Livros - Ciências Sociais - FFC

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    Por uma teoria crítica das relações internacionais: as contribuições de Jürgen Habermas
    (Cultura Acadêmica, 2014) Alves, Beatriz Sabia Ferreira; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esta obra discute como as ideias desenvolvidas por Jürgen Habermas podem contribuir para constituir uma teoria crítica das Relações Internacionais, embora o filósofo não seja um teórico próprio e exclusivo acerca do tema. A autora, Beatriz Sabia Ferreira Alves, mergulha na vastidão da obra de Habermas, que associa reflexão filosófica a sociologia, para identificar e pinçar os pontos que convergem para o tema, ao mesmo tempo em que analisa a evolução das teorias relacionadas ao campo de estudo chamado Relações Internacionais, trajetória que percorre do construtivismo ao realismo. Segundo a autora, a teoria habermasiana é importante para a área por esclarecer como as crenças e as ações dos participantes de um diálogo passam a ser entendidas e aceitas ou contestadas entre eles. Por essa visão, o fundamental da ação política é disponibilizar instrumentos institucionais para a resolução de conflitos no sistema internacional, sem que seja necessário recorrer à força. Para Habermas as normas e instituições internacionais somente mantêm sua legitimidade a partir da crítica coletiva.
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    Estado, trabalho e capital em István Mészáros
    (Cultura Acadêmica, 2014) Ribeiro, Danielle Cristine [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo deste livro é tentar compreender o papel do Estado moderno no interior do sistema sociometabólico do capital, a partir das propostas de István Mészáros, contidas especialmente no livro Para além do capital: rumo a uma teoria da transição, obra de maior envergadura deste filósofo húngaro profundamente influenciado por Marx, Lukács e Rosa Luxemburgo, e considerada a análise mais ousada contra o capital e suas formas de controle social. Para Mészáros, o Estado é parte constitutiva da base material da sociedade, e complementa o sistema de produção enquanto estrutura de comando político, capaz de articular sua própria superestrutura legal e política. Assim, pode desempenhar melhor o papel vital de assegurar e salvaguardar as condições gerais de expansão e acumulação do sistema capitalista. De acordo com a autora, envolvendo-se diretamente na produção e na reprodução do capital, cabe também ao Estado reforçar a dominação do capital sobre as forças antagônicas que poderiam desafiá-lo. Nesse papel, corporifica o imperativo de garantir e proteger as condições de separação entre propriedade e produtores, reforçando a relação de alienação ao assegurar as condições para a subordinação estrutural-hierárquica do trabalho ao capital.
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    Suicídio revolucionário: a luta armada e a herança da quimérica revolução em etapas
    (Cultura Acadêmica, 2010) Rezende, Claudinei Cássio de [UNESP]
    Como se processa a idéia de revolução brasileira na última esquerda comunista - que mantinha substantiva inserção sindical e o intuito da revolução social em seu programa - e na principal facção emergida da depleção dessa última esquerda é o objeto nuclear deste livro. Por via de conseqüência, esta pesquisa coloca em relevo os acontecimentos que culminaram na derrota completa dessa esquerda; derrota ocorrida através de uma dupla falência, id est, o seu esvaziamento teórico e, simultaneamente, a sua morte física perpetrada por uma política de genocídio implementada pela ditadura bonapartista principiada em 1964. Neste livro é definida a figura central, quase exclusiva, de Carlos Marighella (1911-1969) no que se refere ao pensamento da esquerda de uma época, especialmente, ao pensamento da facção que emerge da esquerda comunista. Essa definição parte da constatação de que, num primeiro momento, Marighella foi a personificação das idéias hegemônicas dentro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da esquerda comunista nacional por três décadas; e num segundo momento, o revolucionário fora o primus inter pares na reordenação tática da esquerda comunista, que é arrastada quase por completo para a luta armada contra a ditadura bonapartista.
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    Monteiro Lobato e seis personagens em busca da nação
    (Editora Unesp, 2011) Santos, Elisângela da Silva
    Neste livro, Elisângela da Silva Santos investiga qual seria o “projeto” de nação – compreendida como projeto político social – na obra destinada ao público infantil de Monteiro Lobato, conhecida também como uma literatura pedagógica. A autora acredita na possibilidade de Lobato ser visto como integrante da galeria de nossos pensadores sociais, pois em seu gênero literário infantil ressoa uma visão de país, um diagnóstico e um projeto de futuro para o Brasil. Nesse sentido, a autora discute a possibilidade de tomar a literatura lobatiana como elemento de compreensão da realidade social brasileira dos anos 1920 e 1930. Assim, Elisângela Santos procura ver na obra de Lobato uma crítica à sociedade em que vivia o escritor que, além de estar preocupado com questões estéticas e linguísticas de seu tempo, sempre formulou críticas à nossa “parasitia intelectual”, aos intelectuais e à elite que, segundo ele, assistia de braços cruzados aos diversos problemas de ordem social política e econômica, sem propor alternativas de mudanças.
