UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CÂMPUS DE BOTUCATU LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA EM SÍTIOS FLORESTAIS EM RECUPERAÇÃO E EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA NATURAL EM BOTUCATU, SP. PATRÍCIA DA SILVA LEITÃO-LIMA Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia - Área de Concentração em Proteção de Plantas. BOTUCATU-SP fevereiro – 2002 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CÂMPUS DE BOTUCATU LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA EM SÍTIOS FLORESTAIS EM RECUPERAÇÃO E EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA NATURAL EM BOTUCATU, SP. PATRÍCIA DA SILVA LEITÃO-LIMA Engenheira Agrônoma Orientador: Prof. Dr. Carlos Frederico Wilcken Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - Campus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia - Área de Concentração em Proteção de Plantas. BOTUCATU-SP fevereiro – 2002 I A Deus, pela presença em todos os momentos, Aos meus pais Maria & Raimundo, pelo amor, A minha avó Dinair, pelo carinho. OFEREÇO Ao meu marido Eduardo, pela compreensão e alegria. DEDICO II AGRADECIMENTOS � Ao Prof. Dr. Carlos Frederico Wilcken pela orientação no mestrado. � Ao meu marido Eduardo do Valle Lima, pelo apoio e contribuição profissional. � Ao pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental Dr. Leopoldo Brito Teixeira, pela orientação no PIBIC e Aperfeiçoamento e pelo incentivo no mestrado. � Ao Prof. Dr. Sinval Silveira Neto do Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da ESALQ/USP, pela identificação dos insetos. � Aos funcionários do Departamento de Produção Vegetal – Setor Defesa Fitossanitária, especialmente ao Nivaldo Lúcio da Costa, pelos trabalhos no campo, e a Vera Lúcia da Silva Mendes pelos trabalhos na secretaria. � A todos os motoristas do Setor de Transportes. � Aos amigos Daniela Firmino e Angelo Ottati, pela ajuda nas coletas. � A CAPES pela concessão da bolsa. � A Profa. Vera Lex Engel, coordenadora do projeto: “Modelos alternativos de reflorestamento misto com espécies nativas para restauração da mata atlântica em sítios Degradados na Região de Botucatu-SP”, pela concessão da área para a realização das coletas. III SUMÁRIO Página RESUMO..................................................................................................................................01 SUMMARY..............................................................................................................................03 1.INTRODUÇÃO.....................................................................................................................05 2 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................................07 2.1- Florestas degradadas e recuperação ambiental..............................................................07 2.2- Armadilhas luminosas para captura de insetos ...........................................................09 2.3- Levantamentos Populacionais de Insetos com o Uso de Armadilhas Luminosas.........13 3. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................................17 3.1. Caracterização da Área...................................................................................................17 3.2. Levantamento populacional de insetos...........................................................................20 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................24 4.1. Curva do Coletor........................................................................................31 4.2. Flutuação Populacional..............................................................................36 4.3. Distribuição de freqüências de insetos.......................................................43 4.4. Diversidade e Equitatividade de insetos.....................................................49 4.5. Similaridade de insetos...............................................................................53 Página 5. CONCLUSÕES................................................................................................57 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................58 APÊNDICES.........................................................................................................66 1 RESUMO O trabalho teve por objetivo avaliar a comunidade de insetos em três sítios degradados sob processo de recuperação (sítios 1, 2 e 3) e um fragmento de floresta nativa na região de Botucatu, SP. O levantamento das espécies de insetos foi realizado quinzenalmente no período de maio de 2000 a maio de 2001, utilizando-se uma armadilha luminosa por área estudada. As espécies de insetos coletadas com maior freqüência tiveram sua flutuação populacional representada graficamente e a caracterização da comunidade encontrada foi feita pelos seguintes índices faunísticos: freqüência, abundância, diversidade, equitatividade e similaridade para Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera-Heteroptera, Hymenoptera e demais ordens encontradas. Foi observada baixa densidade de indivíduos de insetos coletados no fragmento de mata em relação aos demais sítios. O sítio com menor desenvolvimento das árvores foi o que mais se distanciou em número de indivíduos do fragmento de mata. Foi coletado um total de 876 espécies e 15.332 indivíduos de insetos, sendo a ordem Lepidoptera responsável por 44,03% do total de indivíduos e de 80,25% das espécies coletadas, com maior número para as famílias Noctuidae e Arctiidae, principalmente nas áreas com recuperação mais lenta. As densidades de espécies de Geometridae e Saturniidae foram superiores no fragmento de mata. Pelo índice de diversidade de Shannon-Weaver foi verificada maior 2 diversidade de lepidópteros no fragmento de mata e menor diversidade no sítio 2. O mesmo resultado foi verificado para Coleoptera e Hymenoptera. Hemiptera-Heteroptera e demais ordens de insetos apresentaram maior diversidade no fragmento de mata e o sítio 1 foi a área alterada com menor diversidade. Os sítios degradados em processo de recuperação tiveram baixíssima similaridade com o fragmento de mata para Lepidoptera e para as outras ordens de insetos. Para Coleoptera, os sítios em recuperação foram mais similares entre si do que quando comparados com o fragmento de mata. As quatro áreas foram altamente similares entre si para as ordens Hymenoptera e Hemiptera-Heteroptera. 3 MONITORING OF THE ENTOMOFAUNA IN FOREST SITES IN RECOVERY PROCESS AND NATURAL FOREST FRAGMENT. Botucatu, 2002. 106p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Proteção de Plantas) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. Author: PATRÍCIA DA SILVA LEITÃO-LIMA Adviser: CARLOS FREDERICO WILCKEN SUMMARY The work aimed to evaluate the insect community in three degraded sites under recovery process (sites 1, 2 and 3) and the native forest fragment in region of Botucatu, SP, Brazil The insects monitoring was accomplished bi-weekly during May, 2000 to May 2001, using a light trap for each studied area. The insect species collected with higher frequency had its populational dynamic represented graphically and community was characterizated using the following faunistic indexes: frequency, abundance, diversity, equitability and similarity for Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera-Heteroptera, Hymenoptera and other orders. It was observed individuals of insects with low density collected in the native fragment regarding the other sites. The sites with smaller development trees showed reduced number of individuals in comparision with native fragment. It was collected 876 species of insects and 15332 individuals, with order Lepidoptera representing 44,03% from the individuals total and of 80,25% of the collected species, with larger number for the families Noctuidae and Arctiidae, mostly in the areas with slower recovery. The species densities of Geometridae and Saturniidae were superior in native forest fragment. By the Shannon-Weaver diversity index was verified larger lepidopterous diversity in the native forest and smaller diversity in the site 2. The same result was verified for Coleoptera and Hymenoptera. Hemiptera-Heteroptera and insects of other orders presented larger diversity in the native forest fragment and the site 1 was the area changed with smaller diversity. The degraded sites in recovery process had very low similarity with the native forest fragment for Lepidoptera and for the other insect orders. 4 For Coleoptera, the sites in recovery were more similar to each other than when compared with the native forest fragment. The four areas were highly similar to each other for the orders Hymenoptera and Hemiptera-Heteroptera. ________________________________ Keywords: insect population, light trap, biodiversity 5 1. INTRODUÇÃO O conjunto de ecossistemas conhecido no Brasil como Mata Atlântica, que inclui áreas de floresta ombrófila densa, floresta estacional semidecidual e matas de galeria, é um dos maiores detentores de biodiversidade e um dos mais ameaçados pela degradação e desflorestamento dentre as regiões tropicais do mundo (SOS Mata Atlântica 1992). A degradação ambiental refere-se aos danos ou as perdas de populações de espécies nativas animais e/ ou vegetais, a qual pode ser considerada também como degradação da biodiversidade (Brienza Jr. et al., 1998). Este tipo de degradação, resultante de ações antrópicas, implica na alteração da abundância de uma população animal e/ou vegetal, provoca perdas da integridade estrutural e funcional do ecossistema e modifica a habilidade de regular o armazenamento e os fluxos de água, energia, carbono e nutrientes (Nepstad et al., 1992). Em áreas degradadas, cuja interferência do homem no ecossistema foi destrutiva, nota-se que há uma sucessão de organismos que estão presentes em cada etapa 6 da recuperação destas áreas. Assim é possível que, dentro destes grupos de organismos, possam ser encontradas espécies específicas para cada etapa da recuperação (Sautter, 1998). Estas espécies podem ser de grande importância para o estabelecimento de estratégias na recuperação de áreas degradadas. O estudo de organismos vivos usados como indicadores da qualidade ambiental tem sido uma das técnicas para avaliar mudanças no ambiente. Esses organismos vivos têm que ser abundantes, diversificados e ecologicamente importantes. A análise faunística permite a avaliação do impacto ambiental, tendo por base espécies de insetos como indicadores ecológicos (Silveira Neto et al., 1995). Os insetos fitófagos, quando específicos para determinadas plantas, são os organismos mais adequados para serem usados como bioindicadores, principalmente lepidópteros, que são taxonomicamente bem estudados e podem ser facilmente amostrados através de armadilhas luminosas (Holloway et al., 1987). Bioindicadores são organismos ou comunidades de organismos cujas funções vitais são tão estreitamente correlacionadas com os fatores abióticos, que podem ser utilizados como indicadores de mudanças destes fatores (Schubert, 1991). O presente trabalho tem como objetivo avaliar as comunidades de insetos em três sítios degradados sob processo de recuperação e em um fragmento de floresta nativa na região de Botucatu, SP, com a utilização de armadilhas luminosas para captura de insetos. 