RESSALVA Atendendo solicitação do autor, o texto completo desta Tese será disponibilizado somente a partir de 30/11/2025. 1 Universidade Estadual Paulista “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Faculdade de Ciências Farmacêuticas Campus de Araraquara André Luiz Rodrigues Menezes Identificação e caracterização de espécies de triatomíneos e de tripanossomatídeos coletados em região de fronteira (Brasil – Bolívia) Araraquara – SP 2023 2 ANDRÉ LUIZ RODRIGUES MENEZES Caracterização de espécies de triatomíneos e de tripanossomatídeos coletados em região de fronteira (Brasil – Bolívia) Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia aplicadas à Farmácia, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Doutor em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia. Parasitologia. Orientador: Prof. Dr. João Aristeu da Rosa Coorientador: Dr. Jader de Oliveira Araraquara – SP 2023 Identificação e caracterização de espécies de triatomíneos e de tripanossomatídeos coletados em região de fronteira (Brasil – Bolívia) Menezes, André Luiz Rodrigues. M543i Identificação e caracterização de espécies de triatomíneos e de tripanossomatídeos coletados em região de fronteira (Brasil – Bolívia) / André Luiz Rodrigues Menezes. – Araraquara: [s.n.], 2023. 106 f. : il. Orientador: João Aristeu da Rosa. Coorientador: Jader de Oliveira. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista. “Júlio de Mesquita Filho”. Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Programa de Pós Graduação em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia. Área de pesquisa: Parasitologia. 1. Doença de Chagas. 2. Trypanosoma cruzi. 3. Trypanosoma rangeli. 4. Rhodnius. I. Rosa, João Aristeu da, orient. II. Oliveira, Jader de, coorient. III. Título. Diretoria do Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - Faculdade de Ciências Farmacêuticas UNESP - Campus de Araraquara CAPES: 33004030081P7 Esta ficha não pode ser modificada 3 1 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e a minha família pelo sustento e apoio. A Faculdade de Ciências Farmacêuticas/Unesp/Araraquara, juntamente com os professores João Aristeu da Rosa e Jader de Oliveira, por proporcionarem a possibilidade de obter novos conhecimentos, acerca dos vetores e do agente etiológico da doença de Chagas. Ao Instituto Federal de Rondônia – IFRO, por conceder meu afastamento, para o aprimoramento dos meus conhecimentos e por todo o apoio na etapa de trabalho de campo e laboratorial. Aos companheiros do laboratório de Parasitologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas/Unesp/Araraquara, pela paciência em ensinar a rotina laboratorial. À professora Dra. Marta Maria Geraldes Teixeira, por abrir a porta do seu laboratório e possibilitar a ampliação das análises do projeto realizadas no Laboratório de Taxonomia e Filogenia de Tripanossomatídeos, Instituto de Ciências Biomédicas – ICB/USP. Aos colegas Gabriel, Evaristo Junior, Leticia e as técnicas Marta Campaner e Carmem Takata do Laboratório de Taxonomia e Filogenia de Tripanossomatídeos, Instituto de Ciências Biomédicas II– ICB/USP, pelos ensinamentos, paciência e as horas de bom humor. Às minhas amigas Cícera Costa Rocha e Kally Sousa, por serem minhas terapeutas nas horas de desesperos. Ao professor Dr. Gabriel Cestari Vilardi da Fundação Universidade Federal de Rondônia do Câmpus de Guajará-Mirim, pelo apoio nessa trajetória e ajuda nas coletas. A Mariane Ribeiro da Universidade Federal do Acre – UFAC por ser suporte essencial nas etapas de análises dos triatomíneos e tripanossomatídeos, parceria de longas datas. “Ah, se as madrugadas no laboratório falassem...” Gostaria de agradecer a todos e a todas, que colaboraram de forma direta e indireta com o processo de doutoramento em Araraquara. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pela bolsa de doutorado concedida durante o estudo. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. 2 RESUMO Em 1909, o pesquisador Carlos Ribeiro Justiniano Chagas identificou e descreveu o ciclo completo da doença de Chagas (DC). Essa enfermidade, que leva seu nome, é uma doença negligenciada e confinada, principalmente, aos países latinos – que, de forma geral, são considerados endêmicos. Os triatomíneos são insetos hematófagos vetores da DC e a maioria das espécies ocorre nas Américas. Esses insetos foram notificados, pela primeira vez, no século 15. Atualmente, existem 160 espécies descritas (agrupadas em 18 gêneros), das quais, cerca de 65 espécies foram notificadas no Brasil e 32 na Amazônia brasileira. O agente etiológico da DC é o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Neste estudo, foi realizada a identificação e caracterização de espécies de triatomíneos e de tripanossomatídeos coletados em região de fronteira (Brasil – Bolívia). Coletas de triatomíneos foram realizadas em seis regiões do município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil e Guayaramerín, Beni, Bolívia. As coletas foram feitas por buscas ativas em palmeiras, assim como, por meio de armadilhas luminosas e capturas de insetos que invadiram ambientes considerados domiciliares. Para identificação das espécies, utilizou-se de caracteres morfológicos, por intermédio de chaves dicotômicas. A identificação de tripanossomatídeos foi efetuada em microscopia ótica (MO) e por biologia molecular, pelo método Fluorescent Fragment Length Barcoding (FFLB). Foram capturados 1.232 espécimes de triatomíneos, dos seguintes estágios evolutivos: NI- 72; NII-94; NIII-128; NIV-146; NV-190 e adultos (602), para isso utilizamos chaves ditocômicas. Os triatomíneos coletados em palmeiras encontravam-se, predominantemente, em Attalea speciosa, embora, também em A. maripa e Oenocarpus bataua. Após as coletas, os triatomíneos foram examinados por MO, para investigar a presença de tripanossomatídeos. Posteriormente, foi extraído o DNA, para as análises moleculares. As espécies capturadas foram P. lignarius, P. geniculatus, R. montenegrensis, R. pictipes, R. robustus e R. stali. Por MO, cerca de 13% foram positivos à presença de tripanossomatídeos. No entanto, a taxa de infecção para tripanossomatídeos, por meio de PCR foi de 58,29% (549 insetos adultos examinados). Desses, 45% estavam infectados, somente por T. cruzi e 39,81% com infecção mista com T. rangeli. Com relação à genotipagem, 32,81% foram positivos para TcI, 21,25% para infecção mista (TrA+TcI), 15,63% para TrA e 15% para infecção mista (TrA+TcI+TcIV). O estudo possibilitou detalhar as distribuições dos triatomíneos e tripanossomatídeos em regiões de fronteira (Brasil – Bolívia), o que poderá subsidiar ações de vigilância na região estudada. Palavras-chave: Doença de Chagas; Rondônia; Trypanosoma cruzi; Trypanosoma rangeli; Rhodnius. 3 ABSTRACT In 1909, researcher Carlos Ribeiro Justiniano Chagas identified and described the cycle of Chagas Disease (CD). This disease, which bears his name, is a neglected disease confined mainly to Latin countries that are considered endemic. Triatomines are insect vectors of CD and most species occur in the Americas, but some appear on other continents. These insects, were reported for the first time in the 15th century. Currently, there are around 160 described species (grouped into 18 genera), with around 65 species reported in Brazil and 32 in the Brazilian Amazon. The etiological agent of CD is the flagellated protozoan known as Trypanosoma cruzi. The main objective of the study was to identify and characterize species of triatomines and trypanosomatids collected in the border region (Brazil – Bolivia). Triatomine collections were carried out in six regions of the municipality of Guajará-Mirim, Rondônia and included Guayaramerín, Beni, Bolivia. Collections were carried out by active searches in palm trees, as well as by means of light traps and capture of insects that invaded environments considered domestic. To identify the species we used morphological characters based on dichotomous keys. The identification for analysis of trypanosomatids was performed by optical microscopy and for molecular biology the FFLB method. Were captured 1,232 specimens of triatomines, of the following evolutionary stages: NI-72; NII-94; NIII-128; NIV- 146; NV-190 and adults (602). The triatomines collected from palm trees were predominantly installed on Attalea speciosa, although specimens were also collected on A. maripa and Oenocarpus bataua. After collection, the triatomines were examined by light microscopy, to investigate the presence of trypanosomatids and their DNA was subsequently extracted to carry out molecular analyses. The species captured were P. lignarius, P. geniculatus and R. montenegrensis, R. pictipes, R. robustus. R. stali. For optical microscopy 13% were positive for the presence of trypanosomatids. The infection rate for trypanosomatids by means of PCR was 58.29% (549 adult insects analysed). Of these, 45% were infected only with Trypanosoma cruzi and 39.81% with mixed infection. Regarding genotyping, 32.81% were positive for TcI, 21.25% for mixed infection (TrA+TcI), 15.63% for TrA, and 15% for mixed infection (TrA+TcI+TcIV). The study made it possible to detail the distributions of triatomines and trypanosomatids. The results obtained corroborate preliminary studies carried out in nearby municipalities. This study may support surveillance actions in the region studied. Keywords: Chagas disease; Rondônia; Trypanosoma cruzi; Trypanosoma rangeli; Rhodnius. 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado) ................................... 19 Figura 2. Localidades de coleta no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil. ............ 23 Figura 3. Coletas de triatomíneos de diferentes localidades do município de Guajará-Mirim, RO ............................................................................................................................................ 29 Figura 4. Coletas de triatomíneos de diferentes localidades de fronteira – Brasil/Bolivia .... 30 Figura 5. Coletas de triatomíneos com armadilhas luminosas ............................................... 31 Figura 6. Análise microscópica das fezes e glândula salivar dos triatomíneos. ..................... 33 Figura 7. Análise molecular dos tripanossomatídeos nos triatomíneos ................................. 34 Figura 8. Estádios de desenvolvimentos dos triatomíneos do gênero Rhodnius .................... 39 Figura 9. Triatomíneos do gênero Panstrongylus e Rhodnius ............................................... 40 Figura 10. Palmeiras dissecadas nas áreas coletas do estudo em Guajará-Mirim, Rondônia 40 Figura 11. Espécies de triatomíneos capturadas no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. .......................................................................................... 45 Figure 12. Distribuição dos T. cruzi (DTU's) e T. rangeli (linhagens) de acordo com os locais de coleta dos triatomíneos no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022 ............................................................................................................................. 50 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Reações de amplificação, os oligonucleótidos, os perfis térmicos e tamanhos das bandas esperadas para cada gene. ............................................................................................ 36 Tabela 2. Métodos de coleta e número de triatomíneos capturados, no município de Guajará- Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ............................................................ 38 Tabela 3. Número e percentual de palmeiras dissecadas e triatomíneos coletados, no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ......................................... 41 Tabela 4. Número e percentual de triatomíneos, em relação aos locais de coletas no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ......................................... 