Dissertações - Biociências - IBILCE

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    História de vida, relações reprodutivas e alométricas no subgrupo elliptica de Drosophila, espécies neotropicais com edeagos gigantes.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-14) Amaro, Guilherme Matheus; Ravazzi, Lilian Madi [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O subgrupo elliptica do grupo saltans de Drosophila é composto por quatro espécies neotropicais as quais apresentam uma característica notável: o gigantismo fálico. A escassez de estudos para esse subgrupo e a presença de edeagos com tamanhos incomuns, não observado para outras espécies da família Drosophilidae motivou o presente estudo. Os principais objetivos foram: avaliar a história de vida, as barreiras reprodutivas das espécies D. emarginata, D. neoelliptica e D. neosaltans (2 linhagens) e a alometria estática no subgrupo. Os parâmetros da história de vida investigados foram: tempo de corte e cópula, fecundidade, fertilidade, tempo de desenvolvimento e longevidade. As barreiras reprodutivas foram avaliadas por meio de intercruzamentos recíprocos entre as espécies. Para a análise morfométrica e de alometria foram realizadas medições individuais de machos e fêmeas do tórax, asa, edeagos e ovipositores. Os resultados para os traços biológicos demonstraram que D. neosaltans diferiu significativamente das outras duas espécies para o tempo médio de cópula, fertilidade e fecundidade. Além disso, D. neoelliptica apresentou o tempo de desenvolvimento superior às demais espécies e houve diferença significativa na sobrevivência entre machos e fêmeas. Nos intercruzamentos não foi observado cópula, espermatozóides na espermateca e geração de descendentes, sugerindo isolamento pré-zigótico entre elas. Foi observado também que as espécies do subgrupo elliptica se desviam do padrão alométrico geral encontrado na família, com o edeago correspondendo a 1/2 do tamanho do corpo dos machos em D. emarginata e a observação de um alto coeficiente de variação (CV) no edeago sugere a influência da seleção sexual na evolução do órgão. Dessa forma, os dados desse trabalho sugerem que há diferença no parâmetro reprodutivo e de sobrevivência dessas espécies, sendo que o isolamento reprodutivo entre elas é observado. As espécies do subgrupo elliptica fogem do padrão encontrado em Drosophilidae e o edeago foi a estrutura morfológica que obteve uma grande variação, ao contrário do ovipositor, sugerindo que a seleção sexual pode ter tido influência na evolução na morfologia distinta dessa estrutura fálica. Não foi observado a coevolução do tamanho dos órgãos reprodutores nas espécies analisadas.
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    Primeira evidência de esterilidade híbrida por disgenesia gonadal em Triatominae (Hemiptera, Reduviidae)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-24) Azevedo, Luisa Martins Sensato; Oliveira, Maria Tercília Vilela de Azeredo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Eventos de hibridação entre espécies de Triatoma foram observados em condições naturais e de laboratório. A capacidade de produzir híbridos pode influenciar diferentes aspectos das espécies parentais, podendo, inclusive, resultar em eventos de introgressão, especiação e extinção. Entre as barreiras reprodutivas que resultam na quebra do híbrido, a esterilidade híbrida pode ser decorrente tanto de gametas inviáveis (por erros de pareamento cromossômico), como do fenômeno da disgenesia gonadal (DG). Até o momento, nenhum híbrido de triatomíneos analisado apresentou DG. No entanto, a análise de gônadas masculinas de híbridos resultantes de cruzamentos entre T. longipennis e T. mopan, demonstrou que oss testículos estavam atrofiados. Assim, descrevemos, pela primeira vez, o evento de DG em híbridos de triatomíneos e destacamos suas implicações taxonômicas e evolutivas. Híbridos foram obtidos apenas para cruzamentos entre ♀ T. mopan x T. longipennis ♂. Além disso, intercruzamentos e retrocruzamentos não resultaram em descendentes. Curiosamente, as fêmeas híbridas não puseram ovos. Análises morfológicas das gônadas masculinas dos híbridos confirmaram que o fenômeno que resultou na esterilidade do híbrido foi DG bilateral. Análises citogenéticas dos testículos desses híbridos também confirmaram a DG, uma vez que não foram observadas células germinativas. No caso dos híbridos fêmeas, a ausência de oviposição é um fator que confirma que os ovários também estão atrofiados. Com base no exposto, caracterizamos, pela primeira vez, a DG em triatomíneos e demonstramos que a gametogênese não ocorre em gônadas atrofiadas. A caracterização de DG em híbridos resultantes do cruzamento de ♀ T. mopan x T. longipennis ♂ destaca a importância de avaliar tanto a morfologia, quanto a citogenética das gônadas para confirmar qual evento resultou na esterilidade do híbrido: DG (que não produz gametas) ou erros meióticos (que resultam em gametas inviáveis).
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    Efeito da inibição da proteína galectina-3 na toxicidade hepática induzida pela cisplatina em ratos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-19) Santos, Diego Dias dos; Gil, Cristiane Damas; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A galectina-3 (Gal-3) é uma lectina de ligação a β-galactosídeo, que atua como um mediador pleiotrópico com inúmeras funções exercidas intra e extracelularmente, entre outras funções, como aquelas relacionadas à resposta inflamatória, tumorigênese e imunidade inata e adquirida. Diferentes modelos experimentais de hepatotoxicidade mostram um papel essencial da Gal-3 no estresse oxidativo, lesão e fibrose hepática, e nesse sentido, compostos capazes de inibir a expressão de Gal-3 têm sido utilizados como uma possível ferramenta no tratamento de doenças inflamatórias. Assim, avaliamos o efeito da inibição da Gal-3 pela pectina cítrica modificada (MCP) em modelo experimental de toxicidade hepática induzida pela cisplatina. Ratos machos Wistar foram distribuídos em quatro grupos experimentais com n = 6 animais/grupo. Os animais foram tratados via oral (gavagem) com salina (grupos SHAM e CIS) ou MCP (100 mg/kg/dia) (grupos MCP e MCP+CIS) por 7 dias. Após este período, os animais receberam por injeção intraperitoneal cisplatina (10 mg/kg/dia) ou salina por 3 dias. Após 6 horas da última dose de cisplatina, os animais foram eutanasiados para coleta de sangue e fígado. Os animais dos grupos CIS e MCP+CIS apresentaram perda de peso significativa, efeito corroborado pela redução acentuada no armazenamento de glicogênio nos hepatócitos, em comparação com os grupos SHAM e MCP. A cisplatina também produziu um aumento acentuado no influxo de leucócitos no fígado, degeneração hepática com aumento de corpos apoptóticos, níveis de ROS e ativação de STAT3 nos hepatócitos. Sistemicamente, os grupos CIS e MCP+CIS apresentaram aumento nos níveis plasmáticos de IL-6, IL-10, e biomarcadores de toxicidade hepática (ARG1, GSTα, SDH). Os níveis reduzidos de Gal-3 no fígado do grupo MCP+CIS foram associados ao aumento dos níveis de MDA e da expressão do complexo respiratório mitocondrial I. Além disso, o grupo MCP+CIS apresentou níveis plasmáticos aumentados de IL-1β, TNF-α e GOT1. A terapia com MCP antagonizou eficientemente a Gal-9 no fígado, mas não a Gal-1, que apresentou níveis aumentados. Em conclusão, a redução dos níveis endógenos de Gal-3 nos hepatócitos favorece o processo de morte celular e aumento do estresse oxidativo no modelo agudo de toxicidade induzida pela cisplatina.