7 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1- Florestas degradadas e recuperação ambiental Áreas degradadas são aquelas que perderam a capacidade de se recuperarem por si só, necessitando a realização de trabalhos de revegetação e, ou, enriquecimento da área (Piña-Rodrigues & Marques, 1997). Kageyama et al. (1992) definem área degradada aquela que, após distúrbio, teve eliminados os seus meios de regeneração natural, e área perturbada a que sofreu distúrbio, mas manteve meios de regeneração biótica. Um ambiente é considerado degradado quando ocorre perda de suas características físicas, químicas e biológicas e o desenvolvimento sócio econômico é afetado. Entretanto, a definição de áreas degradadas varia entre pesquisadores de acordo com sua especialidade, embora a idéia central seja a mesma (Souza, 2000). Por se tratar de uma linha de pesquisa relativamente nova e por envolver diferentes áreas de conhecimento, é comum a citação de termos como recuperação, reabilitação e restauração, todos utilizados como sinônimos de um único processo (Dias & 8 Griffith, 1998). No entanto, para IBAMA (1990), a recuperação significa que o sítio degradado será retornado a uma forma e utilização de acordo com o plano preestabelecido para o uso do solo. Majer (1989) define a recuperação como um termo genérico que cobre todos os aspectos de qualquer processo que visa a obtenção de uma nova utilização para a área degradada. Inclui o planejamento e o trabalho de engenharia e, normalmente, processos biológicos. O mesmo autor define a reabilitação como o retorno da área a um estado biológico apropriado. Esse retorno não pode significar o uso produtivo da área a longo prazo, como a implantação de uma atividade que renderá lucro, ou atividades menos tangíveis em termos monetários, visando a recreação ou a valorização estético-ecológica. Para Dias & Griffith (1998) o termo restauração é o mais impróprio a ser utilizado para os processos que normalmente são executados, pois esse conceito refere-se à obrigatoriedade ao retorno do estado original da área, antes da degradação. Por retorno ao estado original entende-se que todos os aspectos relacionados com topografia, vegetação, fauna, solo, hidrologia, etc. apresentem as mesmas características de antes da degradação, ou seja, trata-se de um objetivo praticamente inatingível. A recuperação de áreas degradadas pode ser conceituada como um conjunto de ações-idealizadas executadas por especialistas das mais diferentes áreas do conhecimento humano que visam proporcionar o restabelecimento de condições de equilíbrio e sustentabilidade existentes anteriormente em um sistema natural (Dias & Griffith, 1998) Segundo Kageyama et al. (1992) a regeneração artificial na recuperação de áreas degradas, aliada às ações ambientalistas e de pressão da sociedade, vem sendo considerada prioritária em função do grau avançado de perturbação que atinge grandes áreas de proteção permanente. A avaliação de impactos ambientais previne e minimiza as 9 alterações que possam ocorrer na realização de um projeto ou atividade degradadora (Claudio, 1987). 2.2. Armadilhas luminosas para captura de insetos As armadilhas luminosas podem ser definidas como dispositivos para atração e captura de insetos. O movimento de um inseto a um estímulo produzido por luz é chamado de fototropismo, que é positivo quando o movimento ocorre em direção à luz e negativo em caso contrário (Matioli & Silveira Neto, 1988). A reação à luz da mosca doméstica varia em fases distintas de seu desenvolvimento, as larvas são fototrópicas negativas e os adultos são fototrópicos positivos, ou seja, são atraídas por luz (Nakano & Leite, 2000) a mosca-branca Bemisia tabaci (Hemiptera-Homoptera, Aleyrodidae), se torna sedentária quando submetida à radiação ultravioleta. Por outro lado, as baratas são fototrópicas negativas, ficando imobilizadas na presença da luz. Estas variações de comportamento devem-se a parâmetros diversos como comprimento de onda, cor, direção, duração e intensidade da luz (Matioli & Silveira Neto, 1988). A utilização prática dos efeitos da luz visível sobre os insetos pode ser feita com o emprego das armadilhas luminosas (Vendramim et al., 1992). Os insetos de hábito noturno, os mais importantes para captura em armadilhas luminosas, têm como fonte primária de atração a luz da lua. As espécies migrantes voam procurando manter sempre constante um ângulo entre a linha de vôo e a lua. As mariposas tendem a se orientar em relação à luz, numa trajetória de vôo espiral na vizinhança da fonte luminosa. Com os olhos 10 compostos posicionados num ângulo aproximadamente de 1800, a luz atinge mais diretamente um olho que o outro, o que acarreta uma inibição do movimento dos músculos alares desse lado, aumentando a eficiência do vôo do lado oposto e resultando numa trajetória espiral. Isto ocorre devido às respostas musculares reflexas, em relação às diferentes intensidades da irradiação incidente em cada um de seus olhos. Mariposas muito próximas da luz tornam-se ofuscadas e têm seus olhos dessensibilizados, tornando-se inativas, podendo permanecer pousadas, sem reação, mesmo próximas à luz. Cessando o estímulo luminoso, voam livremente afastando-se do local, e muitos insetos podem ser atraídos, mas não capturados, se a arquitetura da armadilha não for bem planejada (Matioli & Silveira Neto, 1988). O emprego das armadilhas luminosas é bastante antigo, tendo sido usado pela primeira vez por Lallement, em 1874. As armadilhas luminosas mais comumente utilizadas são baseadas nos modelos tradicionais norte-americanos, padronizadas pela Sociedade Americana de Entomologia, com luz vertical e multidirecional (Silveira Neto, 1989). No Brasil, estes aparelhos vêm sendo utilizados desde 1964, pelo Departamento de Entomologia da ESALQ/USP e outras instituições (Vendramim et al., 1992). Segundo Almeida et al. (1998) há vários tipos de armadilhas que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos. A armadilha luminosa mais comum é a do modelo "Luíz de Queiróz" (desenvolvida no Departamento de Entomologia da ESALQ, Piracicaba-SP). A captura de insetos vivos em recipientes tipo gaiola amplia a eficiência das coletas, segundo Matioli & Silveira Neto (1988), pois os feromônios liberados pelos insetos já apreendidos aumentam a atratividade da armadilha. 11 Outro modelo de armadilha comercializado no Brasil é o modelo “Al Intral” com lâmpada fluorescente FT15T12 BL alimentada por uma bateria de 12 volts (Silveira Neto, 1989). Para Zanuncio et al. (1993a) a amostragem com o uso de armadilhas luminosas consiste basicamente em se distribuir aleatoriamente as mesmas no campo, as quais permanecem ligadas por um período pré-fixado, de maneira que cada uma cubra uma determinada área. No final de cada período, os insetos coletados são levados ao laboratório para contagem e identificação. Segundo Nakano & Leite (2000) a instalação da armadilha pode ser feita em propriedades eletrificadas ou não, sendo neste caso alimentada por baterias, podendo também ser empregadas outras fontes de luz, como lampião a gás Cada tipo de inseto é atraído por um tipo de luz diferente, ou seja, luz com diferentes comprimentos de onda. A maior parte dos insetos-praga é fototrópicos positivos, sendo as mariposas um bom exemplo. De um modo geral, esses insetos podem ser monitorados ou até controlados por meio de armadilha luminosa (Nakano & Leite, 2000). A maioria das moscas e mariposas são atraídas por comprimentos de onda na faixa dos 300 a 390 nm, o que compreende a faixa de luzes ultravioletas, as quais recebem a denominação clássica em inglês BL (Black light, ou luz negra; ou BLB (Black light blue ou luz negra azulada) As lâmpadas fluorescentes são mais eficientes emissoras de luz monocromática, sendo que a radiação varia conforme o material utilizado no revestimento da parede interna do vidro. Assim, é possível a obtenção de luz monocromática de comprimento de onda específico, inclusive na faixa ultravioleta, pela substituição do revestimento interno durante a fabricação (Matioli & Silveira Neto, 1988). As lâmpadas utilizadas nas armadilhas luminosas são geralmente fluorescentes, de comprimento de onda específico de 15 ou 20W (F15 T8 BL) ou 12 de mercúrio de luz mista (Dualux - LM 160-220 Volts) (Vendramim et al., 1992). Estas lâmpadas emitem maior energia na faixa do ultravioleta, o que as torna eficientes para atração dos insetos. Para Matioli & Silveira Neto (1988) deve-se considerar que nem todas as espécies de insetos noturnos fototrópicos são igualmente atraídas por um mesmo comprimento de onda. Nesse caso, os autores recomendam a utilização de lâmpadas de vapor de mercúrio ou mistas que emitem radiações com diferentes comprimentos de onda atraindo, portanto, maior número de espécies. Silveira Neto (1969) visando atração da mariposa da broca da figueira Azochis gripusalis utilizou armadilhas luminosas multidirecionais modelo "Luíz de Queiróz". As lâmpadas usadas foram fluorescentes ultravioletas (black light), modelo F15 T8/BL. Abreu (1974) realizou estudos que indicam que as lâmpadas F15 T8/BLB e F15 T8/BL são 8 vezes mais atrativas que a lâmpada F15 T8/LD. Silveira Neto (1989) recomenda lâmpadas fluorescentes ultravioletas modelos: F15, F20 ou F30 BL ou BLB (bulbo opaco). Matioli (1986) afirma que além dos fatores ligados exclusivamente às armadilhas luminosas, existem outros que interferem na captura de insetos e que podem determinar seu êxito ou fracasso: - temperatura: os insetos vivem a partir de uma temperatura mínima que lhes permite essa atividade; - chuvas: prejudicam ou impedem o vôo; - neblina: quando é densa, atingindo o solo abaixo da linha de vôo, a captura aumenta porque ela difunde a luz da armadilha, ampliando a efetividade da fonte; porém, quando a 13 neblina se estende acima da linha de vôo, a captura é diminuída porque a visibilidade da luz pelos insetos é menor; - luar: as armadilhas atraem as mariposas que voam no seu plano ou abaixo dele, porém, quando estiverem voando acima desse plano, serão atraídas pela lua, escapando da coleta; - altura de vôo: em geral, a faixa mais adequada é de 1,20m a 3,50m; no caso de frutíferas, ela deve ser posicionada tangenciando as árvores; - periodicidade de vôo: em geral, observa-se que o maior número de insetos é coletado no período das 18 às 22 horas e as menores capturas ocorrem no período de 0 `as 6 horas (devido à diminuição da temperatura). 