Livros - Estudos Literários - FCLAR

URI Permanente para esta coleção

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 17 de 17
  • ItemLivro
    O coronel e o lobisomem nas veredas da literatura regionalista brasileira
    (Cultura Acadêmica, 2015) Moreno, Naiara Alberti [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
  • ItemLivro
    O escorpião e o jaguar: o memorialismo prospectivo d'O Ateneu, de Raul Pompéia
    (Cultura Acadêmica, 2015) Sandanello, Franco Baptista [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O presente livro tem por objeto de estudo o romance O Ateneu, de Raul Pompéia, publicado em 1888 em folhetim pela Gazeta de Notícias e, meses mais tarde, em volume, pela tipografia do mesmo jornal. Estuda-seaquio processo narrativo da obra a partir de uma discussão inicial de sua recepção crítica, em que se observam três tendências interpretativas distintas: uma primeira de viés biográfico, bastante comum até a década de 1940; uma segunda, de viés social, iniciada logo após a anterior, e continuada ainda hoje; e uma última, de viés revisionista, mais atual, pautada na análise de aspectos até então considerados acessórios pela crítica. Dentre estes aspectos, está o tratamento cada vez mais aprofundado da narração autodiegética e do memorialismo latente já no subtítulo do romance – “Crônica de saudades”. Para tanto, discute-se a seguir a natureza teórica da narrativa de memórias, levantando-se diversos textos de teoria da narrativa como embasamento teórico da exposição. Propõe-se, assim, o uso de uma terminologia que busca categorizar em três grandes grupos as narrativas de memórias, de acordo com sua orientação mais voltada para o passado da ação – “narrativa retrospectiva” –, para o presente da narração – “narrativa presentificativa” – ou para o processo de leitura e recepção das memórias – “narrativa prospectiva”. A análise posterior de diversos elementos da narração d’O Ateneu chega à conclusão de que o romance de Pompéia representa um exemplo acabado de “narrativa prospectiva”, em que o narrador manipula a infância vivida no internato para fazer-se de vítima do sistema, e, assim, reverter a lógica de opressão a que fora submetidono Ateneu.
  • ItemLivro
    Dramaturgia de Dea Loher na peça Inocência: o hibridismo teatral na cena contemporânea
    (Cultura Acadêmica, 2014) Miguel, Júlia Mara Moscardini [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A autora analisa o trabalho de Dea Loher, dramaturga nascida em 1964 e pertencente a uma geração de escritores alemães que se atribuíram a tarefa de dar prosseguimento ao teatro político nos moldes de Bertolt Brecht (1898-1956), embora com roupagens e conteúdos adaptados à contemporaneidade, com o uso intensivo de recursos da estética pós-dramática e técnicas cinematográficas do grupo dinamarquês Dogma-95. Um interesse adicional do livro para o leitor brasileiro está em que Loher é muito ligada ao Brasil, onde esteve pela primeira vez nos anos 1990 e onde recolheu as referências para sua primeira peça, Olgas Raum, um monólogo sobre a militante judia Olga Benário, que foi esposa de Luiz Carlos Prestes. Nos anos 2000, a dramaturga volta ao Brasil e estabelece uma profícua parceria com o grupo paulistano Os Satyros, fundado por Ivan Cabral e Rodolfo Garcia Vázquez, para o qual escreveu e montou algumas peças no país. Uma delas, Inocencia, analisada neste livro, é um dos melhores exemplos do chamado “teatro híbrido” cultivado pela dramaturga. Tida como a obra mais complexa de Loher, a peça mostra o mau estado das sociedades ocidentais através do destino de pessoas comuns que vivem nas cidades em busca de um sentido para a vida. Com 19 cenas escritas no formato de montagem, a peça é uma grande interrogação sobre o que aconteceu com os sonhos depois do fim das utopias, e um questionamento sobre a possibilidade ou não de se reverter o difuso sentimento de impotência que hoje tudo permeia.
