aos encontrados em outras pesquisas .25,26,27 Dentre as limitações do estudo destaca-se que só foram entrevistados os alunos de 3ro e 4to ano e teria sido importante estabelecer comparação com os alunos do 1ro e 2do que ainda não tem a carga horaria nas aulas práticas. 47 Conclusões Transtornos auditivos foram relatados por estudantes de odontologia. Embora que os estudantes tenham conhecimento de que o cirurgião dentista é um profissional de risco à PAIR, não usam meios de proteção contra o ruído. 48 Referências 1.Garbin AJI, Saliba CA, Moreira Arcieri R, Saliba TA, Fagundes Freyre AC. Musculoskeletal, pain and ergonimic aspecto f dentristy. Rev. Dor.2015;16 (2) São Paulo 2. Saliba SA, Oliva Costa A,Saliba NA, Bordin D, Saliba TA, Saliba CA. Condições de trabalho e qualidade de vida de cirurgiões dentistas no sistema único da saúde. Revista Ciência Plural. 2015;1(2):68-78 3. Pujana García JA, Toriz Maldonado MJ, Silva Rodríguez G, Bonastre Morera MC, Monroy Cuenca MS, Llamosas Hernández E. Medición del ruido generado en el ejercicio de la odontología. Revista Odontología Actual, núm.56,2007:24-8 4.Carrión Bolaños JA. Riesgos para la salud en profesionales de la odontología. 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Foram realizadas duas medições de ruídos durante os tratamentos odontológicos com canetas de baixa e alta rotação e três medições em pontos pré-estabelecidos do local da clínica com todos os aparelhos em funcionamento durante o período de 21 dias. O instrumento empregado foi o Decibelímetro Digital Profissional Hikari HDB-882. Os dados foram processados em Epiinfo e Excel 2016 e os resultados apresentados nas tabelas e gráfico. Os resultados mostraram ruídos elevados produzidos pelas canetas de baixa e alta rotação de 69,05dB e 80,90dB. Ruídos de 72,90 decibéis (dB) no centro da clínica e 74,2 dB; 76,3dB; 73,4 dB; 74,2 dB; nos cantos da área. Todos os valores de decibéis ultrapassam os 50 dB limite estabelecido como máximo permitido pela Organização Mundial da Saúde. Os estudantes de odontologia, durante as aulas práticas, estão expostos ao ruído excessivo produzido pelos equipamentos odontológicos, sendo necessário portanto a adoção de medidas preventivas para evitar o surgimento de lesões auditivas nos futuros profissionais. Palavras-chave: ruído ocupacional, odontologia, odontólogos, saúde do estudante, perda auditiva, ergonomia 52 Abstract Sound contamination constitutes a public health problem causing stress, fatigue, hearing loss among other disorders. In dental practice exposure to noise must be controlled to avoid damage to the health professional. Measure noise levels that reach the operator and the patient and noises produced in dental education clinic. An observational research in dental education clinic, with 3er and 4to year students of dentistry restorative dental practices in the classroom. Two noise measurements during dental treatments with low and high rotation pens and three measurements in pre-established points of the location of the clinic with all appliances in operation during the period of 21 days. The instrument employed was the Professional Digital decibel meter Hikari HDB-882. The data were processed in Epiinfo and Excel 2016 and the results presented in tables and graphic. The results show high noise produced by the pens of low and high rotation in the rank of 69, 80 and 05dB, 90dB. 72.90 noise decibels (dB) in the center of the clinic and 74.2 dB; 76, 3dB; 73.4 dB; 74.2 dB; in the corners of the area. All values in excess of 50 dB decibel limit set as maximum allowed by the World Health Organization. Students of dentistry, during lessons, practices are exposed to excessive noise produced by dental equipment, so the adoption of preventive measures to avoid the emergence of hearing damage in future professionals. Key words: occupational noise, dentistry, dentists, student health, hearing loss, ergonomics 53 Introdução: Na atualidade a contaminação sonora constitui um problema da saúde pública, considerada pela Organização mundial da saúde (OMS) como uma das três prioridades ecológicas junto com a polução do ar e das águas. No Brasil, estima-se que existam mais de 15 milhões de pessoas presentem algum grau de deficiência auditiva, isso equivalendo a pouco mais de 7% da população total do país. A maioria não dá atenção às suas dificuldades para captar toda a sonoridade do mundo e ignora que deixou de ouvir bem(1). Cerca de 70% das principais doenças que afligem a humanidade são atribuídas ao meio ambiente (2) e em nossos dias o termo