2.3- Levantamentos Populacionais de Insetos com o Uso de Armadilhas Luminosas Silveira Neto et al. (1976) afirmam que é praticamente impossível contar todos os insetos de um habitat, e que os levantamentos devem ser realizados mediante estimativa de populações por meio de amostras. As armadilhas luminosas constituem o método mais utilizado para determinar parâmetros de distribuição, flutuação e coleta de insetos em análise entomofaunísticas. No Brasil, o emprego de armadilhas luminosas é bastante comum para estudos de levantamentos populacionais de insetos, visando a determinação da flutuação populacional dos insetos-praga, o conhecimento das espécies, famílias ou ordens de insetos que ocorrem numa determinada região, e o acompanhamento da dispersão dos insetos-praga para novas regiões (Vendramim et al., 1992). 14 Para Menezes et al. (1986a) os levantamentos de flutuação populacional e de ocorrência de insetos são requisitos necessários para o manejo integrado, pois indicam locais de maiores ocorrências e os picos e quedas de populações no decorrer do ano. Matioli (1986) afirma que as armadilhas luminosas podem atuar diretamente no controle de pragas, atraindo insetos adultos, evitando sua oviposição e reduzindo, assim, seu aumento populacional. Zanuncio et al. (1993b) afirmam que o uso de armadilhas luminosas, constitui- se, sem dúvida, em um dos métodos mais eficientes para a amostragem de insetos noturnos, podendo também, em algumas situações, ser aplicado no controle de algumas pragas. Em empresas florestais, a utilização de armadilhas luminosas tem sido eficiente na amostragem de lepidópteros. Neste caso, amostragens regulares durante todas as estações do ano têm permitido estabelecer curvas de flutuação populacional das espécies mais freqüentes. Em amostragens feitas em períodos de surto de espécies-praga como, Thyrinteina arnobia, Thyrinteina. leucoceraea (Lepidoptera: Geometridae) e Psorocampa denticulata (Geometridae: Notodontidae), tem-se observado que 97% ou mais dos insetos são machos. Isto pode ser explicado pelo fato de que as fêmeas são mais pesadas e voam com menor freqüência. Por esta razão, o controle destes insetos através de armadilhas luminosas deve ser bem direcionado no tempo, para evitar-se que os machos copulem com as fêmeas continuando o processo de oviposição. Como fêmeas de algumas espécies depositam mais de 1000 ovos, como T. arnobia, uma pequena quantidade delas, fecundada, seria suficiente para reinfestar a área (Zanuncio et al., 1993a). Berti Filho (1981) realizou um levantamento nas regiões reflorestadas com Eucalyptus spp. nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, relatando todos os insetos associados a esta cultura. 15 Menezes et al. (1986a) determinaram a flutuação populacional de Glena sp. em plantios de eucalipto em Aracruz (ES) por dois anos, utilizando armadilhas luminosas. Na mesma região de Aracruz, Menezes et al. (1986b) realizaram um levantamento de lepidópteros desfolhadores no período entre 1983/84, através de amostragens mensais com armadilhas luminosas. Wilcken (1991) estudou a estrutura da comunidade de lepidópteros, coletados com armadilhas luminosas em florestas de Eucalyptus grandis no período de 1988 a 1990 com coletas semanais . Zanuncio et al. (1993a) também realizaram levantamento e flutuação de lepidópteros em plantios de Eucalyptus grandis, de junho de 1987 a maio de 1988, nos municípios de Belo Oriente e Açucena, MG, onde foram instaladas, respectivamente, duas e três armadilhas luminosas, com luz negra (modelo F15 T12/LN). Alves (1998) verificou a influência do sub-bosque em florestas de Eucalyptus grandis e de e fragmentos de mata nativa vizinhos a talhões de E. grandis, na comunidade de inimigos naturais (parasitóides e predadores) das ordens Diptera e Hymenoptera e de lepidópteros-praga do eucalipto, nas regiões de Telêmaco Borba-PR e Itatinga-SP. Utilizou-se dois tipos de armadilhas: para os estudos da estrutura de comunidade e dinâmica populacional das espécies: armadilhas luminosas para coleta de lepidópteros-praga do eucalipto, e armadilhas de "Malaise" para a coleta de inimigos naturais, totalizando 12 armadilhas de Malaise e 12 armadilhas luminosas, no período de julho de 1994 a junho de 1996, sendo a freqüência de coleta de quinze dias. Fragoso et al. (2000) realizaram no período de julho de 1993 a junho de 1998, monitoramento de lepidópteros com armadilhas luminosas em plantios de Eucalyptus grandis, na região de Santa Bárbara, Minas Gerais. 16 Silveira Neto et al. (1995) avaliaram as variações ambientais ocorridas em Piracicaba-SP, tomando-se por base o levantamento de insetos realizados com armadilhas luminosas, em 1965/66 e 25 anos depois (1990/91), e concluíram que há interferência na fauna entomológica da comunidade analisada, devido às mudanças e destruição da vegetação. Dubois (1993) estudou a diversidade de mariposas das famílias Notodontidae e Arctiidae num fragmento florestal da Amazônia Oriental, Açailândia-MA,com diferentes graus de perturbação antrópica, utilizando dois tipos de armadilhas: 1-"Luís de Queiróz” e 2-"Pano de Luz", em três e quatro sítios amostrais, respectivamente. A primeira amostrou nove pontos de coleta em setembro e novembro de 1990 e em julho de 1991, enquanto que a segunda, amostrou quatro pontos de coleta em novembro de 1991. 17 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Caracterização da Área O trabalho foi desenvolvido no período de maio/2000 a maio/2001 nas Fazendas Experimentais Lageado e Edgardia, pertencentes à Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Botucatu, SP. A zona é classificada como Floresta Tropical Estacional Semidecidual. A área é de topografia acidentada, com altitudes variando de 775 m a 464 m. Em decorrência da topografia e embasamento geológico, existe um gradiente de 12 tipos de solo, desde os mais férteis, de origem basáltica, até manchas de solo extremamente pobres e ácidos, representando bem a variação do Estado de São Paulo. O clima predominante na região segundo a classificação climática de Köeppen é do tipo Cwa. É caracterizado pelo clima tropical de altitude, com inverno seco e verão quente e chuvoso (Lombardi Neto & Drugowich, 1994). A temperatura média anual é de 19,4 0 C, variando de 21, 9 0 C (janeiro) a 16, 3 0 C (julho), com 1300 mm de precipitação média anual, distribuída principalmente entre os meses de outubro a março 18 Na Figura 1, são apresentados os dados médios mensais de precipitação pluvial, umidade relativa do ar e as temperaturas máxima e mínima, durante o período de levantamento dos insetos. Os dados foram coletados na Estação Metereológica da Fazenda Experimental Lageado, situada no Departamento de Recursos Naturais - Setor de Climatologia. Figura 1. Médias mensais de precipitação pluvial mensal, umidade relativa e de temperaturas máxima e mínima durante o período de coleta de insetos. Botucatu-SP, 2000 a 2001. As coletas de insetos foram realizadas em três sítios experimentais (área total de 3,75 ha por sítio), com solos e coberturas vegetais distintas, e um fragmento de floresta nativa (vizinho ao sítio 2). As áreas são pertencentes ao projeto "Modelos alternativos de reflorestamento misto com espécies nativas para a restauração da mata Atlântica em sítios degradados na região de Botucatu, SP", iniciado em 1998. 0 50 100 150 200 250 300 350 Mai/00 Jun/00 Jul/00 Ago/00 Set/00 Out/00 Nov/00 Dez/00 Jan/01 Fev/01 Mar/01 Abr/01 Mai/01 Meses P re ci pi ta çã o (m m ) e U R % 0 5 10 15 20 25 30 35 T em pe ra tu ra ( oC ) Precipitação UR % Temperatura Máxima Temperatura Mínima 19 a) Sítio n0 1 (A1) - localizado na Fazenda Experimental Lageado, com altitude de 723m, solo NITOSSOLO VERMELHO (NV), textura argilosa (EMBRAPA, 1999) e relevo ondulado, de ótima fertilidade e boas propriedades físicas, mas com tendência a compactação. Até o fim da década de 60 a área foi utilizada para a produção de café, nas décadas de 70 e 80 para produção de feijão e, na década de 90, com plantios de capim napier. Este sítio situa-se próximo à calha do Ribeirão Lavapés, em um vale relativamente isolado, circundado por campos agrícolas, com fragmentos de matas ciliares entre a área experimental e o rio. b) Sítio n0 2 (A2) - localizado na Fazenda Edgardia, com altitude de 572 m, solo ARGILOSO VERMELHO-AMARELO (AVA), álico, textura areia franca (EMBRAPA, 1999), relevo suave ondulado a ondulado de fertilidade mais baixa e maior acidez. A área foi utilizada como pastagem de 1920 a 1971, aproximadamente, depois parte da área foi utilizada com plantios de Citrus e parte como pastagem, formada com Brachiaria decumbens. c) Sítio n0 3 (A3)- localizado na Fazenda Edgardia, a 509 m de atitude, solo LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO (LVA), álico, textura arenosa (EMBRAPA, 1999), relevo plano a suave ondulado, de fertilidade muito baixa, bastante ácido e lixiviado, tendo sido usado há muitos anos (de 1964 a 1980), com plantios de manga e noz pecã e nos últimos 10 anos, como pastagem (formada com Panicum maximum). No início do projeto existiam linhas de árvores já em processo de senescência, distantes entre si cerca de 70m, e uma área é usada para pastoreio. Cerca de 50-100 m da área, encontra-se um fragmento de mata secundária, degradada por fogo e extrações de madeira. 20 d) Fragmento de mata (A4)- localizado na Fazenda Edgardia, a 556 m de altitude, distante do sítio 1 a 2500 m, do sítio 2 a 276 m e do sítio 3 a 1900 m (Apêndice 1). 