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    Efeitos do óleo de coco na adrenal de gerbilos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-05) Grigio, Vitor; Vilamaior, Patrícia Simone Leite [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A adrenal é uma importante glândula endócrina responsável pela síntese de diversos hormônios esteroides como glicocorticoides, mineralocorticoides, precursores de andrógenos e estrógenos. O colesterol utilizado durante a esteroidogênese para produção desses hormônios esteroides é derivado das gorduras ingeridas na alimentação. A quantidade e qualidade desses lipídios interferem na produção hormonal e o excesso de consumo de lipídios pode impactar negativamente nesse processo. Além da gordura ingerida na alimentação, atualmente, vem crescendo o consumo de óleos como fitoterápicos como é o caso do óleo de coco. Dessa forma, o objetivo do estudo foi verificar os efeitos da ingestão prolongada de óleo de coco na adrenal de gerbilos. Para isso, gerbilos da Mongólia, machos, com 3 meses de idade, foram divididos em três grupos experimentais (n=12): um grupo controle intacto que não recebeu tratamento, um grupo controle de gavagem, que foram gavados com 0,1 ml de água diariamente, e um grupo tratado com óleo de coco, que recebeu 0,1 ml de óleo de coco diariamente. Os animais foram tratados durante 12 meses e eutanasiados com 15 meses de idade. Depois de coletados, os órgãos foram submetidos a análises morfológicas, morfométricas, imuno-histoquímicas para identificação de receptores, enzimas, proliferação e morte celular, além das análises hormonais e de Western Blotting. Os resultados obtidos mostraram que o consumo prolongado de óleo de coco promoveu uma redução no acúmulo de grânulos de lipofuscina nas células do córtex da adrenal. Por outro lado, o óleo ocasionou aumento da área das células e da espessura da zona reticulada e do acúmulo de gotículas lipídicas, além de reduzir a quantidade de enzimas estereidogênicas como a CYP17, 3BHSD e 17BHSD. Foi observado também que o óleo aumenta a expressão dos receptores de estrógeno do tipo alfa. Essas alterações nos permitem concluir que as alterações na dieta lipídica podem ocasionar modificações na morfofisiologia da adrenal e consequentemente impactar na funcionalidade da glândula.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeito da associação de biomateriais e vesículas celulares na reparação tecidual em modelo de dermatite atópica em ratos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-09) Vidotti, Rodrigo Berguio; Girol, Ana Paula; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: No campo da dermatologia e alergologia veterinária, a dermatite atópica (DA) é a dermatopatia alérgica mais prevalente em cães e novas terapias são necessárias. Nesse sentido, biomateriais e vesículas extracelulares (VE) de células-tronco mesenquimais são interessantes, pois influenciam na regeneração tecidual. Objetivos: avaliar o processo de cicatrização da pele de ratos induzidos à manifestação da DA e tratados com biomaterial composto de hidroxiapatita e quitosana associado ou não a VE derivadas de células-tronco provenientes da polpa de dente de leite. Métodos: Para indução da DA, uma área raspada do dorso de ratos foi exposta a acetona aplicada com algodão e friccionada por 5 min, sob sedação profunda, por 3 dias. No dia 3, aproximadamente 1 h após a última aplicação, a fisiologia da pele e a ação de coçar foram avaliadas. Os tratamentos começaram no dia 3 e duraram 5 dias. Os grupos experimentais (n=5/grupo) foram: induzido sem tratamento (DA), tratado com pomada de hidrocortisona (TH) a 10% (tratamento padrão, 1x/dia), tratado com biomaterial sem VE (TB) ou com VE (TBEV), em aplicação única como curativos. Aos 8 dias pós-indução, os animais foram eutanasiados e o sangue e fragmentos de pele foram coletados. O processo de cicatrização da pele foi avaliado clinicamente por meio de estudo histopatológico, análises de mastócitos e da expressão de anexina A1 (AnxA1) e de células imunomarcadas para Janus quinase (JAK 1 e JAK-3). Histamina, interleucinas (IL1-β, IL-6, IL-10 e IL-31), fator de necrose tumoral (TNF-α) e fatores de crescimento epidérmico (EGF) e vascular endotelial (VEGF) foram dosados no plasma e/ou sobrenadante do macerado de pele. Resultados: As lesões de pele não tratadas (DA) apresentaram ruptura e hiperplasia da epiderme e influxo inflamatório. Os animais do grupo TH, embora com regiões cutâneas regeneradas, ainda apresentavam áreas com epiderme rompida e infiltrado inflamatório. Em contrapartida, os animais dos grupos TB e TBVE mostraram melhor processo de regeneração. O grupo DA apresentou maior número de mastócitos, principalmente degranulados. Todos os tratamentos promoveram redução de mastócitos, especialmente dos degranulados (TH, p<0,05; TB, p<0,01; TBVE, p<0,001). Os níveis de histamina plasmática foram reduzidos no grupo TBVE (p<0,05). A expressão da AnxA1 foi elevada nos grupos DA e TH e diminuída nos grupos tratados com biomateriais, especialmente TBVE. Da mesma forma, as células positivas para JAK-1 e JAK-3 e a expressão de JAK-1 na epiderme foram reduzidas pelos tratamentos com biomateriais. Além disso, esses tratamentos reduziram os níveis de TNF-α, IL1-β, IL-6, IL-31 e VEGF. Conclusões: Tratamentos com biomateriais, principalmente associados a VE, reduziram o processo inflamatório e estimularam a regeneração tecidual na DA, com importante perspectiva de aplicação terapêutica.
