1 BRUNO DOS SANTOS ASSI COMPARAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE REPROVAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE MATRÍCULA SERIADO E CRÉDITO DA FACULDADE DE ENGENHARIA DE GUARATINGUETÁ Monografia apresentada ao Conselho de Curso de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica da Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista como parte dos requisitos para obtenção do diploma de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica. Orientador: Prof. Dra. Marcela Aparecida Guerreiro Machado Guaratinguetá 2012 A848c Assi, Bruno dos Santos Comparação entre o índice de reprovação entre os sistemas de matrícula seriado e crédito da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá / Bruno dos Santos Assi – Guaratinguetá : [s.n], 2012. 47 f : il. Bibliografia: f. 39-41 Trabalho de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, 2012. Orientadora: Profª Drª Marcela Aparecida Guerreiro Machado 1. Engenharia – Estudo e ensino I. Título CDU 62 3 DEDICATÓRIA de modo especial, a Maria Elisa Assi que sempre me concedeu suporte em todos os momentos. 4 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço a Deus. Agradeço por todas as graças concedidas e por todos os meus amigos e familiares ao meu pai Antônio, que me ensinou que honra e valor são a base de todo nosso ser, à minha mãe Lucia que na sua forma simples e dedicou sua vida na criação de seus filhos fato indispensável para a formação de nosso caráter, à Fernanda Assi, por ser uma irmã companheira e amiga, às minhas tias, Luzia, Albina, Maria Elisa, Aparecida por sempre estarem ao meu lado, à Bruna Besse e Isabel Besse, por todos os incentivos e amizade, à Nice Brando( in memoriam), que me ensinou que nosso limite esta em nossas mãos, que devemos acreditar em nosso potencial e viver com alegria sempre buscando a felicidade pois o universo sempre nos trará o que desejamos, à Christyanne Brando, por me ensinar que devemos fazer tudo que esta nas nossas mãos, por todos os anos de estudo e por simplesmente existir em minha vida, ao Luiz Biazotto, Rogério Belli e Maria Elisa por proporcionar uma das maiores experiências de minha vida, meu intercâmbio nos Estados Unidos da América no ano de 2010, à República WCK, por estarem presente em todos esses anos de vida em Guaratinguetá, ao Colégio Objetivo de Pinhal, Colégio Anglo São João e Arlete Peres por acreditarem na vontade de um menino, ao Grupo de Carnaval Embrahmados, em especial Fabrício e Marluce, por todos os anos de festa, alegria e amizade, à todos aqueles amigos não citados que sempre estiveram ao meu lado acreditando em meu potencial e torcendo por mim. 5 “O caminho dos vencedores É sempre traçado passo a passo com muito esforço, suor e muitas vezes, com lágrimas. Sabemos que a alegria da vitória recompensa qualquer sacrifício somente pessoas corajosas, constantes e decididas chegam ao fim. A perseverança conquista a vitória.” Autor Desconhecido 6 ASSI, B.S. Comparação entre o Índice de Reprovação dos Sistemas de Matrículas Seriado e Crédito da Faculdade de engenharia de Guaratinguetá . 2012. 47f. Monografia de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica, Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2012. RESUMO O Ensino de Engenharia no Brasil está em constante mudança desde seu surgimento visando sempre atender o que o mercado procura para esse tipo de profissional. Para suprir esta demanda do mercado, as instituições de ensino de engenharia trazem para dentro de suas organizações novas diretrizes curriculares como o Sistema de Matrícula. No ano de 2008 a Faculdade de Guaratinguetá inseriu seu novo Sistema de Matrícula, passando de Seriado para Crédito. O índice de reprovação para cada sistema será base para entender qual o melhor sistema para esta instituição. PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Engenharia; Diretrizes Curriculares, Sistema de Matrícula, Crédito e Seriado; 7 ASSI, B. S. Comparison between Fail’s Rate of Registration System Credit and Series in the Faculdade de Engenharia de Guaratingueta . 2012. 48f. Monografia de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica, Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2012. ABSTRACT The Engineering Education in Brazil is constantly changing since its inception always aiming to meet the market demand for this type of professional. To meet this market demand, the institutions of engineering education to bring within their organizations as the new curriculum guidelines Registration System. In 2008 the Faculdade of Guaratinguetá entered its new Registration System, from series to Credit. The failure rate for each system will be the basis for understanding what the best system for this institution. KEY WORDS: Engineering Education, Curriculum Guidelines, Registration System, Credit and Series; 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Estrutura de um curso no Sistema Seriado ........................................... 12 Figura 2: Estrutura de um Curso no Sistema Crédito ........................................... 13 Figura 3: Relação entre o índice de reprovação entre as Disciplinas para cada Sistema .................................................................................................................. 23 Figura 4: Índice de Reprovação para Física I; ...................................................... 25 Figura 5: Índice de Reprovação para Física Experimental; ................................. 26 Figura 6: Índice de Reprovação para Química Tecnológica; ............................... 28 Figura 7: Índice de Reprovação para Química Experimental; ............................. 29 Figura 8: Índice de Reprovação para Cálculo I; ................................................... 31 Figura 9: Índice de Reprovação para Álgebra Linear e Cálculo Vetorial ; .......... 32 Figura 10: Total de Disciplinas; ........................................................................... 34 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Número absoluto de alunos para o Sistema Seriado ............................ 20 Tabela 2: Número Absoluto de Alunos para o Sistema Crédito .......................... 21 Tabela 3: Índice Total de Reprovação para os dois Sistemas; ............................. 21 Tabela 4: Índice de Reprovação para Disciplinas em cada Sistema; ................... 22 Tabela 5: Setor I Física I; ..................................................................................... 24 Tabela 6: Setor Física I; ........................................................................................ 25 Tabela 7: Setor I Física Experimental; ................................................................. 26 Tabela 8: Setor II Física Experimental; ................................................................ 26 Tabela 9:Setor I Química Tecnológica; ................................................................ 27 Tabela 10: Setor I Química Tecnológica; ............................................................ 27 Tabela 11: Setor I Química Experimental; ........................................................... 29 Tabela 12: Setor I Química Experimental; ........................................................... 29 Tabela 13: Setor I Cálculo I; ................................................................................ 30 Tabela 14: Setor I Cálculo I; ................................................................................ 30 Tabela 15: Setor I Cálculo I; ................................................................................ 32 Tabela 16: Setor II Cálculo I; ............................................................................... 32 Tabela 17: Setor I Todas as Disciplinas; .............................................................. 33 Tabela 18: Setor II Todas as Disciplinas; ............................................................. 33 Tabela 19: Porcentagem de Reprovação por Matéria; ......................................... 35 Tabela 20: Resultados Estatísticos ANOVA; ....................................................... 35 Tabela 21: Base de Dados; ................................................................................... 42 10 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 11 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................... 