41 Tabela 5. Número e percentual de espécies de Rhodnius e Panstrongylus coletados no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ........................ 42 Tabela 6. Número e percentual de espécies de Rhodnius e Panstrongylus coletados no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ........................ 42 Tabela 7. Número absoluto e percentual de triatomíneos coletados de acordo com o estádio ninfal por sexo, espécies de palmeiras e análise microscópica para tripanossomatídeos, no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ........................ 43 Tabela 8. Número e percentual das espécies de Rhodnius e Panstrongylus, analisados por microscopia óptica para busca de tripanossomatídeos, no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ........................................................................ 44 Tabela 9. Número e percentual de triatomíneos por estádio, sexo e localidade no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. .............................................. 46 Tabela 10. Taxa de positividade para tripanossomatídeos por microscopia óptica de espécies de triatomíneos por localidade no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ........................................................................................................................ 46 Tabela 11. Número e percentual de positividade com especificação da genotipagem para T. cruzi e T. rangeli por espécies de triatomíneos no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. .......................................................................................... 48 Tabela 12. Número e percentual de positividade com especificação da genotipagem para T. cruzi e T. rangeli por localidade no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ........................................................................................................................ 49 Tabela 13. Comparação das amostras de triatomíneos adultos analisadas em Microscopia Óptica e Análise Molecular no município de Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil, no período de 2019 a 2022. ............................................................................................................................ 51 6 SUMÁRIO CAPÍTULO 1 – TESE DE DOUTORADO ................................................................................... 8 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9 1.1 DOENÇA DE CHAGAS ..................................................................................................... 9 1.2 EPIDEMIOLOGIA DA DC .............................................................................................. 11 1.3 TRIATOMÍNEOS ............................................................................................................. 13 1.4 TRIPANOSSOMATÍDEOS .............................................................................................. 17 2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 22 2.1 GERAL .............................................................................................................................. 22 2.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................................. 22 3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 23 3.1 LOCAL DE ESTUDO ....................................................................................................... 23 3.1.1 Área Urbana ....................................................................................................................................................................... 23 3.1.2 Comissão de Aeroportos da Região Amazônica - Comara .......................................................... 24 3.1.3 Distrito Iata ......................................................................................................................................................................... 24 3.1.4 Reserva Extrativista Rio Ouro Preto - Resex Rop ............................................................................. 25 3.1.5 Reserva Extrativista do Rio Pacaás Novos – Resex Rio Pacaás Novos ............................. 25 3.1.6 Reserva Extrativista Federal Rio Cautário – Resex Rio Cautário ........................................ 26 3.2 COLETAS E IDENTIFICAÇÃO MORFOLÓGICA ....................................................... 28 3.3 ANÁLISE MICROSCÓPICA E ISOLAMENTO DOS TRIPANOSSOMATÍDEOS. .... 32 3.4 ANÁLISES MOLECULARES ......................................................................................... 35 3.4.1 Extração de DNA .......................................................................................................... 35 3.4.2 Fluorescent Fragment Length Barcoding (FFLB) ...................................................... 35 3.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ........................................................................................... 36 3.6 ASPECTOS ÉTICOS PESQUISAS .................................................................................. 37 4 RESULTADOS ................................................................................................................... 38 4.1 COLETA DE TRIATOMÍNEOS ...................................................................................... 38 4.2 IDENTIFICAÇÃO GENÉTICA DE TRIPANOSSOMATÍDEOS ................................... 48 5 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 52 5.1 ESPÉCIES DE PALMEIRAS E SUA INFESTAÇÃO ..................................................... 52 5.2 ESPÉCIES DE TRIATOMÍNEOS COLETADOS ........................................................... 52 5.3 INFECÇÃO DE TRIATOMÍNEOS POR TRYPANOSOMA ............................................ 59 6 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 63 7 7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 65 CAPÍTULO 2 - ARTIGOS PUBLICADO E ACEITO ...................................................... 89 ARTIGO 1 - FIRST REPORT OF RHODNIUS MONTENEGRENSIS (HEMIPTERA: REDUVIIDAE: TRIATOMINAE) IN BOLIVIA .................................................................................................. 90 ARTIGO 2 – FIRST REPORT OF RHODNIUS STALI LENT, JURBERG & GALVÃO, 1993 (HEMIPTERA: REDUVIIDAE: TRIATOMINAE), VECTOR OF TRYPANOSOMA CRUZI (TCI) AND TRYPANOSOMA RANGELI (TRA), IN RONDÔNIA, SOUTHWESTERN BRAZILIAN AMAZONIA .................................................................................................................................................... 95 8 CAPÍTULO 1 – TESE DE DOUTORADO Caracterização de espécies de triatomíneos e de tripanossomatídeos coletados em região de fronteira (Brasil – Bolívia) 9 1 INTRODUÇÃO 1.1 DOENÇA DE CHAGAS A tripanossomíase americana (TA) ou doença de Chagas (DC), ao longo do tempo atingiu diversas partes do mundo, porém as regiões endêmicas concentram-se nos países pertencentes ao continente da América do Sul e Central (WHO, 2010; Stanaway; Roth, 2015; Pérez-Molina; Molina, 2018; Mendes et al., 2022). Por conseguinte, a DC foi descrita pelo pesquisador Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas, em 1909 (Chagas, 1909). Ao se deslocar para Lassance, interior de Minas Gerais, com o intuito de reduzir o número de pessoas, que trabalhavam na construção da estrada de ferro Central do Brasil e, que estavam acometidas por malária, assim foi possível caracterizar e identificar a nova doença e descrever todo o seu ciclo (Coura, 1997; Galvão, 2014). Essa enfermidade dispõe como seu agente etiológico o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909) (Kinetoplastea: Trypanosomatida) e o seu principal vetor é um inseto conhecido popularmente como barbeiro, pertencente à subfamília Triatominae (Gorla et al., 2021; Medeiros et al., 2022; Costa-Oliveira et al., 2023). Nesse contexto, o T. cruzi é um protozoário com capacidade de infectar e se instalar em vários organismos, podendo ser patogênico ou não aos seus hospedeiros, assim sua transmissão pode ocorrer de formas variadas como a vetorial, transfusão de sangue, transplantes de órgãos, acidentes de laboratório, bem como oral (dependente e independente dos triatomíneos) e congênita (Rassi Junior et al., 2012; WHO, 2020; Martins-Melo et al., 2021; Ramos et al., 2022; Costa-Oliveira et al., 2023). A transmissão vetorial ainda é uma das principais vias de transmissão da DC nos países considerados endêmicos (WHO, 2020). Nessa forma de transmissão, o triatomíneo infectado libera o protozoário pelas fezes/urina na superfície do seu hospedeiro (uma vez que esses insetos têm o hábito de defecar/urinar durante ou após o repasto sanguíneo), o que pode resultar na entrada do agente etiológico na corrente sanguínea e ocasionar a infecção do vertebrado (Medeiros et al., 2020). Além da vetorial, outra forma de transmissão, que merece destaque é a vertical (congênita), a infecção ocorre da mãe para o feto no período gestacional. A transmissão acontece, quando a mãe, uma vez contrai a DC e não é tratada, ainda que seja, durante a gestação, aumenta as chances do T. cruzi entrar em contato com o feto, assim a criança poderá nascer DC (WHO, 2020). Essa transmissão é a principal forma de propagação da DC nos países considerados não endêmicos (Sanchez et al., 2014; Conners et al., 2017; Silva et al., 2020). 10 A transfusão ou transplante, por muito tempo, contribuíram efetivamente para o aumento da disseminação da DC, mas, com a implementação de medidas de controle realizadas antes de administrar os fluidos ou órgãos em outra pessoa, favoreceu para a redução dessas vias de infecção (WHO, 2020; Gorla et al., 2022; Mendes et al., 2022; Shikanai-Yasuda, 2022; Hochberg; Montgomery, 2023). A infecção oral é outra forma bastante comum no Brasil, principalmente na região amazônica (Shikanai-Yasuda, 2012; Magalhães-Santos, 2014; Vergara-Meza et al., 2021). A transmissão pela via oral acontece basicamente do contato humano com alimentos contaminados por T. cruzi. A contaminação pode ocorrer de várias formas, desde animais silvestres, que são reservatórios e o manejo inadequado no momento da despolpa das frutas. Assim o homem ao consumir esse alimento possibilita a entrada do agente etiológico da DC no organismo, em que podem levar ao desenvolvimento da doença (Pinto et al., 2009; Magalhães-Santos; Hernández et al., 2020; López‐García; Gilabert, 2023). Além das bebidas, a infecção por T. cruzi pode ocorrer pelo consumo de carnes cruas de caças (animais silvestres), prática comum entre os povos originários da América do Sul (Recine; Radaelli, 2015). Atualmente, essa atividade, ainda é realizada, principalmente, pela população da zona rural, pois, em alguns casos os moradores utilizam, como modo de subsistência e, em outros casos vem da necessidade pessoal de se alimentar dos animais silvestres (Sampaio, 2011; Ribeiro; Corção, 2013; Recine; Radaelli, 2015; Sangenis et al., 2015; López-García; Gilabert, 2023). Dessa maneira, o indivíduo, quando infectado com a DC, seja, por qualquer fonte de infecção poderá desenvolver sintomas ou não, independentemente, em que fase o paciente se encontra. A DC é classificada em duas fases: aguda e crônica (Oliveira et al., 2008; Abreu- Pedra et al., 2017; Dias et al., 2015; Pérez-Molina; Molina, 2018; Perez et al., 2022). A fase aguda é o período, no qual se visualiza com facilidade T. cruzi no sangue periférico (Prata, 1990). Quando apresenta sintomas, eles surgem nos primeiros dias ou meses de infecção (Pérez-Molina; Molina, 2018; Sousa et al., 2023). A porta de entrada de T. cruzi no organismo humano pode ser visualizada pelo sinal de Romanã, que é o edema bipalpebral, ou o chagoma de inoculação, porém não são tão frequentes e, em alguns casos, com o surgimento de linfadenopatia (WHO, 2010; Brasil, 2019). Nessa perspectiva, entre as sintomatologias específicas, tem-se a miocardite difusa com vários graus de gravidade, sinais de pericardite, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco; manifestações sindrômicas de insuficiência cardíaca, derrame pleural; edema de face, 11 de membros inferiores ou generalizado; tosse, dispneia, dor torácica, palpitações, arritmias; hepatomegalia e/ou esplenomegalia, de leve a moderada intensidade (Brasil, 2019). Existem, também casos com surgimentos de sintomas inespecíficos, como dor de cabeça, palidez, dor muscular, dificuldade de respiração, dor abdominal, tosse, erupções de pele, nódulos dolorosos, vômito, diarreia; também podem ocorrer, meningite (principalmente em imunodeprimidos e crianças com menos de dois anos) (WHO, 2010). E, às vezes, por não apresentar sintomas específicos, pois na sua maioria, as pessoas infectadas não procuram o serviço de saúde ou o profissional de saúde desconhece sobre a DC e, consequentemente, a sintomatologia que acomete ao indivíduo (Prata, 1990; Pinto et al., 2004; Chadalawada et al., 2020). Dessa maneira, a doença tende a se tornar crônica, após dois a quatro meses, assim, o indivíduo perpassa da fase aguda, para a fase crônica (Prata, 1990), caracterizada pela escassez de T. cruzi na corrente sanguínea, que se aloja em tecidos, nos quais o parasito possui afinidade: cardíaco, digestivo e neurológico (Marin-Neto et al., 2022). Ainda nessa fase, o indivíduo tem a possibilidade de apresentar algumas formas clínicas, como indeterminadas ou assintomáticas, cardíaca, digestiva e mista (Basqueira et al., 2003; Rassi; Marin-Neto, 2010; Chadalawada et al., 2020; WHO, 2020). 