Manzoli, Luci Pastor [UNESP]Mel, Paula P. A.2016-09-012016-09-012005CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 134http://hdl.handle.net/11449/143569Estudos bibliográficos mostram que no Brasil as informações a respeito da educação da pessoa com deficiência, datam da época do império, em regime institucionalizado com políticas de cunho excludente e paternalista. As transformações sociais trouxeram novos paradigmas e a partir da década de 1990, passou-se a reconhecer os direitos humanos, valorizando o convívio com a diversidade, fortalecendo a figura da empresa inclusiva. Com a regulamentação da lei 8213 de 1999, as empresas se movimentaram para o cumprimento de cotas para deficientes, abrindo novos postos de trabalho e adequando ambientes. O trabalho tem por objetivo identificar as expectativas de um grupo de funcionários da área administrativa e recursos humanos de uma empresa em relação aos seus empregados com surdez, aplicar um programa de orientação e o ensino da Língua Brasileira de Sinais e verificar o efeito do mesmo, ao final do programa. Participaram desse estudo 15 funcionários dos setores de enfermaria, expedição, logística, processo, produção, recebimento e recursos humanos. Inicialmente foi distribuído um questionário contendo 8 perguntas a respeito de seus conhecimentos, expectativas e dificuldades ao se relacionarem com as pessoas surdas. O curso desenvolveu-se na empresa, às segundas feiras, com duas horas de duração, por um período de três meses, num total de 48 horas/aula. Os primeiros quinze minutos eram destinados a discussões e esclarecimentos teóricos sobre surdez e em seguida, era ministrada por dois instrutores surdos a língua de sinais, com o ensino de palavras, frases, conversação, contagem de histórias, dramatização e música. Ao final do curso, foi aplicado outro questionário visando obter dados sobre a ocorrência de mudanças. O resultado do questionário inicial e final foram cuidadosamente lidos e colocados em forma de categorias selecionando as respostas mais representativas da totalidade e colocadas em gráficos e tabelas. Os dados mostraram uma significativa mudança de concepção dos participantes em relação às pessoas com surdez, principalmente no que se refere à comunicação, ao convívio social e à necessidade das empresas se adequarem para receber essas pessoas, com sugestões de um ouvinte conhecedor de Libras para cada setor. Sugeriram também a continuidade do curso para esse grupo e a formação de novas turmas, até atingir todos os funcionários da empresa. O trabalho mostrou a importância de se proporcionar condições necessárias para o bom desempenho profissional de seus trabalhadores, reconhecendo-a como um espaço que contempla as diferenças e adapta procedimentos pertinentes ao princípio da inclusão.134porSurdez e empresa: construindo um ambiente inclusivo - projeto parceriaTrabalho apresentado em eventoAcesso aberto2005-134-manzoli.pdf2469098115508385