RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta dissertação será disponibilizado somente a partir de 03/08/2018. TALITA MACHADO VIEIRA FUTEBOL NÃO É (SÓ) BRINCADEIRA: os processos de formação e subjetivação de atletas ASSIS 2017 TALITA MACHADO VIEIRA FUTEBOL NÃO É (SÓ) BRINCADEIRA: os processos de formação e subjetivação de atletas Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP – Universidade Estadual Paulista para a obtenção do título de Mestre em Psicologia (Área de conhecimento: Psicologia e Sociedade). Orientador: Prof. Dr. Deivis Perez Bispo dos Santos. Bolsista: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ASSIS 2017 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da F.C.L. – Assis – Unesp V658f Vieira, Talita Machado Futebol não é (só) brincadeira: os processos de formação e subjetivação de atletas / Talita Machado Vieira. Assis, 2017. 238 f. : il. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Universidade Estadual Paulista Orientador: Dr Deivis Perez Bispo dos Santos 1. Futebol. 2. Jogadores de futebol - Orientação profissio- nal. 3. Futebol - Aspectos psicológicos. 4. Subjetividade. 5. A- tletas. I. Título. CDD 796.33 Dedico este trabalho à Ana Maria Machado Vieira e Samara Nunes França, duas mulheres incríveis que fazem parte de minha história. AGRADECIMENTOS Em fala proferida pelo professor Roberto Heloani (UNICAMP), quando do lançamento de um livro na Universidade Estadual de Londrina em setembro de 2016, ele afirmou que entre os efeitos mais devastadores do projeto neoliberalista de sociedade encontram-se o enfraquecimento dos coletivos (de trabalho) e a negação à historicidade, pessoal e social. Assim, estaríamos nos conduzindo, cada vez, para uma sociedade desprovida de história e radicalmente individualizada, com sujeitos isolados em suas próprias existências e que são constantemente deixados à mercê de si mesmos. Tomando como base tais considerações, penso que, frente ao cenário descrito por ele, o fazer científico – assim como os demais fazeres da vida – que busca afirmar declaradamente a história e a implicação do pesquisador com seu tema, bem como que procura por espaços para o debate e o diálogo na problematização da pesquisa, constitui um verdadeiro ato de resistência. Neste sentido, muito me alegra o produto final desta investigação. Se aqui há potência para instigar o pensamento, isso se deve tão somente à multiplicidade que atravessa este trabalho. Assim, fazer estes agradecimentos é uma grande satisfação para mim, pois pude me dar conta das inúmeras vozes que contribuíram para este trabalho que se fez escrever por meio de minhas mãos e das de meu orientador. A pesquisa tem seu momento solitário, mas o pesquisar não precisa, definitivamente, ser uma atividade isolada. Agradeço à minha família, em especial minha mãe, Ana Maria Machado Vieira, que com seu jeito humilde e simples me ensinou o significado e a importância do respeito e do diálogo. Obrigada pelo apoio e por tentar me trazer um pouco de serenidade e calma durante os frequentes episódios de desespero ao longo do mestrado. Uma pessoa maravilhosa e que, para minha alegria, é, também, minha mãe. À minha namorada, Samara Nunes França, pelas inúmeras vezes em que me acalmou durante as crises, dizendo que o mestrado iria, sim, chegar ao final. Ainda tenho de agradecê-la por ter sido uma leitora atenta e assídua deste texto. Suas contribuições foram de grande importância para a redação desta pesquisa. Agradeço também pelas conversas, pela paciência e parceria. É sempre muito agradável poder falar com você. Obrigada por me ajudar a combater os fascismos e intolerâncias cotidianos, presentes no outro, mas também em mim. À professora Sonia Regina Vargas Mansano, quem primeiro me indicou que era possível tornar o esporte objeto de investigação científica, partindo de uma perspectiva crítica e comprometida com a função mais ampla desta prática na sociedade. Ela, assim como outros professores que tive durante a graduação – Alejandra Astrid Léon Cedeño e Paulo Roberto de Carvalho – se colocaram sempre à disposição para pensar a pesquisa e auxiliar naquilo que lhes fosse possível. Posturas como a de vocês me mostram o necessário comprometimento ético envolvido no métier de professor e pesquisador. Ainda entre os professores envolvidos na minha formação, também deixo o agradecimento ao meu orientador, Deivis Perez, um cara que, verdadeiramente, percorreu comigo o trajeto desta pesquisa. Seu envolvimento e dedicação para com esse projeto são louváveis. Sem dúvidas, uma pessoa fundamental para a execução desta pesquisa e para a redação deste texto. Obrigada por todas as revisões, supervisões, ideias, sugestões e