I UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU AVALIAÇÃO DE NOVOS HÍBRIDOS DE PORTA-ENXERTOS PARA A LARANJEIRA ‘VALÊNCIA’ LILIAN MASSARO SIMONETTI BOTUCATU – SP Fevereiro – 2015 Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Campus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia (Horticultura). II UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU AVALIAÇÃO DE NOVOS HÍBRIDOS DE PORTA-ENXERTOS PARA A LARANJEIRA ‘VALÊNCIA’ LILIAN MASSARO SIMONETTI Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Tecchio Co-orientador (a): Dra. Mariângela Cristofani-Yaly BOTUCATU – SP Fevereiro – 2015 Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Campus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia (Horticultura). III II III DEDICO Aos meus pais Denise e Wanderley (in memorian), Aos meus irmãos Daniel e Paula, E à minha avó Clarice. IV AGRADECIMENTOS A Deus por me amparar nos momentos difíceis, me dar força para superar as dificuldades, mostrar os caminhos nas horas incertas a não permitir que eu desistisse. À minha família, a qual amo muito, pelo carinho, paciência e incentivo, em especial a minha mãe Denise Silva Massaro Simonetti que aguentou cada nervoso, choro e sempre me dizendo fica tranquila você é capaz no final tudo vai dar certo, sempre me ensinando desde pequena. Ao meu irmão Daniel Massaro Simonetti que sempre me deu palavras de apoio e ensinando a confiar em Deus, me ligando nos momentos que eu mais precisava para dizer uma palavra de apoio e conforto. Ao meu pai Wanderley Aparecido Simonetti (in memorian) que infelizmente não pode ver o fim desse ciclo, porém, sei que de onde ele estiver estará sentindo orgulho de mim por ter conseguido realizar esse sonho, sonho que ele sonhou junto comigo e sempre me deu apoio levando para prestar provas e me acalmando, dizendo tudo tem seu momento o seu dia vai chegar e realmente chegou. A realização desta Dissertação de Mestrado só foi possível graças à colaboração e à contribuição, de forma direta ou indireta, de várias pessoas e instituições, ás quais gostaria de exprimir algumas palavras de agradecimento e profundo reconhecimento, em particular: Ao meu querido amigo Prof. Dr. Evandro Henrique Schinor por todo auxílio no trabalho, pela amizade verdadeira, pelos cafés, pela paciência em me ensinar cada detalhe, pelas cobranças para que eu aprendesse. Muito do que sei hoje aprendi com você e sou muito grata a isso, nada do que eu disser vai conseguir expressar minha gratidão. Ao meu orientador Prof. Dr. Marco Antonio Tecchio pela orientação, colaboração, amizade e ensinamentos. A minha co-orientadora Dra. Mariângela Cristofani-Yaly por toda a ajuda, dedicação, por perder horas pensando e se preocupando comigo, por me tratar com tanto carinho durante anos. A Prof. Dra. Sarita Leonel pela atenção e auxílio oferecidos durante todo o curso de mestrado. V A Dra. Marines Bastianel por toda a ajuda no meu crescimento pessoal e profissional e na parte de orientação durante vários anos. A todos os meus amigos do Centro de Citricultura Sylvio Moreia/IAC, Arthur, Dagoberto, Jonas, Lury, Tati, Mariana, Aline, Kizzy, Thais e ao Francisco em especial por toda a ajuda, mesmo estando em outro país. A Pesquisadora Vera do Polo Regional Sudoeste Paulista Capão Bonito, por ceder a área e sempre ajudar a cuidar do experimento e disponibilizar seu pessoal para as coletas. A Pesquisadora Mara do Centro de Frutas Jundiaí pela ajuda e ideias. As meninas da república Marilia e Janaina pela ajuda, amizade e palavras de incentivo. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa de estudos fornecida. À Faculdade de Ciências Agronômicas (UNESP/Botucatu - SP), em especial ao Departamento de Horticultura e todos servidores técnicos pela ajuda. A todos que de alguma forma contribuíram para esta conquista. VI SUMÁRIO LISTA DE TABELAS ................................................................................................... VIII LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................... IX RESUMO ............................................................................................................................ 1 SUMMARY ........................................................................................................................ 3 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5 2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 8 2.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 8 2.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 8 3 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 10 3.1 Classificação botânica ................................................................................................ 10 3.2 Histórico dos porta-enxertos de citros no Brasil ........................................................ 11 3.3 Variedades de porta-enxerto de citros........................................................................ 11 3.3.1 Limoeiro ‘‘Cravo’’ (Citrus limonia L. Osbeck) ................................................. 11 3.3.2 Citrandarins ......................................................................................................... 12 3.3.3 Poncirus trifoliata (L.) ......................................................................................... 13 3.3.4 ‘‘Sunki’’ (Citrus ‘Sunki’ hort. ex Tanaka) .......................................................... 13 3.4 Histórico do melhoramento genético .......................................................................... 14 3.5 Influência copa/porta enxerto ...................................................................................... 14 3.6 Efeitos na produtividade e na qualidade da fruta ........................................................ 16 4 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................... 18 4.1 Material Vegetal .......................................................................................................... 18 4.2 Compatibilidade copa/porta-enxerto ........................................................................... 19 4.3 Desenvolvimento vegetativo ....................................................................................... 19 4.4 Produção e eficiência produtiva .................................................................................. 19 VII 4.5 Avaliações físico-químicas e curva de maturação dos frutos ..................................... 19 4.6 Análises estatísticas ..................................................................................................... 20 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 22 6 CONCLUSÕES .............................................................................................................. 55 7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 56 VIII LISTA DE TABELAS Tabela 1. Altura, diâmetro, volume de copa, produção e produtividade em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ [C. ‘Sunki’ (Hayata) hort. ex Tan.] com Poncirus Trifoliata Raf. cv Rubidoux (TSxTP) enxertados com laranjeira ‘Valência’, Capão Bonito, SP, Brasil, 2013- 2014. .................................................................................................................................... 25 Tabela 2. Massa de frutos (MF), altura de frutos (AF), diâmetro de frutos (DF), relação altura/diâmetro (A/D), rendimento de suco (RS), acidez, sólidos solúveis (SS), relação sólidos solúveis/acidez (ratio) e índice tecnológico (IT) de frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ [C. ‘Sunki’ (Hayata) Hort, ex Tan.] com Poncirus trifoliata Raf. cv Rubidoux, (TSxTP) Capão Bonito, SP, Brasil, 2013. .............. 29 Tabela 3. Massa de frutos (MF), altura de frutos (AF), diâmetro de frutos (DF) de laranjeira ‘Valência’ enxertada em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ [C. ‘Sunki’ (Hayata) hort. ex Tan.] com Poncirus trifoliata Raf.cv Rubidoux. (TSxPT) em três épocas de avaliação. Capão Bonito, SP, Brasil, 2014. ..................................................................................................... 34 Tabela 4. Relação altura/diâmetro (A/D) e rendimento de suco (RS) de laranjeira ‘Valência’ enxertada em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ [C. ‘Sunki’ (Hayata) hort, ex Tan. ] com Poncirus trifoliata Raf. cv Rubidoux, (TSxPT) em três épocas de avaliação. Capão Bonito - SP, Brasil, 2014. .................................................................................................................. 37 Tabela 5. Acidez, sólidos solúveis (SS) em frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ [C. ‘Sunki’ (Hayata) hort. ex Tan,] com Poncirus trifoliata Raf. cv Rubidoux. (TSxPT) em três épocas de avaliação. Capão Bonito, SP, Brasil, 2014. ............................................................................................................................................. 42 Tabela 6. Relação sólidos solúveis/acidez (ratio) e índice tecnológico (IT) de frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ [C. ‘Sunki’ (Hayata) hort. ex Tan,] com Poncirus trifoliata Raf. cv Rubidoux. (TSxPT) em três épocas de avaliação. Capão Bonito, SP, Brasil, 2014. ......................................................................... 45 Tabela 7. Estimativas dos coeficientes de correlação de Pearson (r) entre 14 características morfológicas e químicas de plantas e frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em 47 híbridos de tangerineira ‘Sunki’ e Poncirus trifoliata e em limoeiro ‘Cravo’ Capão Bonito - SP, 2014. .............................................................................................................................. 51 IX LISTA DE FIGURAS Figura 1. Acidez de frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ com Poncirus trifoliata (TSxPT 231, TSxPT 275 e TSxPT 148) em três épocas de avaliação em relação ao limoeiro ‘Cravo’ (LC), Capão Bonito, 2014. ............................... 48 Figura 2. Relação sólidos solúveis/Acidez (Ratio) de frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ com Poncirus trifoliata (TSxPT 231, TSxPT 275 e TSxPT 148) em três épocas de avaliação em relação ao limoeiro ‘Cravo’ (LC), Capão Bonito, 2014. ....................................................................................................................... 