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    Efeito antitumorigênico da piperina em câncer de colo de útero modulado pela via cicloxigenase prostaglandina
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-15) Cardoso, Luana Pereira; Rodrigues Lisoni, Flávia Cristina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O câncer cervical é o quarto tipo de câncer que mais causa morte em mulheres no mundo, sendo principalmente decorrente da infecção persistente pelo vírus do HPV, que atua como um estimulo inflamatório, desencadeando a secreção de citocinas e a ativação da via da cicloxigenase 2 (PTGS2) e das proteínas quinase ativada por mitógeno (MAPKs), que induz a síntese de metaloproteinases de matriz (MMPs). Sabendo da inflamação envolvida nesse tipo de câncer, o uso de anti-inflamatórios se torna uma opção de tratamento, como a piperina que é um amino alcaloide derivado da Piper nigrum, que além do desse efeito, possui propriedade antitumorigênica demonstrada em vários modelos, mas é pouco compreendida na inflamação do câncer cervical, tornando um alvo de pesquisa. Assim, o objetivo desse trabalho foi investigar o efeito antitumoral de piperina in vitro em câncer cervical e determinar se esse efeito é modulado pela via PTGS2. Para isso, as células HeLa, SiHa, CaSki e HaCaT foram tratadas com piperina e avaliadas quanto a morfologia, proliferação, viabilidade e migração celular, formação de colônias, apoptose e ciclo celular, visando compreender o efeito de piperina sobre transformação neoplásica, além dos ensaios de qPCR e Western Blot das vias PTGS2 e MMPs, ELISA das citocinas IL-1β, IL-8 e MCP-1 e imunocitoquimica das MAPKs (p38 e ERK), visando compreender como piperina modula essas vias inflamatórias. Os resultados mostraram que piperina alterou a morfologia das células, reduziu a proliferação e viabilidade celular, com efeitos menos acentuados nas células não tumorais que também apresentou IC50 superior. Piperina também reduziu a formação de colônia, conduziu a parada das células na fase G1/G0 e G2/M do ciclo celular, com posterior indução a apoptose. Quanto a modulação das vias inflamatórias, piperina reduziu a expressão de PTGS2 e dos receptores 2, 3 e 4 da PGE2 (PTGER2, PTGER3 e PTGER4), o que refletiu na redução da secreção das citocinas IL-1β, IL-8 e MCP-1, junto a redução da expressão de p38 e ERK. Além disso, piperina inibiu a migração celular, devido a redução da expressão de MMP2 e MMP9 e aumento da expressão de TIMP1 e TIMP2. Portanto, piperina reduz parâmetros associados a evolução neoplásica in vitro por atuar sobre a via PTGS2, que por sua vez regula a secreção de citocinas e a expressão de MAPKs, MMPs e TIMPs, demostrando ser um potencial fitoterápico para tratamento complementar de câncer de colo de útero.
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    História evolutiva e divergência funcional do gene de especiação OdsH e sua duplicata unc-4 em Drosophilidae
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-08) Nunes, William Vilas Boas; Carareto, Claudia Marcia Aparecida [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O gene Odyssesus (OdsH) foi o primeiro gene de especiação descrito em Drosophila, assim caracterizado em face de sua associação com a esterilidade híbrida entre Drosophila simulans e Drosophila mauritiana. Sua origem é atribuída à duplicação do gene unc-4, o qual é muito conservado em metazoários e relacionado a funções neurais. Tanto OdsH como unc-4 codificam homeodomínios e atuam como fatores de transcrição. A ocorrência dessa duplicação foi circunscrita ao subgênero Sophophora, contudo, análises preliminares indicaram sua ocorrência em outros subgêneros de Drosophila. O presente estudo teve como objetivo ampliar a busca pelo gene OdsH para além do gênero Drosophila, de modo definir a extensão de sua ocorrência e datar o evento da duplicação, bem como, caracterizar a evolução molecular e funcional desta duplicata. Foram encontradas evidências da ocorrência de OdsH nos genomas de espécies das duas tribos da subfamília Drosophilinae (Drosophilini e Colocasiomyini) da família Drosophilidae, mas não em genomas da subfamília Steganinae. A Inferência Bayesiana utilizada para coestimar as relações filogenéticas e o tempo de divergência entre as sequências das duplicatas unc-4 e OdsH indicaram que elas formam dois clados monofiléticos irmãos em Drosophilinae. Concordantemente com as estimativas de divergência das duas subfamílias, a datação da duplicação permitiu estimar sua origem há 55,58 milhões de anos atrás. As taxas de evolução desses genes indicaram assimetria, com aceleração da evolução de OdsH, sugerindo-se maior diversificação dessa duplicata anteriormente à divergência da subfamília Drosophilinae. Busca em bancos públicos de dados por transcriptomas de órgãos reprodutivos e não reprodutivos em espécies da subfamília Drosophilinae, confirmaram expressão inovativa de OdsH em testículos de Drosophila, o que não foi observado para unc-4. Adicionalmente, foi inferida a regulação de OdsH por fatores de transcrição relacionados à reprodução masculina. Análises dos domínios funcionais proteicos indicaram que a proteína OdsH apresenta maior divergência dos motivos funcionais, do homeodomínio e do octapeptídeo, do que Unc-4, e que a divergência observada no homeodomínio pode perturbar a energia de ligação ao DNA, tornando o sistema mais instável. Essas características permitem sugerir que as duas proteínas têm diferentes alvos de ligação na regulação de genes alvo. A proteína OdsH de D. mauritiana apresenta singularidades que podem estar associadas à sua incompatibilidade em relação ao genoma de D. simulans, e relacionada à esterilidade híbrida reportada entre as duas espécies. Os níveis de expressão de OdsH variam entre as espécies D. mojavensis e D. arizonae, e entre os híbridos férteis e estéreis, o que pode configurar um cenário de envolvimento de OdsH com a esterilidade híbrida. A expressão de OdsH nessas espécies ocorre nos espermatócitos, indicando que possivelmente desempenha a regulação de fatores meióticos e pós meióticos. Neste estudo reportamos de forma inédita que o gene OdsH teve origem no ancestral Drosophilinae e que reúne características que permitem propor sua neofuncionalização em funções sexuais masculinas logo após sua origem.
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    Validação da variante c.3140A>G e de suas potenciais proteínas alvo relacionadas a via PIK3CA/AKT/mTOR em neoplasias mamárias de cadelas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-07) Perossi, Isabela Fernanda Spinelli; Zuccari, Debora Aparecida Pires de Campos; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O câncer de mama (CM) é um relevante problema de saúde pública, pois representa a segunda principal causa de morte relacionada ao câncer em mulheres em todo o mundo. Os cães são utilizados como modelo para estudos desses tumores, pois além da grande ocorrência, possuem semelhanças biológicas e fisiopatológicas. A via PIK3CA/AKT/mTOR está fortemente desregulada no câncer de mama e desempenha papel central na homeostase celular. A literatura recente retrata que todas as mutações somáticas identificadas a partir do gene PIK3CA alteraram as sequências de aminoácidos, dentre eles a variante c.3140A> G. Esse gene participa da regulação de uma ampla gama de atividades celulares relevantes englobando várias proteínas importantes. Na medicina veterinária o estudo desta via é incipiente. O objetivo deste trabalho foi analisar a variante c.3140A>G do gene PI3KCA e a expressão das proteínas alvo PIK3CA, PTEN, HIF, VHL, ZEB1, ZEB 2, Caspase-3 e PARP1 como marcadores prognósticos em um estudo prospectivo, verificando a expressão gênica dessa variante e, em um estudo retrospectivo, avaliando a expressão proteica e gênica de alvos moleculares à jusante da via correlacionando com o prognóstico nas cadelas. No estudo retrospectivo, o DNA de 24 fragmentos de tumores mamários caninos e 20 fragmentos normais de mama de cadelas foi extraído e a mutação verificada usando TaqMan® Mutation Detection Assay. A imunohistoquímica foi realizada com o kit Reveal HRP Conjugate e sua análise pelo método Histoscore. Duas pacientes (8,3%) apresentaram a mutação c.3140A> G, sendo que uma paciente apresentou metástase pulmonar e morreu em 30 dias após o diagnóstico e a outra paciente permanece viva. Os dados de imunohistoquímica revelaram que a expressão das proteínas PIK3CA, HIF, ZEB2 e PARP1 foi maior na paciente que veio a óbito em comparação com a que permanece viva (p<0,05). No estudo prospectivo, para a análise proteica as amostras foram provenientes de 58 cadelas com neoplasia mamária, previamente identificadas por análise histopatológica. A imunohistoquímica foi realizada com o kit Reveal HRP Conjugate e sua análise pelo método Histoscore. Para a análise genica as amostras são provenientes de 13 pacientes caninas acometidas por neoplasia mamária primária, o DNA foi extraído segundo o método de Sambrook & Russel e realizada a análise para expressão quantitativa utilizando o sistema Step One Plus. Através da imunohistoquimica foi observado que a positividade de PIK3CA foi significativamente associada a linfonodo regional8 acometido, à metástase a distância, às pacientes com fenótipos HER2+, Triplo Negativo e Luminal B e também à menor sobrevida. Por meio da expressão gênica observamos, entre as pacientes vivas e com óbito, expressão gênica mais elevada de ZEB2 e PARP1 comparado aqueles sem metástase, o que não foi verdadeiro para as expressões de PIK3CA e HIF1 α. Em conclusão, os dados observados neste trabalho são promissores no estudo de novos marcadores moleculares de prognostico adequados para o desenvolvimento de novas terapias, ainda assim mais pesquisas destinadas a esclarecer e validar as relações entre a via PI3K/AKT/mTOR.