  • ItemLivro
    Pesquisas em estudos da tradução e corpora eletrônicos no Brasil
    (Editora Unesp, 2012) Camargo, Diva Cardoso de [UNESP]; Rocha, Celso Fernando [UNESP]; Paiva, Paula Tavares Pinto [UNESP]; Lima, Thereza Cristina de Souza [UNESP]; Bonalumi, Emiliana Fernandes [UNESP]; Martins, Elisangela Fernandes [UNESP]; Serpa, Talita [UNESP]; Orenha-Ottaiano, Adriane [UNESP]
    Tendo em vista os avanços e as contribuições que as pesquisas baseadas em corpora têm representado para a área dos Estudos da Tradução de um modo geral, este livro tem por objetivo apresentar parte dos resultados obtidos em pesquisas desenvolvidas no âmbito do Projeto PETra: Padrões de Estilo de Tradutores: investigação em corpora eletrônicos de traduções literárias, especializadas e juramentadas em nível de mestrado e doutorado. No tocante aos trabalhos apresentados neste livro, os membros do grupo de pesquisas integradas pelo PETra, que hoje já se encontra em sua segunda versão (PETra II), buscaram desenvolver, por meio de uma abordagem interdisciplinar, característica a ser destacada no projeto, uma reflexão sobre suas vertentes teóricas de pesquisa, assim como descrições metodológicas e análises de aspectos relativos à tradução, com base em corpora eletrônicos de textos literários, especializados e juramentados.
  • ItemLivro
    O sujeito lírico em Dispersão: aspectos da modernidade na obra de Mário de Sá-Carneiro
    (Editora Unesp, 2011) Martins, Ricardo Marques [UNESP]
    Consciente de que tanto a poesia de Mário de Sá-Carneiro bem como o sujeito lírico que (n)ela (se) constitui não se deixam prender, nem se deixam apreender completamente – mesmo porque ambos estão em Dispersão, como o título da obra estudada já anuncia – Ricardo Marques Martins propõe o poema “A Partida”, que abre o volume, como porta de entrada para a discussão de temas caros à modernidade e à poética de Sá-Carneiro: o gênio (e os caracteres da diferença, do isolamento e da criatividade), a composição do delírio poético, a busca do sonho, do Ideal, do Absoluto. Conclui, em texto claro, limpo, consistente, que todo esforço de retenção e de especificação precisa – de temas, de características, do sujeito poético – esvai-se em intensidade proporcional: quanto maior o esforço para concentrar e reunir, mais o sujeito lírico (e aquilo que lhe diz respeito) fragmenta-se, dispersa-se, escorrega-nos por entre os dedos; hesita, detém-se, frustra-se por não conseguir satisfazer sua alma nostálgica de além. Dá a ver,nas sensíveis leituras que Martins propõe, o fazer poético original, refinado, instigante de Mário de Sá-Carneiro.
  • ItemLivro
    Guimarães Rosa em tradução: o texto literário e a versão alemã de Tutaméia
    (Editora Unesp, 2011) Seidinger, Gilca Machado [UNESP]
    Neste livro, Gilca Machado Seidinger estuda as relações entre enunciação, enunciado e história na obra Tutaméia, de João Guimarães Rosa, tratando também da versão alemã assinada por Curt Meyer-Clason. Pressupondo que o processo de tradução altera significações originais ou produz novas significações não previstas pelo autor, a autora recorre à narratologia genettiana, bem como à teoria das modalidades da tradução, de Francis Aubert, para examinar as quarenta narrativas do livro. Uma obra importante no campo dos estudos literários, voltada para a ficção de Guimarães Rosa, e que aborda, com muita competência, um dos livros mais complexos e menos estudados do autor, levantando, ao mesmo tempo, aspectos relevantes para a análise teórica e para a prática da tradução de textos literários, sobretudo os modernos, que proporiam ao tradutor desafios antes inimagináveis.