discussões. Cada pedacinho disso tudo foi o que, de alguma maneira, produziu a imagem final deste trabalho. Aqui, é imprescindível mencionar também os colegas do grupo de pesquisa em Teoria Sócio-Histórico-Cultural, Naeli Simoni Castro, Mônica Alves Verlings e Matheus José Cuzato Mancuso. Nossos debates durante as reuniões e nos corredores foram de grande ajuda para o esclarecimento de alguns conceitos e pressupostos da Teoria Histórico-Cultural, bem como da Clínica da Atividade. Obrigada, pessoal! Aos professores que compuseram a banca, José Sterza Justo e Paulo Roberto de Carvalho, pelas sugestões e solicitude para com este estudo. Nossos encontros, nos espaços formais e não formais, foram extremamente potentes e valiosos para me ajudar a pensar na imensidão de questões que atravessam o futebol de nosso tempo. Não poderia deixar de citar, também, as pessoas com quem partilhei as angústias e desabafei nos momentos de desespero: Carolina Villanova Heguedusch, Ruth Tainá Aparecida Piveta, Vanessa Santiago Ximenes, Ariadne Suzuki de Lima, Leda Soares de Lima, Fernanda Capelli, Tayla Cristina Manccini, Natália Freitas e Daniele Evangelista Sita. Meninas, vocês todas foram extremamente importantes na realização deste trabalho. Além do tempo e dos ouvidos, colocaram à disposição suas ideias e fígados! Este texto é inteiramente atravessado por cada uma de vocês, do abstract às considerações finais. Ao Clube que aceitou nos receber para a execução da pesquisa. Agradeço, em especial, aos jovens que concordaram em ser voluntários do estudo. Meninos, sem vocês não haveria pesquisa. Foi uma experiência incrível ter dialogado com vocês e acompanhar uma etapa de sua formação esportiva. Obrigada pelas trocas e por terem me ensinado tanto sobre o futebol e o lugar que ele ocupa nas suas vidas. Neste ponto, também deixo o agradecimento ao amigo Dione Vieira, fonte de inspiração dos primeiros questionamentos acerca do trabalho do atleta. As conversas que tivemos muito me mostraram (e ainda mostram) sobre o universo underground do futebol. Obrigada por dividir suas histórias. À psicóloga Juliana Lima Petrucci e ao assistente social Daniel Soares da Silva, com os quais pude dialogar sobre a difícil inserção profissional no universo do esporte de rendimento quando se pretende orientar a prática a partir de um viés crítico e problematizador. Partilhamos essas lutas e juntos vamos tecendo os caminhos possíveis. Obrigada por dividirem seu conhecimento e sua experiência de trabalho. Aos trabalhadores da Unesp de Assis que nos possibilitam ocupar aquele espaço e contribuem para o funcionamento da Universidade e da Pós-Graduação. Deixo um agradecimento especial à Sueli Aparecida Franco, João Paulo Zanette, Lucilene Franco e Marcos Francisco D'Andrea, da Seção Técnica de Pós-Graduação, todos vocês foram de grande auxilio para instruir quanto aos procedimentos e sanar dúvidas referentes aos mais diversos temas. Também, a toda a equipe da biblioteca que sempre foi muito solícita nas orientações e para prestar ajudar em diversas questões, desde empréstimos de materiais até a elaboração da ficha catalográfica. Ao amigo de longa data Renan Marques de Oliveira, que também contribuiu para esta pesquisa, revisando o texto e dando sugestões para torná-lo mais agradável e robusto. À Lucinha Lodo, minha professora de história/sociologia/filosofia durante o cursinho pré-vestibular, grande responsável por despertar em mim a paixão pelo futebol. Uma pessoa ímpar, humilde, aberta ao diálogo e grande pensadora das relações sociais brasileiras. À Camila Lopez que fez revisão final deste trabalho. Sua participação foi fundamental para conferir maior clareza e qualidade ao texto. À CAPES que custeou a produção deste trabalho. A contribuição da agência foi indispensável para assegurar a dedicação exclusiva à pesquisa e à formação no mestrado. Figura 1 - Estátua criada para representar "A trégua" extraoficial declarada no dia de natal, 1914, durante a I Guerra Mundial. Fonte: Acervo pessoal de Paulo Roberto de Carvalho. Figura 2 - Inscrição de metal que descreve "A trégua" extraoficial de 1914. Segundo a placa, durante o breve momento de trégua, uma bola surgiu entre os inimigos de combate, dando início a um jogo de futebol. Fonte: Acervo pessoal de Paulo Roberto de Carvalho. Logo, percebemos que o futebol se torna uma ocasião e, os clubes, um espaço propício para os encontros (CUNHA, 2012, p. 38). VIEIRA, Talita Machado. Futebol não é (só) brincadeira: os processos de formação e subjetivação de atletas. 2017. 