de saúde ambiental procura entender como o ambiente afeta as condições da saúde das pessoas (3). No local do trabalho as condições ambientais repercutem no contexto profissional, na vida cotidiana assim como na qualidade de vida dos profissionais e podem provocar a longo prazo afetações na saúde dos trabalhadores que podem ser irreversíveis (4,5,6). A partir do final da década do 50 começaram a surgir, com desenvolvimento do primeiro torno manual de turbina, (7,8) os primeiros dispositivos que emitiam altos níveis de ruído e iniciaram- se os estudos sobre a Perdida Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR), entre os profissionais da odontologia. Tempo depois, com a aparição das turbinas pneumáticas e motores especiais da alta velocidade, aumentou o problema da sonorização no ambiente do trabalho do consultório odontológico. (9) Os cirurgiões dentistas são considerados “grupo vulnerável” a apresentar transtornos auditivos pela exposição aos ruídos dos aparelhos e instrumentos odontológicos. No consultório odontológico, assim como nas salas de aulas práticas geram-se ruídos consideráveis de aparelhos, como o motor de alta rotação, compressor, 54 sugadores de saliva, além de outros fatores associados ao ambiente de trabalho (10,11,12). Segundo o tempo de duração da exposição ao ruído depende a extensão do dano provocado pelo ruído assim como da intensidade e da frequência dos sonidos. A exposição a altos níveis do ruído é bem conhecida como a causa da perda da audição (13,14). Para regular as condições de exposição das pessoas aos ruídos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a norma NBR 10.152 (ABNT, 1987) Acústica – Avaliação do ruído ambiente em recintos de edificações visando o conforto dos usuários – Procedimento, que estabelece limites para os ruídos de fundo nos ambientes construídos, objetivando o conforto acústico. Essa norma é indicada, inclusive, pela NR- 17 (Ergonomia) (NORMA..., 1990) ao relacionar o problema acústico a problemas ergonômicos da atividade de trabalho. No caso dos consultórios odontológicos, a NBR 10.152 (ABNT, 1987) estabelece um limite de 35 a 45 dB (A) na sala de atendimento, e de 40 a 50 dB na sala de espera, sendo o primeiro valor o de conforto, e o segundo o limite admissível para o ruído. (15,16) Apesar das consequências negativas do ruído, poucas pesquisas tem sido realizadas sobre os níveis existentes nas aulas práticas de odontologia, pois os estudantes, futuros cirurgiões dentistas, estão imersos num ambiente ruidoso durante o desempenho do plano de estudos. 55 56 Objetivos:  Determinar os níveis do ruído que atingem o operador e o paciente durante os tratamentos odontológicos, com uso das canetas de alta e baixa rotação.  Identificar os níveis ruídos na clínica odontológica de ensino, com todos os consultórios em funcionamento. 57 Metodologia Realizou-se um estudo transversal descritivo em clínica de ensino de odontologia durante as atividades práticas da disciplina de dentistica restauradora. A clínica está localizada numa área que possui 420m2 com 40 consultórios odontológicos instalados, distribuídos em corredores voltados ao centro e às laterais (Figura 3). A pesquisa realizou-se com estudantes do 3ºano do curso diurno e 4º ano do curso noturno na FOA - Universidade Estadual Paulista -UNESP, São Paulo, Brasil. Foram excluídos os estudantes que não consentiram participar da pesquisa e aqueles que não estavam no dia da coleta de dados. Para a mensuração dos ruídos o instrumento empregado foi o decibelímetro Digital Profissional marca Hikari Hdb-882(aparelho que mede a vibração sonora em decibéis) na escala de 30 a 130 dB (escala utilizada para medir a resposta do ouvido com som de baixa intensidade , usada para estabelecer o nível de contaminação acústica) e calibrado pelo INMETRO(Figura 1). Foi realizada uma calibração do aparelho e treinamento com a cooperação do operador e paciente para evitar a fala ou outro ruído que pudesse causar vieses nas medições realizadas em cada consultório da clínica de ensino durante as aulas práticas. Os dados foram registrados em uma ficha com a data das medições. Para determinar os níveis de ruído que afetam o profissional e o paciente, realizaram-se medições individuais, a uma distância pre- estabelecida, em diferentes períodos nas aulas práticas. Foram realizadas 2 medições em 10 consultórios, com uma duração de 5 segundos cada uma, com o mesmo operador e com o decibelímetro em 3 posições distintas formando ângulo reto com o chão:  A nível do ouvido direito do operador a uma distância