Livros - Letras - IBILCE

URI Permanente para esta coleção

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 12 de 12
  • ItemLivro
    Realismo e violência na literatura contemporânea: os contos de famílias terrivelmente felizes (2003) de Marçal Aquino
    (Cultura Acadêmica, 2015) Mendes, Fábio Marques; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este livro, fruto da dissertação de mestrado do autor, busca compreender a ficção brasileira contemporânea considerando a história político-social da nação, no período que vai do fim da ditadura militar à sua redemocratização. Assim, Fábio Mendes propõe uma análise crítica dos contos de Famílias terrivelmente felizes, escritos por Marçal Aquino, identificando uma linguagem da violência que perpassa a articulação de temas e motivos, a constituição dos narradores, a caracterização das personagens e a materialidade dos textos. Quanto ao conteúdo, essa violência estaria ajustada às imagens da morte, seja de modo predominante ou incidental, física, psicológica, social e simbólica, traços de uma sociedade brasileira autoritária e matéria-prima da linha de produção do novo realismo. Nestes termos, a ironia aparece como o principal elemento constitutivo das narrativas de Aquino, articulando a violência de modo que o leitor seja atraído para o mundo do texto literário e incorpore sua mensagem, consciente ou inconscientemente, em seu modo de vida.
  • ItemLivro
    Desta para a melhor: a presença das viúvas machadianas no jornal das famílias
    (Cultura Acadêmica, 2015) Silva, Jaqueline Padovani da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A vasta contribuição de Machado de Assis ao longo dos 16 anos de circulação do Jornal das Famílias aponta para um conjunto literário que dispõe de cerca de oitenta contos veiculados, na maioria das vezes, de forma seriada. Majoritariamente endereçadas a um público leitor feminino, tais narrativas exploram temas relacionados ao amor e ao casamento, em conformidade com a natureza conservadora do próprio Jornal. Este livro enfatiza o cenário das núpcias explorado pelo impresso de Garnier a fim de que se possa analisar o trabalho feito por Machado no que concerne à temática da viuvez e à possível tomada de “liberdade” assumida pela mulher dentro dos limites sociais impostos pelo matrimônio no século XIX. Com base no estudo das publicações do Jornal e com as noções teóricas da História Cultural, foi possível notar que, apesar do “conservadorismo” apregoado pelo impresso, a figura da viúva machadiana ocupa espaços de modulação entre o teor moralista do periódico e o deboche crítico indiciado em algumas matérias da revista.
  • ItemLivro
    Memória entre mito e história: o narrar e o narrar-se em Milton Hatoum
    (Cultura Acadêmica, 2014) Lemos, Vivian de Assis [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Tomando como fio condutor a novela Órfãos do Eldorado (2008), do escritor amazonense Milton Hatoum, Vivian de Assis Lemos analisa, na obra, a questão de mito e história, aos quais relaciona-se o conceito de memória. Ela procura mostrar como o passado guardado nos meandros da memória mantém uma relação com o presente que o atualiza. Ou seja, pelo resgate que a memória promove do passado, uma vez recordado, este se torna presente. Para a autora, apesar de estar inserido em uma tradição literária que explora os mitos e lendas da Amazônia, Hatoum alça voos maiores não só porque devora, antropofagicamente, essa tradição, mas por fazer com que o regional migre para o universal por meio de narrativas memorialísticas. Na novela objeto do estudo verifica-se como a lenda do Eldorado é resgatada pelo escritor e como ele a utiliza para compor sua narrativa pela articulação do mito e da história. A autora introduz a discussão do papel fundamental que a memória tem em toda a obra de Hatoum em geral e em Órfãos do Eldorado em particular, tanto pela evocação da memória coletiva, centrada na recordação de fatos históricos do Amazonas pelos personagens, quanto pela memória individual. Lemos destaca também o tratamento irônico de Hatoum ao mito do Eldorado, não por meio da ironia fácil, mas pela que é percebida de fora, que se estabelece pela associação de situações.