3.2. Levantamento populacional de insetos O levantamento das espécies de insetos foi realizado no período de maio de 2000 a maio de 2001, com coletas quinzenais, onde foram utilizadas armadilhas luminosas modelo "Al Intral" com lâmpada fluorescente FT15T12 BL, alimentada por uma bateria de 12 volts. Instalou-se uma armadilha por área estudada, perfazendo um total de quatro armadilhas, a uma altura de 1,20 m (do nível do solo até a boca do funil coletor). Foi utilizado como coletor um recipiente de plástico, com volume de 3000 mL, no qual foram adicionado aproximadamente 500 mL de álcool a 70 %, para matar e conservar os insetos até o momento da coleta. As áreas foram caracterizadas quanto às coordenadas geográficas de latitude, longitude e altitude (Tabela 1), utilizando-se um aparelho GPS (Garmin). Tabela 1. Localização das armadilhas luminosas em Botucatu - SP. maio/2000 a maio/2001. Armadilhas Ambientes Localização Altitude (m) Armadilha 1 Sítio 1 (A1) S 220 49’ 41.1’’ W 480 25’ 56.9’’ 723 Armadilha 2 Sítio 2 (A2) S 220 48’ 55.3’’ W 480 24’ 57.1’’ 572 Armadilha 3 Sítio 3 (A3) S 220 49’ 17.2’’ W 480 23’ 52.4’’ 509 Armadilha 4 Fragmento de mata (A4) S 220 48’ 47.4’’ W 480 25’ 56.9’’ 556 21 Os insetos coletados foram triados, contados, montados, catalogados, acondicionados e identificados por comparação nas coleções do Departamento de Produção Vegetal, Setor de Defesa Fitossanitária, FCA – UNESP – Câmpus de Botucatu e do Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da ESALQ/USP. As espécies de insetos coletadas com maior freqüência tiveram sua flutuação populacional representadas graficamente, e a caracterização das comunidades encontradas foi feita pelos índices faunísticos: freqüência, abundância e diversidade. Foi determinada a curva do coletor através do número acumulado de espécies de insetos para verificar a eficiência das amostragens (Samways, 1983). A relação entre o número de espécies e o número de indivíduos por espécie foi ajustada pela série logarítmica de Fisher (Poole, 1974; Laroca & Mielke, 1975), conhecida por distribuição log-normal. Para se conhecer a riqueza de espécies de Lepidoptera, Coleoptera, Hymenoptera, Hemiptera-Heteroptera e outras ordens de insetos nos três sítios experimentais e no fragmento de mata, determinou-se a diversidade de espécies das comunidades através da fórmula de Shannon-Weaver (1949), citado por Poole (1974) e Ludwig e Reynolds (1988): H= - ∑ pi ln pi , sendo pi = ni/ N onde: H= índice de diversidade das espécies s = n0 de espécies pi = proporção do número total de espécies ni = n0 de indivíduos da espécie i N = n0 total de indivíduos 22 Os valores de diversidade foram comparados estatisticamente pelo teste t, através da fórmula: t = H'2))1/2.(varH'1).(((var H'2-H'1 + H'1= índice de diversidade no local 1 H'2= índice de diversidade no local 2 var. (H'1)= variância de H'1 var. (H'2)= variância de H'2 A variância foi calculada pela seguinte fórmula: Var. (H'1) = N pipipipi∑ ∑− 2)ln(2)(ln Os graus de liberdade para o teste t foram calculados pela fórmula: GL = H'2)2/N2)).(varH'1)2/N1).((var var.H'2)2(var.H'1 + + Para se avaliar quanto igualmente abundantes foram as espécies coletadas nas amostragens, calculou-se o índice de equitatividade ou uniformidade (Magurran, 1988): H’ E = ------------ ln S onde: H'= índice de diversidade da amostra 23 lnS= H ' máximo= logarítimo neperiano do número total de espécies No trabalho em questão,,foi escolhido o índice de Morisita- Horn para calcular a similaridade, que determina o grau de associação entre habitats estudados, por ser segundo Wolda (1981) e Magurran (1988), um índice que melhor avalia os habitats a nível quantitativo. CMH = bNaNdbda bniani .)( ).(2 + ∑ da = aN2 ani2∑ e db = bN2 bni2∑ onde: aN = n0 de indivíduos no local A bN = n0 de indivíduos no local B ani= n0 de indivíduos nas i-ésimas espécies do local A bni= n0 de indivíduos nas i-ésimas espécies do local B 24 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO No período de maio/2000 a maio/2001 coletou-se um total de 15.548 indivíduos e 876 espécies, sendo a ordem Lepidoptera responsável por 44,03% do total de indivíduos e de 80,25% das espécies coletadas (Tabela 2). Tabela 2- Totais de insetos coletados nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. Ordem Espécies Indivíduos Lepidoptera 703 6.751 Coleoptera 117 4.627 Hemiptera-Heteroptera 27 1.227 Outras Ordens de Insetos 15 1.556 Hymenoptera 14 1.387 Total 876 15.548 Dos 6.751 indivíduos da ordem Lepidoptera, distribuídos em 703 espécies e 23 famílias, 5.829 indivíduos pertencem a família Noctuidae com 262 espécies, representando 86,34% dos lepidópteros encontrados (Tabela 3). Para Thomas (2001) a família Noctuidae também foi a mais numerosa com 13.907 indivíduos e 271 espécies de um total de 31.634 indivíduos e 539 espécies distribuídas em 14 famílias pertencentes à ordem Lepidoptera. Wilcken (1991), coletou um total de 570 morfo-espécies de lepidópteros 25 distribuídas em 32 famílias no período de dezembro/1988 a dezembro/1990 em florestas de eucalipto na região de Itatinga, sendo que a família Noctuidae também se apresentou com o maior número de espécies (156). No leste da Virginia, Butler & Kondo (1991) estudando a riqueza de espécies de Lepidoptera coletadas com armadilhas luminosas no período de três anos num único local, registraram 400 espécies de mariposas distribuídas em 13 famílias. A família Noctuidae dominou com 220 espécies (55% do total de indivíduos) e Geometridae representando 25,5% com 102 espécies. Grimble & Beckwith (1992) coletaram 383 espécies de mariposas, sendo 55% da família Noctuidae e 24 % da família Geometridae. Profant (1990), estudando a comunidade de Lepidoptera em Pinus sp. na Flórida, registrou 415 espécies, 172 da família Noctuidae e 68 espécies da família Geometridae. No presente estudo a família Arctiidae superou a família Geometridae em número de indivíduos, mas em relação ao número de espécies Geometridae foi superior (Tabela 3). As famílias de Lepidoptera que mais se destacaram nas quatro áreas, tanto em número de indivíduos como de espécies foram: Noctuidae, Arctiidae, Geometridae, Pyralidae, Sphingidae e Saturniidae (Figuras 2 e 3). Os sítios 1, 2 e 3 apresentaram maior densidade de Noctuidae e Arctiidae quando comparados ao fragmento de mata. Com as famílias Geometridae e Saturniidae ocorreu o contrário, ou seja, o fragmento de mata foi superior às outras três áreas em número de indivíduos (Figura 2). Dubois (1993), a partir das correlações entre dados das faunas estudadas e os parâmetros estruturais dos habitats, determinou que a riqueza de 26 espécies de Arctiidae e, principalmente, de espécies da sub-família Ctenuchinae indicam áreas ou habitats mais alterados ou abertos. Tabela 3- Número de espécies e número de indivíduos das famílias de Lepidoptera coletadas nas quatro áreas de estudo em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. Família Espécies Indivíduos Noctuidae 262 5.828 Geometridae 144 716 Arctiidae 90 1.554 Pyralidae 52 402 Saturniidae 43 341 Notodontidae 35 173 Sphingidae 17 131 Megalopygidae 16 144 Lasiocampidae 13 66 Limacodidae 11 125 Apatelodidae 4 84 Mimallonidae 3 6 Cossidae 3 9 Nymphalidae 3 4 Hepialidae 2 8 Dioptidae 1 9 Yponomeutidae 1 8 Lymantriidae 1 3 Lycaenidae 1 3 Thyrididae 1 2 Papilionidae 1 1 Psychidae 1 1 Oecophoridae 1 1 Total 703 6.751 O sítio 3, sítio mais degradado em relação aos demais, apresentou maior número de indivíduos para as famílias Noctuidae (1.726) e Arctiidae (731). 27 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 Noctuidae Arctiidae Geometridae Pyralidae Sphingidae Saturniidae N úm er o de I nd iv íd uo s A1 A2 A3 A4 Figura 2. Número total de indivíduos das principais famílias da ordem Lepidoptera coletadas nas quatro áreas de estudo em Botucatu-SP. maio/2000 a maio/2001. 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Noctuidae Geometridae Sphingidae N úm er o de E sp éc ie s A1 A2 A3 A4 Figura 3. Número de espécies das principais famílias da ordem Lepidoptera coletadas nas quatro áreas de estudo em Botucatu-SP. maio/2000 a maio/2001. 28 A família Pyralidae apresentou maior número de indivíduos e de espécies nos sítios 1 (152 indivíduos e 28 espécies) e 3 (158 indivíduos e 31 espécies). A menor ocorrência dessa família foi observada no sítio 2 com apenas 10 indivíduos e 9 espécies. No sítio 2 também foi notada a menor densidade de Sphingidae (7 indivíduos), Saturniidae (10 indivíduos) e Geometridae (87 indivíduos). O maior número de espécies das famílias Noctuidae (161), Saturniidae (26) e Sphingidae (78) foi observado no sítio 1 (sítio menos degradado). Holloway (1985), em estudos realizados em florestas tropicais com o objetivo de determinar o grupo taxonômico de Lepidoptera para caracterizar florestas intactas, considerou que as famílias Sphingidae e Noctuidae são menos indicadoras de florestas intactas pelo fato da maioria das espécies voarem a longas distâncias e serem “turistas” freqüentes. Porém, muitas espécies destas famílias são características de habitats abertos de crescimento secundário, e a presença delas pode ser levada para indicar o grau de perturbação ou degradação de florestas tropicais. Notou-se que no fragmento de mata as famílias Geometridae e Saturniidae foram superiores em número de indivíduos e de espécies em relação às demais áreas. Intachat & Holloway (2000) observaram que as espécies da família Geometridae são consideradas como um grupo indicador satisfatório para florestas tropicais por serem voadoras fracas e pelo fato do número de espécies tender a aumentar com a sucessão vegetal. As famílias da ordem Coleoptera que se destacaram com os maiores valores de densidade de indivíduos foram: Carabidae (1.593), Silphidae (897) e Scarabaeidae (1.074) de um total de 25 famílias (Tabela 4). Cerambycidae e Scarabaeidae apresentaram-se com maior número de espécies, 28 cada, vindo em seguida Chrysomelidae, com apenas 10 espécies. 29 O elevado número de indivíduos da família Carabidae deve-se principalmente pela abundância da espécie Selenophorus sp. que representou 99,4% dos insetos dessa família. No sítio 2 foram coletados 764 indivíduos de Selenophorus sp. e 740 indivíduos no sítio 3 (Apêndice 7). Tabela 4 - Número total de espécies e de indivíduos das famílias de Coleoptera coletadas nas quatro áreas de estudo em Botucatu-SP. maio/2000 a maio/2001. Família Espécies Indivíduos Scarabaeidae 28 1.074 Cerambycidae 28 345 Chrysomelidae 10 176 Coccinelidae 8 11 Carabidae 11 1.601 Elateridae 8 148 Erotylidae 4 32 Meloidae 5 10 Curculionidae 5 18 Eucnemidae 4 7 Trogositidae 2 12 Lycidae 2 5 Silphidae 1 897 Alleculidae 1 118 Staphylinidae 1 88 Hydrophilidae 1 88 Phengodidae 1 11 Trogidae 1 6 Nitidulidae 1 353 Rhipiceratidae 1 2 Histeridae 1 2 Tenebrionidae 1 1 Passalidae 1 1 Melyridae 1 1 Lampyridae 1 1 Lagriidae 1 1 Total 131 5.013 A espécie Lobiopa sp. só ocorreu no fragmento de mata com apenas um indivíduo. A espécie Conoderus sp. representou 94% da família Elateridae (Tabela 4). 