49 Figura 3. Sólidos solúveis (°Brix) de frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em híbridos de tangerineira ‘Sunki’ com Poncirus trifoliata (TSxPT 231, TSxPT 275 e TSxPT 148) em três épocas de avaliação em relação ao limoeiro ‘Cravo’ (LC), 2014. ................................ 50 Figura 4. Dendrograma dos agrupamentos obtidos por média de grupo (UPGMA) utilizando como medida de dissimilaridade a distância euclidiana média da avaliação de 14 características morfológicas e químicas de plantas e frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em 47 híbridos de tangerineira ‘Sunki’ e Poncirus trifoliata e em limoeiro ‘Cravo’ (LC). Capão Bonito – SP, 2014. .................................................................................................... 54 1 AVALIAÇÃO DE NOVOS HÍBRIDOS DE PORTA-ENXERTOS PARA A LARANJEIRA ‘‘VALÊNCIA’’. Botucatu, 2015. 62p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Horticultura) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. Autor: LILIAN MASSARO SIMONETTI. Orientador: Prof. Dr. MARCO ANTONIO TECCHIO. RESUMO Os citrandarins tangerineira ‘Sunki’ vs Poncirus trifoliata cv. Rubidoux são uma nova geração de porta-enxertos para a citricultura que reúnem características como resistência ás doenças, formação de plantas de pequeno tamanho, elevada eficiência produtiva e produção de frutos de alta qualidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar híbridos de porta- enxertos de citros, em competição com Limoeiro ‘Cravo’, enxertados com laranjeira ‘Valência’, visando à avaliação inicial de novas variedades de porta-enxertos para a citricultura. Foram avaliados 59 híbridos citandarins como porta-enxerto para a laranjeira ‘Valência’. As variáveis analisadas foram: compatibilidade copa porta-enxertos, desenvolvimento vegetativo das plantas, produção, produtividade, massa dos frutos, altura e diâmetro dos frutos, rendimento do suco, teor de sólidos solúveis (SS - °Brix), acidez titulável (AT), ratio (Relação SS/AT), índice tecnológico (IT) e curva de maturação. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste paramétrico Scott Knott, utilizando-se o programa estatístico Sisvar. O programa R foi utilizado para construir o dendrograma com o método de agrupamento. O programa SELEGEN foi utilizado para estimar os parâmetros genéticos (herdabilidade, variância, coeficiente de variação) para todas as variáveis mensuradas. Os citrandarins influenciaram diferentemente no porte da copa de laranjeira ‘Valência’. Alguns citrandarins proporcionaram maior produção (kg planta-¹) e produtividade (Kg m-³) em relação ao limoeiro ‘Cravo’. Todos os citrandarins apresentaram valores de qualidade da fruta superiores ao limoeiro ‘Cravo’. A aplicação de análises de dissimilaridade utilizando características físicas e químicas das plantas e frutos foi eficiente no agrupamento de híbridos de porta-enxertos quanto às características que tais híbridos podem influenciar na variedade copa. O agrupamento pelo método UPGMA resultou em um dendrograma, em que os híbridos foram separados em quatro grupos. O híbrido que apresentou melhor 2 desempenho inicial foi o TSxPT 254, pois proporcionou à variedade copa, laranjeira ‘Valência’, características desejáveis superiores ao Limoeiro ‘Cravo’, como menor porte de copa, maior produção e produtividade e melhor qualidade do fruto nos anos de 2013 e 2014. Palavras chave: citros, híbridos, produtividade, citrandarins. 3 NEW ASSESSMENT HYBRIDS ROOTSTOCKS FOR ORANGE ‘VALENCIA’. Botucatu, 2015. 62p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Horticultura) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. Author: LILIAN MASSARO SIMONETTI. Adviser: MARCO ANTONIO TECCHIO. SUMMARY The mandarin citrandarins ‘Sunki’ Poncirus trifoliata vs hp. Rubidoux are a new generation of rootstock for the citrus industry, which combine traits such as disease resistance, formation of small plants, high production efficiency and production of high quality fruit. The aim of this study was to evaluate citrus rootstock hybrids in competition with Lemon Tree Carnation, grafted with Valencia orange, aiming at initial evaluation of new varieties of rootstock for the citrus industry. We evaluated 59 hybrid citandarins as rootstock for Valencia orange. The variables analyzed were: canopy compatibility rootstocks, vegetative plant development, production, productivity, average fruit weight, height and diameter of the fruit, the juice yield, soluble solids (SS), titratable acidity (TA), ratio (SS/TA), technological index (TI) and maturation curve. The results were submitted to analysis of variance and compared by parametric Scott Knott test, using the statistical program Sisvar. The R-program was used to construct a dendrogram by grouping method. The SELEGEN program was used to estimate genetic parameters (heritability, variance, coefficient of variation) for all variables measured. The citrandarins influenced differently in the size of the Valencia orange canopy. Some citrandarins showed greater production (kg plant-1) and productivity (kg m-3) compared to Rangpur. All citrandarins presented fruit quality values higher than Rangpur lime. The application of dissimilarity analysis using physical and chemical characteristics of plants and fruits was effective in grouping rootstock hybrids on the characteristics that such hybrids may influence the scion variety. The clustering using the UPGMA method resulted in a dendrogram in which the hybrids were separated into four groups. The hybrid showed the best initial performance was the TSxPT 254 because it provided the scion variety, Valencia orange, desirable characteristics superior to Lemon Tree Carnation, as smaller canopy, greater productivity and better quality of the fruit in the years 2013 and 2014. 4 Keywords: citrus, hybrids, productivity, citrandarins. 5 1 INTRODUÇÃO A citricultura é importante cadeia produtiva do agronegócio brasileiro, em termos econômicos e sociais. Em 2012, a produção mundial de citros situou- se em 118,4 milhões de toneladas, sendo China (22,1%), Brasil (17,1%) e USA (8,9%) os principais produtores. Já em laranjeira, o Brasil (26,4%) é o maior produtor, vindo a seguir os EUA (12%) e a China (9,5%) enquanto que em tangerineiras o grande destaque na produção é a China (50,3%) seguindo-se, com parcelas muito inferiores, Espanha (6,9%) e o Brasil (3,5%) (FAO, 2014). Em 2011, a área colhida de citros no Brasil situou-se em 917,8 mil hectares e a produção 537,8 milhões de caixas de 40,8 kg, onde se destacou o estado de São Paulo, com participação de 66,1% na área colhida e de 75,3% na produção obtida (IBGE, 2013). Quanto à obtenção de divisas pelo agronegócio citrícola, em 2013 as exportações brasileiras de suco de laranjeira situaram-se em 2,2 bilhões de dólares, sendo que o Brasil, principal produtor mundial do produto, responde por mais de 80% do total do comércio internacional (CITRUSBR, 2014). De acordo com Pompeu Junior (2005), os porta-enxertos afetam muitas características das variedades copa, entre destaca-se: vigor, precocidade de produção, produção, época de maturação e massa de fruto, coloração da casca e do suco, teor de 6 açúcares e de ácidos dos frutos, permanência dos frutos na planta, conservação da fruta após a colheita, tolerância da planta à salinidade, à seca, à geada e a doenças. Outro fator a ser considerado é a incompatibilidade entre certas combinações de copa/porta-enxerto. Exemplos de incompatibilidades são as que ocorrem entre os porta-enxertos citrumelo Swingle e P. trifoliata com a laranjeira ‘Pêra’ e o tangor ‘Murcott’ formando plantas pouco produtivas e de vida curta. Os híbridos provenientes do cruzamento das tangerineiras ‘Sunki’ [Citrus ‘Sunki’ (Hayata) hort. ex Tan.] ou Cleópatra (C. reshni hort. ex Tan.) com Poncirus trifoliata Raf. são chamados de citrandarins, nos quais se deseja reunir as vantagens apresentadas pelas tangerineiras, como menor suscetibilidade ao declínio dos citros, ao viróide da exocorte e a solos calcários, às do P. trifoliata, como resistência à tristeza dos citros, à gomose de Phytophthora e ao frio, além de induzir a formação de plantas de menor tamanho (BLUMER; POMPEU JUNIOR, 2005; POMPEU JUNIOR; BLUMER, 2009; POMPEU JUNIOR; BLUMER, 2011). Atualmente, com o surgimento e expansão do Huanglongbing (HLB) no Estado de São Paulo, buscam-se plantas cítricas de menor porte por apresentarem algumas vantagens sobre as de maior tamanho. Plantas menores podem aumentar a eficiência da inspeção e, consequentemente, o controle de pragas e doenças, reduzir os custos de produção, aumentar a segurança na colheita, produzir maior quantidade de frutos por metro cúbico de copa e permitir elevadas densidades de plantio, possibilitando maior produtividade por área (POMPEU JUNIOR, 2001; POMPEU JUNIOR; BLUMER, 2009). A diversificação no uso de porta-enxertos em citros permite superar os problemas abióticos e bióticos e obter ganhos em produtividade. A utilização de poucas combinações copa/porta-enxerto gerou grandes adversidades para citricultura brasileira, como a gomose de Phytophthora (ALENCAR, 1941), a tristeza dos citros (FAWCETT; BITANCOURT, 1940), o declínio (RODRIGUES et al., 1979) e a morte súbita dos citros (GIMENES-FERNANDES; BASSANEZI, 2001) Com tantas adversidades na citricultura, a obtenção de novos porta- enxertos, para diversificação nos pomares, é um dos principais objetivos dos programas de melhoramento genético de citros. O Centro APTA Citros Sylvio Moreira vem desenvolvendo um amplo programa de melhoramento de porta-enxertos tendo como metas manter e ampliar os estudos de seleção de novos porta-enxertos, seja pela obtenção de 7 híbridos ou pela utilização dos acessos existentes no Banco Ativo de Germoplasma de Citros. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar citrandarins de porta- enxertos de citros (Citrus sunki vs Poncirus trifoliata cv. Rubidoux - citandarins), em competição com Limoeiro ‘Cravo’, enxertados em laranjeira ‘Valência’, visando à avaliação inicial de novas opções de porta-enxertos para a laranjeira ‘Valência’. 