238 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Psicologia). – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Assis, 2017. RESUMO O presente trabalho buscou compreender como se configura o campo da formação profissional de jovens para o trabalho como atletas de futebol e como se desenvolvem os processos de subjetivação dos adolescentes no tocante à profissão a qual aspiram. A investigação foi desenvolvida nas categorias de base de um clube alocado no interior do estado do Paraná. Para efetuar esta pesquisa, o estudo foi composto por três momentos distintos. Primeiramente, contemplou a produção de uma narrativa acerca da história e da modernização do futebol no Brasil, dando ênfase aos processos, acontecimentos e eventos que conduziram a sua conversão em trabalho. O segundo momento se caracterizou pela revisão, análise e síntese do conceito de subjetivação à luz da Psicologia Histórico-Cultural. Por último, o exame e discussão do processo de formação e de subjetivação dos jovens atletas com base nos estudos e elaborações teóricas e nos dados que emergiram do campo investigado. Para esta etapa, optou-se pelos aportes teórico-metodológicos da Clínica da Atividade. Particularmente para a fase de recolha de dados, foi adotado o dispositivo da autoconfrontação simples. Tal dispositivo se baseia no princípio da coanálise da atividade cotidiana realizada pelos trabalhadores situados em contexto e tem o diálogo como fundamento para a emergência do conhecimento compartilhado sobre as maneiras de realizar a atividade e de se realizar na atividade. Neste sentido, oferece os subsídios necessários à compreensão dos processos de subjetivação no tocante à formação profissional neste cenário. Palavras-chave: Futebol. Categoria de base. Subjetivação. Clínica da Atividade. VIEIRA, TALITA MACHADO. Soccer is not (just) a playtime: the formation and subjectivation processes of athletes. 2017. 238 f. Dissertation. (Master in Psychology) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Assis, 2017. ABSTRACT The present work sought to understand how the field of professional formation of youth people for the labor as soccer athletes is configured and how is developed the process of subjetivation of this teenagers for the profession they aspire to. The investigation was developed in the youth teams of a club located in a city of the Paraná state. In order to execute this research, the study was compound by three different moments. At first, it contemplated the production of a narrative about the soccer history and its modernization in Brazil, emphasizing the processes, facts and events which had made it became a job. Afterwards, we made a literature revision, an analyses and a discussion about the concept of subjetivation from the Historical-Cultural Psychology perspective. At last, the exam and discussion of the formation process and the subjetivation of the youth athletes, based on the studies and theoretical elaborations and on the data that were found in the field research. For this stage, we choose the theoretical-methodological contributions of the Clinic of Activity. Specifically for the dada collect stage, it was adopted the simple self confrontation device. This resource has as principle the co-analysis of the daily activity executed by the workers in their context and has the dialogue as the fundament to the emergence of the shared knowledge about the ways of to do the work and to be done by the work. Therefore, this study offers the necessary subsidies for the comprehension of the subjetivation process related to the professional formation in this field............................................................................................... Key-words: Soccer. Youth teams. Subjetivation. Clinic of Activity. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA PESQUISA................................................................................. 11 RAÍZES E RAZÕES DO TEMA...................................................................................... 13 1 A CONSTITUIÇÃO DE UM CAMPO PROFISSIONAL: UMA HISTÓRIA DA MODERNIZAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO....................................................... 23 1.1 Primeiro tempo: a luta pela profissionalização..................................................................... 27 1.2 Segundo tempo: processos sócio-históricos e as modernizações do futebol........................ 48 1.2.1 Percursos e percalços na construção de uma experiência comum: a brasilidade por meio do futebol e da seleção canarinho......................................................................................... 50 1.2.2 O futebol e o Estado: dominação e resistência no cenário internacional............................. 59 1.2.3 Futebol moderno, uma ciência e um negócio....................................................................... 