Universidade Estadual Paulista ano 2 - fevereiro 2011 n° 15 Plano de carreira docente começa a ser implantado > págs. 2 e 3 Cartão garante economia e eficiência na gestão de veículos > pág. 4 “O professor Durigan compartilha comigo os mesmos princípios”, disse Herman Herman é novo secretário de Educação de São Paulo A convite do go- vernador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o reitor da Unesp, Her- man Voorwald, assumiu em janeiro o comando da Secretaria de Esta- do da Educação. Com o afastamento de Her- man do cargo de rei- tor, o vice-reitor Julio Cezar Durigan passa a exercer a Reitoria. “O professor Duri- gan, meu amigo e com- panheiro de equipe, com sua competência e experiência, comparti- lha comigo os mesmos princípios e valores e nutre pela instituição o mesmo respeito que eu tenho”, afirmou Herman durante a cerimônia de transmissão de cargo, no dia 5 de janeiro, na sede da Secretaria, em São Paulo. À frente da pas- ta, Herman tem como prioridades valorizar a carreira dos profissio- nais de educação e re- organizar o ensino fun- Reitoria da Universidade passa a ser exercida pelo vice-reitor Durigan damental de nove anos. “Educação se conquista com o compromisso de todos e, além disso, com o reconhecimen- to do desempenho de cada um”, ressaltou o secretário. Em seu discurso, ele lembrou sua expe- riência de trinta anos na educação superior. Destacou que o sucesso das universidades pau- listas foi conquistado com o trabalho de do- centes e servidores na formação dos estudan- tes e com a excelência da pesquisa. Envolvimento – “A Unesp, a USP e a Uni- camp são motivo de orgulho para o país e o Estado de São Paulo e possuem uma enorme capacidade instalada de interação e parceria com o ensino funda- mental”, afirmou Her- man, que solicitou a co- laboração dos reitores na promoção da quali- dade de ensino também na educação básica. Na ocasião, assumiu como secretário adjun- to João Cardoso Pal- ma Filho, professor do Instituto de Artes (IA), câmpus da Barra Funda. Ele já é integrante do Conselho Estadual de Educação e está encar- regado das questões pedagógicas do ensino estadual paulista. Continuidade – De acordo com Durigan, a Universidade não sofre- rá o impacto da mudan- ça, uma vez que o atual plano de gestão, que tem como diretriz o Pla- no de Desenvolvimento Institucional (PDI), é uma iniciativa planejada em conjunto e discutida pela comunidade. “As metas e os enfoques priori- zados no programa de gestão seguirão nor- malmente”, enfatizou o reitor em exercício. Herman e Durigan assumiram os cargos de reitor e vice-reitor, respectivamente, em 14 de janeiro de 2009 para um mandato de quatro anos. Daniel Patire 22 A Unesp sai à frente de suas universidades estaduais irmãs e co- meça a implantar seu plano de carreira para os professores. A pro- posta, aprovada pelo Plano de carreira docente começa a ser implantado na universidade Conselho Universitá- rio (CO), atende a uma demanda antiga da co- munidade docente e estimula a dedicação em ensino, pesquisa, extensão e gestão. Professores conquistam mais oportunidades de ascensão acadêmica e salarial “Estamos adiantados nesse processo em comparação à USP e à Unicamp”, avalia Julio Cezar Durigan, vice-rei- tor em exercício da Rei- toria. Segundo decisão do Conselho de Reitores das Universidades Esta- duais Paulistas (Cruesp), as três instituições pau- listas de ensino superior adotarão em conjunto as novas resoluções para a carreira docente – com modelos adequados à sua realidade, mas sem perder de vista o princí- pio de isonomia. No mo- mento, USP e Unicamp estão finalizando suas propostas. O plano de carreira da Unesp oferece mais oportunidades de ascen- são acadêmica e salarial, uma vez que estabele- ce níveis intermediários para duas das categorias já existentes – Professor Assistente Doutor e Pro- fessor Adjunto. Dessa for- ma, os docentes podem avançar verticalmente, em categorias, e horizon- talmente, em níveis. Carlos Roberto Gran- dini, presidente da Co- missão Permanente de Avaliação (CPA), explica que a passagem de um A mobilidade entre as categorias dá-se por titulação, e o acesso ao cargo de Professor Titular ocorre por concurso público. Agora, o plano de carreira estabelece