8 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral O objetivo foi avaliar citrandarins de porta-enxertos de citros, em competição com Limoeiro ‘Cravo’, enxertados com laranjeira ‘Valência’, em Capão Bonito, SP, visando à avaliação inicial para lançamento de novas variedades de porta-enxertos para a citricultura. 2.2 Objetivos específicos � Avaliar o desenvolvimento vegetativo, produção e produtividade da laranjeira ‘Valência’ enxertada em diferentes citrandarins em comparação ao limoeiro ‘Cravo’; � Avaliar as características físico-químicas e a curva de maturação de frutos de laranjeira ‘Valência’ enxertada em diferentes citrandarins, em comparação ao limoeiro ‘Cravo’; � Avaliar se há incompatibilidade entre a laranjeira ‘Valência’ e os 59 citrandarins; 9 � Estimar os parâmetros genéticos obtidos para as características de planta e análises físico-químicas de frutos e suco de laranjeira ‘Valência’ enxertada em 49 citrandarins; � Estimar a dissimilaridade genética entre laranjeira ‘Valência’ enxertada em 49 citrandarins. 10 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Classificação botânica O gênero Citrus pertence à família Rutaceae, subfamília Aurantioideae e tribo Citreae, sendo esta composta por três subtribos. A subtribo Citrinae apresenta 13 gêneros e 65 espécies, contendo as principais espécies de interesse comercial, como as do gênero Poncirus, Fortunella e Citrus (SWINGLE; REECE, 1967), que são coletivamente chamadas de citros. Os citros são originários de regiões com clima tropical e subtropical do sul e sudeste Asiático (MOORE, 2001; NICOLOSI, 2007; PENÂ et al., 2008). Hoticulturamente os citros podem ser agrupados em laranjeiras doce (Citrus sinensis (L.) Osbeck), tangerineiras (C. reticulata Blanco), limoeiros (C. limon (L.) Buen. F.), limeiras ácidas [C. aurantiifolia (Christm.) Swingle e C. latifolia (Yu. Tanaka)], pomeleiros (C. paradisi Macf.), entre outras (PIO et al., 2005). Algumas espécies e seus híbridos são utilizados principalmente como porta-enxertos, como o limoeiro ‘Cravo’ (C. limonia Osbeck), limoeiro Volkameriano (C. volkameriana V. Ten. & Pasq.), tangerineira ‘Sunki’ (C. ‘Sunki’ hort. ex Tanaka), tangerineira Cleópatra (C. reshni hort. ex Tanaka), laranjeira azeda (C. aurantium L.) e citrumeleiro Swingle [C. paradisi Macf. cv Duncan x P. trifoliata (L.) Raf.] (POMPEU JUNIOR, 2005). 11 3.2 Histórico dos porta-enxertos de citros no Brasil No início do século XX, os citricultores brasileiros utilizavam predominantemente, a laranjeira ‘Caipira’ [C. sinensis (L.) Osbeck] como porta-enxerto, tendo enfrentado enormes perdas em decorrência da suscetibilidade à gomose de Phytophthora spp. e da baixa resistência à seca. Estes fatores levaram os produtores a substituir esse porta-enxerto pela laranjeira ‘Azeda’ (C. aurantium L.). Na década de 40, nove das 12 milhões de plantas cítricas existentes no Brasil, enxertadas sobre laranjeira Azeda, morreram em função do vírus da tristeza, que uma vez introduzido, em 1937, foi rapidamente disseminado pelo pulgão preto (Toxoptera citricidus). Em seguida, o limoeiro ‘Cravo’, por suas características excepcionais relacionadas à facilidade de produção de mudas, compatibilidade com todas as cultivares copa disponíveis na época, resistência à seca e tolerância à tristeza, passou a ser o principal porta-enxerto utilizado no País, chegando a compor 99% dos plantios realizados em alguns anos (POMPEU JUNIOR, 1991). A partir da década de 70, surgiu o declínio, que passou a dizimar, anualmente, milhões de plantas de citros enxertadas sobre limoeiro ‘Cravo’, o que provocou uma pequena diversificação com os porta-enxertos tangerineira ‘Cleópatra’ (C. reshni Hort. ex Tanaka) e limoeiro ‘Volkameriano’ (C. volkameriana V. Ten. & Pasq.) (POMPEU JUNIOR, 2005). Em 2001, com o surgimento da morte súbita dos citros, houve a perda de milhões de plantas de citros enxertadas sobre limoeiro ‘Cravo’, havendo novo impulso na diversificação dos porta-enxertos, principalmente com tangerineira ‘Cleópatra’, citrumeleiro ‘Swingle’ [C. paradisi Macfad. cv. Duncan x Poncirus trifoliata (L.) Raf.] e tangerineira ‘Sunki’ [C. Sunki (Hayata) hort. ex Tanaka] (FUNDECITRUS, 2006). 3.3 Variedades de porta-enxerto de citros 3.3.1 Limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia L. Osbeck) Desde a década de 1960, o limoeiro ‘Cravo’ é a principal porta-enxerto da citricultura paulista (POMPEU JUNIOR; BLUMER, 2009). Apesar de suas excelentes características agronômicas, com destaque para a resistência à seca e indução de 12 produção precoce, sua suscetibilidade ao declínio dos citros (RODRIGUEZ et al., 1979) e a morte súbita dos citros (BASSANEZI et al., 2003), reduzem a produtividade, oneram os tratos culturais e as colheitas e encurtam a vida útil dos pomares com reflexos em toda a cadeia produtiva. Essas enfermidades causam a perda de plantas e a redução na produção, encarecem os tratos culturais e encurtam a vida útil dos pomares. É imprescindível, portanto, a seleção de novos porta-enxertos, tolerantes aos principais fatores abióticos e bióticos limitantes à citricultura paulista (POMPEU JUNIOR; BLUMER, 2009) Quanto aos porta-enxertos, a razão principal da preferência ao limoeiro ‘Cravo’ (C. limonia Osbeck) é que este confere precocidade, alta produtividade e resistência à seca. Plantas enxertadas em limoeiro ‘Cravo’ geralmente têm boas safras a partir dos três anos de idade. Uma das características mais associadas ao seu bom desempenho é sua resistência à seca, já que mais de 90% da citricultura paulista está concentrada em regiões com déficit hídrico sazonal e com estiagens de 60 a 120 dias durante a florada. O limoeiro ‘Cravo’ é tolerante à tristeza e suscetível a doenças como: exocorte, xiloporose, gomose, morte súbita dos citros e declínio. Porta-enxertos com boa tolerância ao estresse salino pode viabilizar o uso de água de baixa qualidade e de solos salinos, principalmente na região Nordeste, onde, a exemplo do que se dá na citricultura brasileira, predomina a utilização do limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck), independente da condição de clima e de solo e das cultivares-copa utilizadas. Embora essa preferência seja compreensível, já que as características do ‘Cravo’ satisfazem tanto aos viveiristas quanto os citricultores, é evidente o risco de surgimento de doenças e de distúrbios de outra natureza, como estresse salino, originando prejuízos imensuráveis à citricultura como identificado por Singh et al. (2003). 3.3.2 Citrandarins Um dos métodos para a obtenção de plantas nanicas é a utilização de porta-enxertos nanicantes, entre os quais os citrandarins, que são híbridos de tangerineiras como a ‘Sunki’ [Citrus sunki (Hayata) hort. ex Tan.] ou a tangerineira 'Cleópatra' (C. reshni hort. ex Tan.), com ‘Trifoliata’ (Poncirus trifoliata Raf.). 13 Esses híbridos constituem uma nova geração de porta-enxertos que pretende reunir as vantagens apresentadas pelas tangerineiras, como a menor suscetibilidade ao declínio, ao viróide da exocorte e a solos calcáreos, às qualidades dos trifoliatas, como a imunidade à tristeza, resistência à gomose de Phytophthora, ao nematóide dos citros (Tylenchulus semipenetrans) e resistência ao frio e tolerância a geadas. Além disso, a formação de plantas nanicas, ou seja, poder ananicante capaz de induzir a formação de plantas compactas com alta eficiência produtiva (BLUMER; POMPEU JUNIOR, 2005). 3.3.3 Poncirus trifoliata (L.) É bastante utilizado no sul do Brasil por sua tolerância ao frio. As plantas de ‘Trifoliata’ têm porte baixo, com folhas trifoliadas e caducas além de pecíolo alado. Os frutos amadurecem de março a maio e apresentam, em média, 38 sementes. O trifolita é considerado um porta enxerto com potencial nanicante que pode expressar com maior ou menor intensidade, dependendo de condições edafoclimáticas, da variedade copa, presença de viroses e uso da irrigação. Quando enxertado com borbulhas de clones nucelares ou sadios, o ‘Trifoliata’ induz a formação de plantas vigorosas, porém sempre menores que as obtidas com outros porta-enxertos e que podem ser consideradas como semi-nanicas (POMPEU JUNIOR, 2005). 3.3.4 ‘Sunki’ (Citrus sunki hort. ex Tanaka) A tangerineira ‘Sunki’ é um dos porta-enxertos utilizados na China, em São Paulo vem sendo adotada desde o inicio do século passado. É tolerante à tristeza e à xiloporose (GRANT et al., 1961). Os frutos da tangerineira ‘Sunki’ amadurecem de abril a maio e contem em media três sementes. Quando plantadas em solos argilosos, induz a produção de frutos e de sólidos solúveis semelhante ou superior ao limoeiro ‘Cravo’. (TEOFILO SOBRINHO et al.,1976, FIGUEIREDO et al.,1981; POMPEU JUNIOR et al., 2003). 14 3.4 Histórico do melhoramento genético Os primeiros trabalhos de melhoramento genético de porta-enxertos, por meio de hibridação e seleção, foram desenvolvidos por Swingle e Webber, na Flórida, em 1893, realizando milhares de cruzamentos entre as mais diversas espécies de Citrus e gêneros relacionados, produzindo uma imensa variabilidade genética da qual o mundo citrícola até hoje se beneficia (CAMERON; FROST, 1968). No Instituto Agronômico (IAC), as pesquisas com porta-enxertos se iniciaram em 1930 e, com o aparecimento da tristeza em 1941, um programa de cooperação com o USDA resultou em uma das mais importantes contribuições científicas para o conhecimento dessa doença no mundo, e também, o início de extensivas avaliações de porta- enxertos, principalmente para as laranjeiras doces. A importância do porta-enxerto para a citricultura, segundo Salibe (1978), traduz-se pelas inúmeras influências e modificações que ele exerce na variedede- copa, passando pelo vigor, produção, qualidade dos frutos, nutrição e resistência a pragas e doenças. Para que essas características sejam atingidas, outras espécies e variedades têm sido experimentadas e recomendadas, numa tentativa de diversificação racional, visando a maior segurança para a citricultura, conforme salienta Pompeu Júnior (1991). 3.5 Influência copa/porta enxerto De acordo com Pompeu Júnior (2005), os porta-enxertos afetam muitas características das variedades copas; entre elas, destacam-se: vigor, precocidade de produção, produção, época de maturação e massa de fruto, coloração da casca e do suco, teor de açúcares e de ácidos dos frutos, permanência dos frutos na planta, conservação da fruta após a colheita, tolerância da planta à salinidade, à seca, à geada e a doenças. Outro fator a ser considerado é a incompatibilidade entre certas combinações de copa/porta-enxerto. Exemplos de incompatibilidades são as que ocorrem entre os porta-enxertos citrumelo Swingle e o P. trifoliata com a laranjeira ‘Pêra’ e o tangor ‘Murcott’ formando plantas pouco produtivas e de vida curta. 