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    A formação das famílias livres: Campinas, 1774-1850
    (Editora Unesp, 2011) Teixeira, Paulo Eduardo [UNESP]
    Em São Paulo, o aumento demográfico no século XVIII provocou a ocupação de novas porções do território, ampliando o espaço agrícola e empurrando progressivamente as fronteiras mais para o Oeste e para o Sul. Por trás desse aumento populacional, estava uma política colonial de povoamento, iniciada com a Restauração administrativa da Capitania de São Paulo, em 1765. Neste livro, Paulo Eduardo Teixeira elegeu a região de Campinas como lócus para seu estudo sobre a dinâmica demográfica em São Paulo, apontando as variáveis que interferiram e definiram a sociedade paulista no passado. A escolha desse município não foi aleatória. Ao longo de sua trajetória acadêmica, o autor dedicou parte de seus estudos a esse pequeno bairro da vila de Jundiaí que, no despontar do século XIX, tornou-se uma vila que atraiu os olhares de inúmeros migrantes. Tal conhecimento o aproximou das questões demográficas e, assim, Teixeira vislumbrou a oportunidade de estabelecer um diálogo profícuo sobre os sistemas demográficos no Brasil, principalmente porque para áreas de plantations isso ainda não foi realizado.
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    O Banco Mundial e a política nacional de recursos hídricos
    (Cultura Acadêmica, 2013) Scantimburgo, André Luis [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Busca-se, neste livro, compreender as ações políticas e econômicas do Banco Mundial ao longo da história, em especial para o setor de águas, e, ainda, como se deu a influência da agência na política de recursos hídricos do Brasil dos anos 1990 até a criação da Agência Nacional de Águas. Segundo o autor, que faz o foco no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), as mudanças ocorridas no setor a partir da última década do século passado transformaram os recursos hídricos, de abundantes e suficientes para suprir todas as necessidades humanas, em produto limitado e com características de mercadoria. A obra pontua que o Brasil tem fartura de recursos hídricos, pois detém a maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica, e cerca de 70% da reserva subterrânea de água doce da América do Sul, o Aquífero Guarani. Apesar disso, no começo do século 21 cerca de 13,8 milhões de brasileiros ainda não dispunham de serviços de água encanada. Ele diz então, que, além da situação regional de abundância ou falta de água, o uso dos recursos hídricos relaciona-se também às políticas dos governos para o setor, inclusive aos interesses inerentes ao controle político da água. Para o autor a solução para os problemas relacionados ao acesso à água e a seu uso sustentável não se dará por meio do mercado, como pregam o Banco Mundial e seus parceiros, mas no momento em que os recursos hídricos forem reconhecidos como direito humano fundamental
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    A cooperação multilateral entre os países amazônicos: a atuação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA)
    (Cultura Acadêmica, 2013) Silva, Rodolfo Ilário da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O livro trata de um tema pouco discutido pelos especialistas brasileiros em relações internacionais, o processo de cooperação (e os eventuais conflitos) entre os países da região amazônica - Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname - nos aspectos político, institucional e ambiental. De acordo com o autor, o esforço de cooperação, que começou ainda em 1978 - quando havia na América Latina uma presença marcante de governos militares - vem evoluindo aos poucos, tanto do ponto de vista prático quanto do conceitual, mas com alguns retrocessos e certa indecisão programática. Para ele, desde a assinatura em 1978 do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), esta trajetória compreenderia cinco fases distintas: o período até 1989 teria sido marcado pela ênfase defensivo-protecionista; de 1989 a 1994 houve nítidas tentativas de fortalecimento político; e de 1995 a 2002 teria sido verificado grande amadurecimento institucional. Um visível deslanche aconteceria a partir de 2002, com a criação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e pela intensificação dos contatos entre os países amazônicos. A partir de 2009, começa a fase seguinte, com o relançamento da OTCA, desta vez pautada nas diretrizes da Agenda Estratégica de Cooperação Amazônica, com a qual tenta-se engajar os países da região na maior quantidade possível de objetivos comuns
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    Caso Rushdie: direitos humanos e islamismo como instrumentos de conflito
