Investigação em 20 anos (1990-2009) da doença trofoblástica gestacional em um Centro de Referência da Região Sudeste do Brasil

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Data

2013-08-26

Autores

Desmarais, Cecilia Canedo Freitas [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Analisar os resultados de 20 anos de atividades de um centro de referência da região Sudeste do Brasil para tratamento e seguimento de pacientes com doença trofoblástica gestacional (DTG). Revisão de prontuários médicos de 260 pacientes com DTG atendidas no Centro de Doenças Trofoblásticas de Botucatu do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP (CDTB), no período de 1990 a 2009. Dados clínicos das pacientes incluíram idade, tipos de DTG, métodos de diagnóstico, tratamento, tempo de remissão e de seguimento. Em adição, a incidência da DTG foi estimada por 1.000 partos. Análise estatística foi realizada com teste de Mann-Whitney e modelo de regressão logística. Diferenças foram significativas se valor de p <0,05. De 1990 a 2009, foram registrados 24.568 partos no serviço e 280 casos de DTG, resultando em uma incidência geral de 11,4 casos de DTG por 1.000 partos. Das pacientes com mola hidatiforme (MH), 204 (75,6%) realizaram esvaziamento uterino no CDTB e 66 (24,4%) foram encaminhadas de outras instituições (OI), após o esvaziamento. Dentre os 204 casos de MH do CDTB, a ocorrência de NTG pós-molar foi de 20,9% entre as molas completas (MC) e de 3,9% das molas parciais (MP). Houve diferenças dos métodos de diagnóstico e de tratamento da MH entre o CDTB e outras instituições (OI). A curva de regressão anormal de hCG associada à anormalidades do endométrio/miométrio na ultrassonografia transvaginal com Doppler, diagnosticou mais de dois terços dos casos de NTG pós-molar, em pacientes do CDTB e de OI. Do total de 61 casos de NTG pós-molar, 53 (86,9%) foi classificado de baixo risco e oito (13,1%) de alto risco. Todas as pacientes com NTG de baixo risco alcançaram remissão, enquanto duas pacientes com NTG de alto risco morreram devido à progressão da doença. Houve efeito da idade sobre o risco de desenvolvimento de NTG pós-molar entre pacientes...
To review 20 years’ clinical experience in the treatment and followup of patients with gestational trophoblastic disease (GTD) at a reference Center in southeaster Brazil. Review of the medical records of the 260 patients with GTD that received care at the Trophoblastic Diseases Center of Botucatu Medical School Hospital, São Paulo State University-UNESP (CDTB) between 1990 and 2009. Data collected included age, GTD type, diagnostic method, treatment, time to remission and followup length. In addition, GTD incidence per 1000 births was estimated. Statistical analysis was performed using the test of Mann-Whitney and a logistic regression model. Significance level was set at p <0.05. From 1990 to 2009, there 24,568 births and 280 cases of GTD in our center. As a result, the overall GTD incidence during this period was 11.4 cases per 1,000 births. Among patients with hydatidiform mole (HM), 204 (75.6%) underwent uterine evacuation at our center, while 66 (24.4%) were referred to our center after having undergone evacuation in other institutions. Of the 204 HM cases that underwent evacuation at our center, post-molar gestational trophoblastic neoplasia (GTN) occurred in 20.9% of the patients with complete moles (CM), and in 3.9% of those with partial moles (PM). There were differences between the diagnostic methods and HM treatments used in our center from those used in other institutions. An abnormal hCG regression curve associated with endometrial/myometrial abnormalities seen on transvaginal Doppler Ultrasound diagnosed more than two thirds of the cases of post-molar GTN both at our center and at other institutions. Of the 61 cases of post-molar GTN, 53 (86.9%) were classified as low-risk, and eight (13.1%) as high-risk. All low-risk GTN patients achieved remission whereas two high-risk patients died due to the progression of the disease. In MC patients, age was associated with the risk of ...

Descrição

Palavras-chave

Gravidez, Placenta - Doenças, Doença trofoblástica gestacional, Gestational trophoblastic disease, Brasil, Sudeste

Como citar

DESMARAIS, Cecilia Canedo Freitas. Investigação em 20 anos (1990-2009) da doença trofoblástica gestacional em um Centro de Referência da Região Sudeste do Brasil. 2013. 64 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2013.