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    Ação da melatonina na modulação do câncer de colo de útero
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-10) Frigieri, Barbara Maria; Lisoni, Flavia Cristina Rodrigues [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O carcinoma de colo de útero, também chamado de câncer cervical, é o segundo tipo de neoplasia mundialmente mais frequente em mulheres. A cada ano surgem cerca de 530 mil novos casos, sendo a quarta causa de morte em países em desenvolvimento, com aproximadamente 275 mil mortes por ano. O tratamento para câncer de colo de útero inclui cirurgia, terapia por irradiação e quimioterapia, mas por serem métodos invasivos, pesquisadores têm buscado novos fármacos antitumorais para auxiliar a eficiência dos tratamentos. A melatonina seria um desses fármacos, pois tem atividade antitumoral por meio de vários mecanismos, incluindo seus efeitos antiproliferativos e pró-apoptóticos, bem como sua potente ação pró-oxidante em células tumorais. Melatonina é um hormônio natural produzido pela glândula pineal, regula o ritmo circadiano, possuindo propriedades imunomoduladoras, anti-inflamatórias e anti-oxidantes. Em função da importância da melatonina, foi proposto o presente trabalho que teve como objetivo geral avaliar seu potencial efeito nas células neoplásicas sobre a morfologia, proliferação e migração celular, citotoxicidade, genotoxicidade, apoptose, ciclo celular e expressão gênica, observando como ocorre essa ação e como essas alterações podem participar do processo tumorigênico. Foram utilizadas duas linhagens tumorigênicas, uma de carcinoma de colo de útero (SiHa) e outra de adenocarcinoma de colo de útero (HeLa), além de uma linhagem de células não tumorigênicas, derivada de células de queratinócitos da pele humana (HaCaT), tratadas com melatonina (concentração de 100nM e 1mM) por 4, 24, 48 e 72 horas. Nós observamos que a melatonina não alterou a morfologia celular, mas reduziu a proliferação e migração celular, não foi citotóxica, mas foi genotóxica, reduziu formação de colônias tumorais, induziu o processo de apoptose inicial, tardia e necrose e estimulou as células a estacionarem nas fases G1/G0 e G2/M do ciclo celular. Além disso, observamos que a melatonina também modulou a via gênica PI3K/AKT, pela ativação dos receptores MTNR1A e MTNR1B e diminuição de AKT. Dessa maneira, a melatonina parece apresentar uma ação antitumorigênica, por mecanismos relacionados às vias antiproliferativas, antimigratórias e apoptóticas, e abrem novas possibilidades de estudos futuros para terapias associadas ao câncer de colo de útero.
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    Estrutura populacional de Athene cunicularia (Strigiformes: Strigidae) em áreas antropizados do cerrado paulista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-10) Thomazini, Thaís Coelho; Morales, Adriana Coletto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os processos antrópicos comumente interferem no modo como as comunidades de espécies locais se estabelecem no ambiente, em especial o processo de urbanização, que tende a modificar o uso da terra de forma mais duradoura. Curiosamente algumas espécies como a coruja-buraqueira, Athene cunicularia (Strigiformes: Strigidae), apresentam características que as permitem ter êxito em ocupar áreas urbanas, entretanto, esta capacidade de ocupação não significa que elas não possam ser negativamente afetadas pela urbanização. Sabendo que a variabilidade genética é de extrema importância para que as populações mantenham sua capacidade de adaptação frente às mudanças ambientais, investigar o nível de estruturação e diversidade genética contida nas populações tem demonstrado ser uma excelente ferramenta de estudo na compreensão das respostas adaptativas das espécies. Desta forma, foi investigada a estrutura e diversidade genética presente em quatro populações de corujas-buraqueiras em áreas antropizadas de cerrado no interior Paulista, utilizando sete marcadores microssatélites espécie-específicos, cujo caráter codominante e alta reprodutibilidade, faz com que sejam marcadores moleculares ideais para estudos genético-populacionais. Faz-se importante ressaltar que até o momento não há registros de estudos com A. cunicularia no Brasil do ponto de vista genético, sendo este então pioneiro. Os resultados da análise genotípica de diversidade genética, juntamente com as informações sobre a distribuição desta diversidade, indicam que as populações de A. cunicularia analisadas possuem considerável diferenciação genética e que esta se relaciona positivamente com a distância geográfica dos indivíduos. Esta diferenciação genética se deve pela presença de alelos raros e exclusivos nas populações, resultado do processo de isolamento por distância ocasionado pela redução de fluxo gênico que, ao que tudo indica, ocorre devido à seleção de habitat e comportamento de nidificação da espécie. O desvio no Equilíbrio Hardy-Weinberg pelo excesso de homozigotos é característico do Efeito Whalund, o que juntamente com os dados de estruturação populacional sugere que as quatro populações analisadas se tratam na verdade de metapopulações, nas quais é possível identificar uma ancestralidade constituída por seis unidades genéticas no passado evolutivo de A. cunicularia e ainda presente nas quatro localidades amostradas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Proteína Anexina A1: modulação em placentas de gestantes com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-08) Santos, Mayk Ricardo dos; Oliani, Sonia Maria [UNESP]; Moreli, Jusciéle Brogin; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Ao longo da gestação, a placenta cria um microambiente no qual células geneticamente distintas permanecem em contato e equilíbrio funcional. No entanto, o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) definido como qualquer grau de intolerância à glicose, iniciado ou detectado pela primeira vez na gestação, quando não tratado pode levar a resultados adversos maternos, placentários e, consequentemente, para o feto/recém-nascido. Nosso grupo de pesquisa tem investigado a proteína anti-inflamatória anexina A1 (ANXA1) em diferentes contextos gestacionais, incluindo placentas de gestações de risco, como aquelas associadas com as infecções por Toxoplasma gondii e Zika vírus. Com estas considerações, no presente trabalho foram avaliadas placentas de gestantes diabéticas (DMG) comparando com controles não diabéticos (ND) e, ainda, nas regiões do labirinto e zona juncional da placenta de camundongos BALB/c selvagens (WT) e nocautes para AnxA1 (Anxa1 -/-) com o objetivo de consolidar os resultados obtidos nas placentas humanas. As placentas foram avaliadas histologicamente e a expressão da ANXA1 foi relacionada com a modulação dos marcadores de sobrevivência celular, na presença de dano ao DNA e apoptose. As expressões de ANXA1, danos ao DNA (8-Hidroxiguanosina e γH2Ax), enzimas da via de