30 Para a ordem Hymenoptera a família Formicidae representou 51,75% dos insetos capturados, com 273 indivíduos no sítio 3; 266 indivíduos no sítio 2; 75 indivíduos no sítio 1 e apenas 50 indivíduos no fragmento de mata (Tabela 5). Tabela 5 - Número total de indivíduos das famílias da ordem Hymenoptera coletadas nas quatro áreas de estudo em Botucatu-SP. maio/2000 a maio/2001. Família Indivíduos Formicidae 665 Vespidae 591 Apidae 29 Total 1.285 A família Cydnidae foi a mais numerosa da ordem Hemiptera – Heteroptera com apenas uma espécie encontrada (Tabela 6) e a menos numerosa foi a família Belostomatidae. Tabela 6 - Número total de indivíduos das famílias da ordem Hemiptera-Heteroptera coletadas nas quatro áreas de estudo em Botucatu-SP. maio/2000 a maio/2001. Família Indivíduos Cydnidae 571 Rhopalidae 378 Pentatomidae 105 Pyrocoridae 96 Reduviidae 29 Belostomatidae 2 Total 1.181 As demais ordens de insetos que ocorreram nas quatro áreas estudadas e as que mais se destacaram em número de indivíduos foram: Ephemenoptera, Diptera e Dermaptera. Ephemenoptera representou 67,1% do total de insetos da outras ordens (Tabela 7). A família Blattidae também se destacou em número de indivíduos (103). 31 Foram coletados 227 indivíduos da ordem Diptera de uma só espécie e 127 indivíduos de Dermaptera, e 3 indivíduos de Neuroptera. Camargo (1994) em levantamento em Iraí de Minas, MG encontrou 96 indivíduos de Diptera em 57 espécies, dois indivíduos de Dermaptera e 13 indivíduos de Neuroptera. Tabela 7 - Número total de indivíduos das outras ordens de insetos coletadas nas quatro áreas de estudo em Botucatu-SP. maio/2000 a maio/2001. Outras Ordens Família Indivíduos Ephemenoptera - 1.055 Diptera - 227 Dermaptera - 127 Blattodea Blattidae 103 Odonata Mantodae 26 Hemiptera-Homoptera Cercopidae 11 Orthoptera Acrididae 4 Neuroptera Chrysopidae 3 Total - 1.556 4.1. Curva do Coletor O excesso de chuvas ocorridas no mês de janeiro de 2001 (Figura 1) prejudicou o andamento das coletas, não houve coleta de insetos nas quatro áreas de estudo em fevereiro de 2001. As coletas retornaram no mês de março de 2001 somente nos sítios 1 (A1) e 3 (A3), prosseguindo normalmente até maio de 2001. Devido aos fatos relatados acima, os dados relacionados à curva do coletor foram analisados até janeiro/2001 para o sítio 2 (A2) e o fragmento de mata (A4) e para os sítios 1 (A1) e 3 (A3) até maio/2001 (Figuras 4, 5, 6, 7, 8 e 9). A curva do número acumulado de espécies é utilizada para tomada de decisão quanto à definição do esforço amostral, ou seja, o mínimo de amostragens 32 efetuadas. O não nivelamento das curvas do coletor para Lepidoptera (Figura 4) demonstrou que o período de 8 meses no caso para o sítio 2 e fragmento de mata, e de um ano para os sítio 1 e 3, talvez não tenha sido suficiente para amostrar a maioria das espécies de Lepidoptera, pois, para Wilcken (1991), o período de amostragem com armadilhas luminosas suficiente para levantar a maioria das espécies de lepidópteros de hábitos noturno existentes nas florestas de Eucalyptus grandis de Itatinga e Angatuba- SP foi de dois anos. Southwood, (1978) também relatou a eficiência das armadilhas luminosas para coleta de lepidópteros nesse período. 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 N úm er o ac um ul ad o de e sp éc ie s A1 A2 A3 A4 Figura 4 – Curva do coletor do número acumulado de espécies da ordem Lepidoptera nos sítios 1 (A1), 2 (A2), 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. Para as espécies de Hymenoptera (Figura 5) houve nivelamento das curvas do coletor no sítio 1 a partir de outubro/2000, em março foi coletada uma espécie 33 diferente e em maio/2001 outra espécie. No sítio 2, a partir de setembro/2000 houve nivelamento da curva no sítio 3 e no fragmento de mata só a partir de dezembro/2000. 0 2 4 6 8 10 12 14 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 N úm er o ac um ul ad o de e sp éc ie s A1 A2 A3 A4 Figura 5 - Curva do coletor do número acumulado de espécies de Hymenoptera nos sítios 1 (A1), 2 (A2), 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. Observou-se que a maioria das espécies de Hemiptera-Heteroptera não foi amostrada no período de maio/2000 a janeiro/2001 nos sítios 1 e 3, no sítio 2 notou-se nivelamento de setembro/2000 a dezembro/2000, só que, em janeiro foram coletadas quatro novas espécies e o nivelamento da curva no fragmento de mata só foi observado a partir de dezembro/2000 (Figuras 6) . 34 0 5 10 15 20 25 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 N úm er o ac um ul ad o de e sp éc ie s A1 A2 A3 A4 Figura 6 – Curva do coletor do numero acumulado de espécies da ordem Hemiptera- Heteroptera nos sítios 1 (A1), 2 (A2), 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 N úm er o ac um ul ad o de e sp éc ie s A1 A2 A3 A4 Figura 7 – Curva do coletor do número acumulado de espécies da ordem Coleoptera nos sítios 1 (A1), 2 (A2), 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 35 Para Coleoptera o nivelamento da curva só foi observado no sítio 1 em abril/01, nas demais áreas não houve nivelamento (Figura 7). 0 2 4 6 8 10 12 14 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 N úm er o ac um ul ad o de e sp éc ie s A1 A2 A3 A4 Figura 8. Curva do coletor do número acumulado de espécies das outras ordens de insetos nos sítios 1 (A1), 2 (A2), 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a janeiro/2001. Para as outras ordens de insetos o nivelamento das espécies se dá somente no sítio 3 (Figura 8). 36 0 100 200 300 400 500 600 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 N úm er o ac um ul ad o de e sp éc ie s A1 A2 A3 A4 Figura 9 – Curva do coletor do número acumulado de espécies de todos os insetos nos sítios 1 (A1), 2 (A2), 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a janeiro/2001. Ao verificar a curva do coletor para todos os insetos (Figura 9) não houve nivelamento da mesma, reforçando que no mês de janeiro ainda estavam sendo capturadas novas espécies, principalmente das ordens Lepidoptera e Coleoptera. 4.2. Flutuação Populacional Sítio 1 No sítio 1, até o mês de dezembro de 2000 foi coletado um número reduzido de indivíduos da espécie Dicladia lucetius (Lepidoptera:Arctiidae), onde nos meses de julho, agosto, novembro e dezembro/2000 essa espécie não foi coletada neste período, somente a partir do mês de janeiro de 2001, mês de maior precipitação pluviométrica 37 (322,2mm) que houve um pequeno aumento da espécie com quatro indivíduos capturados, em março/2001 a população aumentou para 16 indivíduos e em abril caiu para 11. Foi durante o mês de maio/2001 que a espécies ocorreu em maior número (27 indivíduos) e com precipitação em torno de 91 mm (Figura 10). A espécie Cosmossoma sp. (Lepidoptera: Arctiidae) só foi encontrada no sítio 1 a partir do mês de janeiro/2001 com pico populacional nesse mês e em março/2001 com 28 indivíduos e a partir de abril a população decresceu (Figura 10). No sítio 3 a mesma espécie apresentou flutuação populacional um pouco semelhante à observada no sítio 1 até o mês de novembro, tendo um ligeiro aumento em dezembro e em janeiro a população diminuiu, e no mês de março voltou novamente a aumentar tendo maior pico nesse mês onde coletou-se 77 indivíduos (Figura 14). Zanuncio et al. (1993b) observaram maior ocorrência de Cosmossoma sp. em Belo Oriente/MG no mês de janeiro, em Alto São Francisco/MG nos meses de junho, agosto, setembro e novembro, em Caçapava/SP notou-se maior ocorrência em junho, julho e agosto e em São José dos Campos nos meses de maio e agosto. 38 0 5 10 15 20 25 30 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 Meses N úm er o de I nd iv íd uo s Dicladia lucetius Cosmossoma sp. Figura 10- Flutuação populacional de Dicladia lucetius (Lepidoptera: Arctiidae) e Cosmossoma sp. (Lepidoptera: Arctiidae) no sítio 1 (A1). Botucatu –SP. maio/2000 a maio/2001. Sítio 2 Notou-se a ocorrência da morfo-espécie 313 L (Lepidoptera: Noctuidae) no sítio 2 somente a partir de setembro com um pico populacional com 36 indivíduos, no mês de novembro não ocorreu, em dezembro foram capturados nessa área apenas 3 indivíduos em janeiro foram capturados 7 indivíduos em marco a população caiu para apenas um indivíduo e nos meses de abril e maio de 2001 essa espécie não foi capturada (Figura 11). 39 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 Meses N úm er o de I nd iv íd uo s Cosmossoma remotum 313 L Figura 11- Flutuação populacional de Cosmossoma remotum e da morfo- espécie 313 L no sítio 2 (A2). Botucatu –SP. maio/2000 a maio/2001. Observa-se no sítio 2 (Figura 11) um pico populacional da espécie Cosmossoma remotum com 15 indivíduos capturados em maio de 2000 mês de menor precipitação (10,3mm), em junho a população caiu para apenas um indivíduo, em julho não ocorreu, havendo um ligeiro aumento no meses de agosto e setembro, com 2 indivíduos em cada mês em outubro e novembro a população caiu novamente sendo coletado um apenas um indivíduo a cada mês, em dezembro houve novamente um aumento de indivíduos coletados, o mês de janeiro foi o de maior pico populacional com 19 indivíduos e nos meses seguintes a espécie não foi encontrada. 40 Sítio 3 A espécie Aclytia heber (Lepidoptera: Arctiidae) começou a aparecer em só em janeiro/2001 (mês de maior precipitação) e ocorre em maior população quando choveu 24,9mm em abril/2001 em maio a população voltou a cair quando aumentou a precipitação (91mm) no sítio 3 (Figura 12). 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 Meses N úm er o de I nd iv íd uo s Aclytia heber Cosmossoma sp. Figura 12- Flutuação populacional Aclytia heber e Cosmossoma sp. no sítio 3 (A3). Botucatu – SP. maio/2000 a maio/2001. Sítio 4 A população de Semnia auritalis (Lepidoptera: Pyralidae) só veio ocorrer no mês de dezembro/2000 em janeiro aumentou em número de indivíduos e não foi mais capturada nos meses seguintes (Figura 13). No fragmento de mata só a partir de 41 dezembro que a morfo-espécie 358 L coletada foi encontrada com 18 indivíduos em janeiro sua população teve um pico populacional de 71 indivíduos e não ocorreu mais até maio/2001(Figura 13). 