15 Em revisão sobre a qualidade dos frutos, Stuchi et al. (1996) compararam a influência de vários porta-enxertos comerciais, incluindo o limoeiro ‘Cravo’, a tangerineira ‘Sunki’, o ‘Trifoliata’ e a laranjeira ‘Azeda’. Verificaram a qualidade inferior do suco das frutas produzidas sobre o limoeiro ‘Cravo’ e a melhor qualidade sobre o ‘Trifoliata’, sendo intermediária nas plantas sobre ‘Sunki’ e ‘Azeda’. É frequente na literatura, menções sobre o teor superior de sólidos solúveis e melhor coloração dos frutos das plantas em ‘Trifoliata’, bem como sua tendência em produzir frutos menores e de maturação tardia. Em estudo realizado pelo programa de melhoramento genético do Centro de Citricultura/IAC, foram estudados citrandarins, híbridos de C. ‘Sunki’ x P. trifoliata, com o estudo obtiveram resultados como: boa produtividade, compatibilidade com a variedade copa de laranjeira Pêra e alguns apresentam tolerância à seca comparável a do limoeiro ‘Cravo’. Alguns citrandarins conferiram à variedade copa, laranjeira ‘Pêra’, diferentes portes de planta, podendo ser considerados como ananicantes (SCHINOR et al., 2013). Com o surgimento e expansão do Huanglongbing (HLB) novas estratégias de produção estão sendo avaliadas para a citricultura, entre elas, o plantio adensado. As plantas cítricas de porte baixo apresentam vantagens sobre as árvores de grande porte, possuem maior eficiência produtiva, possibilitam elevadas densidades de plantio e, em consequência, maior produção por unidade de área. O porte baixo aumenta a eficiência dos tratos fitossanitários e reduz os custos das colheitas. Embora a citricultura brasileira esteja assentada sobre um único porta-enxerto, o limoeiro ‘Cravo’, a pesquisa e a experimentação vêm demonstrando que a utilização de outros porta-enxertos, como o citrumelo ‘Swingle’, as tangerineiras ‘Cleópatra’, ‘Sunki’ e o P. trifoliata permitem obter frutos de melhor qualidade e outras vantagens que podem resultar em benefícios financeiros ao produtor. Outro aspecto a ser considerado na escolha do porta-enxerto, baseia- se nas observações de que o plantio semi-adensado pode gerar maiores produtividades, especialmente na primeira década de vida do pomar. Assim, o emprego de porta-enxertos ananicantes, associado a copas de boas produtividades poderá ser altamente interessante, facilitando inclusive os tratos 16 culturais. Um dos métodos para a redução do tamanho das plantas é a utilização de porta- enxertos ananicantes (POMPEU JUNIOR, 2001). 3.6 Efeitos na produtividade e na qualidade da fruta Assim como o tipo de solo, o clima, a adubação, os tratos culturais e os tratamentos fitossanitários influenciam a produtividade e a qualidade da fruta cítrica, a combinação copa e porta-enxerto exerce um papel determinante nessas variáveis. No momento do planejamento do pomar, o mercado a que se destinará a produção deve ser um fator de destaque na seleção da(s) combinação(ões) copa e porta-enxerto a serem utilizadas pelo investidor. De maneira geral, os porta-enxertos mais vigorosos no viveiro são os mais vigorosos no campo e os que conferem maior produção às cultivares copa. Segundo Wutscher (1988), as diferenças em produção por planta podem chegar a 230% ao se utilizar diferentes porta-enxertos em pomeleiro. No entanto, normalmente, os porta-enxertos mais vigorosos não induzem melhor qualidade aos frutos. Em se tratando da qualidade dos frutos, as principais características afetadas pela combinação copa e porta-enxerto referem-se a: cor, espessura e conteúdo de óleo da casca; tamanho e peso dos frutos; cor e conteúdo de suco; teor de sólidos solúveis totais (Brix) e acidez do suco; conteúdo de nutrientes, sais minerais e ácidos graxos do suco; e conservação pós-colheita (FIGUEIREDO; HIROCE, 1990). O mecanismo pelo qual os porta-enxertos influenciam a qualidade dos frutos das cultivares copa ainda não está bem esclarecido. De uma forma geral, os porta- enxertos mais vigorosos, tais como os limoeiros ‘Cravo’ e Rugoso, são melhores extratores de água do solo e induzem à formação de frutos maiores com casca grossa e rugosa, e com menor concentração de sólidos solúveis totais e de ácidos no suco. Por outro lado, as cultivares pouco vigorosas, como o ‘Trifoliata’ e seus híbridos citrangeleiros e citrumeleiros, induzem à formação de frutos menores, com casca lisa e alto conteúdo de sólidos solúveis e ácidos no suco. Os porta-enxertos medianamente vigorosos, como as laranjeiras Caipira e Azeda, produzem frutos com características intermediárias (WUTSCHER, 1988; STUCHI et al., 1996). Consequentemente, os citricultores que visam à produção de frutos para o processamento de suco têm preferido os limoeiros como porta-enxerto, enquanto 17 aqueles que buscam os mercados finos de mesa têm utilizado o ‘Trifoliata’ e seus híbridos (OLIVEIRA et al., 2005). 18 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Material Vegetal Cinquenta e nove híbridos provenientes do cruzamento da tangerineira ‘Sunki’ [C. sunki (Hayata) hort. ex Tan.] com Poncirus trifoliata Raf. cv Rubidoux com quatro anos foram selecionados para este experimento e o limoeiro ‘Cravo’ (C. limonia). As plantas foram enxertadas com a variedade copa laranjeira ‘Valência’ (C. sinensis Osbeck) e o plantio foi estabelecido no espaçamento de 6,0 x 3,5 m com delineamento em blocos casualizados, quatro repetições e uma planta por parcela. O experimento foi instalado em dezembro de 2010, no Pólo Regional de Desenvolvimento do Sudoeste, da Secretaria da Agricultura do estado de São Paulo, localizado na região do Alto Paranapanema, município de Capão Bonito, situado a 24°00`21``S e a 48°20`58``O e altitude de 705 m. Segundo Köppen e Geiger a classificação do clima é Cfa. A temperatura média anual em Capão Bonito é 18,8°C. A média anual de pluviosidade é de 1.628 mm. 19 4.2 Compatibilidade copa/porta-enxerto A compatibilidade entre copa e porta-enxerto, foi avaliada nos meses de dezembro de 2013 e outubro de 2014 por meio da abertura de uma ‘janela’ retangular na região de união copa/porta-enxerto, retirando-se a casca e verificando-se a presença de sintomas típicos relacionados à incompatibilidade, como a presença de pontuações, linha de goma e necrose (NAURIYAL; SHANNON; FROLICH, 1958). O critério adotado foi presença ou ausência de sintomas, não se considerando a intensidade do anel de goma. 4.3 Desenvolvimento vegetativo O desenvolvimento vegetativo das plantas foi avaliado por meio de aferições da altura e do diâmetro da copa, no mês de abril de 2013 e setembro de 2014. As mensurações foram realizadas com régua graduada, efetuando-se medições paralelas ao eixo de crescimento geoposito da copa (altura) e paralelas ao solo na altura de 1,5 m (diâmetro). O volume calculado por meio da função: V = 2/3 π R2 H, onde V representa o volume da copa em metros cúbicos; R, o raio da copa e H, a altura da copa, de acordo com Mendel (1956). 4.4 Produção e eficiência produtiva A avaliação da produção das plantas foi realizada em setembro de 2013 e outubro de 2014, pela pesagem direta de todos os frutos das mesmas e a eficiência produtiva obtida pelo calculo da produção das plantas dividida pelo volume de copa. 4.5 Avaliações físico-químicas e curva de maturação dos frutos Para as avaliações das características físico-químicas e curva de maturação dos frutos, amostras foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório de Qualidade e Pós-Colheita do Centro APTA Citros/IAC, em setembro de 2013 e agosto, setembro e outubro de 2014, as épocas escolhidas foram de acordo com o estágio de maturação da laranjeira ‘Valência’ que vai de setembro á janeiro. 20 Coleta: para a análise foram colhidos cinco frutos na porção externa da copa, na faixa compreendida entre 1,0 e 2,0 m de altura do solo e em toda a extensão do perímetro da planta. Massa dos frutos (MF): a massa total dos frutos foi obtida, de uma só vez, em uma balança marca Filizola com capacidade de 15 kg, com sensibilidade 5 g. Altura e diâmetro: as determinações de altura e diâmetro do fruto foram feitas por leitura direta de cada amostra, com auxílio de uma escala graduada, em centímetros. Sendo posteriormente calculada também a relação altura/diâmetro (A/D). Rendimento de suco (RS): foi determinado após esmagamento do fruto na extratora OIC (Organização Internacional Centenário) modelo OTTO 1800 (filtro com diâmetro interno = 26,11mm; comprimento = 265 mm; furos de diâmetro = 0,6 mm; área de vazão = 20%) e calculado através da relação massa do suco/massa do fruto e expresso em porcentagem. Sólidos solúveis (SS): foi determinado com refratômetro digital, sendo os resultados expressos em °Brix. Acidez: a acidez foi obtida por titulação de 25 mL de suco, com uma solução de hidróxido de sódio de normalidade 0,3125 e usando-se fenolftaleína como indicadora. Relação sólidos solúveis/acidez (ratio): foi calculada a relação sólidos solúveis/acidez fazendo-se o valor da acidez igual a 1. Essa relação indica o estádio de maturação dos frutos cítricos. Índice tecnológico (IT): IT= (Rendimento em suco x SS x 40,8)/10.000 proposta por Di Giorgi et. al.,1990. 4.6 Análises estatísticas Para a análise estatística de todas as variáveis mensuradas neste estudo, foi utilizado o teste paramétrico Scott Knott, que separa em grupos de dados através de comparações entre grupos de dados, calculados por meio do programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2008). As correlações entre as características estudadas foram estimadas pelo coeficiente de correlação de Pearson a 5% de probabilidade pela estatística “t”. O programa SELEGEN – REML/BLUP (RESENDE, 2002), foi utilizado para realizar as estimativas dos parâmetros genéticos (herdabilidade, variância, coeficiente de variação) para todas as variáveis mensuradas. 