  • ItemLivro
    O rio e a casa: imagens do tempo na ficção de Mia Couto
    (Cultura Acadêmica, 2010) Silva, Ana Claudia da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este estudo constitui-se de três momentos principais: a reflexão sobre a historiografia literária de Moçambique (apresentada no capítulo um), as considerações a respeito da fortuna crítica acadêmica monográfica de Mia Couto produzida no Brasil (que abordamos no segundo capítulo) e a análise da autointertextualidade na obra ficcional de Mia Couto (matéria que ocupa os capítulos três e quatro)
  • ItemLivro
    A construção do espaço da escrita na ficção contemporânea
    (Cultura Acadêmica, 2013) Bergamim, Claudia Regina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A autora toma como base romances de autores de língua portuguesa - O ano da morte de Ricardo Reis (1984), do português José Saramago, Nove noites (2002), do brasileiro Bernardo Carvalho, e O outro pé da sereia (2006), do moçambicano Mia Couto - para estudar as relações entre literatura e história na produção literária contemporânea. A obra investiga a intertextualidade presente nos romances, ou seja, a relação entre linguagens, uma vez que esses autores construíram as narrativas ficcionais de suas obras recorrendo a elementos de origem histórica, como textos literários, textos históricos, notícias jornalísticas, fotos, cartas e depoimentos atribuídos a figuras históricas. Da intertextualidade resultaria um plano discursivo mais amplo, que extrapola efetivamente o campo dos textos reaproveitados pelos romances. Apoiada em teorias literárias que discutem o modo intertextual, a autora foca sua análise em cada um dos romances. Na obra do escritor português, permeada de releituras de fatos da história de Portugal ocorridos em 1936 e da poesia de Ricardo Reis, heterônomio do poeta Fernando Pessoa, a obra revela os meios pelos quais Saramago coloca em discussão dois mitos lusitanos: Salazar e o próprio Pessoa. Em Nove noites, que remete à passagem do etnólogo norte-americano Buell Quain pelo Brasil e de sua morte na floresta amazônica em 1939, o livro detecta a discussão sobre o mito do bom selvagem que revestiu o índio brasileiro. Já na obra do moçambicano Mia Couto, cuja narrativa é entremeada de fragmentos de escritos históricos de 1560 e de ditados populares, entre outros textos, percebe-se a reflexão sobre a reapresentação da história da exploração do continente africano por colonizadores portugueses e também pelos próprios africanos
  • ItemLivro
    José Feliciano de Castilho e os epigramas de Marcial no séc. XIX: ensaio de história da tradução
    (Cultura Acadêmica, 2013) Borges, Joana Junqueira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    É sobre o processo tradutório empreendido por José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha (1810-1879) sobre os versos de Marcial, o grande epigramatista latino do século I d. C, que a autora foca, aqui, sua análise. O trabalho não só contribui para o debate sobre a constituição de uma História das Traduções, como oferece ao leitor interessado em poesia uma antologia, até então inédita, de versões oitocentistas em língua portuguesa para 49 epigramas latinos do poeta. Também apresenta a vida e obra de José Feliciano Castilho e pontua sua importância no contexto literário do século XIX. José Feliciano de Castilho ou Castilho José, como ficou conhecido, nasceu em Portugal e viveu no Rio de Janeiro a partir de 1847. Doutor e bacharel em Direito, Medicina e Filosofia, publicou no Brasil a Livraria clássica portuguesa e o periódico Íris, no qual figuravam textos de escritores como Joaquim Manuel de Macedo e Antônio Gonçalves Dias. Os debates que Castilho José manteve com José de Alencar, em defesa da Lei do Ventre Livre, o tornaram conhecido e, por conta desse episódio, ele aparece citado em obras clássicas sobre literatura brasileira. Neste livro, Joana Junqueira Borges busca resgatar, pelo menos parcialmente, sua obra literária, filológica e tradutória, que foi pouco explorada. Entre suas produções mais relevantes estão os comentários e anotações feitos por ele às traduções dos poemas de Ovídio, produzidas por seu irmão, o poeta Antônio Feliciano Castilho. Ali, José Feliciano Castilho atuou ele mesmo como tradutor de versos de outros poetas latinos, como Propércio, Tibulo, Lucano, Catulo e Marcial
  • ItemLivro
    As vozes e as coisas: a poesia em prosa de Murilo Mendes e Francis Ponge