11 1.2 OBJETIVO .................................................................................................. 14 1.4 METODOLOGIA ...................................................................................... 15 1.4 DELIMITAÇÕES ...................................................................................... 15 2.0 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS .......................................................... 16 3.0 COLETAS DE DADOS ............................................................................... 19 4.0 QUANTIFICAÇÕES DOS DADOS ........................................................... 20 4.1 DISTRIBUIÇÕES POR MATÉRIA ........................................................... 23 4.1.1 FÍSICA I ................................................................................................... 24 4.1.2 FÍSICA EXPERIMENTAL ..................................................................... 26 4.1.3 QUÍMICA TECNOLÓGICA ................................................................... 27 4.1.4 QUÍMICA EXPERIMENTAL ................................................................ 28 4.1.6 ÁLGEBRA LINEAR E CÁLCULO VETORIAL ................................... 31 4.1.7 TOTAIS DAS MATÉRIAS ..................................................................... 33 5.0 CONCLUSÃO ............................................................................................... 36 6.0 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS......................................38 REFERÊNCIAS..................................................................................................39 ANEXOS.............................................................................................................. 42 11 1.0 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO O Ensino de Engenharia vem sofrendo grandes modificações desde que ocorreu seu surgimento no Brasil no ano de 1699. Segundo consta, a escola mais antiga de Engenharia foi fundada em 1792 no Rio de Janeiro. No início, o propósito da engenharia estava quase em sua totalidade voltada para o militarismo e a construção civil. A primeira escola de engenharia do Brasil, a Academia Real Militar, formava “Oficiais para Armas” através do ensino de ciências exatas e engenharia em geral, além da formação de “engenheiros geográficos e topógrafos com a finalidade de conduzir estudos e elaborar trabalhos em minas, caminhos, portos, canais, pontes, fontes e calçadas”.(SANTOS et al, 2008, p.3). O perfil do Engenheiro no Brasil veio se transformando de acordo com as novas necessidades do mercado. Hoje, o perfil procurado por este vai além de um profissional que tenha um amplo conhecimento técnico na área de exatas. Os engenheiros da atualidade necessitam ter um domínio de como adquirir ganhos expressivos para a instituição sem perder o foco em aspectos sociais e ambientais.(Projeto Pedagógico, FEG/UNESP). A Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” surge em 1976, através da junção dos Institutos Isolados de Ensino Superior de São Paulo, a qual possui unidades universitárias situadas por todo Interior Paulista. Seus campos abrangem diversas áreas do conhecimento. (Projeto Pedagógico, FEG/UNESP). Através da lei Estadual número 8459, de 04 de Dezembro de 1964, a Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá foi fundada. Com a criação da UNESP a Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá (FEG) é incorporada a referida Universidade. Atualmente, a FEG é composta por sete cursos de graduação, sendo dentre estes cinco cursos de Engenharias (Mecânica, Elétrica, Civil, Produção Mecânica e Materiais), Física e Matemática. Oferecendo um total de 310 vagas para estudantes anualmente. No período de 2004 a 2007, a FEG/UNESP se encontrava no sistema de matrícula Seriado e de 2008 até os dias atuais, um novo projeto pedagógico foi implementado e passou a vigorar no Sistema Crédito. O Sistema Seriado é baseado na ideia de série onde uma série é composta por matérias previamente estabelecidas. Um aluno deve obrigatoriamente se 12 matricular em um ano letivo. Este sistema tem uma excelente correlação com a estrutura do Sistema Básico de Ensino Brasileiro. Neste sistema, não existe o pré-requisito para a matéria com dependência de conceitos, como Cálculo I e II. Uma ideia de turma é formada entre os alunos que terão necessariamente o mesmo conteúdo didático e consequentemente a mesma formação acadêmica. (Conselho de Ensino da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2009). O Sistema Seriado é o mais fácil de ser gerido, devido ao fato dos estudantes estarem alocados em blocos. Este sistema permite ao professor uma maior mobilidade no ensino de suas disciplinas devido a uma distribuição do conteúdo dentro de um ano letivo e não em um semestre. As disciplinas são ligadas aos cursos que tem total autonomia para eliminar e inserir novas disciplinas de acordo com a necessidade de formação profissional pretendida. (Conselho de Ensino da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2009). O Sistema Seriado é organizado conforme Figura 1. Figura 1: Estrutura de um curso no Sistema Seriado 13 O Sistema Crédito, também conhecido por Sistema de Matrícula por Disciplinas, é caracterizado por um sistema a qual a instituição oferece um elenco de matérias na qual o aluno vai construir sua graduação. Diferentemente do Sistema Seriado, a sequência das matérias no Sistema Crédito é gerida através de pré-requisitos os quais são estabelecidos pela instituição. Neste sistema o estudante pode coordenar sua graduação conforme lhe é favorável, ou seguir a seriação proposta pela Universidade. As disciplinas são oferecidas pelos departamentos e não são exclusivas de um curso, o que possibilita uma formação diferenciada entre os alunos, pois este pode focar em matérias mais específicas a seu perfil, traçando características particulares na sua formação.(Conselho de Ensino da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2009) A Figura 2 ilustra um sistema dentro do Sistema Crédito. Figura 2: Estrutura de um Curso no Sistema Crédito Segundo o Comitê da Universidade de Mato Grosso do Sul (2009), quando o Sistema Seriado deixa de exigir o pré-requisito esta desconsiderando todos os aspectos de que o conhecimento é desenvolvido através de uma sequência lógica. Enquanto no Sistema Crédito, além da existência do pré- requisito, não trata o indivíduo como um ser imaturo, incapaz de gerir suas vontades. Este sistema permiti com que estudantes com problemas para seguir o curso de forma integral possa concluí-lo da forma adequada a suas necessidades. Ainda segundo o Comitê de Mato Grosso do Sul (2009), não é o tipo de matrícula que garante em totalidade a qualidade de ensino oferecido pela instituição. Existe a necessidade de uma boa condição de infraestrutura e do envolvimento efetivo de docentes e discentes com o trabalho acadêmico. 14 A evasão dos cursos de Engenharia da FEG é baixa quando comparados a média de evasão dos cursos de engenharia no Brasil. E quando esta evasão ocorre, as vagas são compensadas por transferências. (Reestruturação Curricular de Engenharia de Produção Mecânica, 2006). Nos dois primeiros anos letivos os alunos não são separados por cursos. Ocorre neste período uma miscigenação entre os alunos dos cursos de engenharia que são devidos em turmas unificadas, as quais são formadas por ordem alfabética. Esta forma de gerir as matérias básicas dos cursos permite uma comparação entre todos os alunos de diferentes cursos, como índice de reprovação e aproveitamento acadêmico das disciplinas básicas. Este sistema foi inserido dentro desta instituição no ano de 2002 e está vigente até hoje. (Reestruturação Curricular de Engenharia de Produção Mecânica, 2006). 1.2 OBJETIVO O objetivo deste trabalho é investigar a relação entre reprovados dos dois diferentes sistemas de avaliação utilizados pela Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá: os sistemas Seriado e Crédito. 