Estudo epidemiológico dos distúrbios da voz em escolares de 4 a 12 anos

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2011-02-23

Autores

Tavares, Elaine Lara Mendes [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Pesquisas epidemiológicas sobre disfonias na infância são escassas e apontam índices bastante variados entre 4,4 a 30,3%, estando relacionados às diferentes metodologias utilizadas. Determinar a prevalência de disfonia em crianças de quatro a doze anos, baseando-se nos julgamentos dos pais e nas avaliações perceptivo-auditiva, caracterizar a população estudada, os sintomas vocais, fatores de risco e sintomas associados; analisar os resultados dos exames de videolaringoscopias. Foram incluídas 2.000 crianças sorteadas em escolas públicas e subdividas em faixas etárias: quatro a seis anos, sete a nove anos e de dez a doze anos. Os pais preencheram um questionário sobre as qualidades vocais de seus filhos e as crianças foram submetidas às avaliações perceptivo-auditiva, tempo máximo de fonação (TMF), acústicas e aos exames de videolaringoscopias. Foram incluídas 2.000 crianças (1.007 meninos, 993 meninas). Sintomas vocais esporádicos foram reportados pelos pais de 206 delas e sintomas permanentes por 123, sendo estes últimos utilizados no cálculo do índice de disfonia. A avaliação perceptivo-auditiva registrou no parâmetro G da escala GRBASI, 694 vozes com escore 0, 1065 com escore 1 e 228 com escore 2. Os valores de TMF aumentaram com a idade e mantiveram-se menores nas crianças com escore 2 de G. O cálculo da relação s/z não se alterou com os escores da avaliação perceptivo-auditiva. As medidas acústicas indicaram diminuição da f0 com aumento da idade em ambos os sexos, e valores mais elevados de % de jitter, PPQ, % de shimmer, APQ, NHR E SPI. Nos exames de videolaringoscopias, os nódulos vocais, espessamento mucosos e processos inflamatórios foram as lesões mais encontradas, especialmente nas crianças com escore 1 e 2 de G. O julgamento dos pais indicou índice de prevalência de disfonia de 6,15%, elevando-se para 11,4% após as análises...
Epidemiological studies on dysphonia during childhood are scarce, and indicate rates ranging from 4.4 to 30.3% that are related to the different methods used. To determine the prevalence of dysphonia in children aged 4-12 years based on parental judgement and auditory-perceptual evaluation, as well as to characterize the study population, vocal symptoms, risk factors and associated symptoms, and videolaryngoscopic findings. Two thousand children attending public school were randomly selected and allocated into age groups: 4-6 years, 7-9 years, and 10-12 years. Parents were asked to answer a questionnaire about their children’s vocal features. The participating children underwent auditory-perceptual evaluation, maximum phonation time (MPT) and acoustic assessment, and videolaryngoscopy. Of the 2000 children enrolled, 1007 were males and 993 were females. According to parental reporting, 206 children had sporadic vocal symptoms, and 123 showed permanent symptoms being, therefore, included in the calculation of the dysphonia index. Auditory-perceptual evaluation using the GRBASI scale revealed the following scores on the G parameter: 0 in 694, 1 in 1065, and 2 in 228 voice samples. MPT values increased with age, and remained lower among children with a G score of 2. The s/z ratio calculation did not change with auditoryperceptual scores. Acoustic measurements indicated f0 decreased as age increased in both genders, and higher jitter %, PPQ, shimmer %, APQ, NHR and SPI values. Vocal nodules, mucous thickening and inflammatory processes were the most frequent videolaryngoscopic findings, particularly in children with 1 and 2 G scores. Parental judgement indicated a dysphonia prevalence index of 6.15%, which rose to 11.4% after auditoryperceptual analysis was performed in a population of 2000 (993-F, 1.007-M). Most frequently reported vocal symptoms were related with vocal overload... (Complete abstract click electronic access below)

Descrição

Palavras-chave

Fonoaudiologia, Crianças, Distúrbios da voz, Acoustic analysis

Como citar

TAVARES, Elaine Lara Mendes. Estudo epidemiológico dos distúrbios da voz em escolares de 4 a 12 anos. 2011. 128 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2011.