  • ItemLivro
    Lares literários: metáforas de nacionalidade em Paradise (1997), de Toni Morrison, e em Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz (1997), de Heloísa Maranhão
    (Cultura Acadêmica, 2014) Pinto, Marcela de Araujo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A autora analisa aqui dois romances históricos ambientados em épocas e lugares diferentes para defender que as sensações vivenciadas em regiões e sociedades diversas estão menos relacionadas à localidade em si e mais ao que se passa no interior das pessoas, vivências cujas raízes em comum transcendem as marcações geográficas. São analisados os romances Paradise, da escritora norte-americana Toni Morrison, lançado em 1997, e Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, também de 1997, da escritora brasileira Heloísa Maranhão. Paradise se passa em uma cidade do interior do estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, e resgata a história dos negros locais, desde o fim da Guerra Civil (1861 – 1865) até a época dos movimentos pelos direitos civis, enquanto Rosa Maria é ambientado em uma casa em Minas Gerais, na qual uma escritora do século 20 convive com uma escrava do século 17. Para a autora, ambos os romances conseguem recriar as vivências internas do passado. Um e outro elaboram espaços que revisam versões oficiais das histórias nacionais enquanto formulam lares imaginários inclusivos e habitáveis por meio de metáforas e cronotopos subvertidos.
  • ItemLivro
    Hilda Hilst e o seu pendulear
    (Editora Unesp, 2013) Reguera, Nilze Maria de Azeredo [UNESP]
    Tornou-se lugar-comum dizer que Hilda Hilst é considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX. Se, por um lado, entretanto, essa crítica tem valorizado a produção poética da autora, por outro, pesa ainda o silêncio crítico sobre a prosa de ficção hilstiana. Neste livro, Nilze Reguera analisa os textos de ficção produzidos por Hilda Hilst desde o final dos anos 1960, em especial Fluxo-floema. Além de um estudo pormenorizado e bem-fundamentado da prosa de ficção da escritora, Reguera também procura situar tais textos tanto no contexto da produção hilstiana, quanto no contexto histórico que subjaz à escrita da autora. Nesse sentido, Reguera realiza uma leitura proficiente e criativa daqueles textos, ao mesmo tempo em que se abre para as leituras futuras deles, e inscreve-se como referência na fortuna crítica da autora de Fluxo-floema.
  • ItemLivro
    Dialogismo e ironia em São Bernardo, de Graciliano Ramos
    (Editora Unesp, 2012) Gonçalves, Rogério Gustavo [UNESP]
    Neste livro, Rogério Gustavo Gonçalves – fundamentado pelos trabalhos teóricos de Mikhail Bakhtin e pela tradição crítica, sobretudo, de Antonio Candido e João Luiz Lafetá – dedica-se à análise do discurso do narrador-protagonista do romance São Bernardo. O autor indica os mecanismos retóricos persuasivos utilizados pelo personagem Paulo Honório no primeiro momento da narrativa, apontando para falas autoritárias desse “explorador feroz” integrado a um ambiente de “modernização conservadora”. Acompanhando o desenrolar do enredo, Gonçalves revela as mudanças operadas no discurso do personagem, salientando as dimensões afetiva e ideológica dos conflitos vividos por Honório com a morte trágica de sua esposa Madalena. O leitor tem aqui a oportunidade de acompanhar um estudo original e escrito com notável empenho analítico sobre uma das importantes obras da literatura brasileira.
  • ItemLivro
    A esfera da percepção: considerações sobre o conto de Julio Cortázar
    (Cultura Acadêmica, 2012) Alvarez, Roxana Guadalupe Herrera [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Roxana Guadalupe Herrera Alvarez procura discutir nesta obra o processo de criação artística a partir das questões relativas ao conceito de realidade, desenvolvidas pelo pensador suíço Jean Piaget. A autora destoa, porém, da abordagem mais generalista de Howard Gardner - o primeiro a aplicar Piaget nos estudos sobre a criação artística e de quem se declara seguidora neste trabalho. Aqui ela utiliza a função simbólica piagetiana para analisar especificamente a obra do contista e romancista argentino Julio Cortázar (1914-84). Para a pesquisadora, Cortázar é um excelente ancoradouro para essa proposta: o escritor se revela como um criador de mundos, ao romper com os moldes literários clássicos, especialmente do conto, por meio de narrativas que desafiam a linearidade temporal e onde os personagens adquirem autonomia e profundidade psicológica inédita, inclusive negando o mundo como um lugar absoluto, conhecido e seguro. A produção do autor argentino também é fértil em reflexões constantes sobre o ato criador, o que permite à autora estabelecer, por esta via de mão dupla na obra cortazariana, uma relação profícua entre a criação de uma obra artística e os primórdios da consciência do artista que a criou.
