Serviço social: resistência e emancipação?

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2010-10-21

Autores

Silva, José Fernando Siqueira da [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A tese de livre-docência ora apresentada para discussão pública tem como objetivo central perquirir o contraditório debate entre o Serviço Social, Marx e parte de sua tradição, analisando as tensões e as necessidades dessa interlocução intensificada na segunda metade da década de 1960, durante o aprofundamento da autocracia burguesa no Brasil. O estudo destaca os principais desafios de ordem teórico-prática que assolam o Serviço Social brasileiro como uma profissão que surgiu na ordem burguesa monopólica, ainda sob o padrão de acumulação fordista, e que se modernizou com o amadurecimento dessa sociabilidade a partir da segunda metade da década de 1950. O que se pretende é, precisamente, polemizar sobre as potencialidades e os problemas para que se estabeleça um debate propositivo entre a teoria social de Marx, seu legado e o Serviço Social no Brasil, considerando-se os desafios relacionados com o que, genericamente, e até vulgarmente, tem sido identificado como “processos emancipatórios” e de “resistência” no âmbito da atuação profissional do assistente social. Esta tese é produto de pelo menos doze anos de estudo e da objetivação de inúmeras análises em diferentes artigos, trabalhos e comunicações realizadas em diversos congressos de Serviço Social, bem como é auxiliada por uma pesquisa mantida pelo autor junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com bolsa Produtividade em Pesquisa da área de Serviço Social. O estudo recolhe e analisa, para tanto, parte dos dados empíricos cuja coleta foi prevista no projeto da pesquisa supracitada, sobretudo por meio de entrevistas realizadas e questionários respondidos por expoentes do Serviço Social brasileiro, por profissionais que atuam na área da assistência social (especificamente nos Centros de Referência de Assistência Social e nos Centros de Referência...
This thesis, publicly presented for the attainment of the title of “Professor Adjunto”, is centered in the investigation of the contradictory debate among Social Service, Marx and part of his tradition, analyzing the tensions and necessities of this interlocution which was intensified in the second half of 1960s, during the deepening of the bourgeois autocracy in Brazil. The study emphasizes the main theoretical and practical challenges which are posed to Social Service in Brazil as a profession which appeared in the monolithic bourgeois context, still under the fordist accumulation pattern, and modernized with sociability starting in the second half of 1950s. The specific aim is to polemicize about the potentialities and problems for a fulfilling debate among Marx’s social theory, his legacy and Social Service in Brazil, considering the challenges related to what, generically and even vulgarly, have been identified with “emancipatory” and “resistance” processes in the context of the action of the social worker. This thesis is the product of at least twelve years of study and of the analyses made in different articles, papers and presentations in many conferences of the field, and is also aided by a research for the National Council for Technological and Scientific Development (CNPq) – Grant in Research Productivity. The thesis analyses part of the empirical data collected for this research, especially through interviews and questionnaires answered by distinguished members of the Brazilian Social Service, by professionals who work in the field (specifically in the Social Service Reference Centers and in the Specialized Social Service Reference Centers), as well as by members of family groups cared by current social projects in Brazil

Descrição

Palavras-chave

Serviço social - Brasil, Política social, Serviço Social, Resistência e emancipação humana, Social Work, Resistance and human emancipation

Como citar

SILVA, José Fernando Siqueira da. Serviço Social: resistência e emancipação? 2010. 210 f. Tese (livre-docência) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2010.