21 A análise multivariada foi realizada por meio de método de agrupamento. Para a realização dessa análise empregou-se o método hierárquico UPGMA (Unweighted Pair Grouped Method Average), adotando como medida de dissimilaridade a distância euclidiana média, considerando os valores médios obtidos para os caracteres, a fim de representar as relações entre os acessos e caracterizar a diversidade. As análises foram realizadas com auxílio do programa pvclust no programa R (R DEVELOPMENT CORE TEAM, 2006). A estimativa da matriz de distância genética por meio das variáveis quantitativas foi obtida com base na distância Euclidiana Média Padronizada. O agrupamento das raízes foi obtido pelo método Unweighted Paired Group Method using Arithmetic averages (UPGMA) e a validação pelo coeficiente de correlação cofenético. 22 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os híbridos em 2013 e 2014 apresentaram diferença na altura, diâmetro e volume de copa e também na produção de frutos (Tabela 1). Em 2013 a maior altura de plantas foi observada para o limoeiro ‘Cravo’ e para os híbridos TSxPT 10, TSxPT 18, TSxPT 24, TSxPT 158, TSxPT 183, TSxPT 208, TSxPT 244, TSxPT 288. Segundo Barry (1993), o citrandarin ‘Clementina’ x ‘Trifoliata’, induziu a formação de plantas com alturas iguais ou inferiores a 2,5 m, sendo indicado pelo autor como porta-enxerto nanicante. Ainda segundo o autor plantas com altura inferior a 4 m são consideradas como seminanicantes, segundo a classificação proposta por W. Bitters. Em 2014, o limoeiro ‘Cravo’ e os híbridos TSxPT 10, TSxPT 183, TSxPT 208 e TSxPT 290 apresentaram maior altura. O fato que explica o maior porte desses híbridos, é a variabilidade genética dentro do cruzamento, pois a ‘Sunki’ induz plantas de maior porte e o ‘Trifoliata’ plantas de menor porte, resultado também encontrado por Sartori et al. (2002), que diz que a maior altura de plantas ocorreu quando a laranjeira ‘Valência’ foi enxertada em ‘Caipira’ e ‘Sunki’. E também encontrado por Koller et al. (1985), que fala sobre a vantagem do uso de porta-enxertos menos vigorosos, como o P. trifoliata , que induz porte ananicante ás plantas nele enxertadas. Houve interação entre 14 dos 53 genótipos avaliados de um ano para o outro. 23 No ano de 2013, o limoeiro ‘Cravo’ apresentou maior diâmetro de copa quando comparado com as médias obtidas pelos híbridos TSxPT 8, TSxPT 11, TSxPT 57, TSxPT 93, TSxPT 157, TSxPT 213, TSxPT 228 e TSxPT 294, os quais apresentaram o menor diâmetro. No ano de 2014, o limoeiro ‘Cravo’ apresentou maior valores para a variável diâmetro de copa quando comparado aos valores observado para os híbridos TSxPT 8, TSxPT 203, TSxPT 231, TSxPT 194 e TSxPT 302, os quais apresentaram menores médias. Segundo Pompeu Junior (2009), os porta-enxertos que proporcionaram o menor diâmetro de copa e que, teoricamente, possibilitariam maior adensamento de plantio, foram ‘Clementina’ x ‘Trifoliata’, assim também proporcionando menor diâmetro de copa nos dados devido ao cruzamento com ‘Trifoliata’. Houve interação entre 21 dos 53 genótipos avaliados de um ano para o outro. Para a variável volume de copa em 2013 os menores valores obtidos foram dos híbridos TSxPT 8, TSxPT 57, TSxPT 93, TSxPT 148, TSxPT 157, TSxPT 213, TSxPT 228 e TSxPT 294, sendo esses valores inferiores ao limoeiro ‘Cravo’. Isso se explica devido ao cruzamento de ‘Sunki’ com o ‘Trifoliata’, também observado por Pompeu Junior; Blumer (2009) com o cruzamento de citrandarin ‘Sunki’ x ‘English’. Em 2014, o limoeiro ‘Cravo’ apresentou maior volume de copa quando comparado aos híbridos TSxPT 93, TSxPT 213, TSxPT 228, os quais apresentaram menores médias. A produção por planta, em 2013, não apresentou diferença estatística entre nenhum dos valores obtidos. Em 2014, a melhor produção foi obtida pelos seguintes genótipos: limoeiro ‘Cravo’, TSxPT 10, TSxPT 12, TSxPT 18, TSxPT 24, TSxPT 105, TSxPT 118, TSxPT 119, TSxPT 154, TSxPT 158, TSxPT 163, TSxPT 182, TSxPT 183, TSxPT 205, TSxPT 108, TSxPT 224, TSxPT 244, TSxPT 254, TSxPT 257, TSxPT 271, TSxPT 275, TSxPT 285, TSxPT 288, TSxPT 290 e TSxPT 303. Houve interação entre 18 dos 53 genótipos avaliados de um ano para o outro. Para a produtividade, em 2014, não houve diferença estatística entre nenhum dos valores obtidos. Em 2013, o limoeiro ‘Cravo’ apresentou valores menores, quando comparado aos seguintes híbridos: TSxPT 57, TSxPT 93, TSxPT 118, TSxPT 134, TSxPT 148, TSxPT 154, TSxPT 155, TSxPT 163, TSxPT 181, TSxPT 213, TSxPT 225, TSxPT 228, TSxPT 246, TSxPT 257, TSxPT 271 e TSxPT 203. Para essa variável, entre os dois anos de avaliação, houve interação apenas com um genótipo, dentre os 53 avaliados, 24 sendo este TSxPT 275, com uma produtividade de 3,95 kg m-3 em 2013 e 11,28 kg m-3 em 2014. 25 T ab el a 1. A ltu ra , d iâ m et ro , v ol um e de c op a, p ro du çã o e pr od ut iv id ad e em h íb rid os d e ta ng er in ei ra ‘S un ki ’ [ C . ‘ Su nk i’ (H ay at a) h or t. ex T an .] co m P on ci ru s T ri fo li at a R af . c v R ub id ou x (T Sx TP ) e nx er ta do s c om la ra nj ei ra ‘V al ên ci a’ , C ap ão B on ito , S P, B ra si l, 20 13 -2 01 4. A ltu ra (m ) D iâ m et ro (m ) V ol um e (m ³) Pr od uç ão (k g pl an ta -1 ) Pr od ut iv id ad e (k g m -3 ) G en ót ip o 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 Li m oe iro ‘C ra vo ’ 2 ,3 6 aA 2, 60 a A 1, 85 a A 2, 20 a A 4, 33 a B 9, 19 a A 7, 50 a B 21 ,8 9 aA 1, 53 b A 2, 42 a A TS xP T 7 1 ,7 0 bA 2, 00 c A 1, 50 a B 1, 90 b A 2, 03 d B 5, 35 e A 3, 74 a A 9, 48 b A 1, 77 b A 1, 78 a A TS xP T 8 1 ,6 0 cB 2, 10 b A 1, 16 c B 1, 66 c A 1, 13 e B 3, 89 c A 3, 07 a A 6, 81 b A 2, 73 b A 1, 81 a A TS xP T 10 2 ,2 0 aB 2, 56 a A 1, 86 a A 2, 23 a A 4, 32 a B 8, 71 a A 10 ,2 0 aB 31 ,2 5 aA 3, 09 b A 3, 94 a A TS xP T1 1 1 ,7 3 bB 2, 13 b A 1, 20 c B 2, 26 a A 1, 56 d B 4, 51 fA 0, 88 a A 10 ,8 9 bA 0, 42 b A 2, 90 a A TS xP T 12 1 ,7 6 bB 2, 16 b A 1, 56 a B 2, 06 a A 2, 30 d B 5, 80 d A 3, 85 a B 21 ,3 3 aA 1, 85 b A 3, 81 a A TS xP T 18 2 ,0 0 aA 2, 23 b A 1, 80 a A 1, 93 b A 3, 55 b B 7, 62 b A 6, 34 a B 23 ,8 1 aA 1, 93 b A 3, 37 a A TS xP T 21 1 ,7 6 bA 1, 86 c A 1, 56 a A 1, 90 b A 2, 32 d B 5, 82 d A 1, 86 a A 4, 88 b A 0, 83 b A 0, 79 a A TS xP T 23 1 ,7 0 bA 1, 83 c A 1, 63 a A 1, 90 b A 2, 53 c B 5, 93 d A 9, 66 a A 15 ,3 0 bA 2, 98 b A 2, 15 a A TS xP T 24 2 ,1 3 aA 2, 06 b A 1, 73 a A 2, 03 a A 3, 38 c B 7, 71 b A 5, 30 a B 21 ,0 3 aA 1, 71 b A 2, 73 a A TS xP T 57 1 ,3 3 cA 1, 50 d A 1, 13 c B 1, 70 b A 1, 07 e B 3, 30 g A 6, 39 a A 11 ,7 6 bA 5, 08 a A 2, 66 a A TS xP T 80 1 ,5 6 cA 1, 90 c A 1, 43 b A 1, 76 b A 1, 79 d B 4, 79 e A 3, 30 a A 7, 45 b A 1, 95 b A 1, 35 a A TS xP T 93 1 ,1 0 dA 1, 33 d A 0, 90 c A 1, 06 d A 0, 54 e B 2, 19 h A 1, 22 a A 0, 53 b A 4, 09 a A 0, 18 a A TS xP T 10 5 1 ,9 3 cA 2, 16 b A 1, 90 a A 2, 06 a A 3, 70 b B 7, 72 b A 7, 78 a B 21 ,1 2 aA 2, 10 b A 2, 90 a A TS xP T 11 8 1 ,6 0 cA 1, 93 c A 1, 40 b B 2, 10 a A 1, 70 d B 4, 72 e A 9, 22 a B 23 ,3 6 aA 4, 32 a A 4, 66 a A TS xP T 11 9 1 ,8 6 bB 2, 26 b A 1, 53 a B 2, 03 a A 2, 30 d B 5, 96 d A 6, 28 a A 17 ,4 1 aA 3, 03 b A 2, 97 a A TS xP T 13 4 1 ,5 0 cA 1, 83 c A 1, 33 b B 1, 80 b A 1, 70 d B 4, 49 fA 6, 47 a A 10 ,8 0 bA 4, 86 a A 2, 34 a A TS xP T 14 2 1 ,8 0 bA 1, 90 c A 1, 66 a A 1, 86 b A 2, 80 c B 6, 40 d A 8, 28 a A 8, 76 b A 2, 40 b A 1, 31 a A TS xP T 14 8 1 ,3 6 cA 1, 46 d A 1, 36 b B 1, 76 b A 1, 39 e B 3, 95 fA 9, 85 a A 9, 17 b A 7, 00 a A 2, 17 a B TS xP T 15 2 1 ,7 5 bA 2, 00 c A 1, 56 a A 1, 93 b A 2, 27 d B 5, 75 d A 5, 35 a A 11 ,3 2 bA 2, 55 b A 1, 93 a A TS xP T 15 4 1 ,9 3 bA 2, 00 c A 1, 76 a A 1, 86 b A 3, 17 c B 7, 15 c A 14 ,0 1 aA 24 ,8 1 aA 4, 47 a A 3, 43 a A TS xP T 15 5 1 ,5 6 cB 1, 96 c A 1, 53 a A 1, 80 b A 1, 94 d B 5, 04 e A 10 ,2 6 aA 13 ,8 7 bA 5, 57 a A 2, 92 a A co nt in ua 26 co nt in ua çã o A ltu ra (m ) D iâ m et ro (m ) V ol um e (m ³) Pr od uç ão (k g pl an ta -1 ) Pr od ut iv id ad e (k g m -3 ) G en ót ip o 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 TS xP T 15 7 1 ,4 0 cA 1, 40 d A 1, 10 c A 1, 10 d A 1, 14 e B 3, 43 g A 2, 53 a A 0, 95 b A 1, 92 b A 0, 46 a A TS xP T 15 8 2 ,0 0 aA 2, 20 b A 1, 86 a A 2, 13 a A 3, 67 b B 7, 83 b A 9, 21 a B 22 ,5 6 aA 2, 40 b A 2, 95 a A TS xP T 16 3 1 ,9 3 bA 2, 00 c A 1, 63 a A 1, 86 b A 2, 76 c B 6, 66 c A 12 ,7 9 aA 21 ,3 9 aA 5, 27 a A 3, 31 a A TS xP T 18 1 1 ,8 6 bB 2, 23 b A 1, 63 a A 1, 86 b A 2, 60 c B 6, 37 d A 13 ,3 9 aA 16 ,1 5 bA 5, 14 a A 2, 50 a A TS xP T 18 2 1 ,9 0 bB 2, 33 b A 1, 76 a A 2, 10 a A 3, 17 c B 6, 94 c A 7, 56 a B 25 ,3 3 aA 2, 57 b A 3, 50 a A TS xP T 18 3 2 ,1 6 aA 2, 40 a A 2, 06 a A 2, 13 a A 4, 84 a B 9, 36 a A 7, 16 a B 24 ,1 0 aA 1, 41 b A 2, 56 a A TS xP T 20 3 1 ,5 6 bA 1, 70 c A 1, 26 b A 1, 50 c A 1, 89 d B 4, 73 e A 4, 21 a A 6, 57 b A 1, 18 b A 0, 91 a A TS xP T 20 5 1 ,9 0 bA 1, 90 c A 1, 60 a B 2, 30 a A 2, 60 c B 6, 40 d A 4, 09 a B 19 ,6 6 aA 1, 31 b A 3, 40 a A TS xP T 20 8 2 ,1 8 aB 2, 63 a A 1, 83 a B 2, 36 a A 3, 85 b B 8, 37 b A 3, 31 a B 28 ,5 3 aA 0, 89 b A 3, 40 a A TS xP T 21 2 1 ,7 0 bB 2, 23 b A 1, 43 b B 1, 90 b A 1, 86 d B 5, 13 e A 3, 61 a A 15 ,0 0 bA 2, 16 b A 2, 96 a A TS xP T 21 3 1 ,2 0 dA 1, 23 d A 0, 93 c A 1, 03 d A 0, 54 e B 2, 31 h A 2, 27 a A 2, 70 b A 4, 00 a A 1, 16 a A TS xP T 22 4 1 ,9 3 bA 1, 93 c A 1, 76 a A 1, 96 b A 3, 16 c B 7, 16 c A 10 ,7 3 aB 22 ,9 6 aA 3, 34 b A 3, 22 a A TS xP T 22 5 1 ,5 6 cA 1, 83 c A 1, 40 b A 1, 76 b A 2, 25 d B 5, 12 e A 7, 30 a A 13 ,3 5 bA 3, 82 a A 1, 86 a A TS xP T 22 8 1 ,0 6 dB 1, 46 d A 0, 96 c B 1, 50 c A 0, 52 e B 2, 16 h A 3, 01 a A 7, 29 b A 6, 34 a A 3, 22 a A TS xP T 23 1 1 ,7 3 bA 1, 90 c A 1, 50 a A 1, 83 b A 2, 10 d B 5, 48 e A 4, 10 a A 14 ,0 8 bA 2, 4 bA 2, 83 a A TS xP T 24 4 2 ,0 6 aA 2, 30 b A 1, 80 a A 2, 03 a A 3, 55 d B 7, 82 b A 6, 00 a B 19 ,3 3 aA 1, 43 b A 2, 38 a A TS xP T 24 6 1 ,9 6 bA 2, 23 b A 1, 70 a A 2, 03 a A 3, 08 c B 7, 06 c A 9, 51 a A 10 ,2 8 bA 4, 01 a A 1, 42 a A TS xP T 24 8 1 ,9 0 bA 1, 80 c A 1, 53 a A 1, 83 b A 2, 42 d B 6, 15 d A 6, 69 a A 9, 99 b A 3, 31 b A 1, 76 a A TS xP T 25 4 1 ,5 3 cA 1, 86 c A 1, 36 b B 1, 83 b A 1, 53 d B 4, 42 fA 14 ,9 8 aA 21 ,5 5 aA 10 ,7 9 aA 5, 06 a B TS xP T 25 7 1 ,7 6 bA 2, 06 b A 1, 50 a A 1, 83 b A 3, 07 c B 6, 36 d A 8, 75 a A 18 ,6 8 aA 3, 42 b A 2, 01 a A TS xP T 26 6 1 ,6 6 bA 1, 83 c A 1, 40 b B 1, 80 b A 1, 74 d B 4, 90 e A 9, 76 a A 13 ,5 2 bA 5, 54 a A 2, 76 a A TS xP T 26 7 1 ,8 6 bB 2, 26 b A 1, 56 a B 1, 96 b A 2, 40 