1.2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Os objetivos específicos são: • definir as matérias que serão analisadas; • quantificar o número de alunos matriculados nas referidas matérias; • identificar quantos alunos foram aprovados e reprovados para cada sistema no decorrer dos anos; • comparar qual é a frequência de reprovação entre os diferentes sistemas para cada matéria especificamente; 1.3 JUSTIFICATIVA 15 Neste trabalho realiza-se uma comparação entre dois sistemas distintos de matrícula e como os alunos se adaptam a eles. A análise realizada permite entender qual o melhor tipo de sistema e qual o tipo de aluno se adapta melhor. Este estudo, portanto pode trazer resultados relevantes para o desenvolvimento dos departamentos da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá. 1.4 METODOLOGIA Este estudo foi realizado com base em uma coleta de dados das matérias do primeiro ano da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, entre os anos de 2004 a 2011. Esses dados foram extraídos do sistema virtual da FEG, chamado intranet que foi criado no ano de 2004. Nesta intranet todos os alunos possuem uma página, onde é possível a visualização total das notas, aprovações e reprovações; portanto, é possível uma quantificação do total de alunos em cada turma e a quantidade de reprovados em cada disciplina específica. Para uma maior acuracidade dos dados, foram escolhidas matérias que não são impactadas pelo tipo de engenharia que cada aluno faz. As matérias escolhidas foram todas as unificadas do primeiro ano, entre os anos de 2004 a 2011. Sendo assim, foi realizada uma análise completa de como os alunos ingressantes se adaptam aos sistemas da faculdade, seriado entre 2004 e 2007 e do sistema crédito de 2008 a 2011 último ano letivo completo. A comparação dos dados será feita por meio da análise dos gráficos gerados e pela aplicação da ferramenta estatística ANOVA, contendo um fator duplo, crédito e seriado e 4 réplicas.(Costa Neto, 2004). 1.4 DELIMITAÇÕES Este trabalho teve como base de dados a comparação entre todas as matérias contidas no primeiro ano letivo das turmas da FEG. Para que a análise fosse coerente, as matérias foram divididas em dois grupos. As unificadas onde todos os alunos, independente da engenharia, cursavam juntos e as específicas pertencentes a cada departamento separadamente. A pesquisa foi realizada para as disciplinas unificadas, pois não existe a possibilidade de comparação entre as específicas. 16 Com a mudança do sistema de 2007 para 2008, os alunos retardatários do Sistema Seriado foram convidados a se transferirem para o sistema crédito, porém não foi obrigatória a mudança. Com isso, ainda existem alunos cursando as matérias básicas do primeiro ano no Sistema Seriado após 2007. Porém neste trabalho só serão contemplados os grupos completos de 2004 a 2007 do antigo sistema. 2.0 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS O Ensino de Engenharia no Brasil sofreu grandes modificações durante a história e estas estão diretamente ligadas às mudanças nos processos produtivos do país. O Ensino de Engenharia do Brasil, no século XIX, tinha seus objetivos ligados aos interesses da metrópole Portugal, como o intuito militar de proteção contra possíveis invasores. As transformações foram surgindo com o avanço industrial, novos cursos foram criados e novas escolas foram inauguradas. No inicio do século XX, mesmo com a crise do mercado cafeeiro o setor industrial continuou com seu desenvolvimento. Com isso o Ensino de Engenharia se transformou para atender as novas demandas do mercado. O processo de desenvolvimento industrial culminou em novos métodos e técnicas de produção, o que demandou que os novos profissionais estivessem adequados a mudanças contínuas (RIOS et al, 2000). O processo de desenvolvimento do Ensino de Engenharia do Brasil se depara ao desafio de formar um profissional que não traga apenas resultados tecnicamente corretos, segundo Ministério da Educação, 2002. Este profissional deve ter a formação que o permita interagir com os obstáculos como um todo, sendo capaz assim de uma inserção completa numa cadeia de causas e efeitos de múltiplas dimensões. Assim, o novo profissional deve ter a habilidade de coordenar dados, relacionar-se com equipes multifuncionais e utilizar dados externos para a solução do devido problema. Esta mudança contínua do mercado requer novas Diretrizes Curriculares, que mostra que um currículo deve ir além de atividades convencionais de sala de aula, deve também abranger atividades extracurriculares que tragam ao profissional visibilidade em diversos horizontes. As diretrizes curriculares de um curso de engenharia deve compreender a formação de um profissional com uma sólida formação técnica científica que possibilite a este a atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, levando em consideração múltiplos aspectos como: políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, sempre visando atender as demandas 17 da sociedade de forma ética e humanística. O projeto pedagógico de um curso de engenharia deve demonstrar de forma eficiente todas as atividades que serão realizadas no decorrer da graduação garantindo o desenvolvimento das habilidades necessárias para a formação de perfil adequado para este tipo de profissional. (Ministério da Educação, 2002) Ainda Segundo o Ministério da Educação 2002, os cursos de engenharia devem proporcionar aos seus alunos a capacidade de: • Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à Engenharia; • Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; • Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; • Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia; • Identificar, formular e resolver problemas de engenharia; • Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; • Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas; • Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; • Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; • Atuar em equipes multidisciplinares; • Compreender e aplicar à ética e responsabilidade profissionais; • Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; • Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; • Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional. Segundo Gilioni et al (2003), o Ensino de Engenharia deve estar sempre em desenvolvimento e sempre interligado as inovações de tecnologias emergentes. Essas novas tecnologias determinam as exigências do mercado quanto a novos profissionais do ramo e as diretrizes curriculares das instituições devem estar 18 atentas a estas transformações, pois a tecnologia e a formação desses profissionais são indissociáveis. Sabe-se, contudo, que grande parte das instituições brasileiras não estão aptas a tais mudanças, devido a estruturas engessadas de sistemas de avaliação e projetos pedagógicos. Segundo Milioni (2009), através da análise da estrutura curricular das escolas de engenharia do Brasil é possível perceber que ainda estamos presos ao sistema ortodoxo de avaliação, o qual supria a demanda da sociedade num tempo remoto o que não acontece nos dias atuais. A universidade deve conter mecanismos que atendam a movimentação de mercado. Uma característica importante para esta formação dinâmica do novo perfil de engenheiro está na forma com que as avaliações vêm sendo feitas nestas instituições. Segundo Júnior (2009, p.7): “Se a universidade é uma instituição dinâmica, seus processos avaliativos também são”. Ainda segundo Júnior (2009), a meta das avaliações são atingir a coerência entre os processos internos de uma instituição com seus princípios e finalidade. Isto possibilitará aos alunos da universidade o seu desenvolvimento humano e a qualidade acadêmica de seus processos. O mecanismo mais pleno do desenvolvimento de uma universidade perante as mudanças nas formas de ensino está na identificação de necessárias alterações no sistema de avaliação. Se o método de avaliação de uma instituição é visto como procedimentos absolutos e incontestáveis, a estrutura da instituição perante as mudanças não está adequada à melhoria de processos que possibilitam o desenvolvimento de um profissional de múltiplas facetas. (JÚNIOR, 2009). Os Sistemas de Matrícula das instituições determinam a forma que a graduação será dirigida em relação às disciplinas, e consequentemente o tipo de formação do novo engenheiro. Assim, é necessário que os diferentes sistemas de matrícula adotados por estas instituições estejam sempre em desenvolvimento para que a necessidade deste profissional de múltiplas facetas seja suprida. As pesquisas para análises de temas específicos podem ser agrupados em dois segmentos distintos: as pesquisas qualitativas e as quantitativas. As diferenças básicas estão baseadas no fato da pesquisa quantitativa ser uma forma de quantificar, medir e analisar relações entre as variáveis trazendo resultados concretos. Enquanto a pesquisa qualitativa é uma forma de analisar e interpretar os dados coletados, buscando o entendimento da relação entre as variáveis, sendo assim uma analise subjetiva e complexa. (TERENCE; FILHO, 2006). 