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 Meses N úm er o de I nd iv íd uo s Semnia auritalis 358L Figura 13 - Flutuação populacional Semnia auritalis e da morfo-espécie 358L no fragmento de mata (A4). Botucatu –SP. maio/2000 a maio/2001. Em relação à flutuação populacional da espécie Selenophorus sp. da ordem Coleoptera, de maio/2000 a agosto/2000 foi coletado apenas um indivíduo no sítio 3, nas outras áreas a mesma não ocorreu nesse período (Figura 14). No sítio 3 em setembro teve um pico com 111 indivíduos em outubro a população caiu para 14 , em novembro aumentou para 56 em dezembro caiu novamente para 12 e em janeiro mês de maior pico da espécie (361), voltou a ocorrer em março com 11 indivíduos e em abril caiu para apenas 2. 42 No sítio 1 ocorreu nos meses setembro, outubro, dezembro e janeiro. No sítio 2 houve dois picos populacionais, um em setembro e o outro em janeiro/2001 e nos meses seguintes Selenophorus sp. não foi mais encontrada. No fragmento de mata ocorreu nos meses novembro, dezembro e janeiro. 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 N úm er o de in di ví du os A1 A2 A3 A4 Figura 14– Flutuação populacional de Selenophorus sp. (Coleoptera: Carabidae) nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. A flutuação populacional de Pangaeus bilineatus (Hemiptera- Heteroptera: Cydnidae) nas quatro áreas de estudo pode ser observada na Figura 15, onde nos meses maio/2000 e julho não foi capturado nenhum inseto dessa família no sítio 3. No fragmento de mata só ocorreu em novembro, dezembro e janeiro. No mês de agosto só ocorreu no sítio 1. No sítio 2 ocorreu de setembro a janeiro. Observou-se picos no mês de setembro nos sítios 1, 2 e 3. Em novembro no sítio 3, em dezembro e janeiro no sítio 1. No mês de março nos sítios 1 e 3 , em abril no sítio 1. 43 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 Meses N úm er o de in di ví du os A1 A2 A3 A4 Figura 15– Flutuação populacional da espécie Pangaeus bilineatus (Hemiptera-Heteroptera: Cydnidae)nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. 2000/2001. 4.3. Distribuição de freqüências de insetos A distribuição de freqüências, ajustada pela curva log-normal, foi calculada apenas para as espécies de Lepidoptera e Coleoptera (Figuras 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22 e 23), e para as ordens Hymenoptera, Hemiptera-Heteroptera e demais ordens não foi calculada devido ao número reduzido de espécies encontradas para essas ordens (Tabela 2). Observa-se nas Tabelas 8 e 9, respectivamente, as funções de ajuste da curva log-normal, com valores de χ2 para Lepidoptera e Coleoptera. Foram encontradas diferenças significativas entre a freqüência observada e esperada de Lepidoptera, pois as distribuições das espécies não se ajustaram pela 44 curva log-normal nos sítios 1 e 3 e no fragmento de mata, indicando que para essas áreas o tempo de amostragem de um ano não foi suficiente para avaliar a relação entre abundância de indivíduos e as espécies. Wilcken (1991) ao avaliar comunidades de lepidópteros em florestas de E. grandis de 2 a 4 anos de idade, das três armadilhas instaladas em Itatinga, SP, uma não se ajustou a curva do log-normal e das duas armadilhas instaladas em Angatuba, SP, uma também não se ajustou à curva, no período de 2 anos. O sítio 2 foi o único ambiente onde a distribuição das espécies de Lepidoptera se ajustou a curva log-normal (Tabela 8). 0 20 40 60 80 100 120 140 (0-1) (1-2) (2-4) (4-8) (8-16) (16-32) (32-64) (512- 1024) Número de indivíduos N úm er o de e sp éc ie s freqüência observada freqüência esperada Figura 16 – Distribuição de freqüências de espécies de lepidópteros coletados no sítio 1 (A1), ajustada pela curva log-normal em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 45 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 (0-1) (1-2) (2-4) (4-8) (8-16) (16-32) (32-64) (512- 1024) Número de Indivíduos N úm er o de E sp éc ie s freqüência observada freqüência esperada Figura 17 – Distribuição de freqüências de espécies de lepidópteros coletados no sítio 2 (A2), ajustada pela curva log-normal em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 0 20 40 60 80 100 120 140 160 (0-1) (1-2) (2-4) (4-8) (8-16) (16-32) (32-64) (64-128) (128-512) (512- 1024) Número de Indivíduos N úm er o de E sp éc ie s freqüência observada freqüência esperada Figura 18 – Distribuição de freqüências de espécies de lepidópteros coletados no sítio 3 (A3), ajustada pela curva log-normal em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 46 0 20 40 60 80 100 120 140 (0-1) (1-2) (2-4) (4-8) (8-16) (16-32) (32-64) (64-128) (512- 1024) Número de indivíduos N úm er o de e sp éc ie s freqüência observada freqüência esperada Figura 19 – Distribuição de freqüências de espécies de lepidópteros coletados no fragmento de mata (A4), ajustada pela curva log-normal em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. Tabela 8- Funções de ajuste da curva log-normal, com os respectivos valores de χ2, para as espécies de lepidópteros nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. Ambiente Função χ2 Sítio 1 S (R) =108,0 e –((0,366)2. (R)2) 28,88 * Sítio 2 S (R) =65,5 e –((0,370)2. (R)2) 8,09 n.s Sítio 3 S (R) =100 e –(0,270)2. (R)2) 48,12 * Fragmento de mata S (R) =92 e –((0,313)2. (R)2) 25,08 * Obs: *- significativo ao nível de 2% n.s – não significativo Nas quatro áreas de estudo a distribuição das espécies da ordem Coleoptera se ajustaram à distribuição log-normal, indicando que o tempo de amostragem foi 47 suficiente para avaliar a relação entre abundância de indivíduos e espécies para essa ordem (Tabela 9). 0 5 10 15 20 25 (0-1) (1-2) (2-4) (4-8) (8-16) (16-32) (32-64) (64-128) (128-256) Número de indivíduos N úm er o de e sp éc ie s freqüência observada freqüência esperada Figura 20 – Distribuição de freqüências de espécies de coleópteros coletados no sítio 1 (A1), ajustada pela curva log-normal em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 (0-1) (1-2) (2-4) (4-8) (8-16) (16-32) (32-64) (64-128) (128-256) (512- 1024) Número de indivíduos N úm er o de e sp éc ie s freqüência observada freqüência esperada Figura 21 – Distribuição de freqüências de espécies de coleópteros coletados no sítio 2 (A2), ajustada pela curva log-normal em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 48 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 (0-1) (1-2) (2-4) (4-8) (8-16) (16-32) (32-64) (64-128) (512- 1024) Número de indivíduos N úm er o de e sp éc ie s freqüência observada freqüência esperada Figura 22 – Distribuição de freqüências de espécies de coleópteros coletados no sítio 3 (A3), ajustada pela curva log-normal em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 0 5 10 15 20 25 30 (0-1) (1-2) (2-4) (4-8) (8-16) (16-32) (32-64) Número de indivíduos N úm er o de e sp éc ie s freqüência observada freqüência esperada Figura 23 – Distribuição de freqüências de espécies de coleópteros coletados no fragmento de mata (A4), ajustada pela curva log-normal em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. 49 Tabela 9- Funções de ajuste da curva log-normal, com os respectivos valores de χ2, para as espécies de coleópteros nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. Ambiente Função χ2 Sítio 1 S (R) =12,1 e –((0,247)2. (R)2) 12,76 n.s Sítio 2 S (R) =9,3 e –((0,17)2. (R)2) 10,75 n.s Sítio 3 S (R) =13,1 e –(0,240)2. (R)2) 14,32 n.s Fragmento de mata S (R) =18,1 e –((0,28513)2. (R)2) 9,54 n.s Obs: *- significativo ao nível de 2% n.s – não significativo 4.4. Diversidade e Equitatividade de insetos Pelo índice Shannon-Weaver (H’) foi verificada a maior diversidade no fragmento de mata (3,97) e a menor no sítio 2 (2,88) (Tabela 10), o mesmo foi verificado para Coleoptera e Hymenoptera (Tabelas 12 e 14). Thomas (2001) através desse mesmo índice,encontrou valores superiores, 4,81 para o total de lepidópteros encontrados e 4,02 para a família Noctuidae e 3,90 para Geometridae. O sítio 2 diferiu estatisticamente do sítio 1 e do fragmento de mata (Tabela 11) Em relação a equitatividade, o sítio 2 apresentou menor abundância de espécies e o fragmento de mata a maior (Tabela 10). 50 Tabela 10 – Índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) e equitatividade (E), para Lepidoptera nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) Botucatu-SP. maio/2000 a janeiro/2001. Ambientes H’ E A1 3,60 0,65 A2 2,88 0,52 A3 3,24 0,60 A4 3,97 0,67 Tabela 11-Significância do teste t para o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’), de lepidópteros entre as áreas estudadas. A2 A3 A4 A1 * n.s n.s A2 - n.s * A3 - - n.s Obs: *- significativo ao nível de 5% n.s – não significativo Todos os ambientes diferiram estatisticamente pelo teste t quando comparados dois a dois para diversidade de Coleoptera (Tabela13). Quanto a equitatividade, o sítio 1 e o fragmento foram mais uniformes e o sítio 2 se apresentou com menor equitatividade (Tabela 12). 