d B 6, 12 d A 1, 86 a A 13 ,0 7 bA 0, 78 b A 2, 16 a A TS xP T 27 1 1 ,7 6 bA 2, 03 b A 1, 70 a A 2, 03 a A 2, 68 c B 6, 24 d A 9, 15 a A 19 ,1 9 aA 3, 03 b A 3, 45 a A TS xP T 27 5 1 ,7 3 bB 2, 26 b A 1, 70 a B 2, 36 a A 3, 03 c B 6, 54 c A 7, 21 a B 33 ,9 0 aA 3, 95 a B 11 ,2 8 aA TS xP T 27 9 1 ,7 0 bA 1, 93 c A 1, 76 a A 1, 96 b A 2, 78 c B 6, 28 d A 3, 32 a A 8, 95 b A 1, 28 b A 1, 46 a A co nt in ua 27 co nt in ua çã o A ltu ra (m ) D iâ m et ro (m ) V ol um e (m ³) Pr od uç ão (k g pl an ta -1 ) Pr od ut iv id ad e (k g m -3 ) G en ót ip o 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 20 13 20 14 TS xP T 28 5 1 ,7 0 bA 1, 96 c A 1, 73 a A 1, 73 b A 2, 76 c B 6, 21 d A 6, 04 a B 18 ,4 7 aA 1, 89 b A 2, 80 a A TS xP T 28 8 2 ,1 0 aA 2, 33 b A 1, 60 a B 2, 40 a A 3, 02 c B 7, 10 c A 7, 31 a A 17 ,8 4 aA 2, 56 b A 2, 75 a A TS xP T 29 0 1 ,9 3 bB 2, 36 a A 1, 66 a B 2, 20 a A 2, 83 c B 6, 75 c A 11 ,2 3 aB 32 ,3 0 aA 4, 14 a A 4, 84 a A TS xP T 29 4 1 ,4 6 cA 1, 73 c A 1, 20 c A 1, 50 c A 1, 37 e B 4, 00 fA 4, 77 a A 13 ,2 3 bA 2, 77 b A 4, 14 a A TS xP T 30 2 1 ,4 6 cA 1, 50 d A 1, 40 b A 1, 60 c A 1, 90 d B 4, 63 e A 4, 36 a A 9, 53 b A 3, 05 b A 2, 05 a A TS xP T 30 3 1 ,8 0 bA 1, 93 c A 1, 53 a B 2, 16 a A 2, 24 d B 5, 80 d A 14 ,6 9 aB 29 ,0 3 aA 6, 76 a A 5, 23 a A TS xP T 31 4 1 ,8 6 bA 2, 13 b A 1, 66 a B 2, 06 a A 2, 77 c B 6, 53 c A 6, 30 a A 13 ,8 1 bA 2, 51 b A 2, 17 a A C V 1 (% ) 17 ,8 3 22 ,7 5 48 ,7 8 82 ,7 7 96 ,2 9 C V 2 (% ) 10 ,8 9 13 ,4 7 12 ,7 3 64 ,3 9 73 ,1 7 V al or es se gu id os p el a m es m a le tra , m in ús cu la n a co lu na e m ai ús cu la n a lin ha , p ar a ca da v ar ía vé l, pe rte nc em a o m es m o gr up o pe lo te st e de S co tt –K no tt (5 % d e pr ob ab ili da de ). 28 Os híbridos mostraram diferenças significativas somente para as variáveis acidez e ratio no ano de 2013 (Tabela 2). Para a variável acidez os genótipos que apresentaram menor valor foram o limoeiro ‘Cravo’, TSxPT 7, TSxPT 8, TSxPT 10, TSxPT 11, TSxPT 12, TSxPT 18, TSxPT 21, TSxPT 23, TSxPT 24, TSxPT 57, TSxPT 80, TSxPT 93, TSxPT 105, TSxPT 107, TSxPT 113, TSxPT 118, TSxPT 119, TSxPT 134, TSxPT 142, TSxPT 148, TSxPT 152, TSxPT 154, TSxPT 155, TSxPT 225, TSxPT 227, TSxPT 271 e TSxPT 314. Com relação ao ratio o limoeiro ‘Cravo’ apresentou menor valor quando comparado as maiores médias dos seguintes híbridos: TSxPT 7, TSxPT 8, TSxPT 10, TSxPT 11, TSxPT 12, TSxPT 18, TSxPT 21, TSxPT 23, TSxPT 24, TSxPT 57, TSxPT 80, TSxPT 93, TSxPT 105, TSxPT 107, TSxPT 113, TSxPT 118, TSxPT 119, TSxPT 134, TSxPT 142, TSxPT 148, TSxPT 152, TSxPT 154, TSxPT 155, TSxPT 157, TSxPT 158, TSxPT 181, TSxPT 203, TSxPT 212, TSxPT 232 e TSxPT 266. O ‘Trifoliata’ é conhecido como um porta-enxerto que induz às variedades copa frutos menores, com altos valores de Brix e ratio, boa coloração e maturação tardia (STUCHI et al., 1996). As considerações a respeito da influência dos genitores e híbridos nessas características da laranjeira ‘Valência’ (Tabela 2) são bastante limitadas pelo fato de terem sido realizadas apenas no terceiro ano e em uma única ocasião. Sabe-se que essas características apresentam variações de ano para ano e fazem parte de um processo fisiológico dinâmico que evolui no decorrer do período da safra. Gradativamente, a coloração da casca se intensifica, a acidez decresce enquanto o brix e o ratio aumentam (DI GIORGI et al., 1993; DOMINGUES et al., 1996). 29 T ab el a 2. M as sa d e fr ut os (M F) , a ltu ra d e fr ut os (A F) , d iâ m et ro d e fr ut os (D F) , r el aç ão a ltu ra /d iâ m et ro (A /D ), re nd im en to d e su co (R S) , a ci de z, só lid os so lú ve is (S S) , r el aç ão só lid os so lú ve is /a ci de z (r at io ) e ín di ce te cn ol óg ic o (I T) d e fr ut os d e la ra nj ei ra ‘V al ên ci a’ e nx er ta da e m h íb rid os de ta ng er in ei ra ‘S un ki ’ [ C . ‘ Su nk i’ (H ay at a) H or t, ex T an .] co m P on ci ru s tr if ol ia ta R af . c v R ub id ou x, (T Sx TP ) C ap ão B on ito , S P, B ra si l, 20 13 . G en ót ip o M F (g ) A F (c m ) D F (c m ) A /D R S (% ) A ci de z (g 1 00 m L-¹ ) SS (° B rix ) R at io IT (k g de S S ca ix a-1 ) Li m oe iro ‘C ra vo ’ 20 7, 26 a 7, 56 a 7, 70 a 0, 98 a 45 ,6 3 a 0, 66 b 5, 96 a 9, 30 b 1, 11 a TS xP T 7 21 0, 90 a 7, 60 a 7, 66 a 0, 99 a 50 ,8 6 a 0, 61 b 7, 76 a 12 ,0 0 a 1, 62 a TS xP T 8 21 2, 00 a 7, 70 a 7, 66 a 1, 00 a 52 ,2 6 a 0, 58 b 7, 40 a 12 ,7 0 a 1, 59 a TS xP T 10 20 1, 66 a 7, 46 a 7, 46 a 1, 00 a 51 ,7 6 a 0, 63 b 8, 06 a 12 ,7 0 a 1, 71 a TS xP T 11 20 1, 33 a 7, 40 a 7, 50 a 0, 98 a 50 ,1 6 a 0, 57 b 7, 30 a 12 ,7 0 a 1, 50 a TS xP T 12 23 6, 33 a 7, 76 a 8, 00 a 0, 97 a 47 ,5 0 a 0, 55 b 6, 96 a 12 ,7 0 a 1, 35 a TS xP T 18 21 6, 66 a 7, 56 a 7, 73 a 0, 98 a 49 ,2 3 a 0, 57 b 7, 23 a 12 ,7 0 a 1, 46 a TS xP T 21 18 4, 66 a 7, 36 a 7, 23 a 1, 02 a 50 ,1 0 a 0, 68 b 8, 66 a 12 ,7 0 a 1, 80 a TS xP T 23 19 4, 66 a 7, 40 a 7, 73 a 0, 95 a 51 ,0 6 a 0, 65 b 8, 23 a 12 ,7 0 a 1, 72 a TS xP T 24 17 8, 00 a 7, 16 a 7, 13 a 1, 00 a 50 ,7 3 a 0, 68 b 8, 66 a 12 ,7 0 a 1, 82 a TS xP T 57 17 9, 66 a 7, 10 a 7, 16 a 0, 98 a 51 ,9 3 a 0, 58 b 7, 40 a 12 ,7 0 a 1, 58 a TS xP T 80 22 2, 66 a 7, 86 a 7, 73 a 1, 01 a 46 ,9 3 a 0, 54 b 6, 83 a 12 ,7 0 a 1, 31 a TS xP T 93 18 9, 00 a 7, 23 a 7, 30 a 0, 99 a 51 ,1 6 a 0, 66 b 8, 40 a 12 ,7 0 a 1, 75 a TS xP T 10 5 25 2, 00 a 8, 23 a 8, 20 a 1, 00 a 42 ,7 0 a 0, 50 b 6, 40 a 12 ,7 0 a 1, 12 a TS xP T 10 7 22 8, 66 a 7, 76 a 7, 83 a 0, 99 a 46 ,6 0 a 0, 53 b 6, 76 a 12 ,7 0 a 1, 29 a TS xP T 11 3 20 4, 00 a 7, 66 a 7, 50 a 1, 02 a 47 ,6 3 a 0, 58 b 7, 40 a 12 ,7 0 a 1, 44 a TS xP T 11 8 22 2, 66 a 7, 60 a 7, 70 a 0, 98 a 50 ,2 0 a 0, 59 b 7, 50 a 12 ,7 0 a 1, 54 a TS xP T 11 9 21 0, 66 a 7, 60 a 7, 56 a 1, 00 a 50 ,6 6 a 0, 58 b 7, 30 a 12 ,7 0 a 1, 51 a TS xP T 13 4 20 1, 00 a 7, 36 a 7, 43 a 0, 99 a 51 ,9 0 a 0, 60 b 7, 56 a 12 ,7 0 a 1, 60 a TS xP T 14 2 21 4, 33 a 7, 60 a 7, 66 a 0, 99 a 49 ,1 6 a 0, 56 b 7, 16 a 12 ,7 0 a 1, 45 a TS xP T 14 8 20 9, 33 a 7, 63 a 7, 43 a 1, 02 a 48 ,6 0 a 0, 57 b 7, 20 a 12 ,7 0 a 1, 43 a C on tin ua 30 co nt in ua çã o G en ót ip o M F (g ) A F (c m ) D F (c m ) A /D R S (% ) A ci de z (g 1 00 m L-¹ ) SS (° B rix ) R at io IT (k g de S S ca ix a-1 ) TS xP T 15 2 20 4, 33 a 7, 46 a 7, 63 a 0, 98 a 46 ,9 0 a 0, 53 b 6, 73 a 12 ,7 0 a 1, 29 a TS xP T 15 4 22 2, 00 a 7, 76 a 7, 80 a 0, 99 a 48 ,5 3 a 0, 55 b 6, 96 a 12 ,7 0 a 1, 38 a TS xP T 15 5 19 8, 00 a 7, 50 a 7, 43 a 1, 01 a 51 ,4 3 a 0, 56 b 7, 10 a 12 ,7 0 a 1, 50 a TS xP T 15 7 17 3, 66 a 7, 10 a 7, 00 a 1, 01 a 49 ,4 3 a 0, 83 a 9, 26 a 11 ,1 3 a 1, 86 a TS xP T 15 8 18 8, 66 a 7, 50 a 7, 23 a 1, 03 a 47 ,8 3 a 0, 94 a 8, 23 a 9, 10 a 1, 62 a TS xP T 16 3 21 2, 66 a 7, 80 a 7, 60 a 1, 02 a 47 ,6 6 a 0, 89 a 7, 06 a 7, 93 b 1, 37 a TS xP T 18 1 18 4, 66 a 7, 10 a 7, 16 a 0, 99 a 52 ,9 3 a 0, 74 a 8, 90 a 11 ,9 3 a 1, 93 a TS xP T 18 2 20 8, 66 a 7, 56 a 7, 43 a 1, 01 a 50 ,8 6 a 0, 83 a 7, 73 a 9, 46 b 1, 62 a TS xP T 18 3 19 9, 33 a 7, 36 a 7, 40 a 0, 99 a 51 ,8 0 a 0, 83 a 7, 93 a 9, 73 b 1, 67 a TS xP T 20 3 19 7, 00 a 7, 30 a 7, 36 a 0, 99 a 51 ,9 3 a 0, 86 a 8, 33 a 11 ,3 3 a 1, 77 a TS xP T 20 5 24 2, 66 a 8, 03 a 7, 93 a 1, 01 a 46 ,7 6 a 0, 94 a 6, 83 a 7, 26 b 1, 29 a TS xP T 20 8 19 4, 33 a 7, 33 a 7, 30 a 1, 00 a 52 ,1 6 a 1, 20 a 8, 36 a 7, 00 b 1, 77 a TS xP T 21 2 18 9, 00 a 7, 33 a 7, 30 a 1, 00 a 49 ,9 3 a 0, 77 a 7, 90 a 11 ,3 0 a 1, 61 a TS xP T 21 3 23 9, 66 a 8, 06 a 8, 03 a 1, 00 a 44 ,8 6 a 0, 83 a 6, 73 a 8, 06 b 1, 22 a TS xP T 22 2 22 4, 33 a 7, 80 a 7, 70 a 1, 01 a 49 ,0 3 a 0, 89 a 7, 23 a 8, 40 b 1, 44 a TS xP T 22 4 20 3, 00 a 7, 40 a 7, 50 a 0, 98 a 51 ,6 6 a 0, 82 a 7, 16 a 9, 40 b 1, 51 a TS xP T 22 5 22 5, 33 a 7, 80 a 7, 76 a 1, 00 a 46 ,0 3 a 0, 71 b 7, 13 a 10 ,0 3 b 1, 34 a TS xP T 22 8 23 4, 00 a 7, 90 a 7, 90 a 1, 00 a 47 ,0 0 a 0, 81 a 7, 06 a 9, 30 b 1, 36 a TS xP T 23 1 18 6, 00 a 7, 30 a 7, 13 a 1, 02 a 53 ,3 6 a 1, 03 a 9, 50 a 9, 63 b 2, 08 a TS xP T 23 2 18 7, 33 a 7, 10 a 7, 20 a 0, 98 a 50 ,9 0 a 0, 74 a 8, 20 a 11 ,1 3 a 1, 70 a TS xP T 24 4 20 3, 00 a 7, 40 a 7, 50 a 0, 99 a 49 ,2 3 a 0, 88 a 6, 93 a 7, 80 b 1, 40 a TS xP T 24 6 20 1, 66 a 7, 56 a 7, 43 a 1, 02 a 48 ,0 3 a 0, 85 a 8, 13 a 10 ,1 0 b 1, 59 a TS xP T 24 8 20 3, 00 a 7, 43 a 7, 56 a 0, 98 a 49 ,5 0 a 0, 74 a 7, 06 a 9, 83 b 1, 43 a TS xP T 25 4 21 1, 00 a 7, 60 a 7, 70 a 0, 98 a 47 ,2 6 a 0, 79 a 6, 80 a 8, 60 b 1, 32 a C on tin ua 31 co nt in ua çã o G en ót ip o M F (g ) A F (c m ) D F (c m ) A /D R S (% ) A ci de z (g 1 00 m L-¹ ) SS (° B rix ) R at io IT (k g de S S ca ix a-1 ) TS xP T 25 7 22 4, 00 a 7, 76 a 7, 76 a 1, 00 a 46 ,0 6 a 0, 70 b 7, 16 a 10 ,3 3 b 1, 35 a TS xP T 26 6 21 2, 66 a 7, 56 a 7, 66 a 0, 98 a 48 ,2 6 a 0, 80 a 8, 56 a 10 ,7 6 a 1, 67 a TS xP T 26 7 20 8, 33 a 7, 63 a 7, 60 a 1, 00 a 47 ,6 6 a 0, 99 a 6, 66 a 7, 23 b 1, 29 a TS xP T 27 0 21 6, 66 a 7, 63 a 7, 60 a 1, 00 a 42 ,5 0 a 0, 77 a 6, 70 a 8, 80 b 1, 17 a TS xP T 27 1 19 9, 66 a 7, 40 a 7, 46 a 0, 99 a 50 ,0 3 a 0, 81 b 7, 50 a 9, 13 b 1, 52 a TS xP T 27 5 20 3, 33 a 7, 53 a 7, 46 a 1, 01 a 50 ,2 0 a 0, 79 a 7, 43 a 9, 46 b 1, 52 a TS xP T 27 8 21 3, 00 a 7, 53 a 7, 63 a 0, 99 a 50 ,1 0 a 0, 76 a 7, 33 a 9, 63 b 1, 51 a TS xP T 27 9 20 5, 66 a 7, 43 a 7, 46 a 0, 99 a 50 ,3 0 a 0, 81 a 7, 47 a 9, 26 b 1, 54 a TS xP T 28 5 18 2, 00 a 7, 03 a 7, 13 a 0, 99 a 51 ,9 3 a 0, 82 a 7, 83 a 9, 46 b 1, 65 a TS xP T 28 8 20 1, 66 a 7, 20 a 7, 53 a 0, 95 a 50 ,8 3 a 0, 80 a 7, 43 a 9, 20 b 1, 54 a TS xP T 29 0 21 2, 00 a 7, 50 a 7, 60 a 0, 98 a 49 ,7 6 a 0, 93 a 7, 36 a 8, 03 b 1, 48 a TS xP T 29 4 18 3, 66 a 7, 20 a 7, 23 a 0, 99 a 52 ,0 0 a 0, 80 a 7, 80 a 9, 96 b 1, 65 a TS xP T 30 2 20 2, 00 a 7, 26 a 7, 33 a 0, 99 a 52 ,9 0 a 1, 06 a 8, 13 a 7, 80 b 1, 76 a TS xP T 30 3 20 2, 33 a 7, 26 a 7, 36 a 0, 98 a 51 ,6 0 a 0, 88 a 7, 96 a 9, 10 b 1, 67 a TS xP T 31 4 21 3, 00 a 7, 46 a 7, 66 a 0, 97 a 48 ,1 6 a 0, 69 b 6, 70 a 9, 66 b 1, 36 a C V (% ) 14 ,2 9 5, 9 5, 88 2, 75 7, 18 19 ,1 3 15 ,9 3 17 ,5 6 20 ,2 2 V al or es se gu id os p el a m es m a le tra , m in ús cu la n a co lu na e m ai ús cu la n a lin ha , p ar a ca da v ar ía vé l, pe rte nc em a o m es m o gr up o pe lo te st e de S co tt –K no tt (5 % d e pr ob ab ili da de ). 