69 1.3 Sonho antigo num campo moderno: sobre a categoria de base e a formação de atletas.................................................................................................................................... 84 1.4 O futebol brasileiro precisa de meio-campo!........................................................................ 102 2 O PROCESSO DE SUBJETIVAÇÃO: O QUE A PSICOLOGIA HISTÓRICO- CULTURAL TEM A DIZER SOBRE ISSO?.................................................................. 109 2.1 Pistas para a aproximação de um conceito........................................................................... 110 2.2 A subjetivação na Psicologia Histórico-Cultural: um conceito em desenvolvimento.......... 138 2.3 Sobre o lugar do trabalho e da formação profissional nos processos de subjetivação.......................................................................................................................... 145 3 CLÍNICA DA ATIVIDADE COMO INSTRUMENTO PARA A INVESTIGAÇÃO DO TRABALHO................................................................................................................ 152 3.1 Clínica da Atividade e o dispositivo da autoconfrontação simples...................................... 153 3.2 Caracterização da instituição e dos voluntários da pesquisa................................................ 160 4 PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO DOS ATLETAS EM FORMAÇÃO: COMPONENTES E FORMAS......................................................................................... 164 4.1 O estar no campo de pesquisa.............................................................................................. 164 4.2 O lugar do futebol e do sonho na vida dos jovens................................................................ 166 4.2.1 Treinamento: experiência morta ou instrumento psicológico?............................................. 168 4.2.2 Futebol: que trabalho é esse?................................................................................................ 186 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 216 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 221 APÊNDICE A – AUTORIZAÇÃO E EXISTÊNCIA DE INFRAESTRUTURA E AUTORIZAÇÃO DE ACESSO AOS ARQUIVOS NECESSÁRIOS AO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA......................................................................... 234 APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)................................................................................................................................. 235 APÊNDICE C – TERMO DE ASSENTIMENTO (PARA ADOLESCENTES MAIORES DE 12 ANOS E MENORES DE 18 ANOS).................................................. 237 11 APRESENTAÇÃO DA PESQUISA. Esta pesquisa foi dedicada à investigação dos processos de subjetivação de jovens que estão em formação para a atuação profissional como atletas de futebol. Especificamente, a investigação foi realizada por meio do exame do caso de dois jovens, que estão sendo preparados para assumir o futebol como ofício nas categorias de base de um clube paranaense. A recolha e análise dos dados foi feita considerando os aportes teórico-metodológicos da Clínica da Atividade (C.A.), que é uma abordagem inserida na área das Ciências do Trabalho, mais especificamente no campo da Psicologia do Trabalho. As principais matrizes conceituais das formulações teórico-metodológicas desenvolvidas no quadro da C.A. encontram-se na Psicologia Histórico-Cultural (VIGOTSKI, 1934/2008), na Ergonomia francófona (LE GUILLANT, 2006), na Psicologia do Trabalho (ODONNE, 1986) e na Psicopatologia do Trabalho (WISNER, 2004). No Brasil, A C.A. tem sido adotada por pesquisadores interessados em examinar contextos laborais e de formação profissional em diversas áreas. Uma das principais contribuições deste referencial à investigação sobre os cotidianos de trabalho reside na proposição de que a análise das atividades ocupacionais seja realizada de modo conjunto, por meio da parceria entre o coletivo de trabalhadores e o pesquisador. Neste estudo, em especial, foi adotado o dispositivo metodológico chamado autoconfrontação simples, que tem sido aperfeiçoado no quadro teórico da C.A., sob a liderança de Yves Clot (2006, 2010). A autoconfrontação é um instrumento metodológico que visa a produzir uma situação de coanálise do cotidiano laboral por meio do estabelecimento de uma atividade dialógica entre membros do coletivo profissional e pesquisador. Trata-se de um dispositivo amplamente utilizado na recolha de dados em pesquisas acadêmico-científicas dedicadas à investigação do trabalho (BARROS; PASSOS; EIRADO, 