    (Cultura Acadêmica, 2013) Antonio, Patrícia Aparecida [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O livro compara duas importantes obras de poesia em prosa das literaturas brasileira e francesa, o Poliedro, de Murilo Mendes e o Le parti pris des choses, de Francis Ponge, publicadas respectivamente em 1972 e 1942. Para a autora, a aproximação se justifica pelo foco dado nas duas obras aos objetos mais cotidianos possíveis e, ainda, pelo posicionamento diferente dos sujeitos líricos muriliano (menos objetivo) e pongiano (mais objetivo) diante das coisas simples do mundo. O brasileiro e o francês também partilhariam de uma determinada comunidade de interesses históricos, literários e sociais, ainda que as obras em questão estejam separadas por um intervalo de publicação de trinta anos e, neste intervalo, tenham ocorrido acontecimentos políticos, sociais e artísticos que reverberaram inevitavelmente na literatura desses poetas. Para a autora, a própria escolha da forma do poema em prosa pelos dois autores também os uniria, na medida em que este formato contribuiu enormemente para a construção singular dos objetos, bem como das duas vozes líricas tão particulares
  • ItemLivro
    O Senhor dos anéis e a estética da finitude
    (Cultura Acadêmica, 2012) Pereira, André Luiz Rodriguez Modesto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Neste livro, André Luiz Rodriguez Modesto Pereira analisa a obra de John Ronald Reuel Tolkien (1892-1973), com foco em um dos livros mais famosos e lidos dos últimos tempos, O Senhor dos Anéis. Nascido na África do sul, Tolkien passou quase toda sua vida na Inglaterra, escreveu diversos romances famosos, como O Hobbit, e se dedicou também a ensaios de Filologia, disciplina que lecionou na Universidade de Oxford. Entre as principais propostas deste trabalho estão avaliar como se situa a produção de Tolkien em relação à tradição literária e à literatura de sua época e verificar a existência de um projeto estético consistente em sua obra - ou seja, estudar a estética tolkieniana. Para isso, o autor examina alguns dos ensaios filológicos de Tolkien a partir dos quais demonstra as principais questões formais e temáticas do escritor. Ele analisa O Senhor dos Anéis tendo em vista os gêneros literários e discute se é possível considerar que a epopeia tolkieniana inaugurou um novo gênero. Não se trata, no entanto, de ir em busca das influências ou origens de gênero que deram suporte à obra de Tolkien, e sim de determinar, por meio das teorias literárias, a combinação de estilos, temas e gêneros que formam a fantasia tolkeniana
  • ItemLivro
    Ressurreição e o romance urbano romântico: aproximações e afastamentos
    (Cultura Acadêmica, 2012) Rocha, Carlos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O autor tenta mostrar que Ressurreição, romance publicado por Machado de Assis em 1872, não apenas diverge em parte do gosto literário vigente na época como instaura uma nova temática na tradição romanesca brasileira, que era, então, ainda bastante incipiente: a dúvida. Segundo o pesquisador, por meio de uma técnica que ao mesmo tempo explica os expedientes narrativos e conta a história do protagonista, o narrador consegue fazer confluir para o campo da incerteza tanto o ponto de vista quanto a perspectiva do herói. Há por isso, em Ressurreição, certa suspensão da realidade, que para o pesquisador afasta a obra das abordagens convencionais do romance urbano do romantismo brasileiro e a aproxima do romance mais moderno que se fazia na Europa. Ali, essa modalidade literária adquiriu status de gênero burguês por excelência, por expressar os valores, os costumes e os anseios dessa classe e ainda servir como vigoroso instrumento de análise da nova civilização do capital. Do mesmo modo, para o autor, o romance de Machado, ao redefinir seus próprios procedimentos estruturais e reelaborar sua temática, sofisticando a percepção da realidade, logra promover uma densa análise crítica dos indivíduos e de seus interesses subjacentes às interações sociais. É, neste sentido, um dos embriões dos grandes romances da fase madura do escritor carioca
  • ItemLivro
    Narciso no labirinto de espelhos: perspectivas pós-modernas na ficção de Roberto Drummond
    (Cultura Acadêmica, 2011) Fernandes, Maria Lucia Outeiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Por meio de rica análise do trabalho do ficcionista mineiro Roberto Drummond, Maria Lúcia Outeiro Fernandes busca, neste livro, articular o trabalho do autor de Coca-Cola e guerrilha e O tecedor de vento com vários temas centrais da arte e da cultura contemporâneas. Explicitando os traços presentes na obra do escritor, Fernandes apresenta uma expressiva contribuição ao estudo dos procedimentos formais e posicionamentos ideológicos que permeiam grande parte da produção literária das últimas décadas do século XX, como o ecletismo de estilos, a metaficção historiográfica, o pastiche, a intertextualidade e o hiper-realismo. O deslocamento de fronteiras entre produção erudita e de massas também faz parte do foco da autora. Fernandes discute ainda as possíveis relações entre essas constantes e alguns problemas que emergiram na cultura ocidental principalmente a partir da década de 1960, como a morte da arte, o ocaso das vanguardas, o anti-humanismo, a sociedade do simulacro, a supervalorização da informação, o ceticismo em relação às utopias. São temas que, em Drummond, conduzem ao que a autora chama de perspectivas pós-modernas da ficção.