  • ItemLivro
    Apagando o quadro negro: literatura e ensino
    (Cultura Acadêmica, 2011) Dias, Maria Heloísa Martins [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Destinado principalmente a professores, este livro, de Maria Heloísa Martins Dias, tem o objetivo, principalmente, de estimular o leitor a questionar e refletir sobre a literatura e as abordagens que esse tipo de leitura suscita. Busca, enfim, abrir novos horizontes aos que se dedicam à tarefa de ensinar a ler o texto literário. No primeiro momento, a obra traz reflexões sobre o estado da arte do ensino de literatura, discutindo postulações consagradas de autores como Roland Barthes, Todorov, Eduardo Lourenço, Derrida, Paul de Man e Nino Júdice. Conceitos como a divisão da literatura em períodos históricos e sua classificação em escolas literárias são exaustivamente dissecados e questionados. No segundo momento, Dias apresenta propostas de práticas metodológicas voltadas à abordagem da poesia portuguesa, enfocando autores como Camões, Gil Vicente, Bocage e Alexandre O'Neill. Sem oferecer modelos e receitas, essas práticas de leitura sugerem múltiplas possibilidades de lidar com a poesia, mas sempre com o foco na aventura da criação e nos caminhos da inventividade.
  • ItemLivro
    Lugares de identidade: manifestações do literário
    (Cultura Acadêmica, 2011) Fernandes, Giséle Manganelli [UNESP]; Wimmer, Norma [UNESP]; Alvarez, Roxana Guadalupe Herrera [UNESP]; Feldman, Alba Krishna Topan [UNESP]; Silva, Antonio Manoel dos Santos [UNESP]; Nigro, Cláudia Maria Ceneviva [UNESP]; Pinto, Marcela de Araújo [UNESP]; Deangeli, Maria Angélica [UNESP]; Malvezzi, Maria José Terezinha [UNESP]; Harris, Peter James [UNESP]; Amaral, Stephania Ribeiro do [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nesta coletânea de ensaios procura-se analisar produções literárias de diversas partes do mundo - romances e contos, principalmente - para distinguir como o discurso literário trabalha algumas práticas politicamente legitimas em determinados contextos, e como questões culturais, ideológicas e religiosas encontram signos na expressão do literário. Organizada por Giséle Manganelli Fernandes, Norma Wimmer e Roxana Guadalupe Herrera Alvarez, a obra abarca um espectro geográfico e temporal amplo. Os escritores em foco vão da norte-americana Zitkala-Sa, cuja obra trata especialmente da situação das mulheres indígenas nos EUA, à argelina Assia Djebar, que tem obras escritas em francês, passando pela brasileira Ana Miranda e seu memorialismo e pelo irlandês Oscar Wilde, cuja clássica peça teatral A importância de ser prudente é dissecada do ponto de vista da identidade do autor e a partir das relações dos personagens com a sociedade vitoriana do fim do século XIX. Os ensaístas reproduzem trechos das obras analisadas para exemplificar o que querem demonstrar, o que dá ritmo um sabor literário ao livro.