2014; FONSECA, 2009; MUNIZ; NEPOMUCENO, 2010; PEREZ, 2012, 2014), podendo, também, ser adotado como meio de intervenção sobre situações e contextos de trabalho. A autoconfrontação a qual referimos foi sistematizada por Faïta (1997) e aperfeiçoada no cenário teórico-metodológico da Clínica da Atividade por Vieira e Faïta (2003), por Clot e Fernández (2007) e por Clot (2000; 2006; 2010; 2013). A adoção desta abordagem para investigar o contexto da formação profissional no futebol amplia e inova o modo de uso do método, por se tratar de uma configuração diferenciada de trabalho. O jovem em formação, amparado pela Lei Federal nº 10.097 de 2000, se insere no contexto laborativo numa condição especial (BRASIL, 2000). Em tese, a organização do trabalho do aprendiz 12 segue diretrizes administrativas, sociais e financeiras estipuladas pelo referido dispositivo legal. O objetivo de produzir um contexto diferenciado para a vivência laboral do jovem é o de contribuir para seu desenvolvimento integral, generalista, ampliando suas experiências profissionais sem interferir ou limitar seu acesso e participação em outros segmentos da vida social – escola, associações, projetos culturais, família, entre outros. É relevante destacar que este projeto está inserido no contexto investigativo ampliado do grupo de pesquisa Figuras e Modos de Subjetivação no Contemporâneo, vinculado ao programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-campus Assis), certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Científico (CNPq). Desde meados de 2011 este grupo tem se dedicado à produção e difusão de dois conjuntos articulados e complementares de pesquisas que adotaram os aportes teóricos e os dispositivos metodológicos da C.A. O primeiro agrupamento de estudos, no qual se insere esta pesquisa, é composto por investigações teóricas (PEREZ, no prelo) e de campo que fizeram uso da autoconfrontação para examinar a atividade laboral de profissionais de diversas áreas, tais como professores (PEREZ, 2012), formadores de docentes (PEREZ, 2014) e psicólogos que atuam em Centro de Referência da Assistência Social e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (em andamento). Já o segundo conjunto de pesquisas, que conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), dedica-se à análise e contextualização para o Brasil da autoconfrontação (MESSIAS; PEREZ, 2013; PEREZ; MESSIAS, 2013) e da instrução ao sósia, que são dispositivos metodológicos, científicos e interventivos criados ou aperfeiçoados por pesquisadores da C.A. A fim de complementar o cenário geral desta pesquisa, delineado nos parágrafos anteriores, cumpre destacar os objetivos inicialmente propostos. O objetivo principal deste estudo foi investigar os processos de subjetivação de jovens em formação para a profissão de atletas de futebol. Este foco central da investigação se desdobrou em três objetivos específicos, a saber: a) identificar e examinar os elementos do contexto sociointeracional da formação do atleta de futebol que condicionam os processos de subjetivação dos jovens em etapa formativa, tais como: os textos orais e escritos de prescrição do trabalho, os instrumentos concretos e subjetivos de trabalho; b) investigar a percepção e os modos de apropriação e subjetivação pessoal dos atletas relativos aos principais aspectos contextuais sociocultural e sociointeracional da formação para o trabalho no futebol; c) analisar e discutir o processo de subjetivação profissional de atletas em fase de formação para 13 a atuação profissional considerando as articulações, aproximações, bem como os afastamentos e desconexões entre as dimensões contextuais e coletivas e a percepção pessoal dos jovens sobre o processo formativo. Ainda, é importante mencionar que a presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) com seres humanos da Faculdade de Ciências e Letras de Assis (FCL-Assis), vinculado à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), registrado sob o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 43981015.2.0000.5401. Assim, em respeito ao compromisso assumido com a instituição, com os jovens voluntários da pesquisa e seus familiares, quaisquer dados que possam caracterizar estes parceiros foram omitidos no texto e permanecerão em sigilo em publicações posteriores que derivem deste estudo. 