    (Cultura Acadêmica, 2013) Chaves, Luana Hordones [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Quando o romance Os versos satânicos, do escritor indo-britânico Salman Rushdie, foi publicado na Inglaterra em 1988, criou-se uma grande controvérsia, que se espalhou pelo Ocidente e países de maioria islâmica. O episódio, que revelou de forma contundente a oposição entre os fundamentos ético-morais islâmicos e os do Ocidente e provocou graves conflitos político-econômicos envolvendo tanto as potências ocidentais como nações do Oriente, é o ponto de partida deste estudo de Luana Hordones Chaves. Apesar de se tratar de uma obra de ficção, ao retratar o profeta Maomé e personagens da religião islâmica de forma desrespeitosa, o livro provocou revolta no mundo muçulmano e mesmo na Inglaterra, onde foi queimado em praça pública em protesto contra as leis inglesas, que ate então puniam a blasfêmia contra o Cristianismo. Manifestações contra a publicação foram observadas no Paquistão, Turquia e Índia. Mas no Irã, a reação atingiu o ápice, quando o aiatolá Khomeini, presidente da República Islâmica do Irã, mesmo sem recorrer às leis do islamismo para justificar sua decisão, decretou sentença de morte ao escritor e a todos os que estavam envolvidos com o livro, sob acusação de blasfêmia. A fatwa (decreto) do líder iraniano provocou o rompimento de relações diplomáticas da Inglaterra com o Irã e foi condenada pela Conferência Islâmica por 44 dos 45 países participantes. Se por um lado a sentença de morte de Rushdie é carregada de referências à lei islâmica e aos valores e concepção de vida próprios da religião, por outro, as potências ocidentais condenaram a fatwa com base nos direitos à vida e de liberdade de expressão garantidos pelos Direitos Humanos. A autora analisa as relações entre Islamismo e Direitos Humanos e entre Ocidente e Oriente, as quais perpassam a relação entre religião e modernidade. E conclui a obra com um amplo debate sobre a questão da universidalidade...
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    Travestis, territórios e prevenção de aids numa cidade do interior de São Paulo
    (Cultura Acadêmica, 2013) Sabatine, Thiago Teixeira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Por meio de minuciosa pesquisa, o autor procurou compreender as ações realizadas para a promoção da saúde e da qualidade de vida dos travestis que se prostituem em uma cidade do interior de São Paulo, assim como a atitude dos travestis diante dessas ações. Baseada em técnicas emprestadas à etnografia - que pressupõe o contato inter-subjetivo entre o pesquisador e seu objeto - e na observação do cotidiano dos travestis, a investigação mapeou as interações no mercado do sexo de Charmosa (o nome-fantasia da cidade estudada), e também os significados atribuídos pelos travestis ao adoecimento e à saúde, às situações de risco e à AIDS. O autor verificou ainda como a prevenção da AIDS opera naquela cidade, basicamente a partir da clássica política de disciplinar os travestis e de alargar seu campo de direitos à saúde. Pesquisou também a postura dos representantes institucionais da saúde frente aos dilemas colocados pelas necessidades diferentes dos travestis para uma vida qualificada, e averiguou até que ponto as injunções desses agentes envolvem o cotidiano daqueles profissionais do sexo
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    A política externa brasileira para os emigrantes e seus descendentes
    (Cultura Acadêmica, 2012) Ushijima, Fernanda Rais [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Que políticas o Estado brasileiro tem adotado em relação a seus emigrantes? Como essa política tem evoluído? Quais são as motivações e os propósitos dessa orientação e a quem se destina prioritariamente? Estas são algumas das questões que Fernanda Rais Ushijima analisa e para as quais ela busca respostas neste trabalho. Fruto das indagações da autora sobre as responsabilidades e a atuação dos países de origem dos emigrantes de modo geral e, em especial, do Brasil, em relação à emigração, a obra aborda a adaptação do Estado brasileiro nessa área entre 1990 e 2010, enfocando as mudanças estruturais promovidas no Ministério das Relações Exteriores. As conclusões da autora sustentam-se nessas mudanças. Ela escreve: A política para os brasileiros no exterior representa uma tentativa de extensão da soberania para além do território contíguo, por meio da extensão de direitos, que implica também deveres, e da formalização das remessas, o que as colocam sob controle fiscal. A obra trata não somente da política voltada para os brasileiros que deixaram o país, mas também à destinada a seus descendentes nascidos no exterior, mostrando que a legislação abrange, além da cidadania emigrante, a cidadania extraterritorial.