reparo por excisão de base, BER, (OGG-1 e APE-1) e apoptose (caspase-3 clivada) foram detectadas por imuno-histoquímica em vilos placentários humanos (região fetal da placenta) e nos animais (regiões do labirinto e zona juncional). A intensidade das expressões proteicas foi medida por densitometria citoplasmática, e pela relação de núcleos marcados por área vilosa. Histopatologicamente, as placentas DMG apresentaram alterações estruturais como desorganização das células trofoblásticas, predomínio de nós sinciciais e regiões fibrinoides. A expressão da ANXA1 foi reduzida no sinciciotrofoblasto viloso, enquanto ocorreu aumento no dano ao DNA, diminuição da expressão das enzimas envolvidas no BER e aumento do processo de apoptose. Resultados semelhantes foram observados nos camundongos Anxa1 -/-, confirmando o papel da proteína ANXA1 na resposta celular placentária. Em conjunto, nossos dados sugerem que a ANXA1 nuclear tem envolvimento com o DNA danificado, modulando a resposta celular no DMG. Este fato pode representar um avanço nas investigações relacionadas com os mecanismos envolvidos na biologia placentária, e consequente prevenção dos resultados perinatais adversos nas gestações de risco.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos dos ácidos graxos ômega-3 na modulação da carcinogênese prostática em camundongos TRAMP
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-02) Silva, Alana Della Torre da; Góes, Rejane Maira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O adenocarcinoma de próstata (CaP) é o câncer mais comum em homens no mundo e a segunda causa de mortalidade por câncer no Brasil. O consumo de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (ω3), como o ácido docosahexaenóico (DHA) e eicosapentaenóico (EPA), tem sido relacionados com menor risco de CaP e melhor prognóstico, mas os dados ainda são conflitantes e essa questão é inconclusiva. O presente estudo avaliou os efeitos da dieta enriquecida em DHA/EPA (Dω3) na progressão tumoral do CaP, no lobo dorsolateral (LDL) da próstata de camundongos transgênicos para o adenocarcinoma de próstata (TRAMP), e o impacto sobre os processos de morte celular regulada, usando para isso também experimentos in vitro. Os camundongos (8 sem. idade) foram alimentados pelo período de 1 ou 3 meses com dieta contendo 10% de óleo de peixe (grupos T12 e T20, respectivamente) ou dieta padrão para roedores (grupos C12 e C20). Também foram analisados camundongos com 8 sem. idade alimentados com ração padrão (C8), fase em que se iniciam os distúrbios proliferativos. Os LDLs foram processados para análises histopatológicas, estereológicas, imuno-histoquímicas, TUNEL e ensaio de caspase 3 ativa. A Dω3 por 1 mês aumentou a frequência de áreas epiteliais saudáveis (2,4x) e reduziu as de lesões pré-malignas (2,7x) e de carcinoma in situ (2,3x), em comparação com o controle. 50% dos animais dos grupos C20 e T20 desenvolveram tumor primário e não houve variação do peso tumoral entre esses grupos. Contudo, nos demais animais, para os quais o LDL pode ser isolado, também se verificou aumento na frequência de áreas epiteliais saudáveis (2,2x) e redução nas de lesões pré-malignas (2,9x) e de carcinoma in situ (2,9x) em T20 comparado a C20. A histologia do LDL dos grupos T12 e T20 e proporção de áreas de tecido epitelial, lúmen e estroma se mantiveram semelhantes as do C8. Nos dois tempos de consumo, a Dω3 reduziu a proliferação celular e a expressão tecidual epitelial de AR e ER-α. Também manteve as características estromais, evitando o aumento de fibras colágenas, de células α-SMA+ e de linfócitos T-CD3+ que ocorre durante a progressão da doença. A Dω3 aumentou a autofagia em ambos os tempos e a taxa de apoptose no tempo mais longo de consumo (31,25%), mas não afetou a necroptose e piroptose que foram mais restritas às células imunes estromais. Experimentos com cultura de células epiteliais prostáticas benignas (PNT1A) e tumorais responsivas a andrógenos (22rv1), tratadas com DHA (100µM, 48h), aliados a análises de Western Blotting, mostraram que esse ω3 aumenta 8,6% a autofagia e inibe 27,3% a piroptose na linhagem tumoral, enquanto reduz a necroptose (50%) na benigna. Conclui-se que a intervenção dietética com ω3 no período mais curto diminui a gravidade e atrasa a progressão tumoral do CaP em camundongos TRAMP, via redução da expressão tecidual de AR e ER-α, bloqueio da atividade proliferativa, modulação da morte celular regulada e preservação do microambiente estromal. Esses achados sugerem uma ação protetora dos ω3 no CaP e seu possível uso como adjuvante terapêutico nos estágios iniciais da doença, mas reforçam a necessidades de estudos adicionais sobre seu impacto nas fases mais avançadas da doença.
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    Estudo celular e molecular da Piper nigrum em linhagens tumorais de câncer de cabeça e pescoço
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-03) Sousa, Stefanie Oliveira de; Rodrigues-Lisoni, Flávia Cristina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço com acometimento em regiões anatômicas do trato aerodigestivo superior representa o sexto tipo mais comum de câncer no mundo. O seu tratamento inclui cirurgia, terapia por irradiação e quimioterapia, entretanto, estes métodos são altamente invasivos, com um significativo comprometimento funcional. Em função disso, tratamentos fitoterápicos contra o câncer têm despertado interesse científico, e a Piper nigrum, uma planta utilizada no tratamento de diversas doenças, tem sido estudada por possuir moléculas bioativas com propriedades farmacológicas anticâncer. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar o potencial efeito do extrato total da folha nas células sobre a morfologia, proliferação e migração celular, citotoxicidade, genotoxicidade, apoptose e necrose, ciclo celular, expressão gênica (PTGS2, PTGER3, PTGER4, MMP2, MMP9, TIMP1 e TIMP2) e proteica (PTGS2, PTGER4, MMP2), observando como o composto age e como essas alterações participam do processo tumoral. Para isso foram utilizadas duas linhagens de células tumorais (HEp-2 e SCC-25) e células normais orais (fibroblastos), após o tratamento com a Piper nigrum em três concentrações (10 µg/mL, 50 µg/mL e 100 µg/mL), por 4, 24, 48 e 72 horas. Os resultados evidenciaram que o extrato total da folha de Piper nigrum não altera a morfologia celular, mas diminui a proliferação e migração das células, não altera a viabilidade das células normais, e possui efeitos genotóxico, provavelmente por indução de apoptose celular, e ainda modula a expressão de genes e proteínas envolvidas com o processo inflamatório. Dessa maneira, o extrato total da folha de Piper nigrum parece apresentar uma sinergia entre seus metabólitos atuando diretamente nas células tumorigênicas por mecanismos relacionados às vias antiproliferativas, apoptóticas e/ou inflamatórias e abrem novas possibilidades de estudos futuros para terapias associadas no câncer de cabeça e pescoço.
