Diplomacia, integração e desenvolvimento: Brasil e Argentina (1950-1962)

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Data

2010-02-25

Autores

Cavlak, Iuri [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Após a Segunda Guerra Mundial, as relações internacionais sofreram mudanças no mundo todo. Na América do Sul, a industrialização e a necessidade da intervenção do Estado na economia foram marcantes, bem como as demandas por captação de investimentos estrangeiros e empréstimos dos Estados Unidos. Com a fundação da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina), medidas de integração entre os países foram pensadas tanto no âmbito doméstico quanto no internacional, na certeza de que somente com o entrelaçamento desses elementos o desenvolvimento da região seria possível. Nesse sentido, com a coincidência dos governos nacional-populistas de Getúlio Vargas e Juan Perón, posteriormente do desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek e Arturo Frondizi, Brasil e Argentina se tornaram os países líderes na região dentro do processo de convergência política, objetivando barganhar investimentos da nação hegemônica do continente e planejar uma macro-economia que pudesse valorizar os produtos de exportação e mitigar os preços das importações. A multilateralizacao da diplomacia brasileira valeu-se da parceria com os argentinos, assim como o desenvolvimento econômico acelerado do Brasil despertou a necessidade na Argentina de uma aliança diplomática de alto perfil com o principal vizinho, na medida em que os platinos se encontravam em sérias dificuldades com Londres e Washington. No início de 1960, chegou-se ao auge dessa empresa, desmontada pelo golpe militar na Argentina em 1962 e, paradoxalmente, pela incompatível dependência dos Estados diante das multinacionais, da economia norte-americana e dos capitais forâneos
After the Second World War, the international relationships suffered changes in the whole world. In South America, the industrialization and the necessity of State intervention in the economy was remarkable, such as the demands for catching international investments and borrowings from the United States. With the foundation of CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina), integration measurements between the countries were considered, both in domestic as in international side, in the certainty that only with the entwined of those elements development in the region would be possible. So, with the coincidence of Getúlio Vargas and Juan Perón nacional-populismo government, after Juescelino Kubitschek and Arturo Frondizi’s desenvolvimentismo, Brazil and Argentina became the leader countries in the region into the process of politic convergence, trying to negotiate investments from the hegemonic nation of the continent and planning a big-economy that could increase the value of exportation products and to decrease the prices of importations. Brazilian diplomacy’s multilateralization associated with Argentina’s partnership, such as the Brazilian economic accelerated development awoke the necessity of Argentina developing a high profile diplomatic alliance with the main neighbor, insofar as the platinos were in serious difficulties with Washington and London. In the beginning of 1960 that enterprise arrived at its acme, collapsed under the military coup in Argentina in 1962 and, paradoxically, by the States incompatible reliance beyond the presence of multinationals, North-American economy and the external capital

Descrição

Palavras-chave

América do Sul História, Integração latino-americana, Diplomacia, Política, Desenvolvimento econômico, Integration, Diplomacy. eng, America History, Economic development, Politics

Como citar

CAVLAK, Iuri. Diplomacia, integração e desenvolvimento: Brasil e Argentina (1950-1962). 2010. 253 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2010.