1.2 EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS Diante da repercussão da doença e com mais de 100 anos de sua descrição, a DC, ainda é considerada um problema de saúde pública mundial, que precisa ser resolvido, pois estudos apontam que existem, cerca de cinco a 18 milhões de humanos acometidos por essa enfermidade, nos quais podem evoluir a óbito, além disso, cerca de 10 mil pessoas são infectadas anualmente (Stanaway; Roth, 2015; Ciapponi et al., 2020). Dessa forma, a expansão da doença deve-se, principalmente, pelo fluxo migratório, seja regional (deslocamento do interior do país, para os grandes centros urbanos do próprio país) ou continental (principalmente nos países considerados subdesenvolvidos, como os latinos, para os demais continentes desenvolvidos) (Gorla et al., 2022). A chegada desses imigrantes oriundos de países como Bolívia, Argentina ou Brasil, em países não endêmicos para DC, que não apresentam controle epidemiológico, para essa enfermidade, pois possibilita a transmissão nesses países, por meio de transplante, doação sanguínea e/ou congênita (Gorla et al., 2022; Medeiros, 2022). Nesse contexto, alguns desses países, como Estados Unidos, 12 possuem regulamentos, nos quais auxiliam na triagem da população, para a doença de Chagas, principalmente os imigrantes (Gorla et al., 2022). Portanto, acredita-se que os fatos apresentados acima reforçam a necessidade de os indivíduos infectados terem o diagnóstico correto, em tempo de realizar uma farmacoterapia e que leve a cura ou evite as manifestações graves da doença, principalmente nos países pobres (Marin-Neto et al., 2022). Nesse cenário, dados apontam que, entre os países considerados endêmicos, o Brasil ocupa o terceiro lugar com a maior taxa de incidência para DC (WHO, 2021; Gorla et al., 2022; Medeiros, 2022). Cerca de mais de um a quatro milhões de brasileiros estão infectados com a parasitose e mais de seis mil óbitos anuais (Brasil, 2019; Santana et al., 2021; Martins-Melo et al., 2022; Gorla et al., 2022). Entre as regiões brasileiras pode-se destacar as regiões Norte e Nordeste, que nas últimas décadas apresentaram maior incidência da DC, porém a transmissão vetorial prevalece em todo país (Andrade et al., 2011; Brasil, 2019; Martins-Melo et al., 2014; Santana et al., 2021; Medeiros, 2022). Os dados epidemiológicos apresentados acima, podem estar subestimados, devido, principalmente, pela dificuldade do diagnóstico correto. Pois, sabe-se que existem projeções, nas quais apontam um número bem maior de pessoas infectadas com T. cruzi, assim como essas e outras ações podem contribuir para diminuir o número de subnotificações, além de tratar os casos, diminuindo as morbidades da doença e contribuindo, para a redução do impacto social e econômico, assim como incentivar o surgimento de novas pesquisas, que envolvam a DC (Ramos-Junior; Sousa, 2017; WHO, 2022; Ramos et al., 2022). Para contribuir com a melhora dos dados registrados da DC, pesquisadores instituíram o Dia Mundial das pessoas afetadas pela doença de Chagas, com intuito de dar maior visibilidade da DC ao mundo e visibilidade dos impactos, que a enfermidade causa ao seus acometidos (Dias et al., 2016; Kropf; Lima, 2020; Ramos et al., 2022). Assim, foi estabelecido pela 72ª Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2019 o dia mundial da doença de Chagas, que ocorreu em 19 de abril (WHO, 2019). Os dados levantados, sobre a região Norte do Brasil compreende sete estados: Acre (AC), Amazonas (AM), Amapá (AP), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO). Com base nos dados do período de 2009 a 2019, obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS, essa região apresenta o registro 2.353 casos de DC e esse valor é considerado elevado, quando comparado com o somatório das demais regiões, que não chega a atingir 5% do total dos casos registrados (Moraes et al., 2021). 13 Os dados levantados, acerca da DC na região Norte, a maioria desses casos aconteceram no estado do Pará, seguido pelo Amapá, ambos ocorreram pelo consumo da bebida da fruta açaí contaminada com T. cruzi (Moraes et al., 2021). No estado de Rondônia, a partir do levantamento nota-se, que em 22 anos (2001 a 2021), há o registro de apenas 41 casos da doença de Chagas Aguda - DCA (Brasil, 2023) e outro estudo realizado em 2011 na região rural do município de Monte Negro aponta, que das 344 amostras de soros dos participantes, que foram analisadas, apenas quatro apresentaram positividade para T. cruzi na fase crônica e as pessoas acometidas eram oriundas de outros estados brasileiros tidos como endêmicos, faixa etária de 24 a 57 anos (Carvalho et al., 2011; Brasil, 2020). Pode-se inferir, que ao compor os dados epidemiológicos, sobre a transmissão via oral, o Brasil é apontado como o país com maior número de casos relatados, para essa via de infecção (López‐García; Gilabert, 2023). Os números sobre a DC, apresentados até o momento indicam, que não há nenhum relato de chagásico na microrregião de Guajará-Mirim no estado de Rondônia, o que não quer dizer, que não há pessoas acometidas com a doença na região, já que se tem dados preliminares, que apontam a presença de triatomíneos contaminados por tripanossomatídeos. Outro fato é a proximidade da região com a cidade Guayaramerín, Bolívia, em que há registro de micro surtos com 14 pessoas infectadas pelo consumo de suco de patauá (jugo de majo), extraído do fruto da palmeira Oenocarpus bataua, que estava contaminado com T. cruzi (Santalla et al., 2011; Rojas-Cortez et al., 2016; Depickère et al., 2022). 1.3 TRIATOMÍNEOS Os triatomíneos pertencem ao reino Animal, filo Arthropoda, classe Insecta, ordem Hemiptera, subordem Heteroptera, família Reduviidae e subfamília Triatominae (Rocha, 2016; Alevi et al., 2021; Mwangi et al., 2022). Atualmente, há 160 espécies descritas no mundo, sendo três delas fósseis, divididas em cinco tribos (Alberproseniini, Bolboderini, Cavernicolini, Rhodniini e Triatomini) e 18 gêneros, sendo eles: Alberprosenia, Belminus, Bolbodera, Microtriatoma, Parabelminus, Cavernicola, Psammolestes, Rhodnius, Dipetalogaster, Eratyrus, Hermanlentia, Linshcosteus, Mepraia, Nesotriatoma, Panstrongylus, Paratriatoma, Triatoma e Paleotriatoma (Gil-Santana et al., 2022; Menezes et al., 2022; Alevi et al., 2021; Dale et al., 2022; Zhao et al., 2023). 14 Os triatomíneos estão amplamente disseminados nas Américas, principalmente, entre a América Central e Sul, porém há espécies que ocorrem na América do Norte, Oceania, Europa, Ásia e África (Dujardin et al., 2015; Eberhard et al., 2020). Em relação, ao desenvolvimento os triatomíneos possuem ciclo de reprodutivo incompleto e classificados como hemimetábolos (ovo-ninfas-adulto). Após a deposição dos ovos pela fêmea, a incubação ocorre de 10 a 40 dias, sofrendo variações, por conta da temperatura, do ambiente e das espécies (Barata, 1981; Catalá et al., 2017; Mwangi et al., 2022). Com a eclosão dos ovos, têm-se as ninfas no estádio I e, conforme ocorre a alimentação sanguínea se desenvolvem, até atingir a fase adulta (Ponair, 2005; Catalá et al., 2017; Alejandre-Aguilar et al., 2023). Todos os cinco estádios ninfais, assim como adultos, fêmeas e machos podem transmitir o T. cruzi, exceto pelos ovos (Alejandre-Aguilar et al., 2023). Por conseguinte, os triatomíneoss, possuem a capacidade de se dispersar por uma varidade de ambientes. Assim sua dispersão é classificada como passiva e ativa, na passiva ocorre o transporte de estádios imaturos, como a aderência de ovos em aves ou, até mesmo, em objetos humanos, já a dispersão ativa ocorre por voos (adultos) e caminhada do próprio triatomíneo, quando atraídos, seja, pela luz e/ou fonte de alimento (Forattini, 1997; Galvão et al., 2001; Catalá et al., 2017). Desse modo, os triatomíneos naturalmente vivem em ambiente silvestres, como afloramentos rochosos, tocas, ninhos, troncos caídos e ocos de árvores, entre raízes expostas e sob cascas soltas, em folhagens de palmeiras e em bromélias epífitas e nesses ambientes tem- se a presença constante de animais silvestres homeotérmicos, como marsupiais, edentados, roedores, carnívoros, morcegos e aves que servem de fonte alimentar. Porém com a degradação do meio ambiente e o avanço das populações humanas, algumas espécies de triatomíneos se adaptaram a viver em ambientes domésticos (Galvão; Justi, 2015; Madeira et al., 2020). Dessa forma, para a vigilância epidemiológica, a atenção deveria ser voltada, para os triatomíneos, que se apresentam em habitações humanas, principalmente, as choupanas ou casas de pau-a-pique, cobertura como palha ou telhados, tão comuns na América Latina (Sanmartino; Crocco, 2000; Briceño-León, 2009; Lima et al., 2012; Galvão, 2014; Gorla; Noireau, 2017; Araújo, 2018; Crocco et al., 2019). A disseminação dos triatomíneos possibilita o surgimento de casos da DC, já que todas as espécies descritas, em potencial, podem veicular o T. cruzi (Garcia et al., 2010; Castillo- Neyra et al., 2015; Nguyen et al., 2023). E pela capacidade de adaptação ao local, em que colonizam e proporcionam a sua reprodudibilidade em três principais ambientes: domésticos, pericomiciliares e silvestres (Deane, 1964; Guhl; Vallejo, 2003). Dentre os 18 gêneros, 15 Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus, são considerados de maior importância epidemiológica na América Latina (Cavassin et al., 2014; Vieira et al., 2018). Dentre os três gêneros com maior diversidade, há relatos da presença desses vetores em ambientes domésticos e periodomésticos, conforme descritos por pesquisadores da área. Há também triatomíneos, que possuem a capacidade de domiciliação, como acontece com R. stali na Bolívia e R. prolixus na Venezuela (Dias, 1953; Schofield, 1989; Matias et al., 2003; Schofield; Galvão, 2009 Hashimoto; Schofield, 2012). A constatação de espécies de Rhodnius, em ambiente não silvestre (buscando locais domésticos/peridomésticos), elevam o risco de transmissão da enfermidade chagásica (Gurgel- Gonçalves et al., 2008; Abad-Franch et al., 2009; Mosquera; Lorenzo, 2020). A identificação dos triatomíneos é feita, a partir das observações dos caracteres morfológicos, observados na cabeça e pronoto, especialmente, contribuem, para a distinção imediata, entre os gêneros e as espécies descritas (Lent; Wygodzinsky, 1979). Além disso, o uso de órgãos reprodutores, têm sido uns dos caracteres utilizados, pois apresentam grande eficácia no processo identificatório, porque são órgãos altamente variáveis o que possibilita a distinção, entre as espécies com mais precisão (Galvão, 2020). A revisão realizada por Lent & Wygodzinsky (1979), com a descrição das genitálias do macho e da fêmea enfatiza a validade dos órgãos reprodutores dos machos. Por muito tempo, os caracteres da genitália feminina foram ignorados taxonomicamente, somente em 2010, o estudo detalhado das genitálias de fêmeas comprovou que essa estrutura pode ser utilizada, para a identificação específica com precisão (Rosa et al., 2010; Rosa et al., 2014; Rosa et al., 2017; Rodrigues et al., 2018; Galvão, 2020). Outras técnicas podem ser implementadas, como a citogenética, morfométrica ou biologia molecular, que contribuem, sobretudo, na elucidação de novas espécies, espécies semelhantes ou subespécies, as quais necessitam de estudos aprofundados, até sua real identificação, evitando registros equivocados e/ou errôneos (Galvão, 2020; Ravazi et al., 2020). O gênero Rhodnius, desde a sua descrição apresenta importância epidemiológica, o que justifica, em ser um dos gêneros mais estudados, outro motivo é a dificuldade da diferenciação, entre as espécies que compõem o grupo (Lent; Jurberg, 1969; Lent; Wygodzinsky, 1979; Galvão et al., 2003; Souza et al., 2020). Rhodnius de maneira geral apresenta as seguintes características, comprimento total entre 11-26 mm, cabeça delgada e alongada, duas ou três vezes mais longa que a largura da cabeça e, em muitos, mais longa que o pronoto, sua coloração varia entre o pardo-amarelado e, em alguns casos apresenta a coloração negra, com manchas castanhas escuras ou pardo-negras, os tubérculos anteníferos 16 são curtos e inseridos na porção anterior do clípeo (Lent; Wygodzinsky, 1979). Sua preferência por palmáceas, contribui fortemente, para sua disseminação na região amazônica brasileira, em que há uma vasta variedade e abundância de palmeiras (Miles et al., 1983; Gaunt; Miles, 2000; Gurgel-Gonçalves et al., 2003; Dias et al., 2014; Julião et al., 2021) Outro gênero que se faz presente na região amazônica é Panstrongylus, no qual apresenta uma ampla distribuição na América Latina, e com elevada plasticidade morfológica, dando-lhe capacidade adaptativa a diversos ambientes silvestres, domiciliares e peridomiciliares. Assim, por essa habilidade atrai atenção dos entomólogos (Schofield; Galvão, 2009; Patterson et al., 2009). Além do mais, relatos apontam associações das espécies desse gênero com mamíferos e aves (Santos et al., 2003). Contudo, suas principais características é o tamanho total de 19 a 39 mm, corpo glabro, ou com pelos curtos e achatados; cabeça, incluindo os olhos, pouco mais longa do que larga, pouco alongada à frente dos olhos; ocelos situados em nítidas saliências do disco na região pós-ocular da cabeça; antenas inseridas junto aos olhos, afastadas do ápice da cabeça (Lent; Wygodzinsky, 1979; Juberg et al., 2014). Nessa perspectiva, o gênero Eratyrus, apesar de não ser considerado de importância epidemiológica, merece atenção, por sua atração por luz artificial, como relatado em estudos realizados no Amazonas e em Rondônia (Castro et al., 2010; Meneguetti et al., 2011). Além da atração pela luz, há outro fato, que se mostra relevante, são os relatos da presença de colônias de Eratyrus infectadas com o T. cruzi em ambientes domésticos e/ou peridomiciliar, em países que fazem fronteira com o Brasil: como Bolívia, Peru, Venezuela e Colômbia. Há registros de invasões esporádicas em ambientes domiciliares (Noireau et al., 1995; Guhl 2007; Rojas et al., 2008; Torres; Cabrera 2010; Depickère et al., 2012; Obara et al., 2013; Monte et al., 2014). Entender a biologia e a dispersão desse gênero é fundamental, para resguardar a população de um possível surto, seja vetorial ou com alimento contaminado, dada a sua presença em vários estados da região norte do Brasil (Obara et al., 2013; Jesus et al., 2021). Observa-se a dispersão de triatomíneosna região Amazônica brasileira (Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins), área que absorvem grande parte do território brasileiro, um levantamento recente relatou a presença de 31 espécies descritas, divididas em nove gêneros (Madeira, 2022). Em Rondônia, foi observada a presença de nove espécies, a saber, Rhodnius montenegrensis Rosa et al., 2012, Rhodnius milesi Carcavallo, Rocha, Galvão, and Jurberg, 2001, R. robustus Larrousse, 1927, R. pictipes Stål, 1872, Eratyrus mucronatus Stål, 1859, Panstrongylus geniculatus (Latreille, 1811), P. lignarius (Walker, 1873), P. megistus (Burmeister, 1835) e P. rufotuberculatus (Champion, 1899). Rhodnius é o mais 17 abundante na região Norte e no estado de Rondônia (Oliveira; Alevi, 2017; Lima-Cordón et al., 2019; Poinar Júnior, 2019; Nascimento et al., 2019). 1.4 TRIPANOSSOMATÍDEOS A família Trypanosomatidae é constituída por organismos unicelulares e eucariontes (Brener, 1997; Souza; Barrias, 2020). Trypanosoma cruzi é um protozoário flagelado da ordem Kinetoplastida, pertencente à família Trypanosomatidae (Abegg et al., 2017; Ramírez et al., 2018; Moretti et al., 2020). A célula desse parasita compõe-se de várias organelas, entre as quais uma única membrana, assim como uma organela rica em DNA (kDNA), localizada na mitocôndria denominada de cinetoplasto, que concentra todo DNA mitocondrial. O cinetoplasto, além de sua função na célula contribui, para a identificação e diferenciação entre os tripanossomatídeos (Souza; Barrias, 2020). Em seu processo de desenvolvimento, T. cruzi envolve basicamente dois hospedeiros: vertebrados (mamíferos) e invertebrados (triatomíneos) (Chagas, 1909). O ciclo de transmissão ocorre no ambiente doméstico, peridoméstico e silvestre, em que o silvestre mantém a relação, entre os triatomíneos e os animais silvestres, relação que há indícios de ocorrer há milhares de anos, é o que denominamos de ciclo enzoótico (Guhlet al., 1999; Afderheide et al., 2004). O peridoméstico é um ciclo entre o vetor e os animais domésticos e, eventualmente, ocorre com animais silvestres presentes nos arredores do ambiente doméstico (Deane et al., 1984; Coura; Dias, 2009; Coura; Junqueira, 2015). Nesse contexto, o ambiente doméstico é marcado pela presença dos triatomíneos, em contato com animais domésticos e/ou humanos, a hipótese mais aceitável da presença dos triatomíneos em habitações humanas, se deve pelas alterações ambientais (desmatamento, atividade agrícola e pecuária) e, ao longo do tempo, o vetor precisa se adaptar a esses locais, para conseguir sobreviver. A transmissão, até então, classificada como zoonótica (triatomíneos para animais silvestres), pode ser considerada zooantroponótica, que em linhas gerais é a transmissão do humano, para os animais domésticos, que posteriormente transmite para os animais silvestres (Aguilar et al., 2007; Coura et al., 2007; Coura 2008; Argolo et al., 2008; Coura; Dias, 2009). Dessa forma, Trypanosoma cruzi pode se apresentar fundamentalmente sob quatro formas: epimastigota, tripomastigota, tripomastigota metacíclica e amastigota (Fig. 1). A forma epimastigota é a forma reprodutiva, que ocorre no intestino médio dos triatomíneos, oriunda das formas infectantes tripomastigota metacíclicas e obtidas no momento da 18 alimentação em fontes infectadas com T. cruzi. Assim, a forma epimastigota perpassa por etapas, até retornar novamente a fase tripomastigota metacíclica (Goldenberg; Avilar, 2011; Oliveira et al., 2017). Dessa maneira, as formas evolutivas de T. cruzi podem ser diferenciadas ao examinar a relação núcleo/flagelo. Na forma tripomastigota, o cinetoplasto situa-se na parte posterior do flagelado, em posição terminal ou subterminal, e o flagelo emerge da chamada bolsa flagelar, localizada próxima ao cinetoplasto; nos epimastigotas (formas de multiplicação do parasita no vetor ou em cultura), o cinetoplasto e a bolsa flagelar estão em posição anterior ao núcleo; por fim, as amastigotas (estágios evolutivos que se multiplicam dentro das células hospedeiras) são organismos arredondados, que apresentam flagelos interiorizados (Brener, 2017; Oliveira, 2017; Souza; Barrias, 2020). Por meio de estudos moleculares, pesquisadores agruparam as espécies de Trypanosoma descritas e semelhantes, em grupos conhecidos com clados, sendo eles aquáticos e terrestres (Stevens et al., 2001; Tibayrenc; Ayala, 2022). Nessa conjuntura, o clado aquático é composto por tripanossomatídeos observados em anuros, peixes, quelônios, sanguessugas aquáticas e no clado terrestre tem-se tripanossomatídeos de aves, cobras, crocodilianos, lagartos e inúmeras ordens de mamíferos (Viola et al., 2008, 2009; Fermino et al., 2013). Posteriormente, houve o surgimento dos subclados terrestres (Clado crocodiliano, aves, lagartos e serpentes, Trypanosoma brucei, Trypanosoma cruzi,? Trypanosoma lewisi, Trypanosoma theileri, Trypanosoma cyclops) (Viola et al., 2008, 2009; Fermino et al., 2013). O clado T. cruzi é considerado heterogêneo constituído por uma diversidade de hospedeiros, como algumas espécies de morcegos, triatomíneos e os cimicídeos (blacklock, 1914; Freitas et al., 1946; Forattini et al., 1990; Salazar et al., 2015; Peterson et al., 2018, Kamani et al., 2022; Lima et al., 2012; Sierra-Rosales et al., 2023). No subgênero Schizotrypanum estão inseridas as espécies de T. cruzi, T. cruzi marinkellei, T. dionisii e T. erneyi (Marinkelle, 1976; Hoare, 1972; Molyneux, 1991; Marcili et al., 2009; Cavazzana et al., 2010; Hamilton et al., 2012; Lima et al., 2012). 19 Figura 1. Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado). Infográfico: Venício Ribeiro, ICICT/Fiocruz. Fonte: Argolo et al., 2008. O pesquisador Carlos Justiniano Chagas (1909), em seu primeiro relato apontava uma diversidade fenotípica de T. cruzi, em seu processo de desenvolvimento e, posteriormente validada, por outros pesquisadores (Chagas, 1909; Tibayrenc; Ayala, 2002; Andam et al., 2017; Souza; Barrias, 2020). Nesse sentido, é a diversidade genética, que contribui para a disseminação em diferentes hospedeiros (Brener; Andrade, 1979; Zingales; Bartholomeu, 2022). Nessa perspectiva, a etapa de reprodução de T. cruzi acontece pelo processo de fissão binária, que alguns pesquisadores acreditavam, que não ocorreria trocas de informações genéticas e/ou aconteciam de forma esporádicas, mas estudos atuais apresentam, que esse contato com materiais genéticos diferentes do que lhe compõe, dá abertura, para o surgimento de novas variedades de T. cruzi com diferenças genotípicas (Salyers; Shoemaker, 1997; Cabezón et al., 2015; Piscon et al., 2023). Para tanto, Trypanosoma cruzi apresenta uma excelente estrutura populacional, que influenciada pelo processo evolutivo (recombinação, mutação, deriva genética, história 20 demográfica e seleção natural) permite sua perpetuação, até os dias atuais e apresenta inúmeras variedades cepas e capacidade de resistências a fármacos, além de impactar em suas características epidemiológicas (Tibayrenc; Ayala et al., 2002; Gaunt et al., 2003; Lewis et al., 2009; Zingales; Bartholomeu, 2022). Em 1999, o agrupamento das cepas de T. cruzi baseados nas características bioquímicas e moleculares foi feita em dois grupos, quais sejam: T. cruzi I e T. cruzi II e, em outro momento, um grupo de pesquisadores discutiu, como iria classificar as cepas consideradas híbridas, pautando-se em novas evidências (Zingales et al., 1999). No ano de 2009, o mesmo grupo definiu, que as cepas nativas e híbridas de T. cruzi deveriam ser agrupadas em Unidades de Tipagem Discreta (DTUs), classificadas em TcI, TcII, TcIII, TcIV, TcV, TcVI (Tibayrenc, 1998; Zingales et al., 2009; Zingales; Bartholomeu, 2022). Lembrando que T. cruzi I passou a corresponder a TcI e TcII agrupou as demais, além do reconhecimento das cepas híbridas (TcV e TcVI) (Zingales et al., 2012, 2018; Freitas et al., 2023). O alinhamento sobre as nomenclaturas da DTUs e o processo de hibridização, entre os genótipos de T. cruzi, ainda é objeto de discussões entre seus estudiosos (Zingales; Bartholomeu, 2022). No mesmo ano de 2009, Marcili e colaboradores em seus experimentos com Trypanosoma, que tem como hospedeiro os morcegos, identificaram uma cepa, que se diferencia das