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    Gramsci e o moderno príncipe: a teoria do partido nos cadernos do cárcere
    (Cultura Acadêmica, 2012) Neres, Geraldo Magella [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Preso em 1926 pelo regime fascista de Mussolini, Antonio Gramsci permaneceu recluso durante 11 anos. Foi durante esse período que o então deputado e secretário-geral do Partido Comunista Italiano escreveu seus Cadernos do Cárcere, um apanhado de escritos marcados pela fragmentação e com passagens consideradas herméticas, cuja interpretação ainda hoje suscita discussões entre os estudiosos de sua obra. A partir dos Cadernos, o cientista social Geraldo Magella Neres analisou a teoria gramsciana, que compara o partido revolucionário ao moderno Príncipe, em referência ao célebre livro de Nicolau Maquiavel, do século XVI. Gramsci vê em ambos a função histórica da construção de uma nova ordem - o príncipe-condottiere como configurador do Estado unificado, embrião político da civilização burguesa, e o partido-príncipe, artífice da hegemonia proletária. Para analisar a formulação gramsciana de partido revolucionário, o autor explora o pensamento do intelectual italiano - que nos Cadernos desenvolve ideias formuladas anteriormente - confrontando-o com as concepções de outros protagonistas do movimento comunista dos anos 1900, como Lênin e Rosa de Luxemburgo. A obra também expõe a evolução das teorias sobre o conceito de partido político na história da civilização ocidental.
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    Pelos olhos do menino de engenho: os personagens negros na obra de José Lins do Rego
    (Cultura Acadêmica, 2011) Cordeiro, Carla de Fátima [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Em Pelos olhos do menino de engenho, a socióloga Carla de Fátima Cordeiro busca identificar um pensamento social relativo à questão racial no Brasil na década de 1930, a partir da análise dos personagens negros presentes na obra de José Lins do Rego. Descendente de senhor de engenho, o escritor paraibano, ao lado de Gilberto Freyre, foi um dos mais destacados participantes do Movimento Regionalista Nordestino, que defendia os verdadeiros valores brasileiros, baseados na ordem social anterior: latifundiária, escravista e açucareira. Lins do Rego criou seus principais romances, considerados fortemente autobiográficos, entre 1934 e 1942, época em que as velhas estruturas econômicas e de relações sociais dos engenhos de cana-de-açúcar se encontravam em franco declínio. A autora traz à luz um processo fundamental da História do país, concluindo que o processo de decadência dos velhos modos de produção refletiu-se na narrativa dos romances, em que a violência, principalmente contra os subalternos negros, tornou-se cada vez mais presente. Dessa forma, ela demonstra como a ficção literária expressou o comportamento do poder patriarcal, que passou a sentir-se ameaçado pela inevitável introdução do trabalho livre.
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    A ideologia da nova educação profissional no contexto da reestruturação produtiva
    (Cultura Acadêmica, 2011) Batista, Roberto Leme [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nesta obra, Roberto Leme Batista analisa a ideologia da nova educação profissional no momento histórico criado e vivido pelo capitalismo globalizado. O ponto de partida da análise é a crise estrutural do capital a partir da década de 1970, que motivou a ofensiva do capital contra o trabalho como uma forma de superá-la. Batista trata a reestruturação produtiva como um dos componentes essenciais da ofensiva capitalista, explicando como se processou a transformação do conceito de qualificação para o de competências, e como a reforma da educação na década de 1990, no Brasil, assimilou essa ofensiva no âmbito da educação profissional. Para o autor, busca-se com um novo tipo de educação profissional um sujeito social palatável e útil ao capital, um trabalhador flexível e adaptável às transformações organizacionais e técnicas do capitalismo global, cujo momento predominante veio a ser o toyotismo, a experiência mais bem sucedida de flexibilização da produção e do trabalho da moderna sociedade industrial.