19 A análise quantitativa trata-se de um estudo mais científico, com grande número de dados para a confirmação de hipóteses. A utilização deste método permite a interpretação e analise dos dados envolvidos. Porém, existe a necessidade de cruzar este tipo de analise com a qualitativa, que através de referenciais teóricos trazem ao estudo uma maior confiabilidade, pois possibilita uma argumentação embasada e melhoria nas conclusões dos relatórios. (FREITAS; CUNHA; MOSCAROLA, 1997). 3.0 COLETAS DE DADOS Inicialmente foram definidas quais seriam as matérias que este trabalho iria contemplar e quais seriam os períodos analisados para cada sistema. Com isso, foram selecionadas as matérias: Física I, Física Experimental, Química Tecnológica, Cáculo I e Álgebra Linear e Cálculo Vetorial (ALCV). As matérias selecionadas fazem parte da grade Curricular dos cursos de Engenharia de acordo com a Resolução da UNESP número 08 de 02 de Março de 2007. Todas as disciplinas são parte do sistema unificado da instituição, onde os alunos são divididos por ordem alfabética possibilitando a comparação dos alunos independentimente do curso. As matérias são referentes ao primeiro ano letivo da graduação. Em seguida, foi levantado e quantificado o total de alunos matriculados em cada disciplina específica para que fosse possível uma comparação entre as frequências de repetências. Para a obtenção dos dados, foi utilizada a Intranet, sistema virtual disponibilizado pela instituição. Nesse sistema é possível a vizualização das turmas para cada matéria específica. Os alunos foram quantificados pelos Seguintes critérios: • Sistema; • Ano; • Situação: o Aprovado; o Reprovado por falta; o Reprovado por nota; 20 • Descrição da Matéria; Com a definição dos critérios construiu-se a base de dados, apresentada na Tabela 21 do anexo. 4.0 QUANTIFICAÇÕES DOS DADOS Os alunos do primeiro ano letivo foram quantificados entre 2004 a 2007 para o Sistema Seriado e para o Sistema Crédito entre 2008 até 2011. Nesta quantificação os alunos também foram agrupados nas cinco matérias determinadas para a análise e divididos em duas classes: • Total Matriculado: corresponde ao número total de alunos matriculados para cada matéria em cada ano letivo; • Reprovados: corresponde ao total de alunos reprovados em cada disciplina dentro de cada ano letivo; Na Tabela 1 foram agrupados os números absolutos dos alunos para o sistema Seriado, enquanto na Tabela 2 estão os alunos para o Sistema Crédito. Tabela 1: Número absoluto de alunos para o Sistema Seriado Sistema Seriado Física I Física Experimental Química Tecnologica Química Experimental Cálculo I ALCV Total II 2004 Total Matriculado 1380 1075 1460 1185 1385 1215 7700 Reprovados 340 80 600 100 565 400 2085 2005 Total Matriculado 1360 1130 1630 1575 1575 1440 8710 Reprovados 605 135 820 695 695 400 3350 2006 Total Matriculado 1585 1125 1735 1180 1575 1365 8565 Reprovados 510 120 585 135 415 295 2060 2007 Total Matriculado 1575 1190 1685 1240 1575 1325 8590 Reprovados 585 190 670 195 695 315 2650 Total I Total Matriculado 4835 3450 5410 4075 4950 4315 27035 Reprovados 2040 525 2675 1125 2370 1410 10145 21 Tabela 2: Número Absoluto de Alunos para o Sistema Crédito Sistema Crédito Física I Física Experimental Química Tecnologica Química Experimental Cálculo I ALCV Total II 2008 Total Matriculado 1320 1285 1760 1330 1305 1630 8630 Reprovados 645 105 1225 95 580 435 3085 2009 Total Matriculado 1655 1175 1950 1100 1540 1485 8905 Reprovados 405 110 865 80 415 385 2260 2010 Total Matriculado 1420 1175 1770 1275 1480 1490 8610 Reprovados 710 270 940 140 495 615 3170 2011 Total Matriculado 1695 1280 1930 1175 1465 1630 9175 Reprovados 665 190 815 170 560 426 2826 Total I Total Matriculado 6090 4915 7410 4880 5790 6235 35320 Reprovados 2425 675 3845 485 2050 1861 11341 Pelas Tabelas 1 e 2 podemos analisar dois totais: • Total I: Traz a relação da somatória de alunos das duas classes de todas as disciplinas; • Total II: Traz a relação da somatória de cada uma das classes de cada ano letivo de todas as disciplinas; Numa primeira analise, pode-se perceber que o índice de reprovação entre os dois sistemas analisado sofreu uma diferença de três pontos percentuais, sendo 29% para o Sistema Seriado e 32% para o Sistema Crédito, conforme Tabela 3. Tabela 3: Índice Total de Reprovação para os dois Sistemas; Sistema Crédito Sistema Seriado Total Matriculado 35005 33000 Total Reprovado 11341 9450 Porcentagem 32% 29% 22 Nesta primeira avaliação entende-se que os alunos vêm tendo uma pior adaptação com o Sistema Crédito, atualmente utilizado, versus o remoto, Sistema Seriado. Nota-se também, que o número total de matriculas nas disciplinas analisadas pelo período de quatro anos para cada sistema distinto teve uma pequena alteração, um acréscimo de 2005 matrículas que corresponde a apenas 5 pontos percentuais do total de matriculas. Para um entendimento mais aprofundado em relação à adaptação dos alunos, os valores absolutos serão analisados para cada disciplina em sua totalidade. Através da Tabela 4, identifica-se qual a porcentagem de alunos reprovados em cada disciplina para cada sistema respectivamente. Tabela 4: Índice de Reprovação para Disciplinas em cada Sistema; Física I Física Experimental Química Tecnológica Química Experimental Cálculo I ALCV Sistema Seriado Total 5900 4520 6510 5180 6110 5345 Reprovados 2040 525 2675 1125 2370 1410 Porcentagem 35% 12% 41% 22% 39% 26% Sistema Crédito Total 6090 4915 7410 4880 5790 6235 Reprovados 2425 675 3845 485 2050 1861 Porcentagem 40% 14% 52% 10% 35% 30% Através das porcentagens obtidas na Tabela 4, construiu-se o Gráfico 1, que traz de uma forma mais visual a relação entre a porcentagem de reprovação de cada matéria para cada Sistema. 23 Figura 3: Relação entre o índice de reprovação entre as Disciplinas para cada Sistema Analisando o gráfico da Figura 3, nota-se que das seis matérias contidas neste estudo em quatro delas o índice de reprovação dos alunos no Sistema Crédito é maior que no Sistema Seriado. Esta diferença tem seu número mais expressivo na matéria Química Tecnológica onde a diferença percentual chega a onze pontos, seguindo da matéria Física I onde a diferença é de cinco pontos. Portanto, para as matérias de Física I, Física Experimental, Química Tecnológica e Álgebra Linear e Cálculo Numérico os alunos se adaptaram melhor ao antigo sistema, o Seriado. Percebe-se também que para as matérias Química Experimental e Cálculo I o rendimento dos alunos com a implementação do novo sistema melhorou significativamente, sendo 12 pontos percentuais na primeira e quatro na segunda. 4.1 DISTRIBUIÇÕES POR MATÉRIA Com o objetivo de entender a maneira com que o novo aluno da FEG está se adaptando nas matérias básicas ao longo dos anos, fez-se a quebra da Tabela 1 e cada disciplina foi analisada independentemente. 24 Nos tópicos a seguir estará o detalhamento do total de alunos matriculados em cada matéria, sendo esse dividido em setores: • Setor I: Disciplina no Sistema Seriado; • Setor II: Disciplina no Sistema Crédito; Cada Setor será composto pelo: • Ano: ano em que a disciplina foi analisada; • Total: total de matrícula na disciplina; • Reprovado: total de alunos reprovados na disciplina; • Porcentagem: Índice de Reprovação; Os dados absolutos de cada sistema foram agregados em gráficos, onde no eixo das abscissas estão os anos cronologicamente. Neste eixo, do ano de 2004 até 2007 é referente ao Sistema Seriado e de 2008 até 2011 ao Sistema Crédito. No eixo das coordenadas estão os valores em porcentagem do índice de reprovação para cada ano letivo. 