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    Influência do tratamento com melatonina sobre mecanismos celulares de adaptação redox em células eritroleucêmicas K562
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-04-28) Torres, Flaviene Felix; Silva, Danilo Grünig Humberto da [UNESP]; Cunha, Anderson Ferreira da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A homeostase redox já foi descrita como “o meio áureo da vida saudável” e sua regulação pode ocorrer através do controle de atividade enzimática ou em nível transcricional. Importantes fatores de transcrição relacionados a esta homeostase são FoxO3 e Nrf2, ambos influenciados pela ação da melatonina (MEL). Esta indolamina e seus metabólitos constituem uma família química particularmente eficiente, com grande capacidade de combate ao estresse oxidativo, podendo atuar de forma direta contra os mesmos ou indireta, atuando na indução da expressão de enzimas antioxidantes. Um tipo celular constantemente exposto a insultos oxidativos é o eritrócito, dessa forma, o presente estudo utilizou a linhagem eritroleucêmica K562 induzidas a diferenciação em células eritróides. Assim, a presente proposta teve como objetivo investigar o possível efeito modulador da MEL sobre as vias de sinalização redox PI3K/AKT/FoxO3 e Keap1/Nrf2/ARE, em cultivo de células eritroleucêmicas K562 submetidas a indução de estresse oxidativo, favorecendo a manutenção da homeostase redox celular. Para tanto, avaliou-se a viabilidade, bem como os níveis de transcritos dos genes de importantes enzimas antioxidantes, utilizando células K562 em diferentes períodos de diferenciação eritroide como modelo experimental. Assim, o estudo contou com três amostras pseudoreplicadas acompanhadas durante cinco dias de acordo com os períodos de incubação, sendo as avaliações realizadas: antes do início (D0), no início de diferenciação (D2) e final da diferenciação (D4). Além disso, cada amostra foi dividida nos seguintes grupos: células eritroides sem indução de estresse oxidativo e tratamento antioxidante (Referência); células sob indução de estresse com peróxido de hidrogênio (100 µM H2O2); células tratadas com 1 nM (C1) e com 1 mM (C2) de MEL; por fim, dois conjuntos de células tratados com as mesmas concentrações de MEL associados com a indução do estresse (C1+ H2O2 e C2+ H2O2, respectivamente). Dentre os principais resultados, observou-se o reestabelecimento de níveis fisiológicos de Nrf2 em ambas concentrações de MEL, sob indução de estresse com peróxido, quando comparado ao grupo sob a ação apenas do agente estressor, sugerindo um efeito citoprotetor. A menor concentração (C1) relacionou-se com a indução da expressão de genes antioxidantes por intermédio da via NRF2-ARE, quando comparados com suas respectivas referências. Este padrão foi observado no dia 0 para os genes da CAT, SOD1, PRXD1 e 6; No dia 2, foi constatado para CAT, PRDX1 e 6. Em relação ao dia 4, o mesmo padrão foi observado para SOD1, PRDX1 e 6, sugerindo, inclusive, um efeito protetor da MEL em relação a esta primeira peroxirredoxina, uma vez que os tratamentos utilizando MEL ocasionaram uma expressão semelhante aos níveis fisiológicos. Quanto a C2, esta relacionou-se com a indução da expressão de FOXO3, quando associada ou não a indução de estresse oxidativo; sendo que, no D4, C2 + H2O2 mostrou-se relacionada a uma redução de viabilidade celular possivelmente relacionada a ativação de vias apoptóticas. Dessa forma, os efeitos da administração de MEL nestas células apresentaram um padrão período e dose-dependentes contra o estresse oxidativo induzidos com H2O2, com ação direta sobre a detoxificação do agente estressor e indireta, visto que a via FoxO3 apresentou papel sugestivo de indução de vias apoptóticas, enquanto o fator de transcrição predominantemente responsável pela manutenção da homeostase redox nas células K562 foi o Nrf2. Dessa forma, o presente trabalho reforça a importância dessa indolamina na regulação da homeostase celular, sendo uma alternativa terapêutica promissora para doenças que apresentam um dano oxidativo exacerbado, devido ao seu potente efeito redutor.
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    Revisão taxonômica de Linaceae para o Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-03-10) Silva, João Paulo Soares; Silveira, Daniela Sampaio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Linaceae é uma família cosmopolita, distribuída principalmente pelas regiões temperadas e tropicais do globo, compreendendo 13 gêneros e aproximadamente 255 espécies. No Brasil, está representada por quatro gêneros e 19 espécies, sendo sete endêmicas. Existem muitas lacunas de conhecimento do grupo para o país, além de informações desatualizadas ou errôneas, carência de tratamentos taxonômicos e especialistas. São plantas de difícil caracterização devido à sua diversidade morfológica, contendo problemas nomenclaturais e de identificação. Com o presente trabalho, objetivou-se realizar a revisão taxonômica das espécies de Linaceae ocorrentes no Brasil, reunindo dados morfológicos por meio de análises dos materiais dos principais acervos nacionais e internacionais. O estudo compreendeu a análise da coleção de 56 herbários, abrangendo aproximadamente 1.600 exsicatas examinadas. Foram realizadas expedições de coleta e atualizações nomenclaturais, e produzidos mapas de distribuição, descrições, chaves de identificação, status de conservação e ilustrações para todas as espécies. Foram analisados 45 nomes, sendo seis de Cliococca, cinco de Hebepetalum, 26 de Linum e oito de Roucheria, e reconhecidas 19 espécies. Foram efetuadas tipificações de 18 nomes, delimitados em 12 espécies, sendo: Cliococca selaginoides, Hebepetalum parviflorum, Hebepetalum punctatum, Linum bahiense, Linum brevifolium f. majus, Linum brevifolium f. squamifolium, Linum carneum, Linum erigeroides, Linum formosum, Linum junceum, Linum litorale f. corymbosum, Linum litorale f. cuspidatum, Linum littorale, Linum littorale var. glandulosa, Linum oblongifolium, Linum organense, Linum palustre e Roucheria elata. Além disto, foram descritas duas novas espécies e efetuadas duas combinações para táxons endêmicos do Brasil. Com isto, espera-se auxiliar na conservação e identificação das espécies, além de embasar futuros estudos filogenéticos utilizando dados moleculares. Os resultados aqui descritos referem-se aos dados mais atualizados para a família e fazem parte da Flora do Brasil 2020.