de 5 cm  A nível do ouvido direito do operador a uma distância de 15 cm 58  A nível do ouvido direito do operador a uma distância de 50cm Foram calculadas as medias dos valores obtidos em decibéis a cada distância nas duas medições realizadas. Para identificar os níveis de ruídos na clínica de ensino foram realizadas medições com os aparelhos odontológicos em funcionamento em pontos pré- estabelecidos na clínica , começando a defini-los no sentido horário a partir da entrada da clínica como demostrado na figura 3: nos cantos da área(pontos A,B,C,D) e centro (ponto E). O decibelímetro foi posicionado pelo operador a uma distância de 1 metro do chão (Figura 2). Foram feitas três medições em cada ponto, com duração de 30 segundos cada uma em três momentos padronizados com os equipamentos odontológicos em funcionamento. Os valores máximos no aparelho foram coletados em cada medição. Os dados foram registrados em ficha apropriada e posteriormente foram processados e por meio do software Epi Info 7 e em Excel 2016.Foram calculados médias e desvio padrão. O presente estudo seguiu todos os princípios éticos da Declaração de Helsinque, sendo preservada a confidencialidade das fontes de informações. Todos os estudantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participar desta pesquisa e o projeto foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Araçatuba sob parecer FOA/2.559.211-2018 59 60 Resultados A tabela 1 presenta as médias dos níveis do ruído registrados com a caneta de alta rotação: 77,31dB para as medições realizadas a uma distância de 5 cm; 75,03 dB para as medições a uma distância de 15 cm e 73,52dB para as medições a uma distância de 50 cm. Os valores mínimos e máximos observados nas medições foram de: 73,05dB - 80,90 dB a 5cm do operador; 72,30dB - 77,80dB a 15 cm do operador e 69,05dB - 76,95dB a una distância de 50 cm do operador. Média das duas medições (dB) n* D=5 cm D=15 cm D=50 cm 1 77,8 74,15 69,05 2 75,45 74,6 72,45 3 73,05 72,3 71,75 4 76,75 73,9 72,55 5 73,8 73,55 72,5 6 79,5 77,35 75,7 7 79,35 76,4 75,25 8 77,55 75,45 73,85 9 78,9 77,45 75,15 10 80,9 77,8 76,95 Média 77,31 75,03 73,52 Desvio 2,558477 1,889805 2,321781 padrão Tabela 1. Média do nível de ruído das duas medições com o uso das canetas de alta rotação.UNESP.Araçatuba 2018. n* consultórios sorteados para as medições Ao analizar os resultados dos níveis do ruído com a caneta de baixa rotação (Tabela 2) foi observada uma média de 72,80 dB a uma distância de 5cm, 71,60 dB aos 15cm de e 70,26 dB á distancia de 50cm . Os valores mínimos e máximos registrados foram: 70,20 dB - 74,10 dB para as medições realizadas a uma distância de 5 cm; 61 68,80dB - 73,15dB para as medições a una distância de 15 cm, e 68,10dB - 71,65dB para as medições a uma distância de 50 cm. Medias das duas medições n* D=5 cm D=15 cm D=50 cm 1 70,55 69,8 69,55 2 73,45 70,65 69,1 3 71,75 71,6 71,2 4 73,5 72,8 71,35 5 73,15 72,55 71,1 6 74,1 72,95 71,65 7 73,85 71,2 69,15 8 70,2 68,8 68,1 9 73,4 72,5 70,5 10 74,1 73,15 70,9 Média 72,8 71,6 70,26 Desvio padrão 1,445385 1,472715 1,198332 Tabela 2. Média do nível de ruído das duas medições com o uso das canetas de baixa rotação. Araçatuba 2018. n* consultorios sorteados para as medições A tabela 3 apresenta os resultados obtidos nas medições dos ruídos na clínica de ensino , na média dos ruídos nas três medições feitas na clínica de ensino com todos os consultórios em funcionamento .O nível máximo de ruído observado ocorreu em um dos cantos (ponto B) e o mínimo no centro da clínica de ensino (ponto E) Pontos de medição Medições em dB Média Desvío padrão 1a* 2a* 3a* Ponto A 73,5 74,3 74,8 74,2 0,919239 Ponto B 75,5 76,1 77,2 76,3 0,862168 Ponto C 72,9 73,7 73,5 73,4 0,416333 Ponto D 74,1 73,9 74,5 74,2 0,305505 Centro E 71,8 73,2 73,6 72,9 0,945163 62 Tabela 3. Média do nível de ruído das três medições em diferentes locais da clínica. UNESP. Araçatuba 2018 *sequencia de medições feitas Discussão Nessa pesquisa sobre os níveis de ruído em clínica de ensino odontológica observou-se que todos os resultados obtidos nas medições apresentam valores acima os níveis de ruídos permissíveis na norma NBR 10.152 (ABNT, 1987).Essa norma estabelece um limite de 35 a 45 dB (A) na sala de atendimento, e de 40 a 50 dB na sala de espera, sendo o primeiro valor o de conforto, e o segundo o limite admissível para o ruído.(12,13) Segundo o estabelecido pela OMS o limiar de incomodo para o ruído continuo é de 50 dB, sendo 55dB o limite já encima de este valor a pessoa fica em estado de alerta e não relaxa .No período noturno , os níveis sonoros devem situar-se entre os 5 e os 10dB abaixo dos valores diurnos para garantir o ambiente sonoro equilibrado.