os requisitos necessários para progredir horizontalmente: :: Professor Assistente Doutor / Nível II Ministrar 8 horas/ aula por semana (média) Realizar 4 orientações de Atuar em atividade de extensão universitária Participar de grupo de pesquisa certificado pelo CNPq Comprovar vínculo com programa de pós-graduação recomendado pela Capes * :: Professor Adjunto / Nível II Ministrar 8 horas/ aula por semana (média) Realizar 10 orientações de graduação Possuir 14 publicações ou obras artísticas Participar de 10 eventos científicos com apresentação de trabalho Atuar em pelo menos 2 atividades de extensão universitária Participar de grupo de pesquisa certificado pelo CNPq Obter auxílio individual em, no mínimo, 2 finalidades diferentes de pesquisa ou extensão Participar de pelo menos 2 órgãos colegiados ou 4 comissões de gestão Coordenar pelo menos 1 projeto de ensino, pesquisa ou extensão com avaliação e financiamento externos à Unesp Comprovar vínculo graduação Possuir 7 publicações ou obras artísticas Participar de 6 eventos científicos com apresentação de trabalho Critérios para progressão horizontal sx c O pedido de progressão horizontal deve ser feito no momento da entrega do relatório docente � Professor Assistente Doutor 8,8% 3,5% Nível I Nível II Nível I Nível II Nível III Professor Adjunto Professor Titular 9,6% 8,2% 7,6% Entenda o que muda com o novo modelo de carreira para professores A novidade do modelo de carreira para professores é que foram criados níveis intermediários para duas categorias – Professor Assistente Doutor e Professor Adjunto. Dessa forma, os docentes podem avançar verticalmente, em categorias, e horizontalmente, em níveis, de acordo com a categoria em questão. A cada ascensão na carreira, o profissional tem um ganho no salário-base. eventos científicos com apresentação de trabalho Atuar em pelo menos 3 atividades de extensão universitária Participar de grupo de pesquisa certificado pelo CNPq Obter auxílio individual em, no mínimo, 2 finalidades diferentes de pesquisa ou extensão Participar de pelo menos 2 órgãos colegiados ou 4 comissões de gestão Coordenar pelo menos 2 projetos de ensino, pesquisa ou extensão (sendo pelo menos 1 de pesquisa) com avaliação e financiamento externos à Unesp Comprovar vínculo com programa de pós-graduação recomendado pela Capes Ter pelo menos 4 orientações de mestrado ou doutorado concluídas * Se não tiver vínculo, pode solicitar substituição por possuir 10 publicações (em vez de 7); realizar 6 orientações de graduação (em vez de 4); e coordenar 1 projeto de ensino, pesquisa ou extensão com avaliação e financiamento externos à Unesp ** Se não tiver vínculo, pode solicitar substituição por possuir 20 publicações (em vez de 14); realizar 15 orientações de graduação (em vez de 10); e coordenar 3 projetos com avaliação e financiamento externos à Unesp com programa de pós-graduação recomendado pela Capes ** :: Professor Adjunto / Nível III Ministrar 8 horas/ aula por semana (média) Realizar 12 orientações de graduação Possuir 18 publicações ou obras artísticas Participar de 12 nível para outro será voluntária – ou seja, o professor deve mani- festar interesse pela mudança. “A solicitação será feita no momento de entrega do relatório docente”, diz Grandini. Trâmites – O pedido do docente será analisado inicialmente pelo Depar- tamento, que deverá ve- rificar se ele atende aos requisitos estabelecidos para mudança de nível horizontal (leia mais abaixo), informa Gran- dini, que também é pro- fessor do Departamento de Física da Faculdade de Ciências, em Bauru. “Em seguida, a Con- gregação da unidade também avalia a soli- citação, que é, final- mente, encaminhada à CPA”, acrescenta Grandini. A previsão é de que todo o pro- cesso dure, em média, quatro meses. O presidente da CPA esclarece que os requi- sitos, aprovados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e pelo CO, le- vam em consideração aulas ministradas, nú- mero de artigos cien- tíficos publicados, nú- mero de orientações na pós-graduação e na iniciação científica, além de produção na extensão e atuação na gestão universitária. Tudo isso com base no Currículo Lattes. “Com isso, estimulamos a produtividade dos do- centes, que agora têm perspectivas na carrei- ra”, avalia Durigan. 