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    Ergotioneína como alternativa terapêutica: efeitos antioxidantes e/ou moduladores em células eritroleucêmicas K562
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-04-07) Bernardo, Victoria Simões; Silva, Danilo Grünig Humberto da [UNESP]; Cunha, Anderson Ferreira da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os eritrócitos são células que apresentam um ambiente interno extremamente pró-oxidante, propenso a constante formação de espécies reativas de oxigênio (ERO) devido a seu papel fisiológico como transportador de oxigênio. Além desse ambiente interno oxidante, fontes extracelulares também contribuem para o estresse oxidativo constante dessas células devido à alta permeabilidade de ERO apresentada pela membrana eritrocitária. Em contrapartida, essas células possuem um sistema de regulação redox altamente eficiente e estritamente comprometido em manter a integridade e funcionalidade celular após a completa maturação, devido a capacidade metabólica limitada apresentada por essas células (ausência de núcleo e organelas). A ergotioneína (ERT) é um antioxidante natural que vem ganhando destaque na comunidade científica como uma potencial alternativa terapêutica no tratamento de diferentes doenças hematológicas humanas com quadros clínicos caracterizados por estresse oxidativo e inflamação crônicos. Isto, pois seu uso apresenta uma série de vantagens, dentre as quais podemos citar a i) existência de transportador altamente específico para sua captação, em diversos tipos celulares, inclusive em células eritróides; ii) alta biodisponibilidade, resultante da alta retenção e baixa excreção; iii) sua capacidade de detoxificar uma série de compostos oxidantes; e iv) não apresentar toxicidade ou efeitos indesejado associados à sua administração, mesmo em altas doses. Neste contexto, o presente estudo objetivou investigar os possíveis efeitos antioxidantes e/ou moduladores da ERT sobre os mecanismos celulares de adaptação redox indispensáveis para homeostase em células eritróides submetidas ao estresse oxidativo, baseados nas vias de sinalização em resposta ao estresse oxidativo, PI3K/AKT/FOXO3 e Keap1/Nrf2/ARE; utilizando células eritroleucêmica K562 sob indução de diferenciação eritróide como modelo experimental. Para tanto, foram avaliados a viabilidade celular e os níveis de transcritos dos fatores de transcrição e seus moduladores supramencionados, bem como de importantes antioxidantes envolvidos na adaptação redox. Assim, o estudo contou com três amostras pseudoreplicadas acompanhadas durante cinco dias de diferenciação celular, com avaliações em três períodos do processo de diferenciação: antes do início (D0), no início de diferenciação (D2) e máximo da diferenciação (D4). Além disso, cada amostra foi dividida nos seguintes grupos: células eritróides sem indução de estresse oxidativo e tratamento antioxidante (Referência); células sob indução de estresse com peróxido de hidrogênio (100 µM H2O2); células tratadas com 1 nM (C1) e com 100 µM (C2) de ERT; por fim, dois conjuntos de células tratados com as mesmas concentrações de ERT associados com a indução do estresse (C1+ H2O2 e C2+ H2O2, respectivamente). Dentre os resultados obtidos, destaca-se o tratamento com a menor concentração de ERT (C1) que se associou com a indução da expressão do FOXO3; já na concentração C2 houve uma redução dos níveis de transcritos no início do processo de diferenciação, se mantendo baixa até o final do experimento. Também foi observada que a menor concentração de ERT testada, na presença do agente estressor, apresentou os maiores níveis de transcritos de Nrf2 (todos os períodos), Keap1 (dia 0) e 14-3-3 (dia 2 e 4), enquanto, no tratamento ERT C2 + H2O2, no dia 2, observou-se um aumento de FOXO3 e MST1 e uma diminuição da 14-3-3 e Nrf2. As análises multivariadas destacaram que a via Keap1/Nrf2/ARE apresentou maior contribuição com o padrão de expressão de PRDX1, SOD1 e CAT, enquanto a via MST1-FOXO3, com PRDX2 e Trx. Conclui-se que ERT apresentou uma ação citoprotetora em células eritróides K562, através da ativação dos fatores de transcrição FOXO3 e Nrf2, sendo que a via de sinalização redox Nrf2-ARE mostrou-se como a principal envolvida na homeostase redox, enquanto a via MST1-FOXO3 parece estar envolvida tanto na homeostase redox quanto na proliferação e diferenciação eritróide. É válido ressaltar que os resultados possibilitaram a proposição e/ou elucidação de um mecanismo de ação das vias estudadas em células eritróides, dependente da concentração de ERT administrada.
  • ItemDissertação de mestrado
    Revisão taxonômica de Pentaphylacaceae Engl. para o Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-06) Vieira, Jaqueline Alves; Silveira, Daniela Sampaio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Pentaphylacaceae está inserida na ordem Ericales, envolve 14 gêneros e aproximadamente 350 espécies, distribuídas nas regiões subtropicais e tropicais do planeta. No Brasil, a família é representada por 23 espécies, divididas em dois gêneros, Ternstroemia Mutis ex L.f. (21 spp.) e Freziera Willd. (2 spp.), 14 dessas endêmicas. Muitos dos táxons de Ternstroemia e Freziera apresentam grande semelhança fenotípica entre si, delimitação taxonômica imprecisa, descrições e sinonimizações desatualizadas, gerando problemas nomenclaturais e de identificação. Dessa forma, a revisão da família para o Brasil auxilia pesquisadores na identificação e conservação das espécies, além de servir de base para futuros trabalhos de análise filogenética dos gêneros. O presente trabalho teve como objetivo realizar a revisão taxonômica de Pentaphylacaceae para o Brasil. A fim de desenvolver o presente estudo, foram realizadas expedições de campo e visitas a herbários. Aproximadamente 350 espécimes foram concedidos de empréstimo e doação pelos herbários parceiros. Os resultados aqui descritos também fazem parte do Projeto Flora do Brasil 2020. Foram analisados oito nomes de Freziera e 62 de Ternstroemia, totalizando 70 nomes, delimitados em 23 espécies. Foram realizadas as tipificações de 21 nomes, subentendidos em cinco espécies de Ternstroemia: T. alnifolia Wawra, T. brasiliensis Cambess., T. candolleana Wawra, T. candolleana var. angustifolia, Ternstroemia candolleana var. rotundata Wawra, T. cuneifolia Gardner, T. cuneifolia var. glutinosa Wawra, T. dentata (Aubl.) Sw., T. dentata var. multiflora Choisy, T. dentata var. oblongifolia Choisy, T. dentata var. latifolia Wawra, Ternstroemia peduncularis var. lanceolata Choisy, as quais apresentavam problemas de tipificação. São apresentadas também quatro novas espécies de Ternstroemia para o Brasil, duas endêmicas da Amazônia, uma endêmica de Cerrado e uma endêmica de Caatinga.