4.1.1 FÍSICA I Segue abaixo os dois setores referentes à matéria de Física I Tabela 5: Setor I Física I; Seriado ANO Total Reprovado % 2004 1380 340 25% 2005 1360 605 44% 2006 1585 510 32% 2007 1575 585 37% Total 5900 2040 35% 25 Tabela 6: Setor Física I; Das Tabelas 5 e 6 obtêm-se o Gráfico da Figura 4. Figura 4: Índice de Reprovação para Física I; Nas Tabelas 5 e 6, nota-se que ocorreu um aumento de 5% na reprovação dos alunos na matéria de Física I. Da Figura 4, nota-se que os três períodos com maior índice de reprovação são no anos: 2005, 2008 e 2010. Sendo que, com 49 e 50 pontos são referentes ao sistema crédito. Do ponto de vista de menor índice de reprovação percebe-se que este localizado no ano letivo de 2009, também no Sistema Crédito. Entende-se que para esta disciplina os índices de reprovações dos alunos estão diretamente ligados ao aproveitamento das turmas para cada ano independentemente e não devido ao sistema utilizado pela instituição. Conclui-se, portanto que o Sistema Crédito ou Seriado não impacta diretamente no aproveitamento dos alunos para a matéria de Física I. Crédito ANO Total Reprovado % 2008 1320 645 49% 2009 1655 405 24% 2010 1420 710 50% 2011 1695 665 39% Total 6090 2425 40% 26 4.1.2 FÍSICA EXPERIMENTAL Segue abaixo os dois setores referentes à matéria de Física Experimental: Tabela 7: Setor I Física Experimental; Seriado ANO Total Reprovado % 2004 1075 80 7% 2005 1130 135 12% 2006 1125 120 11% 2007 1190 190 16% Total 4520 525 12% Tabela 8: Setor II Física Experimental; Das Tabelas 7 e 8 obtêm-se o Gráfico da Figura 5. Figura 5: Índice de Reprovação para Física Experimental; Crédito ANO Total Reprovado % 2008 1285 105 8% 2009 1175 110 9% 2010 1175 270 23% 2011 1280 190 15% Total 4915 675 14% 27 Para a disciplina Física Experimental, nota-se pelas Tabelas 7 e 8 que o índice de reprovação teve um acréscimo de dois pontos percentuais com o novo sistema de matrícula da instituição. Esta padronização do índice de reprovação é claramente visto pelo gráfico Figura 5, onde visualiza-se apenas um pico no ano letivo de 2010, onde a porcentagem chegou a 23 pontos. Nos outros anos letivos, vemos dois anos com 16% e 15%, os quais estão localizados um para cada sistema. Os anos de 2004 a 2006, do Sistema Seriado, ficam entre 7% a 12%, igualmente os anos de 2008 e 2009, correspondentes ao Sistema Crédito. Fica evidente para esta disciplina que a alteração do Sistema de Seriado para o Sistema Crédito não influenciou na adaptação dos novos alunos da instituição. 4.1.3 QUÍMICA TECNOLÓGICA Segue abaixo os dois setores referentes à matéria Química Tecnológica: Tabela 9: Setor I Química Tecnológica; Tabela 10: Setor I Química Tecnológica; Seriado ANO Total Reprovado % 2004 1460 600 41% 2005 1630 820 50% 2006 1735 585 34% 2007 1685 670 40% Total 6510 2675 41% Crédito ANO Total Reprovado % 2008 1760 1225 70% 2009 1950 865 44% 2010 1770 940 53% 2011 1930 815 42% Total 7410 3845 52% 28 Tabela 9: Setor I Química Tecnológica; Das Tabelas 9 e 10 obtêm-se o gráfico da Figura 6. Figura 6: Índice de Reprovação para Química Tecnológica; Pelas Tabelas 9 e 10, percebe-se uma alta diferença entre os dos sistemas. Com a transferência para o Sistema Crédito o nível de aproveitamento entre os novos alunos da instituição caiu. Com isso, o índice de reprovação sofreu um aumento de onze pontos, passado de 41% para 52%. Isto levaria a uma primeira análise de que o Sistema Seriado seria mais adequado para esta disciplina. Porém, quando analisamos os anos independentemente pela Figura 6, nota que no ano de implementação o novo sistema ocorreu um índice altíssimo de reprovações de 70%. Este índice não se manteve pelos anos de 2009 a 2011. Percebe-se ao término do ano de 2008, os índices voltaram a estar entre na faixa de 40% mesmo percentual do antigo sistema. Portanto, conclui-se que para a disciplina de Química Tecnológica, apesar do ano de inserção ter causado um alto índice de reprovações entre os novos estudantes, os alunos se adaptaram ao novo sistema trazendo o índice de reprovação para próximo do que já existia no Sistema Seriado. 4.1.4 QUÍMICA EXPERIMENTAL Segue abaixo os dois setores referentes à matéria Química Tecnológica: 29 Tabela 11: Setor I Química Experimental; Seriado ANO Total Reprovado % 2004 1185 100 8% 2005 1155 110 10% 2006 1180 135 11% 2007 1240 195 16% Total 4760 540 11% Tabela 12: Setor I Química Experimental; Das Tabelas 11 e 12 obtêm-se o gráfico da Figura 7. Figura 7: Índice de Reprovação para Química Experimental; Para Química Experimental, o nível de aproveitamento dos alunos manteve-se praticamente constante, tendo uma alteração de apenas um ponto percentual. Crédito ANO Total Reprovado % 2008 1330 95 7% 2009 1100 80 7% 2010 1275 140 11% 2011 1175 170 14% Total 4880 485 10% 30 Através do gráfico da Figura 7 nota-se dois picos de reprovações, um no ano de 2007 com um índice de 16% e outro no ano de 2011 com 14%. Cada um em um Sistema diferente, o que comprova esta constância. Para os outros anos, os índices variam de 7% a 11%, o que mostra que os alunos em geral não têm dificuldades de adaptação com a matéria prática de Química. Interessante notar que este índice é bem distinto de Química Tecnológica, a qual se refere a disciplina teórica de química, que possui um índice de reprovação de 50%. Isso mostra que além dos alunos não estarem se adaptando a matéria teórica a disciplina que contêm a prática da teoria não esta ajudando aos alunos a fixarem seu conteúdo. Com isso conclui que os alunos possuem uma ótima adaptação a disciplina Química Experimental, independente do Sistema adotado. Porém uma revisão no caráter da disciplina pode ser preciso já que a disciplina teórica e prática devem possuir uma ligação de suporte uma com a outra, o que não é notado já que os índices de aproveitamento são extremamente distintos. 4.1.5 CÁLCULO I Segue abaixo os dois setores referentes à matéria Cálculo I: Tabela 13: Setor I Cálculo I; Tabela 14: Setor I Cálculo I; Seriado ANO Total Reprovado % 2004 1385 565 41% 2005 1575 695 44% 2006 1575 415 26% 2007 1430 585 41% Total 5965 2260 38% Crédito ANO Total Reprovado % 2008 1305 580 44% 2009 1540 415 27% 2010 1480 495 33% 2011 1465 560 38% Total 5790 2050 35% 31 Das tabelas 13 e 14 obtêm-se o gráfico da Figura 8. Figura 8: Índice de Reprovação para Cálculo I; Pelas Tabelas 13 e 14 nota-se uma melhora no desempenho dos alunos com a inserção do novo sistema. O índice de reprovação caiu 3 pontos percentuais na média de todos os anos avaliados. Esta melhora é vista também pelo gráfico da Figura 8. No ano de 2008, quando o novo sistema foi inserido, o desempenho dos alunos manteve-se na média dos anos quando o Sistema Seriado vigorava, com exceção de ano de 2006 que obteve um índice muito abaixo da média de 26%. Após o ano de 2008, percebe-se uma melhora significativa no desempenho para esta disciplina, a qual caiu para 26% e vem subindo até 38% no ano de 2011. Mesmo com este valor crescente, este índice para o novo sistema ainda contínua melhor que o antigo. Portanto, para a disciplina de Cálculo I ocorreu uma melhora no aproveitamento dos novos alunos, e este estão se adaptando melhor com o novo sistema a partir do ano de 2008. 4.1.6 ÁLGEBRA LINEAR E CÁLCULO VETORIAL Segue abaixo os dois setores referentes à matéria Álgebra Lineares e Cálculo Vetorial: 32 Tabela 15: Setor I Cálculo I; Tabela 16: Setor II Cálculo I; Das Tabelas 15 e 16 obtêm-se o gráfico da Figura 9. Figura 9: Índice de Reprovação para Álgebra Linear e Cálculo Vetorial ; Diferente de Cálculo I, na matéria de Álgebra Linear e Cálculo Vetorial, ocorreu uma piora no desenvolvimento dos alunos ingressantes. O índice de reprovação passou de 26% para 31%. Seriado ANO Total Reprovado % 2004 1215 400 33% 2005 1440 400 28% 2006 1365 295 22% 2007 1325 315 24% Total 5345 1410 26% Crédito ANO Total Reprovado % 2008 1315 435 33% 2009 1485 385 26% 2010 1490 615 41% 2011 1630 426 26% Total 5920 1861 31% 33 Pelo gráfico da Figura 9, nota-se que este aumento foi devido a turma específica, o ano letivo de 2010, onde este índice atingiu seu máximo de 41%. Desconsiderando este ano e analisando os outros, a média de reprovação manteve-se constante para esta disciplina, que esta em torno de 28%. Portanto, para a matéria de Álgebra Linear e Cálculo Vetorial conclui-se que o Sistema de Matrícula adotado pela instituição não afetou diretamente o rendimento dos alunos ingressantes. 