Welch, Clifford AndrewDi Teodoro, Kátia Gomes de Sousa [UNESP]2024-12-042024-12-042024-03-26DI TEODORO, Kátia Gomes de Sousa. A produção de sementes crioulas para a soberania alimentar : territorialização e autonomia camponesa no Projeto de Assentamento de Reforma Agrária Cristina Alves, Itapecuru Mirim/MA. Orientador: Clifford Andrew Welch. Coorientador: Guillermo Alfredo Johnson. 2024. 166 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe, São Paulo, 2024.https://hdl.handle.net/11449/258578O objetivo geral é analisar a produção de sementes crioulas no assentamento Cristina Alves, no município de Itapecuru-Mirim, Maranhão, como um projeto de desenvolvimento territorial, capaz de contribuir para a soberania alimentar e a autonomia camponesa. Aliado a esse objetivo, outros se somam: 1) mostrar a organização territorial camponesa no processo produtivo das sementes crioulas e sua territorialidade no contexto da expansão do agronegócio; 2) no contexto desta expansão, apresentar a produção de sementes crioulas como instrumento de resistência que fortalece a territorialização da soberania alimentar; e 3) documentar a viabilidade do processo produtivo das sementes crioulas como forma sustentável do desenvolvimento territorial e do fortalecimento da autonomia camponesa frente ao agronegócio. A agricultura camponesa, com a produção de alimentos saudáveis e diversificados, tem cumprido o importante papel de resistência ao agronegócio. As sementes crioulas assumem o papel de mantenedoras para a garantia da soberania alimentar e autonomia camponesa. As grandes empresas e suas concorrentes controlam o património genético de muitos cultivos e assim, o poder de dominação da produção capitalista. No Maranhão, há vários modelos produtivos, como o tradicional, o convencional e o agroecológico. Por um lado, é possível identificar como a dinâmica capitalista assume a organização da produção de monocultivos para exportação com a exploração da natureza e das relações sociais; por outro lado, a produção camponesa garante a manutenção do consumo interno, cumprindo o importante papel da produção diversificada de alimentos e da conservação das sementes crioulas para a biodiversidade e soberania alimentar. O campesinato continuará desafiando a territorialização do agronegócio e a hegemonia de seu modelo de produção. Trata-se de uma pesquisa militante, que leva em consideração a participação, a investigação social e científica, e que utiliza de trabalhos de campo para conhecer a realidade do objeto. As sementes crioulas alimentam uma cadeia de extrema relevância, são garantidoras e mantenedoras da biodiversidade. Enquanto um oligopólio domina ao mercado de sementes transgênicas, os quintais produtivos dos assentados, suas hortas e roças são verdadeiros bancos genéticos nos vários territórios. As sementes crioulas tem grande importância na garantia de autonomia produtiva e soberania alimentar, contudo a resistência e luta dos assentados tem que continuar pela garantir a reforma agrária, o acesso à terra, assistência técnica, formação e incentivos à produção de sementes crioulas.The general objective is to analyze the production of Creole seeds in the Cristina Alves settle-ment, in the municipality of Itapecuru-Mirim, Maranhão, as a territorial development project, capable of contributing to food sovereignty and peasant autonomy. In addition to this objective, others are added: 1) to show the peasant territorial organization in the productive process of Creole seeds and their territoriality in the context of agribusiness expansion; 2) in the context of this expansion, present the production of indigenous seeds as an instrument of resistance that strengthens the territorialization of food sovereignty; and 3) document the viability of the Cre-ole seed production process as a sustainable form of territorial development and strengthening peasant autonomy in the face of agribusiness. Peasant agriculture, with the production of heal-thy and diversified foods, has played an important role in resisting agribusiness. Creole seeds assume the role of maintainers to guarantee food sovereignty and peasant autonomy. Large companies and their competitors control the genetic heritage of many crops and thus the power to dominate capitalist production. In Maranhão, there are several production models, such as traditional, conventional and agroecological. On the one hand, it is possible to identify how capitalist dynamics assume the organization of monoculture production for export with the ex-ploitation of nature and social