4 Reitor afastado: Herman Jacobus Cornelis Voorwald Vice-reitor em exercício da Reitoria: Julio Cezar Durigan Pró-reitor de Administração: Ricardo Samih Georges Abi Rached Pró-reitor de Pós-Graduação: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Marilza Vieira Cunha Rudge Pró-reitor de Graduação: Sheila Zambello de Pinho Pró-reitor de Extensão Universitária: Maria Amélia Máximo de Araújo Pró-reitor de Pesquisa: Maria José Soares Mendes Giannini Secretário-geral: Maria Dalva Silva Pagotto Chefe de Gabinete: Carlos Antonio Gamero Coordenadora Geral de Bibliotecas: Marta Ligia Pomim Valentim Coordenador de Imprensa: Oscar D’Ambrosio Editora: Eliza Muto Reportagem: Cínthia Leone e Genira Chagas Programação Visual: RS Press Projeto gráfico e edição de arte: Leonardo Fial (RS Press) Diagramação: Luiz Fernando Almeida e Felipe Santiago (RS Press) Revisão: Maria Luiza Simões Produção: Mara Regina Marcato Apoio Administrativo: Thiago Henrique Lúcio Tiragem: 15.000 exemplares Esta publicação, órgão da Reitoria da Unesp, é elaborada mensalmente pela Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI). A reprodução de artigos ou reportagens é permitida, desde que citada a fonte. Endereço: Rua Quirino de Andrade, 215, 4º andar, Centro, CEP 01049-010, São Paulo, SP. Telefone: (11) 5627-0�2� Home page: www.unesp.br E-mail: unespinforma@reitoria. unesp.br Impressão: Artprinter Cartão garante mais economia e eficiência na gestão de veículos Até o final deste mês, todas as unidades adotarão o Cartão Manuteção O Cartão Manuten- ção da frota de veícu- los, utilizado para pagar serviços em oficinas mecânicas, será adota- do em todas as unida- des da Unesp até o final de fevereiro. A medida deve gerar mais segu- rança, transparência e economia para a Uni- versidade. A previsão é uma redução de 15% a 20% no valor gasto atu- almente na manutenção dos veículos. Esse sistema de ges- tão de veículos é o mais empregado pelo setor privado e, aos poucos, tem se popularizado também na esfera pú- blica, segundo Ricardo Abi Rached, pró-reitor de Administração. “A utilização do cartão di- minui a burocracia e aumenta a confiança, além de permitir a co- tação de preços”, afir- ma Ricardo. Na prática – Com o cartão magnético – que possui número de ma- trícula e senha – , o mo- torista levará o carro para uma oficina mecâ- nica credenciada pela empresa vencedora da licitação Ecofrotas, que não cobra taxa de ma- nutenção. Em seguida, a oficina fornecerá um or- çamento para o conserto do veículo, sendo que o procedimento e o valor serão divulgados para todos os estabelecimen- tos credenciados. Dessa forma, outras oficinas poderão cobrir a oferta original, o que aumenta a concorrência e evita a “fidelidade” a um único prestador de serviço. “Os profissionais se- rão mais cautelosos quando informarem qual é o problema do carro, já que saberão que o orça- mento será comparado com o de outros esta- belecimentos”, explica o pró-reitor de Admi- nistração. Melhor controle – A Pró-Reitoria de Admi- nistração (Prad) esclare- ce que não será possível usar o Cartão Manuten- ção para nenhuma outra finalidade que não seja o pagamento de servi- ços de manutenção de veículos em local cre- denciado. A transação só é aprovada pela Eco- frotas se placa, modelo, chassi, quilometragem e ano do carro forem correspondentes aos dados do cartão. Qualquer tentativa de uso indevido fica registrada, a exemplo do que já acontece com o Cartão Combustível, utilizado para abaste- cer os veículos da Uni- versidade. Ricardo acrescenta que os motoristas apro- varam a adoção dos dois cartões por conta da praticidade. “Acaba- mos com os adianta- mentos e também com aqueles casos em que o condutor tinha que usar dinheiro próprio para pagar um serviço de ur- gência ou colocar com- bustível durante uma viagem, o que o obri- gava a ficar esperando pelo reembolso.” A Prad destaca outra vantagem do sistema de manutenção de fro- tas: a emissão de rela- tórios gerenciais que permitem um maior controle do fluxo de operação ao informar, por exemplo, o histó- rico das manutenções realizadas no veículo. sx c Conserto só é feito após análise comparativa de orçamentos p01 p02e03 p04