51 Tabela 12 – Índice de diversidade de Shannon- Weaver (H’), e equitatividade (E) para Coleoptera nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a janeiro/2001. Ambientes H’ E A1 2,74 0,80 A2 2,24 0,55 A3 2,37 0,57 A4 3,58 0,80 Tabela 13-Significância do teste t para o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’), de coleópteros entre as áreas estudadas. A2 A3 A4 A1 * * * A2 - * * A3 - - * Obs: *- significativo ao nível de 5% n.s – não significativo Para Hymenoptera o sítio 1 apresentou diferenças significativas de diversidade em relação aos sítios 2 e 3. Os sítios 2 e 3 também diferiram estatisticamente do fragmento de mata (Tabela 15). Tabela 14 – Índice de diversidade de Shannon- Weaver (H’), e equitatividade (E) para Hymenoptera nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a janeiro/2001. Ambientes H’ E A1 0,54 0,49 A2 0,43 0,19 A3 0,58 0,25 A4 1,00 0,48 52 Tabela 15-Significância do teste t para o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’), de himenópteros entre as áreas estudadas. A2 A3 A4 A1 * * n.s A2 - n.s * A3 - - * Obs: *- significativo ao nível de 5% n.s – não significativo Hemipetera-Heteroptera e as demais ordens de insetos apresentaram maior diversidade e equitatividade no fragmento. O sítio 1 foi a área alterada com menor diversidade e equitatividade (Tabelas 16 e 18). Tabela 16 – Índice de diversidade de Shannon- Weaver (H’), e equitatividade (E) para Hemiptera- Heteroptera nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a janeiro/2001. Ambientes H’ E A1 1,32 0,50 A2 1,72 0,64 A3 1,53 0,52 A4 1,75 0,90 Tabela 17-Significância do teste t para o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’), de hemípteros entre as áreas estudadas. A2 A3 A4 A1 * * * A2 - * n.s A3 - - n.s Obs: *- significativo ao nível de 5% n.s – não significativo 53 Todos os ambientes diferiram estatisticamente pelo teste t quando comparados dois a dois para diversidade de Outras ordens (Tabela 19). Quanto a equitatividade, o fragmento apresentou menor uniformidade (0,7) e o sítio 3 se apresentou com o maior valor de equitatividade (0,53) (Tabela 18). Tabela 18 – Índice de diversidade de Shannon- Weaver (H’), e equitatividade (E) para outras ordens de insetos nas quatro áreas de estudo: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a janeiro/2001. Ambientes H’ E A1 0,52 0,26 A2 0,98 0,41 A3 1,29 0,56 A4 1,80 0,70 Tabela 19-Significância do teste t para o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’), das outras ordens entre as áreas estudadas. A2 A3 A4 A1 * * * A2 - * * A3 - - * Obs: *- significativo ao nível de 5% n.s – não significativo 4.5. Similaridade de insetos Observou-se a maior similaridade de lepidópteros entre o sítio 2 e o fragmento de mata (A4) (0,29), e entre os sítios 2 e 3 (0,001) e 1 e 2 (0,002) baixíssimas similaridades. Comparando-se os sítios 1 e 3 a similaridade foi de 0,019 (Tabela 20). Silveira Neto et. al (1995), ao avaliarem o impacto ambiental no período de maio/1965 a abril/1966 e 54 de maio de 1990 a abril/1991, observaram que a similaridade entre as duas épocas de coleta ficou em apenas 45% e, considerando-se apenas espécies predominantes nas duas épocas, elevou-se para 60,2%. Tabela 20 – Índice de similaridade de Morisita –Horn (CMH) de espécies de Lepidoptera coletados para o período de maio/2000 a janeiro/2001em Botucatu-SP. Ambientes CMH A1XA2 0,002 A1XA3 0,019 A1XA4 0,010 A2XA3 0,001 A2XA4 0,290 A3XA4 0,008 Para Coleoptera, o maior valor do índice de similaridade foi observado entre os sítios 2 e 3 (0,69) e o menor entre o sítio 2 e o fragmento de mata (0,1) (Tabela 21). Tabela 21 – Índice de similaridade de Morisita –Horn (CMH) de espécies de Coleoptera coletados para o período de maio/2000 a janeiro/2001 em Botucatu-SP. Ambientes CMH A1XA2 0,21 A1XA3 0,32 A1XA4 0,11 A2XA3 0,69 A2XA4 0,10 A3XA4 0,19 O maior índice de similaridade (0,99) foi encontrado para as espécies de Hymenoptera também entre os sítios 2 e 3 e menor índice entre o sítio 2 e o fragmento de mata (0,50) (Tabela 22). 55 Tabela 22 – Índice de similaridade de Morisita –Horn (CMH) de espécies de Hymenoptera coletados para o período de maio/2000 a janeiro/2001 em Botucatu-SP. Área CMH A1XA2 0,84 A1XA3 0,88 A1XA4 0,79 A2XA3 0,99 A2XA4 0,50 A3XA4 0,55 Verificou-se alto grau de similaridade para os outras ordens de insetos entre os sítios 1 e 2 (0,96), sítios 2 e 3 (0,92). Os sítios 1 e 2 foram pouco similares com o fragmento de mata (Tabela 23). Tabela 23 – Índice de similaridade de Morisita –Horn (CMH) de outras ordens de insetos coletadas no período de maio/2000 a janeiro/2001 em Botucatu-SP Área CMH A1XA2 0,96 A1XA3 0,78 A1XA4 0,07 A2XA3 0,92 A2XA4 0,07 A3XA4 0,19 Os sítios 1 e 3 apresentaram maior similaridade de Hemiptera- Heteroptera e os demais ambientes quando comparados se mostraram com alta similaridade também (Tabela 24). 56 Tabela 24 – Índice de similaridade de Morisita –Horn (CMH) de espécies de Hemiptera- Heteroptera coletados para o período de maio/2000 a janeiro/2001. Botucatu-SP. Área CMH A1XA2 0,57 A1XA3 0,98 A1XA4 0,63 A2XA3 0,67 A2XA4 0,63 A3XA4 0,67 57 5. CONCLUSÕES • As comunidades de lepidópteros nos três sítios degradados são pouco similares quando comparados entre si e com o fragmento de mata. • O período de até um ano de coletas não caracterizou a comunidade de insetos nas áreas estudadas, principalmente a de lepidópteros. 58 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, J.F. Fatores que influenciam na captura de Erinnyis ello L. (Lepidoptera- Sphingidae) por armadilhas luminosas. Rev. Theobroma, v.6, n. 4, p. , 1974. ALMEIDA, L.M., RIBEIRO-COSTA, C.S., MARINONI, L. Manual de coleta, conservação, montagem e identificação de insetos. Ribeirão Preto: Holos. 1998. 88p. (Série Manuais práticos em biologia, 1). ALVES, A.N. Biodiversidade de insetos entomófagos das ordens Diptera e Hymenoptera em Florestas de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden associados à sub-bosque e fragmentos de mata nativa. Botucatu, 1998. 97p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Proteção de Plantas) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. 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WOLDA, H., MAREK, J., SPITZER, K., NOVAK, I. Diversity and variability of Lepidoptera populations in urban Brno, Czech Republic. Eur. J. Entomol., v.91, p. 213-26, 1994. 66 Apêndice 1- Croqui das quatro áreas de coletas de insetos: sítios 1 (A1), 2 (A2), 3 (A3) e fragmento de mata (A4), com altitudes e distâncias das áreas. Botucatu- SP. 2000/2001. A2 Altitude 572m A1 Altitude:720m FAZENDA EDGARDIA Estrada Botucatu-Vitoriana FAZENDA LAGEADO A4 Altitude 556m A3 Altitude 509m 2500m 3600m 276m 1900m 2500m 2000m 67 Apêndice 2. Lista de espécies utilizadas por grupo ecológico/silvicultural Grupo Trat. Espécies Família Nome Comum A 3,5 Aegiphila sellowiana Verbenaceae Tamanqueira A 5 Cecropia sp. Cecropiaceae Embaúba A 2,5 Croton floribundundus Euphorbiaceae Capixingui A 5 Gallesia intrgrifolia Phytolacaceae Pau d' alho A 3,4,5 Guazuma ulmifolia Sterculariaceae Mutamba A 3 Inga sp. Leguminosae (M) Ingá A 4 Machaeium acutifolium Leguminosae (M) Jacar. do campo A 3,4 Mimosa caesalpinaefolia Leguminosae (M) Sanção do campo A 2,3,4 Mimosa scabrella Leguminosae (M) Bracatinga A 3,4,5 Piptadenia gonocantha Leguminosae (M) Pau jacaré A 2,5 Schinus terebinthifolius Anacardiaceae Aroeira pimenteira AB 5 Citharexylum myrianthum Verbenaceae Pau-viola AB 5 Genipa americana Rubiaceae Jenipapo B 3,4 Adenanthera macrocarpa Leguminosae (M) Angico branco B 2,5 Chorisia speciosa Bombacaceae Paineira B 2-5 Enterolobium contorstisiliquum Leguminosae (M) Tamboril B 5 Fícus sp. Moraceae Figueira branca B 5 Luehea divaricata Tiliaceae Açoita cavalo B 3,4 Peltophorum dubium Leguminosae (C) Canafistula B 3,4,5 Pterogyne nitens Leguminosae (P) Amendoim bravo B 2,5 Schizolobium parahyba Leguminosae (P) Guapuruvu BC 3,4,5 Zeyheiria tuberculosa Bignoniaceae Ipê felpudo 68 Apêndice 2. (Continuação) C 3 Aspidosperma cylindrocarpon Apocynaceae Peroba poca C 3-5 Aspidosperma polyneuron Apocynaceae Peroba rosa C 3-5 Aspidosperma ramiflorum Aspidosperma Guatambú C 4,5 Balfourodendron riedelianum Rutaceae Pau-marfim C 5 Cariniana estrellensis Lecythidaceae Jequitibá branco C 4 Cariniana legalis Lecythidaceae Jequitibá vermelho C 3,4,5 Cedrela fissilis Meliaceae Cedro rosa C 3,4,5 Copaifera langsdorfii Leguminosae (C) Copaíba C 4 Dalbergia nigra Leguminosae (P) Jacarandá da Bahia C 5 Diatenopteryx sorbifolia Sapindaceae Maria P reta C 5 Dipteryx alata Leguminosae (P) Cumbaru C 3,4,5 Esenbeckia leiocarpa Rutaceae Guarantã C 3-5 Hymenea courbaril v. stilbocarpa Leguminosae (C) Jatobá C 4 Myroxylum balsamum Leguminosae (P) Cabreúva C 5 Ormosia arbórea Leguminosae (P) Olho de cabra C 4,5 Parapiptadenia rigida Leguminosae (M) Angico vermelho C 5 Poecilante parviflora Leguminosae (P) Coração de negro C 4 Tabebuia avellaneadae Bignoniaceae Ipê-roxo D 5 Allophyllus edulis Sapindaceae Grau de galo D 5 Cordia superba Boraginaceae Baba de boi D 5 Esenbeckia febrifuga Rutaceae Chupa ferro D 5 Eugenia pyriformis Myryaceae Uvaia D 5 Eugenia uniflora Myrtaceae Pitanga 69 Apêndice 3- Espécies de Lepidoptera coletadas nas quatro áreas: sítio 1(A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. maio/2000 a maio/2001. Família Noctuidae Acontia sp. Eriopyga sp.3 Acroria denterna Eriopyga sp.4 Agrotis sp. Eublema obliqualis (Fabricius, 1794) Agrotis sp.1 Eulepitolis persimilis Agrotis sp.2 Eudocina procus Agrotis sp.3 Gonodonta bidens Agrotis sp.4 Heliothis virescens (Fabricius, 1777) Agrotis subterranea (Fabricius, 1794) Helicoperva zea (Boddie, 1850) Alabama argillacea (Hübner, 1818) Herminodes atrosignata Anicla infecta (Schaus, 1898) Heterochroma sp. Anoba pohli Hypocala andremona (Cramer, 1782) Anomis exearata Isogona sp. Anomis nora Isogona sp.1 Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818) Lepidoctis detracta Argidia sp.1 Leucania humidicola (Guenée, 1852) Bagisara sp. Leucania jaliscana Bagisara subusta (Hübner) Leucania pyrastis Baniana sugesta Leucania striguscula Bleptina confusalis Magusa orbifera (Walker,1857) Blosyris hypnois (Hübner) Melipotis fasciolaris (Hübner) Chabuata major (Guenée) Melipotis sp. Coenipeta libitrix (Hübner) Melipotis sp.1 Cosmophila erosa (Hübner) Micratethis conifimbria Elaphria sp. 1 Mocis latipes (Guenée, 1852) Elaphria sp. 2 Mocis sp. Epidromia sp. Mocis sp.1 Erebus odora (Linné, 1764) Monodes villicosta (Walker, 1858) Eriopyga motilona Monodes sp. Eriopyga sp. Ophisma tropicallis (Guenée, 1852) Eriopyga sp.1 Ophisma aeolida Eriopyga sp.2 Ophisma sp. Eriopyga lamptera (Druce) 70 Apêndice 3-. (Continuação) Família Noctuidae Perigea sp. sp.60L Perigea sp.3 sp.70L Phurys sp. sp.117L Phurys sp.1 sp.128L Pseudina vellerea sp.131L Pseudaletia sequax (Franclemont, 1951) sp.132L Pseudoplusa includens sp.137L Rejectaria sp. sp.142L Selenis sueroides (Guenée, 1852) sp.144L Selenis sp. sp.146L Scopifera menippusalis (Walker) sp.147L Soxetra grata (Walker, 1862) sp.149L Spodoptera albula sp.152L Spodoptera cosmioides sp.153L Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) sp.154L Tautobriga euspilla sp.163L Thysania zenobia (Cramer, 1779) sp.164L Zale pachystrigata sp.165L Zale viridans(Guenée sp.174L Zale sp. sp.176L Zale sp.1 sp.179L Zale sp.2 sp.185L Zale sp.3 sp.195L sp.3L sp.199L sp.34L sp.210L sp.48L sp.212L sp.49L sp.218L sp.50L sp.219L sp.51L sp.226L sp.52L sp.228L sp.55L sp.230L sp.56L sp.231L sp.57L sp.232L sp.58L sp.240L sp.59L sp.241L sp.243L 71 Apêndice 3-. (Continuação) Noctuidae sp.251L sp.432L sp.254L sp.458L sp.263L sp.464L sp.264L sp.468L sp.265L sp.485L sp.266L sp.495L sp.279L sp. 496L sp.282L sp.499L sp.288L sp.501L sp.289L sp.502L sp.292L sp.519L sp.293L sp. 520L sp.294L sp.521L sp.295L sp.530L sp.298L sp.531L sp.301L sp.532L sp.302L sp.533L