4.1.7 TOTAIS DAS MATÉRIAS Segue abaixo os dois setores referentes a todas as matérias analisadas: Tabela 17: Setor I Todas as Disciplinas; Tabela 18: Setor II Todas as Disciplinas; Das Tabelas 17 e 18 obtêm-se o gráfico da Figura 10. Seriado ANO Total Reprovado % 2004 7700 2085 27% 2005 8290 2765 33% 2006 8565 2060 24% 2007 8445 2540 30% Total 33000 9450 29% Crédito ANO Total Reprovado % 2008 8315 3085 37% 2009 8905 2260 25% 2010 8610 3170 37% 2011 9175 2826 31% Total 35005 11341 32% 34 Figura 10: Total de Disciplinas; Após alisar cada disciplina separadamente, cabe ao estudo voltar a analisar os dados de todas as disciplinas para determinar qual é o melhor sistema de matricula da instituição. Notou-se que em todas as disciplinas em geral, com exceção de Cálculo I, não foram impactadas diretamente pela mudança do sistema de matricula da instituição. Isto é confirmado através das Tabelas 14 e 15, que mostram que ouve um pequeno acréscimo no índice de reprovação dos alunos ingressantes de 3%, passando de 29% para 32%. O aumento deste índice é devido há dois anos, 2008 e 2010, onde os índices atingiram 37%. Porém após as análises feitas para cada matéria pode-se explicar o motivo deste aumento. No ano de 2008, ocorreu um alto índice de reprovação na Matéria de Química Tecnológica de 70% normalizando no ano seguinte. Isto causou o aumento da média para este ano. Já no ano de 2010, ocorreu um aumento desproporcional nas matérias de ALCV, Física I e Física Experimental, que atingiram respectivamente, 41%, 50% e 23%. Os máximos índices de cada disciplina concentrados em apenas um ano letivo, o que reflete em um problema de adaptação de uma turma específica e não um problema do sistema adotado. Um teste estatístico foi aplicado para os dados acima para comprovar a igualdade entre o índice de reprovação entre os dois sistemas de matrículas distintos. Através da Tabela 16 aplicou-se o teste de hipóteses com um alfa de 5%. 35 Sendo que: Ho: p1=p2 H1: p1≠p2 α: 5% Onde X é o índice de reprovação para cada fator em porcentagem. Tabela 19: Porcentagem de Reprovação por Matéria; Física Geral Física Exp. Química Tec. Química Exp. ALCV Cálculo Seriado 25% 7% 41% 8% 33% 41% 44% 12% 50% 10% 28% 44% 32% 11% 34% 11% 22% 26% 37% 16% 40% 16% 24% 41% Crédito 49% 8% 70% 7% 33% 44% 24% 9% 44% 7% 26% 27% 50% 23% 53% 11% 41% 33% 39% 15% 42% 14% 26% 38% Após a aplicação do teste chega-se nos seguintes resultados contidos na Tabela 17. Tabela 20: Resultados Estatísticos ANOVA; Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico Sistemas 0.015 1 0.015 2.557 0.119 4.113 Matérias 0.846 5 0.169 29.540 0.000 2.477 Interações 0.0249357 5 0.00498714 0.87109 0.51006 2.47717 Analisando os dados da Tabela 20, percebe-se que a média entre os índices de reprovação dos dois sistemas não são diferentes, porém as matérias sim influenciam neste número. Isso afirma as conclusões tiradas pelas análises dos gráficos. Com estes pontos entende-se que o índice total de reprovação possui uma média de 30% de reprovação e os Sistemas Seriado e Crédito não influenciam diretamente no desenvolvimento geral das turmas e sim cada turma tem sua particularidade com cada sistema 36 5.0 CONCLUSÃO Grande parcela do mercado de trabalho é voltada para os profissionais com graduação na área de Engenharia. O perfil requisitado deste profissional está diretamente ligado ao momento em que o mercado está inserido. Para atender as novas demandas desses profissionais o Ensino de Engenharia deve estar em constante atualização tornando as instituições aptas na formação de novos tipos de profissionais. O Engenheiro deve ter a habilidade de coordenar dados, relacionar-se com equipes multifuncionais, utilizar dados externos para a solução de um determinado problema. Além disso, deve ser capaz de atender as demandas da sociedade levando em considerações aspectos como: sociais, políticos, econômicos e ambientais. Tudo isso levando em sua base um forte conhecimento técnico científico da área de extas. Neste contexto, as Instituições devem estar abertas a mudanças em seu sistema de avaliação, pois este está diretamente ligado à formação do novo perfil do Engenheiro. As instituições devem adquirir os conceitos das novas tecnologias existentes no mercado, pois estas são características determinantes para entender qual o tipo de profissional que o mercado esta procurando. A Universidade Estadual Paulista, campus de Guaratinguetá (FEG), visando uma melhor formação e desenvolvimento dos alunos, mudou o seu sistema de matrícula no ano de 2008, passando de um Sistema Seriado para o Sistema Crédito. No sistema Seriado as matérias eram lecionadas em blocos onde o aluno tinha a obrigatoriedade de se matricular em uma série. Este sistema tem como característica a mesma formação acadêmica para todos os alunos de uma mesmo turma. Esta padronização não condiz com uma das características principais do novo mercado de trabalho, a diversificação profissional. Entretanto, do ponto de vista da universidade é um sistema de fácil gerência, pois os alunos estão separados em classes e não independentemente. Já no Sistema Crédito, a instituição fornece uma sequência padrão de matérias para cada ano letivo, mas o aluno tem a autonomia de segui-lo ou não. As matérias possuem um sistema de pré-requisitos, o que não acontecia no antigo sistema. Assim, os alunos podem construir uma formação acadêmica com características próprias as suas habilidades tornando-o assim um diferencial para o mercado atual. 37 Os resultados da pesquisa mostram uma alteração entre os índices de reprovação entre o sistema crédito e seriado para os alunos do primeiro ano letivo. No total avaliado esse índice teve um acréscimo de 3%, passando de 29% para 32% no sistema crédito para os quatro últimos anos letivos. Porém após analisar cada matéria independentemente, notou-se que esse acréscimo não pode ser distribuído para todas as turmas desse novo sistema de matrícula. Os maiores índices de reprovação do sistema Crédito estão no ano de 2008 e 2010, ambos com 37% de reprovação. No ano de 2008, ocorreu um alto índice de reprovação na matéria de Química Tecnológica, 70%, voltando à normalidade nos anos posteriores. A turma do ano letivo de 2010 teve um alto índice de reprovação em três das seis matérias analisada, característica não vista para as outras turmas do mesmo sistema de matrícula. Nota-se também, que para os anos de 2009 e 2011 a média de reprovação do Sistema Crédito se manteve em torno de 30%, mesmo índice do antigo sistema. Entende-se, portanto, que o índice de reprovação não está diretamente ligado ao tipo de sistema adotado pela Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá. Este desenvolvimento é uma característica particular para as turmas ingressante em cada ano letivo. Conclui-se que o novo sistema de matrícula adotado pelo FEG possui uma melhor adaptação ao que o mercado demanda para o novo perfil de engenheiro, pois é capaz de formar diferentes tipos de profissionais. E que não é apenas o sistema de matrícula que traz uma melhor absorção de seus formandos pela sociedade e sim sempre estar atualizando suas diretrizes de ensino visando suprir as novas exigências do mercado. 38 6.0 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS Uma sugestão para trabalhos futuros é a analisar o índice de reprovação das matérias específicas de cada curso de engenharia da Faculdade de Guaratinguetá. Outra oportunidade de estudo é fazer o cruzamento entre os índices analisados neste trabalho com a média de acertos de cada aluno no vestibular. 39 REFERÊNCIAS ALMEIDA, D.D.; ARAÚJO, P.R.; SOUSA, G. M. C.; BARROS, T. R. L. T.; SANTOS, E. F. N.; Fatores Psicológicos e Aprovação nas Disciplinas Básicas das Engenharias, In: : CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 39, 2011, Blumenau (SC), Anais...Blumenau. BELHOT, R. V.; A Didática no Ensino de Engenharia; In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 33, 2005, Campina Grande (PB), Anais...Campina Grande. Costa Neto, P. L. O.; Estatística; 2ª Edição: Edgar Buncher Ltda, 2002. ISBN: 9788521203001 FREITAS, H.; CUNHA, M.V.M; MOSCAROLA, J. Aplicação de um sistema de software para auxilio na análise de conteúdo. RAUSP, São Paulo, v. 32, n. 3, p. 97-109, jul./set. 1997. Disponível em:. Acesso em: 10 set. 2012. HENNING, E.; SIPLE, I.Z.;FIGUEIREDO, E. B., MENESTRINA, T. C.; LINDOSO, R. L., Avaliação do índice de Aprovação em um Projeto de Ensino; In: : CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 39, 2011, Blumenau (SC), Anais...Blumenau. JÚNIOR, J. R. S.; CATANI, A. M.; GILIONI; Avaliação da Educação Superior no Brasil: uma Década de Mudanças; Disponível em:. Acesso em 10 de set. 2012. JÚNIOR, N. A.; Sistema(s) de Avaliação da Educação Brasileira. Disponível em: . Acesso em 15 set. 2012 LODER, L. L.; Algumas Considerações sobre a Avaliação Escolar em Cursos de Engenharia; In: : CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 39, 2011, Blumenau (SC), Anais...Blumenau. MARRIOG, A. C.; CORREA, D. B.; VELLOSO, M. M. P.; LETA, F. R.; Análise da Reforma Curricular de Engenharia Mecânica da Universidade Federal Fluminense; In: : CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 39, 2011, Blumenau (SC), Anais...Blumenau. 