  • ItemLivro
    Figurações contemporâneas do espaço na literatura
    (Cultura Acadêmica, 2010) Motta, Sérgio Vicente [UNESP]; Busato, Susanna [UNESP]; Piteri, Sônia Helena de O. Raymundo [UNESP]; Franco Junior, Arnaldo [UNESP]; Dias, Maria Heloisa Martins [UNESP]; Granja, Lúcia [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Neste livro abre-se a uma diversidade de acepções que o conceito de espaço abriga nos objetos e cenários literários contemporâneos. O próprio texto como um espaço espacializante, na sua textualidade como corpo ou na visualidade da escrita, configura um espaço de linguagem. O contexto cultural e histórico envolve referências e dados situados em determinados momentos que articulam um espaço de relações com o texto literário. O espaço da institucionalização, com as representações de poder, o espaço social, o espaço como paisagem, nas configurações natural, regional, física e psicológica, e o espaço do mito com suas imagens e sentidos simbólicos, são outras formas de mobilização do conceito. O espaço pictórico, quer como elemento componente da pintura ou como a própria linguagem na composição da escritura, que se vale de técnicas plásticas, também é contemplado, assim como esse tipo de diálogo abriga outros meios e linguagens, como o cinema, a propaganda, a fotografia, nas relações entre as artes. Há também a possibilidade de se rever o objeto literário, em termos de espacialidade, sob essa perspectiva múltipla do olhar contemporâneo. Ou seja, no lugar daquele sentido restrito de categoria estrutural, o conceito incorpora uma visão ampla e metafórica, dentro da qual o próprio texto faz emergir uma concepção e função da espacialidade por meio de suas estratégias de construção. Diante de tantas possibilidades de leitura do conceito, o presente livro reúne textos que abordam aspectos da simbolização espacial em obras literárias que implicam um olhar contemporâneo para essas figurações.
  • ItemLivro
    O percurso da indianidade na literatura brasileira: matizes da figuração
    (Cultura Acadêmica, 2009) Santos, Luzia Aparecida Oliva dos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O percurso da indianidade na literatura brasileira: matizes da figuração faz uma viagem pela Literatura Brasileira em busca da imagem do índio em seus diversos matizes. Dezoito obras são analisadas pela perspectiva da figuração, que define a presença do nativo brasileiro pela linguagem e a colore de acordo com a época e com as estratégias de cada autor. O percurso se estende da Carta de Achamento, de Pero Vaz de Caminha, até a publicação de Maíra (1976), de Darcy Ribeiro. As análises consideram as diferentes convenções ideológicas e de estilo dos vários movimentos culturais, que promovem o diálogo entre o indianismo e o indigenismo literário brasileiro. O propósito didático consiste em subsidiar os leitores por meio de um roteiro de leitura, que abriga o pensamento científico, conjugado com a presença de trechos das obras, elementos relevantes para a compreensão do universo representativo literário
  • ItemLivro
    Fragmentos do contemporâneo: leituras
    (Cultura Acadêmica, 2009) Motta, Sérgio Vicente [UNESP]; Busato, Susanna [UNESP]; Franco Junior, Arnaldo [UNESP]; Piteri, Sônia Helena de O. Raymundo [UNESP]; Dias, Maria Heloísa Martins [UNESP]; Fernandes,Giséle Manganelli [UNESP]; Camargo, Diva Cardoso de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Fragmentos do contemporâneo: leituras reúne artigos de professores do Programa de Pós-Graduação em Letras da UNESP, campus de São José do Rio Preto, resultado de suas recentes pesquisas sobre literatura contemporânea. O livro, composto por sete estudos, analisa textos e autores nacionais e internacionais, em prosa e poesia, como um modo de recortar esse grande painel e apontar, em seus fragmentos, possibilidades de leituras. Frederico Barbosa, Heitor Ferraz e Fábio Weintraub analisam o sujeito que adere ao espaço urbano em Um reflexo da natureza da poesia contemporânea brasileira; Sérgio Vicente Motta aprecia Leite Derramado, romance de Chico Buarque; Arnaldo Franco Junior explora as relações entre produção textual, intertextualidade em obras de Dalton Trevisan e Valêncio Xavier; a literatura contemporânea portuguesa é contemplada na leitura de Sônia H. Piteri sobre a obra de Maria Gabriela Llansol; enquanto Maria H. Martins Dias aborda o discurso ficcional de António Lobo Antunes, em O manual dos inquisidores. Num outro ângulo sobre o contemporâneo, Giséle Manganelli Fernandes investiga como a ficção pós-moderna reavalia o passado, e para discutir o estilo na tradução literária, Diva Cardoso de Camargo estuda as relações entre estilo do autor e do autotradutor flagradas em Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, e em An invincible memory, sua tradução. Obra indispensável para especialistas e interessados em literatura