relations; on the other hand, peasant production guarantees the maintenance of domestic consumption, fulfilling the important role of diversified food produc-tion and the conservation of native seeds for biodiversity and food sovereignty. The peasantry will continue to challenge the territorialization of agribusiness and the hegemony of its produc-tion model. This is militant research, which takes into account participation, social and scienti-fic investigation, and uses fieldwork to understand the reality of the object. Creole seeds feed an extremely relevant chain, they guarantee and maintain biodiversity. While an oligopoly do-minates the transgenic seed market, the productive backyards of the settlers, their gardens and gardens are true genetic banks in the various territories. Creole seeds are of great importance in guaranteeing productive autonomy and food sovereignty, however the resistance and struggle of the settlers must continue to guarantee agrarian reform, access to land, technical assistance, training and incentives for the production of Creole seeds.El objetivo general es analizar la producción de semillas criollas en el asentamiento Cristina Alves, en el municipio de Itapecuru-Mirim, Maranhão, como un proyecto de desarrollo territorial, capaz de contribuir a la soberanía alimentaria y la autonomía campesina. A este objetivo se suman otros: 1) mostrar la organización territorial campesina en el proceso productivo de las semillas criollas y su territorialidad en el contexto de expansión del agronegocio; 2) en el contexto de esta ampliación, presentar la producción de semillas autóctonas como un instrumento de resistencia que fortalezca la territorialización de la soberanía alimentaria; y 3) documentar la viabilidad del proceso productivo de semillas criollo como forma sostenible de desarrollo territorial y fortalecimiento de la autonomía campesina frente a los agronegocios. La agricultura campesina, con la producción de alimentos saludables y diversificados, ha desempeñado un papel importante en la resistencia a los agronegocios. Las semillas criollas asumen el rol de mantenedoras para garantizar la soberanía alimentaria y la autonomía campesina. Las grandes empresas y sus competidores controlan la herencia genética de muchos cultivos y, por tanto, el poder de dominar la producción capitalista. En Maranhão existen varios modelos de producción, como el tradicional, el convencional y el agroecológico. Por un lado, es posible identificar cómo las dinámicas capitalistas asumen la organización de la producción de monocultivos para la exportación con la explotación de la naturaleza y las relaciones sociales; por otro lado, la producción campesina garantiza el mantenimiento del consumo interno, cumpliendo el importante papel de la producción diversificada de alimentos y la conservación de semillas nativas para la biodiversidad y la soberanía alimentaria. El campesinado seguirá desafiando la territorialización del agronegocio y la hegemonía de su modelo productivo. Se trata de una investigación militante, que tiene en cuenta la participación, la investigación social y científica, y utiliza el trabajo de campo para comprender la realidad del objeto. Las semillas criollas alimentan una cadena sumamente relevante, garantizan y mantienen la biodiversidad. Mientras un oligopolio domina el mercado de semillas transgénicas, los patios productivos de los colonos, sus huertos y huertas son verdaderos bancos genéticos en los diversos territorios. Las semillas criollas son de gran importancia para garantizar la autonomía productiva y la soberanía alimentaria, sin embargo la resistencia y lucha de los colonos debe continuar para garantizar la reforma agraria, el acceso a la tierra, asistencia técnica, capacitación e incentivos para la producción de semillas criollas.porMovimento dos Trabalhadores Rurais Sem TerraReforma AgráriaSementes crioulasSoberania alimentarTerritórioTerritorialidadeMovimiento de Trabajadores Rurales Sin TierraReforma agrariaSemillas criollasSoberanía alimentariaTerritorioTerritorialidadLandless Rural Workers MovementAgrarian reformCreole seedsFood sovereigntyTerritoryTerritorialityA produção de sementes crioulas para a soberania alimentar: territorialização e autonomia camponesa no Projeto de Assentamento de Reforma Agrária Cristina Alves, Itapecuru Mirim/MALa producción de semillas criollas para la soberanía alimentaria: territorialización y autonomía campesina en el Proyecto de Reforma Agraria Cristina Alves, Itapecuru Mirim/MADissertação de mestradoAcesso aberto33004013068P6