sp.303L sp.534L sp.304L sp.545L sp.305L sp.551L sp.306L sp.563L sp.307L sp.566L sp.311L sp.568L sp.312L sp.574L sp.322L sp.579L sp.336L sp.585L sp.380L sp.591L sp.389L sp.599L sp.393L sp.601L sp.397L sp.602L sp.399L sp.603L sp.401L sp.607L sp.402L sp.608L sp.405L sp.612L sp.413L sp.614L sp.415L sp.617L 72 Apêndice 3-. (Continuação) Noctuidae sp.629L sp.731L sp.631L sp.732L sp.633L sp.739L sp.635L sp.740L sp.639L sp.744L sp.642L sp.745L sp.643L sp.749L sp.645L sp.750L sp.646L sp.751L sp.654L sp.754L sp.657L sp.760L sp.658L sp.764L sp.677L sp.765L sp.678L sp.769L sp.679L sp.680L sp.681L sp.682L sp.683L sp.684L sp.685L sp.686L sp.691L sp.693L sp.698L sp.700L sp.701L sp.702L sp.707L sp.708L sp.713L sp.714L sp.716L sp.723L sp.726L sp.729L 73 Apêndice 3-. (Continuação) Família Geometridae Argyrotame sp. Semiothisa sp.7 Iridopsis syrniaria Semiothisa sp.8 Bronchelia sp. Semiothisa tristaria (Schaus) Drepanodes sp.1 Sphacelodes vulneraria (Hübner) Drepanodes sp.2 Sphacelodes sp. Hymenomina sp. Stenalcidia subsordida (Warren) Hyperthaema ruberrima Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) Oxydia occiduata (Guenée) Thyrinteina schadeana (Schaus, 1927) Oxydia peosinata (Guenée) sp.20L Oxydia vesuliata (Cramer) sp.21L Oxydia sp. sp.25L Oxydia sp.1 sp.26L Oxydia sp.2 sp.27L Oxydia sp.3 sp.28L Oxydia sp.4 sp.35L Oxydia sp.5 sp.36L Pantherodes pardalaria (Hübner, 1823) sp.37L Pero sp. sp.38L Pero sp.1 sp.64L Pero sp.2 sp.69L Pero sp.3 sp.71L Pero sp.4 sp.97L Pherotesia sp. sp.118L Phyllodonta angulosa sp.120L Racheospila gerularia (Hübner) sp.126L Scopula sp. sp.134L Semiothisa ramparia (Schaus) sp.139L Semiothisa gambariata (Cramer) sp.140L Semiothisa sp sp.143L Semiothisa sp.1 sp.145L Semiothisa sp.2 sp.168L Semiothisa sp.3 sp.171L Semiothisa sp.5 sp.194L Semiothisa sp.6 sp.208L 74 Apêndice 3-. (Continuação) Família Geometridae sp.209L sp.504L sp.722L sp.211L sp.506L sp.724L sp.214L sp.508L sp.727L sp.224L sp.517L sp.735L sp.242L sp.522L sp.738L sp.244L sp.527L sp.743L sp.245L sp.542L sp.747L sp.274L sp.543L sp.275L sp.544L sp.276L sp.546L sp.277L sp.548L sp.278L sp.555L sp.290L sp.558L sp.300L sp.559L sp.323L sp.564L sp.360L sp.570L sp.363L sp.571L sp.390L sp.600L sp.416L sp.611L sp.431L sp.627L sp.441L sp.628L sp.442L sp.630L sp.443L sp.640L sp.451L sp.652L sp.455L sp.655L sp.456L sp.666L sp.471L sp.668L sp.479L sp.674L sp.482L sp.710L sp.483L sp.715L sp.488L sp.717L sp.491L sp.718L sp.492L sp.720L sp.497L 75 Apêndice 3-. (Continuação) Família Notodontidae Dognina blerura (Schaus) sp.625L Hemiceras nupera (Dognin) sp.636L Hemiceras sp. sp.670L Hemiceras sp.1 sp.673L Hemiceras sp.2 sp.752L Hemiceras sp.3 sp.746L Rosema sp. sp.13 L sp.19 L sp.33L sp.72 L sp.167L sp.197L sp.200L sp.215L sp.217L sp.321L sp.374L sp.382L sp.395L sp.406L sp.420L sp.444L sp.447L sp.448L sp.449L sp.466L sp.500L sp.618L 76 Apêndice 3-. (Continuação) Família Arctiidae (Arctiinae) Família Arctiidae (Ctenuchinae) Agoraea semivitrea (Rothschield, 1909) Agylla sp. Aclytia heber (Cramer, 1780) Ammalo helops megapyrrha (Walker) Aclytia terra(Schaus, 1896) Angulla sp. Androcharta rubrocincta (Burm,1878) Antarctia brunnea (Hübner) Androcharta sp. Antarctia Paula (Schaus, 1896) Androcharta sp.1 Antarctia sp. Argyrodes ophion (Walker, 1854) Antarctia sp.1 Argyrodes sp. Antarctia sp.2 Cosmossoma centralis (Walker, 1857) Antaxia abdominalis (Herrich-Schaffer, 1855) Cosmossoma hanga (Herrich-Shaeffer, 1854) Automolis dolens (Druce) Cosmossoma remotum Bertholdia brasiliensis (Hampson, 1901) Cosmossoma sp. Ecpantheria sp. Cosmossoma sp.1 Elysius dryas Delphyre pyroperas (Hampson, 1911) Elysius pyrosticta Dicladia lucetius (Cramer, 1782) Elysius sp. Dicladia sp.1 Elysius sp.1 Dicladia sp.2 Eupseudossoma aberrans (Shaus, 1905) Eucereon marcata (Schaus, 1901) Eupseudossoma involuta (Sepp, 1852) Eucereon setosum (Sepp, 1848) Halisidota sp.2 Eucereon sp. Halisidota sp.1 Eucereon sp.1 Hemihyalea strigillata Eucereon sp.2 Idalus herois (Shaus, 1889) Eucereon sp.3 Isia sp.1 Eucereon sp.4 Lepidokyrbia vittipes Eucereon sp.5 Melese sp. Macrocneme thyridia (Hampson, 1898) Nodozana tricophora (Hamps) Macrocneme sp. Opharus sp. Philorus rubriceps (Walker, 1852) Opharus sp.2 Saurita cassandra (Linné, 1758) Thalesa citrina (Sepp, 1848) Saurita sericea Thalesa sp. sp.80L Utethesia ornatrix (Linné,178) sp.170L sp.4L sp.178L sp.78L sp.190L sp.79L sp.233L 77 Apêndice 3-. (Continuação) Família Arctiidae (Arctiinae) Cont. Família Arctiidae (Ctenuchinae) Cont. sp.207L sp.428L sp.236L sp.457L sp.237L sp.474L sp.285L sp.552L sp.408L sp.644L sp.525L Família Arctiidae (Pericopinae) Ambryllis boisduvallii (Hoeven, 1840) sp.122L Hyalurga leucophora sp.186L Calodesma collaris (Drury, 1782) sp.528L Pericopis neda sp.90L Pericopis sacrifica (Hübner, 1825) Phaloe cruenta Thebrone tricolora 78 Apêndice 3- (Continuação) Família Pyralidae Argyria croceivitella sp.452 L Chrysauge catenulata Warn. sp.463 L Desmia melinopalis sp.539L Desmia pancimaculalis sp.540L Desmia sp. sp.549 L Diaphania hyalinata (Linné, 1758) sp.562 L Diaplunia sp. sp.567 L Etiella zinckenella sp.573 L Herptogramma bipunctalis sp.594 L Herptogramma phaespteralis sp.621L Maruca testulalis (Geyer, 1832) sp.632L Omiodes indicatus sp.662L Phostria sp. sp.664L Phostria tedea sp.675L Polygrammodes elevata sp.697L Polygrammodes ostrealis (Guenée, 1854) sp.704L Polygrammodes sanguigutalis (Hampson, 1913) sp.709L Pyrausta phoenicialis sp.711L Semmia auritalis (Hübner) sp.712L Samea eclesialis sp.721L Samea sp. sp.737L Samea sp.1 sp.753L Syngamia florella sp.759L Zinckenia fasciolis sp.761L sp.46L sp.762L sp.121L sp.392 L 79 Apêndice 3-. (Continuação) Família Saturniidae Adeloneivaia sp. sp.44L Adeloneivaia sp.1 sp.129L Adeloneivaia subangulata (Herrich-Schaffer, 1855) sp.332L Arsenura meander sp.347L Arsenura sp. sp.348L Automeris coresus (Boiduval, 1875) sp.351L Automeris incisa (Walker, 1855) sp.352L Automeris larra (Walker) sp.547 L Automeris sp. sp.650L Automeris sp.1 Automeris sp.2 Citheronia laocoon (Cramer, 1777) Citheronia principalis (Walker, 1855) Copiopteryx sp. Dirphia sp.3 Dirphiopsis multicolor (Walker, 1855) Dirphiopsis sp. Dysdaemonia brasiliensis Eacles imperialis magnifica (Walker, 1856) Eacles penelope (Walker, 1855) Eacles sp. Eacles sp.1 Hylesia lilex (Dognin, 1923) Hylesia falcifera (Hübner, 1806) Hylesia sp. Hylesia sp.1 Lonomia circunstans (Walker, 1855) Lonomia sp. Lonomia sp.1 Loxolomia serpentina Molippa sabina (Walker, 1855) Psylopygida walkeri (Grote, 1867) Rotschildia aurota (Cramer, 1775) Scolesa leuconta 80 Apêndice 3- (Continuação) Família Sphingidae Família Apatelodidae Agrius cingulatus Amphypterus sp. Apatelodes maya (Schaus) Erinnyis alope Tachon trilunula Erinnyis ello (Linné, 1758) sp.14 L Hemerophanes innus sp.523L Manduca lichenea Manduca sexta paphus Família Lymantriidae Neogene dinaeus Pachilioides resumeus (Walker, 1856) Sarsina violascens (Herrich-Schaeffer, 1856) Phlegenthontius rustica (Fabricius, 1775) Pholus sp. Família Lasiocampidae Protambulix strigilis (Linné, 1771) Triptogon oxypete Euglyphis sp. Xylophanes aglaor sp.128L Xylophanes pluto sp.216L Xylophanes tersa (Linné, 1771) sp.235L Sp.334L sp.257L Sp.371L sp.383L sp.385L Família Dioptidae sp.439L sp.460L Scea auriflamma (Hübner, 1826) sp.550L sp.597L Família Cossidae sp.699L sp.758L Langsdorphia frankii Langsdorphia duckinfieldi Família Megalopygidae Xylentes pyracmon Megalopyge albicollis sp.45L sp.622L sp.757L sp.350L sp.638L sp.439L sp.667L sp.440L sp.676L sp.613L sp.699L sp.619L sp.755L sp.620L sp.756L 81 Apêndice 3-. (Continuação) Família Hepialidae Família Mimallonidae Phassus giganteus Trogoptera sp. sp.398L Vanenga mera (Dognin) sp.430L sp.422L Família Lycaenidae Família Psychidae sp.604L Oiketicus kirbyi Família Yponomeutidae Urodus sp. Família Papilionidae Família Thyrididae Battus sp sp.524L Família Oecophoridae Família Limacodidae sp.653L Euphobetron hydropteris Parasa flora (Dyar, 1926) Família Nymphalidae Perola brumalis sp.357L Chlosine lacinia saundersi sp.358L Hamadryas feronia sp.396L Ithomia agnosia sp.561L sp.587L sp.623L sp.656L sp.756L 82 Apêndice 4- Espécies de Coleoptera coletados nas quatro áreas: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. 2000/2001. Família Alleculidae Família Coccinelidae Cycloneda conjugata 21C Cycloneda sanguinea Cycloneda zischkai Família Carabidae Hippodamia convergens Psyllobora sp. Brachinus sp. 101C Camptodontus sp. 102C Callida amethystina 105C Calosoma alternans Megacephala fulgida Família Chrysomelidae Oxychila tristis Colaspis paralella Physea setosa Colaspis quadrimaculata Selenophorus sp. Colaspis sp. 27C Diabrotica speciosa 38C Diabrotica sp. 163C Omophoita sp. 19C Família Cerambycidae 23C 35C Achryson surinamum 48C Brasilianus mexicanus Compsocerus equestris Família Elateridae 5C 59C 96C 7C 61C Anoplischius lonjicornis 17C 69C Conoderus stignosus 28C 70C Conoderus malentus 30C 73C Hemirrhipus fascicularis 40C 76C Lobaederus sp. 41C 77C Pyrophorus sp. 43C 80C 62C 46C 85C 93C 49C 86C 56C 87C 57C 88C 83 Apêndice 4 (Continuação) Família Erotylidae Família Meloidae Melodacne heros Cissites maculata 25C Epicauta agramnica 51C Epicauta atomaria 78C Epicauta latitarsis 89C Família Histeridae Família Nitidulidae 74C Lobiopa sp . Família Hydrophilidae Família Passalidae 53C 65C Família Phengodidae 1C Família Lagriidae Família Rhipiceridae 106C Rhipicera marginata Família Lampyridae Família Scarabaeidae 99C Anomala sp. Família Lycidae Ataenius sp. 8C Astaeena sp. 117C Cyclocephala forsteri Família Melyridae Dendropemon sp. Dyscinetus sp. Astylus variegatus Eurysternus caribaens Geniates sp. Família Eucnemidae Hoptopyga brasiliensis Isonychus caudiculatus Orthostethus sp. Leucothyreus sp. 75C Macraspis morio 162 C Macraspis pumilio 167C Plectris sp. Onthophagus sp. 84 Apêndice 4- (Continuação) Família Silphidae Família Scarabaeidae 14C 2C Família Tenebrionidae 11C 12C Temnochila sp. 13C 92C 22C 29C Família Trogidae 31C 37C Omorgus suberosus 39C 50C Família Curculionidae 63C 98C 9C 107C 18C 60C 81C 129C 85 Apêndice 5 – Abundância de espécies de Lepidoptera coletados nas quatro áreas: sítio 1 (A1), sítio 2 (A2), sítio 3 (A3) e fragmento de mata (A4) em Botucatu- SP. 2000/2001. Número Família spp. A1 A2 A3 A4 1 Arctiidae Philorus rubriceps 20 2 79 5 2 Arctiidae Utethesia ornatrix 13 13 34 1 3 Noctuidae 17 1 27 1 4 Arctiidae 14 17 41 5 5 Sphingidae Amphypterus sp. 38 2 1 0 6 Arctiidae Androcharta rubrocinata 0 3 0 1 7 A