32 Os híbridos apresentaram diferenças significativas para as variáveis: massa de fruto (MF), altura de fruto (AF) e diâmetro de fruto (DF) nas três épocas de avaliação (Tabela 3). Para a MF, na terceira avaliação (24/10/2014), o limoeiro ‘Cravo’, TSxPT 7, TSxPT 11, TSxPT 12, TSxPT 18, TSxPT 23, TSxPT 80, TSxPT 203, TSxPT 205, TSxPT 212, TSxPT 224, TSxPT 231, TSxPT 244, TSxPT 246, TSxPT 254, TSxPT 267, TSxPT 275, TSxPT 279, TSxPT 285, TSxPT 290, TSxPT 303 e TSxPT 314 apresentaram as maiores médias, sendo estas superiores ao reportado por Stuchi et al. (2002), Tazima (2009) e Domingues (2004), para frutos de Laranjeira ‘Valência’ (179,74g). Houve interação entre 18 dos 49 genótipos avaliados de uma avaliação para outra. Para a AF, na terceira avaliação (24/10/2014), o limoeiro ‘Cravo’, TSxPT 7, TSxPT 11, TSxPT 18, TSxPT 23, TSxPT 80, TSxPT 192, TSxPT 154, TSxPT 203, TSxPT 208, TSxPT 212, TSxPT 224, TSxPT 267 eTSxPT 275 apresentaram as maiores médias. Já para o DF, as maiores médias foram apresentadas pelo limoeiro ‘Cravo’, TSxPT 7, TSxPT 10, TSxPT 11, TSxPT 12, TSxPT 23, TSxPT 80, TSxPT 154, TSxPT 203, TSxPT 205, TSxPT 208, TSxPT 212, TSxPT 213, TSxPT 224, TSxPT 231, TSxPT 244, TSxPT 246, TSxPT 254, TSxPT 267, TSxPT 275, TSxPT 279 eTSxPT 285. Estes valores estão próximos aos reportados por Caputo (2012) após avaliar doze variedades de laranjeiras doce do estado de São Paulo, dentre elas: ‘Rubi’, ‘Valência 2’ e ‘Valência americana’, as quais obtiveram valores médios de altura 6,76 cm; 6,84 cm; 7,08 cm e de diâmetro 7,26 cm; 7,20 cm; 7,14 cm, respectivamente. Houve interação entre 19 dos 49 genótipos avaliados de uma avalição para o outra, já para diâmetro houve interação entre 14 dos 49 genótipos avaliados. De acordo com a Tabela 4 a relação altura/diâmetro (A/D), na terceira avaliação (24/10/2014) os menores valores foram apresentados pelo limoeiro ‘Cravo’, TSxPT 8, TSxPT 10, TSxPT 12, TSxPT 163, TSxPT 203, TSxPT 205, TSxPT 212, TSxPT 213, TSxPT 224, TSxPT 244, TSxPT 246, TSxPT 248, TSxPT 254, TSxPT 266, TSxPT 279, TSxPT 285, TSxPT 288, TSxPT 290, TSxPT 303 e TSxPT 314. A razão entre altura/diametro é importante para determinar o formato do fruto, uma característica relevante para a comercialização do produto como fruto de mesa (CAPUTO, 2012). Houve interação entre 10 dos 49 genopitos avaliados. Para a variável rendimento de suco (RS) houve diferença significativa entre os genótipos avaliados (Tabela 4), sendo os menores valores apresentados, 33 na terceira avaliação (24/10/2014), pelo limoeiro ‘Cravo’, TSxPT 7, TSxPT 18, TSxPT 23, TSxPT 24, TSxPT 119, TSxPT 246, TSxPT 266, TSxPT 271, TSxPT 275 e TSxPT 290. Houve interação entre 2 dos 49 genótipos avaliados. O CEAGESP (2011), através do Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura, estabelece como requisito de qualidade, um rendimento mínimo de suco de 44%, para a laranjeira ‘Valência’, dessa forma, todos os híbridos avaliados apresentaram rendimento de suco superior a exigência mínima. Segundo Domingues et al. (1990), o rendimento de suco é variável e dependente de fatores como o estádio de maturação dos frutos, clima, material genético, tratos culturais e adubação, o que torna possível que ocorram mudanças no fruto de um ano para outro bem como de uma localidade para a outra. Frutos com alto rendimento de suco são formados em regiões com elevada umidade relativa. (CARVALHO, 2010), sendo que em Capão Bonito a umidade relativa do ar é mais elevada que em outras regiões. 34 T ab el a 3. M as sa d e fr ut os (M F) , a ltu ra d e fr ut os (A F) , d iâ m et ro d e fr ut os (D F) d e la ra nj ei ra ‘V al ên ci a’ e nx er ta da e m h íb rid os d e ta ng er in ei ra ‘S un ki ’ [ C . ‘ Su nk i’ (H ay at a) h or t. ex T an .] co m P on ci ru s tr if ol ia ta R af .c v R ub id ou x. (T Sx PT ) e m tr ês é po ca s d e av al ia çã o. C ap ão B on ito , S P, B ra si l, 20 14 . M F (g ) A F (c m ) D F (c m ) G en ót ip o 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 Li m oe iro ‘C ra vo ’ 20 7, 66 a A 21 5, 33 a A 21 4, 66 a A 7, 33 a A 7, 46 a A 7, 63 a A 7, 56 a A 7, 66 a A 7, 66 a A TS xP T 7 22 8, 33 a A 23 9, 66 a A 23 4, 00 a A 7, 63 a A 7, 76 a A 7, 96 a A 7, 73 a A 7, 83 a A 7, 76 a A TS xP T 8 18 5, 00 a A 17 1, 66 c A 19 7, 33 b A 7, 16 a A 6, 96 b A 7, 30 b A 7, 16 c A 6, 90 c A 7, 33 b A TS xP T 10 19 4, 33 a A 18 2, 00 b A 20 1, 66 b A 7, 23 a A 7, 06 a A 7, 36 b A 7, 26 a A 7, 06 b A 7, 40 a A TS xP T 11 19 5, 66 a A 19 6, 66 b A 20 8, 50 a A 7, 26 a B 7, 23 a B 7, 70 a A 7, 30 a A 7, 23 b A 7, 55 a A TS xP T 12 18 2, 00 a B 21 3, 66 a A 20 4, 33 a A 7, 00 a B 7, 46 a A 7, 40 b A 7, 05 b B 7, 46 a A 7, 50 a A TS xP T 18 20 7, 00 a B 18 9, 33 b B 22 5, 66 a A 7, 33 a A 7, 16 a A 7, 66 a A 7, 53 a A 7, 16 b A 7, 43 a A TS xP T 21 17 8, 33 a A 19 1, 33 b A 19 9, 66 b A 6, 96 a A 7, 03 b A 7, 33 b A 7, 06 b A 7, 23 b A 7, 33 b A TS xP T 23 18 3, 00 a B 18 4, 66 b B 21 7, 00 a A 6, 96 a B 6, 90 b B 7, 46 a A 7, 16 a A 7, 13 b A 7, 43 a A TS xP T 24 17 3, 33 b A 17 8, 00 c A 18 2, 66 b A 6, 93 b A 6, 95 b A 7, 23 b A 7, 00 b A 7, 00 c A 7, 03 b A TS xP T 80 20 7, 33 a A 19 2, 66 b A 21 4, 33 a A 7, 46 a A 7, 30 a A 7, 60 a A 7, 46 a A 7, 33 b A 7, 60 a A TS xP T 10 5 19 1, 66 a A 18 7, 00 b A 19 4, 50 b A 7, 23 a A 7, 15 a A 7, 35 b A 7, 33 a A 7, 15 b A 7, 25 b A TS xP T 11 9 18 8, 33 a A 19 2, 33 b A 19 5, 33 b A 7, 16 a A 7, 26 a A 7, 50 a A 7, 20 a A 7, 23 b A 7, 33 b A TS xP T 13 4 15 6, 66 b B 17 2, 00 c B 19 0, 66 b A 6, 56 b B 6, 90 b B 7, 26 b A 6, 76 c A 6, 90 c A 7, 20 b A TS xP T 14 2 15 9, 00 b A 15 9, 00 c A 17 8, 33 b A 6, 76 b A 6, 70 b A 7, 06 b A 6, 76 c A 6, 75 c A 7, 06 b A TS xP T 14 8 15 9, 00 b B 16 1, 33 c B 19 0, 33 b A 6, 60 b B 6, 66 b B 7, 23 b A 6, 73 c A 6, 76 c A 7, 13 b A TS xP T 15 2 17 2, 33 b A 16 6, 00 c A 18 3, 00 b A 6, 93 b A 6, 90 b A 7, 16 b A 6, 93 b A 6, 86 c A 7, 10 b A TS xP T 15 4 17 9, 33 a B 17 0, 66 c B 20 1, 33 b A 7, 06 a B 6, 83 b B 7, 66 a A 7, 10 a A 6, 96 c A 7, 40 a A TS xP T 15 5 18 9, 66 a A 18 4, 33 b A 19 5, 66 b A 7, 20 a A 7, 26 a A 7, 40 b A 7, 26 a A 7, 16 b A 7, 23 b A TS xP T 15 7 16 8, 66 b A 17 2, 50 c A 19 1, 00 b A 6, 66 b B 6, 90 b B 7, 30 b A 6, 96 b A 6, 90 c A 7, 15 b A TS xP T 16 3 17 3, 00 b A 17 2, 66 c A 18 9, 00 b A 6, 83 b A 6, 93 b A 7, 16 b A 7, 00 b A 6, 93 c A 7, 23 b A TS xP T 18 1 19 9, 33 a A 19 5, 00 b A 19 6, 00 b A 7, 30 a A 7, 10 a A 7, 33 b A 7, 33 a A 7, 33 b A 7, 23 b A C on tin ua 35 C on tin ua çã o M F (g ) A F (c m ) D F (c m ) G en ót ip o 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 TS xP T 18 2 18 2, 66 a A 17 1, 66 c A 19 7, 33 b A 7, 20 a A 6, 90 b A 7, 40 b A 7, 13 a A 6, 96 c A 7, 33 b A TS xP T 18 3 18 8, 66 a A 18 2, 33 b A 19 0, 66 b A 7, 03 a A 7, 16 a A 7, 16 b A 7, 23 a A 7, 10 b A 7, 16 b A TS xP T 20 3 18 0, 00 a B 16 9, 50 c B 21 6, 00 a A 7, 00 a B 6, 95 b B 7, 50 a A 7, 16 a B 6, 95 c B 7, 65 a A TS xP T 20 5 16 9, 00 b B 17 7, 66 c B 21 1, 33 a A 6, 70 b B 6, 93 b B 7, 30 b A 6, 96 b B 7, 03 c B 7, 56 a A TS xP T 20 8 20 2, 33 a A 19 0, 66 b A 20 1, 00 b A 7, 43 a A 7, 30 a A 7, 56 a A 7, 53 a A 7, 23 b A 7, 40 a A TS xP T 21 2 19 8, 66 a B 18 6, 33 b B 22 2, 33 a A 7, 30 a B 7, 06 a B 7, 66 a A 7, 33 a B 7, 20 b B 7, 70 a A TS xP T 21 3 14 2, 00 c B 13 0, 00 c B 16 3, 66 b A 6, 60 b B 6, 40 b B 6, 96 b A 6, 53 c B 6, 26 c B 7, 40 a A TS xP T 22 2 14 0, 00 c B 15 3, 00 c B 17 5, 00 b A 6, 46 b B 6, 70 b B 7, 13 b A 6, 46 c A 6, 63 c A 6, 93 b A TS xP T 22 4 18 1, 33 a A 19 2, 66 b A 20 6, 50 a A 7, 03 a A 7, 16 a A 7, 30 b A 7, 16 a A 7, 30 b A 7, 45 a A TS xP T 23 1 18 8, 33 a B 17 4, 33 c B 20 8, 50 a A 7, 10 a B 6, 96 b B 7, 60 a A 7, 26 a A 7, 06 b A 7, 55 a A TS xP T 23 2 14 5, 00 c A 15 1, 66 c A 17 3, 00 b A 6, 53 b A 6, 66 b A 6, 96 b A 6, 60 c A 6, 56 c A 6, 86 b A TS xP T 24 4 18 5, 66 a A 15 5, 00 c B 20 9, 00 a A 7, 10 a A 6, 60 b B 7, 40 b A 7, 16 a A 6, 70 c B 7, 56 a A TS xP T 24 6 19 4, 00 a A 20 1, 33 b A 20 5, 66 a A 7, 20 a A 7, 10 a A 7, 30 b A 7, 40 a A 7, 40 a A 7, 56 a A TS xP T 24 8 18 9, 33 a A 17 9, 33 c A 19 5, 00 b A 7, 16 a A 7, 00 b A 7, 13 b A 7, 20 a A 7, 13 b A 7, 23 b A TS xP T 25 4 18 4, 33 a B 16 8, 33 c B 21 0, 00 a A 7, 06 a B 6, 83 b B 7, 43 b A 7, 23 a B 6, 93 c B 7, 60 a A TS xP T 25 7 19 3, 33 a A 18 5, 00 b A 19 9, 33 b A 7, 13 a A 7, 00 b A 7, 43 b A 7, 36 a A 7, 10 b A 7, 33 b A TS xP T 26 6 18 9, 66 a A 18 6, 00 b A 19 3, 33 b A 7, 03 a A 6, 96 b A 7, 13 b A 7, 33 a A 7, 10 b A 7, 20 b A TS xP T 26 7 20 1, 33 a A 21 1, 33 a A 22 3, 66 a A 7, 13 a B 7, 46 a A 7, 76 a A 7, 53 a A 7, 56 a A 7, 66 a A TS xP T 27 1 19 5, 16 a A 16 9, 00 c B 19 8, 66 b A 7, 63 a A 6, 86 b B 7, 40 b A 7, 73 a A 6, 90 c B 7, 33 b A TS xP T 27 5 20 0, 00 a A 20 2, 66 b A 21 5, 66 a A 7, 20 a A 7, 30 a A 7, 56 a A 7, 43 a A 7, 43 a A 7, 46 a A TS xP T 27 9 16 6, 33 b B 19 6, 00 b A 21 1, 00 a A 6, 66 b B 7, 20 a A 7, 30 b A 6, 93 b B 7, 30 b A 7, 45 a A TS xP T 28 5 18 4, 33 a A 18 1, 66 b B 21 2, 00 a A 6, 90 b A 6, 86 b A 7, 26 b A 7, 13 a B 7, 10 b B 7, 60 a A TS xP T 28 8 19 2, 33 a A 17 7, 33 c A 19 3, 33 b A 7, 13 a A 6, 96 b A 7, 23 b A 7, 40 a B 7, 06 b A 7, 43 b A TS xP T 29 0 18 2, 33 a A 18 8, 66 b A 19 9, 66 a A 6, 93 a A 7, 16 a A 7, 36 b A 7, 20 a A 7, 20 b A 7, 40 b A C on tin ua 36 C on tin ua çã o M F (g ) A F (c m ) D F (c m ) G en ót ip o 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 TS xP T 29 4 19 1, 66 a A 18 2, 50 b A 20 0, 66 b A 7, 16 a A 7, 06 a A 7, 40 b A 7, 33 a A 7, 20 b A 7, 40 b A TS xP T 30 2 19 2, 66 a A 17 9, 33 c A 18 7, 66 b A 7, 10 a A 6, 90 b A 7, 20 b A 7, 26 a A 7, 06 b A 7, 20 b A TS xP T 30 3 18 4, 66 a B 16 7, 33 c B 21 5, 66 a A 7, 03 a B 6, 80 b B 7, 43 b A 7, 13 a B 6, 90 c B 7, 60 b A TS xP T 31 4 18 5, 00 a A 19 5, 66 b A 20 9, 00 a A 7, 06 a A 7, 26 b A 7, 43 b A 7, 23 c B 7, 26 b B 7, 50 b A C V (% ) 1 16 ,4 2 6, 16 6, 55 C V (% ) 2 8, 47 3, 64 3, 51 V al or es se gu id os p el a m es m a le tra , m in ús cu la n a co lu na e m ai ús cu la n a lin ha , p ar a ca da v ar ía vé l, pe rte nc em a o m es m o gr up o pe lo te st e de S co tt –K no tt (5 % d e pr ob ab ili da de ). 