demais já descritas (Marcili, 2008). Assim, para confirmação de novas espécies foi necessário utilizar marcadores moleculares como 24Sα rRNA que apresentou 140 pb diferente das linhagens T. cruzi I e II (Souto et al., 1996). Lima (2015), em seu estudo permitiu estabelecer a proximidade entre a nova espécie (TcBat) com a DTU TcI. Essa observação é oriunda de morcegos brasileiros, após o relato da cepa TCbat outros estudos realizados em países da América do Sul, detectaram a presença da cepa Tcbat nos morcegos da região e em múmias latinas (Chile e Colômbia) (Marcili et al., 2009; Guhl et al., 2014; Ramírez et al., 2014; Lima et al., 2015). Pelo exposto tem-se, que, atualmente, (2023) T. cruzi pode ser classificado em sete grupos: TcI, TcII, TcIII, TcIV, TcV, TcVI e Tcbat (Zingales; Bartholomeu, 2022) Na região Norte do Brasil, estudos recentes apontam, que ocorre a circulação das DTUs TcI e TcIV em humanos com casos de infecção mista, entre os dois genótipos (Vergara- Meza et al., 2022). Em triatomíneo, também ocorre TcI e TcIV (R. robustus e R. montenegrensis), com casos de infecção mista e há registros de TcIII, TcIV, TcV em P. geniculatus (Julião et al., 2022a; Julião et al., 2022b; Vergara-Meza et al., 2022). Há casos de outros mamíferos com infecção por Trypanosoma como cães (Trypanosoma rangeli), 21 morcegos (TcI) e marsupiais (T. rangeli) e primatas não-humanos (TcI, TcIV e T. rangeli) (Julião et al., 2022; Vergara-Meza et al., 2022). Na Bolívia, em especial a região do Departamento do Beni (Guayaramerín), que possui laços fronteiriços, como a região de Guajará-Mirim, foi encontrada a presença de TcI e/ou infecção mista de TcI e TcIV, em espécimes do gênero Rhodnius (Depickère et al., 2022). Diante de exposição, ao longo do texto, sobre a doença de Chagas, dos triatomíneos e dos tripanossomatídeos, houve a necessidade de aprofundar os estudos, em relação ao tema na região de fronteira entre Brasil e Bolívia, município de Guajará-Mirim, Rondônia. Os dados, acerca da doença de Chagas, em Guajará Mirim, Rondônia são praticamente inexistentes, ou seja, a população desconhece a realidade da DC no município e Estado. Por ser uma região fronteiriça com a Bolívia, em que há relatos de micro-surtos, por infecção oral de bebida contaminada (Santalla et al., 2011) pode favorecer a transmissão da doença, por meio da migração de pessoas infectadas e pela sua proximidade geográfica (devido ao ciclo de vida completo). Além desses fatos, tem-se abundância do principal ecótopo natural de triatomíneos (palmeiras) e a possibilidade, também da transmissão oral com o consumo do açaí e de carne de caça. Desse modo, o aumento das chances da ocorrência da doença, justifica o estudo, com intuito de caracterizar e identificar as espécies de triatomíneos e tripanossomatídeos na região de Guajará Mirim, Rondônia, Brasil. 63 6 CONCLUSÃO O estudo realizado no município de Guajará-Mirim revela a presença de triatomíneos infectados por tripanossomatídeos uma realidade, que merece atenção. O registro de espécies de triatomíneos em palmeiras e em ambientes humanos na região foi mostrado nesta pesquisa Na região, a presença abundante de palmeiras é significativa em todo o território do município, com a predominância da espécie de palmeira Attalea speciosa, que é um dos habitats preferenciais do vetor da doença de Chagas. Nesse contexto, os gêneros Panstrongylus e Rhodnius foram os únicos encontrados no município, com as espécies P. lignarius, P. geniculatus, R. montenegrensis, R. pictipes, R. robustus e R. stali. Dessa forma, Pantrongylus lignarius e P. geniculatus foram coletados, apenas, por meio de armadilhas luminosas e invasões em ambientes considerados domésticos, enquanto as espécies de Rhodnius estavam presentes em ambientes silvestres (palmeiras) e em ambientes peridomiciliares e domiciliares. Rhodnius montenegrensis mostrou ser a espécie predominante entre as relatadas. Em relação à infecção dos triatomíneos por tripanossomatídeos, foi identificada a ocorrência de espécies de Trypanosoma cruzi e Trypanosoma rangeli. O estudo, também identificou a presença de unidades de tipagem discreta (DTUs) TcI e TcIV, com casos de infecção mista (TcI/TcIV). Além disso, foi observada a presença da linhagem A de T. rangeli, inclusive em infecções mistas com os genótipos do T. cruzi. Isso destaca a importância da vigilância e do controle, para prevenir a transmissão da doença de Chagas e outras infecções relacionadas com tripanossomatídeos na região. De fato, é evidente que a população do município, tanto na área rural, quanto na urbana, pode estar em risco de infecção por T. cruzi e T. rangeli, seja, por meio das formas clássicas de transmissão ou pela via oral. A proximidade com a Bolívia, que enfrentou surtos recentes de transmissão via oral aumenta, ainda mais a importância da vigilância e do controle dessa doença na região, devido ao processo migratório entre as cidades-gêmeas Guayaramerín (Distrito de Beni, Bolívia) e Guajará-Mirim (Rondônia, Brasil), pois pode contribuir para a disseminação dos parasitos, entre as populações de ambos os lados da fronteira. Dessa maneira, o município possui uma grande extensão territorial em reservas extrativistas e áreas indígenas, o que aumenta o risco de infecção para os residentes dessas localidades, uma vez que dependem da floresta para sua subsistência. Portanto, a vigilância epidemiológica desempenha um papel fundamental no processo de controle e monitoramento 64 dos triatomíneos em ambientes domésticos e peridomiciliares, permitindo a implementação de medidas preventivas e de controle adequados, para proteger a saúde da população. 65 7 REFERÊNCIAS ABAD-FRANCH, F. et al. On palms, bugs, and Chagas disease in the Americas. Acta tropica, v. 151, p. 126-141, 2015. ABAD-FRANCH, F. et al. Ecology, evolution, and the long-term surveillance of vector- borne Chagas disease: a multi-scale appraisal of the tribe Rhodniini (Triatominae). Acta Tropica, v. 110, n. 2-3, p. 159-177, 2009. ABAD-FRANCH, F; MONTEIRO, F. A. Biogeography and evolution of Amazonian triatomines (Heteroptera: Reduviidae): implications for Chagas disease surveillance in humid forest ecoregions. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 102, p. 57-70, 2007. ABAD-FRANCH., F. et al. All that glisters is not gold: sampling-process uncertainty in disease-vector surveys with false-negative and false-positive detections. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 8, n. 9, p. e3187, 2014. ABAD-FRANCH, F; GURGEL-GONÇALVES, R. Modeling disease vector occurrence when detection is imperfect: infestation of Amazonian palm trees by triatomine bugs at three spatial scales. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 4, n. 3, p. e620, 2010. ABEGG, C. P. et al. Polymorphisms of blood forms and in vitro metacyclogenesis of Trypanosoma cruzi I, II, and IV. Experimental Parasitology, v. 176, p. 8-15, 2017. ABREU PEDRA, R. et al. Desafio em saúde pública: tratamento etiológico da Doença de Chagas na fase crônica. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 13, n. 2, p. 5-9, 2011. AGUILAR, H. M. et al. Chagas disease in the Amazon Region. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 102, p. 47-56, 2007. ALARCÓN DE NOYA, B. et al. Large urban outbreak of orally acquired acute Chagas disease at a school in Caracas, Venezuela. The Journal of infectious diseases, v. 201, n. 9, p. 1308-1315, 2010 ALEJANDRE-AGUILAR, R. et al. Triatoma pallidipennis (Stål, 1872) (Hemiptera: Reduviidae) and its potential for infestation in Tecozautla, Hidalgo state, Mexico. Journal of Vector Ecology, v. 48, n. 1, p. 1-6, 2023. ALEVI, K. C. C. et al. Trends in taxonomy of Chagas disease vectors (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae): from Linnaean to integrative taxonomy. Pathogens, v. 10, n. 12, p. 1627, 2021. ALMEIDA, C. E. et al. Dispersion capacity of Triatoma sherlocki, Triatoma juazeirensis and laboratory-bred hybrids. Acta Tropica, v. 122, n. 1, p. 71-79, 2012. ALMEIDA, F. B.; MACHADO, P. A. Sobre a infecção do Panstrongylus geniculatus pelo Trypanosoma cruzi em Manaus, Amazonas, Brasil. Acta Amazônica, v. 1, p. 71-75, 1971. 66 ALVES, C. L. Caracterização de atividades salivares e intestinais relacionadas ao processo alimentar de Triatoma infestans Klug, 1834 (Hemiptera: Reduviidae) sobre hospedeiros invertebrados e vertebrados. 2011. p. 138. Tese (Doutorado em Parasitologia) - Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2011. ANDAM, C. P. et al. Population structure of pathogenic bacteria. In: Tibayrenc M, editor. Genetics and evolution of infectious diseases. 2nd ed. Amsterdam: Elsevier. 2017. ANEZ, N. et al. Acute Chagas disease outbreak of possible oral transmission in Merida, Venezuela. Boletín de Malariología y Salud Ambiental, v. 53, n. 1, p. 01-10, 2013. ARAGÃO, M. B. Domiciliary adaptation of triatomine or pre-adaptation to anthropophily and ornithophily?. Revista de Saúde Pública, v. 17, p. 51-55, 1983. ARAÚJO, J. C. Análise de eficiência dos municípios paraibanos na aplicação de recursos do Governo Federal para o Controle da Doença de Chagas–uma investigação por meio de Análise Envoltória de Dados João Pessoa 2017. 2018. 68 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Paraíbá. 2018. ARAÚJO, R. N. et al. Interação entre os insetos hematófagos e seus hospedeiros vertebrados. Tópicos Avançados em Entomologia Molecular, v. 1, n. 2, p. 1-15, 2012. ARAUJO, R. N.; SOARES, A. C.; PAIM, R. M. The role of salivary nitrophorins in the ingestion of blood by the triatomine bug Rhodnius prolixus (Reduviidae: Triatominae). Insect Biochemistry and Molecular Biology, v. 39, n. 2, p. 83-89, 2009. ARGOLO, A. M; FELIX, M; PACHECO, R. Doença de Chagas e seus principais vetores no Brasil. 2. Ed. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2008. p. 63. BARATA, J. M. S. Aspectos morfológicos de ovos de triatominae: II-Características macroscópicas e exocoriais de dez espécies do gênero Rhodnius Stal, 1859 (Hemiptera- Reduviidae). Revista de Saúde Pública, v. 15, n. 5, p. 490-542, 1981. BARRETO-SANTANA, D. et al. Biologia comparativa e comportamento alimentar de Rhodnius neglectus e Rhodnius robustus (Triatominae) sob condições de laboratório. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 44, p. 490-495, 2011. BARRETO, M. P. Ecologia de triatomíneos e transmissão do Trypanosoma cruzi, com especial referência ao Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 10, p. 339-353, 1976. BARRETT, T. V. Advances in triatomine bug ecology in relation to Chagas’ disease. Advances in Disease Vector Research, p. 143-176, 1991. BARRETTO, M. P; RIBEIRO, R. D. Trypanosomas of the subgenus Herpetosoma Doflein 1901 in wild rodents, with a description of 3 new species. Revista Brasileira de Biologia, v. 41, n. 3, p. 485-497, 1981. 67 BENNET-CLARK, H. C. Negative pressures produced in the pharyngeal pump of the blood- sucking bug, Rhodnius prolixus. Journal of Experimental Biology, v. 40, n. 1, p. 223-229, 1963. BÉRENGER, J.M. et al. he Triatominae species of French Guiana (Heteroptera: Reduviidae). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, p. 1111-1116, 2009. BEZERRA, V. S. Açaí seguro: choque térmico nos frutos de açaí como recomendação para eliminação do agente causador da doença de Chagas. Macapá: EMPRAPA, 2018. BILHEIRO, A. B. et al. First report of natural infection with Trypanosoma cruzi in Rhodnius montenegrensis (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) in Western Amazon, Brazil. Vector- Borne and Zoonotic Diseases, v. 18, n. 11, p. 605-610, 2018. BILHEIRO, A. B. et al. Identification of blood meal sources in species of genus Rhodnius in four different environments in the Brazilian amazon. Acta Tropica, v. 232, p. 106486, 2022. BLOHM, L. et al. Domiciliation and sympatry of Triatoma maculata and Rhodnius prolixus, risk of Trypanosoma cruzi transmission in villages of Anzoátegui, Venezuela. Journal of Parasitic Diseases, v. 46, n. 1, p. 37-46, 2022. BRAGA, M. V.; PINTO, Z. T.; LIMA, M. M. Life cycle and reproductive patterns of Triatoma rubrofasciata (De Geer, 1773)(Hemiptera: Reduviidae), under laboratory conditions. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 93, p. 539-542, 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Territorialização e vulnerabilidade para doença de Chagas crônica: 14 de abril, dia mundial de combate à doença de Chagas. Boletim Epidemiologico. N Esp:1-51. 2022. Disponivel em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-especial-de-doenca- de-chagas-numero-especial-abril-de-2022 BRASIL. MS - Ministério da Saúde do Brasil. Doença de Chagas aguda: notificações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net. 2016. Disponivel em: http://portalsinan.saude.gov.br/doenca-de-chagas-aguda BRENER Z, ANDRADE Z. Trypanosoma cruzi e doença de Chagas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1979. BRENIÈRE, S. F. et al. Molecular identification of wild triatomines of the genus Rhodnius in the Bolivian Amazon: strategy and current difficulties. Infection, Genetics and Evolution, v. 51, p. 1-9, 2017.https://doi.org/10.1016/j.meegid.2017.03.002. BRICEÑO-LEÓN, R. La enfermedad de Chagas en las Américas: una perspectiva de ecosalud. Cadernos de Saúde Pública, v. 25, n.1 p. S71-S82, 2009. BRITO, R. N. et al. Transcriptome-based molecular systematics: Rhodnius montenegrensis (Triatominae) and its position within the Rhodnius prolixus–Rhodnius robustus cryptic– species complex. Parasites & vectors, v. 12, n. 1, p. 1-16, 2019. 68 BRUM-SOARES, L. M. et al. Morbidade da doença de Chagas em pacientes autóctones da microrregião do Rio Negro, Estado do Amazonas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 43, p. 170-177, 2010. CABEZÓN, E. et al. Towards an integrated model of bacterial conjugation. FEMS Microbiology Reviews, v. 39, n. 1, p. 81-95, 2015. CALDERÓN, J. M.; GONZÁLEZ, C. Co-occurrence or dependence? Using spatial analyses to explore the interaction between palms and Rhodnius triatomines. Parasites & vectors, v. 13, p. 1-12, 2020. CAMARGO, E. P.; WALLACE, F. G. Vectors of plant parasites of the genus Phytomonas (Protozoa, Zoomastigophorea, Kinetoplastida). Advances in disease vector research, p. 333-359, 1994. CAMPETELLA, F. et al. Comparative dissection of the peripheral olfactory system of the Chagas disease vectors Rhodnius prolixus and Rhodnius brethesi. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 15, n. 4, p. e0009098, 2021. CARCAVALHO, R. U. et al. Habitats e Fauna relacionada. In: CARCAVALHO, R. U. et al. Atlas dos vetores da Doença de Chagas nas Américas. 1. Ed. v. I Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1997. p. 471-471. CASTILLO-RIQUELME, M. et al., The costs of preventing and treating Chagas disease in Colombia. PLoS neglected tropical diseases, v. 2, n. 11, p. e336, 2008. CASTRO, M. et al. Attraction of Chagas disease vectors (Triatominae) to artificial light sources in the canopy of primary Amazon rainforest. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 105, p. 1061-1064, 2010. CATALÁ, S.; CROCCO, L. B.; MORALES, G. F. Trypanosoma cruzi transmission risk index (TcTRI): an entomological indicator of Chagas disease vectorial transmission to humans. Acta tropica, v. 68, n. 3, p. 285-295, 1997. CATALÁ, S. Searching for triatomines. A new method for field search using UV light. Acta tropica, v. 116, n. 1, p. 111-114, 2010. CATALÁ, S. S.; NOIREAU, F.; DUJARDIN, J. P. Biology of triatominae. In: American Trypanosomiasis Chagas Disease. Elsevier. v1, p. 145-167, 2017. CAVALIER-SMITH, T. Only six kingdoms of life. Proceedings of the Royal Society of London. Series B: Biological Sciences, v. 271, n. 1545, p. 1251-1262, 2004. CAVAZZANA, J. R. M. et al. Phylogeographical, ecological and biological patterns shown by nuclear (ssrRNA and gGAPDH) and mitochondrial (Cyt b) genes of trypanosomes of the subgenus Schizotrypanum parasitic in Brazilian bats. International Journal for Parasitology, v. 40, n. 3, p. 345-355, 2010. 69 CAZORLA-PERFETTI, D. Psammolestes arthuri naturalmente infectado con Trypanosoma cruzi encontrado en simpatría con Rhodnius prolixus y Triatoma maculata en nidos de aves en el estado Anzoátegui, Venezuela. Saber, v. 27, n. 2, p. 324-327, 2015. CECCARELLI, B. A. et al. Analysis of Chagas disease vectors occurrence data: the Argentinean triatomine species database. Biodiversity data journal, v. 8, 2020. CHAGAS, C. Nova tripanozomiaze humana: estudos sobre a morfolojia e o ciclo evolutivo do Schizotrypanum cruzi n. gen., n. sp., ajente etiolojico de nova entidade morbida do homem. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 1, p. 159-218, 1909. CORRÊA-DO-NASCIMENTO, G. S. et al. The rediscovery of Rhodnius domesticus Neiva & Pinto, 1923 (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae) in the state of Espírito Santo, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 54, 2020. COSTA, J. R.; LORENZO, M. Biology, diversity and strategies for the monitoring and control of triatomines-Chagas disease vectors. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, p. 46-51, 2009. COURA, J. R. Chagas disease: what is known and what is needed-A background article. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 102, p. 113-122, 2007. COURA, J. R. Síntese das doenças infecciosas e parasitárias. 1. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p. 314-314. COURA, J. R. The main sceneries of Chagas disease transmission. The vectors, blood and oral transmissions-A comprehensive review. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 110, p. 277-282, 2015. COURA, J. R. et al. Chagas disease: from bush to huts and houses. Is it the case of the Brazilian Amazon?. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 94, p. 379-384, 1999. COURA, J. R. et al. Emerging chagas disease in Amazonian Brazil. Trends in parasitology, v. 18, n. 4, p. 171-176, 2002., v. 18, n. 4, p. 171-176, 2002. COURA, J. R.; BARRETT, T. V.; NARANJO, M. A. Ataque de populações humanas por triatomíneos silvestres no Amazonas: uma nova forma de transmissão da infecção chagásica?. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 27, p. 251-253, 1994. COURA, J. R.; DIAS, J. C. P. Epidemiology, control and surveillance of Chagas disease: 100 years after its discovery. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, p. 31-40, 2009. COURA, J. R.; JUNQUEIRA, A. C. V. Ecological diversity of Trypanosoma cruzi transmission in the Amazon basin. The main scenaries in the Brazilian Amazon. Acta tropica, v. 151, p. 51-57, 2015. CROCCO, L. et al. Factors associated with the presence of triatomines in rural areas of south Argentine Chaco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 52, 2019. 70 D’ALESSANDRO, A.; SARAVIA, N. G. Trypanosoma rangeli. In Parasitic Protozoa, 2nd San Diego, CA, USA: Academic Press v 2, pp. 1–54. 1992. DA SILVA ANDRADE, J. K. et al. Qualidade microbiológica de polpas de açaí comercializadas em um estado do nordeste brasileiro/Microbiological quality of açaí pulps marketed in a state of northeastern Brazil. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 3, p. 12215-12227, 2020. DA SILVA, F. M.; MARCILI, A.; LIMA, L. Trypanosoma rangeli isolates of bats from Central Brazil: genotyping and phylogenetic analysis enable description of a new lineage using spliced-leader gene sequences. Acta Tropica, v. 109, n. 3, p. 199-207, 2009. DALE, C. et al. Belminus santosmalletae (Hemiptera: Heteroptera: Reduviidae): new species from Panama, with an updated key for Belminus Stål, 1859 species. Insects, v. 12, n. 8, p. 686, 2021. DEANE M.P; LENZI, H. L.; JANSEN, A. M. Trypanosoma cruzi: vertebrate and invertebrate cycles in the same mammal host, the opossum Didelphis marsupialis. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 79, p. 513-515, 1984. DEPICKÈRE, S. et al. Rhodnius (Stål, 1859)(Hemiptera, Triatominae) genus in Bolivian Amazonia: a risk for human populations?. Parasites & Vectors, v. 15, n. 1, p. 307, 2022. DIAGNÓSTICO da situação atual do manejo florestal comunitário nas reservas extrativistas estaduais de Rondônia. Porto Velho, RO: OSR- Organização dos Seringueiros de Rondônia e WWF, 2005. DIAS, F. B. S. et al. Ecological aspects of Rhodnius nasutus Stål, 1859 (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae) in palms of the Chapada do Araripe in Ceará, Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 103, p. 824-830, 2008. DIAS FILHO, Moacyr Bernardino. Estratégias de recuperação de pastagens degradadas na Amazônia brasileira. 2015. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1019156. Acesso em: 20 ago 2023. DIAS-LIMA, A. G. et al. Wild habitat and related fauna of Panstrongylus lutzi (Reduviidae, Triatominae). Journal of Medical Entomology, v. 40, n. 6, p. 989-990, 2003. DIAS, E. Doença de Chagas nas Américas III. América Central. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais., v. 4, p. 75-84, 1952. DIAS, F. B. S. et al. Ecological aspects of Rhodnius nasutus Stål, 1859 (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae) in palms of the Chapada do Araripe in Ceará,Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 103, p. 824-830, 2008. DIAS, F. B. S. et al. Ecology of Rhodnius robustus larrousse, 1927 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) in Attalea palm trees of the Tapajós river region (Pará state, Brazilian Amazon). Parasites & Vectors, v. 7, n. 1, p. 1-11, 2014. 71 DIAS, F. B. S. et al. Tamandua tetradactyla Linnaeus, 1758 (Myrmecophagidae) and Rhodnius robustus Larrousse, 1927 (Triatominae) infection focus by Trypanosoma rangeli Tejera, 1920 (Trypanosomatidae) in Attalea phalerata Mart. ex Spreng (Arecaceae) palm tree in the Brazilian Amazon. Infection, Genetics and Evolution, v. 10, n. 8, p. 1278-1281, 2010. DÍAZ-ALBITER, H. M. et al. Everybody loves sugar: first report of plant feeding in triatomines. Parasites & Vectors, v. 9, p. 1-8, 2016. DIAZ-UNGRIA, C. Transmission du Trypanosoma cruzi chez les mammiferes. Annales de Parasitologie Humaine et Comparée, v. 41, n. 6, p. 549-571, 1966. DOMINGUEZ, O. A. E. Diversidade, taxonomia e filogenia de tripanossomatídeos da subfamilia Leishmaniinae. 2015. 117 f. Tese de Doutorado (Doutorado em Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. DORIA, C. R. C. Viabilidade do ecoturismo como alternativa de renda para comunidades na Amazônia. 270 f. 2004. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido) - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará. Belém, 2004. SANTANA, V. O. Reservas extrativistas estaduais de Rondônia: uma história em construção. 2007. Dissertação (Mês trado em Ciências Sociais) - Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista - campus de Marília. Marília, 2007. DRANSFIELD, J. et al. Genera palmarum: the evolution and classification of palms. 1. Ed. Chicago: International Palm Society, 2014. p. 732. DUJARDIN, J. P. et al. Epidemiological status of kissing-bugs in South East Asia: a preliminary assessment. Acta tropica, v. 151, p. 142-149, 2015. DUJARDIN, J. P; SCHOFIELD, C. J; PANZERA, F. Les Vecteurs de la Maladie de Chagas. 1. Ed. Brussels: Recherches Taxonomiques, Biologiques et Génétique, 2000. 162 p. EBERHARD, F. E. et al. Modelling the climatic suitability of Chagas disease vectors on a global scale. Elife, v. 9, p. e52072, 2020. ECHEVERRIA, L. E.; MORILLO, C. A. American trypanosomiasis (Chagas disease). Infectious Disease Clinics, v. 33, n. 1, p. 119-134, 2019. EMRONDÔNIA. Estação histórica da EFMM no distrito de Iata é revitalizada e será ponto de atendimento ao turista. 2022. Disponível em: https://www.emrondonia.com/destaques/estacao-historica-da-efmm-no-distrito-de-iata-e- revitalizada-e-sera-ponto-de-atendimento-ao-turista/. Acesso em: 08 jun. 2023. ERAZO, D; CORDOVEZ, J. The role of light in Chagas disease infection risk in Colombia. Parasites & Vectors, v. 9, n. 1, p. 1-10, 2016. 