40 MENEZES, B. L. S.; Potencial da modelagem e simulação computacional aplicada a rede logística; In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO , 31, 2011, Belo Horizonte (MG), Anais...Belo Horizonte. MILIONI, A. Z.; FAZZIO.; Do Ensino da Engenharia no Brasil. Disponível em: . Acesso em 10 set. 2012. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia; Disponível em: Acesso em 15 set 2012. Projeto Pedagógico do curso de Engenharia de Produção da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá. Disponível em: .Acesso em: 15 set. 2012. REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA DE GUARATINGUETÁ. Disponível em: .Acesso em 15 set. RIOS, J. R. T.; SANTOS, A. P.; NASCIMENTO, C. 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E.; Abordagem Quantitativa, Qualitativa e a Utilização da Pesquisa-Ação nos Estudos Organizacionais; In: ENCONTRO 41 NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 26, 2006, Fortaleza (CE), Anais...Fortaleza. 42 ANEXOS Tabela 21: Base de Dados; Sistema Ano Situação Situação Sigla Iniciais Descricao TotalAlunos Seriado(S) 2,004 AP Aprovado FQ1000 FG-I Física Geral I 1,040 Seriado(S) 2,004 RF Reprovado por falta FQ1000 FG-I Física Geral I 45 Seriado(S) 2,004 RN Reprovado por nota FQ1000 FG-I Física Geral I 295 Seriado(S) 2,004 AP Aprovado FQ1010 FE-I Física Experimental I 995 Seriado(S) 2,004 RF Reprovado por falta FQ1010 FE-I Física Experimental I 60 Seriado(S) 2,004 RN Reprovado por nota FQ1010 FE-I Física Experimental I 20 Seriado(S) 2,004 AP Aprovado FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 860 Seriado(S) 2,004 RF Reprovado por falta FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 115 Seriado(S) 2,004 RN Reprovado por nota FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 485 Seriado(S) 2,004 AP Aprovado FQ1030 QE Química Experimental 1,085 Seriado(S) 2,004 RF Reprovado por falta FQ1030 QE Química Experimental 80 Seriado(S) 2,004 RN Reprovado por nota FQ1030 QE Química Experimental 20 Seriado(S) 2,004 AP Aprovado MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 820 Seriado(S) 2,004 RF Reprovado por falta MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 40 Seriado(S) 2,004 RN Reprovado por nota MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 525 Seriado(S) 2,004 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 815 Seriado(S) 2,004 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 90 Seriado(S) 2,004 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 310 Seriado(S) 2,005 AP Aprovado FQ1000 FG-I Física Geral I 755 Seriado(S) 2,005 RF Reprovado por falta FQ1000 FG-I Física Geral I 120 Seriado(S) 2,005 RN Reprovado por nota FQ1000 FG-I Física Geral I 485 Seriado(S) 2,005 AP Aprovado FQ1010 FE-I Física Experimental I 995 Seriado(S) 2,005 RF Reprovado por falta FQ1010 FE-I Física Experimental I 75 Seriado(S) 2,005 RN Reprovado por nota FQ1010 FE-I Física Experimental I 60 Seriado(S) 2,005 AP Aprovado FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 810 Seriado(S) 2,005 RF Reprovado por falta FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 145 Seriado(S) 2,005 RN Reprovado por nota FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 675 Seriado(S) 2,005 AP Aprovado FQ1030 QE Química Experimental 1,045 Seriado(S) 2,005 RF Reprovado por falta FQ1030 QE Química Experimental 85 Seriado(S) 2,005 RN Reprovado por nota FQ1030 QE Química Experimental 25 Seriado(S) 2,005 AP Aprovado MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 880 Seriado(S) 2,005 RF Reprovado por MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 90 43 falta Seriado(S) 2,005 RN Reprovado por nota MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 605 Seriado(S) 2,005 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 1,040 Seriado(S) 2,005 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 45 Seriado(S) 2,005 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 355 Seriado(S) 2,006 AP Aprovado FQ1000 FG-I Física Geral I 1,075 Seriado(S) 2,006 RF Reprovado por falta FQ1000 FG-I Física Geral I 70 Seriado(S) 2,006 RN Reprovado por nota FQ1000 FG-I Física Geral I 440 Seriado(S) 2,006 AP Aprovado FQ1010 FE-I Física Experimental I 1,005 Seriado(S) 2,006 RF Reprovado por falta FQ1010 FE-I Física Experimental I 85 Seriado(S) 2,006 RN Reprovado por nota FQ1010 FE-I Física Experimental I 35 Seriado(S) 2,006 AP Aprovado FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 1,150 Seriado(S) 2,006 RF Reprovado por falta FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 150 Seriado(S) 2,006 RN Reprovado por nota FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 435 Seriado(S) 2,006 AP Aprovado FQ1030 QE Química Experimental 1,045 Seriado(S) 2,006 RF Reprovado por falta FQ1030 QE Química Experimental 100 Seriado(S) 2,006 RN Reprovado por nota FQ1030 QE Química Experimental 35 Seriado(S) 2,006 AP Aprovado MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 1,160 Seriado(S) 2,006 RF Reprovado por falta MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 110 Seriado(S) 2,006 RN Reprovado por nota MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 305 Seriado(S) 2,006 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 1,070 Seriado(S) 2,006 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 140 Seriado(S) 2,006 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 155 Seriado(S) 2,007 AP Aprovado FQ1000 FG-I Física Geral I 990 Seriado(S) 2,007 RF Reprovado por falta FQ1000 FG-I Física Geral I 170 Seriado(S) 2,007 RN Reprovado por nota FQ1000 FG-I Física Geral I 415 Seriado(S) 2,007 AP Aprovado FQ1010 FE-I Física Experimental I 1,000 Seriado(S) 2,007 RF Reprovado por falta FQ1010 FE-I Física Experimental I 155 Seriado(S) 2,007 RN Reprovado por nota FQ1010 FE-I Física Experimental I 35 Seriado(S) 2,007 AP Aprovado FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 1,015 Seriado(S) 2,007 RF Reprovado por falta FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 205 Seriado(S) 2,007 RN Reprovado por nota FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 465 Seriado(S) 2,007 AP Aprovado FQ1030 QE Química Experimental 1,045 Seriado(S) 2,007 RF Reprovado por falta FQ1030 QE Química Experimental 165 44 Seriado(S) 2,007 RN Reprovado por nota FQ1030 QE Química Experimental 30 Seriado(S) 2,007 AP Aprovado MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 845 Seriado(S) 2,007 RF Reprovado por falta MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 150 Seriado(S) 2,007 RN Reprovado por nota MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 435 Seriado(S) 2,007 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 1,010 Seriado(S) 2,007 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 160 Seriado(S) 2,007 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 155 Seriado(S) 2,008 AP Aprovado FQ1000 FG-I Física Geral I 130 Seriado(S) 2,008 RF Reprovado por falta FQ1000 FG-I Física Geral I 45 Seriado(S) 2,008 RN Reprovado por nota FQ1000 FG-I Física Geral I 125 Seriado(S) 2,008 AP Aprovado FQ1010 FE-I Física Experimental I 20 Seriado(S) 2,008 RF Reprovado por falta FQ1010 FE-I Física Experimental I 25 Seriado(S) 2,008 AP Aprovado FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 205 Seriado(S) 2,008 RF Reprovado por falta FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 80 Seriado(S) 2,008 RN Reprovado por nota FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 110 Seriado(S) 2,008 AP Aprovado FQ1030 QE Química Experimental 95 Seriado(S) 2,008 RF Reprovado por falta FQ1030 QE Química Experimental 15 Seriado(S) 2,008 AP Aprovado MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 240 Seriado(S) 2,008 RF Reprovado