  • ItemLivro
    A ciropedia de xenofonte: um romance de formação na antiguidade
    (Cultura Acadêmica, 2011) Cerdas, Emerson [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Com o livro A Ciropédia de Xenofonte - um romance de formação na Antiguidade, Emerson Cerdas tenta demonstrar que a importância da Ciropédia, escrita pelo soldado e escritor grego Xenofonte (c. 430-355 a. C.), não está apenas em suas eventuais relações com o gênero romance, mas no fato de poder ser lida como um romance mesmo, gênero que, para Bakhtin, embora tenha se estabelecido no seu formato atual na Modernidade, é, enquanto discurso, fruto de um longo desenvolvimento histórico, cujo início remonta à Antiguidade. Cerdas atravessa o cipoal que se criou em torno da Ciropédia, que por tratar de um tema histórico - a vida do imperador Ciro da Pérsia - com liberdade, manipulando ficcionalmente o material histórico conhecido, tem sido consignada nos últimos dois séculos como historiografia, romance filosófico, biografia romanceada, romance didático, entre outras classificações, o que prejudicou muito sua fama. Apreciadíssima na Antiguidade e no Renascimento, a Ciropédia acabaria desvalorizada em nossos tempos como uma obra tediosa, confusa e idealista. Quando, para Cerdas, trata-se de um romance de formação com graça e fascínio naturais, e que, enquanto tal, ergue-se como obra de capital importância para o nascimento do gênero que séculos depois passaria a ser conhecido como romance.
  • ItemLivro
    Traços épico-brechtianos na dramaturgia portuguesa: O render dos heróis, de Cardoso Pires, e Felizmente há luar!, de Sttau Monteiro
    (Cultura Acadêmica, 2010) Rodrigues, Márcia Regina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O principal objetivo desse estudo é apontar, descrever e analisar as formas de transposição dos pressupostos brechtianos de teatro em O render dos heróis, de José Cardoso Pires, e Felizmente há luar! de Luís de Sttau Monteiro e mostrar a relação dessas peças com o período anterior à Revolução de 25 de Abril, especificamente na década de 1960, marcada pelos processos de aplicação da censura. A matriz brechtiana em O render dos heróis e em Felizmente há luar!, além de ser a estética responsável por uma tentativa de inovação das formas dramáticas praticadas em Portugal, também confirma a preocupação dos autores com a expressão de um posicionamento crítico perante a realidade, com os rumos da dramaturgia e com o papel do dramaturgo em seu tempo e lugar.
  • ItemLivro
    Lira dissonante: considerações sobre aspectos do grotesco na poesia de Bernardo Guimarães e Cruz e Sousa
    (Cultura Acadêmica, 2009) Santos, Fabiano Rodrigo da Silva [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Lira dissonante analisa as características e funções do grotesco na poesia lírica de Bernardo Guimarães e Cruz e Sousa. O grotesco se manifesta na obra de ambos sob forma de imagens estranhas e inesperadas que sugerem um universo lírico extravagante e rebelde, muitas vezes, oposto às convenções estéticas tradicionais, particularmente, românticas. Trata-se de uma contribuição original aos estudos sobre os dois poetas, na medida em que desvenda as rupturas estéticas, típicas da lírica moderna, empreendidas por eles em seu momento histórico-literário
  • ItemLivro
    A ironia e suas refrações
    (Cultura Acadêmica, 2009) Alavarce, Camila da Silva [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este livro estuda os discursos caracterizados pela dissonância, mais especificamente, a ironia, a paródia e o riso. Foram privilegiadas as teorias de Schopenhauer, Baudelaire e Jean Paul, já que são estudos que proporcionam uma aproximação estrutural e filosófica entre os fenômenos do riso e os discursos irônicos e paródicos. Desse modo, tal qual a ironia e a paródia, esse riso é também fruto de uma dissonância, que instaura, ao invés da certeza, a possibilidade, em lugar do uníssono, o ambivalente. O estudo dos significativos pontos de contato entre a ironia, a paródia e o riso legitima a relevância do sujeito na decodificação desses discursos caracterizados pela ambigüidade. Para a sua análise a autora analisou os textos: O homem duplicado (2002), de José Saramago, O cavaleiro inexistente (1959), de Ítalo Calvino, e O duplo (1846), de Dostoievski. A seleção das obras guiou-se pela estrutura dissonante dessas narrativas, nas quais se encontram muitas e variadas aplicações estéticas da ironia, da paródia e do riso