72 FAB. Comissão de Aeroportos da Região Amazônica. Força Area do Brasileira. Disponível em https://www2.fab.mil.br/comara/index.php/historico. Acesso em 08 jun 2023. FÉ, N. F.; MAGALHÃES, L. K.; FÉ, F. A. et al. Ocorrência de triatomíneos em ambientes silvestres e domiciliares do município de Manaus, Estado do Amazonas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 42, p. 642-646, 2009. FERMINO, B. R. Filogenia e taxonomia de tripanossomas de vertebrados aquáticos. 2017. 134 p. Tese (Doutorado em Ciencias) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. FERREIRA, R. A. Primeiro encontro de Rhodnius domesticus Neiva & Pinto, 1923 (Hemiptera: reduvidae) no município de Açucena, Minas Gerais, Brasil. Revista de Patologia Tropical, v.43, n.3, p. 369-374.2014. FITZPATRICK, S.; FELICIANGELI, M. D.; SANCHEZ-MARTIN, M. J. Molecular genetics reveal that silvatic Rhodnius prolixus do colonise rural houses. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 2, n. 4, p. e210, 2008. FORATTINI, O. P. et al. Aspectos ecológicos da tripanossomose americana: III-Dispersão local de triatomíneos, com especial referência ao Triatoma sordida. Revista de Saúde Pública, v. 5, p. 193-205, 1971. FORLANI, L. et al. Biological control of the Chagas disease vector Triatoma infestans with the entomopathogenic fungus Beauveria bassiana combined with an aggregation cue: field, laboratory and mathematical modeling assessment. PLoS neglected tropical diseases, v. 9, n. 5, p. e0003778, 2015. FRANZÉN, O. et al. Comparative genomic analysis of human infective Trypanosoma cruzi lineages with the bat-restricted subspecies T. cruzi marinkellei. BMC genomics, v. 13, n. 1, p. 1-19, 2012. FREITAS, V. L. T. D. et al. Detection of Trypanosoma cruzi DTUs TcI and TcIV in two outbreaks of orally-transmitted Chagas disease in the Northern region of Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 65, 2023. G1 Rondônia. Moradores de área rural em Guajará, RO, podem regularizar propriedade. 2015. Disponível em https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2015/05/moradores-de-area- rural-em-guajara-ro-podem-regularizar-propriedades.html.Acesso em 08 jun 2023. GALENO, É. O. et al. First report of Rhodnius amazonicus Almeida, Santos & Sposina, 1973 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) invading a dwelling in the state of Amapá, Brazil. Heliyon, v. 9, n. 5, 2023. GALVÃO, A. B. et al. Sobre a distribuição geográfica e infecção natural do Rhodnius domesticus Neiva & Pinto, 1923. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 13, p. 57-60, 1961. GALVÃO, C. et al. Taxonomia dos Vetores da Doença de Chagas da Forma à Molécula, quase três séculos de história. Atualidades em Medicina Tropical no Brasil: Vetores. São Paulo: Strictu Sensu Editora, p. 9-37, 2020. 73 GALVÃO, C.; JUSTI, S. A. An overview on the ecology of Triatominae (Hemiptera: Reduviidae). Acta Tropica, v. 151, p. 116-125, 2015. GALVÃO, C. A sistemática dos triatomíneos (Hemiptera, Reduviidae), de De Geer ao DNA. Entomol Vect, v. 10, n. 4, p. 511-30, 2003. GALVÃO, C., (org.) Vetores da doença de chagas no Brasil [online]. Curitiba: Sociedade Brasileira de Zoologia, 2014, 289 p. Zoologia: guias e manuais de identificação series. ISBN 978-85-98203-09-6. Available from SciELO Books GAMA NETO, J. L. et al. Two new records of Triatominae (Hemiptera: Reduviidae) from Roraima state, Brazil. Revista Chilena de Entomología, v. 46, n. 2, 2020. GARCIA, E. S. et al. Parasite-mediated interactions within the insect vector: Trypanosoma rangeli strategies. Parasites & vectors, v. 5, n. 1, p. 1-6, 2012. GAUNT, M.; MILES, M. The ecotopes and evolution of triatomine bugs (Triatominae) and their associated trypanosomes. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 95, p. 557-565, 2000. GAUNT, M. W. et al. Mechanism of genetic exchange in American trypanosomes. Nature, v. 421, n. 6926, p. 936-939, 2003. DARIO, M. A.; PAVAN, M. G.; RODRIGUES, M. S. Trypanosoma rangeli genetic, mammalian hosts, and geographical diversity from five Brazilian biomes. Pathogens, v. 10, n. 6, p. 736, 2021. GIL-SANTANA, H. R. et al. Panstrongylus noireaui a remarkable new species of Triatominae (Hemiptera, Reduviidae) from Bolivia. ZooKeys, v. 1104, p. 203, 2022. GIOJALAS, L. C.; CATALA, S. Changes in male Triatoma infestans reproductive efficiency caused by a suboptimal temperature. Journal of Insect Physiology, v. 39, n. 4, p. 297-302, 1993. GORLA, D. E.; SCHOFIELD, C. J. Analysis of egg mortality in experimental populations of Triatoma infestans under natural climatic conditions in Argentina. Bull. Sociedade Vector Ecology, v. 10, p. 107-117, 1985. GORLA, D.; NOIREAU, F. Geographic distribution of Triatominae vectors in America. In: American trypanosomiasis Chagas disease. Elsevier, 2017. p. 197-221. GORLA, D.; NOIREAU, F. Geographic distribution of Triatominae vectors in America. In American Trypanosomiasis Chagas Disease. Elsevier, v1, n. 1 pp. 197–221, 2017. GORLA, D. E. et al. Different profiles and epidemiological scenarios: past, present and future. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 117, p. e200409, 2022. 74 GORLA, D. E; SCHOFIELD, C. J. Population dynamics of Triatoma infestans under natural climatic conditions in the Argentine Chaco. Medical and veterinary entomology, v. 3, n. 2, p. 179-194, 1989. GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA. Pequenos produtores da Gleba Comara, Guajará-Mirim, recebem títulos definitivos de suas propriedades. 2023. Disponível em: https://rondonia.ro.gov.br/pequenos-produtores-da-gleba-comara-guajara-mirim-recebem- titulos-definitivos-de-suas-propriedades/ Acesso em: 8 jun. 2023. GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA. Plano de manejo da reserva extrativista estadual Rio Pacaás Novos, com vistas à exploração de uso múltiplo. 1. ed. Guajará- Mirim, Rondônia, 2004. 103 p. GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA. Resex de Rondônia denunciam omissões de governos. 2005. Disponível em http://www.gta.org.br/noticias_exibir.php?cod_cel=1534. Acesso em: 23 maio 2006. GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA. Diagnóstico das Unidades de Conservação Estadual: Reservas Extrativistas, 1. Ed. Porto Velho, Rondônia. 2002. GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA. Plano de Zoneamento socioeconômico- ecológico de Rondônia. 2010. Disponivel em: http://www.amazonia.cnptia.embrapa.br/publicacoes_estados/Rondonia/ZEE_Rondonia.pdf Acesso em 16 set 2023. GREWAL, M.S. Pathogenicity of Trypanosoma rangeli Tejera, 1920 in the invertebrate host. Experimental Parasitology, v. 6, n. 2, p. 123-30, 1957. GRIJALVA M. J. et al. Seroprevalence and risk factors for Trypanosoma cruzi infection in the Amazon region of Ecuador. The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 69, n. 4, p. 380-385, 2003. GRISARD, E. C. Salivaria or stercoraria? The Trypanosoma rangeli dilemma. Kinetoplastid Biology and Disease, v. 1, p. 1-2, 2002. GUERENSTEIN, P. G.; LAZZARI, C. R. Host-seeking: how triatomines acquire and make use of information to find blood. Acta tropica, v. 110, n. 2-3, p. 148-158, 2009. GUHL, F. et al. Solation of Trypanosoma cruzi DNA in 4,000‐year‐old mummified human tissue from northern Chile. American Journal of Physical Anthropology: The Official Publication of the American Association of Physical Anthropologists, v. 108, n. 4, p. 401- 407, 1999. GUHL, F.; AUDERHEIDE, A.; RAMÍREZ, J. D. From ancient to contemporary molecular eco-epidemiology of Chagas disease in the Americas. International journal for parasitology, v. 44, n. 9, p. 605-612, 2014. GUHL, F.; PINTO, N.; AGUILERA, G. Sylvatic triatominae: a new challenge in vector control transmission. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, p. 71-75, 2009. 75 GUHL, F. Chagas disease in Andean countries. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 102, p. 29-38, 2007 GUHL, F.; VALLEJO, G. A. Trypanosoma (Herpetosoma) rangeli Tejera, 1920: an updated review. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 98, p. 435-442, 2003. GURGEL, C. B.; MAGDALENA, C. V.; PRIOLI, L. F. A Tripanossomíase Americana antes de Carlos Chagas. Cadernos Saúde Coletiva. Rio Janeiro. 2009. GURGEL-GONÇALVES, R.; ABAD-FRANCH, F.; FERREIRA, J.B.C. et al. Is Rhodnius prolixus (Triatominae) invading houses in central Brazil?. Acta Tropica, v. 107, n. 2, p. 90- 98, 2008. GURGEL‐GONÇALVES, R. et al. Sampling Rhodnius neglectus in Mauritia flexuosa palm trees: a field study in the Brazilian savanna. Medical and Veterinary Entomology, v. 17, n. 3, p. 347-350, 2003. GYORKOS, T. et al. Eliminating morbidity caused by neglected tropical diseases by 2030. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 47, p. e16, 2023. HAMILTON, P. B.; STEVENS, J. R. Classification and phylogeny of Trypanosoma cruzi. In: American Trypanosomiasis Chagas Disease. Elsevier, 2017. p. 321-344. HAMILTON, P. B. et al. Trypanosomes are monophyletic: evidence from genes for glyceraldehyde phosphate dehydrogenase and small subunit ribosomal RNA. International journal for parasitology, v. 34, n. 12, p. 1393-1404, 2004. HAMILTON, P. B.; TEIXEIRA, M.M. G; STEVENS, J. R. The evolution of Trypanosoma cruzi: the ‘bat seeding’hypothesis. Trends in parasitology, v. 28, n. 4, p. 136-141, 2012. HAMPL, V.; HUG, L.; LEIGH, J. W. et al. Phylogenomic analyses support the monophyly of Excavata and resolve relationships among eukaryotic “supergroups”. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 106, n. 10, p. 3859-3864, 2009. HASHIMOTO, K.; SCHOFIELD, C. J. Elimination of Rhodnius prolixus in central America. Parasites & vectors, v. 5, p. 1-10, 2012. HERNÁNDEZ, C.; ROSA, J. A.; VALLEJO, G. A. Taxonomy, evolution, and biogeography of the Rhodniini tribe (Hemiptera: Reduviidae). Diversity, v. 12, n. 3, p. 97, 2020. HIWAT, H. Triatominae species of Suriname (Heteroptera: Reduviidae) and their role as vectors of Chagas disease. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 109, p. 452-458, 2014. HOCHBERG, N. S.; MONTGOMERY, S. P. Chagas Disease. Annals of Internal Medicine, v. 176, n. 2, p. ITC17-ITC32, 2023. HURD, H. Reproductive disturbances induced by parasites and pathogens of insects, p. 87- 93. In: BECHAGE, N. E; THOMPSON, S.N.; FEDERICI, B.A. (Ed.). Parasites and pathogens of insects, San Diego, v. 1, P.1, 1993. 76 IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Guajará-Mirim: Histórico. IBGE, [s.d.]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro/guajara-mirim/historico. Acesso em: 08 jun. 2023. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Plano de Manejo da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto/RO. Brasília, 2014. Disponível em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/biodiversidade/unidade-de-conservacao/unidades- de-biomas/amazonia/lista-de-ucs/resex-do-rio-ouro- preto/arquivos/versao_completa_21_08_2014_com_mapas.pdf. Acesso em: 8 jun. 2023. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Brasília: ICMBio, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/biodiversidade/unidade-de- conservacao/unidades-de-biomas/amazonia/lista-de-ucs/resex-do-rio-do- caitario/plano_de_manejo_resex_cautario.pdf. Acesso em: 8 jun. 2023. JARAMILLO, O. N.; CASTILLO, D.; WOLFF, E. M. Geometric morphometric differences between Panstrongylus geniculatus from field and laboratory. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 97, p. 667-673, 2002. JESUS, A. C. D. et al. Occurrence of triatomines (Hemiptera, Reduviidae) and their natural infection by Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909) in Boca do Moa community, Cruzeiro do Sul, Acre, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 54, 2021. JIMÉNEZ, M. L.; PALACIOS, C. Life cycle and reproductive and feeding behavior of Dipetalogaster maximus (Uhler)(Reduviidae: Triatominae) under laboratory conditions in Baja California Sur, Mexico. Southwestern Entomologist, v. 27, n. 1, p. 65-72, 2002. JULIÃO, G. R. et al. Acute Chagas Disease Caused by Trypanosoma cruzi TcIV and Transmitted by Panstrongylus geniculatus: Molecular Epidemiological Insights Provided by the First Documented Autochthonous Case in Rondônia, Southwestern Amazonia, Brazil. Vector-Borne and Zoonotic Diseases, v. 22, n. 4, p. 244-251, 2022. JULIÃO, G. R. et al. Infestation in palm trees and natural infection by Trypanosoma cruzi and Trypanosoma rangeli in periurban and rural areas of state of the Rondônia, in the Brazilian Amazon. Acta Tropica, v. 220, p. 105963, 2021. JÚNIOR, G. R. et al. Potencial de dispersão de algumas espécies de triatomíneos (Hemiptera: Reduviidae) por aves migratórias. Sitientibus Série Ciências Biológicas, v. 6, n. 4, p. 324- 328, 2006. JURBERG, J. et al. Atlas Iconográfico dos triatomíneos do Brasil: vetores da doença de Chagas.1. ed. Rio de Janeiro, 2014. 51 p. JUSTI, SA.; GALVÃO, C. The evolutionary origin of diversity in Chagas disease vectors. Trends in parasitology, v. 33, n. 1, p. 42-52, 2017. KIKUCHI, S. A. A heterogeneidade dos isolados silvestres de Trypanosoma Cruzi (zimodema III) expressa pelo perfil de suas glicoproteínas de superfície. 2014. 110 p. Tese (Doutorado em Biologia Parasitária) - Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014. 77 KOSTYGOV, A. Y. et al. Euglenozoa: taxonomy, diversity and ecology, symbioses and viruses. Open Biology, v. 11, n. 3, p. 200407, 2021. LA FUENTE CARBAJAL A. L. C. et al. Behavioral plasticity of Triatominae related to habitat selection in northeast Brazil. Journal of medical entomology, v. 45, n. 1, p. 14-19, 2008. LA FUENTE CARBAJAL, A. L. C. et al. The association between the geographic distribution of Triatoma pseudomaculata and Triatoma wygodzinskyi (Hemiptera: Reduviidae) with environmental variables recorded by remote sensors. Infection, Genetics and Evolution, v. 9, n. 1, p. 54-61, 2009. LEHANE, M. J. The biology of blood-sucking in insects. 2 nd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. LENT H.; JURBERG, J.; GALVÃO, C. Rhodnius stali n. sp. afim de Rhodnius pictipes Stal, 1872 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 88, n.4, p. 605-614, 1993. LENT, H.; WYGODZINSKY, P. et al. Revision of the Triatominae (Hemiptera, Reduviidae), and their significance as vectors of Chagas' disease. Bulletin of the American museum of Natural History, v. 163, n. 3, p. 123-520, 1979. LENT, H.; MARTINS, A.V. Estudos sobre os triatomíneos do Estado de Minas Gerais, com descrição de uma espécie nova. Revista de Entomologia, v. 11, p. 877-886, 1940. LEWIS, M. D. et al. Flow cytometric analysis and microsatellite genotyping reveal extensive DNA content variation in Trypanosoma cruzi populations and expose contrasts between natural and experimental hybrids. International journal for parasitology, v. 39, n. 12, p. 1305-1317, 2009. LIDANI, K. C. F. et al. Chagas disease: from discovery to a worldwide health problem. Frontiers in public health, v. 7, p. 166, 2019. LIMA-CORDÓN, R. A. et al. Insights from a comprehensive study of Trypanosoma cruzi: A new mitochondrial clade restricted to North and Central America and genetic structure of TcI in the region. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 15, n. 12, p. e0010043, 2021. LIMA, A. F. R. et al. Triatomines in dwellings and outbuildings in an endemic area of Chagas disease in northeastern Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 45, p. 701-706, 2012. LIMA, L. et al. Genetic diversity of Trypanosoma cruzi in bats, and multilocus phylogenetic and phylogeographical analyses supporting Tcbat as an independent DTU (discrete typing unit). Acta tropica, v. 151, p. 166-177, 2015. 78 LIMA, L. et al. Repertoire, genealogy and genomic organization of cruzipain and homologous genes in Trypanosoma cruzi, T. cruzi-like and other trypanosome species. PLoS One, v. 7, n. 6, p. e38385, 2012. LIMA, L. et al. Evolutionary insights from bat trypanosomes: morphological, developmental and phylogenetic evidence of a new species, Trypanosoma (Schizotrypanum) erneyi sp. nov., in African bats closely related to Trypanosoma (Schizotrypanum) cruzi and allied species. Protist, v. 163, n. 6, p. 856-872, 2012. LIMA, M. M.; JURBERG, J.; ALMEIDA, J. R. D. Behavior of Triatomines (Hemiptera: Reduviidae) vectors of Chagass Disease. III. Influence of the number of matings on the fecundityand fertility of Panstrongylus megistus (Burm. 1835) in the Laboratory. 1987. LÓPEZ‐GARCÍA, A.; GILABERT, J. A. Oral transmission of Chagas disease from a One Health approach: A systematic review. Tropical Medicine & International Health, 2023. LORENZI, H.; SOUZA, H. M.; COSTA, J. T. M.; CERQUEIRA, L. S. C.; FERREIRA, E. Palmeiras brasileiras e exóticas cultivadas. Nova Odessa, São Paulo. Ed. Plantarum, 2004. 432p. LUKEŠ, J.; SKALICKÝ, T; TÝČ, J. Evolution of parasitism in kinetoplastid flagellates. Molecular and biochemical parasitology, v. 195, n. 2, p. 115-122, 2014. POVOA, M. M. et al. Chagas' disease in the Amazon Basin IV: Host records of Trypanosoma cruzi zymodemes in the States of Amazonas and Rondnia, Brazil. Annals of Tropical Medicine & Parasitology, v. 78, n. 5, p. 479-487, 1984. MACHADO, A. D. C. Comissão de Aeroportos da Região Amazônica: Força Aérea Brasileira promovendo integração, desenvolvimento, segurança e defesa frente ao Desafio Amazônico. 2018. 59 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia) - Escola Superior de Guerra da Aeronautica. Rio de Janeiro, 2018. MADEIRA, F. P. et al. First report of Rhodnius montenegrensis (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) in Amazonas, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 53, 2020. MAGALHÃES-SANTOS, Í. F. Transmissão oral da doença de Chagas: breve revisão. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, v. 13, n. 2, p. 226-235, 2014. MARCILI, A. et al. A new genotype of Trypanosoma cruzi associated with bats evidenced by phylogenetic analyses using SSU rDNA, cytochrome b and Histone H2B genes and genotyping based on ITS1 rDNA. Parasitology, v. 136, n. 6, p. 641-655, 2009. MARIA, S. P. DE O. DO.; NATÁLIA, P DE O.; ELISA, F. M.; Oenocarpus Spp. Bacabeiras. In: CORADIN, L.; CAMILLO, J.; VIEIRA, I. C. G. (Org.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região norte. Brasília, Distrito Federal, 2022. p. 1452 MARINKELLE, C. J. Biology of the trypanosomes of bats. Biology of the Kinetoplastida, v. 1, p. 175-216, 1976. 79 MARTÍNEZ-HERNÁNDEZ, F. et al. A new record of the introduced species Triatoma infestans (Hemiptera: Reduviidae) in Mexico. Journal of Medical Entomology, v. 59, n. 6, p. 2150-2157, 2022. MARTÍNEZ-IBARRA, J. A. et al. Biological and genetic aspects of crosses between species of the genus Meccus (Hemiptera: Reduviidae Triatominae). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 106, p. 293-300, 2011. MARTINS, L. P. A. et al. Using captive sentinels to collect wild triatomines in the region of Marília-SP, Brasil. Revista de Patologia Tropical, p. 96-104, 2013. MATIAS, A. et al. Domiciliation process of Rhodnius stali (Hemiptera: Reduviidae) in Alto Beni, La Paz, Bolivia. Tropical Medicine & International Health, v. 8, n. 3, p. 264-268, 2003. MENDES-OLIVEIRA, A. C.; MIRANDA, C. L. Pequenos mamíferos não-voadores da Amazônia brasileira. Sociedade Brasileira de Mastozoologia. Rio de Janeiro, 2015. MENEGUETTI, D. U. D. et al. First report of Rhodnius montenegrensis (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae) infection by Trypanosoma rangeli. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 47, p. 374-376, 2014. MENEGUETTI, D. U. O. et al. First report of Rhodnius montenegrensis (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) in the state of Acre, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 48, p. 471-473, 2015. MENEZES, A. L. R. et al. First report of Rhodnius montenegrensis (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae) in Bolivia. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 55, 2022. MESQUITA, R. D. et al. Genome of Rhodnius prolixus, an insect vector of Chagas disease, reveals unique adaptations to hematophagy and parasite infection. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 112, n. 48, p. 14936-14941, 2015. MILES, M. A.; SOUZA, A.A.; POVOA, M. Chagas disease in the Amazon Basin. III - Ecotopes of ten triatomine bug species (Hemiptera, Reduviidae) from the vinicity of Belém, Pará State, Brazil. Journal of Medical Entomology, v. 18, p. 266-278, 1981. MILES, M. A.; ARIAS, J. R.; SOUZA, A. Chagas' disease in the Amazon basin: V. Periurban palms as habitats of Rhodnius robustus and Rhodnius pictipes-triatomine vectors of Chagas' disease. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 78, p. 391-398, 1983 MINOLI, S. A.; LAZZARI, C. R.Take-off activity and orientation of triatomines (Heteroptera: Reduviidae) in relation to the presence of artificial lights. Acta tropica, v. 97, n. 3, p. 324-330, 2006. MOLYNEUX, D. H. Trypanosomes of bats. Parasitic protozoa, v. 1, p. 195-223, 1991. 80 MONTEIRO, F. A.; ESCALANTE, A. A.; BEARD, C. B. Molecular tools and triatomine systematics: a public health perspective. Trends in Parasitology, v. 17, n. 7, p. 344-347, 2001. MONTEIRO, F. A. et al. Molecular phylogeography of the Amazonian Chagas disease vectors Rhodnius prolixus and R. robustus. Molecular ecology, v. 12, n. 4, p. 997-1006, 2003. MONTEIRO, F. A. et al. Evolution, systematics, and biogeography of the Triatominae, vectors of Chagas disease. Advances in parasitology, v. 99, p. 265-344, 2018. MONTEIRO, P. S. et al. Cadeia trófica e ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi em palmeiras Orbignya phalerata. Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 32, n. Supl II, p. 123, 1999. MOREIRA, DAVID.; LÓPEZ-GARCÍA, P.; VICKERMAN, K. An updated view of kinetoplastid phylogeny using environmental sequences and a closer outgroup: proposal for a new classification of the class Kinetoplastea. International journal of systematic and evolutionary microbiology, v. 54, n. 5, p. 1861-1875, 2004. NOIREAU, F. et al. Sylvatic triatomines (Hemiptera: Reduviidae) in Bolivia: trends toward domesticity and possible infection with Trypanosoma cruzi (Kinetoplastida: Trypanosomatidae). Journal of Medical Entomology, v. 32, n. 5, p. 594-598, 1995. NOIREAU, F.; DIOSQUE, P.; JANSEN, A. M. Trypanosoma cruzi: adaptation to its vectors and its hosts. Veterinary research, v. 40, n. 2, 2009. NOIREAU, F.; DUJARDIN, J-P. Biology of triatominae. In: American trypanosomiasis. Elsevier, 2010. p. 149-168. NOIREAU, F. et al. Phylogenetic relationships within the oliveirai complex (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae). Infection, Genetics and Evolution, v. 2, n. 1, p. 11-17, 2002. NÚÑEZ-AVELLANEDA, L. A; ROJAS-ROBLES, R. Biología reproductiva y ecologia de La polinización de La palma milpesos Oenocarpus bataua en los Andes colombianos. Caldasia, v.30, n.1, p. 101-125, 2008. OLIVEIRA CORREIA, J. P. S. et al. Triatoma guazu Lent and Wygodzinsky is a junior synonym of Triatoma williami Galvão, Souza and Lima. Insects, v. 13, n. 7, p. 591, 2022. OLIVEIRA, J. et al. Atualidades em medicina tropical no Brasil: vetores. 2020 OLIVEIRA, J. et al. Combined phylogenetic and morphometric information to delimit and unify the Triatoma brasiliensis species complex and the Brasiliensis subcomplex. Acta tropica, v. 170, p. 140-148, 2017. OLIVEIRA, J. D. et al. Psammolestes tertius Lent & Jurberg, 1965 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae): first report in Sergipe State, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 54, 2021 81 OMS - Organização Mundial de Saúde. Geographical distribution of arthropod-borne diseases and their principal vectors. Geographical distribution of arthropod-borne diseases and their principal vectors., v. 89, n. 967, 1989. OMS – Organização Mundial de Saúde. Chagas disease in Latin America: an epidemiological update based on 2010 estimates. Weekly Epidemiological Record= Relevé épidémiologique hebdomadaire, v. 90, n. 06, p. 33-44, 2015. OMS – Organização Mundial de Saúde.Trabalhando para superar o impacto global