37 T ab el a 4. R el aç ão a ltu ra /d iâ m et ro (A /D ) e re nd im en to d e su co (R S) d e la ra nj ei ra ‘V al ên ci a’ e nx er ta da e m h íb rid os d e ta ng er in ei ra ‘S un ki ’ [ C . ‘S un ki ’ ( H ay at a) h or t, ex T an . ] c om P on ci ru s tr if ol ia ta R af . c v R ub id ou x, (T Sx PT ) e m tr ês é po ca s d e av al ia çã o. C ap ão B on ito - SP , B ra si l, 20 14 . G en ót ip o A /D R S( % ) 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 Li m oe iro ‘C ra vo ’ 0, 97 0 bA 0, 97 6 aA 0, 99 6 bA 49 ,5 6 aA 50 ,8 3 aA 46 ,8 0 bA TS xP T 7 0, 98 6 aB 0, 99 3 aB 1, 02 6 aA 52 ,2 3 aA 52 ,0 3 aA 48 ,2 0 bA TS xP T 8 1, 00 0 aA 1, 01 0 aA 0, 99 3 bA - - - TS xP T 10 0, 99 6 aA 1, 00 0 aA 0, 99 6 bA 54 ,1 0 aA 56 ,3 3 aA 57 ,3 6 aA TS xP T 11 0, 99 6 aA 1, 00 3 aA 1, 02 0 aA 55 ,9 6 aA 51 ,7 3 aA 54 ,9 5 aA TS xP T 12 0, 99 6 aA 1, 00 3 aA 0, 98 6 bA 56 ,8 2 aA 55 ,2 3 aA 54 ,3 6 aA TS xP T 18 0, 97 6 bB 1, 00 0 aB 1, 03 3 aA 52 ,6 5 aA 54 ,1 0 aA 51 ,4 0 bA TS xP T 21 0, 98 6 aA 0, 97 3 aA 1, 00 0 aA 57 ,1 0 aA 56 ,5 6 aA 55 ,3 6 aA TS xP T 23 0, 97 3 bA 0, 97 0 aA 1, 00 3 aA 57 ,3 5 aA 57 ,8 3 aA 46 ,9 0 bB TS xP T 24 0, 99 0 aB 0, 99 6 aB 1, 03 0 aA 53 ,1 5 aA 57 ,0 0 aA 52 ,6 0 bA TS xP T 80 1, 00 0 aA 0, 99 3 aA 1, 00 3 aA 50 ,6 5 aA 53 ,7 3 aA 53 ,2 3 aA TS xP T 10 5 0, 98 6 aA 1, 00 0 aA 1, 01 6 aA 53 ,2 6 aA 55 ,8 5 aA 54 ,5 5 aA TS xP T 11 9 0, 99 3 aA 1, 00 3 aA 1, 02 0 aA 52 ,0 0 aA 53 ,7 0 aA 51 ,5 0 bA TS xP T 13 4 0, 97 0 bB 1, 00 0 aA 1, 01 0 aA 57 ,6 6 aA 56 ,3 6 aA 54 ,7 0 aA TS xP T 14 2 1, 00 0 aA 0, 99 6 aA 1, 00 0 aA 57 ,3 0 aA 53 ,7 5 aA 55 ,5 6 aA TS xP T 14 8 0, 98 0 bB 0, 98 3 aB 1, 01 6 aA 57 ,1 0 aA 53 ,1 0 aA 53 ,7 0 aA TS xP T 15 2 1, 00 0 aA 1, 00 6 aA 1, 01 0 aA 55 ,9 3 aA 57 ,6 0 aA 59 ,3 0 aA TS xP T 15 4 0, 99 6 aB 0, 98 3 aB 1, 03 3 aA 55 ,6 0 aA 54 ,9 0 aA 55 ,2 0 aA TS xP T 15 5 0, 99 0 aA 1, 01 6 aA 1, 02 3 aA 53 ,8 3 aA 52 ,8 6 aA 54 ,3 3 aA TS xP T 15 7 0, 95 3 bB 1, 00 0 aA 1, 02 0 aA 57 ,1 0 aA 57 ,6 0 aA 56 ,5 5 aA TS xP T 16 3 0, 97 6 bA 1, 00 0 aA 0, 99 0 bA 55 ,9 3 aA 55 ,6 6 aA 56 ,8 0 aA TS xP T 18 1 0, 99 3 aA 0, 97 0 aA 1, 01 3 aA 53 ,8 3 aA 52 ,8 6 aA 54 ,3 3 aA co nt in ua 38 co nt in ua çã o G en ót ip o A /D R S( % ) 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 TS xP T 18 2 1, 00 0 aA 0, 99 3 aA 1, 01 0 aA 57 ,1 0 aA 57 ,6 0 aA 56 ,5 5 aA TS xP T 18 3 0, 97 3 bA 1, 01 0 aA 1, 00 3 aA 55 ,9 3 aA 55 ,6 6 aA 56 ,8 0 aA TS xP T 20 3 0, 97 3 bA 1, 00 0 aA 0, 98 0 bA 55 ,9 0 aA 55 ,1 5 aA 57 ,8 5 aA TS xP T 20 5 0, 96 0 bA 0, 98 3 aA 0, 95 6 bA - - - TS xP T 20 8 0, 98 6 aA 1, 01 0 aA 1, 02 3 aA - - - TS xP T 21 2 0, 99 3 aA 0, 98 3 aA 0, 99 6 bA - - - TS xP T 21 3 1, 01 3 aA 1, 02 3 aA 0, 94 3 bB 59 ,7 5 aA 51 ,8 0 aB 53 ,6 5 aB TS xP T 22 2 1, 00 0 aA 1, 01 3 aA 1, 03 0 aA 54 ,9 0 aA 55 ,9 0 aA 58 ,0 0 aA TS xP T 22 4 0, 98 0 bA 0, 98 3 aA 0, 98 0 bA 56 ,1 3 aA 55 ,0 0 aA 58 ,8 0 aA TS xP T 23 1 0, 97 6 bA 0, 98 6 aA 1, 00 6 aA - - - TS xP T 23 2 0, 99 0 aA 1, 01 3 aA 1, 01 6 aA 54 ,9 0 aA 55 ,9 0 aA 58 ,0 0 aA TS xP T 24 4 0, 99 0 aA 0, 98 3 aA 0, 98 0 bA 56 ,1 3 aA 55 ,0 0 aA 58 ,8 0 aA TS xP T 24 6 0, 97 3 bA 0, 96 0 aA 0, 97 3 bA 51 ,1 0 aA 47 ,7 6 aA 46 ,5 0 bA TS xP T 24 8 0, 99 6 aA 0, 98 3 aA 0, 98 6 bA - - - TS xP T 25 4 0, 97 3 bA 0, 98 6 aA 0, 97 6 bA 55 ,9 0 aA 57 ,8 3 aA 54 ,6 3 aA TS xP T 25 7 0, 97 3 bA 0, 98 6 aA 1, 01 3 aA 55 ,6 0 aA 58 ,4 0 aA 55 ,6 5 aA TS xP T 26 6 0, 95 6 bA 0, 98 3 aA 0, 99 0 bA 52 ,1 6 aA 52 ,3 0 aA 51 ,2 0 bA TS xP T 26 7 0, 95 0 bB 0, 98 6 aA 1, 01 3 aA - - - TS xP T 27 1 0, 98 3 aA 0, 99 6 aA 1, 01 0 aA 53 ,3 3 aA 57 ,1 0 aA 51 ,5 0 bA TS xP T 27 5 0, 97 0 bB 0, 98 3 aB 1, 01 6 aA 55 ,3 3 aA 55 ,2 0 aA 52 ,0 0 bA TS xP T 27 9 0, 96 3 bA 0, 98 6 aA 0, 98 0 bA - - - TS xP T 28 5 0, 96 6 bA 0, 96 3 aA 0, 95 6 bA 56 ,7 6 aA 56 ,0 3 aA 54 ,7 6 aA TS xP T 28 8 0, 96 3 bA 0, 98 6 aA 0, 99 0 bA - - - TS xP T 29 0 0, 96 3 bA 0, 99 6 aA 0, 99 0 bA 54 ,5 5 aA 52 ,8 6 aA 49 ,0 0 bA C on tin ua 39 C on tin ua çã o G en ót ip o A /D R S( % ) 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 TS xP T 29 4 0, 98 0 bA 0, 98 6 aA 1, 00 0 aA 52 ,8 3 aA 53 ,0 0 aA 53 ,0 6 aA TS xP T 30 2 0, 98 0 bA 0, 97 6 aA 1, 00 0 aA 54 ,9 6 aA 54 ,8 6 aA 54 ,9 6 aA TS xP T 30 3 0, 98 6 aA 0, 98 6 aA 0, 97 6 bA 57 ,4 6 aA 58 ,7 0 aA 53 ,8 0 aA TS xP T 31 4 0, 97 6 bA 1, 00 0 aA 0, 99 0 bA - - - C V (% ) 1 2, 95 7, 82 C V (% ) 2 2, 12 7, 27 V al or es se gu id os p el a m es m a le tra , m in ús cu la n a co lu na e m ai ús cu la n a lin ha , p ar a ca da v ar ía vé l, pe rte nc em a o m es m o gr up o pe lo te st e de S co tt –K no tt (5 % d e pr ob ab ili da de ). 40 Verificou-se que os híbridos apresentaram diferenças significativas para as variáveis acidez e sólidos solúveis (Tabela 5), nas três épocas de avaliação no ano de 2014. Para os valores de acidez, na terceira avaliação (24/10/2014), o limoeiro ‘Cravo’ apresentou valor estatisticamente menor do que os híbridos TSxPT 10, TSxPT 12, TSxPT 18, TSxPT 21, TSxPT 23, TSxPT 105, TSxPT 134, TSxPT 148, TSxPT 152, TSxPT 155, TSxPT 163, TSxPT 183, TSxPT 213, TSxPT 222, TSxPT 224, TSxPT 232, TSxPT 244, TSxPT 266, TSxPT 271, TSxPT 285, TSxPT 290, TSxPT 302 e TSxPT 303. Segundo Steger (1990), a acidez apropriada para industrialização está entre 0,75 e 1%, sendo assim, na última coleta híbridos citados acima encontram-se dentro do limite desejável. Houve interação entre 45 dos 49 híbridos de uma avaliação para outra. A temperatura é o fator que mais influencia no acúmulo do ácido cítrico. Após alcançar o valor máximo, o conteúdo de ácidos diminui devido ao aumento no tamanho do fruto e sua utilização no processo respiratório, que é dependente da temperatura. Quanto maior a temperatura do ambiente durante a maturação, maior o decréscimo da concentração de ácidos (RASMUSSEN et al., 1996; ALBRIGO, 1992). Isso explica os valores elevados de acidez, pois na região de Capão Bonito o clima é mais ameno que em outras regiões Para a variável SS (°brix) o híbrido que atingiu o maior valor foi o TSxPT 148 (11,60 °brix). De acordo com a normatização proposta pelo CEAGESP, o valor mínimo de sólidos solúveis é de 10 °brix (CEAGESP, 2011). Na região de Capão Bonito o brix não é elevado em plantas enxertas em limoeiro ‘Cravo’, assim os híbridos serão uma nova opção de porta-enxerto para aumentar esse valor. Não houve interação nos 49 híbridos de uma avaliação e para o outra. De acordo com a Tabela 6 os maiores valores médios para o Ratio foram observados nos híbridos TSxPT 7, TSxPT 24, TSxPT 119, TSxPT 148, TSxPT 154, TSxPT 155, TSxPT 181, TSxPT 205, TSxPT 208, TSxPT 212, TSxPT 231, TSxPT 232, TSxPT 248, TSxPT 254, TSxPT 257, TSxPT 267, TSxPT 279, TSxPT 288, TSxPT 202 e TSxPT 214. O ratio mínimo exigido é de 9,5 para laranjeira ‘Valência’, dessa forma todos os híbridos na última avaliação mostraram-se superiores a 9,5 (CEAGESP, 2011). Houve interação entre 48 dos 49 híbridos de uma avaliação para outra. As características utilizadas para determinar a maturação dos frutos cítricos são o teor de sólidos solúveis (°brix), acidez e o ratio (CHITARRA; CAMPOS, 1981; NOGUEIRA, 1984; RUSSO, 1987). O ‘Trifoliata’ é conhecido 41 como um porta-enxerto que induz às variedades copa frutos menores, com altos valores de Brix e ratio, boa coloração e maturação tardia (STUCHI et al., 1996). Para a variável índice tecnológico (IT) (Tabela 6) não houve diferença significativa entre os genótipos. Houve interação de 12 dos 49 híbridos de uma avaliação para o outra. De acordo com Cardoso (2005), o IT é influenciado diretamente pelos teores de sólidos solúveis, estes por sua vez podem variar em função de diversos fatores, tais como a cultivar, clima, solo, irrigação, levando muitas vezes a divergências em relação ao papel de determinado elemento na qualidade de frutas. 42 T ab el a 5. A ci de z, só lid os so lú ve is (S S) e m fr ut os d e la ra nj ei ra ‘V al ên ci a’ e nx er ta da e m h íb rid os d e ta ng er in ei ra ‘S un ki ’ [ C . ‘ Su nk i’ (H ay at a) h or t. ex T an ,] co m P on ci ru s tr if ol ia ta R af . c v R ub id ou x. (T Sx PT ) e m tr ês é po ca s d e av al ia çã o. C ap ão B on ito , S P, B ra si l, 20 14 . G en ót ip o A ci de z (g 1 00 m L-1 ) SS (° B rix ) 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 Li m oe iro ‘C ra vo ’ 0, 96 0 cA 0, 82 0 cA 0, 65 3 bB 7, 63 c A 7, 56 b A 6, 93 d A TS xP T 7 0, 90 0 cA 0, 82 3 cA 0, 65 0 bB 8, 23 c A 7, 73 b A 7, 73 d A TS xP T 8 1, 03 3 cA 0, 96 3 cA 0, 72 0 bB 8, 40 c A 9, 16 b A 8, 36 d A TS xP T 10 1, 14 6 bA 1, 02 6 bA 0, 81 6 aB 9, 63 c A 9, 60 b A 8, 56 d A TS xP T 11 1, 02 3 cA 0, 94 0 cA 0, 69 6 bB 8, 46 c A 8, 93 b A 7, 45 d A TS xP T 12 1, 01 0 cA 0, 88 6 cA 0, 76 0 aB 9, 60 c A 9, 03 b A 8, 50 d A TS xP T 18 1, 13 3 bA 1, 07 6 bA 0, 77 0 aB 9, 03 c A 9, 73 b A 8, 40 d A TS xP T 21 1, 22 3 bA 1, 08 0 bA 0, 85 6 aB 10 ,1 0 bA 9, 60 b A 8, 90 c A TS xP T 23 1, 14 0 bA 1, 13 0 bA 0, 81 6 aB 10 ,5 3 bA 10 ,8 6 aA 9, 00 c B TS xP T 24 1, 09 6 cA 1, 05 0 bA 0, 73 0 bB 9, 53 c A 10 ,0 0 aA 8, 66 d A TS xP T 80 1, 05 6 cA 0, 94 0 cA 0, 70 3 bB 9, 40 c A 9, 06 b A 8, 05 d A TS xP T 10 5 1, 06 6 cA 0, 99 0 cA 0, 77 0 aB 9, 33 c A 9, 15 b A 8, 45 d A TS xP T 11 9 1, 08 6 cA 0, 93 0 cA 0, 70 6 bB 9, 30 c A 9, 13 b A 8, 33 d A TS xP T 13 4 1, 28 0 aA 1, 05 6 bA 0, 78 0 aB 10 ,9 0 aA 10 ,2 0 aA 8, 90 c B TS xP T 14 2 1, 10 3 cA 1, 04 0 bA 0, 73 6 bB 9, 60 c A 9, 40 b A 8, 46 d A TS xP T 14 8 1, 35 6 aA 1, 09 3 bB 0, 95 6 aB 12 ,1 3 aA 10 ,9 3 aA 11 ,6 0 aA TS xP T 15 2 1, 10 3 cA 0, 96 6 cA 0, 77 6 aB 9, 50 c A 9, 30 b A 8, 70 d A TS xP T 15 4 1, 11 6 cA 0, 96 3 cA 0, 66 6 bB 9, 23 c A 9, 46 b A 7, 83 d B TS xP T 15 5 1, 05 0 cA 0, 86 0 cB 0, 73 0 bB 9, 50 c A 9, 00 b A 8, 70 d A co nt in ua 43 co nt in ua çã o G en ót ip o A ci de z (g 1 00 m L-1 ) SS (° B rix ) 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 28 /0 8/ 20 14 09 /0 9/ 20 14 24 /1 0/ 20 14 TS xP T 15 7 1, 17 6 bA 1, 28 6 aA 0, 98 6 aB 9, 90 b A 11 ,0 0 aA 10 ,2 0 bA TS xP T 16 3 1, 10 3 cA 1, 02 3 bA 0, 80 0 aB 9, 66 c A 9, 66 b A 9, 03 c A TS xP T 18 1 0, 96 3 cA 0, 87 0 cA 0, 71 3 bB 9, 13 c A 8, 96 b A 8, 63 d A TS xP T 18 2 0, 98 6 cA 0, 90 0 cA 0, 70 3 bB 8, 73 c A 8, 66 b A 8, 13 d A TS xP T 18 3 0, 98 3 cA 0, 92 6 cA 0, 80 6 aA 9, 10 c A 8, 96 b A 9, 06 b A TS xP T 20 3 1, 05 3 cA 1, 05 0 bA 0, 71 0 bB 8, 80 c A 9, 55 b A 8, 05 d A TS xP T 20 5 1, 26 3 aA 1, 01 0 bB 0, 74 3 bC 10 ,9 0 aA 10 ,1 6 aA 9, 60 b A TS xP T 20 8 1, 02 0 cA 0, 86 3 cA 0, 67 6 bB 9, 33 c A 9, 36 b A 8, 10 d A TS xP T 21 2 1, 14 0 bA 0,