(17,18) Em um estudo realizado para medir a pressão sonora de canetas de alta rotação (23) de três marcas diferentes, foram observados níveis de ruído semelhantes aos da nossa pesquisa, com variação entre dB para marcas das canetas, o que corrobora diferenças nos valores obtidos, uma vez que estes dependem da caneta usada no tratamento, um aspecto que não levamos em conta nas medições. Outro estudo realizado na Universidade de Cartagena (6,) onde realizaram medições em clinicas de ensino também os valores obtidos foram similares aos nossos, superando os níveis de ruído das normas estabelecidas. O maior nível de ruído foi obtido no ponto B devido à posição que tem os consultórios neste lugar o que favorece que coincidam neste ponto mais aparelhos em funcionamento. 63 Os resultados deste estudo coincidem com os de outras pesquisas, que mostram o consultório odontológico como o ambiente ruidoso pelo uso dos equipamentos durante a realização de tratamentos (6,9,12,13,21). Garbin, et al, no estudo realizado para avaliar o ruído em uma clínica de graduação, obtiveram uma média de 76 dB nas medições de ruído em 8 horas(9).Na Faculdade de Medicina Dentaria da Universidade do Porto(FMDUP) encontraram que o ambiente acústico nas aulas práticas é caracterizado por níveis sonoros elevados de 61 a 88dB (19), em outra pesquisa no Policlínico docente em Santiago de Cuba , Cuba , em medições feitas no área de dentística da média de ruído foi de 71,2 dB(20) também por encima do nível permissível para o ouvido humano. Estudo realizado na Universidade de Cartagena mostra que os níveis de ruído em clinicas odontológicas reportou picos entre 79 e 85(6), outra pesquisa na Índia em o departamento de dentística e endodontia reportaram ruídos de 63 a 81,5dB (21). Embora os níveis de ruído obtidos são inferiores a 85dB do nível de pressão sonora com uma exposição diária permissível de 8 horas, estabelecida pela NR 15(22), é preciso considerar que os professionais da odontologia estão expostos a ruídos , desde os primeiros anos de estudo e logo durante as jornadas de trabalho o que pode produzir perda auditiva a longo prazo. Neste sentido é preciso a realização de exames auditivos periódicos que avaliem a condição da saúde do cirurgião dentista, assim como o estabelecimento de medidas preventivas como uso de protetores auriculares. 64 65 Conclusões O ruído produzido pelos equipos odontológicos durante os tratamentos, é elevado, o que de forma continua e a longo prazo podem produzir perdida auditiva em os profissionais. 66 Referências 1. Hospital das Clinicas. 15 milhões de brasileiros têm problemas auditivos. Fecha de consulta: 10 de abril de 2018. Disponível en: https://www.hc.unicamp.br/node/230 2. Huertas JA. 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Saf Health Work. 2011;2:348-54. https://doi.org/10.5491/SHAW.2011.2.4.348 7.Santos M. Almeida A., Ruído e saúde ocupacional: Consequências para além da hipoacisia. 2016, volume 1, S128-S130. 8.Ramos Kennan V. Ruído em consultório odontológico. Dos riscos à prevenção. Cefac centro de especialização em fonoaudiologia clínica audiologia clínica. [Citado15 de abril 2017]. Disponível em http://www.cefac.br/library/teses/e2b3d55a4fc3b0ab6140a2bdfa593a77.pdf 9.Lozano Castro FE, Diaz Soriano AM, Payano Arcos JC, Sánchez Reginfo FI, Ambrosio Barrueto ED, Huapaya Pardavé MC, Reguera Izquierdo Cristina, Pérez Rojas A. Nivel de ruido de los procedimientos clínicos odontológicos. 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Medición del ruido generado en el ejercicio de la odontología. Revista Odontología Actual, núm.56,2007:24-8 12.Elmehdi HM. Assessing acoustic noise levels in dental clinics and its link to dental anxiety and fear among UAE population. ICA; August 2010. pp. 23-7. 13. Viana Pereira Oliveira TC. Riscos ocupacionais na prática da odontologia.[Trabalho de conclusão de curso de Especialização em Atenção básica em Saúde da família]Universidade Federal de Minas Gerais.2011 71 14. Lourenço EA, Medina da Rocha Berto J, Butignolli Duarte S, Martins Greco JP. Ruído em Consultórios Odontológicos pode Produzir Perda Auditiva? Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol., São Paulo - Brasil, v.15, n.1, p. 84-88, Jan/Fev/Março - 2011. 15.Fernandes JC, Santos LN, Carvalho HJ. Avaliação de desempenho acústico de um consultório odontológico. 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