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    Exposição da próstata de fêmeas de gerbilo da Mongólia (Meriones unguiculatus) a doses ambientais de Bisfenol A e 17beta estradiol
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-03-04) Bedolo, Carolina Marques; Taboga, Sebastião Roberto [UNESP]; Campos, Silvana Gisele Pegorin de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A próstata é uma glândula componente do sistema genital dos mamíferos e sua principal função prostática é secretar um fluido levemente alcalino (pH 7,29) que contribui para a formação do líquido seminal. As fêmeas em certas espécies, como o roedor gerbilo da Mongólia (Meriones unguiculatus), apresentam próstata cuja morfologia se assemelha à porção ventral do complexo prostático masculino e à próstata feminina em humanos. Nas últimas décadas tem sido relatado um constante aumento da exposição a substâncias capazes de interferir na ação hormonal, conhecidas como disruptores endócrinos. O bisfenol A (BPA) pertence a uma das categorias de disruptores endócrinos presentes no meio ambiente. Estudos demonstram que a exposição a esse composto interfere negativamente na morfofisiologia prostática, favorecendo o estabelecimento de lesões pré-malignas e malignas. Além do BPA, uma das constantes problemáticas dos dias atuais é a exposição ambiental a hormônios exógenos como o estradiol (E2). Desta forma, a administração de fármacos com estrutura semelhante a hormônios esteroides pode exercer efeitos sobre a glândula, uma vez que os mesmos se ligam a seus receptores hormonais afetando a homeostasia prostática. O presente estudo teve como objetivo verificar as alterações morfofuncionais na próstata de fêmeas de gerbilo da Mongólia após tratamento perinatal com dose diária ambiental, ou seja, dose ambiental segura de BPA (50 µg/kg) e doses de 17-β estradiol (35 µg/kg), 3 vezes por semana por 38 dias. Foram realizadas análises estereológicas, morfométricas, citoquímicas e imunohistoquímicas. As análises morfológicas demonstraram a presença de alterações como focos inflamatórios associados a células claras e neoplasias intraepiteliais prostáticas (PINs) nos grupos E2, BPA e controle óleo (CO) tratados em relação ao grupo controle água (CA). Nas análises imunohistoquímicas, foram observadas a presença de macrófagos e a imunoexpressão de alfa-actina do músculo liso. Além disso, foi observado aumento nos compartimentos lúmen e estroma não muscular do grupo E2 (grupo estradiol) em relação ao grupo BPA e CA. Concluiu-se que os disruptores endócrinos, BPA e E2 interferem na homeostasia prostática em fêmeas, promovendo alterações morfológicas à semelhança do que ocorre em machos. Nosso estudo sugere que a próstata feminina tem relevância clínica e a fêmea do gerbilo é um bom modelo para se avaliar as repercussões morfofisiológicas de disruptores endócrinos sobre essa glândula do trato genital.
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    Efeitos dos ácidos graxos ômega-3 na progressão do câncer de próstata
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-03-05) Amaro, Gustavo Matheus; Góes, Rejane Maira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O câncer de próstata (CaP) é um dos tipos mais recorrentes de câncer em homens e o consumo excessivo de lipídeos saturados favorece o seu desenvolvimento. Ao contrário, dietas ricas em ácidos graxos poli-insaturados (PUFA) tipo ômega-3 (n-3) tem sido associadas com menor incidência do CaP. O presente trabalho avaliou as repercussões do consumo de ácidos graxos PUFAs n-3 da série marinha, ácido docosahexaenoico (DHA) e ácido eicosapentaenoico (EPA), sobre a progressão tumoral na próstata ventral de camundongos transgênicos para o adenocarcinoma de próstata (TRAMP). Camundongos TRAMP foram alimentados com dieta padrão e eutanasiados com 8 (C8), 12 (C12) e 20 (C20) semanas de vida ou então alimentados com uma dieta rica em óleo de peixe (10% óleo de peixe) a partir da oitava semana de vida e então eutanasiados com 12 (T12) ou 20 semanas (T20). Os resultados adquiridos demonstraram o aumento na proliferação celular bem como na expressão tecidual do receptor de andrógeno (AR) e glicocorticoide (GR) e no número de linfócitos T na próstata dos grupos controles conforme o aumento da idade e da agressividade das lesões. A intervenção dietética com PUFAs n-3 proporcionou a preservação do microambiente glandular levando a uma menor frequência de lesões proliferativas, indicando um atraso na progressão tumoral, onde foi observado níveis de proliferação celular, da expressão tecidual de AR e GR e de linfócitos T inferiores que seus controles de mesma idade. Ainda, o consumo de DHA/EPA promoveu uma melhora no perfil metabólico dos animais que apresentaram uma redução nos níveis de triglicerídeos e colesterol. Assim, concluímos que a incorporação de DHA/EPA na dieta é capaz de reduzir a severidade da doença, levando ao atraso da progressão tumoral, destacando que a intervenção dietética é um mecanismo eficaz de modular a progressão tumoral, podendo ser utilizada em novas abordagens terapêuticas para o CaP.
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    Diversidade genética de Drosophila prosaltans e D. austrosaltans (Diptera, Drosophilidae) de regiões de Mata Atlântica avaliada por marcadores microssatélites
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-03-02) Paixão, Jéssica Fernanda; Madi-Ravazzi, Lilian [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Drosophila prosaltans e Drosophila austrosaltans, do grupo saltans de Drosophila, são espécies neotropicais com distribuição em áreas florestais da América Central e do Sul e que podem ser encontradas em simpatria. A literatura sobre o grupo saltans de Drosophila é escassa e muitos trabalhos não são tão recentes. Assim, poucas são as informações disponíveis sobre os aspectos biológicos de ambas as espécies. Para D. prosaltans, existem trabalhos de isolamento reprodutivo, estrutura e polimorfismo cromossômico que apontam uma diferenciação de suas populações, entretanto, as informações em relação à diferenciação populacional de D. austrosaltans são praticamente inexistentes. Tal fato nos motivou a investigar os padrões de diversidade genética populacional dessas espécies provenientes de diferentes fitofisionomias de Mata Atlântica utilizando os microssatélites como marcador molecular. Foram desenvolvidos oligonucleotídeos de microssatélites específicos para D. prosaltans, cuja transferibilidade testada para D. austrosaltans mostrou resultados positivos. Identificamos na análise de 12 locos para D. prosaltans, uma alta heterozigosidade média (Ho = 0.45 ± 0.03) e uma diferenciação genética populacional moderada (Fst = 0.17 ± 0.02). Foi observada a formação de dois agrupamentos genéticos distintos nas populações de D. prosaltans, que não se correlacionam com a distribuição regional ou de fitofisionomia das populações, podendo esse padrão ser decorrente de características ecológicas, polimorfismo ancestral compartilhado, mutação recorrente e deriva genética (efeito do fundador). O êxito na amplificação heteróloga de mais de 50% desses locos para D. austrosaltans, possibilitou uma análise comparativa de ambas as espécies, a qual revelou níveis similares de diversidade genética para as mesmas, que podem estar associados às características ecológicas (que carecem de investigações mais detalhadas) ou à ação de fatores evolutivos de intensidade semelhante nas regiões de sobreposição da distribuição geográfica das espécies. O elevado grau de polimorfismo desses marcadores e sua eficiência na amplificação cruzada sugerem sua potencialidade para estudos populacionais de diversidade genética não somente das espécies aqui estudadas, mas também para as demais espécies do subgrupo e do grupo saltans de Drosophila.