por falta MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 35 Seriado(S) 2,008 RN Reprovado por nota MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 20 Seriado(S) 2,008 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 110 Seriado(S) 2,008 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 25 Seriado(S) 2,008 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 5 Seriado(S) 2,009 AP Aprovado FQ1000 FG-I Física Geral I 60 Seriado(S) 2,009 RF Reprovado por falta FQ1000 FG-I Física Geral I 30 Seriado(S) 2,009 RN Reprovado por nota FQ1000 FG-I Física Geral I 35 Seriado(S) 2,009 AP Aprovado FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 95 Seriado(S) 2,009 RF Reprovado por falta FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 30 Seriado(S) 2,009 RN Reprovado por nota FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 15 Seriado(S) 2,009 RF Reprovado por falta FQ1030 QE Química Experimental 15 Seriado(S) 2,009 AP Aprovado MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 5 Seriado(S) 2,009 RF Reprovado por falta MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 10 Seriado(S) 2,009 RN Reprovado por nota MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 15 Seriado(S) 2,009 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo 5 45 Vetorial Seriado(S) 2,009 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 15 Seriado(S) 2,010 AP Aprovado FQ1000 FG-I Física Geral I 10 Seriado(S) 2,010 RF Reprovado por falta FQ1000 FG-I Física Geral I 5 Seriado(S) 2,010 RN Reprovado por nota FQ1000 FG-I Física Geral I 25 Seriado(S) 2,010 RF Reprovado por falta FQ1010 FE-I Física Experimental I 5 Seriado(S) 2,010 AP Aprovado FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 5 Seriado(S) 2,010 RF Reprovado por falta FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 10 Seriado(S) 2,010 RN Reprovado por nota FQ1020 QGT Química Geral e Tecnológica 20 Seriado(S) 2,010 RF Reprovado por falta MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 5 Seriado(S) 2,010 RN Reprovado por nota MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 10 Seriado(S) 2,010 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 5 Seriado(S) 2,011 AP Aprovado FQ1000 FG-I Física Geral I 10 Seriado(S) 2,011 RN Reprovado por nota FQ1000 FG-I Física Geral I 10 Seriado(S) 2,011 RF Reprovado por falta MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 5 Seriado(S) 2,011 RN Reprovado por nota MA1000 CDI-I Cálculo Diferencial e Integral I 5 Crédito(K) 2,008 AP Aprovado MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 725 Crédito(K) 2,008 RF Reprovado por falta MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 115 Crédito(K) 2,008 RN Reprovado por nota MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 465 Crédito(K) 2,008 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 880 Crédito(K) 2,008 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 125 Crédito(K) 2,008 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 310 Crédito(K) 2,008 AP Aprovado FQ1000 F I Física I 675 Crédito(K) 2,008 RF Reprovado por falta FQ1000 F I Física I 140 Crédito(K) 2,008 RN Reprovado por nota FQ1000 F I Física I 505 Crédito(K) 2,008 AP Aprovado FQ1010 FE I Física Experimental I 1,180 Crédito(K) 2,008 RF Reprovado por falta FQ1010 FE I Física Experimental I 75 Crédito(K) 2,008 RN Reprovado por nota FQ1010 FE I Física Experimental I 30 Crédito(K) 2,008 AP Aprovado FQ1020 QG Química Geral 535 Crédito(K) 2,008 RF Reprovado por falta FQ1020 QG Química Geral 80 Crédito(K) 2,008 RN Reprovado por nota FQ1020 QG Química Geral 1,145 Crédito(K) 2,008 AP Aprovado FQ1030 QGE Química Geral Experimental 1,235 Crédito(K) 2,008 RF Reprovado por falta FQ1030 QGE Química Geral Experimental 40 Crédito(K) 2,008 RN Reprovado por FQ1030 QGE Química Geral Experimental 55 46 nota Crédito(K) 2,009 AP Aprovado MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 1,125 Crédito(K) 2,009 RF Reprovado por falta MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 125 Crédito(K) 2,009 RN Reprovado por nota MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 290 Crédito(K) 2,009 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 1,100 Crédito(K) 2,009 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 140 Crédito(K) 2,009 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 245 Crédito(K) 2,009 AP Aprovado FQ1000 F I Física I 1,250 Crédito(K) 2,009 RF Reprovado por falta FQ1000 F I Física I 120 Crédito(K) 2,009 RN Reprovado por nota FQ1000 F I Física I 285 Crédito(K) 2,009 AP Aprovado FQ1010 FE I Física Experimental I 1,065 Crédito(K) 2,009 RF Reprovado por falta FQ1010 FE I Física Experimental I 70 Crédito(K) 2,009 RN Reprovado por nota FQ1010 FE I Física Experimental I 40 Crédito(K) 2,009 AP Aprovado FQ1020 QG Química Geral 1,085 Crédito(K) 2,009 RF Reprovado por falta FQ1020 QG Química Geral 165 Crédito(K) 2,009 RN Reprovado por nota FQ1020 QG Química Geral 700 Crédito(K) 2,009 AP Aprovado FQ1030 QGE Química Geral Experimental 1,020 Crédito(K) 2,009 RF Reprovado por falta FQ1030 QGE Química Geral Experimental 55 Crédito(K) 2,009 RN Reprovado por nota FQ1030 QGE Química Geral Experimental 25 Crédito(K) 2,010 AP Aprovado MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 985 Crédito(K) 2,010 RF Reprovado por falta MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 140 Crédito(K) 2,010 RN Reprovado por nota MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 355 Crédito(K) 2,010 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 875 Crédito(K) 2,010 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 95 Crédito(K) 2,010 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 520 Crédito(K) 2,010 AP Aprovado FQ1000 F I Física I 710 Crédito(K) 2,010 RF Reprovado por falta FQ1000 F I Física I 95 Crédito(K) 2,010 RN Reprovado por nota FQ1000 F I Física I 615 Crédito(K) 2,010 AP Aprovado FQ1010 FE I Física Experimental I 905 Crédito(K) 2,010 RF Reprovado por falta FQ1010 FE I Física Experimental I 80 Crédito(K) 2,010 RN Reprovado por nota FQ1010 FE I Física Experimental I 190 Crédito(K) 2,010 AP Aprovado FQ1020 QG Química Geral 830 Crédito(K) 2,010 RF Reprovado por falta FQ1020 QG Química Geral 105 Crédito(K) 2,010 RN Reprovado por nota FQ1020 QG Química Geral 835 47 Crédito(K) 2,010 AP Aprovado FQ1030 QGE Química Geral Experimental 1,135 Crédito(K) 2,010 RF Reprovado por falta FQ1030 QGE Química Geral Experimental 30 Crédito(K) 2,010 RN Reprovado por nota FQ1030 QGE Química Geral Experimental 110 Crédito(K) 2,011 AP Aprovado MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 905 Crédito(K) 2,011 RF Reprovado por falta MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 135 Crédito(K) 2,011 RN Reprovado por nota MA1000 CDI I Cálculo Diferencial e Integral I 425 Crédito(K) 2,011 AP Aprovado MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 1,205 Crédito(K) 2,011 RF Reprovado por falta MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 180 Crédito(K) 2,011 RN Reprovado por nota MA1010 ALCV Álgebra Linear e Cálculo Vetorial 245 Crédito(K) 2,011 AP Aprovado FQ1000 F I Física I 1,030 Crédito(K) 2,011 RF Reprovado por falta FQ1000 F I Física I 150 Crédito(K) 2,011 RN Reprovado por nota FQ1000 F I Física I 515 Crédito(K) 2,011 AP Aprovado FQ1010 FE I Física Experimental I 1,090 Crédito(K) 2,011 RF Reprovado por falta FQ1010 FE I Física Experimental I 90 Crédito(K) 2,011 RN Reprovado por nota FQ1010 FE I Física Experimental I 100 Crédito(K) 2,011 AP Aprovado FQ1020 QG Química Geral 1,115 Crédito(K) 2,011 RF Reprovado por falta FQ1020 QG Química Geral 170 Crédito(K) 2,011 RN Reprovado por nota FQ1020 QG Química Geral 645 Crédito(K) 2,011 AP Aprovado FQ1030 QGE Química Geral Experimental 1,005 Crédito(K) 2,011 RF Reprovado por falta FQ1030 QGE Química Geral Experimental 60 Crédito(K) 2,011 RN Reprovado por nota FQ1030 QGE Química Geral Experimental 110 CAPA FICHA CATALOGRÁFICA BANCA EXAMINADORA DEDICATÓRIA AGRADECIMENTOS EPÍGRAFE RESUMO ABSTRACT LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO 1.2 OBJETIVO 1.3 JUSTIFICATIVA 1.4 METODOLOGIA 1.4 DELIMITAÇÕES 2.0 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS 3.0 COLETAS DE DADOS 4.0 QUANTIFICAÇÕES DOS DADOS 4.1 DISTRIBUIÇÕES POR MATÉRIA 5.0 CONCLUSÃO 6.0 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS REFERÊNCIAS ANEXOS