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    As tradições gaúchas e sua racionalização na modernidade tardia
    (Cultura Acadêmica, 2010) Luvizotto, Caroline Kraus [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este livro analisa a racionalização das tradições num contexto de modernidade tardia. A análise tem como ponto de partida as tradições gaúchas e sua manifestação nos Centros de Tradição Gaúcha (CTG). O estudo foi desenvolvido com base na bibliografia especializada sobre o tema e em uma pesquisa efetuada durante o ENART 2008 - Encontro de Arte e Tradição Gaúcha, realizado em 2008 na cidade de Santa Cruz do Sul - RS. Os estudos apontam que a modernidade tardia traz à tona a reflexividade e racionalização das relações, experiências e tradições. Tradições são (re)inventadas e, neste caso, (re)inventadas tendo o CTG como cenário e esta (re)invenção permite manter os vínculos e a sociabilidade do grupo sócio-cultural que se reconhece enquanto grupo e se diferencia dos demais por identificar-se em torno de símbolos, práticas, crenças e rituais que os une, pois é comum a todos eles, independente do espaço geográfico que ocupem. Na modernidade tardia o caráter de ludicidade atribuído às tradições (re)inventadas no CTG é o fio condutor para inúmeras relações que se estabelecem nesse cenário e é o combustível de todas as práticas e rituais vivenciados ali. A ludicidade das atividades dá sentido às práticas tradicionalistas e à toda tradição que foi (re)inventada e que passa a ser racionalizada no contexto de modernidade reflexiva. Essa apropriação do caráter lúdico das tradições e as relações estabelecidas no CTG a partir dos símbolos, práticas e rituais sinalizam que estamos vivenciando no Brasil um contexto de modernidade tardia. No contexto da modernidade tardia, a tradição racionalizada é uma maneira de evitar choques entre diferentes valores e modos de vida, uma vez que age como articuladora de atores e grupos sociais, entre as diferentes instâncias do mundo social.
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    Políticas de segurança pública no estado de São Paulo: situação e perspectivas a partir das pesquisas do observatório de segurança pública da Unesp
    (Cultura Acadêmica, 2009) Souza, Luís Antônio Francisco de [UNESP]; Oliveira, Isabela Venturoza de [UNESP]; Ferreira, Glauce Lourenço [UNESP]; Hagen, Acácia Maria Maduro; Wagner, Mario; Tsunoda, Fábio Silva [UNESP]; Borges, Débora Cristiane de Almeida [UNESP]; Dias, Camila Caldeira Nunes; Silvestre, Giane [UNESP]; Magalhães, Bóris Ribeiro de [UNESP]; Sabatine, Thiago Teixeira [UNESP]; Coulouris, Daniella; Boselli, Giane [UNESP]; Sanches Júnior, Carlos Alberto [UNESP]; Assis, César Grusdat de [UNESP]; Teixeira, Joana D’Arc; Marchiori, Thaise [UNESP]; Schmidt, Naiara Conservani [UNESP]; Silva, Douglas Guimarães [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esta obra apresenta os resultados de uma investigação sobre as políticas de segurança pública, no Estado de São Paulo, no período de 1989 a 2008, realizada por pesquisadores vinculados, direta ou indiretamente, ao Observatório de Segurança Pública da Unesp, campus de Marília (OSP). Durante tal período, que se iniciou com a promulgação de uma nova Constituição, marcada por um amplo repertório de direitos, a segurança ganhou foro de preocupação nacional, estando presente nos principais órgãos da imprensa e nos debates legislativos. Daí a importância deste livro, que analisa sob diferentes perspectivas um vasto leque de problemas afetos à segurança pública, como por exemplo, a eficiência e os limites da ação policial, o acesso à justiça, a reforma da legislação penal, a reforma das prisões, o controle do crime organizado, da corrupção e da própria ação policial, o policiamento comunitário, entre outras iniciativas que merecem ser recenseadas e melhor avaliadas. São temas da maior atualidade e urgência
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    Cultura gaúcha e separatismo no Rio Grande do Sul
    (Cultura Acadêmica, 2009) Luvizotto, Caroline Kraus [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este livro analisa o Movimento Separatista Sulino, muito marcante na década de 90. A reflexão tem como pano de fundo a cultura gaúcha e busca compreender como os aspectos étnicos e o separatismo interagem nesse contexto. Fundamenta o trabalho uma ampla pesquisa de campo composta por questionários e entrevistas, realizada em diversas cidades do Rio Grande do Sul. Para interpretar o ideário separatista a autora também dedica especial atenção aos documentos do próprio movimento. A obra reconstrói alguns aspectos da história do Rio Grande do Sul e da formação de um ideal separatista que constitui uma faceta do processo de globalização e do afloramento e fortalecimento de identidades específicas