216 CONSIDERAÇÕES FINAIS. Para tecer as considerações finais desta pesquisa, acreditamos que seja indispensável apreciar, além dos elementos teóricos e das análises produzidas ao longo do texto, os fatores passionais envolvidos no processo de realização e redação do estudo. A produção de conhecimento é também produção de subjetividade 33 . Neste sentido, o fazer pesquisa, uma atividade que envolve a objetivação do pesquisador - a escrita, a fala, os momentos de discussão -, possui também um caráter de subjetivação. Aquele que participa da produção do saber é igualmente alterado pelas condições que ele próprio ajuda a criar. Tendo em vista esses pressupostos, esperamos contemplar nessa etapa de encerramento uma avaliação que envolva tanto os conteúdos analíticos relativos ao tema e às discussões empreendidas, quanto os aspectos referentes ao envolvimento pessoal com a temática e os desdobramentos da pesquisa sobre esta dimensão. Como procuramos desenvolver no primeiro capítulo, o futebol é um elemento de grande relevância da cultura brasileira. Neste sentido, entendemos que o tema carrega em seu âmago um caráter de emoção e, por isso, sua abordagem numa pesquisa científica envolverá invariavelmente uma dimensão passional e afetiva do pesquisador. Num paradigma que parte do racionalismo científico moderno, tal envolvimento pode ser apontado como fator crítico e que pode conduzir à perda do foco e do rigor necessários à produção do conhecimento dentro dos moldes da ciência. No entanto, se tomamos como referência as propostas apresentadas por Santos (1988) e Spink (2008) percebemos que tal implicação subjetiva passa de obstáculo a potencializador do debate. O envolvimento torna-se, então, fator que contribui para o aprofundamento das análises daquilo que é atravessado pelo crivo da ciência. Spink (2008), por exemplo, argumenta que a implicação e proximidade com o tema são antes a chave para a investigação em profundidade do que a condenação do estudo à falência e irrelevância. Assim, investigar o futebol brasileiro e as transformações ao longo de sua história no país, bem como os processos envolvidos na formação dos jovens atletas contribuiu para que pudéssemos tecer algumas aproximações entre o que ocorre neste segmento e o restante da sociedade. O futebol se revelou, desta maneira, um potente analisador social do Brasil e da vida contemporânea. Neste ponto, é fundamental destacarmos a suposta democratização da modalidade que, em tese, consolidou-se com a inclusão do negro e do pobre na prática deste 33 Frase similar a esta foi proferida durante a roda de conversa "Educação, Universidade e Política" realizada no XIII Encontro da Pós-Graduação em Psicologia: Diálogos com a Graduação, 2015, evento alocado no campus da UNESP de Assis. 217 esporte. Conforme vimos, tal medida pautou-se quase que em absoluto nos interesses pelo talento esportivo apresentado por aqueles pertencentes a esses grupos. Logo, não podemos falar em democratização, uma vez que aquilo que observamos, na história e no tempo presente, está muito mais ligado à procura pela lucratividade, extraída pela mais-valia imputada a negros e pobres que almejam carreira futebolística. Estes foram sim incluídos no universo do futebol, porém, sob a condição de que se mantivessem como operários; mercadorias de grande valor para os clubes e dirigentes que durante muito tempo desfrutaram do seu talento esportivo para angariar vantagens sociais, econômicas e políticas. Deste modo, jogadores são tornados produtos no cenário nacional e internacional, movimentando vultoso volume de recursos financeiros no mundo. O futebol permaneceu como um signo de distinção social da elite com a transferência desta para outro plano de atuação: a gestão do esporte. Assim, a suposta inclusão no futebol só ocorreu sob a condição de que se transplantasse para este cenário a divisão social e de classe observada no mundo do trabalho. A legislação que reconheceu a profissão de atleta em 1933, apesar de garantir direitos sociais àqueles que até então vinham atuando na informalidade e assumindo sozinhos todos os riscos envolvidos na prática profissional do esporte, é também o mecanismo que legitima a proletarização do futebol brasileiro. A elite passaria, então, a ser preparada para continuar atuando no esporte, mas no nível da gestão, sem necessariamente ter tido qualquer contato sequer com uma bola de futebol (João Havelange pode ser tomado como exemplo disso). Aos novos atores sociais, pobres e negros, restava a carreira esportiva sem qualquer poder de decisão sobre a dinâmica e organização de seu trabalho. Esta perspectiva sobre a questão nos auxilia a pensar sobre os processos de formação dos jovens, abordados no primeiro tópico dedicado à análise de dados. Conforme vimos, há certa tendência à especialização na maneira como são conduzidas as atividades de formação esportiva. A demasiada preocupação com o desenvolvimento técnico e físico dos adolescentes, possíveis futuros atletas de futebol, recusa a instalação de um espaço que favoreça o desenvolvimento do pensamento crítico deles com relação à própria profissão. Os jovens, desprovidos de momentos dedicados à problematização da constituição histórica de sua profissão ficam fechados num universo no qual o único horizonte é a ascensão econômica e a conquista da fama. Formamos atletas preocupados com seu desempenho individual e desinteressados pela política que atravessa seu contexto profissional. Como vimos na subseção dedicada a discussão da formação esportiva, esse especialismo pode, inclusive, limitar até mesmo a capacidade dos atletas em analisar e pensar o próprio trabalho, o jogo, 218 que ficam, então, reclusos às orientações de terceiros, como o técnico, por exemplo. Efeitos de uma formação que se regula pelo mercado: produzimos aquilo que vende mais e melhor. Esta maneira de olhar o tema traz afago perante a situação vivenciada em alguns momentos no decorrer do desenvolvimento e elaboração da pesquisa. A situação política vivida no Brasil nos últimos tempos levou ao questionamento da relevância do futebol enquanto objeto de análise. Pois bem, temos neste um rico observatório das relações assentadas no autoritarismo e das práticas austeras que vêm se edificando e generalizando no país. Se na vida política da sociedade brasileira tivemos momentos que nos fizeram crer na ampliação das condições para uma existência mais democrática, o futebol nacional sinaliza a presença e o enraizamento da austeridade e da intolerância, remanescentes do período ditatorial, nas instituições brasileiras. No futebol, até pouco tempo, apenas os atletas vinculados aos clubes da série A do campeonato brasileiro tinham direito a voto nas eleições para os órgãos de administração esportiva, federações estaduais e confederação nacional. Recentemente, esse foi estendido àqueles que atuam pelas equipes da série B da mesma competição, permanecendo fora do pleito os atletas que compõem o elenco das séries C e D. Ainda, é válido mencionar que apenas em 2015 a CBF estipulou a limitação do número de reconduções dos mandatos na entidade (agora, é permitida uma única reeleição) A medida, no entanto, só foi efetivada após aprovação da MP 671/2015, elaborada durante o governo de Dilma Rousseff. O dispositivo, convertido na Lei 13.155/2015, em seu artigo 5º, entre outras coisas, estipula alterações no estatuto da entidade de administração do desporto (no caso a própria CBF e as federações estaduais). Uma das modificações previstas versava, precisamente, sobre a limitação do mandato do presidente e demais cargos eletivos nestes órgãos. Ainda, exige a representação da categoria de atletas em órgãos e conselhos técnicos responsáveis pela aprovação dos regulamentos das competições. Este recorte é apenas um exemplo para ilustrar como o autoritarismo antidemocrático se manteve presente e atuante nas instituições nacionais, em distintos níveis de poder, durante a nossa experiência democrática. Notamos, então, que tal como declara Roberto DaMatta (1982), a relação entre esporte e sociedade é como a de "[...] duas faces de uma mesma moeda" (DAMATTA, 1982, p. 23). Especificamente para o futebol, no tocante à sociedade brasileira, tal asserção não poderia ser mais adequada. No Brasil, como procuramos mostrar, os critérios e princípios que compõem as relações de nossa sociedade transitam e atravessam também as questões próprias do futebol: racismos, lutas de trabalhadores, conservadorismo, austeridade, diferenças de gênero. Neste sentido, gostaríamos de nos valer deste momento para anotar nossa 219 discordância em relação à posição de Huizinga (1938/2000) para quem o jogo estaria, aparentemente, apartado da vida cotidiana. Evidente que a situação dramatizada da partida de futebol possibilita experiências nem sempre disponíveis ou facilmente realizáveis no curso da vida comum: a aproximação com aquele que nos é estranho, o afloramento das emoções, modos de sociabilidade sensivelmente mais coletivizados. Mesmo assim, não podemos considerar que o drama envolvido no jogo de futebol é isento do drama da vida cotidiana. A estruturação e desenvolvimento do jogo também são investidos pelas emoções e afetos daqueles que compõem a tribuna popular. O torcedor se projeta no atleta e se reconhece nele. Eis aí uma das funções do esporte tornado espetáculo. Aqui, reiteramos que o futebol, em particular a figura do atleta, é adotada enquanto vetor para a difusão de valores sociais e padrões de ação, como procuramos discutir na segunda subseção dedicada à análise de dados. Essa imagem do atleta, forjada a partir de elementos extraídos da vida cotidiana, retorna à sua fonte para oferecer-se como modelo ao homem comum. Um poderoso veículo de propagação e naturalização de valores e princípios que sem o suporte do contexto desportivo poderiam causar certo estranhamento. Talvez resida aí a razão pela qual clubes e patrocinadores procuram com tanto afinco desenvolver mecanismos de controle sobre a vida de seus atletas-propaganda. Uma investida que, inclusive, extrapola os contornos que supostamente demarcariam os limites entre sua vida profissional e pessoal, conforme discutido por Vieira e Mansano (2014), configurando-se numa prescrição da vida em sua integralidade. A ciência e a produção do conhecimento científico estão em movimento. A pesquisa, enquanto ferramenta que contribui para fazer caminhar o saber humano sobre a vida e as relações, opera por meio de recortes a fim de para colocar em foco um assunto específico. Deste modo, ela é apenas um instante no bojo do processo científico. É passível de ser superada tão logo se dê por concluída. Assim, por mais que se proponha a investigar um determinado fenômeno em profundidade nunca terá condições de ser plena. É incapaz de esgotar as questões, efeitos e desdobramentos em todas as esferas que compõem o objeto colocado sobanálise. Mas seu caráter limitado é, igualmente, fonte de instigação para novos estudos. Portanto, é também sua função apontar para alguns eixos e temas que careceram de apuração mais detalhada, quaisquer que tenham sido as razões para isso (o tempo e seus contratempos ou a necessidade de delimitação, por exemplo). À vista disso, consideramos válido que estudos posteriores, dedicados à investigação das relações entre trabalho-esporte, possam dar especial ênfase à presença do conteúdo lúdico nesta modalidade profissional. Neste ponto, pode ser particularmente 220 relevante que se busquem, no âmbito da profissionalidade esportiva, os mecanismos e estratégias adotadas no sentido de afastar a ludicididade que parece própria a este trabalho. Ainda neste segmento, é instigante que se procurem e analisem os motivos e interesses relacionados a esta tentativa de supressão do caráter lúdico no trabalho dos atletas. Outro ponto que nos parece digno de atenção tange à questão da participação feminina no esporte, em particular no futebol. Em leituras complementares durante esta pesquisa, notamos que a mulher permaneceu alijada deste segmento da atividade social. O argumento central de sustentação dessa tese pautava-se na suposta incompatibilidade anatomofisiológica da mulher para os esportes, em especial aqueles que envolvem contato físico ou que estão associados à demonstração de força e resistência. Por volta de 1940, no Brasil, grupos contrários à popularização do futebol entre as mulheres começaram a se organizar e protestar contra a situação que se erigia. Coincidência ou não, em 1941, foi aprovado no país o Decreto-Lei 3.199. Este, em seu artigo 54, proibia que mulheres praticassem esportes considerados "[...] incompatíveis com as condições de sua natureza [...]" (BRASIL, 1941). Em 1965, durante a ditadura, o futebol, entre outras modalidades, tornou-se expressamente proibido para mulheres, conforme a deliberação do Conselho Nacional de Desportos publicada no Diário Oficial da União (BRASIL, 1965). Tendo em vista essas colocações, consideramos que tais vestígios históricos podem ser extremamente potentes para se operar uma investigação acerca da atual condição do futebol feminino profissional no Brasil. Por fim, enfatizamos que mesmo a ciência sendo habitualmente considerada como a forma de superação do conhecimento pautado nas explicações mágicas, ela não precisa, necessariamente, ser a arma que decreta a morte das paixões. Trazer o futebol, assim como outros objetos que carregam traços de envolvimento pessoal do pesquisador, para o debate no meio acadêmico é atestado disso. Este movimento auxilia, inclusive, no combate aos dogmatismos que a própria ciência pode criar na ânsia de provar-se científica e superior a outras formas de saber. Evidente que a passagem pelo crivo do pensamento crítico, pautado no conhecimento sistematizado e adotado no meio acadêmico, altera o olhar sobre o objeto. Este, porém, não precisa tornar-se, forçosamente, empobrecido, reduzido ou limitado. No caso do futebol, e aqui falo por mim, ele não perde seu encanto ou seu aspecto recreativo, mas é enriquecido em seu sentido. Torna-se lazer e pesquisa e prática e diversão e observatório da sociedade e descanso e analisador social... A pesquisa, por ser passional e implicada, não assume caráter menos rigoroso e comprometido. Pelo contrário, pode ser quase uma garantia do compromisso ético necessário ao ato de pesquisar. 221 REFERÊNCIAS. AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009. 92 páginas. AGOSTINO, G. 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